Turismo e novas tecnologias digitais: a experiência da

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Salvador - 10 e 11 de outubro de 2012
TURISMO E NOVAS TECNOLOGIAS DIGITAIS: A EXPERIÊNCIA DA
CONSTRUÇÃO DE UM BLOG SOBRE COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
EM ARACAJU
Fernanda Meneses de Miranda Castro1
Dayseanne Teles Lima2
RESUMO: Este trabalho teve como objetivo geral relatar a experiência de produção de um
blog que analisou a percepção dos turistas sobre o turismo cultural na Grande Aracaju. Para
tanto foi realizada uma pesquisa bibliográfica sobre turismo cultural, comportamento do
consumidor no turismo, cultura digital e inteligência coletiva e foi feita uma pesquisa
exploratória onde foram aplicados questionários com turistas na Grande Aracaju e entrevistas
semi-estruturadas com os produtores do blog. A pesquisa concluiu que o turismo cultural na
Grande Aracaju ainda é incipiente e que o potencial colaborativo das redes sociais também
pode ser utilizado mais adequadamente pelos internautas.
Palavras-chave: turismo cultural, redes sociais, marketing, comportamento do consumidor no
turismo.
1 Introdução
O turismo cultural advêm das palavras turismo e cultura. Não obstante, o Ministério
do Turismo (2006) considera que o turismo cultural compreende as atividades turísticas
relacionadas à vivência do conjunto de elementos significativos do patrimônio histórico e
cultural e dos eventos culturais, valorizando e promovendo os bens materiais e imateriais da
cultura. Assim, pode-se inferir que a definição de turismo cultural depende da motivação do
turista em vivenciar o patrimônio histórico e cultural através de experiências e buscar
conservá-los faz parte dessa atividade. Para o turista cultural é necessário conhecer o que esta
sendo visitado e buscar experiências relacionadas aos objetos de visitação.
O princípio do turismo cultural é ressaltar a cultura como atrativo. Nesse sentido, o
papel da comunicação é muito relevante visto que o turismo acaba sendo uma prova de que o
mundo interconectado demanda a diferença e não a homogeneização. Ruschmann (1994, p.
12) afirma que a geração pós-industrial quer “experiências diferentes”, o que é denominado
como “necessidade de testemunho”. A busca por si mesmo no contato com o outro, o gosto
pelo diferente, a procura pelo exótico, a fuga do cotidiano, a garimpagem de novos aromas e
sabores, o vislumbrar do patrimônio cultural material e imaterial passam a ser motivos
destacados para o convencimento do deslocamento do turista.
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Universidade Federal de Sergipe, [email protected]
Universidade Federal de Sergipe, [email protected]
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Igualmente, na atualidade visualiza-se, mais do que nunca, um vasto conjunto de
ferramentas tecnológicas que nos permitem reinventar formas de expressão, de conhecimento
e comunicação. Nesse cenário, uma das formas mais crescentes de comunicação virtual é a
partir de blogs e redes sociais. Essas redes, indubitavelmente, são elementos não apenas de
contatos sociais, mas, sobretudo, são eficientes instrumentos de propagação de ideologias,
cultura e identidades. No caso do turismo, o uso das redes sociais permite além da divulgação
dos destinos, o compartilhamento de opiniões e a “comunicação coletiva”. Do mesmo modo,
percebe-se que o desenvolvimento dos estudos de comunicação intercultural tem avançado à
medida que se ampliam no mundo as redes conectivas que velozmente aproximam grupos
humanos que até recentemente valiam-se da distância como manto protetor das
singularidades. A proximidade física ou virtual alertou a todos quão largas são essas
diferenças. Portanto, o turismo se tornou um fenômeno especial e complexo da comunicação
humana.
Não obstante, segundo Fernandes (2010), a cultura digital é um objeto de estudo
emergente e representa a intersecção entre comunicação e cultura, onde se conectam os
suportes técnicos (tecnologia da informação e comunicação) e suas mensagens (os
conteúdos). Apesar de recente, este conceito traz em voga a democratização da informação.
Também chamada de cibercultura por alguns autores, a cultura digital, segundo Lemos
(2009), instaurou um novo modelo de indústria cultural: a crescente troca e processos de
compartilhamento de diversos elementos da cultura a partir das possibilidades abertas pelas
tecnologias eletrônico-digitais e pelas redes telemáticas contemporâneas.
