ANA CAROLINA SAID DA COSTA “PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA AMPLIAÇÃO DA COBERTURA DO EXAME CITOPATOLÓGICO DO COLO DO ÚTERO REALIZADO NA UNIDADE DE SAÚDE ESF SONHO MEU III” COSTA RICA – MS 2011 ANA CAROLINA SAID DA COSTA “PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA AMPLIAÇÃO DA COBERTURA DO EXAME CITOPATOLÓGICO DO COLO DO ÚTERO REALIZADO NA UNIDADE DE SAÚDE ESF SONHO MEU III” Projeto de Intervenção para ampliação da cobertura do exame citopatológico do colo do útero, apresentado à Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, como requisito para conclusão do curso de Pós Graduação à nível de especializacão em Atenção Básica em Saúde da Família. Orientadora: Profa. Dra. Adriane Pires COSTA RICA – MS 2011 RESUMO O projeto de Intervenção para ampliação da cobertura do exame citopatológico do câncer do colo uterino desenvolvido na unidade de saúde ESF Sonho Meu III no segundo trimestre do ano se dá pela baixa adesão das mulheres quanto à realização periódica do exame. Dados epidemiológicos de câncer do colo uterino no mundo revelam que a doença causa 230 mil mortes ao ano. No Brasil, o câncer de colo uterino, é o segundo tumor mais freqüente na população feminina. Por ano são 4.800 vítimas fatais e a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) para os anos de 2010 e 2011 é de mais de 18 mil novos casos da doença. (BRASIL, 2010) Observamos que ainda não conseguimos de maneira satisfatória que as mulheres adquiram o hábito de realizar o exame preventivo do colo uterino periodicamente, apesar das políticas públicas de saúde, encontramos mulheres que fizeram o exame há 3 anos ou mais e até mesmo mulheres que nunca o fizeram. Tendo em vista que o câncer de colo do útero é uma das causas mais importantes de morbidade e mortalidade feminina no Brasil, um dos grandes desafios é buscar estratégias de intervenção para a ampliação da prevenção e detecção precoce da doença. As ações desenvolvidas baseiam-se na sensibilização das mulheres, principalmente na faixa etária de maior risco de desenvolver a doença, que é de 25 a 59 anos, sobre a importância da realização do exame periodicamente, ampliação do conhecimento sobre a doença, o auto cuidado e práticas saudáveis de vida através de visitas domiciliares, rodas de conversas e ações educativas. Palavras chaves: PREVENÇÃO, CÂNCER UTRINO, PAPANICOLAOU SUMÁRIO INTRODUÇÃO -------------------------------------------------------------04 OBJETIVOS ----------------------------------------------------------------06 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 1. O CONTROLE DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO 1.1 . ANATOMIA E FISIOLOGIA DO ÚTERO ----------------------------------07 1.2. HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA -----------------------------------08 1.3. FATORES DE RISCO ASSOCIADOS AO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO ----------------------------------------------------------08 1.4. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS---------------------------------------------------09 O PAPEL DAS EQUIPES DE ESTRETÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA NA PROMOÇÃO DE SAÚDE DA MULHER E PREVENÇÃO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO ---------------------------------------09 PROJETO DE INTERVENÇÃO------------------------------------------10 CONSIDERAÇÕES FINAIS-----------------------------------------------13 BIBLIOGRAFIA -----------------------------------------------------------14 4 INTRODUÇÃO O Projeto de Intervenção para ampliação da cobertura do exame citopatológico do colo do útero se dá principalmente pela baixa adesão das mulheres quanto a realização periódica do exame, este é um problema recorrente nas unidades de saúde por todo o país. A baixa cobertura de exames citopatológicos do colo uterino principalmente em mulheres de 25 a 59 anos, faixa etária de maior risco de desenvolver o câncer do colo do útero, se constitui um problema de saúde pública. O exame possui um importante papel na detecção de lesões precursoras da doença, pois quando diagnosticado precocemente há grandes possibilidades de cura e redução da mortalidade por câncer, que é o nosso grande objetivo. Dentro das ações de atenção à saúde da mulher destaca-se a prevenção do câncer do colo do útero por meio da realização das atividades de rastreamento do