Universidade Federal de Pernambuco Processos Patológicos Gerais – PPG Centro de Ciências Sociais - CCS É um processo inflamatório agudo da mucosa, geralmente de natureza transitória. • A inflamação pode ser acompanhada de hemorragia na mucosa e, em circunstâncias mais graves, por destruição do epitélio superficial da mucosa (erosão). • - Frequentemente, associada: a gastrite aguda esta Uso constante de drogas anti-inflamatórias não esteroidais (AINEs), particularmente a aspirina; - Consumo excessivo de álcool; - Excesso de fumo (tabaco); - Drogas quimioterápicas utilizadas no tratamento do câncer; - Uremia; - Infecções sistêmicas (p. ex., salmonelose); - Estresse intenso (p. ex., trauma, queimadura, cirurgia); - Choque e isquemia; - Tentativas de suicídio com ácidos e álcalis; - Trauma mecânico (p. ex., intubação nasogástrica); - Refluxo do material bilioso após gastrectomia distal. Mucosa com gastrite aguda, evidenciando edema e congestão vascular na lâmina própria Dependendo da gravidade das alterações anatômicas, a gastrite aguda pode ser: - Completamente assintomática; - Causar dor epigástrica, náusea e vômitos; - Manifestar hemorragia, hematêmese, melena e perda sanguínea intensa FATAL. • Definição: Presença de alterações inflamatórias crônicas na mucosa com infiltração de leucócitos mono e polimorfonuclear. • Consequências: - Atrofia a mucosa - Metaplasia intestinal - Alterações epiteliais • Característica do H. Pylori - Bastonete Gram-negativo, curvilíneo e não esporulado; - Adaptado ao nicho ecológico da mucosa gástrica; - Motilidade (flagelos); - Elaboração de uma urease, produzindo amônia e CO2; - Expressão de adesinas bacterianas (BabA); - Expressão de toxinas bacterianas. VIAS: - Estimulando a produção de citocinas pró- inflamatórias - Causando Lesão direta nas células epiteliais Padrão de Gastrite Produção de ácido Risco para úlcera Antral Aumentada Úlcera duodenal Pangastrite (corpo e fundo) Diminuída Úlcera Gástrica Métodos Não-Invasivos: - Teste da Urease respiratória pesquisa uréia na respiração - Sorologia detecta a bactéria nas fezes Métodos Invasivos (identificam a bactéria no tecido): - Cultura (endoscopia + biópsia) - Histologia - Teste da Urease Endoscópica Constitui menos de 10% de gastrite crônica; Resulta da presença de anticorpos contra as próprias cels. parietais das glândulas; Morfologicamente observa-se atrofia de corpo, apagamento de pregas; Fator intrínseco é perdido (casos mais graves) anemia perniciosa (B12); Pacientes com gastrite auto-imune carcinoma gástrico e tumores endócrinos. Uma resposta proliferativa à lesão epitelial. - - - - As células epiteliais da superfície da mucosa, e até certo ponto das glândulas, exibem: Núcleos aumentados; Hipercromáticos; Aumento da relação núcleo-citoplasma; Os vácuolos de mucina reduzidos ou ausentes nas células superficiais. A mucosa do antro, do corpo e do fundo pode se tornar parcialmente substituída por células caliciformes de morfologia intestinal (metaplasia intestinal). Ocasionalmente podem surgir projeções semelhantes à vilosidades. Pode ser precedida pela metaplasia intestinal; As alterações displásicas podem se tornar tão graves que se transformam em carcinoma in situ; Acredita-se que a displasia seja uma lesão precursora do câncer gástrico nas formas atróficas de gastrite, particularmente se houver associação com anemia perniciosa (na gastrite auto-imune) ou gastrite associada ao H. pylori. As alterações atróficas são evidenciadas pela marcante perda de estruturas glandulares. A atrofia é muito frequentemente associada à gastrite auto-imune e à pangastrite causada pelo H. pylori. • Nos indivíduos infectados pelo H. pylori, este se localiza na camada de muco superficial e entre as microvilosidades das células superficiais. Sua distribuição pode ser focal e irregular, com áreas de densa colonização ao lado de áreas despovoadas. http://anatpat.unicamp.br/bihelicobacter.html Mills SE. Histology for pathologists. 3ªed. Philadelphia: Lippincott Williams and Wilkins; 2007. Gastrite crônica severa – completa atrofia glandular, podendo haver zonas de mucosa que não apresentam glândulas, a mucosa passa a ser uma camada bastante fina. • Gastrite crônica causa poucos sintomas (náusea, vômitos e desconforto no andar superior do abdome). • Gastrite auto-imune (perda grave de células parietais) desenvolvimento de hipocloridia, acloridia ou hipergastrinemia. • Cuidado nutricional deve seguir princípios gerais: - Prescrição de tratamento individualizado e baseado na restrição dos alimentos que causam desconforto; - A dieta deve ser adequada em calorias e nutrientes e macia na consistência. - O paciente deve alimentar-se em intervalos regulares (a cada 2 horas); - Não ficar de jejum mais que quatro horas, alimentando-se, pelo menos, seis vezes ao dia. • Evitar o avanço das lesões; • Proteger a mucosa gástrica; • Reduzir a secreção ácida nos casos de hipersecreção; • Favorecer o trabalho gástrico; • Suprimir ou reduzir o estresse psíquico; • Suprimir os excitantes gástricos e evitar a anemia devida às perdas do sangue; • Gastrite atrófica: - Observar a situação da vitamina B12, pois, a deficiência do IF, causa a má absorção. • Com o aumento da idade deve haver o aumento da ingestão de B12. • Gastrite com Hipersecreção - Há aumento do tônus gástrico a nível da região antral, retardando o esvaziamento do estômago causando uma maior secreção de HCl. • O estado nutricional é afetado, pois, pode provocar a diminuição do apetite, limitando a ingestão de alimentos; também porque a ingestão de alimentos agrava a dor e aumenta a acidez gástrica. Temperos fortes: Frutas ácidas: • Robbins, S.L; Cotran R. S. Fundamentos de patologia. Cap. 17,pág. 853-857. • Mahan L K, Escott-Stump S. Krause Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 10ªº edição – São Paulo: Roca, 2002. • SIQUEIRA, J.S; LIMA, P. S. et al. Aspectos Gerais nas Infecções por HelicobacterpyloriRevisão.RBAC, vol. 39(1): 9-13, 2007 9. • Álvares , M. M. D. et al. Características da gastrite crônica associada a Helicobacterpylori: aspectos topográficos, doenças associadas e correlação com o status cagA. J BrasPatolMedLab .v. 42 . n. 1 (p. 51-59) fevereiro 2006. Grupo: Emanuele Batista Helaine Maria Jéssica Cordeiro Maria Vanessa Sarah Lima MEDICAMENTO ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL