Malária durante a gravidez

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Malária durante a Gravidez
Emmanuel Otolorin, Director Nacional, Nigéria
William Brieger, Especialista Sénior na área da Malária
Jhpiego, The Johns Hopkins University
Esta palestra foi preparada por Emmanuel Otolorin e William Brieger da
Jhpiego para oferecer aos trabalhadores de saúde um resumo da ciência e
programação associada com a malária durante a gravidez. As observações
anexas aos slides têm o objectivo de fornecer mais informações e não
representam a narração da mesma.
1
Agradecimentos
ƒ A presente palestra foi desenvolvida como parte do
programa ACESSO da Agência Americana para o
Desenvolvimento Internacional (USAID), com base na
Jhpiego, uma afiliada da Universidade Johns Hopkins
ƒ Esta palestra também faz parte do Pacote de Recursos da
Jhpiego para a Malária
http://www.jhpiego.com/scripts/pubs/category_detail.asp?category_id=24
2
Esta palestra faz parte do pacote de aprendizagem sobre malária durante a
gravidez preparado com o apoio da Agência Americana para o
Desenvolvimento Internacional. A palestra também está incluída no curso de
Malariologia da Faculdade de Saúde Pública Bloomberg da Universidade
Johns Hopkins.
2
Resumo
ƒ O impacto da malária na gravidez e no recém-nascido
incluindo o problema da infecção simultânea com
malária-HIV
ƒ As três principais intervenções para o controlo da
malária durante a gravidez, incluindo a prevenção e a
gestão dos casos da doença
ƒ Parcerias para intervenções na área da malária a nível
nacional, distrital e comunitário
3
Durante esta apresentação iremos descrever o impacto da malária na
gravidez e nos recém-nascidos, incluindo o impacto da malária nas grávidas
HIV+. Em seguida iremos estudar intervenções de controlo da malária
durante a gravidez, incluindo a prevenção e gestão de casos da doença.
Finalmente examinaremos as parcerias para o controlo da malária durante a
gravidez a todos os níveis do sistema de saúde.
3
Capítulo A
Qual é a Importância da Malária Durante a
Gravidez
A malária no geral é um problema sanitário grave e importante, mas
representa um desafio especial para as grávidas e os seus filhos por nascer.
Este capítulo aborda alguns factos científicos sobre a malária durante a
gravidez.
4
Porque a Malária Durante a
Gravidez é Importante?
ƒ Em África, mais de 30 milhões de mulheres engravidam anualmente
nas áreas endémicas de malária.
ƒ Nas áreas endémicas a malária durante a gravidez pode ser
responsável por:
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
2–15% de anemia maternal
8–14% dos recém-nascidos com baixo peso
8–36% dos partos prematuros
13–70% dos atrasos no crescimento intra-uterino
30% dos recém-nascidos com baixo peso “evitáveis”
~5% da malária congénita nos recém-nascidos
3–5% dos óbitos neo-natais
3–8% dos óbitos infantis
Fonte: OMS Afro 2004.
5
Anualmente mais de 30 milhões de mulheres engravidam em áreas de
malária endémica em África. Nestas áreas a malária é responsável pela
morbidade significativa das grávidas. Por exemplo, é a causa de 2–15% da
anemia materna e 5–14% do baixo peso à nascença. Dos recém-nascidos
com baixo peso “evitável”, 30% são causados pela malária. A malária
também é responsável por 3–5% de todos os óbitos de recém-nascidos.
5
Malária Placental
Prevalência da Malária na Placenta nas Mulheres Africanas em Oito
Estudos de acordo com o número de Gravidezes
70
% Prevalência
60
50
40
30
20
10
Primigravida
i
M
al
aw
Za
ir
e
ig
er
ia
N
st
G
am
bi
aR
G
am
bi
aU
C
oa
ni
a
Iv
or
y
an
za
T
U
ga
nd
a
0
Multigravida
6
Este slide resume os resultados de estudos realizados em oito países
Africanos. Virtualmente em todos os países estudados, as mulheres
primíparas apresentaram uma maior prevalência da parasitemia da placenta
quando comparado com mulheres com mais gravidezes.
6
Características da
Prevenção da Malária
Áreas Estáveis
ex. Nigéria
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
As pessoas são frequentemente
picadas por mosquitos infectados
todos os meses
Os níveis de imunidade adquirida
são elevados (as grávidas são
semi-imunes à malária)
Baixos níveis de parasitemia
periférica
Elevados níveis de infecção da
placenta
Áreas Instáveis
ex. África do Sul
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
As pessoas raramente estão
expostas à malária
Os níveis de imunidade adquirida
são reduzidos (as grávidas não
são imunes)
Elevados níveis de parasitemia
periférica
Níveis de infecção da placenta
reduzidos ou indetectáveis
7
A intensidade da transmissão da malária numa área determina o efeito da
malária sobre a gravidez. Nas áreas de transmissão estável,
frequentemente a malária é transmitida de uma pessoa para outra pelos
mosquitos, resultando em elevados níveis de imunidade. As grávidas nestas
áreas são semi-imunes à malária e têm uma baixa prevalência de
parasitemia periférica mas uma prevalência elevada de infecção da
placenta.
Por outro lado, nas áreas de transmissão instável, a malária é raramente
transmitida de uma pessoa para outra. Sendo assim, as grávidas nestas
áreas possuem níveis reduzidos de imunidade adquirida com uma
parasitemia periférica elevada e níveis de infecção da placenta muito baixos
ou indetectáveis.
7
Efeito da MdG nas Áreas de
Transmissào Estável
Malária plasmodium falciparum
Infecção assintomática
Prisão da Placenta
Alteração da Integridade da Placenta
Redução no transporte de Oxigénio e Nutrientes
Anemia
Fonte: OMS 2002.
Baixo Peso à Nascença (TCIU)
Risco de Mortalidade
neo-natal
8
Este slide resume a sequência de eventos nas área de transmissão estável
da malária. Nestas áreas, as grávidas possuem um nível de imunidade
adquirida elevado para a malária Plasmodium falciparum e frequentemente
são assintomáticas devido à reduzida parasitemia periférica. Normalmente a
gravidez reduz a imunidade mediada pelas células e causa a imunosupressão. Nas áreas de transmissão estável, a placenta é um local
protegido para o aprisionamento e crescimento de parasitas. O seu efeito
durante a gravidez parece ser “específico ao número de gravidezes bem
sucedidas”. Durante a primeira gravidez exposta à malária (isto é, nas
primíparas), a imunidade local para a malária desenvolve-se na placenta.
Esta imunidade não afecta a primeira gravidez mas é retida no útero e
aumenta cumulativamente nas gravidezes seguintes. Eis porque as
mulheres na sua primeira ou segunda gravidez são mais afectadas pela
malária do que as mulheres nas gravidezes seguintes.
Os parasitas da malária na placenta danificam a integridade da mesma e
interferem com capacidade de a placenta transportar nutrientes e oxigénio
para o feto, causando atrasos no crescimento intra-uterino, um factor para o
nascimento de bebés com baixo peso. Um recém-nascido com baixo peso
é definido como pesando 2500 gramas ou menos. Outro factor que causa o
baixo peso à nascença é a anemia materna grave também causada pela
infecção com malária. No geral, os bebés com baixo peso correm maiores
riscos de morrer durante a infância.
