Fertilizante de liberação gradativa em cafeeiros em produção

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Fertilizante de liberação gradativa em cafeeiros em produção
1
2
3
Cristiano de Andrade Gomes , Kaio Gonçalves de Lima Dias , Franciane Diniz Cogo ,
4
5
6
Pedro Augusto Silva Orfão , Gilmar José Cereda e Giovana Cristina de Toledo
1
Mestrando em Fitotecnia, Universidade Federal de Lavras, MG ([email protected])
Mestrando em Ciência do Solo, Universidade Federal de Lavras, MG ([email protected])
3
Mestranda em Ciência do Solo, Universidade Federal de Lavras, MG ([email protected])
4
Engenheiro Agrônomo, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais ([email protected])
5
Gerente da Fazenda Experimental de Machado, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais ([email protected])
6
Mestranda em Ciência do Solo, Universidade Federal de Lavras, MG ([email protected])
2
Resumo – O experimento foi conduzido na Fazenda Experimental de Machado, MG (EPAMIG), em cultura de café (Coffea
arabica L.) cultivar Catucaí Amarelo 2SL em produção, com o objetivo de avaliar a utilização de um fertilizante de liberação
lenta – Ciclus NKS®. O delineamento foi em blocos ao acaso, com quatro repetições e cinco tratamentos, constituídos a
partir da dose de 320 kg.ha-1 de nitrogênio e de potássio: 100% (A), 75% (B) e 50% (C) da dose fornecidos através do
fertilizante de liberação lenta, em uma única aplicação; 100% da dose, fornecido através da uréia e cloreto de potássio (D) e o
tratamento testemunha, sem aplicação de fertilizante (E). As avaliações foram realizadas aos 54 e 157 dias da aplicação dos
tratamentos, sendo analisados os teores de nitrogênio, fósforo e potássio nas folhas, e o crescimento vegetativo, através da
contagem dos números de internódios. O produto Ciclus NKS® conseguiu manter os níveis de N e K foliares adequados
para a cultura do cafeeiro em produção no período avaliado.
Palavras-chave: Coffea arabica, adubação nitrogenada, nutrição mineral
Gradual release fertilizer in coffee production
Abstract - The experiment was carried out at the Experimental Farm of Machado, MG (EPAMIG) in coffee crop (Coffea
arabica L.) cultivar Yellow Catucaí 2SL in production, with the objective of evaluating the use of a slow-release fertilizer Ciclus NKS ®. The design was of randomized block with four replicates and five treatments, as the dose from 320 kg.ha-1 of
nitrogen and potassium: 100% (A), 75% (B) and 50% (C) of the dose delivered by slow-release fertilizer in a single
application, 100% of the dose, delivered via urea and potassium chloride (D) and control treatment, without no fertilizer
application (E). Evaluations were performed at 54 and 157 days of treatment application, being analyzed the contents of
nitrogen, phosphorus and potassium in leaves, and vegetative growth by counting the number of internodes. The product
Ciclus NKS ® has managed to maintain the levels of N and K leaf suitable for the coffee crop production in the period
evaluated.
Keywords: Coffea arabica, Coffea arabica, nitrogen fertilization, mineral nutrition
Introdução
O Brasil é o maior produtor e exportador de café e o maior
consumidor, sendo considerado um dos produtos da
agricultura brasileira de maior interesse econômico. As
estimavas divulgadas indicam que a produção total do anosafra de 2010/2011 gira em torno de 133 a 135 milhões de
sacas (OIC – Organização Internacional do Café, 2010).
Diante da grandiosa produção, a fertilização do solo e a
nutrição correta das plantas acarretam a máxima eficiência e
produtividade da lavoura. Especula-se no mercado o uso de
fertilizantes de liberação controlada em culturas perenes, o
mesmo proporciona fornecimento regular e contínuo de
nutrientes com uma única aplicação, redução de perdas de
nutrientes por lixiviação, imobilização e volatilização.
