Análise de Circuitos Dinâmicos no Domínio do Tempo

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1
Teoria dos Circuitos e Fundamentos de Electrónica
Análise de Circuitos Dinâmicos
no Domínio do Tempo
Teresa Mendes de Almeida
[email protected]
DEEC
Área Científica de Electrónica
© T.M.Almeida
ACElectrónica
IST-DEECMarço de 2008
2
Matéria
Sinais e medidas no domínio do
tempo
sinais AC e DC - notação
valor médio e valor eficaz
Tipos de circuitos eléctricos
lineares
Resistivo e Dinâmico
Condensador
características
associação em série e em
paralelo
Bobine
características
associação em série e em
paralelo
transformador
Exemplos de aplicação
© T.M.Almeida
IST-DEEC-ACElectrónica
Resposta no tempo de circuitos
RC e RL
análise de transitórios em
circuitos de 1ª ordem
solução da equação diferencial
de 1ª ordem
método de cálculo do transitório
circuitos RC
circuitos RL
propriedades da solução geral
da equação diferencial
função escalão
aplicação em circuitos
Exemplos de aplicação
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Março de 2008
3
Notação para Sinais no Domínio do Tempo
DC – componente constante (não varia com o tempo)
vIN ( t ) = VIN + vin ( t )
DC
AC – componente variável no tempo
grandeza – maiúscula
índice – maiúscula
grandeza – minúscula
índice – minúscula
DC
AC
grandeza – minúscula
índice – maiúscula
DC
AC
VA = 10 V
vb (t ) = 2sin ( 2π 500t ) V
DC+AC
vC (t ) = 2 + 1,5sin ( 2π 800t ) V
VC = 2 V
vc (t ) = 1,5sin ( 2π 800t ) V
t
t
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iOUT ( t ) = I OUT + iout ( t )
DC+AC – componentes fixa e variável no tempo
AC
t
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4
Medidas no Domínio do Tempo
Valor Médio e Valor Eficaz
X Medio
A
T
2T
t
t0 +T
∫
x ( t ) dt
X ef = X rms
t0
x ( t ) = A cos (ωt + θ 0 )
1
ω = 2π f f =
T
1
=
T
t0 +T
∫
x 2 ( t ) dt
t0
X med = 0
X ef =
Medição experimental com Voltímetro
1
=
T
A
≈ 0, 707 A
2
modo DC – valor médio
modo AC – valor eficaz
Visualização das formas de onda no osciloscópio
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modo AC – apenas se visualiza componente variável (AC) do sinal
modo DC – visualiza-se componente DC e AC do sinal
utilizar habitualmente modo DC
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5
Tipos de Circuitos Eléctricos
Circuito Resistivo Linear
constituído por elementos resistivos
componentes resistivos
resistência, fonte de tensão, fonte de corrente
relação v(t)-i(t) descrita por equação algébrica linear
descrito por conjunto de equações algébricas lineares
todos os circuitos que foram considerados e estudados
em TCFE até agora são do tipo resistivo linear
vR ( t ) = R × iR ( t )
Circuito Dinâmico Linear
contém elementos que podem armazenar energia
absorvem energia do circuito, armazenam-na temporariamente,
mais tarde podem devolver essa energia ao circuito
componentes dinâmicos
condensador e bobine
relação v(t)-i(t) descrita por equação diferencial
descrito por um conjunto de equações diferenciais lineares
geralmente também contém componentes resistivos
condensador
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IST-DEEC-ACElectrónica
iC ( t ) = C
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6
Condensador
Constituição
2 placas de material condutor (armaduras)
separadas por material isolante – o dieléctrico
dvC ( t )
dt
p. ex.: ar, silício, papel impregnado, cerâmico, mica, ...
Capacidade (C)
depende de parâmetros definidos no processo de fabrico
geometria e dieléctrico utilizado
medida experimentalmente
para um condensador plano pode calcular-se teoricamente
A – área de cada armadura
d – distância entre armaduras
ε – constante dieléctrica (permitividade) do dieléctrico
( ε = εr ε0
A
d
vazio: ε0=8,85E-12 F/m ar(puro, seco): εr ∼1 )
é a medida da quantidade de carga (Q) armazenada em cada armadura para uma
dada diferença de potencial (V) entre as armaduras
[C ]
[Coulomb]
Q
C=
⇔ Q = CV
[F ] =
[ Farad ] =
V
[V ]
[Volt ]
C=1F é uma capacidade muito elevada (1F = 1C / 1V)
qe = −1, 602 × 10−19 C
capacidades são geralmente de valor baixo
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C =ε
expressas em microfarad (µF), nanofarad (nF), picofarad (pF)
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Condensador
impor uma diferença de potencial v(t) entre as armaduras
por intermédio de uma fonte de energia eléctrica
carga armazenada no condensador é q(t)
q (t ) = C × v (t )
a carga é directamente proporcional à tensão
+
surge campo eléctrico no dieléctrico entre as armaduras
energia eléctrica armazenada nessa região do espaço
V
devido à existência do campo eléctrico
condensador armazena energia eléctrica quando está a ser carregado energia eléctrica é transferida da fonte para o condensador
++++++++
+Q
E
--------Q
Descarregar um condensador
ee-
Carregar um condensador
condensador liberta para o circuito a energia eléctrica que estava armazenada
Condensador – componente com capacidade de armazenar energia
eléctrica
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ideal – manteria indefinidamente essa energia
real – tem perdas – vai muito lentamente perdendo a energia armazenada
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8
Condensador
Relação entre vC(t) e iC(t)
corrente eléctrica
dq ( t )
dt
carga armazenada no condensador q ( t ) = C × v ( t )
a corrente é directamente proporcional
dv ( t )
à taxa de variação da tensão
iC ( t ) = C C
dt
DC
tensão constante ⇒ corrente nula
em DC condensador comporta-se como um circuito aberto
i (t ) =
condensador bloqueia componente contínua
vC(t) não pode variar instantaneamente (ter descontinuidades)
obter-se-ía corrente infinita!
energia eléctrica armazenada (associada ao campo eléctrico existente)
não pode ser descontínua!
vC(t)
−
+
num instante tx qualquer
vC ( t x ) = vC ( t x ) = vC ( t x )
tx
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9
Condensador
Condição inicial
iC ( t ) = C
t0
t
vC ( t ) =
t
dvC ( t )
dt
t
1
1
1
1
iC ( x ) dx = ∫ iC ( x ) dx + ∫ iC ( x ) dx = vC ( t0 ) + ∫ iC ( x ) dx
∫
C −∞
C −∞
C t0
C t0
ao analisar o funcionamento do circuito é preciso conhecer (ou assumir)
uma condição inicial para a tensão(carga) no condensador
Energia armazenada no condensador
pC ( t ) = vC ( t ) × iC ( t )
t
t
dv ( x )
1
1
wC ( t ) = ∫ pC ( x ) dx = ∫ vC ( x ) × C C
dx = Cv 2C ( t ) − Cv 2C ( −∞ )
−∞
vC ( −∞ ) = 0
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2
dx
−∞
1
wC ( t ) = Cv 2C ( t )
2
→
2
[ J ] [ Joule]
em cada instante, a energia no condensador apenas depende da tensão aos
seus terminais nesse instante
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10
Exemplo de aplicação
Determinar iC(t) e wC(6ms) de um condensador com C=5µF a
partir do gráfico da tensão
0
4 ×103 t

vC ( t ) = 
3
96 − 12 ×10 t
0
iC ( t ) = C
0
20 mA

iC ( t ) = 
−60 mA
0
© T.M.Almeida
,
,
,
,
0≤t
0 ≤ t ≤ 6ms
6ms ≤ t ≤ 8ms
8ms ≤ t
dvC ( t )
dt
,
,
,
,
IST-DEEC-ACElectrónica
0<t
0 < t < 6ms
6ms < t < 8ms
8ms < t
1
1
2
wC ( 6ms ) = Cv 2C ( 6ms ) = 5 × 10−6 ( 24 )
2
2
wC ( 6ms ) = 1, 44 mJ
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11
Associação de Condensadores
Condensadores em série
v ( t ) = v1 ( t ) + v2 ( t ) + vN ( t )
KVL
t
1
vk ( t ) =
∫ i ( x ) dx k = 1, 2,… , N
Ck −∞
t
 1
1
1 
+ +
v (t ) =  +
 ∫ i ( x ) dx
C N  −∞
 C1 C2
2 condensadores em série
1
1
1
1
= +
+ +
CS C1 C2
CN
1
1
1
= +
CS C1 C2
CS =
C1C2
C1 + C2
CS < C1 , C2
Condensadores em paralelo
i ( t ) = i1 ( t ) + i2 ( t ) + iN ( t )
KCL
dv ( t )
dv ( t )
dv ( t )
+ C2
+ + CN
dt
dt
dt
dv ( t )
i ( t ) = ( C1 + C2 + + CN )
dt
i ( t ) = C1
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IST-DEEC-ACElectrónica
CP = C1 + C2 + + CN
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12
Exemplos de aplicação
Determinar a corrente/tensão no condensador
CT=?
C=24µF
C=25µF
C=2µF
C=10µF
CT=?
C=100µF
q(0)=0C
C=50µF
q(0)=0C
CT=1µF
C=?
C=50µF
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13
Bobine
Constituição
fio condutor enrolado em forma de espiral
núcleo de material
Condutor onde passa corrente - cria um campo magnético
não magnético – ar
magnético – ferro, ferrite (concentram linhas de fluxo)
campo magnético e corrente estão relacionados de forma linear
L – coeficiente de auto-indução (indutância)
é a constante de proporcionalidade
φ=
λ = Nφ
[H] [Henry]
λ = LiL
λ – fluxo de ligação magnética
φ – fluxo magnético
N – n. espiras da bobine
L
iL
N
variação na corrente que atravessa a bobine
induz aos seus terminais uma tensão
dλ
vL =
dt
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L é a constante de proporcionalidade
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Bobine
Relação entre vL(t) e iL(t)
a tensão é directamente proporcional à taxa
de variação da corrente
vL =
dλ
dt
λ = LiL
diL ( t )
dt
DC
corrente constante ⇒ tensão nula
em DC bobine comporta-se como um curto-circuito
vL ( t ) = L
bobine deixa passar componente contínua
iL(t) não pode variar instantaneamente (ter descontinuidades)
obter-se-ía tensão infinita!
energia armazenada (associada ao campo magnético existente) não
pode ser descontínua!
iL(t)
num instante tx qualquer
iL ( t x− ) = iL ( t x+ ) = iL ( t x )
tx
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Bobine
Condição inicial
t
t
iL ( t ) =
vL ( t ) = L
t
diL ( t )
dt
t
1
1 0
1
1
v
x
dx
vL ( x ) dx + ∫ vL ( x ) dx = iL ( t0 ) + ∫ vL ( x ) dx
L( )
∫
∫
L −∞
L −∞
L t0
L t0
ao analisar o funcionamento do circuito é preciso conhecer (ou assumir)
uma condição inicial para a corrente na bobine
Energia armazenada na bobine
pL ( t ) = vL ( t ) × iL ( t )
t
wL ( t ) =
∫
t
pL ( x ) dx =
−∞
−∞
iL ( −∞ ) = 0
© T.M.Almeida
∫L
→
diL ( x )
1
1
× iL ( x ) dx = Li 2 L ( t ) − Li 2 L ( −∞ )
2
2
dx
wL ( t ) =
1 2
Li L ( t )
2
[ J ] [ Joule]
em cada instante, a energia na bobine apenas depende da corrente aos seus
terminais nesse instante
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Exemplo de aplicação
Determinar vL(t), wL(2ms) e wL(4ms) de uma bobine com
L=10mH a partir do gráfico da corrente
0
10t

iL ( t ) = 
−3
40 × 10 − 10t
0
vL ( t ) = L
0
100

vL ( t ) = 
−100
0
© T.M.Almeida
,
,
,
,
,
,
,
,
t≤0
0 ≤ t ≤ 2ms
2ms ≤ t ≤ 4ms
4ms ≤ t
[ A]
diL ( t )
dt
t<0
0 < t < 2ms
2ms < t < 4ms
4ms < t
IST-DEEC-ACElectrónica
[ mV ]
2
1
10 × 10−3 )( 20 ×10−3 ) = 2 µ J
(
2
wL ( 4ms ) = 0 J
wL ( 2ms ) =
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Exemplo de aplicação
Calcular energia total armazenada no circuito
circuito só tem fontes DC
admitindo que foram ligadas há muito tempo – todas grandezas constantes
condensadores → circuito aberto
bobines → curto-circuito
DC
analisar circuito resistivo resultante (KCL nó A, KVL malha exterior)
 I L1 = −1, 2 A
 I L1 + 3 = I L 2


