Escola Secundária Ferreira Dias O Templo de Panteão Disciplina: História e Cultura das Artes Lúcia Vieira nº17 10ºT Introdução Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de História e Cultura das Artes, módulo 2 e aborda sobre um dos monumentos da Roma Antiga, ‘’Templo de Panteão (Pantheon)’’. Panteão ou Panteão de Agripa O Panteão, situado em Roma, Itália, também conhecido como Panteão de Agripa, é o único edifício construído na época greco-romana que, atualmente, se encontra em perfeito estado de conservação. Desde que foi construído que se manteve em uso: primeiro como templo dedicado a todos os deuses do panteão romano (daí o seu nome) e, desde o século VII, como templo cristão. É famoso pela sua cúpula. O Panteão original foi construído em 27 a.C., durante a República Romana, durante o terceiro consulado de Marco Vipsânio Agripa. Efectivamente, o seu nome está inscrito sobre o pórtico do edifício. Lêse aí: M.AGRIPPA.L.F.COS.TERTIUM.FECIT, o que significa: "Construído por Marco Agripa, filho de Lúcio, pela terceira vezcônsul". Corte do Panteão De facto, o Panteão de Agripa foi destruído por um incêndio em 80 d.C., sendo totalmente reconstruído em 125, durante o reinado do imperador Adriano, como se pode comprovar pelas datas impressas nos tijolos que fazem parte da sua estrutura. A inscrição original, referindose à sua fundação por Agripa foi, então, inserida na fachada da nova construção de acordo com uma prática habitual nos projetos de reconstrução devidos a Adriano, por toda a Roma. Tal como o nome o sugere, o Panteão de Roma foi dedicado a todos os deuses, ou,mais especificamente, às divindades planetárias que, em nú mero de sete, justificamos nichos com altares existentes no interior da c ella. Exteriormente, este edifício é formado por um tambor cilíndrico liso dequ arenta e quatro metros de diâmetro, sem decoração, que contém a cella do templo,coroada por uma cúpula de curvatura suave, rematada interior mente por uma série dedegraus concêntricos. A entrada no templo é ma rcada por um profundo pórtico,solução tradicional para os templos roma nos de planta retangular. Originalmente estepronaus apresentava um en vasamento alto ao qual se subia por largos degraus, noentanto, a subida do nível da praça soterrou este elemento arquitetónico. Para alémde co nstituir um átrio que resolve a transição enrte exterior e interior, este pórt ico detrês naves e oito colunas responde a uma vontade genuinamente r omana de criação de uma fachada monumental. ~ .No entablamento desta fachada, coroada por um amplo frontão, Adrian o mandou colocar uma inscrição deAgripa, aproveitada dos restos do edi fício anterior. À aparente desconexão entre os vários volumes exteriores e à sobrieda de da imagem exterior do templocontrasta a monumentalidade assumida pelo espaço interior, um dos momentos maiores da arquiteturaromana, no que toca à solução compositiva e estilística. Se, por um lado, tanto a planta circular como a cúpula foram já testadas noutros tipos de edifícios civis,como as termas ou mesmo em construçõ es religiosas, ganham aqui uma monumentalidade e qualidade espacial inusitadas No interior a cúpula não é abatida como aparenta quando vista de fora. De facto, espessura da sua paredevai diminuindo, por causa das cargas laterais, entre os seis e os dois metros no topo, definindo um perfilintern o perfeitamente circular. Para além do seu valor construtivo, enquanto te stemunho doaperfeiçoamento técnico da construção em tijolo e pedra pe los romanos, a cúpula tinha um sentidoeminentemente simbólico, repres entando a abóbada celeste. A parede do templo é articulada por oito nichos profundos, alternando a f orma retangular com asemicircular, cada um deles fechado por três colu nas. Sobre este nível e separado por uma cornija ergueseo tambor de suporte da cúpula, ritmado por aberturas retangulares. A cúpula apresenta uma sólida estrutura formada por cinco ordens de ca ixotões que apontam na direção aoóculo circular que a remata. O revestimento das paredes e do pavimento em mármore colorido conse rvamse tal como foram definidospelos romanos. Também originais são os cai xotões da cúpula, embora tenha desaparecido a camadadourada que a r ecobria. Nos inícios do século VII (em 609) o edifício foi consagrado como igreja recebendo a designação de SantaMaria dos Mártires, processo de aprop riação religiosa que foi responsável pela sua conservação durantemais d e dezoito séculos. Nesta altura os grandes nichos laterais foram redecor ados, recebendo imagenscristãs. Conclusão