A partir dessa análise entende-se a importância da atividade turística enquanto
difusora e propagadora de intercâmbios culturais. Nesse cenário, a cultura digital torna-se um
instrumento de percepção do outro, visto que o turismo pressupõe a busca do diferente,
desigual e principalmente da experimentação de distintos modos de vida. Desse modo,
percebe-se a importância do estudo do comportamento do consumidor no turismo. A partir do
conhecimento das expectativas dos turistas, principalmente em relação à cultura local, os
destinos turísticos podem organizar-se de modo a atender às expectativas dos seus visitantes
oferecendo o que eles tem de melhor: a sua autenticidade, a sua identidade, a sua cultura.
Percebendo tal importância, esse estudo teve como objetivo relatar a experiência de
produção de um blog que analisou a percepção dos turistas sobre o turismo cultural na Grande
Aracaju. Como objetivos específicos pretendeu-se apontar a importância da cultura digital
para o fomento do turismo, compreender o papel cultural que as redes sociais desempenham
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na internet enquanto instrumento de partilha e democratização de informações e descrever o
perfil do turista cultural na Grande Aracaju.
Para tanto foi realizado um estudo teórico sobre Turismo Cultural e Cultura Digital e
sobre o Comportamento do Consumidor no Turismo. Também foi realizado um estudo
exploratório, onde se buscou descrever o cenário do Turismo Cultural em Aracaju a partir de
uma contextualização histórica dos seus principais atrativos turísticos e entrevistas com 120
turistas na tentativa de identificar a percepção dos mesmos sobre o Turismo Cultural na
cidade. Também foram entrevistados os produtores do blog, quando se procurou averiguar
como foi a experiência de produzir o blog e como eles perceberam a partilha e
democratização das informações.
2 Turismo Cultural e Cultura Digital
Na cibercultura, as tecnologias de comunicação fazem uma relação com as
informações e a cultura, dando uma nova perspectiva da sociabilidade. A internet é,
indubitavelmente, um destes meios mais democráticos de acesso e divulgação de informações
e a cultura aqui esta entendida como um campo de criação, produção, gestão, preservação,
formação, difusão, consumo e reflexão sobre instituições, ideários, práticas e bens simbólicos.
Isto é uma constelação de entes sociais que objetivam, de modo precípuo, a conformação de
significados e sentidos para a vida em sociedade (RUBIM, 2003).
Levy (1999, p. 17) define cibercultura como “o conjunto de técnicas (materiais e
intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se
desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço”. Sendo o ciberespaço o meio de
comunicação que surge da interconexão mundial dos computadores. Transformando a
sociedade e a forma como é produzida/consumida a cultura, que deixa de estar atrelada a uma
política de identidade e passa a ser considerada valor.
O turismo é também um encontro, um fenômeno de consumo e interação simbólica.
Percebe-se que para o turismo, há duas funções sociais exercidas por esses símbolos: a de
representar ou auxiliar na construção de uma possível identidade cultural e a função
econômica de contribuir com a receita da comunidade, que não teria tamanha preocupação
com a criação da primeira, mas sim com a concretização do lugar turístico.
Não obstante, o Ministério do Turismo, ciente da importância da identidade cultural
para o fomento ao turismo no país criou um documento com orientações sobre o
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desenvolvimento do Turismo Cultural através da sua Secretaria de Políticas Públicas para o
Turismo, o qual defende a importância comercialização e promoção dos destinos. Para o
MTur
A identidade cultural da região é um fator relevante na composição desta marca já
que se trata de uma característica peculiar da região, capaz de identificá-la
imediatamente, muitas vezes. Ao posicionar um destino recomenda-se uma
cuidadosa análise da mensagem a ser transmitida evitando-se a utilização de
estereótipos e outras linguagens que reduzam a real amplitude e valor das culturas
que estão sendo promovidas.(...). Nesse processo, o planejamento de marketing
define, entre outros, as estratégias de comunicação e divulgação do local ou região,
constando os tipos de materiais a serem desenvolvidos, conteúdos, mensagens,
ilustrações, entre outros aspectos (BRASIL, 2006, p. 31).
O Mtur, neste mesmo documento, ainda enfatiza o papel da internet. Para o Ministério
as novas tecnologias, principalmente a internet, oferecem resultados efetivos na promoção e
comercialização de produtos de Turismo Cultural, já que permitem que as informações sejam
constantemente atualizadas e propagadas. Nesse cenário, o uso das redes sociais se configura
como uma eficiente ferramenta de divulgação, visto que democratiza o acesso às informações.
