O DESAFIO DA DENGUE E O PAPEL DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE EM PORTO ALEGRE Pedro Cervo Calderaro e Luiza Aita de Lemos Preceptoras: Biol. Maria Angélica Weber e Méd. Vet. Rosa Carvalho Núcleo de Vigilância de Roedores e Vetores - CGVS Residência em Vigilância em Saúde – ESP/RS [email protected]/ [email protected] Porto Alegre, 1° de Julho de 2015 PARTE I SUMÁRIO 1. Histórico da Dengue no Brasil 2. Fatores Necessários para a Transmissão da Dengue 3. Vigilância em Saúde 1. HISTÓRICO DA DENGUE NO BRASIL • Em 1981 foi registrada a 1ª epidemia de Dengue, confirmada laboratorialmente na cidade de Boa Vista (RO). • Em 1986 a doença passou a ser um expressivo problema de saúde pública com a epidemia na cidade do Rio de Janeiro, ocorrendo sucessivas epidemias em outras localidades posteriormente. • A progressiva infestação do território brasileiro pelo vetor permitiu a introdução e intensa circulação dos 4 sorotipos. • Até 2001 somente o Paraná registrava casos autóctones. • O Rio Grande do Sul vem enfrentando surtos de Dengue autóctone desde 2007. • Porto Alegre teve seu primeiro caso autóctone em 2010. Fonte: Valle, Pimenta & Cunha, 2015. Fonte: Valle, Pimenta & Cunha, 2015. 2. FATORES NECESSÁRIOS PARA A TRANSMISSÃO DA DENGUE Vírus Homem TempoEspaço Ambiente Vetor O VÍRUS • Arbovírus de RNA da família Flaviviridae, gênero Flavivirus; Fonte: Oliveira et al, 2011. Fonte: Valle, Pimenta & Cunha, 2015. O VETOR Os vetores do vírus da Dengue são mosquitos do gênero Aedes, sendo as principais espécies: Aedes aegypti e Aedes albopictus. • Aedes: Mosquitos de porte pequeno, escuros em geral, patas zebradas. Aedes aegypti Fonte: Capelli et al, 2011. Fonte: Valle, Pimenta & Cunha, 2015. Aedes albopictus CICLO DE VIDA DO AEDES • • • • • Fonte: Ilustração de Paulo Márcio Esper Como todos os mosquitos da família CULICIDAE, possuem metamorfose completa, passando pelas fases de ovo, larva, pupa e adultos. Ovo: Uma fêmea pode produzir 120 ovos em média. Sua ovoposição é “em saltos”; O ovo pode ficar em quiescência por mais de 6 meses. Larva: 8 a 10 dias de desenvolvimento em média, ocorrendo grande mortalidade nesse estágio. Pupa: 2 dias de desenvolvimento, mortalidade quase nula. Adulta: 2 semanas a 4 semanas. Efetuam voos curtos de 30 a 100 metros em condições favoráveis. FATORES AMBIENTAIS NA ECOLOGIA DO VETOR E DO VÍRUS Ambiente Vetor Vírus Temperatura Criadouros Precipitação Sobrevivência Desenvolvimento Replicação Fonte: Adaptado de Morin, Comrie & Ernst, 2013. Reprodução Transmissão FATORES HUMANOS E SOCIAIS Santa Tereza Foto: Denise Farias. Partenon Foto: Google Maps. Bela Vista Foto: Google Maps. CRIADOUROS • • • A densidade populacional do mosquito Ae. aegypti não é homogênea dentro de um mesmo bairro. Casas-chave: Imóveis com criadouros produtivos, disseminando mosquitos para as demais casas da vizinhança. Pontos Estratégicos: São imóveis não-residenciais que podem concentrar elevado número de criadouros. Ex: cemitérios, ferros-velhos, borracharias, etc. Bairro Santa Tereza, Porto Alegre Fonte: Site Onde está o Aedes?. Disponível em: http://ondeestaoaedes.com.br/ TRANSMISSÃO: Fonte: www.drgen.com.ar Fonte: Valle, Pimenta & Cunha, 2015. Fonte: nictitating.tumblr.com