Cid Ivan da Costa Carvalho

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MEMÓRIA DISCURSIVA E CONSTITUIÇÃO DA IDENTIDADE NACIONAL
Cid Ivan da Costa Carvalho - PPGL/UERN e GEDUERN
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Introdução
A proposta deste trabalho consiste em descrever/interpretar a relação entre a memória
discursiva e a constituição da identidade nacional inscritas na produção de anúncios publicitários,
difundidas nos meio impresso. Ressalta-se que não levará em consideração a parte não verbal desses
textos. Isso resulta que irá descrever os aspectos lingüísticos do discurso publicitário, tendo como foco
as relações interdiscursivas.
O tema desse artigo está estruturado em três partes: a primeira em que trata da memória
discursiva com base nos trabalhos de Pêcheux e Courtine. Pêcheux (2007), no artigo papel da
memória, afirma que a memória discursiva dever ser entendida, em Análise do Discurso, não no
sentido diretamente psicologista da ‘memória individual’, mas nos sentidos entrecruzados da memória
mítica, da memória social inscrita em práticas, e da memória construída do historiador. Essa posição
deixa claro que a memória possui seus fundamentos no corpo sócio-hitórico de sua produção.
A segunda parte considera que o discurso da cultura nacional constitui as identidades
que são colocadas, de modo ambíguo, entre o passado e o futuro da Nação. A identidade nacional
aparece aí como elemento que une os indivíduos sobre os mesmos aspectos, impondo a maneira si ver
e de ver o outro.
Por último, verá que essa característica da identidade nacional pode ser descrita através
das práticas discursivas publicitária. E que essa prática retoma a identidade de modo diferente que
pode ser compreendida nas relações interdiscursivas do anúncio selecionado para essa
descrição/interpretação das sandálias Havaianas.
1. Memória discursiva
No artigo Papel da memória, Pêcheux (2007) diz que a memória exerce um papel que
permite encontrar estudos muito diversificados como textos, discurso e imagens. Mas isso conduz a
um aprofundamento dos mecanismos e dos processos discursivos nas quais o acontecimento, elemento
descontínuo e exterior ao uso da linguagem, venha a se inscrever na continuidade interna ao discurso,
‘no espaço potencial de coerência própria a uma memória’. Esse ponto mostra que a memória faz
irrupção ao acontecimento, segundo Courtine (1981).
Para esse último autor, a memória discursiva se refere a qualquer formulação que tem em
‘domínio associado’ outras formulações, que repete, refuta, transforma, denega, ou seja, tem ralações
às quais produz efeitos de memória especifico. Porém, qualquer formulação forma com outras
formulações um campo de concomitância e de antecipação, no primeiro as formulações coexistem
umas as outras; no segundo, as formulações lhe sucedem como respostas.
Assim, a noção de memória discursiva concerne à existência histórica do enunciado no
seio de práticas discursivas reguladas por aparelhos ideológicos; ela visa o que Foucault (p.24) destaca
a propósito dos textos religiosos, jurídicos, literários, científicos, ‘discursos que estão numa certa
origem de atos novos, de falas que os representam, os transformam ou falam deles, em poucas
palavras, os discursos que indefinidamente, além de sua formulação, são ditos, permanecem ditos e
estão ainda por dizer’.
O mesmo vale para os discursos publicitários em que a existência de uma memória
discursiva remete as questões familiares a essa prática discursiva. Ela impõe a produção do que e
como se deve lembrar, do que convém e do não convém dizer a partir de uma posição dada na
conjuntura social. Nos discursos publicitários, as formulações remetem a um conjunto temas e dos
objetos que pertencem a essa prática.
A partir do exposto, Pêcheux (1990), em leitura e memória: projeto de pesquisa, diz que a memória
refere-se não a traços corticais dentro do organismo, nem a traços cicatriciais sobre o organismo, nem
mesmo a traços comportamentais depositados por ele no mundo exterior, mas sim a um conjunto
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complexo, pré-existente e exterior ao organismo, constituído por um a série de ‘tecidos de índices
legíveis’, que constitui um corpo sócio-histórico de traços. A memória é corpo/corpus de traços
inseridos em um espaço discursivo. Para ele a inscrição desse corpo esta diretamente relacionada a
dois tipos de universos discursivos:
a)
b)
Os universos discursivos logicamente estabilizados (os discursos das ciências da
natureza; das tecnologias, dos sistemas administrativos, etc.);
Os espaços discursivos não estabilizados logicamente (o filosófico, o sóciohistórico, o político, o estético e os múltiplos registros do cotidiano).
No primeiro tipo, ocorre uma manipulação dos objetos lógicos e matemáticos em que se
pressupõe um fechamento das informações contidas na situação de interpretação. Desse modo, a
leitura se identifica com um tratamento da informação, mesmo que se trate de seqüências orais ou
escritas. Nos espaços discursivos não estabilizados logicamente, a língua natural não é uma ferramenta
lógica mais ou menos falível, mas os espaços privilegiados de inscrição de traços linguageiros
discursivos, que formam uma memória sócio-histórica. Esses dois universos vão construir ‘conjunto
de traços’, ‘ideologia’ ou ‘universo de representação e cresças’.
A partir desse ponto, pode-se dizer que a memória discursiva, segundo Pêcheux (2007),
não deve ser entendida aqui no sentido diretamente psicologista da ‘memória individual', mas nos
sentidos entrecruzados da memória mítica, de memória social inscritas em práticas, e da memória
construída do historiador. (p. 50).
Gregolin (2003) comenta esses três aspectos da memória discursiva e afirma que a
memória mítica remete ao tempo afastado dos deuses e dos homens, do qual o próprio sujeito não
conhece a raiz cronológica; a memória histórica sustenta-se em referências cronológicas
documentadas e trata do tempo mais recente dos seres humanos, isto é, num tempo pesquisável e que
se pode remetê-los, através dos documentos escritos. Já memória social está no sentido amplo
compreendido em atemporalidade e temporalidade dos acontecimentos. Gregolin (2003, p.54)
acrescenta, quanto à memória social:
Inserida nas práticas de uma sociedade, constrói-se no meio-termo entre a
atemporalidade do mítico e a forte cronologia do histórico; isto porque, apesar de
determinada pela ordem do histórico, não chega a ser, como esta, uma memória
construída, ordenada e sistemática.
Para enxergá-la, continua a autora, é necessário buscar os signos de auto-compreensão da
sociedade para posteriormente interpretá-la. Por isso, trata-se, antes de um estatuto social que a
memória adquire no corpo da coletividade e que produz as condições para o funcionamento discursivo
e, conseqüentemente, para a interpretação dos textos.
Le Goff (2003) reforça essa tese afirmando que memória social é um dos meio fundamentais de
abordar o tempo e a história. Nesse caso, o tempo não está associado ao tempo cronológico, nem a
história como um acontecimento dos fatos, propriamente ditos; são vestígios que ficam inscritos nas
sociedades perduram as gerações, fazendo com que os fatos tenham significância para os indivíduos.
Ora, a compreensão do processo de produção do sentido se dá através da apreensão dessa
memória discursiva tal como a define Pêcheux. Tal conceito diz respeito à recorrência de enunciados
que podem surgir sendo atualizado no discurso ou rejeitado em um novo contexto discursivo. Essa
ocorrência é capaz de produzir efeitos de sentidos. Desse modo, a noção de memória discursiva
exerce, portanto, uma função ambígua no discurso, na medida em que recupera o passado e, ao mesmo
tempo, o elimina com os apagamentos que opera na produção.