Desse modo, a internet e as redes sociais podem exercer o papel de esfera pública ampliada e
representar um espaço de interlocução duradouro e não mediado entre a sociedade civil e o
poder público e esta interlocução pode ser feita a partir da cultura digital.
Para Carvalho Junior (2009), a Cultura Digital é um termo novo, emergente que vem
sendo apropriado por diferentes setores e incorpora perspectivas diversas sobre o impacto das
tecnologias digitais e da conexão em rede na sociedade. Para este autor, este novo “sistema
operacional” da cultura estaria apto a promover ao mesmo tempo criatividade, produtividade e
liberdade, satisfazendo igualmente às demandas tanto de indivíduos quanto de coletividades.
Com o advento de instrumentos de colaboração ubíquos, instantâneos e baratos, torna-se
possível fomentar espaços de debate e construção coletiva onde modelos de coordenação
pública descentralizada podem criar soluções inovadoras para as questões apresentadas pelo
século XXI.
No Brasil, a ideia do Ministério da Cultura (MinC), segundo Prado (2009) era pensar a
questão do digital como questão cultural. A política para a cultura digital no MinC explora,
essencialmente, três frentes principais (FERNANDES, 2010): estímulo a criação de um pólo
de conteúdos digitais nacionalmente, a disponibilidade de acervos culturais dentro de um
suporte digital e a disseminação de uma “cultura de uso” dentro do governo. Percebe-se que a
lógica da “cultura de uso” aposta num processo político inovador que explora o potencial
colaborativo das redes sociais e os fluxos contínuos e descentralizados de informação para a
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formulação e discussão das políticas públicas. Nesse sentido, a internet exerce um papel
fundamental enquanto esfera pública ampliada, representando um espaço de interlocução
permanente e não mediado entre poder público e sociedade civil.
Não obstante, a atual interconexão globalizada entre a sociedade tem convidado
muitos teóricos a refletirem sobre suas implicações no conjunto das relações individuais e ao
mesmo tempo na forma como os coletivos se comportam quando se constituem como redes de
alta densidade. Assim, a contemporaneidade percebe a seguinte situação: as pessoas vivem
em rede, interconectadas com um número cada vez maior de pontos e com uma frequência
que só faz crescer. A partir disso, torna-se nítida a vontade de entender melhor a atividade
desses grupos, a forma como ideias e comportamentos se distribuem, o modo como as
informações convergem de um ponto a outro do planeta etc. A explosão das comunidades
virtuais parece ter se tornado um verdadeiro desafio para essa compreensão.
Tal fato é reiterado por Castells (2006) que defende que a cultura é mediada e
determinada pela comunicação e as próprias culturas, ou seja, os sistemas de crenças e
códigos historicamente produzidos são transformados de maneira fundamental pelo novo
sistema tecnológico e o serão ainda mais com o passar do tempo. O autor ainda defende que a
humanidade vive atualmente a “cultura da virtualidade real” mediada por interesses sociais,
políticos e governamentais.
Não obstante, percebe-se que a comunicação mediada pela internet é um fenômeno
social recente e as pesquisas acadêmicas ainda não alcançaram conclusões sólidas sobre o seu
significado social. Porém, a partir de 1990, a internet favoreceu a criação de comunidades
virtuais, que reúnem pessoas on line ao redor de valores e interesses em comum. Para Castells
(2006) citando Rheingold (1996), entende-se comunidade virtual como uma rede eletrônica
autodefinida de comunicações interativas e organizadas ao redor de interesses ou fins comuns,
embora às vezes a comunicação se torne a própria meta. Tais comunidades podem ser
formalizadas, como no caso dos fóruns ou formadas espontaneamente por redes sociais que se
conectam a rede para enviar e receber mensagens. Ele antecipou que “as mentes coletivas
populares e seu impacto no mundo material podem tornar-se uma das questões tecnológicas
mais surpreendentes da próxima década” (p.142).
