Apostila – Filosofia – 6º ano Aula 1: O que é a Filosofia? Podemos dizer que a filosofia surge quando os seres humanos começam a exigir provas e justificações racionais que validem ou invalidem as crenças cotidianas. Por que racionais? Em primeiro lugar, porque racional significa argumentado, debatido e compreendido; em segundo lugar, porque racional significa que, ao argumentar, e debater, queremos conhecer as condições e os pressupostos de nossos pensamentos e os dos outros e; em terceiro lugar, porque racional significa respeitar certas regras de coerência do pensamento para que um argumento ou um debate tenham sentido, chegando a conclusões que podem ser compreendidas, discutidas, aceitas e respeitadas por outros. A primeira característica desta atitude filosófica é negativa, isto é, um dizer não aos “pré-conceitos”, aos “pré-juízos”, aos fatos e às ideias das experiências cotidianas, ao que “todo mundo diz e pensa”, ao estabelecido. A segunda característica da atitude filosófica é positiva, isto é, uma interrogação sobre o que das coisas, as ideias, os fatos, as situações, os comportamentos, os valores, nós mesmos. É também uma interrogação sobre o porquê e o como disso tudo e de nós próprios. “O que é?”, “Por que é?”, “Como é?”. A face negativa e a face positiva da atitude filosófica constituem o que chamamos de atitude crítica. Por que “crítica”? A palavra crítica vem do grego e possui três sentidos principais: 1) capacidade para julgar, discernir e decidir corretamente; 2) exame racional de todas as coisas sem preconceito e sem prejulgamento; 3) atividade de examinar e avaliar detalhadamente uma ideia, um valor um costume, um comportamento, uma obra artística ou científica. A atitude filosófica é uma atitude crítica a qual, como se observa, é inseparável da noção de racional, que vimos acima. Considerando estas características gerais da filosofia, podemos perceber que muitas características que são atribuídas à prática científica são, na verdade, características filosóficas. A busca pela verdade, pensamento racional, procedimentos especiais para conhecer fatos, aplicação prática de conhecimentos teóricos, correção e acúmulo de saberes: esses objetivos e propósitos das ciências não são científicos, são filosóficos e dependem de questões filosóficas. QUESTÔES 1- O que quer dizer a palavra crítica? 2- Quais são as três principais perguntas que caracterizam a atitude filosófica? 3- Por que a atitude filosófica é racional? Aula 2: O que é filosofar? Se deixarmos um pouco de lado os objetos com os quais a filosofia se ocupa, veremos que a atitude filosófica possui algumas características que são as mesmas, independentemente do conteúdo investigado. Essas características são: Perguntar o que é (uma coisa, um valor, uma ideia, um comportamento) – a filosofia pergunta qual é a realidade e qual é a significação de algo, não importa qual; Perguntar como é (uma coisa, uma ideia, um valor, um comportamento) – a filosofia indaga como é a estrutura ou o sistema de relações que constitui a realidade de algo; Perguntar por que é (uma coisa, uma ideia, uma valor, um comportamento) – por que algo existe, qual é a origem ou a causa de alguma coisa, de uma ideia, de um valor, de um comportamento. A atitude filosófica inicia-se dirigindo essas indagações ao mundo que nos rodeia e às relações que mantemos com ele. Pouco a pouco, descobre que essas questões pressupõem a figura daquele que interroga e que elas exigem que seja explicada a tendência do ser humano de interrogar o mundo e a si mesmo com o desejo de conhecêlo e conhecer-se. Em outras palavras, a filosofia compreende que precisa pensar sobre nossa capacidade de pensar. Por isso, pouca a pouco, as perguntas da filosofia se dirigem ao próprio pensamento: “O que é pensar?”, “Como é pensar?”, “Por que há o pensar?”