Obs: Os valores apresentados são referentes às médias de cada período. Fonte: www.drgen.com.ar 3. VIGILÂNCIA EM SAÚDE Notificação de casos: É um agravo de notificação compulsória (Portaria GM/MS Nº 1.271, DE 6 DE JUNHO DE 2014). Todos os casos suspeitos devem ser obrigatoriamente notificados à Vigilância em Saúde (Equipe de Vigilância das Doenças Transmissíveis da Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde - EVDT/CGVS), sendo registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), através da Ficha Individual de Investigação da Dengue. • • Caso Suspeito: Pessoa que resida ou tenha viajado nos últimos 14 dias para áreas endêmicas de Dengue e apresente febre, usualmente entre 2 e 7 dias, com dois ou mais dos seguintes sintomas: Cefaleia, dor retro-orbital, mialgia, artralgia, manchas vermelhas na pele, prostração, náusea e vômitos. Caso Confirmado: Confirmado laboratorialmente. No curso de uma epidemia, a confirmação pode ser feita através de critério clínicoepidemiológico, exceto nos primeiros casos da área e os graves, que deverão ter confirmação laboratorial. Fonte: SMS/Porto Alegre DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Amostra ≤ 3 dias Métodos Diretos: Ag NS1/ RT-PCR Amostra ≥ 7 dias Métodos Indiretos: Elisa/ Mac-Elisa Fonte: Adaptado de Brasil. MS, 2014. • • • 0 5 Fonte: Adaptado de Valle, Pimenta & Cunha, 2015. Coletam-se 2 amostras de soro quando o paciente está dentro dos primeiros 3 dias do sintomas. Coleta-se 1 amostra de soro após 7 dias dos sintomas. O exame NS1 foi implantado em 2012 no IPB-LACEN/RS. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Média de tempo da data de início dos sintomas até a confirmação laboratorial para os casos confirmados em Porto Alegre no 1º semestre de 2015: • Métodos Diretos: 5-6 dias. • Métodos Indiretos: 16 dias. • • Quando a coleta para o exame é feito em tempo hábil para os métodos diretos, é possível identificar por RT-PCR o sorotipo do vírus. A confirmação do caso de forma rápida permite uma resposta mais oportuna da Vigilância em Saúde (Equipe de Vigilância de Roedores e Vetores/CGVS) no bloqueio de transmissão da Dengue. RESPOSTA DA EQUIPE DE VIGILÂNCIA DE ROEDORES E VETORES/CGVS Fonte: www.drgen.com.ar Fonte: Valle, Pimenta & Cunha, 2015. Fonte: nictitating.tumblr.com Fonte: www.drgen.com.ar HISTÓRICO DE CASOS AUTÓCTONES EM PORTO ALEGRE Ano Nº de casos autóctones Bairros afetados 2010 05 Jardim Carvalho 2011 12 Farroupilha, Santo Antônio e Azenha 2012 0 2013 150 Partenon, Bom Jesus, São José, Santo Antônio, Santana, Jardim Botânico, Petrópolis, Navegantes, Humaitá, Santa Maria Goretti, Cristal, Cel. Aparício Borges, Chácara das Pedras, Azenha, Santa Cecília, Vila Ipiranga, Vila Jardim, Jardim Carvalho, Ipanema, Cidade Baixa 2014 05 Santa Teresa, Teresópolis e Medianeira 2015 17* Ipanema, Nonoai, São José, Floresta, Jardim Botânico, Rubem Berta, Bom Jesus e Petrópolis * No 1º semestre de 2015. HISTÓRICO DE CASOS AUTÓCTONES EM PORTO ALEGRE • • • Bairros Atingidos 2010 2011 2013 2014 2015* * No 1º semestre de 2015. • Porto Alegre não tem circulação viral permanente, sendo os casos autóctones pontuais e sem padrão de distribuição em geral. A reintrodução do vírus ocorre principalmente via casos