ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SECRETARIA DA SAÚDE 12ª COORDENADORIA REGIONAL DE SAÚDE DIVISÃO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE PLANO REGIONAL DE CONTINGÊNCIA PARA A DENGUE 12ª Coordenadoria Regional da Saúde Santo Ângelo, Dezembro de 2010. ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SECRETARIA DA SAÚDE 12a COORDENADORIA REGIONAL DE SAÚDE DIVISÃO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE PLANO REGIONAL DE CONTINGÊNCIA PARA A DENGUE COORDENADOR REGIONAL DA SAÚDE Caroline Villar Píccoli NÚCLEO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE Vigilância Ambiental – Dennison Paixão Coelho Coordenação das Ações de Campo – Elson Pedro Resende. Serviço de Vigilância Epidemiológica – Carmem Regina Estivalete Marchionatti e Sandra Ribeiro de Souza. Elaboração do Plano de Contingência 2010 da 12ª CRS: Carmem Regina Estivalete Marchionatti Sandra Ribeiro de Souza Formatação: Sergio e Silvia Ribeiro SUMÁRIO 1 2 INTRODUÇÃO......................................................................................................4 OBJETIVOS..........................................................................................................6 2.1 Objetivo Geral ...............................................................................................6 2.2 Objetivos Específicos....................................................................................7 3 CENÁRIOS ..........................................................................................................8 4 ANÁLISE DE RISCO – SITUAÇÃO AMBIENTAL E EPIDEMIOLÓGICA...........8 4.1 Situação Ambiental .......................................................................................8 4.2 Situação Epidemiológica.............................................................................10 4.2.1 Casos Notificados ................................................................................10 5 DEFINIÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO .....................................................12 6 ESTRATÉGIA DE AÇÃO ...................................................................................13 6.1 Situação I - Município com circulação viral e municípios de 1ª grandeza (limítrofes) infestados ............................................................................................13 6.2 Situação II - Municípios limítrofes (1ª grandeza).........................................15 6.3 Situação III - Municípios infestados vizinhos (2ª grandeza) ........................16 7 ASSISTÊNCIA AOS PACIENTES .....................................................................17 7.1 Estimativa regional para casos de dengue e capacidade instalada para assistência nos Municípios da 12ª CRS. ...............................................................20 7.2 Fluxograma da Assistência aos Pacientes com Dengue ............................24 8 INTEGRAÇÃO COM ATENÇÃO BÁSICA ........................................................36 9 CAPACITAÇÕES DE RECURSOS HUMANOS PROMOVIDAS PELA 12ª CRS ....................................................................................................................................37 10 COMUNICAÇÃO E MOBILIZAÇÃO SOCIAL ...................................................37 10.1 Período não epidêmico ...............................................................................37 10.2 Período Epidêmico......................................................................................38 10.3 Divulgação ..................................................................................................38 11 REFERÊNCIAS ..................................................................................................39 4 1 INTRODUÇÃO A 12ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) está localizada no noroeste de Rio Grande do Sul, tendo como os primeiros habitantes da região os povos indígenas, recebendo mais tarde imigrantes alemães, italianos, portugueses, holandeses, espanhóis, afros, suecos, austríacos, poloneses, russos, árabes, judeus, criando uma mistura de etnias que passam por um intenso processo de miscigenação. De economia basicamente agrícola, o principal produto é a soja, seguida de trigo e milho, produzindo em menor quantidade feijão e aveia. Na pecuária, destacase a produção de leite e a criação de suínos e bovinos. Figura 1 - Localização da 12ª CRS no RS. Fonte: Tabwin 12ª CRS A 12ª CRS é abrange 25 municípios da Região Missioneira, com população total de aproximadamente 305.825 habitantes. Seis municípios da 12ª CRS fazem divisa com a Argentina (Porto Xavier, São Nicolau, Pirapó, Roque Gonzáles, 5 Garruchos e São Borja). Figura 2 – Mapa da 12ª CRS – Municípios de fronteira com a Argentina. Fonte: CEVES/RS A dengue é um importante problema de saúde pública no mundo, especialmente nos países tropicais. Segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS) a incidência de dengue tem crescido dramaticamente ao redor do mundo nas últimas décadas. Aproximadamente 2,5 bilhões de pessoas estão sob risco de contrair dengue. Nas Américas tem apresentado uma tendência crescente com mais de 30 países informando casos, especialmente nas duas ultimas décadas. A doença é endêmica em mais de 100 países na África, Américas, Nordeste do Mediterrâneo, Sudeste da Ásia e Oeste Pacífico. No Brasil, em 2010, o número de casos de dengue aumentou se comparado a 2009. Só neste ano, o Brasil já apresentou 737.756 casos notificados de dengue (até maio 2010). Ainda, segundo a OMS 500.000 pessoas com febre hemorrágica da dengue requerem hospitalização todo o ano e grande proporção delas são crianças. Em torno de 2,5% dos afetados morrem. 6 No Rio Grande do Sul, conforme dados até 23.07.2010 foram notificados 4.729 casos, 130 casos importados e 3.713 casos autóctones. E, com 64 municípios infestados, sendo que seis com circulação viral no presente ano. A 12ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) registrou em 2010 casos de dengue autóctone, a partir do mês de março, no município de Santo Ângelo, configurando a primeira epidemia de dengue na região da 12ª CRS. A partir do início da circulação do vírus da dengue na região noroeste, com surtos nos municípios de Ijuí e Santo Rosa, a 12ª CRS desencadeou alerta epidemiológico aos demais municípios de sua área, propondo aos mesmos a intensificação de todas as ações do Plano Nacional em especial o bloqueio de focos, busca ativa de casos, organização da assistência e outras medidas pertinentes. Na 12ª CRS, sede em Santo Ângelo, no ano de 2010, foi constituído um Gabinete de Crise Regional, formado pelos técnicos dos setores de Vigilância Ambiental, Controle de Vetor, Vigilância Epidemiológica, Assistência e Planejamento. O Gabinete coordena as ações em nível regional, gerenciando os recursos estaduais mobilizados, promovendo a articulação entre as equipes municipais e integrando as informações de forma a subsidiar a necessária reprogramação de ações. Cada município da 12ª CRS constituiu um Comitê Municipal para Enfrentamento da Dengue, coordenando as ações locais. Além disso, também elaborou o Plano Municipal de Contingência da Dengue. 