I l- F h f" l= LI = E L- 1-- EsPiR I rnq FEDERA9Ao E:i":n'$3'"T;i Estudo AProfundadllfff"??5:H r ta E A D E I l*w'*.*@ "H REucAorA LUZ DO ESPIRITISMO - CRISTIANISMO RELrcAO I A ffi l pi -FkMWstnffi@WrPrrWM;reW*M t E ESPIRITISMO ;.,,-; TVI6OUI.O I : ANTECEDENTES DO CRISTIANISMO Dn+airrn-r. Roteiro 4: O Judaismo \f/ | r+rl I --Il f, l*@ L_l oBJErvo OBJETIVO ldl I -r l_t Fl Il-? i-! l- tr i{ ll-4 I =n E it fu . g IDEIAS PRINCIPAIS re, rc'loEns I pai r-f fa q l*- povo judeu' partiu de do considerado o PatriarcaAb tradigOes, o PatriarcaAbra6o, Segundo as tradigoes, I . segundo ut,-tua cidade natal, porque recebera I Ur,suacidadenatal,porquereceberadeDeusasseguintesinstrug6es:ora'osenhor para a terra dt tua parentela'-e da casa de teu pai' terra' e ia I disse ditt" aAbr6o: Sar-fe da tua tena, ,ugdo, e abengoar-te'ei' e engrandecerei o gri far-te-ei uma g,iuia"' mostrarei.E far-te-ei que eu te te mostrarei.E I qr" amaldigoarei E aabengoaiei os que te abengoarem e b|ngdo. E uma bAngdo' serds uma nome, e tu serds te, nome, | i", G€nesis' terra' da serdo benditas todas as familias amaldiloarem; ,e em ti seri * amatdisoarem; os que te "* l:: ;;12.1-3 | de sua pedra principi' a id6ia de Deus unico' Trata-se como principio I . A religiSo judaica tem protegido precursora direta do Evangerho deJesus. o Arei moisaicafoi a prect rar.Aleimoisaicafoia tunOamental' I fundamen foi i'spirado a reunir todos os elementos Mois6: adotiva de lr4ois6sji."l, (mie aOotiva Termutis(mae a" Termutis I de e estabelecendo o o vu missdo, ,utgZrirundo grandiosa missdo' sua grandiosa d sua 1teis d .monoteismoate hoie a edificag1o I rt"it divila'- iulas determinag6es sdo inspirag1o divina, sob a inspiragflo Dec1logo, sob I o"rulogo, do DDireito' Emmanuel" Emmanuel' cap' 2' littiga e do da Justiga Religidi iu da Retigilo oasrla basitarrba I teide Deus, promutgada no monte sinai' tei moisaica, h(t duas partesdisfinfas; a poi rvoitet'.y.'u 6 invariilvel; a outra' apropriada e a tei civi! ou disciptinar, decretada o po,vo, se modifica com o tempo. Allan Kardec: do Pot car1ter do ao cardter uo" cosfumes e ao aos item 2' ci espiritismo, cap' segundo o espiritismo' evangelho segundo l'I !""'8,!,lilf?,!,ioi;:;5:::;:;':', Na t l***,* E as principais caracteristicas do Judaismo' Destar Destacar I r-Jll !'I . *l @ | "rurgelho #llllsw$M'ryljrwwnwmfiilr@Mreffi EstudoAprofundado da Doutrina Espirita - EADE f u'q' b ourRrN'q' n sPiRrrA I ROTEIRO 4 CRISTIANISMO E ESPIRITISMO - MODULO - E sueslolos 1. lnformag6es t d -6 rag6o de estabelecer-se nesse pais' hist6ricas . .. ,4^^' surPreendente a influ€ncia exercida Pelos judeus na cultura ocidental, quando se considera a simplicidade de suas origens e o tamanho min0sculo do territ6rio onde se fixaram: cerca de 250 quilOmetros de extensdo e 80 quilOmetros de largura na parte mais amPla. A Palavra judeu deriva de Jud6ia' de nome de uma Parte do antigo reino de lsrael. A religiSo 6 tamb6m chamada ji que considera Mois6s um moisaica, dos seus fundadores. O Estado de lsraeldefine o judeu como alguem cuja mie6 judia, eque ndo pratica nenhuma outra f6. Aos Poucos, Por6m, esta definigSo foi ampliada para incluir o c6njuge. O judaismo n6o 6 apenas uma religiosa, mas tamb6m "otrnid"de 6tnica1o. O Povo de lsrael acredita-se descelndente dos patriarcas AbraSo' lsaac e Jacob, e das matriarcas Sarah (Saraiou Sara), Rebeca, Raquele Lia' os quaisteriam moldado os caracteres da raga pela alianga que fizeram com Deus. Segundo as tradig6es, Abra6o' um habitante da alta MesoPot6mia' deixou a cidade de Ur, em Hard - atualmente situada no sul do lraque -' partindo com sua esposa Sarah e L6' um sobrinho e demais Pessoas do seu cl6, em busca da terra habitada pelos cananeus, onde criaria os seus filhos' Abrado teria recebido de Deus a inspi- E fundando ali uma descend6ncia' cumulada de favores por Deus e objeto de Sua especial predilegdo' (G€nesis' capitulo lZ) O local onde Abrado foi viver recebeu o nome de Canad ou t- = -E Terra Prometida. O poder patriarcalde E transferido ao seu filho lsaac (ou lsaque) que, Por e deste Para Jacob (ou Jac6), Para seus doze sua vez, o t- Abrado foi, com a sua morte' Passou filhosT. (G6nesis, caPitulo 35) Sabe-se, Por6m, que o Pnmelro filho deAbrado ndo foi lsaque, este era filho que teve com Sara, sua esposa (G6nesis , 21:1-8), gerado aP6s o nascimento do primog€nito lsmael com a escrava egiPcia Hagar ou Agar (G6nesis, 16:1-16) . AP6s a morte de que Sara, Abraio casa com Quetura lhe geraram seis filhos: ZinrA, Jocs6' MedL, Mldia, lsbaque e Su6 (G0nesis, 25: 1 -7) Abr6o, entretanto, considerou o seu herdeiro legitimo apenas lsaque' (G6nesis,25: 5) Jac6' Os doze filhos de considerados os legitimos descendentes de AbraSo formam as doze tribos judaicas. Um dos filhos de Jac6 com haquet (G6nesis, 3O:22-26), chamado Jos6, foi vendido como escravo aofara6 eglPcio, mas, em razdo da fama e autoridade por ele conquistadas, tomouse vice-rei do Egito' Porvoltade 1700a.C', oPovo judeu migra Para o Egito em raz6o da fome' onde 6 escravizado Por aProxida- mamente 400 anos. (Exodo, 1:1-14'1 A MtwMrtwwwM - EADE Estudo Aprofundado da Doutrina Espirita I l| Ib - I I b i I ) I I , ! rt_ H Ft t-il l-_ f-l rl l-t r: r-l r_ l-t rffi r_ l-i t--l-tl t_ l-ll r € l- ESTT]DO APROFUNDADO DA DOUTRINA ESP IRITA cRrsrIANrsMo E EsprRrrIsvro libertagio do povo judeu ocore porvolta de 1300 a.C., seguida da fuga do Egito, comandada por Mois6s um judeu, criado porTermutis, irmd dofara6, ap6s t6-lo recolhido das dguas do rio Nilo. (Exodo, 2:1-20) Saindo do Egito, os excativos atravessam o Mar Vermelho, vivendo 40 anos no deserto e submetendo-se todo tipo de pr6prias dificuldades, da vida n6made. O grande 6xodo dos israelitas foi, segundo a Biblia, de 603.550 homensle. (Nfmeros, 1:46) - a cadeia montanhosa de Horeb, fundando, efetivamente, a religido judaica. (Exodo, 20 1-17; 34:1-4. Deuteron6mio, 5:1-21) As Tdbuas da Lei foram guardadas em uma arca - Arca da Alianga -, especialmente construida ciat6rio de ouro que deveria ser -.i colocado acima da Arca (Exodo, 25: 17-22) e uma mesa de madeira de lei, coberta de ouro, contendo castigais, tamb6m de ouro, e outros objetos necess6rios ao cerimonial religioso. (Exodo, 25:23-40) A arca e os Dez Mandamentos acompanharam os judeus durante o tempo em que permaneceram no deserto com Mois6s. Antes de morrer, logo ap6s ter localizado Canai, Mois6s nomeou Josu6, filhode Num, seu sucessor, cum- r@wrmWWwru = 4 _ coNT. I prindo, assim, a profecia de que encontraria a Terra Prometida antes de sua morte. (Deuterondmio, 34:1-5) Josu6 foi inspirado a atravessar o rio Jord6o, levando consigo os filhos de lsraeld terra que lhe foi prometida por Deus, segundo relatos de suas escrituras. (l Samuel, 1 :20-28; 2:19-26) Do deserto, rio Jorddo at6 o Libano, dai at6 o rio Eufrates, abrangendo o territ6rio dos heteus, estendendo-se at6 o mar, em diregdo ao poente. (Josu6, 1: 4) Acontece que essa terra j6 era (cananeus, heteus, heveus, ferezeus, girgaseus, amorreus e os jebuseus), que foram dominados pelos judeus. (Josu6, 3:10; 5:1) Tudo isso aconteceu no s6culo Xlll a.C., aproximadamente. As terras conquistadas sio divididas em doze partes e entregues a cada uma das tribos judaicas. Os cananeus e outros povos continuaram em luta com os judeus conquistadores por algum a arca (Exodo, 25 1-g); um propi- = RorEIRo habitada por diferentes povos = -.l r_ Durante a peregrinagdo pelo para abrigS-las. (Exodo, 25 10-16; 37 : 1-5); haveria ainda um tabernSculo para = -{ nn6DULo deserto, Mois6s recebe as T1buas da Lei tambem chamadas Decdlogo ou Dez Mandamentos, no monte Sinai, = = _ EstudoAprofundado da Doutrina Espirita - EADE tempo, at6 serem contidos pelo representante da tribo de Judd. (Julzes, 1:1-36) Ap6s a morte de Josu6, cada tribo 6 governada porjuizes, como Samuel (l Samuel, 20-28; 2:18-26). Os juizes passaram a governar as tribos porque os judeus, abandonando o culto a Deus, passaram a adorar outros deuses, como Baal eAstarote. (Julzes, 2:11-16) Posteriormente, os juizes foram substituidos por reis (l Samuel, 8: 1-6; 9-12) como Saul, da tribo de Benjamin (l Samuel, 10: 1 -22), Davi (l Samuel, 16: 1;10-13. llsamuel, S:14. I Reis, 2:11) e Salom6o (l Reis, 1:4648), filho de Davi (llSamuel,5:13-14 rewreffi @ p ESTUDO APROFT]NDADO DA DOUTRINA ESPIRITA CRISTIAMSMO E ESPIRITISMO_M6DIJLO I_ROTEIRO ll CrOnicas, 9: 30-31), que constr6i o primeiro templo de Jerusal6m, entre 970 e 931 a.C. Com a morte de Salomdo, RoboSo, seu filho, torna-se rei, mas no seu reinado acontece a revolta das tribos de lsrael (ll Cr6nicas, 10), separando-se a tribo de Davi (ou de lsrael) das demais (ll Crdnicas, nitivamente. As tribos se organizam em dois reinos: o de Judd e o de lsrael. 1 0: 1 8-1 9), defi O reino de [...] JudS manteve a antiga capitaldo rei David (Jerusalem) e com ela o 4 -CONT. 2 constantes invas6es das potdncias estrangeiras. Entre os s6culos ll e lV a.C., migrag6es voluntSrias difundem a religiio e a cultura judaicas por todo o Oriente M6dio. Em 63 a.C., Jerusal6m 6 conquistada pelos romanos, sob o comando de Pompeu. Jerusal6m [...] figurou como capital do reino da Jud6ia, sob a dinastia de Herodes. Em conseqU€ncia de sublevagio dos judeus, foi [Jerusal6m] novamente cercada e incendiada por tropas romanas, sob o comando do general e futuro imperador templo hist6rico do rei Salom6o, o que lhe Tito. Reduzida a colOnia no tempo do imperador Adriano (sob o nome de Elia acarretou ascend6ncia religiosa, embora a Capitolina), restaurou-lhe a denominagSo cidade de Jerusal6m viesse a ser conquistada pelo babilOnio Nabucodonosor [em 586 a.C.] e mais tarde pelo romano Pompeu16. Nabucodonosor, entao rei da Babil6nia, destr6i o templo de Salomdo e deporta a maioria do povo de Jud6. A partir desse exllio na Babil6nia 6 que se pode falar de Judaismo ou religido iudaica, propriamente dita. O reino de lsrael, na Samaria, 6 destruidoem72l a.C. No ano 586 a.C., mantendo-se a divisio das tribos judaicas em dois reinos, nascem a esperanga e a f6 no advento de um messias, o enviado de Deus, capazde restaurara unidade do povo, garantindo-lhe soberania d ivina sobre a humanidadee. Os judeus voltam d Palestina em 538 a.C. Reconstroem af o templo de SalomSo, vivendo breves periodos de independ€ncia, interrompidos pelas tradicional (Jerusal6m) o imperador Constantinol5. 6 arrasada. Com a destruigSo do templo de Jerusal6m pela vez, e da pr6pria cidade, inicia-se o perlodo da grande segunda dispersio do povo judeu, conhecida como Di1spora. Espalhados por todos os continentes, os judeus mantdm sua unidade cultural e religiosa. A Di6spora termina em 1948, com a criagdo do Estado de lsraele. Existem atualmente cerca de 13 milh6es de judeus em todo o mundo;4,5 milh6es vivem no Estado de lsrael. 2. A l-I :l 5-{ No ano 6 d.C., a Judeia torna-se uma provincia de Roma. Em 70 d.C. os romanos destroem o templo e, em 135, Jerusal6m _l L&l _l l'*{ _l t-l religiio judaica O Judaismo 6 a primeira religiSo monoteista da Humanidade. Funda- ryewxreilrewmwlMrenK EstudoAprofundado da Doutrina Espirita - EADE _l :J L-J b.'l :l :l :l :l lbJ L-J l-J l--.'J *J l--l I t--J -) F F -) v) .! E 't { 'l 'll - it rl .l ESTUDO APROFUNDADO DA DOUTRINA ESPIRITA CRISTIANISMO E ESPIRITISMO _ MoDTJLO menta-se na revelagao dos Dez Mandamentos transmitidos por Deus (Yaweh) a Mois6s. O Decdlogo 6 considerado o evento fundador da religi6o de lsrael. Religido que tem como principio a ideia da existdncia de Deus unico, Criador Supremo. Dos Esplritos degredados na Terra, foram os hebreus que constituiram a raga mais forte e mais homogOnea, mantendo inalterados os seus caracteres atrav6s de todas as mutag6es. Examinando esse povo not6vel no seu passado longinquo, '! ..l t .l .l reconhecemos que, se grande era a sua certeza na existdncia de Deus, muito grande tambdm era o seu orgulho, dentro de suas concepg6es da verdade e da vida. Conscientes da superioridade de seus I t I I i i I ROTEIRO 4 _ CONT. 3 Deuteron0mio); b) na conquista r1a liberdade, obtida pela retirada do Egito, travessia do Mar Vermelho e conquista de Cana6; c) libertagdo do cativeiro egipcio, conhecida como P1scoa judaica; d) no conceito de nagdo, constituido durante a pere_ grinagSo de quarenta anos no deserto, e na chegada d Terra prometida (Canai); e) na crenga de serem os judeus o povo eleito por Deus (entendem que, ao serem escolhidos por Deus, eles assumiram o fardo de ser povo antes de experimentar os prazeres e a seguranga da nacio_ nalidade)1a. A nog6o de povo escolhido pela valores, nunca perdeu a oportunidade de Divindade 6 uma tradigdo religiosa que demonstrar a sua vaidosa aristocracia espiritual, mantendo-se pouco acessivel d passa, de geragdo a geragdo, como artigo de f6. comunhSo perfeita com as demais ragas do orbe. Entretanto, [...] antecipando-se ds conquistas dos outros povos, ensinou de todos os tempos a fraternidade, a par de uma f6 soberana e imorredoura2o. i- I- Um dos maiores teologos do Judaismo, Moses Maim6nides (11351204\, desenvolveu treze artigos de f6, intrinsecamente fundamentados na crenga em Deus 0nico, e que s6o aceitos como o referencial da religido pelo Judafsmo tradicional. O Judaismo possui uma unidade doutrin6ria simbolizada: a) na Tord (ou Torah), ou Lei judaica revelagdo representada pelo Pentateuco de - Mois6s (ndo possuindo, durante s6culos, um pals considerado como pr6prio, os judeus mantiveram a coesao religiosa pelo estudo dos livros G6nesis, Exodo, Levftico, Nfmeros e @WqW#%M- I EstudoAprofundado da Doutrina Espirita - EADE Era [...] crenga comum aos judeus de entSo (epoca do Cristo) que a nag6o deles tinha de alcangar supremacia sobre todas as outras. Deus, com efeito, nio prometera aAbraio que a sua posteridade cobriria toda aTerra? Mas, como sempre, atendo_se d forma, sem atentarem ao fundo, eles acreditavam tratar-se de uma dominagio efetiva e material. [...] Entretanto [...], os judeus desprezaram a lei moral, para se aferrarem ao mais f6cil: a prdtica do culto exterior. O mal chegara ao c0mulo; a nagio, al6m de escravizada, era esfacelada pelas fac96es e dividida pelas seitas [...]3. Um ponto doutrindrio fundamental da religiSo judaica 6 que n6o E a f6 nem a contemplagio que solidificam a relagSo entre o homem e Deus, mas a agao: isto 6, Deus determina, o homem cumpre a Sua vontade. Sendo assim, rIWffiwrrreffi ESTUDO APROF'UNDADO DA DOUTRINA ESPIRITA CRISTIAIVSMO E ESPIRITISMO -MODULO I_ROTEIRO ojudeu deve conhecer Deus ndo por meio da especulagdo mistica ou filos6fica, mas pelo estudo de Sua palavra escrita - a Tord -, pela prece, pela pr6tica da caridade, e pelas ag6es que promovem a harmonia8. A lei moisaica foi a precursora direta do Evangelho de Jesus. O protegido de Termutis [...]foi inspirado a reunirtodos os elementos 0teis d sua grandiosa missdo, vulgarizando o monotelsmo e estabelecendo o Dec6logo, sob a inspiragio divina, cujas determinagOes sio at6 hoje a edificagio basilar da Religiio da Justiga e do Direito. Mois6s [...] foio primeiro a tornaracessiveis is massas populares os ensinamentos somente conseguidos i custa de longa e penosa iniciagio, com a sintese luminosa de grandes verdades2a. Para a f6 judaica, Deus 6 uma presenga ativa no mundo, de forma abrangente, e na vida de cada pessoa, isoladamente. Deus nao criou simplesmente a Humanidade e dela se afastou, deixando-a entregue a si mesma. Ao contr6rio, a Humanidade 6 totalmente dependente de Deus para evoluir e para ser fetiz. Como Deus 6 tamb6m pessoal, est6 envolvido diretamente em todos os aspectos da vida de cada pessoa, podendo responder, em particular, As aspirag6es individuais durante a prece. por este motivo, os judeus oram tr6s vezes ao dia (manhd, tarde e noite), nas pr6ticas do Shabaf (s6timo dia da semana, reservado ao descanso) e nas festas religiosas. rewreffireWlE-rew 4 - CONT. 4 Os judeus ndo aceitam o dogma do pecado original, defendido pelos cat6licos e protestantes. Analisam que esses religiosos fizeram interpretagdo literal do livro G6nesis. Os rabinos escreveram no Talmud, item 31: <O sentimento profundo de nossa liberdade moral se recusa a essa assimilagdo fatal, que tiraria a nossa iniciativa, que nos acorrentaria [...]num pecado distante, misterioso, do qual nao temos conscidncia [...]. SeAddo e Eva pecaram, s6 a eles cabe A reencama 96o faziaparte dos dogmas dos judeus, sob o nome de ressurreigio. 56 os saduceus, cuja crenga era a de que tudo acaba com a morte, nio acreditavam nisso. As ideias dos judeus sobre esse ponto, como sobre muitos outros ndo eram claramente definidas, porque apenas tinham vagas e incompletas nogdes acerca da alma e da sua ligagio com o corpo. Criam eles que um homem quevivera podia reviver, sem saberem precisamente de que maneira o fato poderia dar-se. Designavam pelo termo ressurreigio o que o Espiritismo, mais judiciosamente, chama reencarnagio2. E importante assinalar que, a despeito de os judeus representarem uma raga de profetas e m6diuns notdveis, em Deuteron6mio, 1g:g_12, existe a proibigio moisaica de evocar os mortos. <A proibigdo feita por Mois6s tinha ent6o a sua razdo de ser, porque o legislador hebreu queria que o seu povo rompesse com todos os h6bitostrazidos do Egito, e de entre os quais o de que tratamos era objeto de abusosa.>> EstudoAprofundado da Doutrina Espirita u a responsabilidade de seu erro6.) _ EADE {t t ESTUDO APROFUNDADO DA DOUTRINA ESP IRITA CRISTIAIISMO t I ! t T I I l E ESPIRTTISMO _ Haja vista que se <Mois6s proibiu evocar os Espiritos dos mortos, 6 uma prova de que eles podem vir; do contrdrio, essa interdig6o seria inftil5.> E importante nao confundir a lei civil, estabelecida por Mois6s para administraro povo judeu, nos distantes tempos da sua organizagdo, com a Lei Divina, inserida nos Dez Mandamentos, recebidos mediunicamente por ele. <Na lei moisaica, h6 duas partes distintas: a lei de Deus, promulgada no monte Sinai, e a leicivil ou disciplinar, decretada por Mois6s. Uma 6 invariSvel; a outra, apropriada aos costumes e ao caraterdo povo, se modifica com o tempo.> 1 3 I I 3 i .tt H6, na atualidade, uma corrente do Judalsmo - denominada Judaismo Messianico - que procura unir o Juda[smo com o Cristianismo, conscientes de que Jesus 6 o Messias do povojudeu. 3. Os livros sagrados do Judaismo Os ensinamentos religiosos do Judaismo est6o consolidados nas obras que se seguem, consideradas sagradas. Torah. A palavra Torah significa a correta direg6o e, por extensdo, = I = 't "ensinamento", "doutrina" ou "lei". A 6 o pentateuco moisaico, existente no Velho base da Torah Testamento, e que representa a Lei Escrita de Deus, cujo n0cleo central 6 o Dec6logo. O primeiro livro e G6nesis (Bereshit), que trata da origem do j EsfildoAprofundado da Doutrina Espirita - EADE 1 -xeEre@IS$$W&&W-@fffi M6DULO I-ROTEIRO 4_ CONX, 5 mundo e do homem; o segundo 6 Exodo (Shemot), que narra a fuga dos judeus do cativeiro do Egito; o terceiro 6 l-evitico (Vayikra), que trata das prdticas. sacerdotais; o quarto 6 N0meros (Bamidbar), que traz o recenseamento do povo judeu; o quinto livro 6 Deuteron6mio (Devarim), com discursos de Mois6s e o c6digo de leis familiares, civis e militares. Existe tamb6m a Torah Oral (Lei Oral ou Mishnah), que explica o Pentateuco moisaico. ATorah 6 um rolo de pele de animal Kosher (diz-se de animais ruminantes que possuem pata fendida, tais eomo: boi, cervo e ovelha/carneiro), contendo os cinco primeiros livros blblicos. As c6pias da Torah, existentes em todas as sinagogas do mundo, t6m exatamente o mesmo textoe. Os Profetas (Neviim). Trata-se da mais antiga historia escrita de que hd registro no mundo. Esses livros surgiram muito antes de haver algo como a hist6ria comparada ou a an6lise de fontes. No entanto, o objetivo dos livros hist6ricos doAntigo Testamento ndo era propriamente registrar a hist6ria, e sim dar a ela uma interpretagSo religiosa. Dois dos livros historicos receberam nomes de mulher. Os livros de Rute e de Esters6o hist6rias curtas e belas, com mulheres no papel principal. Os livros profeticos s5o lsaias, Jeremias, Ezequiele os Doze Profetas Menores, assim chamados por causa da brevidade de suas obras: Os6as, JoeJ, Am6s, Abdias, Jonas, Miqu6ias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias. Segundo seu pr6prio testemunho, os profetas foram chamados para proclamar a vontade de Deus. Muitas vezes eles usam a f6rmula: "Diz o Senhoril". ffi LL retffire*w ESTUDO APROFT]NDADO DA DOUTRINA ESPIRITA CRISTIAIIISMO E ESPIRITISMO Escritos Po6ticos. Entreestes, h6 os cento e cinqUenta Salmos, que representam os escritos de maior significado hist6rico e religioso do _M6DUIJO I_ ROTEIRO 4_CONT. 6 Talmud Babillnico consiste na compilagSo das leis, inclusive a Torah, possivelmente, em 587 a.C., antes da tradig6es, preceitos morais, comentdrios, interpretag6es e debates registrados nas academias rablnicas da Babil6nia e de lsrael, por volta do destruigSo de Jerusal6m. Foram s6culo quinto, abrangendo um periodo elaborados para os servigos do templo de mil anos (do s6culo V a.C. ao V e para a comemoragSo das festas d.C.), aproximadamente. O Talmud de Jerusal6m foi publicado um s6culo antes do Babil6nicol3' 7. Velho Testamento. Surgiram, judaicas. Cerca de metade dos salmos 6 de Davi, significando isto que muitos foram escritos poreste ou para este rei. Outro escrito po6tico, reconhecidamente de not6vel beleza, 6 o Livro de Job, que aborda o significado do sofrimento e a justiga de Deus12. Talmud/Talmute ou "estudo",6 ? principal obra do Judalsmo rabinico, porque, segundo a tradigdo, Mois6s n6o recebeu apenas a Lei Escrita de Deus (Torah), mas tamb6m a Lei Falada, que deveria ser transmitida oralmente para complementar o entendimento do que est6 escrito. Essa 6 a forma que os rabinos orientam os seus fi6is e estudam os ensinamentos do Judaismo. Do Talmute originam-se todas as normas hal6quicas (fundamentos das leis judaicas) e as orientagOes n6o - haldquicas (aggaadah): ensinos 6ticos e interpretagdo de textos biblicos. O Talmute expressa a ess6ncia da cultura e da religiSo judaicas, assim como o caminho espiritual que o povo judeu deve seguir. H6 dois tipos de Talmute: o da Babildnia e o de Jerusal6m. O rgwwnrelwm 4. A cabala judaica. O calendirio religioso A Cabala 6 uma das correntes misticas do Judaismo. O termo significa literalmente recepgdo e, por extensSo, tradig1o. Tambem pode ser traduzido L-F ,lh 4l L.t- - I-a ih - lE - ir> t- como recebimento, e transmissSo de ensinamentos, porque os judeus misticos afirmam que a Lei escrita s6 poderia ser explicada pela Lei oral, ensinada de acordo com as pessoas e circunstdncias, secretamente. Essa tradig6o oral 6 transmitida de geragSo a geragSo durante milOnios. Trata-se de um tema tdo