importados não notificados, notificados tardiamente ou assintomáticos. O diagnóstico laboratorial é fundamental nessas condições. Para combater a circulação do vírus de forma eficiente é imprescindível que os casos sejam notificados para uma resposta rápida da Vigilância. CASOS DE DENGUE EM PORTO ALEGRE NO 1º SEMESTRE DE 2015 • • • Total de casos suspeitos: 502. O sorotipo detectado dos casos autóctones submetidos ao RT-PCR foi o DENV 1; 6 casos foram identificados e confirmados por busca ativa (5 no bairro Ipanema e 1 no bairro Jardim Botânico). Diagnóstico Casos autóctones Casos importados Total de casos por tipo diagnóstico Métodos Diretos 4 33 37 Métodos Indiretos 11 17 28 Clínicoepidemiológico 2 2 4 Total de casos por procedência 17 52 69 Obs: 3 casos com NS1 + / RT-PCR - foram confirmados pelo MAC-ELISA da 2ª sorologia. INTERSETORIALIDADE Articulação com demais órgãos públicos e sociedade civil para ações conjuntas e efetivas no combate à Dengue! CGVS O controle eficiente da Dengue depende de um serviço de Vigilância em Saúde estruturado, com análise e resposta rápida frente aos casos notificados! Apoio diagnóstico qualificado, integrado à Vigilância em Saúde, realizando análises laboratoriais, pesquisas e controle de qualidade! UBS Ipanema Foto: Google Maps. IPB-LACEN/RS Vigilância em Saúde Foto: Google Maps. Serviços assistenciais de qualidade, notificadores e atentos a situação epidemiológica do município! Assistência em Saúde Laboratórios de Saúde Pública PAM-3 Fotos: Google Maps. PARTE II SUMÁRIO 1. Notificação 2. Critérios para Confirmação de Caso de Dengue 3. Ações na Confirmação de Caso de Dengue 4. Casos Ocorridos no Bairro Ipanema durante o 1º Semestre de 2015 5. Considerações Finais 1. NOTIFICAÇÃO PORTARIA Nº 1.271, DE 6 DE JUNHO DE 2014/MS Define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional, nos termos do anexo, e dá outras providências. NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA - caso suspeito Portaria nº 1.271, de 6 de Junho de 2014/MS – Anexo NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA IMEDIATA DE CASOS E DE ÓBITOS – PORTO ALEGRE Equipe de Vigilância das Doenças Transmissíveis (EVDT/CGVS): Núcleo Doenças Transmissíveis Agudas Contato notificação compulsória: (51) 3289-2471 /2472 / 2473 / 2474 [email protected] Ficha Individual de Investigação da Dengue É de fundamental importância às ações de controle de transmissão a identificação correta do endereço residencial, de trabalho e/ou de estudo do paciente, bem como seus telefones de contato. NO 1º SEMESTRE DE 2015 Casos suspeitos notificados - 502 Casos confirmados - 69 Importados – 52 Autóctones - 17 Ipanema – maior nº de casos autóctones RELAÇÃO IMFA E TRANSMISSÃO DE DENGUE Fonte: Site MIDengue. Disponível em: http://www.midengue.com.br/clientes/prefeitura.php Obs.: IMFA - índice médio de fêmeas de Ae Aegypti. 