−9 + 6 I L1 + ( 3 + 6 ) I L 2 = 0  I L 2 = 1,8 A
WC1 = 2, 62 mJ WC 2 = 2,92 mJ
VC 2 = 6 I L 2 = 10,8 V

VC1 = −6 I L1 + 9 = 16, 2 V
WT = WC1 + WC 2 + WL1 + WL 2 = 13, 46 mJ
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WL1 = 1, 44 mJ WL 2 = 6, 48 mJ
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Associação de Bobines
Bobines em série
v ( t ) = v1 ( t ) + v2 ( t ) + vN ( t )
KVL
v ( t ) = L1
di ( t )
dt
+ L2
di ( t )
dt
+ + LN
di ( t )
dt
LS = L1 + L2 + + LN
di ( t )
v ( t ) = ( L1 + L2 + + LN )
dt
Bobines em paralelo
KCL
i ( t ) = i1 ( t ) + i2 ( t ) + iN ( t )
ik ( t ) =
1
Lk
t
∫ v ( x ) dx
k = 1, 2,… , N
−∞
t
1 1
1 
i (t ) =  + + +
 ∫ v ( x ) dx
LN  −∞
 L1 L2
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2 bobines em paralelo
IST-DEEC-ACElectrónica
1
1 1
= +
LP L1 L2
1
1 1
1
= + + +
LP L1 L2
LN
LP =
L1 L2
L1 + L2
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LP < L1 , L2
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Exemplos de aplicação
Determinar a tensão/corrente na bobine
L=10mH
L=4mH
L=50mH
L=24mH
L=2H
LAB=?
L=4mH
v(t)=0V , t<0
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IST-DEEC-ACElectrónica
L=24mH
v(t)=0V , t<0
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LT=2mH
L=?
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20
Exemplos de aplicação
Se energia total armazenada no circuito é 80mJ, quanto vale
L?
Calcular C sabendo que energia armazenada no condensador
é igual à energia armazenada na bobine
Calcular a potência dissipada na
R=3Ω e a energia armazenada
no condensador
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IST-DEEC-ACElectrónica
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21
Transformador
Constituição
2 bobines adjacentes
primário e secundário
existe ligação magnética – φ
não existe ligação eléctrica
isolamento eléctrico
Transformador ideal
resistência dos fios é desprezada
fluxo φ no núcleo liga todas as espiras das 2 bobines
dφ
dt
dφ
v2 ( t ) = N 2
dt
v1 ( t ) = N1
v1 N1
=
v2 N 2
∫ Hdl = N i + N i
11
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2 2
i1
N
=− 2
i2
N1
=0
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22
Transformador
Níveis de Tensão, Corrente e Resistência são alteradas
N
v1 = 1 v2
N2
N
i1 = − 2 i2
N1
2
N 
R1 =  1  R2
 N2 
Nível de Potência não se altera
N1i1 + N 2i2 = 0 v1i1 + v1
N1
v2
2
 N1  v2
v1
N2
= R1 =
=