É indispensável na nutrição de plantas o fornecimento
adequado dos nutrientes para suprir as necessidades da
cultura, o ideal para aumentar a eficiência das adubações
seria a realização de um maior número de parcelamentos, no
entanto, esta prática apresenta significativo incremento no
custo operacional, além da contaminação aos mananciais de
água. Entre os nutrientes, o nitrogênio é o elemento mais
exigido pela planta e também o que se constitui maior
desafio, dada a dinâmica deste nutriente no sistema soloplanta (Borges et al., 1999).
O grande dinamismo do nitrogênio proporciona as
inúmeras perdas por lixiviação, volatilização e escorrimento
superficial, dificultando a avaliação mais precisa de sua
disponibilidade durante o ciclo da cultura. Estas perdas
ocorrem através dos diversos processos que modificam sua
forma, entre os quais estão os processos microbianos de
mineralização, imobilização e desnitrificação (Godefroy et
al., 1975), o que implica na busca por novas tecnologias,
como a utilização de fontes que apresentam uma liberação
mais lenta ou controlada do nutriente.
Os fertilizantes de liberação lenta ou controlada, os
estabilizados ou com inibidores caracterizam-se por serem
materiais menos solúveis em água e mais ricos em
Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.5, n.2, p.35-39, jun. 2011
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nitrogênio, com este elemento ligado quimicamente (como
em macromoléculas orgânicas), ou intercalado (como entre
lamelas de argilominerais ou óxidos-hidróxidos lamelares),
este grupo é definido como fertilizantes de eficiência
aumentada (Blaylock, 2007).
Os fertilizantes de liberação lenta de nitrogênio (FLLN),
quando aplicados apropriadamente, podem ser uma boa
alternativa quando comparados a fertilizantes
convencionais, por eliminar os parcelamentos das adubações
de cobertura, reduz o uso de mão-de-obra, ocasiona
economia de combustível, traz a minimização da
compactação do solo, evita injúrias as raízes e danos físicos à
cultura, além de diminuir a contaminação dos mananciais de
água (Shaviv, 2001; Harrison et al., 2003).
A disponibilidade contínua de nutrientes encapsulados
por resinas especiais, os quais são liberados através de
estruturas porosas, atingem o sistema radicular das plantas
mais lentamente, garantindo assim a manutenção de um
sincronismo entre a liberação de nutrientes ao longo do
tempo e as necessidades nutricionais, favorecendo o
crescimento e desenvolvimento das plantas (Perin et al.,
1999).
Vários estudos estão sendo realizados no Brasil com a
utilização de fertilizantes de liberação controlada na
produção de mudas em várias culturas. Os resultados tem
sido positivos, indicando eficiência no uso de grânulo
protegido por um polímero que atua na liberação dos
nutrientes gradualmente (Serrano , et al., 2010; Brondani et
al., 2008; Scivittaro et al., 2004; Chu et al., 2005).
A eficiência de fertilizantes solúveis, em especial os
nitrogenados, aplicados nos pomares de citros em formação,
demonstra o aumento de interesse pelo emprego dos
fertilizantes de liberação lenta como opção para adubação de
replantios (Girardi & Mourão Filho, 2003). No entanto,
trabalhos visando à utilização de fertilizantes de liberação
lenta e controlada em cafeeiros adultos são escassos.
Considerando os resultados apresentados fica evidente a
necessidade da realização de estudos mais aprofundados
quanto à utilização de fertilizantes de liberação lenta para o
cafeeiro em produção.
Este trabalho objetivou avaliar a eficiência de fertilizante
de liberação lenta (Ciclus NKS®) no suprimento de
nitrogênio, potássio e desenvolvimento vegetativo em
cafeeiros em produção na Região Sul de Minas Gerais.
Material e Métodos
O experimento foi instalado e conduzido em uma área da
Fazenda Experimental de Machado, pertencente à EPAMIG
(Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerias). O
município está localizado na região sul do Estado de Minas
Gerais, nas coordenadas geográficas 21°40' S e 45°55'' W.
Gr.; situa-se na Bacia do Rio Paraná e Sub-Bacia do Rio
Grande (Ribeiro et al., 2010). A condução do experimento foi
realizada entre os meses de novembro do ano de 2009 e abril
de 2010.