2 2.1 OBJETIVOS Objetivo Geral o Apoiar os municípios em ações que visam circunscrever a área de circulação viral, limitando sua dispersão, através de medidas de vigilância ambiental/entomológica, vigilância epidemiológica, ações intersetoriais e de mobilização social; 7 o Organizar e qualificar a rede regional de assistência, para identificar casos suspeitos de dengue e tratá-los, segundo Protocolo Nacional, visando à diminuição da letalidade da doença. 2.2 Objetivos Específicos o Capacitar gestores e profissionais das secretarias municipais da saúde nas respectivas áreas: assistência, vigilância epidemiológica, vigilância ambiental, programa de saúde da família; o Reiterar como sistemas único de notificação de doenças o SINAN e vetorial SisFaD; o Garantir fluxo de envio de amostras para laboratório de análises humanas (Lacen Regional) e amostras vetoriais (Laboratório de Entomologia Regional) e retorno de informações; o Apoiar a estruturação da Rede Hospitalar de Referências Regionais e Municipais para atendimento aos casos graves da doença; o Contribuir no aprimoramento da assistência adequada (organização da Rede Ambulatorial de Saúde Municipal) ao paciente, garantindo acesso, diagnóstico e manejo clínico adequado por profissionais de saúde capacitados; o Utilizar, juntamente com os municípios, estratégias para redução da transmissão da doença, por meio do controle do vetor e seus criadouros; o Padronizar a utilização de equipamentos e insumos estratégicos da vigilância ambiental; o Fomentar em nível regional e municipal a articulação das diferentes áreas e serviços, visando à integralidade das ações para enfrentamento da dengue; o Contribuir na elaboração, adequação e atualização dos Planos de Contingência Municipais para Dengue; o Incentivar ações de mobilização social e comunitária. 8 3 CENÁRIOS Os municípios e o Estado devem levar em consideração as definições abaixo para planejar ações e estabelecer metas de trabalho, tendo em vista o combate ao aedes aegypti e o enfrentamento de epidemias de dengue. Período não epidêmico: as diretrizes deverão ser utilizadas na elaboração e/ou adequação das estratégias estaduais, regionais e municipais, orientando a organização e o desenvolvimento da rotina das atividades de prevenção e controle da dengue no âmbito do sistema de saúde. Período epidêmico: as diretrizes deverão ser utilizadas para a confecção de estratégias estaduais, regionais e municipais de contingenciamento, que devem ser acionadas nas seguintes situações: o Município em epidemia - com numero de casos acima do esperado, de acordo com o diagrama de controle. Nos municípios de maior porte, deve-se levar em consideração o número de casos por região administrativa local. o Introdução e circulação de novo sorotipo na região. 4 4.1 ANÁLISE DE RISCO – SITUAÇÃO AMBIENTAL E EPIDEMIOLÓGICA Situação Ambiental Quanto à presença do vetor, dos 25 municípios que compõem a 12ª CRS, 19 são considerados infestados nos últimos 12 meses. 9 Quadro 1 – Situação dos municípios da 12ªCRS quanto à infestação predial por Aedes aegypti segundo dados do SIS-FAD. Municípios Índice Infestação Predial até 11 fev de 2010. Bossoroca 0,22 Caibaté 0,53 Cerro largo 1,46 Dezesseis de Novembro Entre Ijuis Eugênio de Castro * 0,02 Não infestado Garruchos 0,11 Guarani das Missões 2,83 Itacurubi Não infestado Mato Queimado 0,18 Pirapó 0,13 Porto Xavier Rolador Roque Gonzales Salvador das Missões 4,26 ** 0,06 ** Santo Ângelo 5,65 Santo Antonio das Missões 0,08 São Borja 0,06 São Luis Gonzaga 1,01 São Miguel das Missões ** São Nicolau 1,5 Saõ Pedro do Butia 0,15 Sete de Setembro Ubiretama Vitória das Missões Índice Infestação Predial até 30 nov de 2010. 0,08 Não infestado 0,16 Não infestado 0,16 0,39 0,16 0 0 0,06 0,38 0 0 0 1,39 0 0,06 1,30 2,78 0,01 0,03 1,39 0 0,28 0,07 0 0 0 Fonte: SIS-FAD 12ª CRS O mapa abaixo retrata a situação de infestação pelo aedes aegypti nos municípios do RS, em 2010. Observa-se que a maior parte dos municípios infestados estão localizados na Região Noroeste do Estado. 10 Figura 3 – Municípios infestados por Aedes aegypti nos últimos 12 meses, RS, 23/11/2010 Fonte: SIS- FAD/SES-RS 4.2 Situação Epidemiológica 4.2.1 Casos Notificados No início de 2010, o Rio Grande do Sul enfrentou epidemia de dengue na Região Noroeste, sendo que seis municípios apresentaram circulação viral, a saber: Ijuí, Santo Ângelo, Santa Rosa, Crissiumal, Cândido Godói e Três de Maio. Foram identificados os sorotipos Den 2 em Ijuí e Santo Ângelo e Den 1 em Santa Rosa. No período de maio a agosto, o município de Porto Alegre registrou casos de dengue autóctone, configurando-se circulação viral também na Região Metropolitana. Os municípios da 12ª CRS, mesmo registrando altos índices de infestação, não tinham apresentado casos autóctones de dengue. Foi em 2010, a partir da epidemia que ocorreu no município vizinho de Ijuí, que aconteceram casos autóctones no município de Santo Ângelo. Foram notificados 266 casos suspeitos de dengue em Santo Ângelo, e destes 92 foram confirmados por laboratório. O total de notificações em toda a Região da 12ª CRS foi de 331 casos até o início de dezembro 11 de 2010. A tabela 1 mostra o número de casos notificados em 2009 e 2010 nos municípios da 12ª CRS. Tabela 1 – Nº de notificações de dengue nos anos de 2009 e 2010 nos municípios da 12ª CRS Município de notificação 2009 2010 2 0 1 0 0 0 0 0 1 13 0 4 6 0 0 0 3 11 4 1 3 5 1 1 266 1 4 29 1 1 Bossoroca Caibaté Cerro Largo Entre-Ijuís Eugênio de Castro Guarani das Missões Porto Xavier Roque Gonzales Salvador das Missões Santo Ângelo Santo Antônio das Missões São Borja São Luiz Gonzaga São Nicolau Vitória das Missões Total 27 331 Fonte: SINAN 12ª CRS A tabela 2 informa o número de casos de dengue notificados de acordo com a classificação final. A tabela 3 é referente ao número de casos confirmados de dengue por sexo e na tabela 4 o registro de casos de dengue autóctone por município. 12 Tabela 2 – Freqüência de casos notificados de dengue de acordo com a classificação final, por município, 12ª CRS, dez. 2010. Município Caibaté Cerro Largo Entre-Ijuís Eugênio de Castro Guarani das Missões Porto Xavier Roque Gonzales Salvador das Missões Santo Ângelo Santo Antônio Missões São Borja São Luiz Gonzaga São Nicolau Vitória das Missões Total Ign/ Branco 0 0 1 0 1 0 0 0 8 0 0 6 0 0 16 Dengue Clássico 1 3 0 1 0 0 0 0 91 0 0 1 0 0 97 Dengue com complicações 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 Descartado Inconclus ivo 2 0 8 0 3 0 0 0 2 0 5 0 1 0 0 1 91 75 1 0 3 1 21 1 1 0 1 0 139 78 Total 3 11 4 1 3 5 1 1 266 1 4 29 1 1 331 Fonte: SINAN 12ª CRS Tabela 3 – Freqüência de casos confirmados por sexo e por município da 12ª CRS, 2010 Município Caibaté Cerro Largo Eugênio de Castro Santo Ângelo São Luiz Gonzaga Total Masculino 1 2 1 43 1 48 Feminino 0 1 0 49 0 50 Total 1 3 1 92 1 98 Fonte SINAN 12ª CRS Tabela 4– Nº de casos autóctones por município, 12ª CRS, 2010 Mun Resid RS Cerro Largo Eugênio de Castro Santo Ângelo São Luiz Gonzaga Total Sim 1 0 90 1 92 Não 2 1 1 0 4 Total 3 1 91 1 96 Fonte: SINAN 12ª CRS 5 DEFINIÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO A área de abrangência para orientar a intervenção deve ser demarcada considerando o “município-índice” (aquele que primeiro apresenta circulação viral). A partir daí inclui-se no critério de risco, progressivamente e conforme previsto no Plano de Contingência Estadual, municípios vizinhos (infestados ou não) de primeira 13 grandeza (municípios limítrofes ao município com casos autóctones) e segunda grandeza (municípios vizinhos aos municípios de 1ª grandeza). 6 6.1 ESTRATÉGIA DE AÇÃO Situação I - Município com circulação viral e municípios de 1ª grandeza (limítrofes) infestados o Organização imediata da atenção médica; o Melhorar a qualidade do diagnóstico através da divulgação das características clínicas, epidemiológicas e laboratoriais da doença, garantindo atenção médica oportuna, correta e padronizada. Atividades o Capacitação de profissionais de saúde; o Implantação de Unidade de Hidratação; o Implantação de Protocolos de Atendimentos; o Definição de Hospitais de Referência para casos graves. Atividades da Vigilância Epidemiológica o Garantir o fluxo de informação proposto com acompanhamento diário dos casos acompanhamento semanal da curva epidêmica. (Utilizar Planilha Diária de Registro de Casos e digitação diária dos casos no SINAN); o Investigar os casos suspeitos, preenchendo a Ficha de Investigação de Dengue e os georreferenciando ou distribuindo em mapa; o Realizar busca ativa de casos obrigatoriamente nas áreas em que estiver sendo realizada Pesquisa Vetorial Especial ou bloqueio de casos e nas áreas dos estabelecimentos de saúde. Esta ação tem por objetivo o conhecimento da magnitude e período da circulação viral (sempre que possível com realização de sorologia nos casos localizados com menos de 30 dias de evolução); 14 o Analisar a distribuição espacial dos casos e os indicadores epidemiológicos, repassando diariamente a localização dos casos suspeitos e confirmados para a equipe de vigilância do Aedes aegypti, de forma a permitir a reprogramação de ações de controle sempre que necessário; o Enviar todo material coletado para diagnóstico laboratorial ao LACEN, segundo fluxo definido com a CRS (coleta a partir do 7º dia do início dos sintomas); o Definir os critérios para coleta de amostras de sangue para confirmação laboratorial, a partir da dinâmica do surto, ou seja, uma vez instalada a transmissão em níveis epidêmicos e após identificação do(s) sorotipo(s) circulante(s), recomenda-se usar o critério clínico-epidemiológico para a confirmação de casos. A partir de então, não se realiza sorologia de todos os casos suspeitos, mas somente nas seguintes situações: o suspeita de dengue clássica – recomenda-se coleta de forma amostral (1 a cada 10 pacientes). o casos graves (DCC/FHD/SCD) – coleta obrigatória de 100% dos casos. Ações da Vigilância Entomológica o Intensificar o combate ao Aedes em todo o município; o Iniciar tratamento por Ultra Baixo Volume – UBV para eliminação dos alados a partir de uma programação baseada nas informações da vigilância epidemiológica sobre a localização dos casos notificados. Esta atividade será decidida e executada sempre em conjunto com a Secretaria Estadual de Saúde (Programa Estadual da Dengue/CEVS/CRS) com assessoria do Programa Nacional da Dengue (SVS/MS). Para o tratamento por UBV será utilizado o inseticida disponibilizado pela SES/ RS; o Intensificar o tratamento focal para eliminar as formas jovens do mosquito em 100% dos domicílios, garantindo a realização simultânea ao tratamento com UBV nas áreas em que esse estiver sendo realizado. 15 o Realizar arrastões e mutirões de limpeza, visando à redução e destruição dos criadouros potenciais do vetor. Ações de Mobilização Social o Incrementar as atividades de Educação em Saúde que são realizadas de rotina, com a finalidade de fornecer informações para a população, motivando-a para intensificar a destruição dos criadouros potenciais do vetor. Atividades propostas o Mobilização da comunidade escolar na volta às aulas/oficinas para professores; o Proposição de oficinas de dengue para lideranças comunitárias e formadores de opinião (por exemplo, líderes religiosos, patrões de CTG, Clube de Mães); o Informar a comunidade das ações previstas, facilitando a participação das mesmas e a atuação das equipes de campo; o Boletins na mídia local informando o cronograma de atividades dos agentes de campo e ruas a serem pulverizadas; o Realizar trabalho educativo, tanto em relação ao controle do vetor, quanto em relação aos sinais e sintomas de adoecimento entre trabalhadores das empresas da área de abrangência do CEREST- Missões. o Disponibilização de número de telefone para informações sobre dengue. 6.2 Situação II - Municípios limítrofes (1ª grandeza) Vigilância Entomológica Infestados – Deverão ser realizadas todas as ações previstas para o Município – índice. Não infestados – Deverá ser realizado Levantamento de Índice em 100% dos imóveis, com o objetivo de garantir o conhecimento da situação entomológica 16 para definição de estratégias de ação. Vigilância Epidemiológica o Sensibilizar a rede assistencial, melhorando a qualidade do diagnóstico através da divulgação das características clínicas, epidemiológicas e laboratoriais da doença; o Garantir o fluxo de informação (utilizar SINAN e planilha diária de registro de casos); o Realizar busca ativa de casos suspeitos; o Investigar casos suspeitos, preenchendo a Ficha de Investigação de Dengue e georreferenciando os mesmos; o Encaminhar todo material coletado para diagnóstico laboratorial ao laboratório regional para encaminhamento ao LACEN; o Analisar a localização dos casos notificados, repassando-a diariamente para a equipe de vigilância do Aedes Aegypti, de forma a garantir as ações de Pesquisa Vetorial Especial e controle sempre que necessário. 6.3 Situação III - Municípios infestados vizinhos (2ª grandeza) Vigilância Entomológica o Intensificar o combate ao Aedes Aegypti em todo o município o Intensificar o tratamento focal para eliminar as formas jovens do mosquito em 100% dos domicílios; o Realizar arrastões e mutirões de limpeza, visando à redução e destruição dos criadouros potenciais do vetor; o Programar, se necessário (e sempre que ocorrer confirmação de caso), tratamento por Ultra Baixo Volume – UBV para eliminação dos alados. Esta atividade será decidida e executada sempre em conjunto com a Secretaria Estadual de Saúde (Programa Estadual da Dengue/CEVS/CRS) com assessoria do Programa Nacional da Dengue (SVS/MS). 