Cultura Jornal Angolano de Artes e Letras 14 a 27 de Fevereiro de 2017 | Nº 128 | Ano V • Director: José Luís Mendonça • ECO DE ANGOLA HISTÓRIA Pág. 12 QUO VADIS, ÁFRICA? Á O reputado escritor e filósofo camaronês, Achille Mbembe explanou recentemente num colóquio em Dakar, que “A história de África baseia-se no que chamei de “circulações”. As nossas culturas foram produzidas ao longo do tempo pelo movimento, a multiplicidade e a junção de elementos aparentemente heterogéneos e incompatíveis. (…) Enfrentamos actualmente uma dupla penalização. Por todas as partes as fronteiras fecham-se, militarizam-se e um imenso desejo de apartheid submerge o mundo(...)” ARTE PO POÉTICA Pág. 3 CÓNEGO MA MANUEL ANUEL NUEL DAS NEVES UM DOS PALADINOS DO MODERNO NACIONALISMO ANGOLANO Prevê-se erguer estátua do nacionalista O cónego Manuel das Neves foi um dos maiores protagonistas das acções que culminaram, a 4 de Fevereiro de 1961, no início da luta armada de libertação de Angola, conforme as palavras de Jaime Araújo, antigo presidente da Liga Africana, na palestra que proferiu dia 4 de Fevereiro passado, no Golungo Alto. Em declarações à Angop, à margem da palestra, o nacionalista Lopo do Nascimento salientou que esforços estão a ser envidados para que seja erguida uma estátua do nacionalista Manuel das Neves na Liga Nacional Africana e na sua terra natal. Pág. 2 POEMA ARLINDO DE ARL BARBEITOS BARBEI pelos bur buracos da rrenda enda dos dias passam álacr álacres do mund mundo do esquecimen esquecimento ao país da indif indiferença bor boleta de luz borboletas LETRAS Kz 50,00 Págs. 4e5 “VIVER E MORRER EM ANGOLA” O LIVRO TRISTE DE PAULINO SOMA Viver e Morrer Viver Morrer em Angola Angola é um livro livro triste tr iste sobre sobre um tema tema igualmente igualmente triste: tr iste: a guerra! guerra! Se Se o quisermos quisermos reduzir reduzir a uma linha de síntese, síntese, diremos diremos que o livro livr o relata relata o sofrimento sofrimento das gentes gentes de Caconda, C aconda, município da província província da Huíla de onde é natural natural o autor, autorr, nos sobe-e-desces sobe - e - desces de uma guerra guerra com com vencedores v encedores precários precários e heróis heróis um ttempo, empo, mas que passadas semanas, semanas, meses ou anos, anos, estão transformados transformados em derrotados derrotados também eles. eles. GRAFITOS NA ALMA Págs. 9 e 10 DIVERSIFICAÇÃO DA ECONOMIA, O QU E SIGNIFICA? QUE Com C om a cr crise ise do petr petróleo óleo que se viv e a nív el in ternacional, e vive nível internacional, ccom om a rrecessão ecessão económica económica que se viv e em A ngola, o ttermo ermo vive Angola, usado,, nos que mais se ttem em usado últimos ttempos, empos, em nosso país é div ersificação. M as o que diversificação. Mas sig nifica, em ttermos ermos económieconómisignifica, diversificação? ccos, os, div ersificação? Quais Quais as implicações diversifiimplicaç ões de uma div ersificação da ec economia, onomia, ccomo omo um ttodo? odo? Div ersificar implica a Diversificar rrealização ealização de substituição de importações? impor tações?