câncer do colo do útero, com a coleta de material para exame citopatológico. (BRASIL,2003) Dados epidemiológicos de câncer de colo uterino no mundo revelam que a doença causa 230 mil mortes ao ano. No Brasil, o câncer de colo uterino, é o segundo tumor mais freqüente na população feminina. Por ano são 4.800 vítimas fatais e a estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) para os anos de 2010 e 2011, é de mais de 18 mil novos casos da doença. (BRASIL, 2010) Em Mato Grosso do Sul a estimativa é de 25,46 casos para cada 100 mil mulheres. Em Costa Rica, temos como meta anual a realização de 1.600 exames citopatológicos do colo do útero através do Sistema Único de Saúde (SUS), no ano de 2010 foram realizados 1.300 exames na faixa etária de 25 a 59 anos, sendo uma cobertura de 81,25%, entre estes alguns em seguimento no Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero (SISCOLO). O Siscolo destina-se ao armazenamento de informações do Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo de Útero e possibilita a avaliação da prevalência das lesões precursoras do câncer em mulheres submetidas a exames colpocitopatológicos (preventivos). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) com uma boa cobertura 5 da população alvo de no mínimo 80% e a garantia de diagnóstico e tratamento adequados dos casos alterados, é possível reduzir em média 60% a 90% da incidência de câncer invasivo de cérvice na população. (WHO, 2002). Para que o município consiga alcançar uma cobertura de pelo menos 95% dessa quantidade de exames, foi estipulado que cada equipe das 7 unidades de Estratégia de Saúde da Família (ESF) do município, realizassem pelo menos 20 exames mensais na faixa etária de maior risco, ou seja, das mulheres de 25 a 59 anos. Um número que teoricamente seria alcançado sem muitos esforços, porém percebemos a necessidade de realizar ações para estimular a realização do exame. Observamos que ainda não conseguimos de maneira satisfatória que as mulheres adquiram o hábito de realizar o exame preventivo de câncer de colo uterino periodicamente, encontramos mulheres que fizeram o exame há 5 anos ou mais, além de encontrar aquelas que nunca o fizeram. As principais causas da baixa adesão ao exame podem ser: baixa escolaridade, baixo nível sócio-econômico, ausência de problemas ginecológicos, vergonha ou medo. Segundo RAFAEL e MOURA(2010), as principais dificuldades relatadas pelas mulheres para a prática desse exame foi o medo e a vergonha, influenciado também pela baixa escolaridade, barreiras de acesso e a classe econômica da mulher. Sabemos que o câncer de colo uterino demora muitos anos para se desenvolver, cerca de 10 a 20 anos, e as alterações das células que podem desencadear o câncer são facilmente descobertas no exame preventivo, também conhecido como Papanicolaou. O exame é simples, indolor e rápido, que pode no máximo causar um pequeno desconforto, e mesmo assim muitas mulheres não o fazem por vergonha, medo ou falta de informação sobre a importância de sua realização. Tendo em vista que o câncer de colo uterino é uma das causas mais importantes de morbidade e mortalidade feminina no Brasil, um dos grandes desafios é buscar estratégias de intervenção para a ampliação da prevenção e detecção precoce da doença. O fato da doença causar um grande número de mortes e acometer muitas mulheres ao ano nos tem trazido grandes preocupações. Levando em 6 consideração que mulheres diagnosticadas precocemente, se tratadas adequadamente, tem praticamente 100% de chance de cura. O exame preventivo do câncer do colo do útero (Papanicolaou) é a principal estratégia para detectar lesões precursoras e fazer o diagnóstico da doença. Por isso, é importante o trabalho de conscientização da população feminina sobre qual a importância da realização do exame preventivo através de rodas de conversa, visitas domiciliares e busca ativa, pois a sua realização periódica permite reduzir a mortalidade por câncer do colo do útero. O projeto de Intervenção se justifica pela relevância que a doença representa devido sua morbi-mortalidade e também porque o trabalho de prevenção proporciona a detecção precoce da doença. Diante do exposto, os objetivos deste Projeto de Intervenção baseiam-se na sensibilização de mulheres sobre a importância da realização do exame preventivo de câncer do colo do útero e a ampliação da cobertura de exames citopatológicos realizados na unidade de saúde ESF Sonho Meu III. Dentre os Objetivos Específicos estão: Informar as mulheres sobre o câncer e/ou ampliar o conhecimento sobre a doença a fim de elevar a qualidade de vida das pessoas através de rodas de conversas e visitas domiciliares; sensibilizar sobre a realização periódica do exame e captação precoce de mulheres através de busca ativa para coleta do exame, a fim de propor mudanças de atitude da população feminina sobre a prevenção e detecção precoce do câncer do colo uterino. 