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Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.5, n.2, p.35-39, jun. 2011
A fazenda situa-se a uma altitude média de 850 metros,
com a temperatura média anual de 20,09 °C e a precipitação
anual média anual de 1540 mm, de acordo os dados
coletados na Estação Metereológica da Fazenda
Experimental de Machado nos últimos quatro anos. O clima
da região, segundo a classificação de Koppen, é do tipo Cwa,
com a ocorrência de temperaturas amenas e verão quente e
úmido (Antunes, 1986).
O ensaio foi instalado em uma lavoura de café da cultivar
Catucaí Amarelo 2SL, cultivado no espaçamento de 3,0 x
-1
0,75 m, portanto com estande de 4.444 plantas.ha , o plantio
da mesma foi realizado no mês de fevereiro de 2006. Na
ocasião da implantação do campo experimental, em
novembro de 2009, a previsão para aquela safra estava na
ordem de 40 sacas.ha-1, e esta informação foi utilizada a fim
de definir os tratamentos adotados.
Foi utilizado o delineamento em blocos ao acaso, com
quatro repetições e cinco tratamentos. As unidades
experimentais foram constituídas por dez plantas, e
consideradas úteis as seis centrais para as seguintes
avaliações: teores de nitrogênio, fósforo e potássio foliar e
desenvolvimento vegetativo. As avaliações dos teores
nutricionais na folha, bem como o desenvolvimento
vegetativo foram realizadas aos 54 e 157 dias após a
aplicação do produto de liberação lenta.
O teor de nitrogênio, fósforo e potássio foi determinado
por meio de análises foliares. A amostragem das folhas foi
realizada através da coleta no 3º e/ou 4º pares de folhas de
ramos produtivos localizados a meia altura da planta,
retirando um par de cada lado da planta (Faquin, 2002). O
desenvolvimento vegetativo foi verificado pela marcação e
contagem de entrenós após a aplicação dos tratamentos, para
tanto, em cada parcela foram marcados doze ramos nas
plantas da área útil, sendo um ramo de cada um dos lados dos
cafeeiros, um voltado para face leste, considerado o lado de
baixo da planta (RIB) e outro para o oeste, o ramo do lado de
cima da planta (RIC).
Os tratamentos utilizados foram definidos a partir da dose
-1
de 320 kg.ha de nitrogênio e de potássio: 100% (A), 75%
(B) e 50% (C) da dose fornecidos através do fertilizante de
liberação lenta, em uma única aplicação; 100% da dose,
fornecido através da uréia e cloreto de potássioconvencional (D), e o tratamento controle, com nenhuma
aplicação de fertilizante (E). O fertilizante avaliado – Cilcus
NKS® - é constituído por 19% de nitrogênio e K2O, mais
5,5% de enxofre. Parte do nitrogênio é de pronta assimilação
em formas nobres, e maior parte de liberação lenta - uréia
metileno, polímero formado através da injeção de carbono
na molécula de uréia, insolúvel em água, hidrolisado pelos
microorganismos presentes no solo, liberando gradualmente
o nitrogênio.
As características químicas do solo utilizado foram: pH
(H2O) = 4,4; P = 35 mg.dm3; K+ = 116 mg.dm3; Ca2+ = 1,3
3
2+
3
3+
3
cmolc.dm ; Mg = 0,4 cmolc.dm ; Al = 1,1 cmolc.dm ; H+A
3
3
3
= 5 cmolc.dm ; SB = cmolc.dm ; t = 3,1 cmolc.dm ;T = 7
cmolc.dm3; MO = 2,1%; P rem = 30,9 mg.dm3; Zn = 2,3
mg.dm3 e B = 0,6 mg.dm3.
A análise foliar na implantação do ensaio apontava para
-1
-1
-1
os seguintes teores: N (g kg ) 35; P (g kg ) 1,97 e K (g kg )
23,4. A primeira aplicação de uréia e cloreto de potássio se
deu no início do mês de novembro de 2009, a segunda já
ocorreu no começo do mês de janeiro de 2010, juntamente à
primeira avaliação dos teores nutricionais foliares e de
crescimento vegetativo. A terceira e última aplicação foi
realizada no mês de fevereiro de 2010, é importante salientar
que foi respeitado o intervalo mínimo de 30 dias após as
aplicações para a realização das amostragens foliares. Os
tratamentos que utilizaram o produto de liberação lenta
foram realizados juntamente ao primeiro parcelamento do
tratamento com fertilizantes convencionais.