Entretanto, em 1976, o pesquisador americano Murray Turoff, idealizador do sistema
de intercâmbio de informação eletrônica (EIES), ponderando o ponto de partida das atuais
comunidades on line, pressagiava que a conferência por computador poderia munir os grupos
humanos uma forma de praticarem a capacidade de „inteligência coletiva‟. Segundo ele, um
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grupo bem sucedido exibirá um grau de inteligência maior em relação a qualquer um de seus
membros (Turoff, 1976 apud Rheingold, 1996). Surgia então a ideia de que a interconexão de
computadores poderia dar nascimento a uma nova forma de atividade coletiva, centrada na
difusão e troca de informações, conhecimentos, interesses etc. Rheingold (1996) lembra que
as comunidades virtuais abrigam um grande número de profissionais, que lidam diretamente
com o conhecimento, o que faz delas um instrumento prático potencial. As comunidades
virtuais estariam funcionando, portanto, como verdadeiros filtros humanos inteligentes.
Nesse sentido, as redes digitais representam hoje um fator determinante para o
entendimento da propagação de novas formas de redes sociais e da ampliação de capital social
em nossa sociedade. Depoimentos como os de Howard Rheingold (1996), por exemplo, vem
confirmando que a sinergia entre as pessoas via web, dependendo do projeto em que estejam
envolvidas, pode ser multiplicada com enorme sucesso. Pierre Lévy (2002) também tem
apoiado a participação em comunidades virtuais como um incentivo à formação de
inteligências coletivas, às quais os indivíduos podem recorrer para trocar informações e
conhecimentos. Fundamentalmente, ele entende o papel das comunidades como o de filtros
inteligentes que auxiliam a lidar com o excesso de informação, mas igualmente como um
mecanismo que nos abre às visões alternativas de uma cultura. Ou seja, uma comunidade
virtual, quando convenientemente organizada, representa uma significante riqueza em termos
de conhecimento distribuído, de capacidade de ação e de potência cooperativa.
3 Comportamento do Consumidor no Turismo - breves considerações
O consumidor possui um papel imprescindível na economia. A partir do momento em
que sai a procura de um produto/serviço, que realiza a compra, faz o uso do mesmo e avalia o
resultado final, ele mobiliza toda estrutura econômica ao seu redor: quantidade de produtos
fabricados, qualidade, veículos de divulgação, enfim, tudo que parte da fabricação até a
chegada do produto em mãos dos compradores finais. Desta forma, o consumo é mais do que
um fenômeno econômico, é uma questão cultural e social; principalmente porque não existe o
consumidor isolado, os desejos e as escolhas fazem parte de um contexto onde o indivíduo
esta inserido.
A divulgação, propagandas, publicidade, então, fazem parte do que é definido como
mix de marketing, onde a prioridade é satisfazer as necessidades dos clientes. Uma vez
entendendo o cliente, é possível criar produtos e serviços e promovê-los de maneira eficiente.
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[…] o marketing envolve construir relacionamentos lucrativos e de valor com os
clientes. Assim, definimos marketing como o processo pelo qual empresas criam
valor para os clientes e constroem fortes relacionamentos com eles para capturar seu
valor em troca (KOTLER; ARMSTRONG, 2007, p.4).
E, para que este relacionamento aconteça de maneira eficiente, existem processos que
precisam ser observados. Como reiterado por Kotler e Armstrong (2007), funciona com cinco
passos que, basicamente, constituem-se de: entender o cliente, criar valor para os mesmos,
construir um forte relacionamento com ele e, por fim, colher os frutos da criação de valor
superior para o cliente. O marketing turístico, a princípio, não difere do conceito apresentado,
entretanto foram elaboradas observações e definições diferenciadas relacionadas ao produto
turístico, como afirmado por Ruschmann (1991, p.26):
Em seus princípios básicos, o marketing turístico não difere daquele utilizado para
qualquer outra mercadoria. [...] Para descrever os mercados turísticos, podemos e até
usamos o mesmo vocabulário. Não poderemos, porém, fazê-lo, quando se trata de
descrever o produto turístico, [...].
A análise do comportamento do consumidor no turismo requer o resgate de uma série
de fatores intrínsecos ao profissional de turismo e que embasam a compreensão de como se
comporta o turista, o turismo e por fim, o marketing turístico. Para entender como se
comporta o cliente turista faz-se necessário, por exemplo, diferenciar os diversos tipos de
turismo – turismo cultural, turismo de lazer, turismo de negócios, turismo científico, turismo
de saúde, turismo de elite, turismo emissor, turismo receptor, turismo de massa, turismo
popular e uma série de outras definições relacionadas ao turismo.