7 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 1. O CONTROLE DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO 1. 1.ANATOMIA E FISIOLOGIA DO ÚTERO O útero é um órgão reprodutor feminino que está situado no abdome inferior, por trás da bexiga e na frente do reto e é dividido em corpo e colo. Essa última parte é a porção inferior do útero e se localiza dentro do canal vaginal. O colo do útero apresenta uma parte interna, que constitui o chamado canal cervical ou endocérvice, que é revestido por uma camada única de células cilíndricas produtoras de muco – epitélio colunar simples. A parte externa, que mantém contato com a vagina, é chamada ectocérvice e é revestida por um tecido de várias camadas de células planas – epitélio escamoso e estratificado. Entre esses dois epitélios, encontra-se a junção escamocolunar – JEC , que é uma linha que pode estar tanto na ecto como na endocérvice, dependendo da situação hormonal da mulher. Na infância e no período pós-menopausa, geralmente a JEC situa-se dentro do canal cervical. No período da menacme, fase reprodutiva da mulher, geralmente a JEC, situa-se no nível do orifício externo ou para fora desse – ectopia ou eversão. Nessa situação, o epitélio colunar fica em contato com um ambiente vaginal ácido, hostil à essas células. Assim, células subcilíndricas, de reserva, bipotenciais, por meio de metaplasia, se transformam em células mais adaptadas – escamosas - , dando origem a um novo epitélio, situado entre os epitélios originais, chamado de terceira mucosa ou zona de transformação. Nessa região, pode ocorrer obstrução dos ductos excretores das glândulas endocervicais subjacentes, dando origem a estruturas císticas sem significado patológico, chamados de Cistos de Naboth. É nessa zona em que se localizam mais de 90% das lesões cancerosas do colo do útero. (BRASIL, 2006) 8 1. 2. HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA O câncer do colo do útero é uma afecção progressiva iniciada com transformações intra-epiteliais progressivas que podem evoluir para um processo invasor num período que varia de 10 a 20 anos. O colo do útero é revestido por várias camadas de células epiteliais pavimentosas, arranjadas de forma bastante ordenada. Essa ordenação das camadas é acompanhada por alterações nas células que vão desde núcleos mais corados até figuras atípicas de divisão celular. Quando a desordenação ocorre nas camadas mais basais do epitélio estratificado, estamos diante de uma Neoplasia Intra-epitelial Cervical Grau I – NIC I – Baixo Grau (anormalidades do epitélio no 1/3 proximal da membrana). Se a desordenação avança 2/3 proximais da membrana estamos diante de uma Neoplasia Intra-epitelial Cervical Grau II – NIC II – Alto Grau. Na Neoplasia Intra-epitelial Cervical Grau III – NIC III – Alto Grau, o desarranjo é observado em todas as camadas, sem romper a membrana basal. A coilocitose, alteração que sugere a infecção pelo Papiloma Vírus humano (HPV), pode estar presente ou não. Quando as alterações celulares se tornam mais intensas e o grau de desarranjo é tal que as células invadem o tecido conjuntivo do colo do útero abaixo do epitélio, temos o carcinoma invasor. Para chegar ao câncer invasor, a lesão não tem, obrigatoriamente, que passar por todas essas etapas. (BRASIL, 2006) 1.3. FATORES DE RISCO ASSOCIADOS AO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO Os fatores de risco mais importantes para o desenvolvimento do câncer do colo do útero são: infecção pelo HPV, sendo esse o principal fator de risco e ainda o início precoce da atividade sexual; multiplicidade de parceiros sexuais; tabagismo, diretamente relacionados à quantidade de cigarros fumados; baixa condição sócio – econômica; imunossupressão; uso prolongado de contraceptivos orais e higiene íntima inadequada.(Brasil, 2006) 9 1.4. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS O câncer do colo do útero é uma doença de crescimento lento e silencioso; existe uma fase pré-clínica, sem sintomas, com transformações intra-epiteliais progressivas importantes, em que a detecção de possíveis lesões precursoras são por meio da realização periódica do exame preventivo do colo do útero. Progride lentamente, por anos, antes de atingir o estágio invasor da doença, quando a cura se torna mais difícil, se não impossível. Nessa fase os principais sintomas são sangramento vaginal, corrimento e dor. (BRASIL, 2006) O PAPEL DAS EQUIPES DE ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA NA PROMOÇÃO DA SAÚDE DA MULHER E PREVENÇÃO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO É extremamente importante o papel das equipes de ESF na promoção da saúde da população feminina, devemos incentivar às mulheres a adotarem hábitos saudáveis de vida. Sabemos que práticas saudáveis ajudam na prevenção de várias doenças, inclusive o câncer. A população deve ser orientada a adotar uma alimentação saudável pois isso pode reduzir as chances de câncer em pelo menos 40%, recomendase comer mais frutas, verduras, legumes e cereais , e menos alimentos gordurosos, salgados e enlatados; bem como praticar atividade física regularmente; evitar a ingestão de bebida alcoólica e evitar o fumo são atitudes necessárias além da realização de exames preventivos. No Brasil, a principal estratégia utilizada para detecção precoce/rastreamento do câncer do colo do útero é a realização da coleta de material para exame citopatológico cervico-vaginal e microflora, conhecido popularmente como exame preventivo do colo do útero; exame de Papanicolaou; citologia oncótica ou Pap Test. 10 A identificação das mulheres na faixa etária de maior risco, especialmente aquelas que nunca realizaram o exame na vida ou as que realizaram há 3 anos ou mais, é o objetivo da captação ativa. PROJETO DE INTERVENÇÃO O Projeto de Intervenção desenvolvido no segundo trimestre do ano na unidade de saúde ESF Sonho Meu III para ampliação da cobertura do exame citopatológico do colo do útero foi realizado para captar mulheres que não nunca haviam feito o exame ou buscar aquelas que haviam feito há 2 anos ou mais, e também para estimular a realização periódica do exame, ampliar a cobertura de exames realizados, bem como sensibilizar a população feminina sobre a prevenção do câncer de colo do útero. A equipe de saúde em suas visitas domiciliares questionou as mulheres sobre a realização do exame preventivo do câncer do colo do útero e aquelas que não haviam realizado o exame eram convidadas à participar de rodas de conversa e ações educativas. Ainda, no momento da visita elas eram informadas sobre a importância e a necessidade da realização do exame periodicamente, sobre o câncer do colo do útero e que mesmo com a ausência de queixas ginecológicas toda mulher que já iniciou a atividade sexual deve se submeter a realização do exame devido a grande vantagem de detectar lesões precursoras da doença, aumentando assim as condições de tratamento e cura. As mulheres de 25 a 59 anos foram o público alvo do projeto, pois esta é a faixa etária de maior risco de desenvolver a doença; porém mulheres de todas as idades foram visitadas e convidadas a fazer o exame. Elas também foram convidadas a participar de rodas de conversas para troca de informações e esclarecimento de dúvidas. Na unidade de saúde ESF Sonho Meu III são aproximadamente 880 mulheres cadastradas na faixa etária de maior risco, o que representa 30% de toda a população da área de abrangência da unidade. O projeto desenvolvido buscou a sensibilização das mulheres através de rodas de conversa, visitas domiciliares, ações educativas e também através da realização de uma campanha municipal que teve como incentivo o 11 sorteio de brinde, “ Um dia de beleza” onde a ganhadora teve direito a corte, hidratação e manicure, cada equipe beneficiou uma ganhadora, todas essas ações foram voltadas para ampliação da cobertura dos exames realizados e estimular a detecção precoce da doença. Os dados foram avaliados comparando-se o número de exames realizados no primeiro trimestre do ano aos exames realizados no segundo trimestre após a realização do projeto de intervenção. Dos 1.600 exames pactuados para o município de Costa Rica ao ano na faixa etária preconizada, foram realizados até o mês de