Home Sacerdos o Lex orandi, lex credendi o Ad Orientem Vida Interior o Sermões | Instruções | Exortações | Artigos o Oratio o Leituras Espirituais o Devotio o Meditações o Estudos o Sensus fidei Artigos em Destaque o ESPECIAL | Fátima 1917 – 2017 o Informes | Apontamentos | Reflexões o Hombridade Sobre Contato Questões morais apresentadas por métodos contraceptivos “Todo ato conjugal realizado no casamento deve estar aberto à procriação” (Paulo VI, Humanae Vitae) Pe. Lucas Prados — Adelante la Fe | Tradução Sensus fidei: Um aspecto da medicina que tem profundas implicações morais é todo aquele que está relacionado à contracepção. Sobre esta questão há uma grande irresponsabilidade e confusão: tanto a nível médico, porque o médico muitas vezes “lava as mãos” e prefere não se envolver com a moralidade de sua prescrição; como em nível dos sacerdotes, muitas vezes, por ignorância e outras por covardia, aconselham coisas que estão muito longe da moral católica. E também há muita ignorância, quando não maldade, nos fiéis, que assimilam uma cultura anticatólica totalmente partidária da contracepção. RELACIONADOS Métodos naturais, contracepção e a cultura da morte – 2ª versão Recente pesquisa Gallup revela situação da cultura americana e tendências semelhantes pelo mundo Conselhos aos jovens que pensam em casar Um médico católico não pode prescrever contraceptivos se sabe que serão usados para evitar filhos[1]. Do mesmo modo um armeiro não pode vender uma arma se sabe que ela será usada para matar uma pessoa. Vocês me dirão, a comparação é um pouco exagerada. Eu digo que é totalmente correta; porque hoje, a maioria dos contraceptivos prescritos pelos médicos tem, entre outras funções, a de provocar o aborto se a gravidez tiver ocorrido. E que diferença moral existe entre matar um embrião ou matar um adulto? Aos olhos de Deus, o crime de eliminar a vida de um embrião é ainda mais grave, pois, assim o demonstra a Igreja quando pune este ato com a excomunhão. Um sacerdote deve ser devidamente preparado sobre estas questões, para que não dê maus conselhos por ignorância. O dano que o padre pode fazer por um mau conselho, pode resultar na causa de abortos e muitos outros pecados; e desses pecados ele também será responsável perante Deus. Embora na maioria dos casos os maus conselhos do padre não se devem tanto ao desconhecimento quanto à covardia ou ao fato de pensar que este é um assunto sobre o qual nada tem a dizer, considerando que é uma decisão a ser tomada pelos esposos sem que a Igreja intervenha. Considerações gerais Antes de começar, recordemos dois princípios gerais fundamentais que nos ajudarão a julgar casos individuais que possam surgir, em nível pessoal ou quando alguém nos solicite conselho. 1. A única maneira moralmente aceitável para procriar é através da união conjugal entre marido e mulher. Este princípio já foi abordado em artigos anteriores desta série, quando falamos sobre a inseminação artificial, fertilização in vitro, bancos de esperma… 2. Todo ato conjugal realizado no casamento deve estar aberto à procriação[2]. Ou seja, os cônjuges, não podem colocar voluntariamente nenhum obstáculo, seja mecânico, químico, físico… com o fim de impedir a procriação. 3. E junto a estes dois princípios lembremos outros já enunciados no primeiro artigo desta série: Nunca se pode fazer uma má ação para alcançar um fim bom. O princípio do duplo efeito. O problema do mal menor[3]. Por que os métodos contraceptivos são imorais? PERGUNTA: Pode um cristão usar métodos anticonceptivos para evitar a procriação? Resposta: NÃO. O Magistério da Igreja nos diz que todo ato conjugal realizado no casamento deve estar aberto à procriação[4]. Então, o uso de métodos contraceptivos que visa impedir diretamente a concepção, logo é PECADO GRAVE. PERGUNTA: Quais métodos anticonceptivos são pecado? RESPOSTA: TODOS. Tanto o uso de preservativos, diafragmas, as pílulas anticoncepcionais de qualquer tipo, os sabonetes espermicidas, o T de cobre (DIU); e, em geral, qualquer método que impeça diretamente a concepção. PERGUNTA: É moralmente lícito o uso de métodos naturais, como o método Billings para evitar a concepção? RESPOSTA: Depende. Pode-se utilizar este método, por exemplo, quando há um grave problema de saúde da mãe e o médico aconselha espaçar o próximo filho. No entanto, seria ilícito se fosse usado sem um motivo grave ou como um método para não ter mais filhos. Um casamento deve estar sempre aberto à concepção se essa for a vontade de Deus. Problemas de saúde causados pela contracepção oral Muitos dos métodos de contracepção são causadores de doenças secundárias associadas a eles. Efeitos colaterais que muitas vezes são silenciados pelas mídias ou não são devidamente explicados. Se tiverem à mão algum medicamento de pílulas anticoncepcionais e se atreverem a ler os efeitos colaterais causados por elas, ficariam bem assustados. De qualquer forma, para lhes facilitar o trabalho disponibilizo aqui as seguintes precauções que podem ser consultadas em: https://medlineplus.gov/spanish/druginfo/meds/a601050-es.html Como “resumo”, e para que sejam mais conscientes da gravidade do seu uso, copio aqui algumas das indicações. Antes de tomar contraceptivos orais: Informe o seu médico se você tem ou teve coágulos nas pernas, pulmões ou olhos; trombofilia (condição em que o sangue coagula facilmente); doença arterial coronariana (obstrução dos vasos sanguíneos que conduzem ao coração); doenças cerebrovasculares (vasos sanguíneos obstruídos ou enfraquecidos no cérebro ou que levam ao cérebro); um acidente vascular cerebral ou mini-acidente vascular cerebral; batimentos cardíacos irregulares; doença do coração; um ataque cardíaco; dor no peito; diabetes que tenham afetado a sua circulação; dores de cabeça que ocorrem junto a outros sintomas como alterações da visão, fraqueza e tonturas; hipertensão arterial; câncer de mama; câncer do revestimento do útero, colo do útero ou vagina; câncer de fígado, tumores hepáticos ou outros tipos de doença hepática; amarelamento da pele ou dos olhos durante a gravidez ou durante a utilização de contraceptivos hormonais (pílulas, adesivos, anéis, implantes ou injeções); sangramento vaginal anormal sem motivo aparente; insuficiência suprarrenal (uma condição em que o organismo não produz determinadas substâncias naturais necessárias o suficiente para funções importantes, tais como a pressão arterial); ou doença renal. Informe também o seu médico se tiver sido recentemente submetido a cirurgia ou tem sido incapaz de se mover por algum motivo. O seu médico poderá dizer-lhe para não tomar certos tipos de contraceptivos orais ou não tomar qualquer contraceptivo oral se você tem ou teve alguma destas condições. Informe também o seu médico se alguém na sua família teve câncer de mama, se você está acima do peso e se você tem ou já teve problemas com seus seios, como nódulos, uma mamografia (raio-x dos seios) anormal ou doença fibrocística dos seios (seios inchados e sensíveis, e/ou nódulos de mama não cancerosos); colesterol elevado ou gordura sanguínea alta; diabetes; asma; toxemia (pressão alta durante a gravidez); ataque cardíaco; dor no peito; convulsões; enxaqueca; depressão; doença da vesícula biliar; icterícia (amarelamento da pele ou olhos); e aumento excessivo de peso e retenção de líquidos (inchaço) durante o ciclo menstrual. Não tome contraceptivos orais se estiver grávida, se planeja engravidar ou esteja amamentando. Se engravidar, enquanto estiver tomando contraceptivos orais, chame seu médico imediatamente. Se está para realizar uma cirurgia, incluindo cirurgia dentária, informe o médico ou dentista que está tomando contraceptivos orais. Tenha em conta que os contraceptivos orais podem causar manchas escuras na pele, especialmente na face. Se você tem experimentado mudanças na cor de sua pele durante a gravidez ou enquanto estava tomando contraceptivos orais, deve evitar a exposição à luz solar real ou artificial, enquanto está tomando contraceptivos orais. Usar protetores de roupas, óculos de sol e protetor solar. Informe o seu médico ou farmacêutico se você usa lentes de contato. Se notar alterações na visão ou capacidade de usar lentes de contato enquanto estiver tomando contraceptivos orais, consulte um oftalmologista. Pode-se tomar contraceptivos para evitar ter de abortar em caso de gravidez indesejada? Por muitos anos, os governos, os meios de comunicação e até mesmo grande parte do establishment médico, apresentaram a contracepção como um método para controlar a população mundial e, ao mesmo tempo, para reduzir o número de abortos. Com o passar dos anos pudemos comprovar que esta estratégia não foi senão outro engano do demônio para terminar destruindo a família e apanhar os esposos em um pecado do qual não seria tão fácil sair. E, quando o homem se acostuma no caminho fácil, embora saiba depois que não é o certo, é muito difícil para ele retornar ao caminho da virtude e do esforço, por meio de suas próprias forças. Por outro lado, as estatísticas globais têm demostrado que o uso de meios contraceptivos não conseguiu reduzir o número de abortos, mas muito pelo contrário. O pansexualismo, a promiscuidade sexual e a degradação dos costumes morais de nossa sociedade, têm contribuído grandemente para que muitos casais, que nunca teriam considerado o aborto como uma solução para uma gravidez indesejada, decidam-se agora por ele, se os métodos contraceptivos falham. A mentalidade contraceptiva foi tão fortemente introduzida em nossa sociedade moderna que é vergonhoso colocar gasolina no carro, comprar algodão em um supermercado, ou simplesmente ir a uma farmácia para comprar uma aspirina; sem que se encontre em um lugar de destaque para que todo mundo veja e ninguém se esqueça, preservativos de todas as cores e sabores. Sim, também sabores! Outro fato que clama aos céus é o que algumas “mães modernas” fazem com suas filhas adolescentes. Quando sabem que surgiu algum pretendente ao redor, elas mesmas se encarregam de comprar contraceptivos, e lembrá-las que os tomem; pois não querem que voltem para casa um dia com uma surpresa. Julgamento moral sobre a laqueadura e a vasectomia Ambos laqueadura e vasectomia são imorais, se através delas se pretende a contracepção. A razão é dupla: Em primeiro lugar, por seu efeito contraceptivo ao impedir que o óvulo alcance o útero (no caso de laqueação das trompas) ou que os espermatozoides sejam ejaculados (no caso de vasectomia). Em segundo lugar, pela mutilação causada em homens ou mulheres; o que já é em si pecado grave[5]. Mutilação que em alguns casos já não é mais reversível; então, se mais tarde esse casamento desejasse novamente ter filhos, teria que se submeter a outra cirurgia para tentar reparar qualquer dano causado; intervenção que em alguns casos é já de si complexa. Um médico católico não pode realizar essas práticas se através delas se procura a contracepção. Outra coisa diferente é quando se faz para remover um tumor ou por outras razões médicas que assim o justifiquem. O chamado “aborto terapêutico” Conhece-se por este nome o aborto causado pelo “profissional” de saúde para evitar o nascimento daqueles novos seres que foram concebidos como consequência de uma violação, ou com suspeita (ou que se sabe com certeza) que possuem alterações genéticas, doenças graves ou malformações. Com o fim de obter a aprovação legal do aborto, os governos em muitos países se dedicaram primeiramente a cauterizar as consciências de seus cidadãos falando de “interrupção voluntária de gestação” em razão de violação ou malformação. Quando as consciências já estavam acostumadas e cauterizadas, deram um passo adiante aprovando a “interrupção