8
Efeito da MdG nas Áreas de
Transmissão Instável
Imunidade Adquirida—Baixa
Doença Clínica
Doença Grave
Risco para a Mãe
Risco para o Feto
Fonte: OMS 2002.
9
As grávidas nestas áreas possuem menores níveis de imunidade adquirida.
Assim, elas apresentam uma maior frequência e gravidade da malária e
anemia. A detenção tardia e o tratamento inadequado podem causar uma
progressão para doença grave, com sérias consequências tanto para a mãe
como para o feto. Este efeito está presente em virtualmente todas as
gravidezes, independentemente do número de gravidezes bem sucedidas.
9
Efeitos nas Grávidas
Efeitos
ƒ Febres altas (sintomática)
ƒ Infecção da Placenta
ƒ Sepsis puerperal
ƒ Malária grave
ƒ Anemia grave
ƒ Malária cerebral
ƒ Hipoglicémia
ƒ Edema pulmonar
ƒ Falha renal aguda
ƒ Aumento da mortalidade materna
Primíparas em áreas
Estáveis
Todas as gravidezes
bem sucedidas em áreas
instáveis
+
+++
++
+++
+
++
+++
+++
-
++
-
++
-
++
-
++
+
++
( +++ =Muito Comum, ++ =Comum, + =Pouco frequente, -- =Raro)
10
Conforme já mencionado, o efeito da infecção com malária depende da
intensidade da transmissão de malária na área, que por sua vez determina o
nível de imunidade para a malária adquirida pela grávida. Além disso, o
número do parto é também um factor conhecido para a determinação da
frequência e gravidade da malária durante a gravidez
Esta tabela mostra que as mulheres primíparas a viverem em áreas de
transmissão estável correm maiores riscos de infecção da placenta e
anemia grave. Elas são menos propensas a sofrerem de malária grave que
se pode apresentar na forma de malária cerebral, hipoglicemia, edema
pulmonar e falha renal aguda. Por outro lado, as mulheres em qualquer
gravidez que vivam em áreas de transmissão instável correm maiores riscos
de contraírem malária febril, anemia e malária graves.
A anemia reduz a resistência da mulher para a infecção, aumentando assim
a probabilidade de sepsis puerperal. O risco de mortalidade materna devido
à malária é maior entre mulheres a viverem em áreas de malária instável.
As causas dos óbitos podem incluir a anemia grave, hemorragia pós-parto,
sepsis puerperal ou paragem cardíaca anémico.
10
Efeitos no Feto e
no Recém-nascido
Efeitos
ƒ Baixo peso à nascença
ƒ TCIU
ƒ Prematuridade
ƒ Aborto
Primíparas nas áreas de
malária estável
Todas as gravidezes
bem sucedidas nas áreas
de malária instável
+++
+
+
++
-
++
-
++
ƒ Malária congénita
-
+
ƒ Anemia fetal
?
+
ƒ Mortalidade Infantil
+
++
ƒ Nado morto
( +++ =Muito Comum, ++ =Comum, + =Pouco frequente, -- =Raro)
11
Relativamente ao feto e ao recém-nascido, as mulheres primíparas a
viverem em áreas de transmissão estável correm maiores riscos de darem à
luz a bebés com baixo peso devido ao atraso no crescimento intra-uterino.
Todas as gravidezes de mulheres que vivam em áreas de malária instável
correm maiores riscos de um parto prematuro (isto é, parto antes de
completar a 37ª semana de gestação). Elas também correm um maior risco
de abortos espontâneos, nados mortos e malária congénita. As
consequências destes efeitos adversos é um maior risco de mortalidade
infantil entre todos os bebés nascidos de mães a viverem em área de
transmissão instável.
11
Parasitemia Placental por
Número de Gravidezes
Densidade dos parasitas/mm3
30
1–999
% Parasitemia
25
1,000–9,999
>10,000
20
15
10
5
772
402
0
Primeiras Gravidezes
Segundas Gravidezes
479
Três ou mais
Fonte: van Eijk AM et al 2001: Quénia, 1996–1998.
12
Este estudo levado a cabo na Quénia estabeleceu uma relação entre a
parasitemia na placenta e o número de partos. O estudo mostrou que as
mulheres nas suas primeiras gravidezes estão mais propensas a terem
parasitas na placenta do que as mulheres com mais gravidezes. Está
observação é verdadeira para todos os níveis de densidade de parasitas na
placenta (isto é, de 1-999, de 1000-9999 e 10,000 ou mais parasitas por
milímetro cúbico).
12
Baixo Peso à Nascença
% Baixo peso à Nascença
Frequência do baixo peso à Nascença por Infecção da Placenta
com Malária
35
30
Com parasitas
na placenta
25
20
Sem parasitas na
placenta
15
10
5
0
Primeira
Segunda
Gravidez
Gravidez
Três ou mais
Fonte: Steketee 2001: Malawi 1988–1991.
13
Este slide resume outro estudo feito no Malawi examinando a relação entre
o número de partos, a presença de parasitas da malária na placenta e a
incidência do baixo peso à nascença. Conforme demonstrado, os recémnascidos com malária na sua placenta (representados pela barra à
esquerda em cada categoria) corriam maiores riscos de nascerem com
baixo peso quando comparados com recém-nascidos sem parasitas na sua
placenta (representados pela barra à direita em cada categoria). Isto revelou
ser verdade independentemente do número de partos, que podiam ser a
primeira, a segunda ou posteriores gravidezes.
13
A Parasitemia Placental e o HIV
Parasitemia Placental por estado de HIV e Número de Gravidezes,
Quénia, 1996–1998
Densidade dos parasitas /mm3
40
% Parasitemia
35
1–999
30
1,000–9,999
>10,000
25
20
15
10
5
231
159
197
772
402
479
G2
G3
0
G1
G2
G3
G1
HIV (+)
Resumo RR = 1.63 (1.41–1.89), p <0.001
HIV (-)
Total n = 2263
Fonte: van Eijk AM et al 2001.
14
A infecção com o HIV, que se está a tornar mais prevalecente nas mulheres
em idade reprodutiva, pode reduzir a capacidade de a grávida controlar as
infecções com malária Plasmodium falciparum e conduzir a uma redução da
eficácia das intervenções antimaláricas.
Este gráfico resume as constatações de um estudo realizado na Quénia. A
categoria das barras à esquerda representa as mães HIV+, e as barras à
direita representam as mães HIV-. Os dados demonstram que,
independentemente da densidade de parasitas na placenta ou de a mulher
estar na primeira, segunda ou outra gravidez, as estão mais propensas a
apresentarem parasitas na placenta relativamente às HIV-. Por o HIV ser
um vírus de imunodeficiência, as grávidas HIV+ apresentam níveis mais
baixos de imunidade adquirida para todas as infecções incluindo a malária.
A implicação desta constatação para o tratamento é de que as grávidas
HIV+ apresentam uma eficácia reduzida da medicação antimalárica e
precisam de mais doses do que as HIV-.
14
Capítulo B
Intervenções MdG
Tratamento Preventivo Periódico
Este segundo capítulo da nossa apresentação estuda as três principais
intervenções para controlar, prevenir e tratar a malária durante a gravidez.
15
Componentes do Controlo da Malária
Durante a Gravidez
1. CPNF = Cuidados pré-natais focalizados e formação
sanitária de qualidade
2. TIP = Tratamento Intermitente Preventivo durante a
gravidez
3. RTI = Uso de redes tratadas com insecticida, incluindo
redes tratadas com insecticida de longa duração
(RTILD)
4. Gestão de casos da doença com os antimaláricos
apropriados
16
Então, que componentes devem ser incluídos num quadro estratégico para
o controlo da malária durante a gravidez?