misterioso que, durante s6culos, s6 homens casados e com mais de quarenta anos eram autorizados a estudd-lo. Esta regra j6 n6o 6 totalmente ac,eita e, hoje, homens e mulheres estudam os principios bdsicos da Cabala17. Exige-se um certo grau de sabedoria e de maturidade espirituais para um judeu aprender <interpretS.lo fielmente, nas 6pocas remotas. [...]Os livros dos profetas israelitas est6o satu- EWtswrreffiwil -h - b- - -- b- -=-r 1 lh / I --J lH _l H I j k - I I l Id EstudoAprofundado da Doutrina Espirita - EADE bI l I j -/ h-f *-l eurcffi / ESPIRITA ESTUDO APROFTTNDADO DA DOUTRINA-WK CRISTIANISMO E ESPIRITISMO - MoDULO rados de palavras enigmdticas e simb6licas, constituindo um monumento parcialmente decifrado da ci€ncia secreta dos hebreus2l.>> Poucos judeus conhecem ou conheceram profundamente a Cabala. Mois6s foi um deles. Para os misticos iudeus, somente atrav6s da Cabala consegui remos eliminar defi n itivamente a guerra, as destruig6es e as maldades existentes no mundo. O Primeiro cabalista teria sido o patriarcaAbra6o. Ele teria visto as maravilhas da exist6ncia humana e dos mundos mais elevados. O conhecimento adquirido por Abrado teria sido transmitido i ! ri '! - ! !i - T n I ll I oralmente aos seus descendentes. O primeiro trabalho sobre a Cabala, o Sefer Yetzirah, ou Livro da Criag6o, 6 atribuido a AbraSo. Esse texto b6sico da Cabala ensina que existem trinta e dois caminhos da sabedoria organizados, porsua vez, em dez itens denominados SefrTo t ou Luzes Divin as. Estas luzes divinas, representadas nas 22 letras do alfabeto hebraico, s6o canais que o Criador utilizou na obra da CriagSo.As letras sio consideradas os alicerces ou vasos da criag6o, e incluem todas as combinag6es e permutagOes atrav6s das quais Deus criou o mundo com palavras. A Cabala procura, essencialmente, descobrir a origem de tudo o que existe: o Universo e a Terra; o ser humano, sua vida e morte;o mal; a senda do bem; o Poder da prece, etc18. EsndoAprdrndado da Doutrina Espirita - EADE --r-qw@wffir-wtwffiwElM I- ROTEIRO 4-COT{T. 7 O Antigo Testamento 6 um reposit6rio de conhecimentos secretos, dos iniciados do povo judeu, e somente os grandes mestres da raga poderiam. A grande contradig5o do Judalsmo 6, sem d0vida, a nio-aceitagSo do Cristo como o seu Messias. A verdade, por6m, 6 que Jesus, chegando ao mundo, n5o foiabsolutamente entendido pelo povo judeu. Os sacerdotes ndo esperavam que o Redentor procurasse a hora mais escura da noite para surgir na paisagem terrestre. Segundo a sua concepgSo, o Senhor deveria chegar no carro magnificente de suas gl6rias divinas, trazido do C6u i Terra pela legiSo dos seus Tronos e Anjos; deveria humilhar todos os reis do mundo, conferindo a lsrael o cetro supremo da diregio de todos os povos do planeta; deveria operar todos os prodigios, ofuscando a glorias dos C6sares2. Para os judeus, a vinda do Messias d Terra, surgindo sobre nuvens, com grande majestade, cercado de seus anjos e ao som de trombetas, tinha um significado muito maior do que a simples vinda de uma entidade investida apenas de poder moral. Por isso mesmo, os judeus, que esperavam no Messias um rei terreno, mais poderoso do que todos os outros reis, destinado a colocar-lhes a nag6o d frente de todas as demais e a reerguer o trono de David e o de SalomSo, n6o quiseram reconhec€-lo no humilde fi lho de um carpinteiro, sem autoridade material. No entanto, estejamos certos: Jesus acomPanha-lhe a marcha dolorosa atrav6s dos s6culos de lutas expiat6rias regeneradoras. Novos conheci- ESTUDO APROFUNDADO DA DOUTRINA ESPiRITA CRISTIAIYFMO E ESPIRITISMO _M6DT]IO I-ROTEIRO 4-CONX, 8 do C6u para o coragio dos seus patriarcas e nio tardar6 muito tempo para que vejamos os judeus compreendendo integralmente a missdo sublime do verdadeiro