Toda a produção de sentidos é feita a partir da memória que aciona a formulação a toda uma filiação
de dizeres, ou seja, a memória se atualiza na relação entre do interdiscurso e do intradiscurso. Nesse
ponto, retomam-se as palavras de Courtine (1981) que diz: a memória faz irrupção na atualidade do
acontecimento e que concerne à existência histórica do enunciado no seio de práticas discursivas
reguladas por aparelhos ideológicos.
Da relação histórica dos enunciados surgi o conceito e interdiscurso. Pêcheux (1990) diz
que o termo interdiscurso caracteriza um corpo de traços como materialidade discursiva, exterior e
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anterior a existência da seqüência dada, na medida em que essa materialidade intervém na sua
construção.
A memória se atualiza pelo interdiscurso, pois ela se inscreve no fio do discurso e afeta o
modo como o sujeito significa em uma situação discursiva, ou seja, inscreve os elementos da memória
na superfície horizontal dos enunciados, no intradiscurso. Segundo Silva (2008), o interdiscurso é
responsável pela inscrição do processo histórico na formação dos enunciados que pertencem a um
arquivo, bem a transformação desses enunciados.
Para Pêcheux (1990), as modalidades do interdiscurso se dão através do pré-construído,
do discurso transverso e do discurso citado que intervêm na estruturação da seqüência. No primeiro, o
interdiscurso a parece sob a forma de das evidências através das quais se encontram representadas nas
formações discursivas. No segundo, o interdiscurso atravessa e conecta entre os elementos
constituídos pelo próprio interdiscurso. Assim, o funcionamento discursivo do pré-construído e do
discurso transverso é determinado pela própria estrutura do interdiscurso. Através das modalidades
pode perceber o trabalho do interdiscurso.
2. A identidade nacional
Segundo Jobim (2006), quando se fala de identidade nacional há pelo menos duas
questões relevantes a serem tratadas: o modo e as condições necessárias e suficientes para pertença a
um determinado Estado-Nação; e, no Estado-nação, como se processo a noção de nacional em relação
aos grupos constituídos dentro do território que o delimita e às normas cria as para regulá-lo.
A partir dessas duas concepções de nação temos as formas de ver a identidade nacional
como um conjunto de cidadãos que optam politicamente por pertencerem juntos, a pesar das
diferenças sociais, raciais, religiosas; e outra que acredita que a identidade nacional é uma herança,
que se receber ao nascer em um determinado território. No primeiro temos o nacionalismo cívico e o
segundo nacionalismo ético.
O Brasil é visto, pelos brasileiros, como uma comunidade política imaginada, ou seja, os
brasileiros crêem que a identidade nacional está literalmente impressa nos genes; é coisa do sangue,
nasce com indivíduo. Na realidade, segundo Hall (2005, p.48), os indivíduos pensam que a identidade
faz parte da natureza essencial. “As identidades nacionais não são coisas como as quais nós nascemos,
mas são formadas e transformadas no interior da representação”. Por isso, só se sabe o que é ser um
brasileiro devido ao modo como a brasilidade veio a ser representada pela cultura brasileira.
Segue-se a isso que a nação não é apenas uma entidade política, mas algo que produz
sentido para os indivíduos, formando um sistema de representação em que eles estão ligados por
‘sentimentos de identidade e lealdade’. É desse modo que a cultura nacional constrói “sentidos que
influencia e organiza tanto nossas ações quanto a concepção que temos de nós mesmos”, segundo Hall
(idem p.50). Tais sentidos estão relacionados nas estórias que são contadas, retomadas, deslocadas
sobre a nação, memórias coletivas que conectam o presente e ao passado e as imagens que delas são
constituídas. No caso do Brasil, tem-se o mito de que a formação da nação se deu através da
miscigenação das três raças.
