RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO 1. NOME

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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1.
NOME DO MEDICAMENTO
MODURETIC 50 mg + 5 mg comprimidos
2.
COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido contém 50,0 mg de hidroclorotiazida (substância activa) e 5,0 mg de cloridato
de amilorida.
Excipiente(s): Cada comprimido contém 71,0 mg de lactose e 0,158 mg de amarelo-sol FCF
(E110)
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3.
FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido.
Comprimido cor de pêssego, em forma de diamante, com "MSD917" gravado numa face e
ranhurado na outra.
A linha central serve apenas para facilitar a administração oral do medicamento e não para dividilo em metades iguais.
4.
INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS
MODURETIC pode ser utilizado isoladamente ou associado a outros fármacos em afecções em
doentes com:
* hipertensão
* edema de origem cardíaca
* cirrose hepática com ascite e edema
MODURETIC com o seu agente poupador de potássio, o cloridrato de amilorida, está
especialmente indicado no tratamento de doentes que sofrem das afecções mencionadas, nos
quais se possa suspeitar ou prever uma depleção de potássio, e ainda nos casos em que é
particularmente importante o efeito positivo no balanço de potássio.
4.2
POSOLOGIA E MODO DE ADMINISTRAÇÃO
CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE POSOLOGIA
MODURETIC está disponível em comprimidos destinados à via oral e doseados a 5 mg de
cloridrato de amilorida e 50 mg de hidroclorotiazida (ver secção 6.5).
HIPERTENSÃO
A posologia usual é de 1 comprimido administrado uma vez por dia. Alguns doentes podem
precisar apenas de meio comprimido por dia. Observa-se pouco efeito hipotensor com doses
diárias de hidroclorotiazida acima de 50 mg, excepto se o doente estiver submetido a uma dieta
com alto conteúdo em sal.
EDEMA DE ORIGEM CARDÍACA
Deve iniciar-se o tratamento com MODURETIC com 1 comprimido por dia. Esta posologia pode
ser aumentada, se necessário, mas não deve exceder 2 comprimidos por dia. A posologia óptima
é determinada pela resposta diurética e pelo nível de potássio sérico. Depois de obtida uma
diurese eficaz, deve procurar reduzir-se a dose para a terapêutica de manutenção, que pode
fazer-se num esquema intermitente.
CIRROSE HEPÁTICA COM ASCITE (ver secção 4.4)
O tratamento deve ser iniciado com uma pequena dose de MODURETIC (um comprimido por
dia). Se for necessário, a posologia pode ser gradualmente elevada, até que haja diurese eficaz. A
posologia não deve exceder 2 comprimidos por dia.
As doses de manutenção podem ser menores que as necessárias para iniciar a diurese; deve-se,
portanto, tentar reduzir a dose diária quando o peso do doente tiver estabilizado. A redução
gradual do peso é especialmente desejável nos doentes cirróticos para diminuir a possibilidade de
reacções colaterais associadas à terapêutica diurética.
Doentes Pediátricos:
Não existe informação sobre a administração de MODURETIC em crianças e adolescentes com
idade inferior a 18 anos.
MODURETIC não está recomendado em crianças e adolescentes (com idade inferior a 18 anos),
tendo em conta a falta de informação quanto a segurança e eficácia.
4.3
CONTRA-INDICAÇÕES
Hipercaliémia (potássio plasmático superior a 5,5 mEq/l).
Outras terapêuticas anti-caliuréticas concomitantes ou suplementação de potássio (ver
secção 4.4).
Insuficiência renal (anúria, insuficiência renal aguda, doença renal progressiva grave e
nefropatia diabética) (ver secção 4.4).
Hipersensibilidade às substâncias activas ou a qualquer um dos excipientes ou a outros
fármacos do grupo das sulfonamidas.
Terapêutica concomitante com o lítio
4.4
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES ESPECIAIS DE UTILIZAÇÃO
HIPERCALIÉMIA
Tem-se verificado hipercaliémia (potássio sérico > 5,5 mEq/l) em doentes que recebem cloridrato
de amilorida, isolado ou em associação com outros diuréticos. A hipercaliémia tem sido
particularmente observada em doentes idosos e em doentes hospitalizados com cirrose hepática
ou edema cardíaco e compromisso renal conhecido, que estejam gravemente doentes ou tenham
estado sob tratamento diurético intensivo. Nestes doentes deve manter-se vigilância constante,
para detectar qualquer evidência clínica, laboratorial ou electrocardiográfica (ECG) de
hipercaliémia. Têm sido notificadas algumas mortes neste grupo de doentes.
