Questões morais apresentadas por métodos

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Questões morais apresentadas por métodos contraceptivos
“Todo ato conjugal realizado no casamento deve estar aberto à procriação”
(Paulo VI, Humanae Vitae)
Pe. Lucas Prados — Adelante la Fe | Tradução Sensus fidei: Um aspecto da medicina
que tem profundas implicações morais é todo aquele que está relacionado à
contracepção. Sobre esta questão há uma grande irresponsabilidade e confusão: tanto a
nível médico, porque o médico muitas vezes “lava as mãos” e prefere não se envolver
com a moralidade de sua prescrição; como em nível dos sacerdotes, muitas vezes, por
ignorância e outras por covardia, aconselham coisas que estão muito longe da moral
católica. E também há muita ignorância, quando não maldade, nos fiéis, que assimilam
uma cultura anticatólica totalmente partidária da contracepção.
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pelo mundo
Conselhos aos jovens que pensam em casar
Um médico católico não pode prescrever contraceptivos se sabe que serão usados para
evitar filhos[1]. Do mesmo modo um armeiro não pode vender uma arma se sabe que
ela será usada para matar uma pessoa. Vocês me dirão, a comparação é um pouco
exagerada. Eu digo que é totalmente correta; porque hoje, a maioria dos contraceptivos
prescritos pelos médicos tem, entre outras funções, a de provocar o aborto se a gravidez
tiver ocorrido. E que diferença moral existe entre matar um embrião ou matar um
adulto? Aos olhos de Deus, o crime de eliminar a vida de um embrião é ainda mais
grave, pois, assim o demonstra a Igreja quando pune este ato com a excomunhão.
Um sacerdote deve ser devidamente preparado sobre estas questões, para que não
dê maus conselhos por ignorância. O dano que o padre pode fazer por um mau conselho,
pode resultar na causa de abortos e muitos outros pecados; e desses pecados ele também
será responsável perante Deus. Embora na maioria dos casos os maus conselhos do
padre não se devem tanto ao desconhecimento quanto à covardia ou ao fato de pensar
que este é um assunto sobre o qual nada tem a dizer, considerando que é uma decisão a
ser tomada pelos esposos sem que a Igreja intervenha.
Considerações gerais
Antes de começar, recordemos dois princípios gerais fundamentais que nos ajudarão a
julgar casos individuais que possam surgir, em nível pessoal ou quando alguém nos
solicite conselho.
1. A única maneira moralmente aceitável para procriar é através da união conjugal entre
marido e mulher. Este princípio já foi abordado em artigos anteriores desta série, quando
falamos sobre a inseminação artificial, fertilização in vitro, bancos de esperma…
2. Todo ato conjugal realizado no casamento deve estar aberto à procriação[2]. Ou seja, os
cônjuges, não podem colocar voluntariamente nenhum obstáculo, seja mecânico, químico,
físico… com o fim de impedir a procriação.
3. E junto a estes dois princípios lembremos outros já enunciados no primeiro artigo desta
série:
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Nunca se pode fazer uma má ação para alcançar um fim bom.
O princípio do duplo efeito.
O problema do mal menor[3].
Por que os métodos contraceptivos são imorais?
PERGUNTA: Pode um cristão usar métodos anticonceptivos para evitar a procriação?
Resposta: NÃO. O Magistério da Igreja nos diz que todo ato conjugal realizado no
casamento deve estar aberto à procriação[4]. Então, o uso de métodos contraceptivos
que visa impedir diretamente a concepção, logo é PECADO GRAVE.
PERGUNTA: Quais métodos anticonceptivos são pecado?
RESPOSTA: TODOS. Tanto o uso de preservativos, diafragmas, as pílulas
anticoncepcionais de qualquer tipo, os sabonetes espermicidas, o T de cobre (DIU); e,
em geral, qualquer método que impeça diretamente a concepção.
