PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO QUINTA DA BOA VISTA S/N. SÃO CRISTÓVÃO. CEP 20940-040 – RIO DE JANEIRO - RJ - BRASIL Tel.: 55 (21) 2568-9642 - fax 55 (21) 2254.6695 www://ppgasmuseu.etc.br e-mail: [email protected] Curso: MNA 701 Teoria Antropológica I No de créditos: 04 , 60h aula Período: 1o semestre de 2007 Horário: 5a feira , 09:00h - 13:00h Local: Sala de Aula do PPGAS Professor: Marcio Goldman I. Ementa O curso de Teoria Antropológica I - que tem seu prosseguimento no segundo semestre com o curso de Teoria Antropológica II - pretende oferecer uma introdução geral a algumas vertentes do pensamento antropológico e a alguns autores tidos como fundamentais na constituição e exercício da disciplina. O objetivo central do curso é, pois, oferecer uma espécie de perspectiva horizontal da história intelectual da antropologia, entre a segunda metade do século XIX e o início da década de 1970. Duas dificuldades sempre espreitam cursos deste tipo. Em primeiro lugar, os critérios de seleção do que deve ou não ser abordado, dados os limites de tempo em que o curso se desenrola. Em segundo, o perigo do conjunto de textos se pulverizar a tal ponto que torne difícil a apreensão das conexões entre textos e autores. O primeiro problema é intrinsecamente insolúvel, mas a própria explicitação da existência de um elemento de caráter pessoal na seleção dos textos, por maior que seja o esforço para permanecer na “tradição”, pode contribuir para minorá-lo. Por outro lado, como já foi dito, o curso terá seqüência com a disciplina Teoria Antropológica II, ministrada por outro professor, o que serve, ao menos em parte, para contrabalançar as preferências pessoais de cada um. O segundo problema - pulverização dos textos e, principalmente, das idéias - é igualmente de difícil solução. Neste caso, optou-se por tentar utilizar como uma espécie de fio condutor (no sentido “elétrico” do termo) uma questão que, de uma forma ou de outra, tem que ser encarada e tratada por qualquer antropologia. A saber, a relação intrinsecamente constitutiva da disciplina com os saberes nativos: praticante de uma “ciência” do “outro”, cada antropólogo sempre tem que resolver para que lado a balança penderá. O curso pretende, pois, mapear parte dos movimentos pendulares que, em torno dessa questão, o pensamento antropológico executou entre 1870 e 1970. 2 A sessão inicial (para a qual, observe-se, já há leituras requeridas) servirá, justamente, para delimitar o problema e delinear o curso. A 2ª e a 3ª sessões serão dedicadas ao “evolucionismo social”; a 4ª e a 5ª à “antropologia cultural norte-americana”; a 6ª, 7ª e 8ª à “escola sociológica francesa”; a 9ª, 10ª e 11ª à “antropologia social britânica”; e as cinco últimas sessões serão dedicadas ao chamado “estruturalismo”, mais precisamente ao pensamento de Claude Lévi-Strauss que, de várias maneiras, marca a passagem para o que poderíamos denominar “antropologia contemporânea” (objeto do curso Teoria Antropológica II). 3 II. Organização do Curso e Bibliografia Básica 1ª Sessão: Introdução Châtelet, François. 1976. “La Question de l’Histoire de la Philosophie Aujourd’hui”. In: Dominique Grisoni (org.). Politiques de la Philosophie: 29-53. Bernard Grasset, Paris. Clastres, Pierre. 1968. “Entre Silence et Dialogue”. In: Raymond Bellour et Cathérine Clément (orgs.). Claude Lévi-Strauss: 33-38. Paris: Gallimard, 1979. Latour, Bruno. 