Desse modo, aspectos como mercados consumidores e comportamento do consumidor
de produtos e serviços também embasam este conhecimento. O marketing busca, em sua
essência, entender o cliente. Um dos objetivos da função de marketing é entender o
consumidor tão bem quanto o produto ou o serviço que a empresa deseja vender a ele. Assim,
os modelos de comportamento do consumidor, vistos como processos de estímulo e resposta,
levam em consideração fatores sociais, culturais, pessoais e psicológicos. Existem vários
modelos que definem o comportamento do consumidor, mas, resumidamente, a maioria deles
leva em consideração o processo de decisão de compra, baseados em fatores culturais, fatores
sociais, fatores e, por fim fatores psicológicos. No caso do turismo, existe uma adaptação de
modelos genéricos ao comportamento do consumidor turista. Entretanto, o consumo turístico
enfatiza o produto turístico, a motivação turística e a experiência turística e suas
características como inseparabilidade, intangibilidade, heterogeneidade e inexistência de
propriedade. O turismo traz prosperidade, cultura, expectativas. Geralmente, os turistas
chegam e partem e não atentam aos impactos turísticos causados na comunidade visitada.
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Assim, o crescimento do número de turistas acarretou o aumento da responsabilidade da
indústria do turismo para com as localidades visitadas. Desse modo, atualmente percebe-se
que os turistas são mais conscientes com a sua relação com o meio ambiente.
Portanto, analisar o comportamento do consumidor no turismo significa não apenas
receber um número cada vez maior de turistas, apenas visando lucros em curto prazo.
Significa que o novo modelo de turista esta adaptado às necessidades sociais, culturais e
ambientais do turismo e das localidades visitadas.
Igualmente, existem turistas que procuram experimentar o lugar, sua cultura, tendo
assim interesses característicos. As destinações turísticas também podem ser consumidas
levando-se em consideração a padronização do local e do tipo de serviço oferecido, exercendo
grande poder de atratividade, levando a esse local um maior número de pessoas, um fluxo
intenso, definido por turismo de massa.
Para Talaya (2004), há um perfil tradicional de turistas, que com o passar do tempo e
das diversas adaptações ocorridas, levando-se em consideração principalmente às inovações
científicas e tecnológicas, darão origem a novos perfis de turistas, como também a uma maior
segmentação de mercados e de destinos turísticos. O referido autor afirma que os aspectos que
motivavam a viagem mudaram. Um exemplo é o destino de sol e praia, considerado dentro
das opções de motivação tradicional, que agora passa a ser substituído por diversos outros
tipos de destinos, com características distintas desta. Essas mudanças de comportamento estão
alterando a estrutura do comportamento de mercado, que tenta se adaptar, segmentando-se em
função da diversidade distinta da nova demanda.
Assim, a indústria do turismo é especializada em atrair e persuadir os consumidores
para comprar seus produtos e serviços, valendo-se principalmente do uso do imaginário, do
lúdico, do marketing em geral e da descrição plena da magia para seduzir os clientes.
Entretanto, de acordo com Swarbrooke e Horner (2002), a indústria do turismo deveria deixar
de pensar no volume de vendas e voltar-se para a qualidade das experiências que os turistas
trazem ao regressarem de suas viagens.
Ademais, as pesquisas sobre o comportamento do consumidor são um instrumento
altamente eficiente para conhecer os fatores motivadores que influenciam a escolha do
consumidor. Apesar de a sociedade estar participando de uma quebra de paradigmas em
relação ao consumo turístico – o surgimento do cidadão consumidor – deve-se pensar em
consumo turístico sustentável; quem sabe a criação de um código de ética para que os
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visitantes se comportem de forma mais harmônica com as normas dos países visitados. Mais
uma missão para os profissionais de turismo.
4 O Turista e o Turismo Cultural em Aracaju a partir da experiência do blog
Como o objetivo principal deste trabalho foi objetivo relatar a experiência de produção
de um blog que analisou a percepção dos turistas sobre o turismo cultural na Grande Aracaju,
faz-se necessária a apresentação das etapas da pesquisa para a maior compreensão. Desse
modo, entende-se que essa pesquisa é considerada qualitativa e exploratória. Exploratória,
pois “consiste em descobrir novas ideias e novas perspectivas” (SCHLÜTER, 2003, p.72), ou
seja, tais estudos permitem uma maior flexibilidade na elaboração dos problemas e
comprovações das hipóteses. É qualitativa, pois o foco esta na interpretação dos dados e não
em sua quantificação. De acordo com Moreira (2004, p. 57), esta pesquisa esta mais
preocupada na interpretação dos entrevistados a respeito do problema demonstrado do que
com definições exatas de um resultado. “O comportamento das pessoas e a situação ligam-se
intimamente na formação da experiência”, além de que “admite-se que o pesquisador exerce
influência sobre a situação de pesquisa e é por ela também influenciado” (Idem, p. 57). Desse
modo, essa pesquisa foi estruturada sob procedimentos metodológicos de construção
descritivo-explicativa onde se buscou privilegiar a dimensão descritiva dos fenômenos em
análise.