PERGUNTA: É moralmente lícito o uso de métodos naturais, como o método Billings
para evitar a concepção?
RESPOSTA: Depende. Pode-se utilizar este método, por exemplo, quando há um grave
problema de saúde da mãe e o médico aconselha espaçar o próximo filho. No entanto,
seria ilícito se fosse usado sem um motivo grave ou como um método para não ter mais
filhos. Um casamento deve estar sempre aberto à concepção se essa for a vontade de
Deus.
Problemas de saúde causados pela contracepção oral
Muitos dos métodos de contracepção são causadores de doenças secundárias associadas
a eles. Efeitos colaterais que muitas vezes são silenciados pelas mídias ou não são
devidamente explicados.
Se tiverem à mão algum medicamento de pílulas anticoncepcionais e se atreverem a ler
os efeitos colaterais causados por elas, ficariam bem assustados. De qualquer forma,
para lhes facilitar o trabalho disponibilizo aqui as seguintes precauções que podem ser
consultadas em: https://medlineplus.gov/spanish/druginfo/meds/a601050-es.html
Como “resumo”, e para que sejam mais conscientes da gravidade do seu uso, copio aqui
algumas das indicações.
Antes de tomar contraceptivos orais:
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Informe o seu médico se você tem ou teve coágulos nas pernas, pulmões ou olhos;
trombofilia (condição em que o sangue coagula facilmente); doença arterial coronariana
(obstrução dos vasos sanguíneos que conduzem ao coração); doenças cerebrovasculares
(vasos sanguíneos obstruídos ou enfraquecidos no cérebro ou que levam ao cérebro); um
acidente vascular cerebral ou mini-acidente vascular cerebral; batimentos cardíacos
irregulares; doença do coração; um ataque cardíaco; dor no peito; diabetes que tenham
afetado a sua circulação; dores de cabeça que ocorrem junto a outros sintomas como
alterações da visão, fraqueza e tonturas; hipertensão arterial; câncer de mama; câncer do
revestimento do útero, colo do útero ou vagina; câncer de fígado, tumores hepáticos ou
outros tipos de doença hepática; amarelamento da pele ou dos olhos durante a gravidez ou
durante a utilização de contraceptivos hormonais (pílulas, adesivos, anéis, implantes ou
injeções); sangramento vaginal anormal sem motivo aparente; insuficiência suprarrenal
(uma condição em que o organismo não produz determinadas substâncias naturais
necessárias o suficiente para funções importantes, tais como a pressão arterial); ou doença
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renal. Informe também o seu médico se tiver sido recentemente submetido a cirurgia ou
tem sido incapaz de se mover por algum motivo. O seu médico poderá dizer-lhe para não
tomar certos tipos de contraceptivos orais ou não tomar qualquer contraceptivo oral se você
tem ou teve alguma destas condições.
Informe também o seu médico se alguém na sua família teve câncer de mama, se você está
acima do peso e se você tem ou já teve problemas com seus seios, como nódulos, uma
mamografia (raio-x dos seios) anormal ou doença fibrocística dos seios (seios inchados e
sensíveis, e/ou nódulos de mama não cancerosos); colesterol elevado ou gordura sanguínea
alta; diabetes; asma; toxemia (pressão alta durante a gravidez); ataque cardíaco; dor no
peito; convulsões; enxaqueca; depressão; doença da vesícula biliar; icterícia
(amarelamento da pele ou olhos); e aumento excessivo de peso e retenção de líquidos
(inchaço) durante o ciclo menstrual.
Não tome contraceptivos orais se estiver grávida, se planeja engravidar ou esteja
amamentando. Se engravidar, enquanto estiver tomando contraceptivos orais, chame seu
médico imediatamente.
Se está para realizar uma cirurgia, incluindo cirurgia dentária, informe o médico ou dentista
que está tomando contraceptivos orais.