A suplementação de potássio, nas formas de medicamento ou de dieta rica em potássio, não deve
ser usada com MODURETIC, excepto nos casos de hipocaliémia grave e/ou refractária. Se se
fizer suplementação de potássio, recomenda-se cuidadosa vigilância dos níveis de potássio sérico.
TRATAMENTO DA HIPERCALIÉMIA
No caso de ocorrer hipercaliémia em doentes que estejam a ser tratados com MODURETIC, deve
suspender-se imediatamente o tratamento e, se necessário, tomarem-se medidas activas no sentido
de reduzir o nível de potássio plasmático.
INSUFICIÊNCIA RENAL
Quando a depuração da creatinina desce para valores inferiores a 30 ml/min., os diuréticos
tiazídicos são ineficazes.
Os doentes com elevação do azoto ureico (BUN) acima de 30 mg/100 ml, com níveis séricos de
creatinina superiores a 1,5 mg/100 ml, ou com ureia sérica superior a 60 mg/100 ml, e os doentes
com diabetes mellitus, não devem tomar MODURETIC sem cuidadosa vigilância dos electrólitos
do sangue e dos níveis de azoto ureico. A retenção de potássio na presença de insuficiência renal
é acentuada pela adição dum fármaco anticaliurético e pode resultar no rápido desenvolvimento
de hipercaliémia.
DESEQUILÍBRIO ELECTROLÍTICO
Embora a probabilidade de ocorrer desequilíbrio electrolítico seja diminuta com o MODURETIC,
deve manter-se cuidadosa atenção a sintomas de desequilíbrio hidro-electrolítico, nomeadamente:
hiponatrémia, alcalose hipoclorémica, hipocaliémia e hipomagnesiémia. É particularmente
importante fazer determinações dos electrólitos do soro e da urina quando o doente vomita
excessivamente ou está a receber fluidos por via parentérica. Os sinais de alarme ou sintomas de
desequilíbrio hidro-electrolítico incluem: secura da boca, sede, astenia, letargia, tonturas,
agitação, convulsões, confusão, cãibras e outras dores musculares, fadiga muscular, hipotensão,
oligúria, taquicárdia e perturbações gastrintestinais, como náuseas e vómitos.
Pode desenvolver-se hipocaliémia com a hidroclorotiazida, como com qualquer outro diurético
potente, especialmente na sequência de diurese volumosa, após tratamento prolongado, ou na
cirrose grave. A hipocaliémia pode sensibilizar ou exagerar a resposta do coração aos efeitos
tóxicos dos digitálicos (por ex. irritabilidade ventricular aumentada).
A hiponatrémia induzida pelos diuréticos é usualmente ligeira e assintomática. Em poucos
doentes, a hiponatrémia pode tornar-se grave e sintomática. Tais casos exigem atenção e
tratamento imediato.
As tiazidas podem diminuir a excreção urinária de cálcio. Podem causar elevação ligeira e
intermitente do cálcio sérico na ausência de transtornos conhecidos do metabolismo cálcico. As
tiazidas devem ser suspensas antes de se fazerem testes da função paratiroideia.
AZOTÉMIA
A azotémia pode ser precipitada ou aumentada pela hidroclorotiazida. Podem desenvolver-se
efeitos cumulativos do fármaco em doentes com função renal comprometida. Se ocorrer aumento
da azotémia e oligúria durante o tratamento em indivíduos com doença renal, o diurético deve ser
interrompido.
DOENÇA HEPÁTICA
As tiazidas devem ser usadas com precaução em doentes com disfunção hepática ou doença
hepática progressiva, uma vez que pequenas alterações do equilíbrio dos fluidos e dos electrólitos
podem desencadear o coma hepático.
EFEITOS METABÓLICOS
Pode ocorrer hiperuricémia ou podem ser precipitadas crises de gota em certos doentes em
tratamento com tiazidas.
A terapêutica tiazídica pode diminuir a tolerância à glicose, podendo ser necessários ajustamentos
posológicos de medicamentos antidiabéticos, incluindo a insulina.
As alterações metabólicas e electrolíticas provocadas pela hidroclorotiazida (hipocaliémia,
hiperuricémia, hiperlipoproteinémia e hiperglicémia) são dependentes da dose.