Cristianismo e mentos dimanam aliando-se a todos os povos da Terra para a Caminhada Salvadora, em busca da edificagio de um mundo melhor23. O Judaismo possuium calenderio litfrgico ou religioso, conhecido como Circulo Sagrado, cujas festas principais s6oe: . . Rosh Hashanl:Ano Novo (mais ou menos em setembro). E o dia da comemoragSo do aniversSrio da criagdo do mundo e o dia em que o Eterno abre o livro da vida e da morte, escrevendo nele os atos que todos os viventes realizaram durante o ano. o Pessach: Pdscoa. E celebrada aproximadamente em catorze de abril, no inicio da primavera. Comemorando-se a libertagio do povo de lsrael da escraviddo no Egito. Sdo 8 dias de comemoragdo. o Shavuot Festa das Semanas (mais ou menos em maio). E a festa m6xima do Judaismo, pois comemora a entrega da Tord (feita por Deus) a Mois6s, no Monte Sinai: Ela tambem 6 conhecida como Hag ha Bicurim (Festa das primicias). Yom Kippur: Dia da Expiag6o (tamb6m em setembro). Esse 6 o dia mais sagrado do ano. Os judeus adultos passam-no na Sinagoga, em orag6es e sriplicas, observando um rigoroso jejum de 25 horas, buscando o perdSo divino para os seus pecados. Reza a tradigdo que neste dia Deus fecha o livro da vida e da morte, selando o destino de cada individuo para o ano seguinte. &# #& L t freffire-reffirewffi EstudoAprofundado da Doutrina Esplrita - EADE tt ! DA DOUTRTNA ESPiRITA ffiFUNDADo cRIsrrANIsMo E ESPIRrrrsnno nerenENcns i I I I I I t t t t ! = = - o - coNT' M i:.4._.o -. di5logo - o Padre). "o. Ano d6cimo primeiro, 1868/ espirita:.io.rlar de estudos psicot6gico.s. dl Evandro Noleto Bezerra (poesias publicada sob a Oit"ia" O,jAtan farl"t'it"iuqao 1868' No nio Oe janeiro: FEB' 2005' Novembro de r-ima)' r-"cerda po;. r,1liJJ traduzidas o Judalsmo)' it,-ii.-qsa-isg (o;;ecado original segundo http://www.tryte.com'br/judaismo/co-le96o/br/ T.ALcAZ,tsaac. Sfnt!"" da ni{t6ria iiiiiiu, Mar' Bers. 1. ed. Rio de Janeiro: L[";'J]ffi:":13; Ebmentos doiudaismo. rradueio de Z: , , _.0*11lrr" revetadas =^i[[],13,13;l;13;lrtn*orn".'ais.com.br. Acessar os itens: Re/isi.es das retigiles. .Tradugdo de rsa Maria u. Notaker, H. GAARDNER, J. O tivro L"t'"', 2001'Cap' (Religi6es surgidas no oriente Lando. 9. ed. S5o Paulo: Compannial", p' 98 m6dio:monoteismo), item: Judaismo' 11.-. 12.-. P. 105-106' P' 106-107' s'o Paulo: sefer' ii.m^l"ffi:" Judarsmo.Tradugdo de Dagoberto Mensch' 1' ed' de Emmanuet' 2' vocabuttrio hist6rico-geografico dos romances ,, irXtS;B3,uR"o"n" .fgg, 1994' Vervete: Jerusal6m' p' 122' ed. Rio O".lrn"iio' tuiffirffJilJii:if]ih clare. cabata: o caminho da sabedoria. rradueso de urbana iio de Janeiro, Record-Nova Era, 2002. contracapa' Rutherford. r. "0. 1, 3, 6' 7 e 8' CaPitulos 18. . judaismo/ 19.f rt-tp/-Lwww.suapesquisa'com/ ed' Rio de da luz. Pelo Espirito Emmanuel' 33' e cindido. rran;sco 20. xAvtER, "iiinio de lsrael)' item: lsrael, p. 65-66' Janeiro: rge, ,006.-Cap. 7 (O povo p' 67' . ltem:'O Judaismo e o Cristianismo' p' ttem:Ain"otpt"ensSo do Judaismo' 70' -. 21. 22.-. ,:^: Emmanuer.25. ed. Rio de Janeiro: _tffi);rg?Tli#,'ito p' do evangelho)' item: A lei moisaica' FEB, 2005. cap.2, 27 ' hist6rico uma exposrgao ilustrativa sobre o contexto Realizar ^,, MONITOR: AO oRIENTAqAo turma em grupos para troca do Judalsmo' de id6ias sobre as principais caracterlsticas i e 1r1f;I"#ft*, judeu, destacando fatos significativos. Dividir a da formagSo do povo = 9 f (A ascendEncia = 4 de Guillon Ribeiro' 125' evangelho segundo o espiritismo' TradugSo Allan. KARDEC, 1. " 2' p' 55' nio de Janeiro: FEB, zOoo' Cap' item CaP. 4, item 4, P' 90-9] ' 2. -cap. 18, item 2, P'325-326" p' 139 (Terceiro Rio de Janeiro: FEB, 2005. cap' 1, que e i'Zipi,tii^o. sg. J. I -u6uulo I-RorEIRo @M'''qr'Wwewn:'.FwMwM - EADE EstudoAprotundado da Doutrina Espirita