. A filosofia torna-se, então, o pensamento interrogando-se a si mesmo. Chamamos este movimento de retorno da atitude filosófica ao próprio pensamento de reflexão filosófica. A reflexão filosófica é o movimento pelo qual o pensamento, examinando o que é pensado por ele, volta-se para si mesmo como fonte desse pensado. É o pensamento interrogando-se a si mesmo ou pensando-se a si mesmo. A reflexão filosófica é radical, pois vai à raiz do pensamento. Não somos, porém, somente seres pensantes. Somos também seres que agem no mundo, que se relacionam com outros seres humanos, com os animais, as plantas, as coisas, os fatos e acontecimentos, e exprimimos essas relações tanto por meio de linguagem e dos gestos como por meio de ações, comportamentos e condutas. A reflexão filosófica também se volta para compreender o que se passa em nós nessas relações que mantemos com a realidade circundante, para o que dizemos e para as ações que realizamos. Organiza-se em torno de trás grandes conjuntos de questões: 1- Por que pensamos o que pensamos, dizemos o que dizemos e fazemos o que fazemos? Isto é, quais são os motivos, as razões, e as causas para pensarmos o que pensamos, dizermos o que dizemos e fazermos o que fazemos? 2- O que queremos pensar quando pensamos, o que queremos dizer quando falamos, o que queremos fazer quando agimos? Isto é, qual é o conteúdo ou o sentido do que pensamos, dizemos e fazemos? 3- Para que pensamos o que pensamos, dizemos o que dizemos, fazemos o que fazemos? Isto é, qual é a intenção ou a finalidade do que pensamos, dizemos e fazemos? Essas três questões têm como objetos de indagação o pensamento, a linguagem, e a ação e podem ser resumidas em “O que é pensar?”, “O que é falar?” e “O que á agir?”. QUESTÕES 1- O que é e como é a reflexão filosófica? 2- Quais são os três conjuntos de questões que organizam a reflexão filosófica? Aula 3: Nascimento da filosofia – mito e filosofia Ordem e desordem fazem parte da formação do senso comum e dos processos da razão e, a partir desses conceitos, tratemos de efetuar uma avaliação social e histórica. Vivemos inseridos em certas ordens ou organizações (sociais, políticas, religiosas, econômicas), as quais não dependem de nossa escolha. Pensemos, pode ser que não exista desordem, mas ordens diferentes daquela que costumamos pensar que seja a ordem verdadeira, uma razão que nunca muda. É certo que as tradições, os mitos, e a religiosidade respondiam a todos os questionamentos. Contudo, essas explicações não davam mais conta de problemas, como a permanência, a mudança, a continuidade dos seres entre outras questões. Podemos afirmar que a filosofia nasceu de um processo de superação do mito, numa busca por explicações racionais rigorosas e metódicas, condizentes com a vida política e social dos gregos antigos, bem como do melhoramento de alguns conhecimentos já existentes, adaptados e transformados em ciência. ATIVIDADE Pesquise sobre um mito e diga, em suas palavras, o que você acredita que ele. Em seguida, reflita e escreva sobre a questão : Este mito é filosofia? Aula 4: Nascimento da filosofia – superando o mito O nascimento da filosofia pode ser entendido como o surgimento de uma nova ordem do pensamento, complementar ao mito, que era a forma de pensar dos gregos. Uma visão de mundo que se formou de um conjunto de histórias contadas de geração a geração por séculos e que transmitiam aos jovens a experiência dos mais velhos. Os mitos falavam de deuses e heróis de outros tempos e, dessa forma, misturavam a sabedoria e os procedimentos práticos do trabalho e da vida com a religião e as crenças mais antigas. Nesse contexto, os mitos eram um modo de pensamento essencial à vida da comunidade. As crenças que eles transmitiam ajudavam a comunidade a criar uma base de compreensão da realidade e um solo firme de certezas. Ao aliar crenças, religião, trabalho, poesia, os mitos traduziam o modo que o grego encontrava para expressar sua integração do sagrado e à vida coletiva. Os gregos a partir do século V a.C. viveram uma experiência