A redução da tolerância à glicose observada com a hidroclorotiazida é explicada em parte pela
hipocaliémia.
Podem estar associados à terapêutica com tiazidas aumentos de colesterol e triglicéridos.
Em doentes com diabetes confirmada ou presumida, deve conhecer-se o estado funcional renal
antes de iniciar a terapêutica com MODURETIC para minimizar o risco de hipercaliémia. O
tratamento com MODURETIC deve interromper-se pelo menos três dias antes de fazer prova de
tolerância à glicose.
Em doentes graves em que possa ocorrer acidose respiratória ou metabólica, como acontece em
pessoas com doença cardio-pulmonar e em casos de diabetes inadequadamente controlada, a
terapêutica anticaliurética só deve ser instituída com especial precaução. Modificações do
equilíbrio ácido-base alteram o balanço potássio intracelular/extracelular, e o desenvolvimento de
acidose pode estar associado a rápidas elevações dos níveis séricos de potássio.
REACÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE
Tem sido referida com o uso de tiazidas a possibilidade de exarcerbação ou activação de lupus
eritematoso disseminado.
MODURETIC contém lactose. Doentes com problemas hereditários raros de intolerância à
galactose, deficiência de lactase ou má absorção de glucose-galactose não devem tomar este
medicamento.
MODURETIC contém ainda amarelo-sol FCF (E110) que pode causar reacções alérgicas.
4.5
INTERACÇÕES MEDICAMENTOSAS E OUTRAS FORMAS DE INTERACÇÃO
Lítio - em geral, não deve ser administrado com diuréticos. Os medicamentos diuréticos reduzem
a depuração renal do lítio e criam um risco elevado de intoxicação pelo lítio. Consultar os
Resumos das Características dos preparados de lítio antes da sua utilização.
Fármacos anti-inflamatórios não esteróides - em alguns doentes, a administração de um
medicamento anti-inflamatório não esteróide pode reduzir as acções diurética, natriurética e
anti-hipertensiva dos diuréticos. A administação concomitante de fármacos anti-inflamatórios não
esteróides (AINEs) e de agentes poupadores de potássio, incluindo o cloridrato de amilorida,
pode causar hipercaliémia e falência renal, particularmente em doentes idosos. Logo, quando o
cloridrato de amilorida é usado concomitantemente com AINEs, a função renal e os níveis de
potássio devem ser cuidadosamente monitorizados.
Cloridrato de amilorida
Quando o cloridrato de amilorida é administrado concomitantemente com um inibidor da enzima
de conversão da angiotensina, com um antagonista dos receptores da angiotensina II, ciclosporina
ou tacrolímus, o risco de hipercaliémia pode aumentar. Por isso, se o uso simultâneo destes
medicamentos for indicado, devido a hipocaliémia demonstrada, estes devem ser usados com
precaução, doseando-se com frequência o potássio sérico.
Hidroclorotiazida
Podem ocorrer interacções quando se administram simultaneamente diuréticos tiazídicos com os
seguintes fármacos:
Álcool, barbitúricos, ou narcóticos - pode ocorrer potenciação da hipotensão ortostática.
Medicamentos anti-diabéticos (orais e insulina) - podem ser necessários ajustamentos posológicos
dos antidiabéticos.
Outros fármacos anti-hipertensores - efeito aditivo. A terapêutica diurética deve ser interrompida
2 a 3 dias antes de se iniciar o tratamento com um inibidor da ECA para reduzir a probabilidade
de hipotensão de primeira dose.
Colestiramina e resinas de colestipol – a absorção da hidroclorotiazida está diminuída na presença
de resinas de permuta aniónica. Doses únicas de colestiramina ou de resinas de colestipol ligamse à hidroclorotiazida e diminuem a sua absorção no tracto gastrointestinal até 85 e 43 %,
respectivamente.
Corticosteróides, ACTH - depleção electrolítica intensificada, particularmente a hipocaliémia.
Aminas pressoras (por ex. noradrenalina) - resposta possivelmente diminuída às aminas
pressoras, mas não o suficiente para inviabilizar a sua utilização.
Relaxantes não despolarizantes do músculo esquelético (por ex. tubocurarina) - a resposta ao
relaxante muscular pode ser aumentada.
Interacções do medicamento com provas laboratoriais - devido aos seus efeitos no metabolismo
do cálcio, as tiazidas podem interferir com as provas laboratoriais da função paratiroideia (ver
secção 4.4)
4.6
FERTILIDADE, GRAVIDEZ E ALEITAMENTO
Utilização na Gravidez
A experiência decorrente da administração da hidroclorotiazida durante a gravidez,
particularmente durante o primeiro trimestre, é limitada. Os estudos em animais são insuficientes.