17 Vigilância Epidemiológica o Sensibilizar a rede assistencial, melhorando a qualidade do diagnóstico através da divulgação das características clínicas, epidemiológicas e laboratoriais da doença; o Garantir o fluxo de informação (utilizar Planilha Diária de Registro de Casos e digitar no SINAN); o Realizar busca ativa de casos suspeitos; o Investigar casos suspeitos, preenchendo a Ficha de Investigação de Dengue e georreferenciando os mesmos; o Todo material coletado para diagnóstico laboratorial deverá ser enviado ao LACEN, segundo fluxo definido com a CRS (coleta a partir do 7º dia do início dos sintomas). 7 ASSISTÊNCIA AOS PACIENTES A quase totalidade dos óbitos por dengue é evitável e depende, na maioria das vezes, da qualidade da assistência prestada e da organização da rede de serviços de saúde. Apesar da magnitude das epidemias, a maior parte dos casos pode ser atendida com medidas de baixa complexidade. Nesse sentido, é essencial a capacitação de toda a Atenção Básica municipal, garantindo diagnóstico oportuno e acompanhamento adequado dos casos. A realização de triagem, utilizando-se a classificação de risco baseada na gravidade da doença, é uma ferramenta fundamental para melhorar a qualidade da assistência. A classificação de risco tem por objetivo reduzir o tempo de espera do paciente por atendimento médico, visando à aceleração do diagnóstico, tratamento e internação. Também contribui para a organização do fluxo de pacientes na unidade de saúde e a priorização do atendimento dos casos de acordo com a gravidade. 18 Recomenda-se utilizar a seguinte classificação de risco para a organização dos serviços e as estratégias para enfrentamento de uma epidemia de dengue: Grupo A (azul): Atendimento de acordo com o horário de chegada; Grupo B (verde): prioridade não urgente; Grupo C (amarela): urgência, atendimento o mais rápido possível; Grupo D (vermelho): emergência, necessidade de atendimento imediato. Além disto, deve-se observar as seguintes situações: o Quando houver suspeita de dengue identificada em visita domiciliar, as pessoas já devem ser orientadas quanto à hidratação oral pelo Agente Comunitário de Saúde ou pela equipe de saúde da família e encaminhadas à unidade de saúde mais próxima. o Toda pessoa com suspeita de dengue deve receber soro de hidratação oral, de imediato, em sua chegada na unidade de saúde, mesmo enquanto espera por atendimento. o Considera-se Grupo Especial todo paciente com suspeita de dengue que se enquadre nas seguintes situações: crianças menores de 15 anos, gestantes, adultos maiores de 60 anos e pacientes com comorbidade. Para esse grupo, é mandatória a realização do hemograma completo com contagem de plaquetas, mesmo sem sangramentos e sinais de alarme. Para os demais pacientes, a realização do exame é recomendável. OBS.: Na 12ª CRS foi recomendada a realização de hemograma completo em todos os pacientes suspeitos de dengue. De acordo com as Diretrizes Nacionais para a prevenção e controle de epidemias de dengue, a assistência ao paciente deve obedecer ao seguinte fluxograma: 19 Figura 4 - Fluxograma da assistência do paciente com suspeita de dengue Os casos que necessitarem de internação deverão ser referenciados para os hospitais de referência microrregionais e regionais, de acordo com o Plano de Regionalização já estabelecido. 20 7.1 Estimativa regional para casos de dengue e capacidade instalada para assistência nos Municípios da 12ª CRS. Município CRS População IBGE 2007 Estimativa nº casos de dengue Cen.1 Cen. 2 Cen. 3 Bossoroca 12 7.604 114 304 456 Caibaté 12 4.860 73 194 292 Cerro Largo 12 12.142 182 486 729 Dezesseis de Novembro 12 2.990 45 120 179 Entre-Ijuís 12 9.487 142 379 569 Eugênio de Castro 12 3.117 47 125 187 Garruchos 12 4.107 62 164 246 Guarani das Missões 12 8.442 127 338 507 Itacurubi 12 3.614 54 145 217 Mato Queimado 12 1.885 28 75 113 Pirapó 12 2.950 44 118 177 Porto Xavier 12 11.407 171 456 684 Rolador 12 2.739 41 110 164 Roque Gonzales 12 6.940 104 278 416 Salvador das Missões 12 2.577 39 103 155 Santo Ângelo 12 80.625 1.209 3.225 4.838 Santo Antônio das Missões 12 12.463 187 499 748 São Borja 12 68.230 1.023 2.729 4.094 São Luiz Gonzaga 12 35.011 525 1.400 2.101 São Miguel das Missões 12 7.543 113 302 453 São Nicolau 12 6.006 90 240 360 São Pedro do Butiá 12 2.866 43 115 172 Sete de 12 2.117 32 85 127 Setembro Ubiretama 12 2.488 37 100 149 Vitória das 12 3.615 54 145 217 Missões Total 305.825 4.587 12.233 18.350 Cenário 1 - Epidemia de Giruá-RS em 2007 - 1,5% da população Cenário 2 - Epidemia de Belo Horizonte-MG em 1998 - 4% da população Cenário 3 - Epidemia de Campo Grande-MS em 2007 - 6% da população Estimativa nº de Casos Dengue com necessidade de hidratação (10% dos casos estim.) Cen.1 Cen. 2 Cen. 3 11 30 46 7 19 29 18 49 73 Estimativa nº de casos de dengue com necessidade de hospitalização (2% dos casos estimados) Cen.1 2 1 4 Cen. 2 6 4 10 Cen. 3 9 6 15 Estimativa nº de casos De dengue com Necessidade de UTI (0,5% dos casos estimados) Cen.1 Cen. 2 Cen. 3 1 2 2 0 1 1 1 2 4 4 14 12 38 18 57 1 3 2 8 4 11 0 1 1 2 1 3 5 6 12 16 19 25 1 1 2 3 4 5 0 0 1 1 1 1 13 5 3 4 17 4 10 34 14 8 12 46 11 28 51 22 11 18 68 16 42 3 1 1 1 3 1 2 7 3 2 2 9 2 6 10 4 2 4 14 3 8 1 0 0 0 1 0 1 2 1 0 1 2 1 1 3 1 1 1 3 1 2 4 121 10 323 15 484 1 24 2 65 3 97 0 6 1 16 1 24 19 102 50 273 75 409 4 20 10 55 15 82 1 5 2 14 4 20 53 140 210 11 28 42 3 7 11 11 9 30 24 45 36 2 2 6 5 9 7 1 0 2 1 2 2 4 11 17 1 2 3 0 1 1 3 4 8 10 13 15 1 1 2 2 3 3 0 0 0 0 1 1 5 459 14 1.223 22 1.835 1 92 3 245 4 367 0 23 1 61 1 92 21 Município 5 Nº PA 24 hs 1 1 Nº leitos enferm. adulto 9 25 Nº leitos enferm. pediatria 3 4 2 1 2 1 1 1 20 3 10 0 1 1 0 1 0 0 3 0 1 1 1 0 0 0 0 1 1 1 10 5 0 0 1 4 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 2 1 0 0 2 4 1 11 5 0 0 1 3 1 2 0 1 0 7 0 3 0 0 1 1 0 0 0 0 0 19 5 2 28 24 10 4 2 1 5 2 14 9 14 8 1 1 28 15 10 10 Nº UBS Bossoroca Caibaté Cerro Largo Dezesseis de Novembro Entre-Ijuís Eugênio de Castro Garruchos Guarani das Missões Itacurubi Mato Queimado Pirapó Porto Xavier Rolador Roque Gonzales CAPACIDADE INSTALADA ÁREA DA ASSISTÊNCIA Nº leitos Nº leitos Lab. Próprio ou Referência UTI UTI conveniado p/ análises Hospitalar adulto pediatria clínicas (sim/não) 0 0 São Luiz Gonzaga SIM 0 0 Hospital Roque sim gonzales, HCSA, HCI 0 0 HSA sim 0 0 Hospital São Luiz Sim (conveniado) Gonzaga 0 0 H.S.A não HSA Sim , conveniado Nº Equipes ESF 3 2 Nº profissionais Capacitados em dengue 2 3 400 500 35 24 100 200 3 3 Hospital Ivan Goulart - São Borja. Hospital Santo Ângelo - Santo Ângelo. Hospital Santa Teresa Hospital de Santiago Caibaté Laboratório Bioclinico São Luiz Gonzaga. Laboratório 12ª CRS. Livre Demanda 3 conveniado se necessário 10 não sim sim 20 4 10 Hospital São Luiz Gonzaga Porto Xavier / Santo Ângelo SLG Santo Ângelo Sim - Convênio conforme necessidade 12 Sim (2 Laboratórios conveniados) sim sim 1270 14 164 416 8 5 1 40 toda equipe 0 Cerro Largo e Campina das Missões e Santo