Os resultados obtidos foram submetidos à análise de
variância, em nível de 5% de significância, pelo teste de
Scott Knott, utilizando-se o programa SISVAR (Ferreira,
2003).
Resultados e discussão
Os resultados médios obtidos nas análises de variância
foram reunidos em função dos tratamentos e épocas de
avaliações (54 e 157 dias após a aplicação) e são
apresentados nas Tabelas 1 e 2. Por esses dados verifica-se
que para o teor foliar de potássio e fósforo não apresentou
diferença significativa nas épocas avaliadas.
Para o teor de fósforo e potássio foliar, não é observada
diferença estatística entre os tratamentos, o fato pode ser
esclarecido frente ao suprimento destes elementos minerais
por meio da fertilidade natural do solo, haja vista os teores
destes encontrados na ocasião da implantação do ensaio
(Tabela 1), os valores de fósforo no solo apresenta-se acima
dos níveis críticos conforme (CFSEMG - Comissão de
Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais , 1999).
Estudos realizados em citros demonstraram que o uso de
fertilizantes de liberação lenta pode influenciar os teores de
nutrientes na folha (Obreza , 1993).
Para o teor de nitrogênio nas folhas, aos 157 dias, de
acordo com os dados apresentados na Tabela 2, o tratamento
controle apresentou menor concentração do elemento no
tecido foliar. Os tratamentos A (100%), B (75%), C (50%) e
D (Convencional) foram considerados estatisticamente
iguais quanto ao N foliar, evidenciando a capacidade do
fertilizante de liberação lenta em fornecer o nitrogênio ao
longo do período avaliado; conclui-se que com uma única
aplicação do fertilizante de liberação gradual é possível obter
os mesmos resultados quando comparado ao tratamento
aplicado em três parcelamentos, mesmo quando o Ciclus
NKS® forneceu doses inferiores de nitrogênio, desta forma,
o mesmo poderia ser adotado em menores doses,
melhorando sua relação custo e benefício. Salienta-se que há
uma economia significativa na operação de aplicação de
fertilizantes, e isto fica mais enfatizado quando se trata de
áreas com relevo acidentado, onde é impossibilitada a
mecanização dos tratos culturais nas lavouras de café.
Oliveira & Scivittaro (2002) relatam como vantagens na
utilização de fertilizantes de liberação lenta a redução dos
custos com mão–de–obra ou energia nas operações de
aplicação dos mesmos.
Tabela 1. Teores médios de nitrogênio, fósforo e potássio
nas folhas e o número de entrenós em função dos tratamentos
em cafeeiro em produção, aos 54 dias após aplicação. 2010.
Machado/MG.
-1
Teores de NPK (g kg )
Tratamentos
N
P
K
35,50 a 1,71 a 21,87 a
A
34,75 a 1,57 a 23,02 a
B
34,75 a 1,69 a 22,65 a
C
34,75 a 1,79 a 23,02 a
D
34,00 a 1,74 a 23,92 a
E
1,76
7,3
3,43
CV (%)
RE
RW
1,58 a
1,99 a
2,23 a
1,83 a
1,74 a
22,94
1,66 a
2,08 a
2,16 a
2,00 a
2,40 a
23,61
Médias seguidas por letras distintas, nas colunas, diferem
significativamente entre si, pelo teste de Scott Knott a 5% de
probabilidade.
A – 100%, B – 75%, C – 50% da dose fornecidos através do
fertilizante de liberação lenta; D – 100% da dose, fornecido
via uréia e cloreto de potássio; E – controle; RE – ramos
voltados à face leste, RW – ramos voltados à face oeste.