social que modificou a cotidianidade grega: a vivência do espaço público e da cidadania. A cidade constituía-se da união de seus membros para os quais tudo era comum. O sentimento que ligava os cidadãos entre si era a amizade, a filia, resultado de uma vida compartilhada. As narrativas míticas tentavam responder as questões fundamentais, como: a origem de todas as coisas, a condição do homem e suas relações com a natureza, com o outro e com o mundo, enfim, a vida e a morte, questões que a filosofia desenvolveu no decorrer de sua história. A filosofia, por outro lado, trata de problematizar o porquê das coisas de maneira universal, isto é, na sua totalidade. Buscando estruturar explicações para a origem de tudo nos elementos naturais e primordiais (água, fogo, terra e ar) por meio de combinações e movimentos. Enquanto o mito está no campo do fantástico e do maravilhoso, a filosofia não admite contradição, exige lógica e coerência racional e a autoridade destes conceitos não advém do narrador como no mito, mas da razão humana, natural em todos os homens. ATIVIDADE Como foi o seu carnaval? Agora que você sabe o que é filosofia, reflita sobre os aspectos positivos e negativos desta festa. Aula 5: Razão filosófica e razão científica Tem-se comumente a ideia que o filósofo é aquele que pensa sobre coisas inúteis, abstratas, desconectadas da vida cotidiana e que não interessa à maioria das pessoas. Ao cientista, pelo contrário, atribui-se a imagem de um pesquisador em seu laboratório preocupado com problemas práticos, que realiza atividades úteis. No entanto, podemos questionar: até que ponto o saber filosófico não tem utilidade; e o quanto o saber científico está próximo das práticas? Quais são as diferenças entre a filosofia e a ciência? Com os gregos, a filosofia comporta todos os saberes: matemática, astronomia, geometria são exemplos de conhecimentos que surgiram juntamente com o questionamento filosófico. Na Idade Média, a filosofia torna-se um instrumento da teologia, isto é, uma vez que o conhecimento estava restrito aos homens religiosos, ciência é conhecimento inspirado, ou de origem divina. Na modernidade, filosofia e ciência seguem caminhos diferentes determinados por uma metodologia própria. O método determina a diferença de abordagem dos problemas em cada área e a lógica é o instrumento comum entre a ciência e a filosofia. A filosofia caracteriza-se pelo discurso racional, isto é, um método visa explicitar a relação entre particular e universal com o intuito de ampliar a compreensão do homem no mundo. ATIVIDADE Em suas palavras, explique a diferença entre ciência e filosofia. Aula 6: A questão do conhecimento: a filosofia e a esfera do logos Em nosso dia-a-dia formulamos uma série de opiniões a respeito de tudo que nos cerca. São descrições imprecisas ou relatos de fatos e acontecimentos abordados de maneira superficial cheio de opiniões, que geram uma infinidade de conceitos préconcebidos (preconceitos) os quais aos poucos vão se tornando parte do conhecimento popular. Contudo, nem todos os conhecimentos integrantes do senso comum são irrelevantes, já que partem da própria realidade, algumas concepções são de fato precisas, faltando a elas, sobretudo, o rigor, o método, a objetividade e a coerência típicas do senso crítico. (Quem nunca tomou um chá de camomila ou de erva cidreira para sentir-se melhor?) Na obra República de Platão, a questão da passagem do senso comum para o senso crítico ocorre no contexto da formação social e política do cidadão. O ideal de república platônica apresenta-se também um projeto pedagógico, por meio do qual os produtores encarregados do trabalho, os guardas que velam pelo bem público são formados para desempenhar estas funções sociais. Na pólis grega, a educação dos jovens era responsabilidade do Governo, os estudantes que se destacavam dos demais prosseguiam seus estudos e poderiam chegar a serem governantes após uma longa