O controlo da malária durante a gravidez deveria compreender quatro
componentes. O primeira componente são os cuidados pré-natais
focalizados que incluem educação sobre saúde e aconselhamento sobre
malária durante a gravidez. O segundo é o Tratamento Intermitente
Preventivo (ou TIP) frequentemente referido como “tratamento presuntivo
periódico” ou “tratamento de protecção periódica”. Para os fins desta
apresentação será usada a terminologia da Organização Mundial da Saúde
“tratamento intermitente preventivo”. O terceiro componente do controlo da
malária é o uso de redes tratadas com insecticida, e o quarto componente é
a gestão dos casos da doença.
16
Padrões do Uso de
CPN–Dados DHS *
100
% Mulheres
80
60
40
20
ETH
MAL
BUR
MAU
NIG
RWA
CI
ERI
GUI
KEN
UGA
MAL
BEN
MOZ
CAM
GHA
TAN
ZIM
GAB
ZAM
0
Qualquer visita de CPN
*E Eckert, A Hyslop, R Snow, Avaliação dos INDICADORES, Macro International, APHA 2005.
17
Dos 20 países estudados, 18 tinham uma cobertura geral de CPN superior a
60%. Somente o Mali e a Etiópia possuem menos.
No entanto, destes 20 países somente 12 tinham mais do que 60% das
grávidas a aderirem aos CPN de forma compatível com a recepção de TIP.
A Eritreia, Costa do Marfim, Ruanda, Nigéria, Mauritânia, e o Burundi
juntaram-se ao Mali e à Etiópia ao não atingirem o objectivo de Abuja com
base na forma como as mulheres adirem aos CPN.
17
1. Cuidados Pré-natais e
Formação Sanitária
ƒ As consultas pré-natais fornecem uma oportunidade única de:
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
Monitorar a saúde materna e fetal durante a gravidez
Fornecer suplementos de micronutrientes (ex., ferro ácido fólico)
Prestar aconselhamento e educação sanitária sobre a malária durante a
gravidez
TIP com um antimalárico eficaz (ex., sulfadoxina-pirimetamina, SP)
Rápido diagnóstico e tratamento da malária
ƒ As equipas de saúde distrital devem promover a aderência
atempada aos CPN para que as intervenções de MdG cubram o
maior número possível de grávidas
18
Para que qualquer programa sobre o controlo da malária durante a gravidez
seja bem sucedido, deve existir uma parceria entre os trabalhadores de
saúde dos serviços de maternidade e o pessoal do controlo da malária. As
consultas nas clínicas pré-natais fornecem uma oportunidade única para
educar as mulheres sobre os efeitos da malária na gravidez e sobre o que
pode ser feito para eliminar ou minimizar as suas consequências adversas.
Estas intervenções incluirão a monitorização da saúde materna e fetal,
fornecimento de suplementos de micro-nutrientes para reduzir o risco de
anemia, educação sobre os benefícios do uso de redes tratadas com
insecticida, aplicação do tratamento intermitente preventivo e a gestão dos
casos da doença.
18
Educação Sanitária Sobre
Malária Durante a Gravidez
ƒ O que dizer às utentes
ƒ As grávidas (especialmente as na primeira ou segunda gravidezes e
mulheres HIV+) correm maiores riscos de infecção com malária
ƒ A malária:
É transmitida através da picada de mosquitos
Pode causar anemia grave, com consequências adversas para mãe e
filho
ƒ Pode causar abortos espontâneos, nados mortos e resultar em baixo
peso nos recém-nascidos
ƒ Pode ser evitada através do uso de TIP e RTI durante a gravidez
ƒ Pode ser facilmente tratada se detectada a tempo, mas a malária grave
exige tratamento especializado
ƒ
ƒ
19
Uma grávida precisa saber que as mulheres grávidas, especialmente
aquelas na sua primeira ou segunda gravidez ou aquelas que sejam HIV+
correm maiores riscos de contrair malária. Ela precisa saber que a malária
transmite-se pela picada do mosquito, para que assim comece a evitá-las.
Ela precisa saber que a malária se não for tratada pode provocar anemia
grave com algumas consequências adversas. Ela também precisa saber
que a malária pode provocar abortos, nados mortos e baixo peso à
nascença. Ela precisa ouvir as boas notícias de que a malária pode ser
prevenida através do uso do tratamento intermitente preventivo com
sulfadoxina-pirimetamina (ou SP) e por dormir debaixo de redes tratadas
com insecticida. Ela precisa saber que a malária sem complicações é
facilmente tratável, mas quando negligenciada pode progredir para doença
grave que requer tratamento especializado e custoso.
19
2. Tratamento Intermitente
Preventivo durante a Gravidez
ƒ O TIP é uma abordagem eficaz à prevenção e controlo
da malária durante a gravidez que
ƒ
ƒ
Baseia-se na suposição de que toda a mulher grávida numa
área endémica está infectada com a malária, e
Recomenda que todas as grávidas recebam pelo menos
duas doses de tratamento com um antimalárico eficaz
como medida preventiva
ƒ A sulfadoxina-pirimetamina (SP) é actualmente
considerada o medicamento mais eficaz para o TIP
20
A segunda componente do quadro estratégico para o controlo da malária
durante a gravidez é o “tratamento intermitente preventivo”. Este é uma
intervenção eficaz para a prevenção e controlo da malária durante a
gravidez. E baseia-se na suposição de que todas as mulheres grávidas a
viverem numa área de transmissão estável e instável têm parasitas no
sangue ou na placenta, e por isso deveriam ser tratadas para minimizar os
seus efeitos na mãe e no feto. O Tratamento Intermitente Preventivo com
SP é actualmente a abordagem mais eficaz para o uso de antimaláricos
durante a gravidez e é particularmente atraente para uso em áreas com um
levado nível de resistência à cloroquina.
20
TIP com SulfadoxinaPirimetamina
ƒ SP é uma combinação de dois medicamentos diferentes. Cada
comprimido de SP contém:
500 mg de sulfadoxina, e
ƒ 25 mg de pirimetamina
ƒ
ƒ Uma única dose consiste em três comprimidos tomados
simultaneamente, de preferência sob observação directa do
profissional de saúde
ƒ A Fansidar é a marca mais comum. Outras incluem Falcidin,
Laridox, Maladox, Orodar, Maloxine
ƒ A SP geralmente é mais eficaz do que a cloroquina que já não é
eficaz em muitos países devido à resistência dos parasitas
21
A sulfadoxina-pirimetamina é o medicamento de escolha em muitos países
para o tratamento intermitente preventivo da malária. A SP, como é
frequentemente chamada, é uma combinação de dois medicamentos. Cada
comprimido contém 500 mg de sulfadoxina e 25 mg de pirimetamina. Uma
única dose consiste em três comprimidos de toma única, de preferência sob
observação directa do trabalhador de saúde. Fansidar é a marca mais
conhecida de SP, mas existem outras tais como Falcidin, Laridox e
Maladox. A SP é geralmente mais eficaz do que a cloroquina devido à
crescente prevalência da resistência à cloroquina em muitas partes de
África. Note que a cloroquina já não é usada para a gestão de casos ou
profilaxia em África. A SP é reservada somente para o TIP e não para o
tratamento da população em geral.