Ângelo HSA SIM 50 0 0 São Luiz Gonzaga sim 8.000 além dos já oferecidos 100 18 10 0 0 0 São Borja Hospital São Luiz sim Sim 7362 70 hemog/dia 368 60 Salvador das Missões Santo Ângelo Santo Antônio das Missões São Borja São Luiz Gonzaga Aumento exames laboratoriais (quantos hemogramas) cfe a demanda 1000 22 São Miguel das Missões São Nicolau 5 3 1 14 6 1 Nº Equipes ESF 1 Nº PA 24 hs 1 Nº leitos enferm. adulto 1 Nº leitos enferm. pediatria 0 1 1 0 0 0 1 1 1 8 2 0 0 1 1 0 5 0 0 0 80 58 18 194 85 20 0 Município Nº UBS São Pedro do Butiá Sete de Setembro 0 0 sim 453 3 Aumento exames laboratoriais (quantos hemogramas) 10 Nº profissionais Capacitados em dengue 4 cfe demanda 11 Unilab - Guarani das Missões 40 6 sim - Laboratório Dala corte 300 hemogramas ao mês 6 CAPACIDADE INSTALADA ÁREA DA ASSISTÊNCIA Nº leitos Nº leitos Lab. Próprio ou Referência UTI UTI conveniado p/ análises Hospitalar adulto pediatria clínicas (sim/não) 0 0 Policlínica Cerro Próprio Largo e Hospital de São Paulo das Missões e Hospital Santo Ângelo 0 0 HST e HCSA sim Ubiretama Vitória das Missões Total Hosp. São Miguel e Hosp. Santo Angelo Hospital São Jose Girua e Hospital Santo Ângelo Hospital de Caridade Santo Ângelo 662 23 Município RECURSOS EXTRAS ASSISTÊNCIA Bossoroca Caibaté Cerro Largo Dezesseis de Novembro Entre-Ijuís Eugênio de Castro Garruchos Guarani das Missões Itacurubi Mato Queimado Pirapó Porto Xavier Rolador Roque Gonzales Salvador das Missões Santo Ângelo Santo Antônio das Missões São Borja São Luiz Gonzaga São Miguel das Missões São Nicolau São Pedro do Butiá Sete de Setembro Ubiretama Vitória das Missões Total Nº Unidade Hidratação previstas Nº Contratação RH extra 1 3 1 1 1 1 1 2 1 1 0 se necessário 10 3 0 3 1 3 3 74 9 1 Sem previsão (utilizar turnos, os que a SMS tem são suficientes). 3 0 0 25 8 não 4 0 1 1 1 5 1 0 Não 2 2 à ver 3 0 40h 0 0 Previsão de Transporte de paciente (tipo e nº) 01 AMBULÂNCIA E 04 GOLS 2 carros e 1 ambulância 1 ambulancia 1 Ambulância 3 01 ambulância , 02 carros 03 carros leves. 01 Ambulância. 01 Kombi. 10 ambulancia ambulância, duas. SecSaúde dispõe 4 carros e 1 Ambulância. Pirapó > São Luiz = 1hora 30 ao dia (Veículos/Ambulâncias/terrestre) 1 Ambulância001 gol e tranportar as necessárias 2 ambulâncias e o SAMU ambulância - 02 ambulância/veículo 11 pacientes 01 ambulancia de suporte basico e 01 ambulancia de suporte avançado ambulância-Sprinter e VW gol- 01 de cada 2 01 Ambulância - 02 Fiat Uno - 01 Ducato 1740 transportes ao ano de carro e ambulância Comitê Municipal de dengue (sim/não) Sim Sim Não Não Sim Sim Sim Sim Sim Não Sim Não Sim Sim Sim Sim Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim 24 7.2 Fluxograma da Assistência aos Pacientes com Dengue Comissão Estadual para Elaboração do Plano de Contingência para Dengue no RS Etapas norteadoras do processo CASO SUSPEITO DE DENGUE Paciente que apresenta doença febril aguda, com duração máxima de até 7 dias, acompanhada de pelo menos dois dos seguintes sintomas: cefaléia, dor retro-orbital, mialgias, artralgias, exantema, prostração, associados ou não à presença de hemorragias e que tenha estado em áreas de transmissão de dengue ou com presença de Aedes aegypti nos últimos 15 dias. (GVE 2009) Passo 1 – Caso suspeito de dengue chega à unidade de saúde: aferir sinais vitais, fazer prova do laço, realizar classificação de risco (de acordo com diretrizes do PNCD): Grupo A – azul Grupo B - verde Grupo C - amarelo Grupo D - vermelho Atendimento de acordo com o horário de chegada Prioridade não urgente Urgência, atendimento o mais rápido possível Emergência, o paciente necessita de atendimento imediato Passo 2 - Paciente está com prova do laço negativa e sem sangramento (GRUPO A) o coletar hemograma com plaquetas de todos os pacientes, em especial das crianças menores de 15 anos, gestantes, adultos maiores de 60 anos e pacientes com comorbidades (de acordo com as condições locais, poderá ser coletado hemograma simplificado – hematócrito, leucócitos totais e plaquetas); o preencher ficha de atendimento de paciente com dengue (anexo); o preencher cartão de acompanhamento de dengue; o preencher ficha de vigilância epidemiológica; 25 o prescrever dipirona/paracetamol/hidratação oral; o liberar para o domicílio; o observar sinais de alarme; o agendar retorno para 24/48 horas. Passo 3 – Paciente está com sangramento e/ou prova do laço positiva: Acompanhamento ambulatorial, realizar hemograma com plaquetas (ou hemograma simplificado) no mesmo dia (GRUPO B). Passo 4 – Paciente apresenta alterações no hemograma: (Ht >10% basal ou Criança >38% e <42%, Mulheres >40% e <44%; Homens > 45% e < 50%; Plaquetas entre 50 e 100 mil/mm3; Leucopenia < 1000/mm3), mas não apresenta sinais de instabilidade hemodinâmica: o observar por 12-24 horas em hidratação oral (50 a 100 ml/kg de peso); o hidratar parenteralmente em caso de desidratação mais grave ou intolerância a hidratação oral; o prescrever dipirona/paracetamol; o fazer Rx de tórax em caso de suspeita de derrame pleural; o preencher ficha de atendimento de paciente com dengue; o preencher cartão de acompanhamento de dengue; o preencher ficha de vigilância epidemiológica (se não foi preenchida); o realizar sorologia de acordo com fluxo combinado com a vigilância municipal; o observar sinais de alarme; o acompanhar paciente diariamente até o 7º dia. 26 Passo 5 – Paciente apresenta sinais de instabilidade hemodinâmica e sinais de choque: Acompanhamento hospitalar (GRUPO C e D) 1. monitorar sinais vitais; 2. manter fluxo adequado de oxigênio; 3. puncionar 2 acessos venosos de grossos calibres (jelco 16 ou 14); 4. infundir 10 a 20 ml/kg/h de soro fisiológico a 0,9% ou de Ringer lactato de forma rápida; 5. pacientes idosos ou cardiopatas: iniciar com 250-350 ml de cristalóide verificando presença de congestão pulmonar, B3 ou outros sinais de descompensação cardíaca; 6. realizar coleta de sangue para prova cruzada; 7. passar sonda vesical de demora para controle da diurese; 8. avaliar paciente em intervalos de 15 – 30 minutos; 9. medir Hematócrito e débito urinário de 2/2 horas; 10. solicitar vaga em UTI ou unidade intermediária (Central de Regulação de Porto Alegre / Central de Regulação Estadual). Passo 6 – Vaga em UTI ou unidade intermediária não está ainda garantida: Município deve manter cuidados e procedimentos para tratamento do choque. Acionar Central de Regulação Estadual. Passo 7 – Vaga em UTI ou unidade intermediária está garantida: providenciar transporte responsável para o paciente. Passo 8 – Internar paciente na UTI. 27 DENGUE - RECURSOS NECESSÁRIOS NA ÁREA DA ASSISTÊNCIA Unidades de Atenção Primária com suporte laboratorial (hemograma completo e/ou simplificado), medicamentos Garantir oferta de água, soro oral na sala de espera. Grupo A Pronto Atendimentos: reforço de RH, laboratório, medicamentos (ver lista), materiais e transporte, de acordo com a demanda. Grupo B Pronto Atendimento: reforço de RH, laboratório, medicamentos