2005. “Introduction: How to Resume the Task of Tracing Associations”. In: Reassembling the Social. An Introduction to Actor-Network-Theory: 5-22. Oxford University Press, Oxford. [texto acessível, em inglês, em: http://www.ensmp.fr/~latour/livres/xii.chapter%20intro%20ANT.html E, em francês, em: http://www.ensmp.fr/~latour/livres/xii-INTRO_ANT.pdf] Veyne, Paul. 1978. Comment on Écrit l’Histoire. Seuil, Paris (Introduction; ch. 1, 2, 3, 6). 2ª Sessão: Evolucionismo Clastres, Héléne. 1978. “Sauvages et Civilisés au XVIII Siècle”. In: François Châtelet (org.), Histoire des Idéologies, vol. 3. Savoir et Pouvoir du XVIII au XX Siècle: 209-228. Hachette, Paris. Kuper, Adam. 1988. The Invention of Primitive Society. Transformations of an Illusion. Routledge, London (Caps. 1, 2, 3, 4). 3ª Sessão: Evolucionismo Skorupski, John. 1976. Symbol and Theory. A Philosophical Study of Theories of Religion in Social Anthropology. Cambridge University Press, Cambridge (Preface; Part I). Tylor, Edward Burnett. 1871. Primitive Culture. John Murray, London (Caps. I; XI). 4ª Sessão: Culturalismo Jackson, Walter. 1986. “Melville Herskovits and the Search for Afro-American Culture”. In: George W. Stocking Jr. (ed.), Malinowski, Rivers, Benedict and Others. Essays on Culture and Personality: 95-126. The University of Wisconsin Press, Madison. 4 Stocking Jr., George W. 1968. Race, Culture and Evolution. Essays in the History of Anthropology. Free Press, New York (Caps. 7; 9). Yans-McLaughlin, Virginia. 1986. “Science, Democracy, and Ethos. Mobilizing Culture and Personality for World War II”. In: George W. Stocking Jr. (org.). Malinowski, Rivers, Benedict and Others. Essays on Culture and Personality: 184-217. The University of Wisconsin Press, Madison. 5ª Sessão: Culturalismo Bateson, Gregory. 1949. “Bali: The Value System of a Steady State”. In: Steps to an Ecology of Mind: Collected Essays in Anthropology, Psychiatry, Evolution, and Epistemology: 107-127. Univerity of Chicago Press, Chicago, 2000 [1972]. Bateson, Gregory. 1954. “Metalogue: Why a Swan”. In: Steps to an Ecology of Mind: Collected Essays in Anthropology, Psychiatry, Evolution, and Epistemology: 33-37. Univerity of Chicago Press, Chicago, 2000 [1972]. Bateson, Gregory. 1954. “Metalogue: What is an Instinct?”. In: Steps to an Ecology of Mind: Collected Essays in Anthropology, Psychiatry, Evolution, and Epistemology: 38-58. Univerity of Chicago Press, Chicago, 2000 [1972]. Boas, Franz. 1896. “The Limitations of the Comparative Method in Anthropology”. In: Race, Language and Culture: 270-280. The Free Press, New York, 1966. Boas, Franz. 1920. “The Methods of Ethnology”. In: Race, Language and Culture: 281-289. The Free Press, New York. 1966. Boas, Franz. 1932. “The Aims of Anthropological Research”. In: Race, Language and Culture: 243259. The Free Press, New York, 1966. 6ª Sessão: Sociologismo Durkheim, Émile. 1912. Les Formes Élémentaires de la Vie Religieuse. Plon, Paris (Introduction; Cap. 7, Parte II; Conclusion). 7ª Sessão: Sociologismo Mauss, Marcel & Hubert, Henri. 1903). “Esquisse d’une Théorie Générale de la Magie”. In: Sociologie et Anthropologie: 3-141. PUF, Paris, 1950. 5 8ª Sessão: Sociologismo Joseph, Isaac. 1984. “Gabriel Tarde. Le Monde comme Féerie”. Critique 445-446: 548-565. Lévy-Bruhl, Lucien. 1938. L’Expérience Mystique et les Symboles chez les Primitifs. Félix Alcan, Paris (Avant-Propos; Introduction). Lévy-Bruhl, Lucien. 