21
Efeitos do TIP com SP
ƒ A gestão dos casos por si só não reduz os efeitos da malária
durante a gravidez tão bem como o TIP
ƒ Nem todas as grávidas com parasitas de malária apresentam
sintomas, e portanto não receberiam tratamento se se contasse
somente com a gestão de casos
ƒ O TIP produziu melhores resultados em termos da redução de
Parasitemia materna e da placenta
ƒ Baixo peso à nascença
ƒ
ƒ O TIP é tão eficaz quanto a gestão de casos em termos da melhoria
dos níveis de hemoglobina
22
Usar TIP com SP reduz os efeitos da malária, sendo melhor do que qualquer gestão de
casos por si só. Isto é importante, porque nem todas as mulheres que carregam os
parasitas da malária apresentam sintomas e poderiam, deste modo, não receber tratamento
se a gestão de casos fosse oferecida sem TIPg. A forma mais eficaz de diminuir a
incidência da anemia materna, recém-nascidos com baixo peso e outros resultados
nefastos devido à malária é garantir o uso de TIP. No entanto, se a mulher recebe ou não
TIP, elas devem ter gestão do caso da doença se a malária ocorrer.
Um estudo importante na Quénia apresentou provas a apoiar o uso do TIP com SP. No
estudo, foram analisados três grupos de mulheres grávidas: mulheres a receberem gestão
de casos da doença, mulheres protegidas por um regime de duas doses de SP, e mulheres
protegidas por um regime mensal de SP. Os grupos protegidos com os regimes de duas
doses ou mensal apresentaram maiores níveis de hemoglobina do que aquelas no grupo da
malária. Os grupos protegidos com SP também apresentaram menores taxas de incidência
de parasitas na mãe e na placenta relativamente às mulheres no grupo da malária.
A incidência de recém-nascidos com baixo peso dentre aquelas protegidas com SP (8%)
também foi menor do que naquelas não protegidas com SP (14%). A conclusão é de que o
tratamento intermitente preventivo oferece alguma protecção para as consequências
adversas da malária durante a gravidez.
Relativamente à gestão de casos, estudos também provaram que tanto o TIP e a gestão de
casos eram igualmente eficazes na melhoria dos níveis de hemoglobina.
22
Velocidade do Crescimento Fetal
Velocidade do crescimento fetal Æ
Último
mês
10
Concepção
16
20
Semanas de gestação
30
Parto
Fonte: OMS 2002.
23
Nós administramos SP como TIP numa determinada altura durante a
gravidez. A linha descontínua neste slide representa a velocidade do
crescimento fetal durante a gravidez. A velocidade do crescimento fetal é
relativamente lento na primeira metade da gravidez mas aumenta
rapidamente na segunda metade. Por a presença de parasitas na placenta
interferir na transferência de nutrientes para o feto, é importante garantir que
a placenta do feto esteja livre de parasitas da malária quando a velocidade
do crescimento fetal for mais rápida.
23
Velocidade do Crescimento Fetal:
Primeiros Movimentos
Velocidade do crescimento fetal Æ
Último
mês
Primeiros movimentos fetais
10
Concepção
16
20
Semanas de gestação
30
Parto
Fonte: OMS 2002.
24
Os primeiros movimentos fetais referem-se à altura em que a mãe começa
a sentir o feto. Estes variam de mulher para mulher, com algumas a
sentirem-nos pela 16ª semana enquanto outras só o farão na 20ª semana
de gestação.
24
Velocidade do Crescimento Fetal:
Primeiros Movimentos
Velocidade do crescimento fetal Æ
Rx
Rx
Último
mês
Primeiros movimentos fetais
10
Concepção
16
20
Semanas de gestação
30
Parto
Fonte: OMS 2002.
25
A Organização Mundial da Saúde recomenda um calendário de quatro
consultas pré-natais, três das quais a ocorrerem depois dos primeiros
movimentos fetais. Pelos menos duas doses de TIP deveriam ser
administradas nas consultas pré-natais marcadas entre os primeiros
movimentos fetais e o parto. A SP não deverá ser administrada com uma
periodicidade inferior a 4 semanas. A preocupação sobre a icterícia neonatal resultante da administração da SP depois da 36ª semana de gestação
não aparenta ser importante nesta altura.
Quénia, Malawi, Tanzânia, Uganda e Zâmbia adoptaram o regime de duas
doses de SP. Nestes países a primeira dose de SP é administrada entre a
24ª-28ª semana e a segunda dose entre a 30ª-36ª semana de gravidez. A
SP não deve ser administrada depois da 36ª semana. Os países sem
regulamentos de administração medicamentosa devem considerar a
adopção de um regime de três doses alinhado com as 3 consultas prénatais depois dos primeiros movimentos fetais recomendadas pela OMS.
25
Principais Questões Sobre a
Periodicidade das Doses
ƒ A SP será evitada durante as primeiras 16 semanas de
gestação, pois este é o período do desenvolvimento
inicial do feto
ƒ É aconselhável eliminar os parasitas da placenta durante
o período do crescimento máximo do feto
ƒ O TIP permite que a mãe se recupere da anemia através
da eliminação da parasitemia periférica
ƒ Uma observação para o futuro—a resistência à SP está a
crescer, e a determinada altura será encontrado um
novo medicamento para TIP
26
A SP deverá ser evitada durante as primeiras 16 semanas de gravidez que
corresponde ao período de formação dos órgãos de forma a evitar
malformações congénitas. É melhor eliminar os parasitas da placenta
durante o período de crescimento fetal máximo conforme mostrado no
gráfico anterior. O TIP para a malária durante a gravidez permite à mãe
melhorar completamente da anemia através da eliminação dos parasitas na
placenta.
A pergunta que surge diz respeito a que protecção uma mulher pode ter
durante as primeiras semanas de gravidez. A resposta encontra-se na
aderência atempada aos CPN onde possa obter uma rede tratada com
insecticida.
26
Passos para a Administração de
TIP com SP
ƒ Verifique a ocorrência dos primeiros movimentos fetais
ƒ Inquira sobre o historial de erupção cutânea grave devido ao uso
de SP no passado
ƒ Inquira sobre o uso de SP no último mês
ƒ Administre três comprimidos de SP num copo com água potável
ƒ Observe a paciente a engolir os três comprimidos (estratégia de
Tratamento Directamente Observado ou TDO)
ƒ O TDO é um dos motivos para se garantir que o TIP seja um
componente essencial de um programa integrado de CPN
ƒ
Não encoraje as grávidas a auto-medicarem-se para TIP
27
Ao se fornecer TIP com SP é importante determinar a ocorrência dos
primeiros movimentos fetais. Questione sobre o historial de alergias aos
sulfonamidas, incluindo erupções cutâneas graves. Também inquira sobre o
uso de SP ou quaisquer sulfonamidas no último mês. Ao administrar SP
forneça três comprimidos de SP e um copo de água potável, e observe a
grávida a tomar os comprimidos de SP na clínica. Isto ajuda a garantir o
cumprimento.
27
Passos para a Administração de
TIP com SP (cont.)