2. CRITÉRIOS PARA CONFIRMAÇÃO DE CASOS Pesquisa de antígeno: NS1 • Laboratorial Pesquisa de anticorpos IgM: MAC-ELISA • Clínico Epidemiológico 3. AÇÕES NA CONFIRMAÇÃO DE CASO DE DENGUE • Bloqueio de Transmissão (BT) • Pesquisa Vetorial Especial (PVE) • Busca Ativa de Caso Suspeito de Dengue BLOQUEIO DE TRANSMISSÃO (BT) Ação Emergencial • Aplicação a Ultra Baixo Volume de inseticida para mosquitos adultos em um raio de 150 metros da residência, local de trabalho e/ou estudo de caso confirmado de dengue. • Iniciar pelo endereço do caso confirmado. • Realiza-se BT para todos casos autóctones. • Se importado – análise de infestação, por meio das armadilhas, durante o período de viremia. CASO IMPORTADO Análise do IMFA para toda cidade Fonte: Site MIDengue. Disponível em: http://www.midengue.com.br/clientes/prefeitura.php Moderado Alerta Crítico Satisfatório Checar armadilhas próximas c/ coleta Obs.: IMFA - índice médio de fêmeas de Ae Aegypti. s/ coleta BT – ÁREA DE APLICAÇÃO Aplicação após o período de viremia para casos importados BLOQUEIO RÁPIDO DE TRANSMISSÃO (BRT) • • Todos casos suspeitos autóctones de Dengue até 01 Km de caso confirmado. Raio de 50 m a partir do endereço do caso suspeito. Menos de 1000m CONTROLE DA FORMA ADULTA - APLICAÇÃO ESPACIAL DE INSETICIDA • UBV – método de controle por “contato espacial”. • Gerador UBV fraciona o inseticida em gotas bastante pequenas (diâmetro de 1 a 50 micras) formando uma nuvem - incorporada pelo ar que circunda as edificações (penetrando no seu interior e nos quintais). • Essa nuvem de aerossol deve ser acima e ao interior das casas, chegando a alcançar até 8 m de altura – zona de insetos. • As gotículas permanecem no ar por um certo tempo (<2 h). ULTRA BAIXO VOLUME • Essa tecnologia de aplicação é um tratamento exclusivamente adulticida. • Significou uma extrema redução da quantidade de inseticida utilizado. • É um método de controle parcial, onde a cada aplicação não se consegue eliminar 100% mosquitos adultos. APLICAÇÃO PERIDOMICILIAR Foto: Luiza Aita de Lemos Foto: Luiza Aita de Lemos APLICAÇÃO PERIDOMICILIAR Foto: Luiza Aita de Lemos Foto: Patrícia Coelho/ PMPA PRODUTO DE ESCOLHA • O inseticida utilizado é a Deltametrina (Piretroide), em solução aquosa. • Neurotóxica – atuação rápida, levando os insetos a convulsões, paralisia e morte. • Utilizado em concentrações muito baixas, não oferecendo risco aos mamíferos e ao meio ambiente (rápida degradação). • Contudo, seu emprego deve ser criterioso. - Afeta outros insetos - Ação tóxica para aves, répteis e peixes (abrigo) - Cuidar alérgicos respiratórios -Resistência A TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO E O INSETICIDA DE ESCOLHA PROPORCIONAM: • Efeito irritante da Deltametrina faz com que os mosquitos saiam de seus esconderijos, aumentando a chance de contato com a nuvem de aerossol. • Efeito deriva espalha o aerossol em diferentes direções: coberturas internas, sob tanques, atrás de vasos. • Minimizam o fato da aplicação, normalmente, não ser realizada no horário de maior atividade do vetor ao amanhecer e ao entardecer. PESQUISA VETORIAL ESPECIAL (PVE) • • • • • Realização de pesquisa larvária e de controle mecânico dos depósitos em um raio de 150 metros da residência, local de trabalho e/ou estudo do caso confirmado. Essencial na prevenção e controle da transmissão. Realizada por agentes de combate de endemias. Iniciada pelo imóvel do caso confirmado e por seu quarteirão. Atenção aos imóveis fechados, aos recusados, aos pontos estratégicos, a terrenos baldios e a casas abandonadas com criadouros. Encaminhamento à fiscalização