1949. Les Carnets de Lucien Lévy-Bruhl. PUF, Paris. (Preface; Carnets 1, 3, 11). 9ª Sessão: Funcionalismo Malinowski, Bronislaw. 1922. Argonauts of Western Pacific. London (Preface; Prologue; Introduction) Malinowski, Bronislaw. 1935. “The Method of Field-Work and the Invisible Facts of Native Law and Economics”. In: Coral Gardens and their Magic (Vol. 1: 317-340). George Allen & Unwin, London. 10ª Sessão: Funcionalismo Radcliffe-Brown, Alfred. 1923. “The Methods of Ethnology and Social Anthropology”. In: M. N. Srinivas (ed.), Method in Social Anthropology: 3-38. The University of Chicago Press, Chicago, 1958. 1935. “On the Concept of Function in Social Science”. In: Structure and Function in Primitive Society: 178-187. Routledge & Kegan Paul, London, 1952. 1940. “On Social Structure”. In: Structure and Function in Primitive Society: 188-204. Routledge & Kegan Paul, London, 1952. 1952. “Introduction”. In: Structure and Function in Primitive Society: 9-26. Routledge & Kegan Paul, London. 11ª Sessão: Funcionalismo Evans-Pritchard, Edward E. 1978 [1937]. Bruxaria, Oráculos e Magia entre os Azande. Zahar, Rio de Janeiro (Caps. 1, 2, 3, 4; Apêndice 4). Evans-Pritchard, Edward E. 1960. “Religion and the Anthropologists”. In: Essays in Social 6 Anthropology: 29-45. Faber and Faber, London, 1962. Evans-Pritchard, Edward E. e Fortes, Meyer. 1940. “Introduction”. In: Edward E. Evans-Pritchard e Meyer Fortes (eds.). African Political Systems: 2-23. Oxford University Press, Oxford. 12ª Sessão: Estruturalismo Lévi-Strauss, Claude. 1946. “La Sociologie Française”. In: Georges Gurvitch e Wilbert Moore (orgs.). Sociologie au XXe Siècle: 513-545, PUF, Paris. Lévi-Strauss, Claude. 1949. “Introduction: Histoire et Ethnologie”. In: Anthropologie Structurale: 3-33. Plon, Paris, 1958. Lévi-Strauss, Claude. 1950. “Introduction à l’Œuvre de Marcel Mauss”. In: Marcel Mauss. Sociologie et Anthropologie: IX-LII, PUF, Paris. 13ª Sessão: Estruturalismo Lévi-Strauss, Claude. 1967 [1949]. Les Structures Élémentaires de la Parenté. Mouton, Paris (Caps. 1-10; 28-29). 14ª Sessão: Estruturalismo Lévi-Strauss, Claude. 1962. Le Totémisme Aujourd’hui. PUF, Paris. 15ª Sessão: Estruturalismo Lévi-Strauss, Claude. 1962. La Pensée Sauvage (Caps. 1; 8; 9) Plon, Paris. 16ª Sessão: Estruturalismo 1964. “Ouverture”. In: Mythologiques I. Le Cru et le Cuit. Plon, Paris. 1971. “Finale”. In: Mythologiques IV. L’Homme Nu: 559-621. Plon, Paris. 7 III. Bibliografia Complementar 1. Referência Geral III. Bibliografia Complementar 1. Referência Geral Evans-Pritchard, Edward E. 1965. Antropologia Social da Religião. Campus, Rio de Janeiro, 1978. Evans-Pritchard, Edward E. 1981. A History of Anthropological Thought. Faber and Faber, London. Foucault, Michel. 1966. Les Mots et les Choses. Gallimard, Paris. Geertz, Clifford. 1988. Works and Lives: the Anthropologist as Author. Stanford University Press, Stanford. Goldman, Marcio. 1999. Alguma Antropologia. Relume-Dumará, Rio de Janeiro. Lowie, Robert. 1937. The History of Ethnological Theory. Farrar & Rinehart, New York. Sahlins, Marshall. 1976. Culture and Practical Reason. The University of Chicago Press, Chicago. Stocking Jr., George W. (ed.). 1983-1991 (7 Vols.). History of Anthropology. The University of Wisconsin Press, Madison. 2. Evolucionismo Social Burrow, John. 1968. Evolution and Society. Cambridge University Press, Cambridge. 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