ƒ Registe a SP no cartão pré-natal e no registo clínico
ƒ Instrua as pacientes a regressarem na consulta seguinte ou mesmo
antes se se sentirem doentes
ƒ A desistência é um grande desafio para os programas de TIP bem
sucedidos
20–50% das grávidas não recebem a segunda dose
ƒ Informe as pacientes de que o TIP é mais eficaz quando recebem pelo
menos duas doses
ƒ
ƒ Pergunte sobre os efeitos secundários da dose anterior antes de
administrar a nova dose, a qual não poderá ter lugar antes de a
primeira ter completado 4 semanas
28
A monitorização e avaliação são importantes. Então registe “a administração
de SP” no cartão pré-natal e no registo clínico da grávida. Instrua a grávida
a regressar na sua próxima consulta marcada ou antes se se sentir mal.
Antes de administrar qualquer dose de acompanhamento, inquira sobre
efeitos secundários da dose anterior. A dose de acompanhamento não será
administrada antes de a primeira completar 4 semanas.
28
Encoraje as Grávidas a
Regressarem para a Segunda Dose
100
90
80
% mulheres
70
60
50
40
30
20
10
Qualquer visita de CPN
ETH
MAL
BUR
MAU
NIG
RWA
CI
ERI
GUI
UGA
KEN
MAL
BEN
MOZ
GHA
CAM
ZIM
TAN
GAB
ZAM
0
Compatível com TIP
*E Eckert, A Hyslop, R Snow, Avaliação dos INDICADORES, Macro International, APHA 2005.
29
Lembre-se de um slide anterior relativo à aderência aos CPN. Lembre-se
também de que o TIP deve ser administrado pelo menos duas vezes
depois dos primeiros movimentos fetais com um intervalo de um mês entre
as doses. Este gráfico mostra que apesar de o registo para CPN ser bom,
nem todas as grávidas regressam para uma segunda consulta, e se o
fizerem o intervalo pode não ser compatível com a recomendação de
receberem TIP duas vezes.
29
Capítulo C
Intervenções MdG
Redes Tratadas com Insecticida
Gestão de Casos
O nosso terceiro capítulo continua o debate sobre as intervenções MdG. As
grávidas devem ser incluídas nos planos para o fornecimento de redes
tratadas com insecticida às comunidades. O planeamento também é
necessário para garantir a disponibilidade de medicamentos adequados
para tratar as grávidas que desenvolvam a malária.
30
3. Redes Tratadas com
Insecticida (RTIs)
ƒ Uma RTI é uma rede (ou outro tecido rendado como as cortinas)
para afastar os mosquitos que tenha sido banhado com um
insecticida seguro
ƒ O insecticida mata o mosquito quando este se aproxima da pessoa
adormecida
ƒ As RTIs tradicionais necessitam de ser novamente tratadas com
insecticida a cada 6 meses
ƒ Apesar de as RTIs estarem disponíveis em muitos países, a maioria
está a usar redes tratadas com insecticida de longa duração
(RTILDs) onde o insecticida é aplicado na fábrica
ƒ As RTILDs podem ser lavadas até 20 vezes e durar mais de 4 anos
31
A terceira componente do quadro estratégico para o controlo da malária
durante a gravidez é o uso de redes tratadas insecticida (RTIs) para
proteger as mães e os seus recém-nascidos.
Uma RTI é um tecido rendado embebido num insecticida seguro. A forma
mais usada é a rede mosquiteira, apesar de o material poder ser usado
também para proteger portas e janelas. As RTIs funcionam através do
insecticida que mata (ou repele) o mosquito quando este entra em contacto
com a rede ou próximo da pessoa adormecida. As RTIs tradicionais
necessitam ser novamente tratadas com insecticida a cada 6 meses e ainda
estão disponíveis em inúmeros países. No entanto, a maioria dos países
está a optar por redes tratadas com insecticida de longa duração (RTILDs).
Estas redes tratadas na fábrica podem ser lavadas até 20 vezes e durar até
4 anos ou mais.
31
Uso de RTIs/RTILDs
ƒ O uso de RTIs/RTILDs
mostrou-se eficaz na redução
do número de recém nascidos
com baixo peso ou
prematuros
ƒ As RTIs reduzem a
transmissão por serem uma
barreira física para o pouso do
mosquito vector sobre
pessoas adormecidas
32
O uso de redes tratadas com insecticida mostrou-se eficaz na redução da
proporção de recém-nascidos com baixo peso ou prematuros (isto é, antes
de completar 37 semanas de gravidez). As redes tratadas com insecticida
também reduzem a transmissão da malária por servirem como uma barreira
física entre os mosquitos vectores e as pessoas a dormirem debaixo delas.
32
Benefícios das RTIs/RTILDs
ƒ Repelem e matam os mosquitos
que entrem em contacto com a
rede
ƒ Matam outros insectos como
baratas, piolhos, pulgas e
percevejos
ƒ Devem ser usadas pelas
grávidas o mais cedo possível, e
o seu uso deve ser encorajado
durante toda a gravidez e no
período pós-parto
33
As redes têm uma variedade de benefícios e deveriam ser fornecidas às
grávidas o mais cedo possível durante a gravidez.
Elas repelem ou matam os mosquitos que poisam na rede e também podem
matar percevejos, piolhos, pulgas, baratas e outros insectos que andem
pela casa. As redes devem ser usadas pelas grávidas o mais cedo possível
na gravidez e o seu uso deve ser continuado ao longo da mesma e no
período pós-parto.
Um estudo no Quénia ocidental demonstrou que as grávidas que se
protegeram com redes tratadas com insecticida todas as noites durante as
primeiras quatro gravidezes deram à luz aproximadamente menos 25% de
recém-nascidos que eram ou pequenos para a idade gestacional ou
prematuros relativamente às mulheres que não se protegeram com redes
tratadas com insecticida.
33
RTI: Impacto no Crescimento
Fetal e na Duração da Gestação
ƒ As grávidas protegidas por redes tratadas com insecticida tem
menos probabilidades de
Dar à luz prematuramente ou
ƒ Ter um recém-nascido pequeno para a idade gestacional
ƒ Relativamente aos grupos de controlo que não estavam protegidos
com as redes
ƒ
ƒ Esta constatação é verdadeira independentemente do número de
gravidezes bem sucedidas da mulher, excepto pela incidência de
bebés pequenos para a idade gestacional nascidos de mães com 4
ou mais gravidezes
Fonte: ter Kuile et al 1999.
34
Apresentamos aqui o resultado de um estudo que examinou o impacto das
redes tratadas com insecticida no crescimento fetal e na duração da
gestação. O estudo mostrou que as grávidas protegidas por redes tratadas
com insecticida tinham menos probabilidades de dar à luz prematuramente
ou de terem bebés pequenos para a idade gestacional relativamente aos
grupos de controlo que não foram protegidos pelas redes. Esta constatação
é verdadeira independentemente do número de gravidezes bem sucedidas
da paciente, excepto pela incidência de bebés pequenos para a idade
gestacional nascidos a mulheres com 4 ou mais gravidezes.
34
Impacto das RTIs na Saúde
Materna e Neo-natal
ƒ Entre as gravidezes 1–4, as RTIs foram associadas com:
ƒ Durante a gravidez
38% de redução da parasitemia periférica
ƒ 21% de redução de todas as causas de anemia (Hb < 11 g/dl)
ƒ 47% de redução de anemia grave causada pela malária
ƒ
ƒ No parto
23% de redução da malária na placenta
ƒ 28% de redução do BPN
ƒ 25% de redução em qualquer resultado adverso no parto
ƒ
ƒ Ausência de tendência de redução da eficácia com o aumento da
taxa de transmissão
Fonte: Shulman 2001: Quénia Ocidental.