A seguir estão descritas as etapas da pesquisa. Após a decisão sobre a construção do
blog, a equipe selecionou os locais que seriam pesquisados e dividiu-se em grupos para fazer
a pesquisa de campo. Assim, foram escolhidos quatro atrativos e elaborados os questionários
para aplicar com os turistas (120 turistas entrevistados o total). Desse modo, as áreas de
estudo dessa pesquisa foram: o Centro Histórico de São Cristóvão, por ser a quarta cidade
mais antiga do país e ser primeira capital de Sergipe; a Praça São Francisco, localizada no
Centro Histórico da cidade, considerada um Patrimônio Cultural da Humanidade pela
UNESCO desde 2010; a Orla de Atalaia, localizada em Aracaju, que concentra o parque
hoteleiro e os principais atrativos da cidade; o Centro Histórico da cidade e os Mercados
Centrais de Aracaju, estes dois últimos por serem as principais representações da cultura nos
destinos turísticos e os locais que os turistas geralmente não deixam de visitar quando viajam
a lazer.
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Ao final de cada etapa da pesquisa o grupo produtor do blog reunia-se para definir
como as informações seriam disponibilizadas no blog. Havia uma preocupação com a
linguagem, pois estava sendo realizada uma pesquisa empírica, entretanto, o blog objetivava
atingir um público que não necessariamente teria interesse em um sitio acadêmico. O desafio
da equipe era conseguir transformar os dados científicos em um texto que não aparentasse ser
técnico e que dificultasse a compreensão dos futuros leitores.
No Centro Histórico de São Cristóvão, as pesquisas revelaram que a maioria dos
visitantes é de Sergipe. Vários grupos de escolas e faculdades com o objetivo de conhecer um
pouco mais a Praça São Francisco, considerada Patrimônio Cultural da Humanidade. A maior
motivação do visitante é conhecer o monumento, o patrimônio artístico, arquitetônico, de
valor histórico e religioso. Com relação ao patrimônio e à cultura, percebeu-se que o visitante
de São Cristóvão tem alta motivação cultural, principalmente em função da recente titulação
do novo Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Boa parte dos entrevistados tinha ido para fazer
trabalhos acadêmicos ou por não terem outra opção de lazer. Entretanto, percebeu-se também
que as pessoas desconhecem o sentido de preservação, conservação, tombamento. Nesse
sentido, foi observado que os sergipanos não reconhecem elementos identitários na sua
região. Entretanto, quando visitam outras cidades, comparam e identificam na sua cidade
certos elementos signos que o identificam e o fazem sentir parte da história e memória
daquela localidade. Os visitantes de outros estados parecem valorizar muito mais. Vêem no
Centro Histórico de São Cristóvão e mais especificamente na Praça São Francisco beleza,
organização, chegando a chamá-la de “museu ao céu aberto”.
Já nos Mercados Municipais, chamou à atenção a origem dos entrevistados. A maioria
deles era do Sudeste e em segundo lugar da Bahia. Os visitantes eram em média de idade
adulta. O fato que mais chamou a atenção dos entrevistados foi a estrutura dos mercados.
Elogiaram a parte arquitetônica, entretanto houve fortes críticas quanto à conservação do
espaço. Comentaram também que se sentiam seguros dentro dos mercados, mas que a limpeza
deixava a desejar.
Outro fator de queixa e insatisfação foi o atendimento no local. No ato da entrevista
chegaram a pedir para anotar como observação fatores relacionados ao atendimento. Segundo
os turistas, Aracaju é um destino bom, mas deixa a desejar no acolhimento aos turistas e
visitantes. Constatou-se também que a maior motivação dos visitantes dos Mercados Centrais
de Aracaju era conhecer a representação da cultura aracajuana. Então, alguns deles sugeriram
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apresentações permanentes de grupos folclóricos e culturais. Os visitantes ficaram muito
satisfeitos com a variedade de artigos de identidade e cultura local.