agosto 1000 exames, ou seja 62,5% do total. Na unidade de saúde ESF Sonho Meu III foram realizados no primeiro trimestre deste ano 62 exames citopatológicos do colo do útero, uma média de 20,66 exames ao mês; e dentre estes 48 exames eram de mulheres na faixa etária preconizada,ou seja 77,41% do total de exames realizados. Percebendo a necessidade de intervenção para ampliação da cobertura do exame citopatológico do colo do útero, a equipe adotou medidas para estimular a realização do exame, ampliar o conhecimento da população feminina acerca da doença e conseqüentemente melhorar a qualidade de vida dessa população através de rodas de conversa e visitas domiciliares. Observamos então que no segundo trimestre do ano, foram realizados 101 exames na unidade ESF Sonho Meu III, representando um aumento significativo, com uma média de 33,66 exames ao mês; e destes 70 exames foram de mulheres na faixa etária preconizada, ou seja, 69,30% do total realizado. A campanha com o sorteio do “Dia de Beleza” se encerrou no mês de junho, e após esse período observamos novamente uma diminuição no número de exames realizados. 12 Dentre as 120 mulheres que foram visitadas, 80 (66,66%) participaram das ações educativas e realizaram o exame, inclusive aquelas que nunca haviam feito e até mesmo mulheres que haviam feito o exame há 3 anos ou mais. Foram 5 reuniões, cada reunião teve a participação de uma média de 15 mulheres. Nas reuniões realizadas abordamos diversos temas, como qualidade de vida e estilo de vida saudável, prevenção do câncer do colo do útero e de mama e doenças sexualmente transmissíveis. Percebemos que a necessidade de continuar estimulando a promoção da saúde e a prevenção das doenças se faz extremamente necessária, porque ainda existem aquelas mulheres que nunca fizeram o exame mesmo sabendo da sua importância. O trabalho da equipe continua através da realização de rodas de conversa e busca ativa, conscientizar a população feminina sobre a necessidade e a importância da realização de exames preventivos periodicamente é essencial para uma qualidade de vida melhor dessas mulheres. 13 CONSIDERAÇÕES FINAIS Com o Projeto de Intervenção foi percebido um aumento significativo de exames realizados na unidade de Saúde ESF Sonho Meu III durante o período em que foram intensificadas as ações desenvolvidas para informar, orientar e estimular a realização do exame preventivo de câncer do colo do útero; porém a quantidade de exames realizados na faixa etária de maior risco, de 25 a 59 anos, não obtivemos o mesmo resultado. Sabemos que muitas mulheres foram sensibilizadas sobre a importância do auto cuidado, a realização de exames preventivos e quanto à promoção de uma qualidade de vida melhor através de práticas saudáveis relacionadas à uma alimentação saudável, prática regular de atividade física, não ingestão de bebida alcoólica e não fumando, são atitudes que fazem parte de um estilo de vida saudável e com uma melhor qualidade de vida. Muitas dessas mulheres retornam periodicamente para realização do exame, pois sabem da sua necessidade e importância. O trabalho da equipe continua, pois sabemos que ainda existem mulheres que não compareceram à unidade para realizar o exame preventivo do câncer do colo do útero, talvez ainda não tenham conseguido superar o medo ou a vergonha, mas já foram alertadas sobre a importância e a necessidade de sua realização. Estamos confiantes de que o mais breve possível elas compareçam para realizar um simples exame mas que pode salvar vidas. BIBLIOGRAFIA BRASIL.Ministério da Saúde. Prevenção de câncer de colo do útero. Manual técnico dos profissionais de saúde.Brasília, 2002. RAFAEL, R de M.R; MOURA, A.T.M.S.de .Barreiras na realização colpocitologia oncótica: um inquérito domiciliar na área de abrangência de Saúde da Família de Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, Brasil. Cad. Saúde Pública, RJ, v 26, No. 5, maio 2010 BRASIL. Ministério da Saúde. Rastreamento. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Caderno de Atenção Básica No. 29. Brasília, 2010 BRASIL. Ministério da Saúde. Controle dos cânceres do colo do útero e de mama. Caderno de Atenção Básica No. 13. Brasília, 2006 BRASIL. Instituto Nacional do Câncer.(on line) OTTO E.S. Oncologia. Enfermagem Prática. 2002 BRUNNER, S. SUDDARTH. Tratado de Enfermagem Médico Cirúrgica.Vol. 11. 9ª. Edição . Guanabara Koogan, 2002