e/ou aos órgãos competentes. CONTROLE MECÂNICO • Remoção dos criadouros. • Prevenção do acúmulo de água parada em locais de acesso ao vetor. Remoção de recipientes de áreas descobertas, colocação de barreiras mecânicas, gerenciamento adequado de lixo e entulhos, ducha semanal em bromélias, troca de água diária e lavagem semanal dos bebedouros dos animais, manter piscinas e fontes ornamentais tratadas, manter calhas com adequada manutenção, etc. Responsabilidade de cada munícipe! PVE – ÁREA DE ATUAÇÃO Uma PVE mal executada pode propiciar o início de uma epidemia de Dengue COLETA DE LARVAS PARA PESQUISA ENTOMOLÓGICA E ELIMINAÇÃO DE CRIADOUROS Fotos: Pedro Calderaro e FIOCRUZ BT S REALIZADOS NO O 1ºMOMENTO SEMESTRE- DE AÇÕES EM 2015 ATÉ BT2015 BT – 52 80 Total de BTs BRT - 28 3.586 Imóveis desinsetizados PVES REALIZADAS NO 1º SEMESTRE DE 2015 55 Total de PVEs 7.586 Imóveis visitados 31.043 Depósitos inspecionados 17.037 Depósitos tratados BUSCA ATIVA • Identificação de casos suspeitos de Dengue durante atividade de BT e de PVE. • Realização de entrevista - “Busca Ativa de Caso Suspeito de Dengue”, a qual deve ser encaminhada imediatamente para a Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis/CGVS (Investigação detalhada e orientações). • Informar à Gerência a fim de que encaminhe o caso suspeito descoberto para atendimento médico na respectiva Unidade de Saúde de Referência. 4. CASOS OCORRIDOS NO BAIRRO IPANEMA DURANTE O 1º SEMESTRE DE 2015 • 9 casos autóctones e 1 caso importado não notificado (início dos sintomas em 18/01 - SE 2). Desses 10 casos, 5 foram identificados por meio de busca ativa. • Foram realizados: 6 bloqueios (2 BT e 4 BRT) – totalizando 229 imóveis. 4 PVEs – totalizando 1.081 imóveis. • O sorotipo isolado foi DENV1. Concentração dos casos em uma área restrita Área em que foram realizados os BTs e as PVEs Início sintomas caso índice (importado) Início sintomas 1º caso Autóctone Janeiro Fevereiro 17 18 19 20 21 22 23 Início sintomas 3º caso Início sintomas 2º caso Março Início sintomas 4º caso Início sintomas 5º caso Início sintomas 6º caso Início sintomas 7º caso Abril Início sintomas 8° e 9º casos Maio 20 21 22 23 24 25 26 25 26 27 28 29 30 31 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 1º 2º 3º 4º 5º 6º Período de incubação de 3 a 15 dias. Data de início dos sintomas. 7º 8º e 9º Período de viremia de 1 a 7 dias. Período do ciclo extrínseco de 8 a 12 dias. Período de vida do Ae aegypti é de em média 35 dias. AÇÃO CONJUNTA EM IPANEMA – CENTRO INTEGRADO DE COMANDO (CEIC) • Central de Inteligência da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. • Integração dos serviços públicos responsáveis pela rotina da cidade. Foto: Ivo Gonçalves/ PMPA Mapeamento dos Pontos Críticos AÇÃO CONJUNTA - CEIC (07/05) Foto: Luiza Aita de Lemos Foto: Luiza Aita de Lemos AÇÃO CONJUNTA - CEIC (07/05) Foto: Luiza Aita de Lemos Foto: Luiza Aita de Lemos Foto: Pedro Calderaro INSTALAÇÃO DE ARMADILHAS EM IPANEMA – SE 19 Área em que ocorreu a transmissão Fonte: Site Onde está o Aedes?. Disponível em: http://ondeestaoaedes.com.br NO TOTAL FORAM INSTALADAS 44 ARMADILHAS EM IPANEMA Fonte: Site Onde está o Aedes?. Disponível em: http://ondeestaoaedes.com.br 