Quanto à Orla de Atalaia, a pesquisa constatou que, para eles, a Atalaia representa o
turismo em Aracaju. Baianos em sua maioria, com a visão sobre turismo cultural bem restrita
por dois motivos: ficam pouco tempo, geralmente um ou dois dias e porque eles não saem da
orla da Atalaia, já que ficavam hospedados nos hotéis de lá. Ou seja, boa parte dos visitantes
entrevistados não conhece os atrativos culturais da cidade. As atividades realizadas por eles
restringem-se à caminhadas pela orla, city tours e visitas aos mercados centrais.
Quase 100% dos entrevistados no Centro Histórico eram turistas de pacotes de
agências de viagens que vem a Aracaju e conhecem apenas os principais pontos turísticos.
São aqueles chamados turistas de massa, que se deslocam via aérea, hospedam-se em hotéis e
compram passeios e city tours, ou seja, ficam restritos à cidade “formatada para o turista”.
Nessa fase da pesquisa ainda foram entrevistados alguns profissionais da área, onde se
buscou informações sobre o turismo cultural – aspectos conceituais e estudos sobre o turismo
cultural em Aracaju – e sobre o comportamento do consumidor no turismo. As entrevistas
serviram, sobretudo, para elucidar a compreensão de quem fosse ler o blog a respeito dos
temas e para embasar os questionários aplicados nos turistas.
Na segunda etapa da pesquisa, como já fora colocado, foi realizado entrevistas semiestruturadas com os produtores do blog. As questões foram elaboradas baseadas no aporte
teórico e buscaram relacionar a experiência da construção do blog com as Redes Sociais e
Identidade Coletiva.
Assim, cada grupo de perguntas foi analisado individualmente. As respostas foram
lidas e retiraram-se as principais expressões e palavras-chave e analisado o seu significado.
Por fim, foi realizada uma análise geral. A primeira questão buscou relacionar as redes sociais
e a identidade coletiva. Os produtores do blog foram indagados sobre a percepção do blog
enquanto instrumento de troca de informações e conhecimento. Esperava-se que as respostas
relacionassem as redes sociais ao conhecimento distribuído, a capacidade de ação e de
potencia colaborativa, como colocam Castells (2006), Rheingold (1996), Levy (2002). As
respostas, de fato, refletiram o que estes estudiosos já haviam colocado, visto que os
produtores do blog responderam que o blog foi uma ferramenta dinâmica e criativa de
pesquisa, através do qual foi possível propagar o conhecimento acadêmico construído,
interagir com grupos diversos como os próprios produtores do blog, eventuais turistas e
comunidade sergipana e um canal de informações, como afirmou um dos entrevistados.
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Enquanto um instrumento de comunicação, o blog, sob minha perspectiva, serviu
como meio ou canal, entre os produtores e a sociedade, uma vez que foi possível
comunicar à sociedade o que era produzido, à medida que a mesma podia colaborar
para a construção do perfil do turista cultural através de comentários e eventuais
pesquisas e enquetes (E1)3·.
Na segunda questão, relacionada à construção do saber turístico, perguntou-se se eles
consideravam o blog como instrumento educativo e por que. A ideia era que os entrevistados
vislumbrassem a interação entre os novos instrumentos de partilha e democratização de
informações e as redes sociais, ou seja, um espaço aberto, mais amplo de troca de
experiências e que também incluísse turistas e população local. Percebeu-se que os produtores
do blog, de fato, entenderam a criação do blog como um instrumento educativo, pois eles
responderam que a criação do sitio possibilitou a construção e exposição do conhecimento
apreendido, um canal entre eles e o mercado, que almejava a troca de informações, a
produção e divulgação de conhecimento turístico. Cabe ressaltar que apenas um respondente
associou a construção do blog ao turismo. “O blog serve como mais um veículo que, além de
informar e divulgar tais conhecimentos serve também para promover o turismo” (E2).
Também se questionou a quem o grupo acreditava que o blog conseguiu atingir e qual
a sua importância. Nessa questão as respostas foram mais homogêneas, pois na opinião dos
produtores o trabalho conseguiu atingir a comunidade aracajuana e pessoas interessadas no
turismo cultural da Grande Aracaju. Apenas um entrevistado citou turistas e moradores “que
queriam conhecer ou já conheceram os atrativos turísticos culturais estudados.” (E3).