e materiais e transporte, de acordo com a demanda, com suporte adequado para observação (macas ou/e poltronas), garantindo o mínimo de conforto possível ao paciente. Grupo C Unidades de Atenção Terciária em Saúde com leitos de internação, com regulação adequada. Grupo D Unidades de Atenção Terciária em Saúde com leitos de internação e de UTI, com regulação adequada. Fonte: Plano de Contingência para Dengue SMS Porto Alegre MEDICAMENTOS Soro de Rehidratação Oral, soro fisiológico 0,9%, soro glicosado 5%, ringer lactato, dipirona gotas, comprimidos e injetável e/ou paracetamol gotas e comprimidos, dexclorfeniramina comprimidos e solução oral e/ou loratadina comprimidos e solução oral, metoclopramida gotas, comprimidos e injetável EQUIPAMENTOS Material para punção venosa: agulhas, seringas, scalp, equipo de gotas, garrotes de látex, algodão, álcool a 70%, fita hipoalérgica; Cadeiras confortáveis para rehidratação oral; Macas com grade e colchonete; Escada com 2 degraus; Termômetro de mercúrio; Esfigmomanômetro para adulto, criança e lactentes; Estetoscópio adulto e pediátrico; Material para coleta (tubos de ensaio, esparadrapo, seringas, agulhas, garrote, gelo e isopor); Suporte para soro; Balança; Roupa de cama, etc. Fonte: Plano de Contingência para Dengue SES/RS 28 Fluxograma da Assistência aos Pacientes com Dengue – Municípios Infestados da Região Noroeste do Rio Grande do Sul Municípios Bossoroca Passos 12 01 a 4 Atendimento conforme determinam os passos de 1 a 4. - aferir SV, fazer prova do laço, realizar Quando necessário classificação de risco, coletar hemograma com plaquetas de todos os pacientes, em especial das crianças menores de 15 anos, adultos maiores de 60 anos e pacientes com comorbidades ( de acordo com as condições locais, poderá ser coletado hemograma simplificado- hematócrito, leucócitos totais e plaquetas). Preenchimento de ficha de atendimento ao paciente, cartão de acompanhamento de dengue, ficha de investigação epidemiológica, prescrever dipirona, paracetamol/hidratação oral, liberar para o município se possível, observar sinais de alarme, agendar retorno para 24/48 horas. Acompanhamento ambulatorial, realizar hemograma com plaquetas (ou hemograma simplificado) no mesmo dia; observar por 12-24 horas em hidratação oral, hidratar parenteralmente em caso de desidratação mais grave ou intolerância a hidratação oral; fazer RX de tórax em caso de suspeita de derrame pleural; realizar sorologia de acordo com o fluxo combinado com a vigilância municipal; acompanhar paciente diariamente até o 7º dia; garantir remoção com rapidez se necessário. Acolher pacientes suspeitos para hidratação oral nas UBS e instalar sala de hidratação parenteral em cada unidade de PSF e dois quartos HRG com cinco cadeiras. Caibaté 12 01 a 4 Cerro Largo 12 01 a 5 Dezesseis de Novembro 12 01 a 3 Compromissos Encaminhamento para internação CRS Atendimento conforme os passos de 1 a 5. Aumento da oferta de hemogramas para os pacientes com suspeita e em acompanhamento :aumento da compra de soro de hidratação oral, ringer lactato,dipirona paracetamol plasil e dexclofeniramina ;aquisição de Hospital São Luiz Gonzaga Policlínica Santo Inácio Hospital São Luiz Gonzaga 29 estetoscópio pediátrico, suporte para soro roupas de cama;utilização de uma sala exclusiva para hidratação com 2 macas, cadeiras e sofá. Entre-Ijuis Eugênio de Castro Garruchos 12 12 12 01 a 04 O município de Entre-Ijuís se compromete a cumprir com as ações acima referidas do passo 1 ao 4 e com a garantia de transporte para o usuário ao Hospital de Referência. Hospital Santo Ângelo Hospital Santo Ângelo-RS 01 a 03 - Ampliar o horário de atendimento da UBS até 22 Horas . - contratar mais três recursos humanos ( 01 médico e 02 técnica em enfermagem). - realização de hemogramas (200) gratuitos . - remoção de paciente para unidade de referência . -Instalação de sala de hidratação oral e parenteral para 12 pessoas. - Plantão 24 horas; - Contratação de mais recursos humanos em caso de Epidemia; 01 ao 03 - Livre demanda de hemogramas; - Encaminhamento de pessoal através de veículos da secretaria municipal da saúde; Guarani das Missões 12 01 a 04 • Garantia de todos os exames necessários gratuitamente para o paciente com suspeita de dengue; • Organização e interação de todos os serviços de vigilância epidemiológica e assistência básica; • Garantia de atendimento e assistência medica e de enfermagem a todo paciente suspeito ou portador de dengue; • Garantia de remoção com rapidez dos pacientes para centro de referencia; • Estrutura física adequada para atendimento do paciente com salas para avaliação hidratação oral e parenteral com capacidade para atender toda a demanda ou casos suspeitos do nosso município; de diretrizes e • Elaboração cronogramas para realização das atividades de vigilância epidemiológica e atenção básica de maneira integrada e organizada na unidade de saúde da família e nas unidades básicas de saúde. Mato Queimado 12 01 a 03 - Equipar com mais cadeiras e poltronas a sala de observação, capacidade para 20 São Borja Sempre que for necessário será providenciado a internação do paciente em local apropriado. 30 pessoas; - Garantir hemogramas para Pacientes que todos os pacientes com dengue, conforme necessitem protocolo; encaminhamentos - Garantir remoção dos pacientes caso para o hospital, serão necessitem serem encaminhados para o encaminhados ao hospital; hospital Roque - Garantir oferta de dipirona/paracetamol, Gonçales de Caibaté. oferta de água, soro oral na sala de espera; 01 a 03 Pirapó Porto Xavier 12 Rolador Roque Gonzales 12 Capacitação da equipe; Atendimento 24h (ubs + pa); Fornecimento sais reidratação/orientação; Fornecimento medicação; Início reidratação via oral e parenteral (até encaminhamento); Coleta de hemograma; Transporte do paciente. Hospital São Luiz Gonzaga – distante 60km 01 a 5 Baixa Ampliar o horário de atendimento da UBS, do Posto de Saúde até as 21 horas; Complexidade: - Planejar escalas para o atendimento em Associação Hospital horário ampliado; de Caridade N. S. - Garantir hemogramas para todos os dos Navegantes; pacientes com dengue, conforme protocolo (Estimativa: 1.270 exames); De Maior - Garantir remoção dos pacientes com Complexidade: rapidez caso necessite ser encaminhado Hospital de Caridade para um serviço de referencia; de Santo Ângelo/RS - Instalar sala de hidratação oral e parenteral com capacidade para 4 pacientes. - Garantir a internação da demanda da atenção básica necessária 01 a 02 - Ampliar horário de atendimento na UBS; - Contratar mais recursos humanos, se necessário; -Garantir hemogramas para todos os pacientes com Dengue; - Encaminhar os pacientes com dengue conforme a classificação de risco, garantindo a remoção com rapidez; - Garantir o acompanhamento diário de todos os pacientes com dengue em seu domicilio. Encaminhamento dos pacientes com dengue para os hospitais de referência (São Luiz Gonzaga e Cerro Largo). 