733 MEMÓRIA DISCURSIVA E CONSTITUIÇÃO DA IDENTIDADE NACIONAL Cid Ivan da Costa Carvalho - PPGL/UERN e GEDUERN 0 Introdução A proposta deste trabalho consiste em descrever/interpretar a relação entre a memória discursiva e a constituição da identidade nacional inscritas na produção de anúncios publicitários, difundidas nos meio impresso. Ressalta-se que não levará em consideração a parte não verbal desses textos. Isso resulta que irá descrever os aspectos lingüísticos do discurso publicitário, tendo como foco as relações interdiscursivas. O tema desse artigo está estruturado em três partes: a primeira em que trata da memória discursiva com base nos trabalhos de Pêcheux e Courtine. Pêcheux (2007), no artigo papel da memória, afirma que a memória discursiva dever ser entendida, em Análise do Discurso, não no sentido diretamente psicologista da ‘memória individual’, mas nos sentidos entrecruzados da memória mítica, da memória social inscrita em práticas, e da memória construída do historiador. Essa posição deixa claro que a memória possui seus fundamentos no corpo sócio-hitórico de sua produção. A segunda parte considera que o discurso da cultura nacional constitui as identidades que são colocadas, de modo ambíguo, entre o passado e o futuro da Nação. A identidade nacional aparece aí como elemento que une os indivíduos sobre os mesmos aspectos, impondo a maneira si ver e de ver o outro. Por último, verá que essa característica da identidade nacional pode ser descrita através das práticas discursivas publicitária. E que essa prática retoma a identidade de modo diferente que pode ser compreendida nas relações interdiscursivas do anúncio selecionado para essa descrição/interpretação das sandálias Havaianas. 1. Memória discursiva No artigo Papel da memória, Pêcheux (2007) diz que a memória exerce um papel que permite encontrar estudos muito diversificados como textos, discurso e imagens. Mas isso conduz a um aprofundamento dos mecanismos e dos processos discursivos nas quais o acontecimento, elemento descontínuo e exterior ao uso da linguagem, venha a se inscrever na continuidade interna ao discurso, ‘no espaço potencial de coerência própria a uma memória’. Esse ponto mostra que a memória faz irrupção ao acontecimento, segundo Courtine (1981). Para esse último autor, a memória discursiva se refere a qualquer formulação que tem em ‘domínio associado’ outras formulações, que repete, refuta, transforma, denega, ou seja, tem ralações às quais produz efeitos de memória especifico. Porém, qualquer formulação forma com outras formulações um campo de concomitância e de antecipação, no primeiro as formulações coexistem umas as outras; no segundo, as formulações lhe sucedem como respostas. Assim, a noção de memória discursiva concerne à existência histórica do enunciado no seio de práticas discursivas reguladas por aparelhos ideológicos; ela visa o que Foucault (p.24) destaca a propósito dos textos religiosos, jurídicos, literários, científicos, ‘discursos que estão numa certa origem de atos novos, de falas que os representam, os transformam ou falam deles, em poucas palavras, os discursos que indefinidamente, além de sua formulação, são ditos, permanecem ditos e estão ainda por dizer’. O mesmo vale para os discursos publicitários em que a existência de uma memória discursiva remete as questões familiares a essa prática discursiva. Ela impõe a produção do que e como se deve lembrar, do que convém e do não convém dizer a partir de uma posição dada na conjuntura social. Nos discursos publicitários, as formulações remetem a um conjunto temas e dos objetos que pertencem a essa prática. A partir do exposto, Pêcheux (1990), em leitura e memória: projeto de pesquisa, diz que a memória refere-se não a traços corticais dentro do organismo, nem a traços cicatriciais sobre o organismo, nem mesmo a traços comportamentais depositados por ele no mundo exterior, mas sim a um conjunto 734 complexo, pré-existente e exterior ao organismo, constituído por um a série de ‘tecidos de índices legíveis’, que