A hidroclorotiazida atravessa a barreira placentária. Com base no mecanismo de acção
farmacológico da hidroclorotiazida, a sua administração durante o segundo e o terceiro trimestres
podem comprometer a perfusão fetoplacentária e pode causar efeitos fetais e neonatais tais como
icterícia, distúrbios no equilíbrio electrolítico e trombocitopenia.
A hidroclorotiazida não deve se administrada no edema gestativo, hipertensão da gravidez ou préeclampsia devido ao risco de diminuição do volume plasmático e hipoperfusão placentária, sem
efeitos benéficos relativamente ao curso da doença.
A hidroclorotiazida não deve ser administrada na hipertensão essencial em mulheres grávidas,
excepto nas raras situações em que não pode ser utilizada outra alternativa terapêutica.
Utilização no Aleitamento
As tiazidas aparecem no leite materno. Se a utilização do medicamento for absolutamente
essencial, a doente deve deixar de amamentar.
4.7 EFEITOS SOBRE A CAPACIDADE DE CONDUZIR E DE UTILIZAR
MÁQUINAS
Uma vez que existe a possibilidade de ocorrerem tonturas, principalmente quando se inicia o
tratamento ou quando se aumenta a posologia, o doente deverá ser aconselhado a avaliar se a sua
capacidade de conduzir veículos ou de utilizar máquinas foi afectada.
4.8
EFEITOS INDESEJÁVEIS
Na experiência pós-comercialização foram descritas foram descritas as reacções adversas abaixo
referidas e as frequências são desconhecidas:
Doenças do metabolismo e da nutrição
anorexia*
alterações do apetite
desidratação
desequilibrio electrolítico
*
Efeitos secundários descritos com maior frequência durante os ensaios clínicos controlados com
MODURETIC
gota
hiponatrémia (ver secção 4.4)
hiponatrémia sintomática
Perturbações do foro psiquiátrico
depressão
insónia
confusão mental
nervosismo
sonolência
Doenças do sistema nervoso
mau sabor na boca
tonturas*
cefaleias*
parestesias
letargia
síncope
Afecções oculares
perturbações visuais
Afecções do ouvido e do labirinto
vertigens
Cardiopatias
angina de peito
arritmia
taquicárdia
Vasculopatias
rubor facial
hipotensão ortostática
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
dispneia
congestão nasal
Doenças gastrointestinais
distensão abdominal
dor abdominal
obstipação
diarreia
flatulência
hemorragia gastrointestinal
soluços
náuseas*
vómitos
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneas
diaforese
prurido
erupção cutânea*
Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos
dor nas costas
dor articular
dor nas pernas
cãibras musculares
Doenças renais e urinárias
disúria
incontinência
noctúria
disfunção renal incluindo falência renal
Doenças dos órgãos genitais e da mama
impotência
Perturbações gerais e alterações no local de administração
dor no peito
fadiga
mal-estar
sede
fraqueza*
Exames complementares de diagnóstico
Níveis de potássio sérico aumentados (> 5.5 mEq por litro)
Lesões e intoxicações
Toxicidade digitálica
São listados a seguir outros efeitos secundários, os quais têm sido notificados com os
componentes administrados isoladamente:
AMILORIDA
Doenças do sangue e do sistema linfático
anemia aplásica
neutropénia
Perturbações do foro psiquiátrico
diminuição da líbido
Doenças do sistema nervoso
encefalopatia
sonolência
tremores
*
Efeitos secundários descritos com maior frequência durante os ensaios clínicos controlados com
MODURETIC
Afecções do ouvido e do labirinto
acufenos
Cardiopatias
um doente com bloqueio cardíaco parcial desenvolveu bloqueio cardíaco completo
palpitações
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
tosse
Doenças gastroinestinais
activação de úlcera péptica provavelmente pré-existente
xerostomia
dispepsia
Afecções hepatobliares
icterícia
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneas
alopécia
Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos
dor nos pescoço/ombro
dor nas extremidades
Doenças renais e urinárias
espasmo da bexiga
poliúria
polaquiúria
Exames complementares de diagnóstico
anomalia da função hepática
aumento da pressão intraocular
HIDROCLOROTIAZIDA
Infecções e infestações
sialadenite
Doenças do sangue e do sistema linfático
agranulocitose
anemia aplásica
anemia hemolítica
leucopénia
púrpura
trombocitopénia
Doenças do metabolismo e da nutrição
hiperglicémia
hiperuricémia
hipocaliémia
Perturbações do foro psiquiátrico
agitação
Afecções oculares
visão turva transitória
xantopsia
Vasculopatias
angeíte necrosante (vasculite, vasculite cutânea)
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
perturbações respiratórias incluindo pneumonite e edema pulmonar
Doenças gastrointestinais
cólicas
irritação gástrica
pancreatite
Afecções hepatobiliares
ictericia colestática intra-hepática
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneas
fotossensibilidade
necrólise epidérmica tóxica
urticária
Doenças renais e urinárias
glicosúria
nefrite intersticial
Perturbações gerais e alterações no local de administração
reacção anafiláctica
febre
4.9
SOBREDOSAGEM
Não existem dados disponíveis relativos à sobredosagem no homem.