N2
i1
N

2
 −i2
i2
−
N1
N2
i2 = 0 v1i1 + v2i2 = 0
N1
p1 = − p2
Análise de circuitos com transformadores ideais
© T.M.Almeida
reflectir grandezas do primário/secundário no secundário/primário
usando as relações do quociente do número de espiras
necessário ter atenção à marcação
polaridade das tensões
sentido das correntes
sentido acoplamento magnético
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23
Análise de Transitórios em Circuitos
Circuitos de 1ª ordem
iC ( t ) = C
contêm apenas um elemento armazenador de
energia
circuitos RC
circuitos RL
descritos por equação diferencial de 1ª ordem
dvC ( t )
dt
E
D
Análise do circuito
© T.M.Almeida
comportamento do circuito quando existem
alterações no circuito
interruptor abre/fecha
fonte ligada/desligada ou com valor
alterado num instante de tempo
tensões e correntes vão-se alterar
transitoriamente
análise do circuito permite determinar
qual a forma dos transitórios
ao fim de algum tempo tensões e correntes
ficam com valores constantes
regime estacionário
IST-DEEC-ACElectrónica
D
DE
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24
Solução da eq. diferencial de 1ª ordem
Solução da eq. diferencial de 1ª ordem genérica
xp(t) – solução particular (forçada)
é uma solução da eq. diferencial genérica
depende da função f(t)
xc(t) – solução complementar (natural)
é uma solução da eq. homogénea
só depende da topologia do circuito
solução total da eq. diferencial de partida
dx ( t )
+ ax ( t ) = f ( t )
dt
dx ( t )
+ ax ( t ) = 0
dt
x ( t ) = x p ( t ) + xc ( t )
Para uma função constante f(t)=A
dx p ( t )
dt
dxc ( t )
+ a xc ( t ) = 0 → xc ( t ) = K 2 e − at
dt
© T.M.Almeida
x ( t ) = K1 + K 2 e −t /τ
A
+ a x p ( t ) = A → x p ( t ) = K1 =
a
IST-DEEC-ACElectrónica
1
τ=
a
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 x ( +∞ ) = K1

 x ( 0 ) = K1 + K 2
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25
Análise de Transitório em circuito RC
Como varia a tensão no condensador?
Antes do interruptor fechar em t=0–
regime estacionário – grandezas constantes
fonte já estava ligada há muito tempo
condensador estava descarregado
Logo após o interruptor fechar t=0+
tensão no condensador não pode variar
instantaneamente
vC ( 0+ ) = vC ( 0− ) = vC ( 0 ) = 0
Deixando passar muito tempo t=+∞
vC ( +∞ ) = VS
regime estacionário – grandezas constantes
condensador comporta-se como circuito aberto
vC ( 0− ) = 0
Durante o transitório
VS − vC ( t )
dv ( t )
=C C
R
dt
KCL
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a=1/ τ
IST-DEEC-ACElectrónica
→
dvC ( t ) 1
+
vC ( t ) = VS
dt
RC
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Análise de Transitório em circuito RC (cont.)
A
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26
Assumir a solução da eq. diferencial
vC ( t ) = K1 + K 2 e− t /τ
Determinar as constantes (K1, K2, τ) a partir do circuito
⇒ K1 + K 2 = 0
vC ( 0 ) = 0 ∧ vC ( 0 ) = K1 + K 2
vC ( +∞ ) = VS
∧ vC ( +∞ ) = K1 ⇒ K1 = VS
τ = RC
A solução é: vC ( t ) = VS − VS e
ex
e-x
−
-e-x
t
RC
t
−


RC
= VS 1 − e  t ≥ 0


1-e-x
1
© T.M.Almeida
IST-DEEC-ACElectrónica
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27
Método de cálculo de Transitório em RC
Assumir que a solução para a tensão no condensador é
vC ( t ) = K1 + K 2 e
τ
t0 – instante em que ocorre alteração no circuito (interruptor abre/fecha)
t=+∞ regime estacionário (grandezas constantes)
fazer análise do circuito e determinar vC(+∞)
vC ( +∞ ) = K1
Calcular constante K2
t −t0
Calcular constante K1
−
t=t0– regime estacionário (grandezas constantes)
fazer análise do circuito e determinar vC(t0–)
vC t0− = vC t0+ = vC ( t0 )
continuidade na tensão no condensador
vC ( t0 ) = K1 + K 2
calcular K2
( )
( )
Calcular constante de tempo τ
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calcular RTh – resistência equivalente de Thévenin vista pelo condensador
calcular τ
τ = RThC
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28
Exemplo de aplicação
Calcular i(t) admitindo que interruptor está em 1 há muito
tempo e muda para 2 em t=0
relacionar i(t) com vC(t)
i (t ) =
vC ( t )
R2
−
t −t0
vC ( t ) = K1 + K 2 e τ
determinar
t0 = 0
calcular K1
vC ( +∞ ) = 0 = K1
t=+∞
regime estacionário
calcular K2
t=0 regime estacionário
3k
12 = 4 V
3k + 6k
vC ( 0 + ) = vC ( 0 − ) = 4 V = K1 + K 2
+
vC(+∞)
-
vC ( 0 − ) =
© T.M.Almeida
IST-DEEC-ACElectrónica
K2 = 4 V
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29
Exemplo de aplicação (continuação)
Calcular i(t) admitindo que interruptor está em 1 há muito
tempo e muda para 2 em t=0
calcular τ
interruptor em 2
RTh vista pelo condensador
RTh = R1 // R2 = 2 k Ω
τ = RThC = 0, 2 s
obter vC(t)
4