Após o período escravista no Brasil, depois de 1888, o negro se integra as preocupações
nacionais, ou seja, a necessidade de incorporá-lo com parte da formação do povo. Daí surge o Brasil
como produto das três raças: Branca, Negra e Indígena. Ortiz (2006, p.41) afirma que o mito das três
raças consegue ainda se ritualizar, pois as condições materiais são puramente simbólicas. A
mestiçagem, que estava aprisionada nas no pensamento racista, ao ser reelaborada, “pode difundir-se
socialmente e se tornar senso comum, ritualmente celebrado nas relações do cotidiano, ou nos grandes
eventos como o carnaval e o futebol. O que era mestiço torna-se nacional”. A miscigenação é um tema
bastante ‘ritualizado’ no discurso publicitário, uma vez que através este tema tem como traço
discursivo a formação de um povo.
O termo mestiçagem se reveste na verdade de um duplo sentido, segundo Ortiz (2006, p.
92). “O primeiro, e mais imediato, diz respeito à questão racial.” Neste sentido, as afirmações que
compreendem que o Brasil é o resultado da fusão das três raças povoadoras, ou seja, o povo brasileiro
é constitui do cruzamento das raças. O segundo conceito referente à mestiçagem é o de que leva em
consideração “a noção de heterogeneidade.” O Brasil, nesse sentido, constitui-se da diversidade; seria
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um país com sua pluralidade étnica, cultural e física. Mostrando que a mestiçagem “contém justamente
os traços que naturalmente definem a identidade brasileira: unidade e diversidade.”
Mas esse autor afirma que, ao se difundir na sociedade, o mito das três raças permite aos
indivíduos, das diferentes classes sociais e dos diversos grupos de cor, interpretar, dentro do padrão
proposto, as relações raciais que eles próprios vivenciam. Ora, na medida em que a sociedade se
apropria das manifestações de cor e as integra num discurso homogêneo, elas perdem a especificidade;
por exemplo, o negro deixa de ter os problemas amenizados ou seus direitos não cumpridos por fazer
parte de discurso que o integra numa rede simbólica maior, o de ser brasileiro. Assim a construção de
uma identidade nacional mestiça deixa ainda mais difícil o discernir as fronteiras entre os individuo de
cor branca, negra, parda, etc. Isso mostra que a miscigenação não somente encobre os conflitos raciais
como possibilita a todos de se reconhecerem como pertencentes ao nacional.
Por isso, a identidade nacional foi durante a Era Vargas e o período militar, uma questão
de Estado. O governo militar buscou na idéia da integração nacional a solução para as diferenças
regionais e aspectos conflitivos da sociedade brasileira. Para isto, utilizou a mestiçagem que “contém
os traços que naturalmente definem a identidade brasileira: unidade na diversidade” (ORTIZ, 2006, p.
93). Assim, o Estado torna-se brasileiro e nacional, propondo-se a assumir uma posição de
neutralidade e, simplesmente salvaguardando uma identidade que se encontra definida pela história.
3. A mestiçagem na prática publicitária
Ressalta-se que o anúncio, aqui analisado, foi publicado nas seis páginas da Revista Veja,
em janeiro de 2005 e não deterá na análise de todo o anúncio, mas nas primeiras quatro páginas e nos
aspectos lingüísticos. Para cada par de páginas apresenta a ilustração de um par de Havaianas. A
composição da representação das sandálias está realizada junto a várias outras imagens. As Havaianas
estão sobre um recorte em formato de flor estilizada, a partir do qual saem pétalas de flor, todas com
figuras diferentes. E, do lado direito das sandálias, apresenta um texto: na primeira parte, O Brasil tem
um pezinho nas Havaianas, na segunda: O Brasil tem um pé no samba. E outro na Bossa Nova. Tem
um pé branco, um pé negro e outra no meio; o da mulata. Tem um pé pentacampeão de futebol ...
para da sossego nesse calor.
Quando analisa o anúncio de forma mais detalhada, passamos a perceber que ele possui
muitas outras representações do Brasil e da identidade nacional brasileira. Mas isso põe, justamente,
diante da seguinte pergunta: quais os elementos lingüísticos que remetem à constituição da identidade
nacional, ou seja, dos aspectos definidores da formação do povo? As características de um povo são
constituídas socialmente e marcadas nas suas mais diversas materialidades.