01 a 05 - O atendimento básico será nas UBS; - No caso de um aumento de casos ampliar o atendimento até as 21:00 horas; - Contratar mais recursos humanos; - No caso de agravamento do suspeito encaminhar para hospital de São 31 - Garantir exames laboratoriais ex: hemograma, plaquetas e outros; - Oferecer hidratação oral nas UBS; - Disponibilizar de medicamentos; necessários para o tratamento; Salvador das Missões Santo Ângelo 12 12 01 a 03 01 a 08 Garantir hemogramas para todos os Para os serviços de pacientes com suspeita de dengue, referenciados, todos os pacientes que se garantir remoção dos pacientes caso enquadram nos necessitam ser encaminhados para serviço de referencia, realizar hidratação oral e passos 4,5,6,7 e 8. parenteral conforme a capacidade do serviço e necessidade do paciente, disponibilizar sala de hidratação para 5 pacientes. Realizar todo o atendimento do paciente suspeito de dengue conforme protocolo da unidade e atendendo aos passos 1, 2 e 3 - Ampliar o horário de atendimento do Pronto Atendimento Ernesto Nascimento Sobrinho até às 22h, em caso de surto epidêmico. - Contratar mais recursos humanos,se necessário. - Garantir hemogramas para todos o pacientes com dengue. - Garantir remoção dos pacientes com rapidez caso necessite ser encaminhado para um serviço de referência. - Instalar sala de hidratação oral e parenteral para atender os casos que necessitarem tal procedimento, se necessário. - Aquisição de medicamentos e materiais de consumo para a sala de hidratação. - Santo Antonio das Missões 12 01 a 4 Luiz; Gonzaga ou Santo Ângelo; - - Ampliar o atendimento nas UBSs e ESFs até às 22 horas; Contratar recursos humanos; Garantir exames hemogramas, plaquetas para todos os pacientes; Remover pacientes que necessitem de encaminhamentos para referência; Instalar sala de hidratação oral e parenteral; Realizar triagem de pacientes; Aferir sinais vitais e prova de laço; - Pacientes dos Grupos C e D atendidos em Unidades Básicas de Saúde ou Pronto Atendimento 22 de março serão encaminhados ao Hospital Santo Ângelo para internação, após contato da Unidade com o Enfermeiro Responsável pelo Ambulatório do HSA. - Hospital de São Luiz Gonzaga. 32 São Borja São Luiz Gonzaga São Miguel das Missões São Nicolau 12 12 12 12 Prescrever medicação; Preencher fichas da vigilância epidemiológica. 01 a 8 Atender 100% dos sintomáticos usuários do SUS Quando necessário 01 a 07 A cada caso suspeito de dengue o O município fará a município assume os compromissos solicitação de vaga descritos no Fluxograma de Assistência em UTI acionando a aos Pacientes com Dengue, do passo 1 ao Central de 7, que vai desde o atendimento na Regulação Estadual Unidade Básica de Saúde à internação e garantirá o hospitalar. Os casos que necessitarem de transporte adequado UTI serão referenciados. aos pacientes. 01 a 06 01. Ampliar o horário de atendimento da Unidade de Saúde Central até as 22:00 horas; 02. Realizar o atendimento dos casos suspeitos de dengue com critérios de classificação de risco de acordo com o PNCD e conforme passo 01; 03. Garantir os exames laboratoriais para todos os pacientes com dengue; 04. Acompanhar e supervisionar pacientes liberados ao domicilio e seu retorno conforme protocolo; 05. Garantir a capacitação de todos os profissionais envolvidos na assistência a pacientes com dengue; 06. Garantir a remoção dos pacientes com rapidez caso necessite ser encaminhado para um serviço de referencia; 07. Aperfeiçoar sala de hidratação oral e parenteral com capacidade para oito pacientes; 08. Garantir medicamentos e equipamentos conforme o plano de contingência para dengue da SES/RS. 01 a 5 Atendimento de acordo com o horário de Hospital de São Luiz chegada do paciente na Unidade de Gonzaga. saúde; Coletar hemograma, preencher ficha de atendimento, preencher cartão de acompanhamento de dengue,preencher ficha de vigilância epidemiológica, prescrever dipirona/paracetamol/hidratação oral,liberal para domicílio, observar sinais de alarme, agendar retorno para 24/48 horas. Observar por 12/24 horas em hidratação oral(50 a 100 ml/kgh de peso), hidratar parenteralmente em caso de desidratação mais grave ou intolerância a hidratação oral, prescrever Garantir internação e encaminhamento para internação conforme protocolo, bem como negociar transporte necessário. 33 dipirona/paracetamol, fazer raio x em caso de suspeita de derrame pleural, preencher ficha de atendimento e cartão de paciente com dengue,preencher ficha de vigilância epidemiológica, realizar sorologia de acordo com fluxo combinado com a vigilância Municipal,observar sinais de alarme,acompanhar paciente diariamente até o 7° dia. Encaminhamento do paciente até o hospital de referencia. São Pedro do Butiá Sete de Setembro 12 12 01 a 04 -garantia de suporte laboratorial, para os pacientes com suspeita de dengue - recursos humanos a disposição, e se necessário com ampliação do horário de atendimento local, até as 22:00 horas. - garantia de RX de tórax -garantir a medicação ( oral e parenteral). Com estrutura física para atendimento em observação de 03 pacientes. -transporte para remoção. -hospitais conveniados/contrata dos: Policlínica Santo Inácio, Hospital São Paulo e Hospital Santo Ângelo. Hospital Santa Tereza de Guarani das Missões e Hospital Santo Ângelo de Santo Ângelo 1a4 Fazer investigação e notificação de casos suspeitos; Carro disponível junto a secretaria para transporte de paciente em caso de necessidade; Convocação de funcionários para atender a demanda de casos suspeitos; Ampliar horário de atendimento da Unidade de Saúde; Garantir consultas médicas e hemogramas para todos os casos suspeitos, conforme protocolo; Remover com rapidez conforme a necessidade; Instalar mais leitos para hidratação oral e parenteral dos pacientes; manter medicamentos e soros de hidratação oral e endovenosa. Ubiretama 12 01 a 04 Vitória das Missões 12 1a3 Evitar ocorrências de óbitos por Dengue Hospital São José de em nosso município através do controle do Giruá vetor pelo Agente de Campo orientando a Associação comunidade sobre os cuidados com a Hospitalar Santo Dengue, bem como sinais e sintomas da Ângelo doença. Em caso de epidemia mobilizar a população para mutirões de limpeza e orientações sobre a doença. Cumprir o que determinamos no plano de contingência da dengue Hospital Santo Ângelo do município de Santo Ângelo 34 ANEXO - FICHA DE ATENDIMENTO AMBULATORIAL DO CASO SUSPEITO DE DENGUE – SES/RS Unidade: Nome: Nome da Mãe: Endereço: Bairro: FICHA DE ATENDIMENTO AMBULATORIAL CASO SUSPEITO DE DENGUE Data: ___/___/___ Idade: Município: PA sentado/pé: ____x____ mmHg Tax: Enchimento capilar: ____°C seg Fone: SINAIS VITAIS PA deitado: ____x____ mmHg Prova do laço: ( )positiva ( )negativa ANAMNESE QP/ HDA: Início dos sintomas: ___/___/___ Febre: ___/___/___ Exantema: ___/___/___ Remissão da febre: ___/___/___ QUADRO CLÍNICO ( )febre ( )anorexia ( )astenia/adinamia/ ( )exantema ( )cefaléia ( )astenia apatia/prostração/ ( )linfadenopatia ( )dor retro( )náuseas sonolência ( )Outros orbitária ( )vômitos ( )choro persistente _______________ ( )mialgia ( )diarréia ( )irritabilidade __ ( )artralgia Manifestações Hemorrágicas: ( )sim ( )não ( )gengivorragia ( )epistaxe ( )metrorragia ( )hematêmese ( )melena ( )hematoquezia ( )outra___________________________ HMP: Dengue prévio:( )não ( )sim Comorbidades:( )não ( )sim_______________________________________________ Medicamentos: ( )não ( )sim______________________________________________ EXAME FÍSICO PRESENÇA DE SINAIS DE ALARME: ( )sim ( )não ( )aumento súbito do hematócrito ( )vômitos persistentes ( )queda súbita das plaquetas ( )dor abdominal intensa e contínua ( )sonolência/irritabilidade ( )hepatomegalia dolorosa 35 ( )hipotensão postural/lipotímia ( )hemorragias importantes ( )desconforto respiratório ( )diminuição da diurese SINAIS DE CHOQUE: ( )sim ( )não CONDUTA ( )Hidratação VO ( )Hidratação Venosa Destino ( )reavaliar 24/48h ( )observação ( )internação ( )alta DIAGNÓSTICO DE DENGUE ( )suspeito/confirmado ( )não ( )outro__________ REAVALIAÇÃO Evolução Medicações Exames Htc: Hb: Leuc.: Linf.: Plaq.: Soluções Sinais vitais PA:_____mmHg Tax_____°C Indicação de hidratação conforme hematócrito* Htc até 10% do basal ou: Htc >10% basal - Crianças: <38 % - Crianças: ≥38 e ≤42% - Crianças: >42% - Mulheres: <40% - Mulheres: ≥40 e ≤44% - Mulheres: >44% - Homens: <45% - Homens: ≥45 e ≤50% - Homens: >50% Via oral domiciliar Via oral sob supervisão Via parenteral Sinais de Choque a) hipotensão arterial; b) pressão arterial convergente (PA diferencial <20 mmHg); c) extremidades frias, cianose; d) pulso rápido e fino; e) enchimento capilar lento (>2 segundos). Hidratação Adulto* Via Oral 60-80ml/Kg /dia 1/3 SRO + 2/3 líquidos caseiros Via Parenteral 80ml/Kg /dia 1/3 SF 0,9% em 4-6 horas 36 Hidratação Criança* Via Parenteteral Expansão Manutenção (fórmula de Holliday-Segar) 20ml/Kg/h (até 3x) - Até 10kg: 100ml/Kg/dia; - 10 – 20Kg: 1000 ml + 50ml/Kg/dia; - acima de 20Kg: 1500ml + 20 ml/Kg/dia. - sódio: 3mEq em 100ml de solução ou 2-3mEq/kg/dia; - potássio: 2mEq em 100ml de solução ou 25mEq/kg/dia. *Dengue: diagnóstico e manejo clínico – Adulto e Criança. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. 3.ed – Brasilia: Ministério da Saúde, 2007 Via Oral 50ml/Kg /dia 8 INTEGRAÇÃO COM ATENÇÃO BÁSICA A integração com a atenção básica tem como objetivo consolidar a inserção do Programa dos Agentes Comunitários de Saúde e do Programa de Saúde da Família nas ações de prevenção e controle da dengue, visando, principalmente, promover mudanças de hábitos da comunidade, que contribuam para manter o ambiente doméstico livre do aedes aegypti. As equipes de saúde da família atuarão também na realização do diagnóstico oportuno e no tratamento adequado das formas graves e hemorrágicas, resultando na redução da letalidade por dengue. A participação do agente comunitário da saúde e demais membros das equipes deverá considerar as Portarias nº44/02; nº648/06; nº3252/09 e nº1007/10 e as Diretrizes Nacionais para Prevenção e Controle de Epidemias da Dengue. 37 9 CAPACITAÇÕES DE RECURSOS HUMANOS PROMOVIDAS PELA 12ª CRS Tendo em vista a necessidade de preparação dos profissionais da rede de saúde da Região, que estão diretamente envolvidos no enfrentamento da dengue e de outros atores que participarão de forma intersetorial foram realizadas diversas capacitações na 12ª CRS: o Capacitação em diagnóstico e manejo clinico, para médicos da rede pública e privada dos 25 municípios da 12ª CRS; o Capacitação na assistência de enfermagem ao paciente com dengue, para enfermeiros da rede pública e hospitais da 12ª CRS; o Capacitação para todos os agentes comunitários de saúde no controle da dengue; o Capacitação de profissionais que atuam na educação em saúde dos municípios no tema da dengue (professores municipais e estaduais); o Capacitação dos profissionais da rede de saúde nos fluxos e protocolos estabelecidos pelo Programa Nacional; o Treinamento das equipes municipais da vigilância ambiental para as ações de combate ao vetor. 10 COMUNICAÇÃO E MOBILIZAÇÃO SOCIAL 10.1 Período não epidêmico O objetivo é incentivar a divulgação de medidas de prevenção de dengue, como forma de incentivar a população a adotar hábitos e condutas capazes de evitar a proliferação do mosquito transmissor. Dessa forma, recomenda-se que as mensagens de comunicação para esse cenário envolvam conteúdos educacionais e informativos sobre: 38 o a eliminação dos criadouros dos mosquitos da dengue; o a biologia e os hábitos do Aedes aegypti; o os locais de concentração do agente transmissor; o os principais sintomas da doença; o recomendações para que a população, em caso da doença, recorra aos serviços de atenção primária à saúde. 10.2 Período Epidêmico O objetivo principal nesse cenário é evitar óbitos. Dessa forma, recomenda-se que o foco das ações de comunicação e mobilização seja: o divulgação dos sinais e sintomas da complicação da doença; o alerta sobre os perigos da automedicação; o orientação à população para procurar atendimento médico na unidade de saúde mais próxima ou informação sobre as unidades de referência indicadas pelos gestores, para que o cidadão tenha atendimento médico logo nos primeiros sintomas; o esclarecimentos sobre medidas de autocuidado, especialmente sobre a hidratação oral; o reforço às ações realizadas no período não epidêmico, especialmente quanto à remoção de depósitos,com a participação intersetorial e da sociedade. 10.3 Divulgação As informações referentes a situação Regional da dengue serão prestadas diariamente através de boletim informativo, que será emitido pelo gabinete do(a) Delegado Regional de Saúde. O Delegado (a) Regional de Saúde também transmitirá informações através de entrevistas para rádios, jornais e TV. Outros profissionais do 39 setor somente transmitirão informações quando autorizados pela chefia. 11 REFERÊNCIAS BRASIL, Ministério da Saúde. Dengue: diagnóstico e manejo clínico – Adulto e Criança. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. 3.ed – Brasilia: Ministério da Saúde, 2007. BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Diretrizes nacionais para prevenção e controle de epidemias de dengue – Brasília : Ministério da Saúde, 2009. 160 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos). BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Diretoria Técnica de Gestão. Dengue: manual de enfermagem – adulto e criança. – Brasília : Ministério da Saúde, 2008. 48 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) RIO GRANDE DO SUL, Secretaria Estadual da Saúde, Plano de Contingência da Dengue, 2008 RIO GRANDE DO SUL, 14ª Coordenadoria Regional de Saúde de Santa Rosa, Plano de Contingência da Dengue, 2010. BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. SISFAD/ 12ª CRS. BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. SINAN/12ª CRS.