constitui um corpo sócio-histórico de traços. A memória é corpo/corpus de traços inseridos em um espaço discursivo. Para ele a inscrição desse corpo esta diretamente relacionada a dois tipos de universos discursivos: a) b) Os universos discursivos logicamente estabilizados (os discursos das ciências da natureza; das tecnologias, dos sistemas administrativos, etc.); Os espaços discursivos não estabilizados logicamente (o filosófico, o sóciohistórico, o político, o estético e os múltiplos registros do cotidiano). No primeiro tipo, ocorre uma manipulação dos objetos lógicos e matemáticos em que se pressupõe um fechamento das informações contidas na situação de interpretação. Desse modo, a leitura se identifica com um tratamento da informação, mesmo que se trate de seqüências orais ou escritas. Nos espaços discursivos não estabilizados logicamente, a língua natural não é uma ferramenta lógica mais ou menos falível, mas os espaços privilegiados de inscrição de traços linguageiros discursivos, que formam uma memória sócio-histórica. Esses dois universos vão construir ‘conjunto de traços’, ‘ideologia’ ou ‘universo de representação e cresças’. A partir desse ponto, pode-se dizer que a memória discursiva, segundo Pêcheux (2007), não deve ser entendida aqui no sentido diretamente psicologista da ‘memória individual', mas nos sentidos entrecruzados da memória mítica, de memória social inscritas em práticas, e da memória construída do historiador. (p. 50). Gregolin (2003) comenta esses três aspectos da memória discursiva e afirma que a memória mítica remete ao tempo afastado dos deuses e dos homens, do qual o próprio sujeito não conhece a raiz cronológica; a memória histórica sustenta-se em referências cronológicas documentadas e trata do tempo mais recente dos seres humanos, isto é, num tempo pesquisável e que se pode remetê-los, através dos documentos escritos. Já memória social está no sentido amplo compreendido em atemporalidade e temporalidade dos acontecimentos. Gregolin (2003, p.54) acrescenta, quanto à memória social: Inserida nas práticas de uma sociedade, constrói-se no meio-termo entre a atemporalidade do mítico e a forte cronologia do histórico; isto porque, apesar de determinada pela ordem do histórico, não chega a ser, como esta, uma memória construída, ordenada e sistemática. Para enxergá-la, continua a autora, é necessário buscar os signos de auto-compreensão da sociedade para posteriormente interpretá-la. Por isso, trata-se, antes de um estatuto social que a memória adquire no corpo da coletividade e que produz as condições para o funcionamento discursivo e, conseqüentemente, para a interpretação dos textos. Le Goff (2003) reforça essa tese afirmando que memória social é um dos meio fundamentais de abordar o tempo e a história. Nesse caso, o tempo não está associado ao tempo cronológico, nem a história como um acontecimento dos fatos, propriamente ditos; são vestígios que ficam inscritos nas sociedades perduram as gerações, fazendo com que os fatos tenham significância para os indivíduos. Ora, a compreensão do processo de produção do sentido se dá através da apreensão dessa memória discursiva tal como a define Pêcheux. Tal conceito diz respeito à recorrência de enunciados que podem surgir sendo atualizado no discurso ou rejeitado em um novo contexto discursivo. Essa ocorrência é capaz de produzir efeitos de sentidos. Desse modo, a noção de memória discursiva exerce, portanto, uma função ambígua no discurso, na medida em que recupera o passado e, ao mesmo tempo, o elimina com os apagamentos que opera na produção. Toda a produção de sentidos é feita a partir da memória que aciona a formulação a toda uma filiação de dizeres, ou seja, a memória se atualiza na relação entre do interdiscurso e do intradiscurso. Nesse ponto, retomam-se as palavras de Courtine (1981) que diz: a memória faz irrupção na atualidade do acontecimento e que concerne à existência histórica do enunciado no seio de práticas discursivas reguladas por aparelhos ideológicos. Da relação histórica