Não se sabe se o fármaco é dializável.
Não existe disponível nem informação específica sobre o tratamento da sobredosagem com
MODURETIC, nem um antídoto específico. O tratamento é sintomático e de suporte. O
tratamento com MODURETIC deve ser interrompido e o doente observado de perto. As medidas
sugeridas incluem indução da emese (vómito) e/ou lavagem gástrica.
CLORIDRATO DE AMILORIDA
Não existem dados disponíveis relativos à sobredosagem no homem.
Os sinais e sintomas mais comuns, que se esperam da sobredosagem, são desidratação e
desequilíbrio electrolítico. Se ocorrer hipercaliémia, devem ser tomadas medidas práticas para
reduzir os níveis de potássio sérico.
HIDROCLOROTIAZIDA
Os sinais e sintomas mais comuns observados são os causados por depleção de electrólitos
(hipocaliémia, hipoclorémia, hiponatrémia) e desidratação, resultantes de diurese excessiva. Se
tiverem sido administrados digitálicos, a hipocaliémia pode agravar arritmias cardíacas.
5.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1
PROPRIEDADES FARMACODINÂMICAS
Grupo farmacoterapêutico: 3.4.1.6 - Aparelho cardiovascular. Anti-hipertensores. Diuréticos.
Associações de diuréticos.
Código ATC: C03EA01
MODURETIC (hidroclorotiazida e cloridrato de amilorida) é um diurético e anti-hipertensor, que
combina a potente acção natriurética da hidroclorotiazida, com a propriedade do cloridrato de
amilorida de conservação do potássio.
MODURETIC proporciona actividade diurética e anti-hipertensora (principalmente devido ao
componente hidroclorotiazida), enquanto através do seu componente cloridrato de amilorida evita
a perda excessiva de potássio que pode ocorrer em doentes que tomam somente um diurético
tiazídico.
Devido ao cloridrato de amilorida, a excreção urinária de magnésio é menor com MODURETIC
do que com uma tiazida ou um diurético da ansa quando usados isoladamente.
A ligeira acção diurética e anti-hipertensora do cloridrato de amilorida é aditiva às actividades
natriurética, diurética e anti-hipertensora da hidroclorotiazida; ao mesmo tempo, torna mínima a
perda de potássio e bicarbonato e reduz a probabilidade de desequilibrio ácido-base.
O início da acção diurética de MODURETIC verifica-se geralmente nas 2 horas posteriores à
administração e esta acção parece manter-se durante, aproximadamente, 24 horas. Os efeitos
diurético e natriurético atingem o seu máximo por volta da quarta hora, e existe uma actividade
detectável durante aproximadamente 24 horas. No entanto, a acção diurética eficaz do
medicamento mantem-se somente por apenas 12 horas.
HIDROCLOROTIAZIDA
A hidroclorotiazida é um diurético e um anti-hipertensor eficaz por via oral.
O início de acção da hidroclorotiazida ocorre duas horas após a administração oral e atinge um
efeito máximo em cerca de 4 horas. Esta acção persiste por um período de aproximadamente 6 a
12 horas.
A hidroclorotiazida não afecta a pressão arterial normal.
CLORIDRATO DE AMILORIDA
O cloridrato de amilorida é um fármaco poupador de potássio, que possui ligeira acção
natriurética, diurética e anti-hipertensora. Utiliza-se principalmente na conservação do potássio
em doentes a tomar medicamentos diuréticos, nos quais ocorra ou seja esperada uma perda
excessiva de potássio.