35
Entre as mulheres que estejam entre a sua primeira e quarta gravidezes, o
uso de redes tratadas com insecticida reduziu a incidência da parasitemia
periférica em 38% e reduziu a incidência de anemia grave em 47%. O uso
de redes tratadas com insecticida também foi associado à redução em 23%
da malária placental, redução de 28% na incidência de recém-nascidos com
baixo peso e uma redução de 25% em qualquer resultado adverso da
gravidez. Não existe no entanto qualquer evidência que sugira que a
eficácia das redes tratadas com insecticida reduza com o aumento dos
níveis de transmissão de malária na área.
35
Processo de Aquisição e Gestão
de RTIs/RTILDs
ƒ Actualmente é muito frequente o fornecimento de RTIs nas
campanhas de imunização infantil
ƒ É menos frequente constatar a atribuição de RTIs em número
suficiente como uma componente essencial dos CPN focalizados
ƒ A equipe de gestão de saúde distrital precisa reunir-se e planear a
distribuição de redes suficientes, não só para crianças com menos
de cinco anos de idade, mas também para as clínicas CPN
ƒ O fornecimento de RTIs/RTILDs pode ser um importante incentivo
para a aderência aos CPN
ƒ Uma grávida deve receber uma rede na sua primeira consulta CPN
quando esta pode oferecer maior protecção durante a gravidez
36
Enquanto o fornecimento de RTIs em campanhas de imunização tornou-se
popular, as redes ainda não fazem parte dos cuidados de saúde materna e
infantil, especialmente o fornecimento de RTIs apropriadas como uma
componente essencial dos CPN focalizados. As equipas de gestão de
saúde distrital e/ou outras autoridades locais precisam incorporar o
planeamento e a alocação de recursos apropriados para responder às
necessidades urgentes de RTIs tanto para crianças com menos de cinco
anos como para as mulheres grávidas. O fornecimento regular de uma
RTI/RTILD pode ser um importante incentivo para que as grávidas adiram
aos CPN. Para se obter maior protecção durante a gravidez, a RTI deveria
ser oferecida à grávida na sua primeira consulta de CPN.
36
4. Gestão de Casos: Eficácia dos
Medicamentos
ƒ Os casos de malária durante a gravidez são graves e
devem ser rapidamente tratados com um medicamento
apropriado
ƒ São necessários medicamentos eficazes para a malária P.
falciparum, visto poder ser fatal tanto para a mãe quanto
para o bebé
37
O último componente do quadro estratégico para o controlo da malária
durante a gravidez é a gestão de casos. São necessários medicamentos
eficazes contra a malária Plasmodium falciparum porque a doença pode ser
fatal tanto para a mãe como para o recém-nascido. O medicamento de
escolha para a gestão dos casos dependerá do perfil da resistências aos
medicamentos no País. Por exemplo, os antimaláricos considerados
adequados para o Uganda podem não o ser na Tanzânia. A cloroquina foi o
medicamento de selecção durante muitos anos e talvez assim o permaneça
em algumas áreas onde continue a ser eficaz. Mas, devido à elevada
incidência da resistência à cloroquina em África, a SP tornou-se no
antimalárico alternativo de selecção para o tratamento da malária sem
complicações. O quinino administrado intramuscularmente ou por via
intravenosa é o medicamento de selecção para a gestão de casos de
malária grave.
37
Selecção de Medicamentos
ƒ O medicamento de selecção depende do perfil de
resistência geográfica e das políticas nacionais para o
tratamento da malária
ƒ
ƒ
ƒ
O quinino é o medicamento de selecção para a malária
durante a gravidez
A SP fica reservada para o TIP
Alguns países usam medicamentos da terapia combinada
com base na artemisinina (TCA) depois do primeiro
trimestre, apesar de pesquisas sobre a sua segurança ainda
não serem conclusivas
38
O medicamento de selecção para a gestão de casos dependerá do perfil da
resistência aos medicamentos no País. Por exemplo, os antimaláricos
considerados adequados para o Uganda podem não o ser na Tanzânia. A
cloroquina foi o medicamento de selecção durante muitos anos, mas o seu
uso está a diminuir devido à elevada incidência de resistência à mesma em
África, o quinino é o medicamento de selecção no primeiro trimestre ou para
a gestão dos casos de malária grave.
Na medida do possível a SP está sendo reservada para o TIP, portanto não
é usada para a gestão de casos em grande parte dos países.
Em muitas partes de África e no mundo inteiro, a malária plasmodium
falciparum tornou-se resistente à terapia de um único medicamento. Sendo
assim, a OMS recomenda que os países usem uma combinação de
medicamentos para combater a malária. Uma grande vantagem da terapia
combinada é de que a resistência aos medicamentos é muito menos
provável do que com os tratamentos com um só medicamento.
O uso simultâneo de medicamentos que incluem um derivado da
artemisinina, juntamente com outros antimaláricos denomina-se terapia
combinada com base em artemisinina (TCA). Actualmente esta combinação
é o tratamento mais eficaz para a malária.
38
Tratamento de Pacientes
Sintomáticas
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
A malária durante a gravidez é grave
É ideal determinar se a grávida tem malária através do diagnóstico laboratorial ou
uso de TDRs
Pese a utente e administre quinino como apropriado
Se o uso de TCA durante a gravidez for aprovado pela política nacional para o
tratamento da malária, esta poderá ser administrada somente durante o segundo e
terceiro trimestres
Controle a febre (analgésicos, banhos tépidos)
Diagnostique e trate a anemia
Garanta a rehidratação se necessário
Monitore a anemia grave, hipoglicémia, falha renal aguda e trate conforme
necessário
Transfira, caso não esteja habilitado para tratar a malária
39
Em geral, o medicamento de selecção para o tratamento da malária sem
complicações dependerá nos padrões locais de sensibilidade aos mesmos
que deveriam estar reflectidos na política nacional para medicamentos para
a malária. Visto que a SP está reservada para o TIP e desenvolveu-se uma
resistência à cloroquina, o medicamento de selecção é normalmente o
quinino. Se as TCAs tiverem sido aprovadas na política nacional para
antimaláricos, poderão ser usadas no segundo e terceiro trimestres.
O ideal seria determinar a parasitemia através do diagnóstico laboratorial
ou do uso de testes de diagnóstico rápido (TDRs).
A necessidade de tratar a febre com analgésicos, diagnosticar e tratar a
anemia, e de fornecer fluidos adequados deveria também ser abordada.
Para a malária grave, o medicamento de selecção é o quinino intravenoso
ou intramuscular. O profissional de saúde deverá determinar o peso da
grávida para poder calcular a quantidade de quinino necessário. O
profissional de saúde também deverá tratar a febre com analgésicos e
banhos tépidos e fornecer rehidratação conforme necessário. As
complicações, tais como a anemia grave, hipoglicemia e falha renal aguda
devem ser detectadas atempadamente e devidamente geridas. Estas
complicações representam risco de vida e podem ser facilmente evitadas se
a malária for detectada precocemente e prontamente tratada de forma
adequada.