dos enunciados surgi o conceito e interdiscurso. Pêcheux (1990) diz que o termo interdiscurso caracteriza um corpo de traços como materialidade discursiva, exterior e 735 anterior a existência da seqüência dada, na medida em que essa materialidade intervém na sua construção. A memória se atualiza pelo interdiscurso, pois ela se inscreve no fio do discurso e afeta o modo como o sujeito significa em uma situação discursiva, ou seja, inscreve os elementos da memória na superfície horizontal dos enunciados, no intradiscurso. Segundo Silva (2008), o interdiscurso é responsável pela inscrição do processo histórico na formação dos enunciados que pertencem a um arquivo, bem a transformação desses enunciados. Para Pêcheux (1990), as modalidades do interdiscurso se dão através do pré-construído, do discurso transverso e do discurso citado que intervêm na estruturação da seqüência. No primeiro, o interdiscurso a parece sob a forma de das evidências através das quais se encontram representadas nas formações discursivas. No segundo, o interdiscurso atravessa e conecta entre os elementos constituídos pelo próprio interdiscurso. Assim, o funcionamento discursivo do pré-construído e do discurso transverso é determinado pela própria estrutura do interdiscurso. Através das modalidades pode perceber o trabalho do interdiscurso. 2. A identidade nacional Segundo Jobim (2006), quando se fala de identidade nacional há pelo menos duas questões relevantes a serem tratadas: o modo e as condições necessárias e suficientes para pertença a um determinado Estado-Nação; e, no Estado-nação, como se processo a noção de nacional em relação aos grupos constituídos dentro do território que o delimita e às normas cria as para regulá-lo. A partir dessas duas concepções de nação temos as formas de ver a identidade nacional como um conjunto de cidadãos que optam politicamente por pertencerem juntos, a pesar das diferenças sociais, raciais, religiosas; e outra que acredita que a identidade nacional é uma herança, que se receber ao nascer em um determinado território. No primeiro temos o nacionalismo cívico e o segundo nacionalismo ético. O Brasil é visto, pelos brasileiros, como uma comunidade política imaginada, ou seja, os brasileiros crêem que a identidade nacional está literalmente impressa nos genes; é coisa do sangue, nasce com indivíduo. Na realidade, segundo Hall (2005, p.48), os indivíduos pensam que a identidade faz parte da natureza essencial. “As identidades nacionais não são coisas como as quais nós nascemos, mas são formadas e transformadas no interior da representação”. Por isso, só se sabe o que é ser um brasileiro devido ao modo como a brasilidade veio a ser representada pela cultura brasileira. Segue-se a isso que a nação não é apenas uma entidade política, mas algo que produz sentido para os indivíduos, formando um sistema de representação em que eles estão ligados por ‘sentimentos de identidade e lealdade’. É desse modo que a cultura nacional constrói “sentidos que influencia e organiza tanto nossas ações quanto a concepção que temos de nós mesmos”, segundo Hall (idem p.50). Tais sentidos estão relacionados nas estórias que são contadas, retomadas, deslocadas sobre a nação, memórias coletivas que conectam o presente e ao passado e as imagens que delas são constituídas. No caso do Brasil, tem-se o mito de que a formação da nação se deu através da miscigenação das três raças. Após o período escravista no Brasil, depois de 1888, o negro se integra as preocupações nacionais, ou seja, a necessidade de incorporá-lo com parte da formação do povo. Daí surge o Brasil como produto das três raças: Branca, Negra e Indígena. Ortiz (2006, p.41) afirma que o mito das três raças consegue ainda se ritualizar, pois as condições materiais são puramente simbólicas. A mestiçagem, que estava aprisionada nas no pensamento racista, ao ser reelaborada, “pode difundir-se socialmente e se tornar senso comum, ritualmente celebrado nas relações do cotidiano, ou nos grandes eventos como o carnaval e o futebol. O