Outro dado interessante é a percepção de um entrevistado sobre o resultado final do
blog, pois o mesmo esperava que o trabalho, apresentado por uma via global de acesso – a
internet, atingisse um público maior, não apenas restrito à comunidade acadêmica. “De
imediato ele englobou a comunidade aracajuana, não atingindo um público mais diversificado
como foi planejado, ou seja, ficando restrito. O que não foi muito interessante” (E2). O fator
positivo desta observação esta relacionado ao grau de potencia colaborativa tão defendida por
Castells (2006), Rheingold (1996) e Levy (2002).
A questão seguinte foi relativa ao confronto entre teoria acadêmica e a prática
mercadológica. Perguntou-se se os produtores do blog sentiram alguma dificuldade em
confrontar a teoria a prática e todos eles responderam negativamente e justificaram as suas
3
Para preservação do anonimato dos respondentes/depoentes, utilizou-se de identificação codificada
para fins de citação no processo de análise dos dados, com as referências de E1 a E8, representando o universo
total dos produtores entrevistados.
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respostas ao senso prático, ou seja, nos relatos percebeu-se que eles conseguiram produzir
resultados com o conhecimento apreendido. Assim, para os produtores, o blog representou um
elo entre a academia e o mercado de trabalho. “Colocar a teoria em prática foi um grande
aprendizado, fazer pesquisa, estar em contato com os turistas, ouvir sua opiniões e colocá-las
no blog foi uma experiência com muito aprendizado” (E4). Assim, percebeu-se que os
produtores do blog transformaram-se em produtores de conhecimento, foram estimulados a
pesquisa e a partir de reflexões e observações obtidas, foram conduzidos a construir um saber
turístico de forma mais dinâmica e acessível. E tal como relatado antes, o blog funcionou
como um elo, a partir da produção cultural, com a principal proposta de aproximar os futuros
gestores, produtores da atividade turística aos atores do sistema: comunidade, mercado de
trabalho e turistas.
5. Considerações finais
Como já afirmado anteriormente, a internet é um dos meios mais democráticos de
acesso e divulgação de informações. E as indústrias culturais mediam a constituição do
imaginário e a simbolização dos agentes. O turismo é também um encontro, um fenômeno de
consumo e interação simbólica. E estes símbolos funcionam como representações ou auxílio
na construção de uma possível identidade cultural, além da função econômica de contribuir
com a receita da comunidade. Em relação ao consumo de turismo, a escolha de um lugar em
detrimento a outro, geralmente se dá em função do status proporcionado e∕ou do modismo que
envolve o local, sendo a internet um espaço livre com o fornecimento constante de
informações aos diversos grupos de consumidores. Como já afirmado por Talaya (2004), em
que o perfil tradicional de turistas, que com o passar do tempo e das diversas adaptações
ocorridas, levando-se em consideração principalmente às inovações científicas e tecnológicas,
cederá espaço a novos perfis de turistas, como também a uma maior segmentação de
mercados e de destinos turísticos.
A realização esta pesquisa proporcionou aos pesquisadores a oportunidade de
visualizar a importância da cultura digital na construção de uma relação mais próxima entre
os planejadores do turismo, comunidade e os próprios turistas no desenvolvimento do
Turismo Cultural em Aracaju. Com a análise final, foi possível perceber que, por mais que
haja uma interação dos turistas com a cultura local, o conceito, a ideia principal da prática,
visto que, a partir do MTur (2006) em que a identidade cultural da região é o fator relevante
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na composição, por ser uma característica peculiar da região, capaz de identificá-la
imediatamente, muitas vezes, não é alcançada. Poucos conseguem apreender o valor do
patrimônio no turismo ou como troca de conhecimentos, entretanto vale questionar sobre
como a comunidade local também apreende estes valores culturais e reflete para o turismo e,
consequentemente para os turistas.
A internet é um campo amplo, imediatista e, para o turismo é um espaço a ser
utilizado para a clara competitividade mercadológica, como um veículo de sensibilização.
Cabe ressaltar a importância dos planejadores, utilizando como ferramentas mercadológicas, e
produtores do saber turístico, com o fornecimento de uma contextualização científica e, ao
mesmo tempo acessível, para o estabelecimento de um elo mais amplo e igualitário na
construção e valorização do Turismo Cultural.
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