Como implodir?

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JORNAL DE SANTA CATARINA
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DEMOLIÇÃO DO AMÉRICA EM NÚMEROS
A coordenação da implosão seria da Defesa Civil
Seria necessária uma
equipe de 12 pessoas
para coordenar a explosão
A previsão de custo
seria em torno de
R$ 700 mil
O trabalho até a
retirada de entulhos
duraria 20 dias
Softwares avaliariam
o impacto nas
edificações próximas
Seriam usados pelo
menos 200 kg de
dinamite
250 kg de explosivos
derrubaram um pavilhão
do Carandiru
A implosão do
Palace 2 usou
50 kg de dinamite
Fonte: Manoel Jorge Dias, engenheiro de minas, especialista em implosão e engenheiro responsável da CDI Implosões. Dias coordenou as demolições do Palace 2 e Carandiru
Como implodir?
A pedido do Santa, o engenheiro
de minas, especialista em implosão e
engenheiro responsável da CDI Implosões de São Paulo, Manoel Jorge Dias,
avaliou como poderia ser a demolição
do América, analisando a estrutura
através de fotografias encaminhadas
pela reportagem. Dias coordenou mais
de 100 implosões no país – incluindo
as históricas da Casa de Detenção de
São Paulo (Complexo do Carandiru) e
o Palace 2, no Rio de Janeiro.
Segundo o engenheiro, há duas alternativas para a destruição do América: implosão com dinamite e demolição manual. Ele explica que o ideal é
o método com dinamite por ser mais
seguro, rápido e ter a melhor relação
custo benefício. Todo o trabalho duraria 20 dias. O método manual levaria
aproximadamente três meses e seria
executado por uma equipe de 30 pessoas. Porém, conforme Dias, o custo é
maior e o perigo também.
– É grande o risco de cair um pedaço da estrutura e acertar um carro ou
uma pessoa na rua – avisa.
Segundo ele, geralmente as implosões ocorrem em cumprimento a decisões judiciais.
Hotéis Nações e Alvorada
● Brasília 2011: Os dois prédios de 12
pavimentos cada foram implodidos para
a construção de hotéis mais modernos
para a Copa de 2014. A implosão
resultou em 10 mil toneladas de entulho
Estádio Mané Garrincha
● Brasília 2011: Duas tentativas e
a arquibancada do Estádio Mané
Garrincha, em Brasília, continuou em
pé. O estádio inaugurado no início dos
anos 1970 está em obras para a Copa
Carandiru 1
● São Paulo 2002: A primeira etapa
da implosão foi em 8 de dezembro.
Restaram 80 mil toneladas de entulho,
retiradas do local por 8 mil caminhões.
A explosão durou 10 segundos
Palace 2
● Rio de Janeiro 1998: Edifício
residencial, foi implodido depois de
constatado erro estrutural de cálculo
no projeto das vigas de sustentação. O
projeto era do engenheiro Sérgio Naya
Edifício Mendes Caldeira
GILMAR DE SOUZA
O espaço ao redor
é isolado duas
horas antes de
acionar o detonador,
que fica a 150m da
área a ser implodida
A implosão
começa com
um detonador
A implosão dura até
10 segundos
O dispositivo cria uma
faísca que queima um
composto químico
dentro de um longo cabo
que segue até o prédio
ARTE MARCELO CAMACHO
IMPLOSÕES
FAMOSAS NO BRASIL
Obras do
Edifício
América
estão
paralisadas
desde
2008
Lá dentro,
centenas de
outros fios saem
do cabo principal
Todo fio é ligado a
uma espoleta que
explode a dinamite
A liberação da rua e da
área é feita meia hora
após a detonação
● São Paulo 1976: O edifício foi
destruído por implosão. A tecnologia era
inédita, até então, na América Latina. O
prédio foi demolido para a construção
da Estação da Sé
santa.com.br
Assista aos vídeos das implosões que
repercutiram no país em www.santa.com.br
Os entulhos
são removidos
Pelo menos meia banana de
dinamite é colocada por pilar.
A quantidade é definida
conforme a altura do prédio
A sequência da explosão é
controlada por um produto que faz
o fio detonador queimar lentamente
A diferença entre a explosão das
primeiras e das últimas dinamites
é de milésimos de segundo
Fonte: Manoel Jorge Dias, engenheiro de minas, especialista em implosão e engenheiro responsável da CDI Implosões. Dias coordenou as demolições do Palace 2 e Carandiru
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