39
Resistência aos Medicamentos
ƒ A resistência do P. falciparum aos antimaláricos é um
problema crescente
ƒ Para minimizar o problema da resistência aos
medicamentos, encoraje as grávidas a completarem o
tratamento, mesmo se sentirem melhor
ƒ A resistência aos medicamentos é inevitável; então os
profissionais de saúde devem estar informados das
mudanças nas políticas recomendadas pelo seu Ministério
da Saúde
40
A resistências aos medicamentos é um problema crescente e pode ocorrer
muito rapidamente num período de cinco anos. Para minimizar este
problema, as grávidas devem ser encorajadas a completar as suas
medicações conforme a prescrição. Por exemplo, quando a grávida de
sente melhor ao segundo dia do tratamento com TCAs, tem tendência a
interromper a medicação. Este tipo de fraco cumprimento encoraja a
resistência aos medicamentos. Os provedores de serviços devem educar as
pacientes sobre a importância da aderência à medicação sempre que
receitarem medicamentos a serem tomados fora da instalação sanitária.
Em qualquer caso, por a resistência aos medicamentos ser virtualmente
inevitável, os provedores de saúde devem estar informados sobre
mudanças na política para a terapia antimalárica nos seus países.
40
Medicamentos que não Devem ser
Usados Durante a Gravidez
ƒ Tetraciclina
ƒ
Provoca anomalias no crescimento muscular e do esqueleto, desenvolvimento
dos dentes, lentes/córnea
ƒ Doxiciclina
ƒ
ƒ
O risco de manchas cosméticas nos dentes primários não foi determinado
Excretado para o leite materno
ƒ Primaquina
ƒ
Prejudicial para recém nascidos com deficiência relativa de Glucose-6Fosfatase-Dehidrogenase (G6PD)
ƒ Halofantrina
ƒ
ƒ
Sem resultados conclusivos nas grávidas
Em animais foi provado que causa efeitos indesejados, incluindo a morte do
feto
41
Alguns medicamentos não deveriam ser usados durante a gravidez. Dentre estes estão a
tetraciclina, doxiciclina, primaquina e halofantrina. A tetraciclina pode provocar anomalias
no crescimento muscular e do esqueleto e causar estragos nos dentição decídua (dentes de
leite) . Apesar de não existirem estudos controlados sobre a segurança do uso da
doxiciclina para as grávidas, uma avaliação de um perito aos dados sobre experiências com
o uso da doxiciclina durante a gravidez concluiu que os dados disponíveis são insuficientes
para determinar a inexistência de riscos. O risco de manchas cosméticas nos dentes de
leite por causa da doxiciclina também ainda não foi determinado (a quantidade e qualidade
dos dados tem sido limitada). A doxiciclina é excretada para o leite materno. O uso a curto
prazo pela mãe a amamentar não é necessariamente contra-indicado; no entanto, os efeitos
da exposição prolongada à doxiciclina no leite materno são desconhecidos.
A halofantrina não foi devidamente estudada nas grávidas. No entanto, concluiu-se que
causa efeitos adversos nos animais, incluindo a morte do feto.
A primaquina, por outro lado, pode causar icterícia nos recém-nascidos que tenham
deficiências relativas da enzima Glucose-6-Fosfato-Dehidrogenase.
A segurança dos novos antimaláricos tais como a mefloquina, derivados de artemisinina,
malarone e co-artemether durante a gravidez ainda está a ser estudada.
41
Capítulo D
Parcerias para MdG
Nível de Prontidão para MdG
Neste capítulo estudaremos os papéis de vários parceiros no controlo da
malária a diferentes níveis no sistema de saúde, desde as instalações
sanitárias na linha da frente até aos decisores das políticas nacionais,
gestores de programas, e financiadores internacionais.
42
Uma Parceria para o Controlo da
Malária Durante a Gravidez
ƒ Programas Internacionais
ƒ
ƒ
Tornar a Gravidez mais Segura—OMS
Parceria para fazer Recuar a Malária—RBM
ƒ Iniciativa do Presidente Americano para a Malária
ƒ Fundo Global para a Luta contra o SIDA, TB e Malária
ƒ Programa de Reforço—Banco Mundial
É essencial uma parceria entre todos estes programas e os programas
nacionais de saúde reprodutiva
São necessárias parcerias entre programas e envolvimento individual para
alcançar a meta da Declaração de Abuja de 80% de cobertura de todas as
grávidas em 2010
43
A OMS possui dois programas de saúde de louvar, nomeadamente a
iniciativa “Tornar a Gravidez mais Segura” e o programa “Fazer Recuar a
Malária”. Uma parceria entre os dois programas e os programas nacionais
de saúde reprodutiva será essencial para a actualização da Declaração de
Abuja 2000, na qual os líderes regionais comprometeram-se a atingir uma
cobertura de 80% de todas as grávidas em áreas endémicas até o ano
2010.
Todos precisam se envolver. Aja agora para descobrir como pode
contribuir para libertar a gravidez dos riscos da malária.
43
Actividades Nacionais a
Diversos Níveis
Líderes de Programas
Desenvolver a política,
normas, directrizes, e
padrões de desempenho
clínico, advocacia, IEC,
FPS/FP, apoio
supervisão, M&A
Instalações Sanitárias
Ed. sanitária integrada,
mobilização da
comunidade, promoção
de RTIs, fornecimento de
TIP,
tratamento de
complicações tais como
anemia, recolha de dados
e feedback
Nível de Liderança
Nacional do Programa
Nível Distrital
Nível da Unidade
Sanitária
Nível
Comunitário
Equipas Distritais
Operacionalizam
as directrizes e
apoiam a supervisão,
Logística de
fornecimento de
medicamentos,
e sensibilização do
publico, promoção de
RTIs, M&A
Comunidades
Os PSCs e as PTs
fazem a sensibilização
sobre o controlo da
malária,
transferências,
acompanhamento
44
São necessárias acções essenciais a todos os níveis da provisão de
cuidados sanitários num país, desde a comunidade até ao programa
nacional. É necessária uma coordenação para que a agenda do controlo da
malária durante a gravidez possa avançar.
44
Actividades a Nível Nacional
ƒ Líderes dos Programas nacionais
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
Desenvolvem políticas, normas, directrizes, e padrões de
desempenho clínico
Advocacia
Informação, Educação & Comunicação
Formação Pré-Serviço & Formação Prática
Apoio à supervisão
Monitoria & Avaliação (M&A)
45
A nível nacional, os líderes do programa precisam desenvolver políticas,
padrões, e directrizes; advogar apoios financeiros; desenvolver e disseminar
materiais de informação, educação e comunicação (IEC) sobre a malária;
facilitar a formação pré-serviço e prática, e reforçar os sistemas de apoio da
supervisão, monitoria e avaliação.
45
Actividades Nacionais a Nível
Distrital
ƒ Equipas Distritais
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
Operacionalizam as
directrizes e
Apoiam a supervisão,
Gerem a logística de
fornecimento de
medicamentos, e
Sensibilização do público
Promovem as RTIs, RTILDs,
o TIP
M&A
46
A nível distrital, as equipas distritais precisam operacionalizar todas as
directrizes e apoiar os sistemas de supervisão; fornecer logísticas
adequadas para os medicamentos; sensibilizar ao público sobre a
importância do controlo da malária durante a gravidez e promover o uso das
redes tratadas com insecticida, incluindo as RTILDs. Os sistemas de
monitoria e avaliação também precisam estar em vigor para garantir
Sistemas de Gestão de Informação Sanitária (SGIS) e qualidade contínua.