Tenha em conta que os contraceptivos orais podem causar manchas escuras na pele,
especialmente na face. Se você tem experimentado mudanças na cor de sua pele durante a
gravidez ou enquanto estava tomando contraceptivos orais, deve evitar a exposição à luz
solar real ou artificial, enquanto está tomando contraceptivos orais. Usar protetores de
roupas, óculos de sol e protetor solar.
Informe o seu médico ou farmacêutico se você usa lentes de contato. Se notar alterações
na visão ou capacidade de usar lentes de contato enquanto estiver tomando contraceptivos
orais, consulte um oftalmologista.
Pode-se tomar contraceptivos para evitar ter de abortar em caso
de gravidez indesejada?
Por muitos anos, os governos, os meios de comunicação e até mesmo grande parte do
establishment médico, apresentaram a contracepção como um método para controlar a
população mundial e, ao mesmo tempo, para reduzir o número de abortos. Com o passar
dos anos pudemos comprovar que esta estratégia não foi senão outro engano do
demônio para terminar destruindo a família e apanhar os esposos em um pecado do qual
não seria tão fácil sair. E, quando o homem se acostuma no caminho fácil, embora saiba
depois que não é o certo, é muito difícil para ele retornar ao caminho da virtude e do
esforço, por meio de suas próprias forças.
Por outro lado, as estatísticas globais têm demostrado que o uso de meios contraceptivos
não conseguiu reduzir o número de abortos, mas muito pelo contrário. O
pansexualismo, a promiscuidade sexual e a degradação dos costumes morais de nossa
sociedade, têm contribuído grandemente para que muitos casais, que nunca teriam
considerado o aborto como uma solução para uma gravidez indesejada, decidam-se
agora por ele, se os métodos contraceptivos falham.
A mentalidade contraceptiva foi tão fortemente introduzida em nossa sociedade
moderna que é vergonhoso colocar gasolina no carro, comprar algodão em um
supermercado, ou simplesmente ir a uma farmácia para comprar uma aspirina; sem que
se encontre em um lugar de destaque para que todo mundo veja e ninguém se esqueça,
preservativos de todas as cores e sabores. Sim, também sabores!
Outro fato que clama aos céus é o que algumas “mães modernas” fazem com suas filhas
adolescentes. Quando sabem que surgiu algum pretendente ao redor, elas mesmas se
encarregam de comprar contraceptivos, e lembrá-las que os tomem; pois não querem
que voltem para casa um dia com uma surpresa.
Julgamento moral sobre a laqueadura e a vasectomia
Ambos laqueadura e vasectomia são imorais, se através delas se pretende a
contracepção. A razão é dupla:
Em primeiro lugar, por seu efeito contraceptivo ao impedir que o óvulo alcance o útero
(no caso de laqueação das trompas) ou que os espermatozoides sejam ejaculados (no
caso de vasectomia).
Em segundo lugar, pela mutilação causada em homens ou mulheres; o que já é em si
pecado grave[5]. Mutilação que em alguns casos já não é mais reversível; então, se mais
tarde esse casamento desejasse novamente ter filhos, teria que se submeter a outra
cirurgia para tentar reparar qualquer dano causado; intervenção que em alguns casos é
já de si complexa.
Um médico católico não pode realizar essas práticas se através delas se procura a
contracepção. Outra coisa diferente é quando se faz para remover um tumor ou por
outras razões médicas que assim o justifiquem.
O chamado “aborto terapêutico”
Conhece-se por este nome o aborto causado pelo “profissional” de saúde para evitar o
nascimento daqueles novos seres que foram concebidos como consequência de uma
violação, ou com suspeita (ou que se sabe com certeza) que possuem alterações
genéticas, doenças graves ou malformações.