da gestação” se o feto tivesse menos de tantas semanas (embora não tenha havido violação ou malformação). Hoje todos nós sabemos que a grande maioria dos governos aceitam o aborto livre, se não em teoria, pelo menos na prática. Cartéis anunciando: “Clínica de Interrupção de Gestação” já fazem parte da paisagem que somos obrigados a ver todos os dias em muitas cidades. Como consequência da rejeição às normas morais mais elementares, práticas médicas que seriam impensáveis há cinquenta anos são agora o pão nosso de cada dia. Há alguns anos, veio-me uma mulher em seus quarenta e poucos anos, bastante assustada, que acabara de engravidar. Quando foi ao seu médico para que este a encaminhasse ao ginecologista, ele lhe disse: Você já sabe que depois dos quarenta anos, a percentagem de malformações em novas gestações aumenta, então eu aconselho que você aborte por razões terapêuticas. Esta senhora, conhecida minha, chegara confusa e assustada diante de tal conselho. A primeira coisa que fiz foi tranquilizá-la e fazê-la ver o engano do médico. Também lhe expliquei que Deus dá a vida e só Ele pode tirá-la. O homem não pode assumir em si mesmo essa atribuição[6]. A mulher voltou tranquila para sua casa. Agora, dez anos mais tarde, ela vem com frequência à Missa acompanhada pelo filho que o médico queria abortar porque, provavelmente, seria deformado. Notas [1] Coisa diferente é quando o ginecologista receita um medicamento que pode ser contraceptivo, mas, na verdade, o que o médico pretende é regular uma alteração hormonal na mulher que a impede de conceber ou ter seus ciclos normalmente. [2] Paulo VI, Humanae Vitae. [3] Você pode repassar estes princípios gerais revendo o http://adelantelafe.com/cuestiones-medicas-tienen-implicaciones-morales/ artigo [4] Paulo VI, Humanae Vitae. Veja também as encíclicas de Pio XI Casti connubii (nota de Sensus fidei: versão em português em tradução não oficial – parte 1: http://www.capela.org.br/Magisterio/conubii1.htm e parte 2: http://www.capela.org.br/Magisterio/conubii2.htm) e Familiaris Consortio de João Paulo II. [5] O quinto mandamento da Lei de Deus não só nos ensina que não devemos matar, mas temos de respeitar nosso corpo. [6] Exceto no caso da pena de morte que, em alguns casos, como Sto. Tomás nos diz, seria moralmente permissível. Publicado originalmente: Adelante la Fe — Cuestiones morales que plantean los métodos contraceptivos Sensus fidei 19 de agosto de 20169 de maio de 2017 Estudos, Hombridade, Sacerdos, Sermões | Instruções | Exortações | Artigos 3 Comentários ← Pokémon Go e a infantilização do homem moderno S. Bernardo explica porquê o Rosário é composto de quinze orações → 3 ideias sobre “Questões morais apresentadas por métodos contraceptivos” Daniela 24 de agosto de 2016 em 15:01 Permalink Após tantos casos de trombose pelo uso das pílulas, eu estou com medo de tomar… Estou pensando em começar a usar injeção. Vocês tem alguma informação sobre o Cyclofemina? Encontrei nesse site a bula http://cyclofemina.com.br/ mas queria mais informações. Obrigada Resposta Miguel 20 de agosto de 2016 em 05:26 Permalink Ah.uma pergunta ,o coito interrompido e pecado ? é um método natural licito? Resposta Cleunice 19 de agosto de 2016 em 18:26 Permalink Eu e meu esposo temos um de nossos filhos com síndrome. Ele é amadíssismo e nem posso imaginar como seria nossa vida sem ele. Resposta Deixe uma resposta O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com * Comentário Nome * E-mail * Site Publicar comentário Artigos em Destaque ADMITEM COMPLÔ CONTRA CARD. SARAH 24 de maio de 2017 Cena dantesca 23 de maio de 2017 PLANO B: A Queda do Novus Ordo Seclorum 22 de maio de 2017 Leia Também Alter Christus Proclamar a verdade — Palavras de Mons. Lefebvre Pe. Pio Pace: “A Exortação pós-sinodal estava pronta desde setem... A meu Filho respeitarão! 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