que era mestiço torna-se nacional”. A miscigenação é um tema bastante ‘ritualizado’ no discurso publicitário, uma vez que através este tema tem como traço discursivo a formação de um povo. O termo mestiçagem se reveste na verdade de um duplo sentido, segundo Ortiz (2006, p. 92). “O primeiro, e mais imediato, diz respeito à questão racial.” Neste sentido, as afirmações que compreendem que o Brasil é o resultado da fusão das três raças povoadoras, ou seja, o povo brasileiro é constitui do cruzamento das raças. O segundo conceito referente à mestiçagem é o de que leva em consideração “a noção de heterogeneidade.” O Brasil, nesse sentido, constitui-se da diversidade; seria 736 um país com sua pluralidade étnica, cultural e física. Mostrando que a mestiçagem “contém justamente os traços que naturalmente definem a identidade brasileira: unidade e diversidade.” Mas esse autor afirma que, ao se difundir na sociedade, o mito das três raças permite aos indivíduos, das diferentes classes sociais e dos diversos grupos de cor, interpretar, dentro do padrão proposto, as relações raciais que eles próprios vivenciam. Ora, na medida em que a sociedade se apropria das manifestações de cor e as integra num discurso homogêneo, elas perdem a especificidade; por exemplo, o negro deixa de ter os problemas amenizados ou seus direitos não cumpridos por fazer parte de discurso que o integra numa rede simbólica maior, o de ser brasileiro. Assim a construção de uma identidade nacional mestiça deixa ainda mais difícil o discernir as fronteiras entre os individuo de cor branca, negra, parda, etc. Isso mostra que a miscigenação não somente encobre os conflitos raciais como possibilita a todos de se reconhecerem como pertencentes ao nacional. Por isso, a identidade nacional foi durante a Era Vargas e o período militar, uma questão de Estado. O governo militar buscou na idéia da integração nacional a solução para as diferenças regionais e aspectos conflitivos da sociedade brasileira. Para isto, utilizou a mestiçagem que “contém os traços que naturalmente definem a identidade brasileira: unidade na diversidade” (ORTIZ, 2006, p. 93). Assim, o Estado torna-se brasileiro e nacional, propondo-se a assumir uma posição de neutralidade e, simplesmente salvaguardando uma identidade que se encontra definida pela história. 3. A mestiçagem na prática publicitária Ressalta-se que o anúncio, aqui analisado, foi publicado nas seis páginas da Revista Veja, em janeiro de 2005 e não deterá na análise de todo o anúncio, mas nas primeiras quatro páginas e nos aspectos lingüísticos. Para cada par de páginas apresenta a ilustração de um par de Havaianas. A composição da representação das sandálias está realizada junto a várias outras imagens. As Havaianas estão sobre um recorte em formato de flor estilizada, a partir do qual saem pétalas de flor, todas com figuras diferentes. E, do lado direito das sandálias, apresenta um texto: na primeira parte, O Brasil tem um pezinho nas Havaianas, na segunda: O Brasil tem um pé no samba. E outro na Bossa Nova. Tem um pé branco, um pé negro e outra no meio; o da mulata. Tem um pé pentacampeão de futebol ... para da sossego nesse calor. Quando analisa o anúncio de forma mais detalhada, passamos a perceber que ele possui muitas outras representações do Brasil e da identidade nacional brasileira. Mas isso põe, justamente, diante da seguinte pergunta: quais os elementos lingüísticos que remetem à constituição da identidade nacional, ou seja, dos aspectos definidores da formação do povo? As características de um povo são constituídas socialmente e marcadas nas suas mais diversas materialidades. A materialidade discursiva se inscreve no espaço de memória de um discurso logicamente não estabilizado. Isso coloca na descrição/interpretação dos enunciados na superfície lingüística sua relação com outros dizeres socialmente estabelecidos. É a partir dessa relação que se pode dizer que as formulações do intradiscurso formam um conjunto de traços sócio-histórico de traços legíveis, a memória. Nada mais típico do Brasil que o samba e a bossa-nova. Estas são citadas na formulação: O Brasil tem um pé no samba. E outro na Bossa Nova. O samba surgiu em meio às classes subalternas e foi apropriado por outras classes sociais. Assim, passou a ser aceito e visto como autêntico símbolo da cultura nacional e revelando os aspectos da brasilidade como a malandragem, a escravidão, as comidas típicas que estão inseridas nos temas desenvolvidas nas músicas do samba. 