aprendizagem e uma rigorosa educação moral e intelectual. Um dos objetos desta educação é a superação do senso comum (o campo das opiniões) para o conhecimento crítico. No mito platônico o conhecimento progride do sensível para o intelectual, a inteligência vai do aparente para o essencial, do obscuro para o luminoso, sendo as Ideias, elas próprias, iluminadas pela fonte de toda luz, o Bem. Como se elabora o conhecimento crítico em Platão? A filosofia é a única forma de buscar por esse conhecimento? Para Platão, sim, uma vez que seja possível, com a metodologia apropriada, superar o nível das opiniões. ATIVIDADE Elabore um quadro comparando as características do senso comum com as características do pensamento crítico, a partir do texto. Aula 7: Ciência e Senso Comum De acordo com Vásquez (1968), o senso comum é um conhecimento prático, utilitário, sem ou quase sem nenhuma teoria, integrante da chamada cultura popular. Haveria algo no senso comum, em sua maneira de perceber o mundo que seja equivalente ao conhecimento científico? Com o nascimento da filosofia, os gregos foram aos poucos rompendo com o mito e a religião. Da mesma maneira o pensamento científico pretende romper com o senso comum. Assim, enquanto a primeira ruptura é imprescindível para constituir a ciência, a segunda deve transformar o senso comum em um conhecimento que chega a todas as camadas, depurado de seus preconceitos e pré-juízos. Com essa dupla transformação, o que se espera é um senso comum esclarecido e uma ciência coerente com as realidades sociais; um saber prático que dá sentido e orientação à existência e se apega à prudência para encontrar o bem comum. Depois de romper com senso comum, a ciência deve se transformar num novo e melhorado senso comum, combinando, assim, a praticidade do senso comum com o método e o rigor típicos da ciência e da filosofia. ATIVIDADE Defina, em suas palavras, o que é ciência, senso comum e filosofia. Aula 8: Ironia e Filosofia Observando o mundo à nossa volta, vemos que todos somos prisioneiros: os filhos dos vivem atrás das grades dos condomínios, cercados de seguranças; os filhos dos pobres são prisioneiros da violência nas ruas, nos sinaleiros, onde vendem bugigangas. E todos ouvem falar que a Sociedade Moderna é aquela que melhor realizou o ideal de liberdade. Como se pode entender neste contexto a afirmação da liberdade? Não é irônico que aqueles que se dizem livres por ter atingido o ideal de liberdade proposto pela sociedade capitalista sejam também prisioneiros do medo e da violência? O que podemos aprender com esta situação? Na praça pública, Sócrates interrogava os homens e instigava-os a refletir sobre si e sobre o mundo. Sócrates foi uma figura misteriosa, que questionava as pessoas que encontrava dizendo buscar a verdade. Conforme acentua Lefebvre, (1969, p. 11) “(...) voltando-se para fora e para o público, Sócrates interroga os atores para saber se eles sabem exatamente porque arriscam suas vidas, a felicidade ou a falta de felicidade (...)”, assim como a felicidade dos outros. Sócrates é aquele que chega de mansinho e, sem que se espere, lança uma pergunta que faz o sujeito olhar para si e perguntar: afinal, o que faço aqui? É isso o que realmente procuro ou desejo? A ironia tinha que ser acompanhada da maiêutica, isto é, o método socrático constituía-se de duas partes: a primeira mostrava os limites, as falhas, os preconceitos do pensamento comum e a segunda iniciava no processo de busca da verdadeira sabedoria. Numa situação de conflito e de incertezas o ironista, depois de realizar o exercício da desconstrução e da negatividade, deve ajudar as pessoas a darem a luz às verdades que, no entender de Sócrates, traziam dentro de si. O exercício do filosofar, a partir das verdades encontradas, abria caminhos para múltiplas possibilidades de escolha e ação. Com a ironia, ao trazer à tona os limites dos argumentos comuns, ao mostrar as contradições