46
Actividades Nacionais a Nível da
Unidade Sanitária
ƒ Pessoal da Unidade Sanitária
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
Oferecem educação sanitária Integrada
Conduzem a mobilização da comunidade
Promovem as RTIs, RTILDs
Administram o TIP
Administram tratamento para complicações tais como a
anemia
Recolhem dados e dão o feedback
47
A nível da unidade sanitária, deve ser desenvolvido um sistema integrado
de educação sanitária que aborde a malária através da mobilização da
comunidade sobre as medidas de controlo da malária, encorajando o
crescente uso das instalações sanitárias, promovendo o uso de redes
tratadas com insecticida, fornecimento de SP nas clínicas pré-natais,
garantir uma recolha de dados adequada, e levantar a satisfação das
pacientes para a melhoria da qualidade dos serviços prestados.
47
Actividades Nacionais a Nível da
Comunidade
ƒ Comunidades
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
Fornecem feedback aos
profissionais de saúde para
melhoria da qualidade
Seleccionam e monitoram aos
PSCs e as PTs para
sensibilização sobre o
controlo da malária
Mobilizam os membros para
utilizarem os serviços de
CPNF/MdG
Fazem transferências
Acompanham as pacientes
48
Finalmente, a nível da comunidade, os líderes comunitários, trabalhadores
de saúde comunitária e organizações comunitárias podem trabalhar em
conjunto com os seus membros para a utilização dos serviços CPNF/MdG.
Eles também podem trabalhar com o pessoal da instalação sanitária para
seleccionar, monitorar e apoiar os profissionais de saúde comunitária
(PSCs) e as parteiras tradicionais (PTs) e ajudá-los a sensibilizar a
comunidade sobre o controlo da malária. Estes trabalhadores de saúde
comunitária podem conduzir consultas domiciliárias para acompanhar as
pessoas tratadas nas instalações sanitárias para garantir o cumprimento
com a medicação antimalárica recomendada.
48
Nível de Preparação para a Malária
durante a Gravidez
Componente de
Prontidão
Indicadores
Política
Política, estratégia e directrizes para a prestação dos serviços
desenvolvidas e sendo usadas em todos os níveis do sistema de
saúde
Comodidades
Sistemas de aquisição e distribuição de medicamentos eficientes;
Os antimaláricos e medicamentos MdG recomendados pela
OMS estão sempre disponíveis; RTIs sempre disponíveis
Garantia de
Segurança
Foram desenvolvidos e são sistematicamente usados padrões de
controle de qualidade para a MdG; uso sistemático da
supervisão de apoio dos serviços MdG
49
Em acréscimo às actividades nacionais, a prontidão da implementação das
estratégias para a malária durante a gravidez exigem que as componentes
sanitárias e dos sistemas associados estejam em vigor e a funcionar de
forma eficaz.
Exemplos de indicadores incluem: o desenvolvimento e uso das políticas,
estratégias e directrizes para a prestação dos serviços a todos os níveis do
sistema de saúde; sistemas eficientes para a aquisição e distribuição de
medicamentos; disponibilidade dos medicamentos recomendados pela OMS
para a malária e/ou MdG; disponibilidade de RTIs e RTILDs em qualquer
altura; desenvolvimento e uso sistemático de padrões de garantia de
qualidade para MdG, e da supervisão de apoio aos serviços MdG.
49
Nível de Preparação para a Malária
durante a Gravidez
Componente de
Prontidão
Indicadores
Formação
Formação prática sobre MdG conduzida para todas as
categorias adequadas de provedores de serviços; curricula
actualizados para serviços médicos, de enfermagem e parteiras
MdG ensinados em todas instituições académicas
Integração
Estratégias e planeamento conjunto, e a partilha de informação
entre os Programas Nacionais de Coentro da Malária a nível
nacional; promoção da integração de RH, HIV/SIDA e MdG na
administração e supervisão de apoio a nível distrital; MdG, saúde
reprodutiva e/ou HIV/SIDA são oferecidos em conjunto nos
serviços de saúde
50
Os indicadores para a formação incluem: formação prática sobre MdG para
todas as categorias de trabalhadores de saúde; ensino de curricula
actualizados para formação pré-serviço na área de MdG para enfermeiros,
médicos e parteiras; os curricula pré-serviço, práticos e da faculdade são
actualizados à medida que as políticas e protocolos o são.
A integração da MdG com os sistemas e programas de saúde reprodutiva
relacionados é crucial. As estratégias e planeamento conjuntos, e a partilha
de informação entre os Programas Nacionais para o Controlo da Malária a
nível nacional; integração dos RH, HIV/SIDA e MdG na administração e
supervisão de apoio a nível distrital; provisão conjunta de MdG e saúde
reprodutiva e/ou HIV/SIDA nos serviços sanitários são os principais
indicadores para esta componente.
50
Nível de Preparação para a Malária
durante a Gravidez
Componente de
Prontidão
Indicadores
Programas
comunitários para
MdG
Os grupos de acção comunitária são fortes parceiros nos
esforços nacionais de prevenção da MdG; recursos adequados
sempre disponíveis
M&A
Fortes SGIS; indicadores MdG regularmente colhidos; alguns
estudos finais projectados para detectar resultados e/ou
condução de estudos do impacto
Financiamento
O governo nacional reservou e desembolsou fundos para
programas MdG que contribuem significativamente para os
custos projectados; existem muitos fundos de financiadores
51
Os grupos de acção comunitária são grandes parceiros nos esforços de
prevenção da MdG a nível nacional e distrital; disponibilidade de recursos
apropriados.
As estratégias de M&A devem ser desenvolvidas durante a fase de
planeamento dos programas MdG. Dentre os indicadores teremos: fortes
SGIS; recolha regular de indicadores MdG; finalização de estudos
projectados para mostrar resultados e/ou condução de estudos do impacto.
Os indicadores financeiros relacionam-se com a disponibilidade, alocação e
desembolso de recursos e incluem: o empenho e desembolso de fundos
para os programas MdG por parte do governo, que tenham contribuído
significativamente para os custos estimados e a existências de muitos
fundos de doadores.
51
Resumo
ƒ A malária durante a gravidez tem consequências adversas tanto
para a mãe como para o bebé
ƒ O pacote de prevenção da malária inclui:
Tratamento Intermitente Preventivo com SP durante a gravidez nas
consultas da clínica pré-natal
ƒ Uso de RTIs/RTILDs ao longo da gravidez e no período pós-parto
ƒ
ƒ A prevenção deve ser complementada por uma gestão eficaz dos
casos de malária em todas as mulheres em idade reprodutiva
ƒ A gestão dos casos deve enfatizar o despiste e o rápido tratamento
da anemia
52
Em resumo, a malária durante a gravidez mostrou ter consequências
adversas tanto para a mãe como para o seu bebé. No entanto, o pacote de
prevenção da malária também mostrou minimizar os referidos
acontecimentos adversos.
Um pacote preventivo eficaz inclui o Tratamento Intermitente Preventivo
com uma dose de SP administrada em cada consulta pré-natal depois dos
primeiros movimentos fetais (com um intervalo de pelo menos 4 semanas)
para garantir que a grávida receba pelo menos duas doses. O pacote
também inclui o uso de redes tratadas com insecticida ao longo da gravidez
e durante o período pós-parto. Os esforços de prevenção devem ser
complementados pela gestão dos casos da doença através de medicação
antimalárica para todas as mulheres em idade reprodutiva, e deve enfatizar
o despiste e rápido tratamento da anemia. Programas bem sucedidos só
podem resultar de parcerias entre as unidades sanitárias de controlo da
malária e de saúde reprodutiva.
Para mais informações sobre a malária durante a gravidez, incluindo meios
de apoio, visite o capítulo de Recursos do presente tutorial.
52
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