ISSN 2237-5805 Anápolis é uma cidade de porte médio

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ISSN 2237-5805
Detalhe do talude de uma boçoroca de grandes proporções apresentando desmoronamentos, com risco de desabamento das casas adjacentes. Bairro São
Lourenço
Adriana Sousa do Nascimento1
A
nápolis é uma cidade de porte médio, considerada
uma das mais importantes de Goiás. Está situada na
Mesorregião do Centro Goiano e na Microrregião
de Anápolis, entre as coordenadas geográficas 16º05’30’’ e
16º29’49’’, de latitude sul, e 48º45’14’’ e 49º13’17’’, de longitude oeste. Com área de 917,011 Km², equivalente a 0,27%
do Estado, ocupa áreas elevadas com cotas de mais de 1.000m
na Serra dos Pireneus. Limita-se, ao norte, com os municípios
de Pirenópolis e Abadiânia; ao sul, com os de Goianápolis,
Leopoldo de Bulhões e Silvânia; a oeste, com os de Petrolina
de Goiás, Ouro Verde de Goiás, Nerópolis e Campo Limpo
de Goiás. No transcurso geo-histórico da estruturação do seu
quadro urbano, a organização espacial da cidade de Anápolis
passou por diversas transformações. O intenso dinamismo das
atividades humanas no espaço urbano do município resultou
em crescimento desordenado, com reais prejuízos ao ambiente
urbano. As dissociações entre o processo de crescimento do
município, e o processo de planejamento, levaram à apropriação indevida de domínios morfo-estruturais que possuem dinâmicas e propriedades físicas específicas. Nesse aspecto, os
impactos ambientais se multiplicaram ao longo do tempo, po-
tencializando problemas como a impermeabilização do solo,
a ocupação das encostas com loteamentos e edificações
destituídas de técnicas próprias para o local, a proliferação dos
depósitos de lixo em locais não apropriados, a contaminação
do lençol freático, os processos erosivos, os desmatamentos
em áreas de mananciais, o assoreamento, a poluição hídrica,
a implantação de obras de infra- estrutura mal dimensionadas para eventos pluviais extremos , levando ao rompimento
de canais pluviais, de esgotos, de pontes e calçamentos. Enfim, uma gama de danos que se agravam à medida que esses
processos se dão de forma não planejada, desrespeitando as
restrições impostas pela natureza. Frente a essas questões socialmente problemáticas de degradação da paisagem urbana,
que, conseqüentemente, deterioram a qualidade de vida da população anapolina, torna-se fundamental conhecer o papel das
políticas públicas que contemplem as diretrizes norteadoras
do processo de desenvolvimento sustentado, a ser promovido
localmente. A participação ativa da comunidade anapolina no
processo de desenvolvimento e recuperação das áreas atingidas pelos problemas que degradam e deterioram a paisagem
local é um grande passo no exercício da cidadania.
Adriana Sousa do Nascimento: Mestre em Geografia (UFG) Professora da UniEVANGÉLICA
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