Com o fim de obter a aprovação legal do aborto, os governos em muitos países se
dedicaram primeiramente a cauterizar as consciências de seus cidadãos falando de
“interrupção voluntária de gestação” em razão de violação ou malformação. Quando as
consciências já estavam acostumadas e cauterizadas, deram um passo adiante
aprovando a “interrupção da gestação” se o feto tivesse menos de tantas semanas
(embora não tenha havido violação ou malformação). Hoje todos nós sabemos que a
grande maioria dos governos aceitam o aborto livre, se não em teoria, pelo menos na
prática. Cartéis anunciando: “Clínica de Interrupção de Gestação” já fazem parte da
paisagem que somos obrigados a ver todos os dias em muitas cidades.
Como consequência da rejeição às normas morais mais elementares, práticas médicas
que seriam impensáveis há cinquenta anos são agora o pão nosso de cada dia.
Há alguns anos, veio-me uma mulher em seus quarenta e poucos anos, bastante
assustada, que acabara de engravidar. Quando foi ao seu médico para que este a
encaminhasse ao ginecologista, ele lhe disse:
Você já sabe que depois dos quarenta anos, a percentagem de
malformações em novas gestações aumenta, então eu aconselho que você
aborte por razões terapêuticas.
Esta senhora, conhecida minha, chegara confusa e assustada diante de tal conselho. A
primeira coisa que fiz foi tranquilizá-la e fazê-la ver o engano do médico. Também lhe
expliquei que Deus dá a vida e só Ele pode tirá-la. O homem não pode assumir em si
mesmo essa atribuição[6]. A mulher voltou tranquila para sua casa. Agora, dez anos
mais tarde, ela vem com frequência à Missa acompanhada pelo filho que o médico
queria abortar porque, provavelmente, seria deformado.
Notas
[1] Coisa diferente é quando o ginecologista receita um medicamento que pode ser
contraceptivo, mas, na verdade, o que o médico pretende é regular uma alteração
hormonal na mulher que a impede de conceber ou ter seus ciclos normalmente.
[2] Paulo VI, Humanae Vitae.
[3] Você pode repassar estes princípios gerais revendo o
http://adelantelafe.com/cuestiones-medicas-tienen-implicaciones-morales/
artigo
[4] Paulo VI, Humanae Vitae. Veja também as encíclicas de Pio XI Casti connubii
(nota de Sensus fidei: versão em português em tradução não oficial – parte
1: http://www.capela.org.br/Magisterio/conubii1.htm e parte
2: http://www.capela.org.br/Magisterio/conubii2.htm) e Familiaris Consortio de João
Paulo II.
[5] O quinto mandamento da Lei de Deus não só nos ensina que não devemos matar,
mas temos de respeitar nosso corpo.
[6] Exceto no caso da pena de morte que, em alguns casos, como Sto. Tomás nos diz,
seria moralmente permissível.
Publicado originalmente: Adelante la Fe — Cuestiones morales que plantean los
métodos contraceptivos
Sensus fidei 19 de agosto de 20169 de maio de 2017 Estudos, Hombridade, Sacerdos, Sermões |
Instruções | Exortações | Artigos 3 Comentários

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
S. Bernardo explica porquê o Rosário é composto de quinze orações →
3 ideias sobre “Questões morais apresentadas por
métodos contraceptivos”

Daniela
24 de agosto de 2016 em 15:01
Permalink
Após tantos casos de trombose pelo uso das pílulas, eu estou com medo de
tomar… Estou pensando em começar a usar injeção. Vocês tem alguma
informação sobre o Cyclofemina? Encontrei nesse site a bula
http://cyclofemina.com.br/ mas queria mais informações. Obrigada
Resposta
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Miguel
20 de agosto de 2016 em 05:26
Permalink
Ah.uma pergunta ,o coito interrompido e pecado ? é um método natural licito?
Resposta
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Cleunice
19 de agosto de 2016 em 18:26
Permalink
Eu e meu esposo temos um de nossos filhos com síndrome. Ele é amadíssismo
e nem posso imaginar como seria nossa vida sem ele.
Resposta
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