737 O Brasil é reconhecido pelo mundo inteiro por ter o carnaval mais alegre do mundo. Ele reflete o mundo social brasileiro, sendo um reprodutor das formas universais que comandam o quadro de conflitos da sociedade brasileira. O samba como elemento chave do carnaval brasileiro retoma aqueles aspectos constitutivos da brasilidade, fazendo com que os brasileiros ‘naturalizem’ os aspectos culturais, vejam como se os aspectos culturais fazem parte de sua natureza ou de seu sangue. O tema da mestiçagem pode ser vista no texto do anúncio: “tem um pé branco, um pé negro e outro no meio: o da mulata”. Nesse enunciado, a mestiçagem é a fusão das raças que povoaram o Brasil, a nação é fruto da união solidária de cada cultura. Isso permite, no discurso publicitário, aos sujeitos interpretarem como uma condição de sua formação social. Assim, os 738 conflitos sociais são apagados ou ‘resolvidos’ na discursividade. No dizer de Ortiz (2006), a união das raças definia a realidade da identidade brasileira, sua brasilidade. O tema da mestiçagem perpassa os mais diversos campos do saber e, nessa prática discursiva, ele é retomado construindo uma memória de traços de representação sobre a brasilidade. Porém, ao mesmo tempo em que é recuperado na produção discursiva a homogeneidade cultural, ele deixa de fora toda uma forma de dizeres que estão silenciados no discurso. Por exemplo, a exclusão social por que passa os negros e os indígenas no Brasil. Conclusão Neste trabalho, se pode ver que ele se constitui um caráter apenas introdutório sobre o tema abordado. Por isso, carece de maior aprofundamento. No que se refere à apresentação da teoria que o embasa, ela mostra que a memoria se apresenta no discuso publicitário, em suas marcas lingüísticas, aspectos que retomam o processo de constituição do ser brasileiro. Apenas dois elementos da cultura nacional foram abordados para se analisar em relação à identidade nacional: o samba, apresentado no discurso como elemento que não apenas pertence a cultura e traz uma memória sobre a característica do brasileiro. A mestiçagem mostra a formação do povo brasileiro como uma construção necessária dos sujeitos brasileiros. Esses pontos foram abordados na sua relação com sua constituição social, o pensamento que os brasileiros pensam de se mesmo, como eles se vêem. O olhar que os brasileiros têm de se mesmo está relacionado ao seu conhecimento dos fatos imediatos, mas diretamente ligado à historia do povo, isto é, vem do conhecimento inscritos na na memoria social. Esses pontos foram apresentados de modo sintético. As relações com o interdiscurso esteve apenas norteando processo de análise, sem ser explicitamente vizível. Referencias COURTINE, J.J. analyse du discours politeque: le discourse communiste adressé cherétiens. Tradução com circulação restrita de Sírio Possanti. Langagens, 62, 1981. GREGOLIN, M. R. Sentido, sujeito e memória: com que sonha nossa vã autoria?. In: GREGOLIN, M. R. e BARONAS, R. Análise do discurso: as materialidades do sentido. 2. ed. São Carlos-SP: Editora claraluz, 2003. HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Trad. Tomaz Tadeu da Silva e Guaracira Lopes, 10. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2005. JOBIM, José Luis. Representações da identidade nacional e outras identidades. In: revista Gragoatá. Niterói, n 20, p.185-197, 1 sem. 2006. LE GOFF, Jacques. Memória In: _______. Historia e memória. trad. Bernardo Leitão.5. Ed. Campinas-SP: editora da Unicamp, 2003. (419 – 476). ORTIZ, Renato. 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