5.2.
PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICAS
CLORIDRATO DE AMILORIDA
O cloridrato de amilorida começa geralmente a actuar dentro de 2 horas após uma administração
oral.
O seu efeito sobre a excreção de electrólitos é máximo entre a sexta e a décima hora, e persiste
por 24 horas. Obtêm-se picos de níveis plasmáticos entre a terceira e a quarta hora e a semi-vida
plasmática varia entre 6 e 9 horas. Os efeitos nos electrólitos aumentam com doses únicas de
cloridrato de amilorida até 15 mg, aproximadamente.
O cloridrato de amilorida não é metabolizado pelo fígado mas é excretado inalterado pelos rins.
Cerca de 50 % de uma dose de cloridrato de amilorida de 20 mg é excretada na urina e 40 % nas
fezes em 72 horas. O cloridrato de amilorida tem um pequeno efeito na taxa de filtração
glomerular ou no fluxo sanguíneo renal. Uma vez que o cloridrato de amilorida não é
metabolizado pelo fígado, não se espera acumulação de fármaco em doentes com disfunção
hepática, mas pode ocorrer acumulação caso se desenvolva síndrome hepatorenal.
HIDROCLOROTIAZIDA
A semi-vida plasmática da hidroclorotiazida é de 5,6 – 14,8 horas quando se seguem os níveis
plasmáticos durante pelo menos 24 horas. A hidroclorotiazida não é metabolizada mas é
rapidamente eliminada pelo rim. Pelo menos 61 % da dose oral é eliminada inalterada em 24
horas. A hidroclorotiazida atravessa a placenta mas não a barreira hemato-encefálica e é
excretada no leite.
5.3
DADOS DE SEGURANÇA PRÉ-CLÍNICA
CLORIDRATO DE AMILORIDA
O cloridrato de amilorida não foi mutagénico em testes efectuados em bactérias, nem
carcinogénico em estudos a longo termo em ratinhos e ratos. Não foram observados efeitos
adversos sobre a fertilidade ou desenvolvimento embrio-fetal.
HIDROCLOROTIAZIDA
Estudos com a duração de dois anos em ratimhos e ratos não revelaram potencial carcinogénico
da hidroclorotiazida em ratinhos fêmea ou em ratos macho ou fêmea. No entanto, foi observada
evidência equívoca de carcinogenicidade hepática em ratinhos machos.
A hidroclorotiazida não originou efeitos adversos na fertilidade, desenvolvimento embrio-fetal ou
pós-natal.
Associação de CLORIDRATO DE AMILORIDA/HIDROCLOROTIAZIDA
A associação não revelou efeitos adversos sobre a fertilidade ou desenvolvimento embrio-fetal.
6.
INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1
LISTA DOS EXCIPIENTES
Lactose
Estearato de magnésio
Amido de milho,
Amido de milho pré-gelificado
Goma Guar
Amarelo-sol FCF (E110)
Hidrogenofosfato de cálcio
6.2 INCOMPATIBILIDADES
Não aplicável.
6.3 PRAZO DE VALIDADE
3 anos.
6.4 PRECAUÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
6.5 NATUREZA E CONTEÚDO DO RECIPIENTE
Blisters de PVC/Alumínio em embalagens de 10, 20, 30 e 60 comprimidos, doseados a 5 mg de
amilorida/50 mg de hidroclorotiazida.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6
PRECAUÇÕES ESPECIAIS DE ELEIMINAÇÃO E MANUSEAMENTO
Não existem requisitos especiais.
7.
TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
MERCK SHARP & DOHME, LDA
Quinta da Fonte
Ed. Vasco da Gama, 19
Porto Salvo
2770-192 Paço de Arcos
8.
NÚMEROS DE AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Nº de registo: 4598686 - 10 comprimidos, 50 mg + 5 mg, blisters de PVC/Alumínio.
Nº de registo: 8347021 - 20 comprimidos, 50 mg + 5 mg, blisters de PVC/Alumínio.
Nº de registo: 4598785 - 30 comprimidos, 50 mg + 5 mg, blisters de PVC/Alumínio.
Nº de registo: 8347047 - 60 comprimidos, 50 mg + 5 mg, blisters de PVC/Alumínio.
9.
DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 15 Março 1973
Data de revisão: 04 Maio 1994
Data da última renovação: 27 Junho 2011
10.
DATA DA REVISÃO DO TEXTO
06/2011
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