vC ( t ) =  − t
4e 0,2
[V ]
, t≥0
obter i(t)
4
 3
i (t ) = 
t
 4 e− 0,2
 3
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RTh
, t≤0
IST-DEEC-ACElectrónica
, t ≤0
[ mA]
, t ≥0
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30
Método de cálculo de Transitório em RL
Assumir que a solução para a corrente na bobine é
iL ( t ) = K1 + K 2 e
τ
t0 – instante em que ocorre alteração no circuito (interruptor abre/fecha)
t=+∞ regime estacionário (grandezas constantes)
fazer análise do circuito e determinar iL(+∞)
iL ( +∞ ) = K1
Calcular constante K2
t −t0
Calcular constante K1
−
t=t0– regime estacionário (grandezas constantes)
fazer análise do circuito e determinar iL(t0–)
continuidade na corrente na bobine
calcular K2
iL ( t0− ) = iL ( t0+ ) = iL ( t0 )
iL ( t0 ) = K1 + K 2
Calcular constante de tempo τ
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calcular RTh – resistência equivalente de Thévenin vista pela bobine
L
τ=
calcular τ
RTh
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31
Propriedades da solução x(t)=K1+K2e-(t-t0)/τ
Constante de tempo τ
K1
indica rapidez da variação da curva
τ menor – mais rápida
τ maior – mais lenta
t0
K1
−1
Ao fim de 5 constantes de tempo
∆t = 5 τ
variação de 99,3%
63,2%
t0+τ
t0
(1 − e ) ×100% = 99,3% ≈ 100%
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t0+5τ
τ
considera-se que foi atingido valor final
IST-DEEC-ACElectrónica
100%
K1+ K2
−5
τ2 > τ1
∆t = τ
variação de 63,2%
(1 − e ) ×100% = 63, 2%
τ2
K1+ K2
Ao fim de uma constante de tempo
τ1
5τ
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32
Função escalão
Função escalão (unitário)
permite a descrição matemática de mudança brusca
0 , t < 0
u (t ) = 
1 , t > 0
0 , t < t 0
u ( t − t0 ) = 
1 , t > t0
Ligar fonte de tensão
em t=0
Ligar Fonte de corrente
em t=t0
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+
v(t)
i(t)
+
v(t)
i(t)
t0
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33
Função escalão
Descrição matemática de impulso 0<t<T
0 , t < 0

v (t ) =  A , 0 < t < T
0 , T < t

Subtraindo 2 escalões de altura A
v ( t ) = Au ( t ) − Au ( t − T )
Descrição matemática de impulso t0<t<t0+T
t0 – instante de início do impulso
T – largura do impulso
{
v ( t ) = 9 u ( t ) − u ( t − 0,3) 
[V ]
}
v ( t ) = A u ( t − t0 ) − u ( t − ( t 0 + T ) )
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Exemplos de aplicação
Calcular vo(t)
Calcular i1(t)
Calcular i(t)
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34
Março de 2008
35
Exemplos de aplicação
Calcular vo(t)
1- calcular vo(t) para 0<t<0,3s como se não
ocorresse a 2ª transição em v(t)
2- calcular vo(t) para t>0,3s como se não ocorresse a
1ª transição mas sabendo que vo(t=0,3s) é o ponto de partida
Calcular vo(t)
0

− 3/ 2 t
vo ( t ) = 4 1 − e ( )

− 3/ 2 t −1
3,11e ( )( )
(
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)
, t≤0
, 0 ≤ t ≤ 1s
, 1s ≤ t
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Números complexos
PRÓXIMA AULA
Vai ser necessário fazer cálculos com números complexos
Relembrar cálculo com números complexos
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[V ]
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36
representação no plano complexo
forma cartesiana e forma polar
equação de Euler
soma e subtracção
multiplicação e divisão
complexo conjugado
...
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