A materialidade discursiva se inscreve no espaço de memória de um discurso logicamente
não estabilizado. Isso coloca na descrição/interpretação dos enunciados na superfície lingüística sua
relação com outros dizeres socialmente estabelecidos. É a partir dessa relação que se pode dizer que as
formulações do intradiscurso formam um conjunto de traços sócio-histórico de traços legíveis, a
memória.
Nada mais típico do Brasil que o samba e a bossa-nova. Estas são citadas na formulação:
O Brasil tem um pé no samba. E outro na Bossa Nova. O samba surgiu em meio às classes subalternas
e foi apropriado por outras classes sociais. Assim, passou a ser aceito e visto como autêntico símbolo
da cultura nacional e revelando os aspectos da brasilidade como a malandragem, a escravidão, as
comidas típicas que estão inseridas nos temas desenvolvidas nas músicas do samba.
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O Brasil é reconhecido pelo mundo inteiro por ter o carnaval mais alegre do mundo. Ele
reflete o mundo social brasileiro, sendo um reprodutor das formas universais que comandam o quadro
de conflitos da sociedade brasileira. O samba como elemento chave do carnaval brasileiro retoma
aqueles aspectos constitutivos da brasilidade, fazendo com que os brasileiros ‘naturalizem’ os aspectos
culturais, vejam como se os aspectos culturais fazem parte de sua natureza ou de seu sangue.
O tema da mestiçagem pode ser vista no texto do anúncio: “tem um pé branco, um pé
negro e outro no meio: o da mulata”. Nesse enunciado, a mestiçagem é a fusão das raças que
povoaram o Brasil, a nação é fruto da união solidária de cada cultura. Isso permite, no discurso
publicitário, aos sujeitos interpretarem como uma condição de sua formação social. Assim, os
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conflitos sociais são apagados ou ‘resolvidos’ na discursividade. No dizer de Ortiz (2006), a união das
raças definia a realidade da identidade brasileira, sua brasilidade.
O tema da mestiçagem perpassa os mais diversos campos do saber e, nessa prática
discursiva, ele é retomado construindo uma memória de traços de representação sobre a brasilidade.
Porém, ao mesmo tempo em que é recuperado na produção discursiva a homogeneidade cultural, ele
deixa de fora toda uma forma de dizeres que estão silenciados no discurso. Por exemplo, a exclusão
social por que passa os negros e os indígenas no Brasil.
Conclusão
Neste trabalho, se pode ver que ele se constitui um caráter apenas introdutório sobre o
tema abordado. Por isso, carece de maior aprofundamento. No que se refere à apresentação da teoria
que o embasa, ela mostra que a memoria se apresenta no discuso publicitário, em suas marcas
lingüísticas, aspectos que retomam o processo de constituição do ser brasileiro.
Apenas dois elementos da cultura nacional foram abordados para se analisar em relação à
identidade nacional: o samba, apresentado no discurso como elemento que não apenas pertence a
cultura e traz uma memória sobre a característica do brasileiro. A mestiçagem mostra a formação do
povo brasileiro como uma construção necessária dos sujeitos brasileiros. Esses pontos foram
abordados na sua relação com sua constituição social, o pensamento que os brasileiros pensam de se
mesmo, como eles se vêem.
O olhar que os brasileiros têm de se mesmo está relacionado ao seu conhecimento dos
fatos imediatos, mas diretamente ligado à historia do povo, isto é, vem do conhecimento inscritos na
na memoria social.
Esses pontos foram apresentados de modo sintético. As relações com o interdiscurso
esteve apenas norteando processo de análise, sem ser explicitamente vizível.
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Lingüísticos e Literários de Pau dos Ferros – SELLP, 2008, Pau dos Ferros/RN, texto
completo, 1697-1703.
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