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS • A notificação dos casos suspeitos de Dengue, em tempo hábil, é de extrema importância para evitar a transmissão. • A integração mais próxima entre a CGVS e demais órgãos públicos está em andamento, fato fundamental para o sucesso das medidas de controle de transmissão. • A ocorrência cada vez mais frequente de epidemias nos demais Estados brasileiros e em regiões do próprio Rio Grande do Sul e a elevada infestação de Aedes aegypti presente em Porto Alegre mostram a necessidade de ações de prevenção e controle da Dengue baseadas em conhecimentos técnicos e com maior participação da população. REFERÊNCIAS Brasil. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Controle de Vetores, Procedimentos de Segurança. Brasília: MINISTÉRIO DA SAÚDE. 240 p. (Manual de Normas Técnicas) , 2001. Brasil. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Dengue, Instruções para Pessoal de Combate ao Vetor. Brasília: MINISTÉRIO DA SAÚDE. 82 p. (Manual de Normas Técnicas), 2001. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.271, de 6 de junho de 2014. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Diretrizes Nacionais para Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue. Brasília.160 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicas), 2009. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância em Saúde. Brasília, 812 p, 2014. Capelli et al. First report in Italy of the exotic mosquito species Aedes (Finlaya) koreicus, a potential vector of arboviruses and filariae. PARASITES & VECTORS. v. 4, p.188. 2011. Giros, S. et al, Nouvelles Apparitions de cas autochtones de dengue em région Provence- Aldes- Côte D’Azur, France, aoûtseptembre 2014. SOUMIS, v. 14, p. 217-223, 2015. Morin, C. W.; Comrie, A. C. & Ernst, K. Climate and Dengue Transmission: Evidence and Implications. ENVIRONMENTAL HEALTH PERSPECTIVES, v. 121, p 11-12, 2013. Oliveira, A. S. et al. Diagnóstico Laboratorial da Dengue: Situação Atual e Perspectivas. RBAC, v. 43, p. 125-130, 2011. Pessoa, V. E. et al, Aedes albopictus no Brasil: aspectos ecológicos e riscos de transmissão da dengue. ENTOMOTROPICA, v. 28, p. 75-86, 2013. Valle, D.; Pimenta, D. N.; Cunha, R. V. Dengue: teorias e práticas. EDITORA FIOCRUZ. Rio de Janeiro, 2015. AGRADECIMENTOS Adelaide Pustai – Enfermeira Anelise Breier - Enfermeira Arminda Cardoso - Auxiliar de Enfermagem Denise Borges Mazzilli - Bióloga (ACE) Elinéa Barbosa Cracco – Bióloga Getúlio Dornelles Souza - Biólogo Juliana Quetlen do A. Trespach - Bióloga (ACE) Lais Vieira Peixoto – Bióloga (ACE) Liane Oliveira Fetzer – Bióloga Luiz Felippe Kunz Júnior - Médico Veterinário Luiz Fernando Dornelles - Agente de Fiscalização Márcia Radaieski Cunda - Assistente Administrativo Maria Angélica Weber - Bióloga Maria Mercedes – Bióloga Patrícia Costa Coelho de Souza – Jornalista Rosa Maria Jardin Silveira de Carvalho - Médica Veterinária William Weber Carpes - Assistente Administrativo CONTATO Avenida Padre Cacique, nº 372 – Bairro Menino Deus Fonte: Site Instituto Oswaldo Cruz. Disponível em: http:// www.ioc.fiocruz.br Porto Alegre - CEP: 90810-240 http://portoalegre.rs.gov.br/cgvs http://www.ioc.fiocruz.br/ [email protected] (+55) 51 3289-2400