ocultas na ordem comumente aceita, ao revelar, ao abalar as certezas que fundavam o cotidiano, Sócrates convida ao filosofar como um processo metódico de elaboração de novos saberes. Ao afirmar que também ele nada sabia, queria apenas dizer que um novo caminho para chegar-se a uma nova verdade seria indispensável. Se ele soubesse esta nova verdade, ele não diria que nada sabia, pois apenas sabia o caminho, isto é, o começo do conhecimento e ele queria saber mais. Sócrates, por meio de sua atividade, mostra-nos que o exercício do filosofar é, essencialmente, o exercício do questionamento, da interrogação sobre o sentido do homem e do mundo. A partir dessa atividade Sócrates enfrentou problemas, foi julgado e condenado à morte. Na história, a filosofia questionadora incomoda o poder instituído, porque põe em discussão relações e situações que são tidas como verdadeiras. A filosofia procura a verdade para além das aparências. ATIVIDADE 1. Façam o exercício socrático da ironia e da maiêutica. a) Escolha um determinado assunto (política, religião, ciência, etc) e divida a sala em dois grupos. b) Um grupo se organiza para fazer perguntas irônicas a outro sobre o assunto escolhido. c) A partir das respostas o grupo deverá fazer novas perguntas e assim sucessivamente, de modo que quem responder sempre consiga dar uma nova resposta e quem perguntar consiga formular uma nova pergunta. Aula 9: A Ironia na Música A ironia não é privilégio da filosofia. Ela ocorre na literatura, na música, na comédia. Sua característica principal é remeter-se a uma determinada situação social para interrogá-la. Para entender a utilização da ironia na música podemos nos remeter a um período histórico do Brasil bastante recente. O período da ditadura militar que foi de 1964 a 1984. Durante boa parte desta fase de nossa história os cidadãos eram proibidos de expressar seus pensamentos a respeito da política, da economia e até da sexualidade. Neste período as obras de arte como filmes, novelas e músicas eram censuradas pelo poder público. Assim como Sócrates na Grécia antiga, no Brasil muitas pessoas foram presas, exiladas e mortas por insistirem em defender o direito a liberdade de pensamento. Como Sócrates, algumas músicas utilizaram a ironia como forma de questionar aqueles que se afirmam pelo poder da força física e não pela qualidade de seus argumentos. Podemos citar Chico Buarque de Holanda, cantor e compositor que no período da ditadura utilizou a música como forma de se engajar na luta contra a ditadura. A esse tipo de música podemos denominar “arte engajada”. A música “Acorda amor” é um exemplo do engajamento da arte nas questões sociais e políticas do Brasil. Música: Acorda Amor “Acorda amor Eu tive um pesadelo agora Sonhei que tinha gente lá fora Batendo no portão, que aflição Era a dura, numa muito escura viatura Minha nossa santa criatura Chame, chame, chame lá Chame, chame o ladrão, chame o ladrão” Composição: Leonel Paiva/Julinho da Adelaide (Chico Buarque de Holanda). PESQUISA 1. Pesquise e obtenha a letra da música “Acorda Amor” de Leonel Paiva e Chico Buarque. Se possível, encontre também a música para ser ouvida em sala de aula. 2. A música “Acorda amor” tem dois sentidos, um real e outro aparente. Quais são os sentidos e qual o papel da ironia na ocultação e na revelação deles? 3. Pesquise outras músicas e estilos de música onde a ironia está presente. Traga para ser ouvida e discuta-a em sala de aula. Aula 10: Estudo Dirigido 1- O que quer dizer a palavra crítica? 2- Explique o que é a Filosofia 3- O que é e como é a reflexão filosófica? Explique suas características. 4- O que é um Mito? Dê exemplo de um mito e faça seu relato 5- Qual a diferença entre senso comum, Filosofia e Ciência? 6- Qual a relação entre ironia e Filosofia? 7- Escolha um assunto que esteja sendo comentado pelos jornais, pela televisão ou internet e faça um exercício de reflexão filosófica sobre este assunto.