Comparando os dados com o nível crítico para o teor
foliar de nitrogênio, aos 54 dias, todos os tratamentos
mantiveram concentrações adequadas para a manutenção e
produção do cafeeiro (CFSEMG, 1999). Aos 157 dias, os
teores também são suficientes para manutenção dos
cafeeiros em produção, no entanto, esta época de avaliação
não é coincidente com os parâmetros propostos pelas
pesquisas (CFSEMG, 1999). A maior relevância agronômica
é dada pela relação dos teores obtidos com o nível crítico, e
analisando este aspecto, nas condições do ensaio, até o
momento, mesmo a testemunha se mostrou eficiente no
suprimento de N foliar aos cafeeiros, isso pode ter ocorrido
pelo fato de se tratar de um solo com alta fertilidade natural,
havendo, portanto, a necessidade de um maior tempo de
avaliações e que outros estudos sejam realizados em
diferentes condições destas analisadas.
O tratamento C (50%), mesmo não havendo diferença
significativa dos tratamentos A (100%) e B (75%), pode ser
considerado o de maior possibilidade de uso nestas
condições trabalhadas, uma vez que o mesmo é
caracterizado pela redução de 50% das doses de N e K2O
aplicado ao solo e, de uma única vez. Dessa maneira, a
eficiência da adubação nitrogenada mediante o uso de
fertilizante de liberação lenta pode ocasionar benefícios
ambientais: contribui para redução da poluição ambiental
pelo NO3 , atribuindo menor contaminação de águas
subterrâneas e superficiais (Shaviv, 2001); o autor sugere
ainda redução dos custos de produção.
Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.5, n.2, p.35-39, jun. 2011
37
Tabela 2. Teores médios de nitrogênio, fósforo e potássio
nas folhas e o número de entrenós em função dos tratamentos
em cafeeiro em produção, aos 157 dias após aplicação. 2010.
Machado/MG.
Tratamentos
A
B
C
D
E
CV (%)
Teores de NPK (g kg-1)
N
P
K
32,00 a 1,37 a 21,55 a
32,25 a 1,32 a 21,37 a
31,50 a 1,47 a 21,47 a
33,00 a 1,33 a 21,15 a
29,75 b 1,38 a 19,67 a
4,67
6,89
4,69
RE
RW
3,65 a
4,74 b
5,16 b
4,00 a
5,25 a
18,50
3,16 a
3,16 a
5,33 a
5,41 a
5,66 a
29,35
Médias seguidas por letras distintas, nas colunas, diferem
significativamente entre si, , pelo teste de Scott Knott a 5% de
probabilidade.
A – 100%, B – 75%, C – 50% da dose fornecidos através do fertilizante de
liberação lenta; D – 100% da dose, fornecido via uréia e cloreto de
potássio; E – controle; RE – ramos voltados à face leste, RW – ramos
voltados à face oeste.
Para as características de crescimento vegetativo, o
número de entrenós para o ramo voltado à face oeste (RW)
não houve diferença significativa nas épocas avaliadas
(Tabela 1 e 2). No entanto, na segunda avaliação realizada
aos 157 dias, houve diferenças para o ramo voltado à face
leste (RE), os tratamentos B (75%) e C (50%) apresentaram
melhores médias (Tabela 2). Estes dados reforçam a
capacidade do fertilizante de liberação controlada em
fornecer os nutrientes N e P para as plantas ao longo do
período avaliado. Conclui – se que com uma única aplicação
de 50% ou 75% com o fertilizante de liberação gradual é
possível obter os mesmos resultados quando comparado ao
tratamento aplicado em três parcelamentos (convencional),
mostrando a eficiência do fertilizante de liberação lenta no
crescimento de cafeeiros em produção.
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Conclusões
1. O produto Ciclus NKS® conseguiu manter os níveis de
N e K foliares adequados para a cultura do cafeeiro em
produção ao longo do período avaliado (157 dias após
aplicação).
2. A utilização do produto é uma alternativa a ser adotada
por parte dos cafeicultores, principalmente quando se tem o
problema de manejo ou deficiência de mão-de-obra.
3. Trabalhos com o mesmo objetivo devem ser
continuados e colocados em diferentes condições
ambientais.
Agradecimentos
Os autores agradecem ao apoio do CAFÉ BRASIL, da
EPAMIG e das agências de fomento em pesquisa: CNPQ e
Consórcio Pesquisa Café, pela concessão de bolsas de estudo
aos autores.
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Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.5, n.2, p.35-39, jun. 2011
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