Outono / Inverno chegando...alergias à vista! - TRE-RJ

Propaganda
Seames
Outono / Inverno chegando...alergias à vista!
A alergia é uma resposta exagerada do sistema imunológico a uma
ou mais substâncias estranhas ao organismo.
Simples de entender, não?
Quem sofre com crises constantes, no entanto, sabe que a resolução
deste problema pode ser bem mais complicada.
Sabe-se que a herança genética tem um papel importante nas
alergias – a chance de uma pessoa desenvolver asma ou rinite
quando os pais têm alergia é de 40%. Já os fatores que desencadeiam
as crises, outra questão determinante, variam de pessoa para pessoa.
É justamente aí que começa o problema.
Entre as causas mais comuns de alergia estão pólen, pelos de animais
e, principalmente, ácaros. No Brasil, cerca de 90% dos quadros de
alergia respiratória estão ligados a estes micro-organismos, que se
desenvolvem em ambientes úmidos e escuros e estão comumente
presentes em colchões, tapetes, almofadas, sofás, bonecos de pelúcia
e roupas de camas.
Mesmo sem causar alergias respiratórias, agentes ambientais
irritantes (produtos de limpeza, inseticidas, perfumes fortes, fumaça e
até variações de temperatura) podem agravar os sintomas e
desencadear crises.
“Quando o alérgico entra em contato com determinados agentes
ambientais, substâncias que causam pouca ou nenhuma irritação em
pessoas sem alergia, o organismo reage de forma exacerbada,
provocando sintomas como coceira, dificuldade para respirar e até
choque anafilático”, explica Maria Teresinha Malheiros, alergista do
Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, de São Paulo.
É importante destacar que a reação é individual, ou seja, nem todos
os alérgicos são sensíveis às mesmas coisas. Por isso às vezes é tão
difícil identificar o fator causador. E tem mais: no frio, a dificuldade
em identificar o fator causador da alergia ganha um complicador
extra, que é diferenciar a crise alérgica de uma gripe ou resfriado,
condições de saúde típicas do inverno.
Os sintomas clássicos de uma crise alérgica respiratória são muito
semelhantes àquelas de uma gripe: obstrução nasal, coriza, espirros
e coceira no nariz, nos ouvidos, nos olhos e na garganta, que ocorrem
por mais de dois dias consecutivos e por mais de uma hora na maior
parte dos dias. Pode haver ainda tosse seca associada a pigarro,
devido à descida de secreção do nariz até a garganta. Nos casos
crônicos ou mais graves, há inclusive a possibilidade de perda de
olfato e paladar.
É hora de procurar um médico quando a pessoa tem sua qualidade de
vida afetada pelos sintomas (como faltas frequentes ao trabalho,
redução da qualidade do sono e fadiga ao longo do dia com redução
da produtividade) ou quando apresenta outros sinais sugestivos de
complicações, orienta Natália Raye Maciel, otorrinolaringologista do
Hospital Israelita Albert Sabin, do Rio de Janeiro, e membro da
Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia.
Apesar de os fatores desencadeadores de uma crise alérgica serem
diversos e entrarem em contato com a pessoa tanto por via
respiratória quanto gastrointestinal ou pele, a solução para o
problema é invariável: uma vez identificado o causador da crise
alérgica, deve-se evitar o contato ou realizar um tratamento para
redução da sensibilidade do organismo a ele.
“Para determinar os agentes causadores da alergia é importante
relatar ao seu médico com qual frequência e em quais momentos
surgem as crises” orienta Natália.
Quando os agentes não forem encontrados, podem ser determinados
por meio de testes cutâneos com estimulação direta. Neles, o
alergista expõe pequenas áreas da pele a diversas substâncias e
avalia a reação posterior do corpo. Após o diagnóstico, é possível
fazer tratamento mais direcionado com vacinas a fim de reduzir a
frequência ou intensidade das crises.
Podendo surgir em qualquer etapa da vida e sem aviso prévio, as
alergias não têm cura – e a demora em procurar tratamento pode
agravar o quadro e dificultar o controle das crises.
“As mudanças bruscas de temperatura e o tempo seco característicos
do inverno brasileiro são fatores desencadeantes das crises de alergia
respiratória. Já a chuva, a umidade e a baixa insolação ajudam a criar
um ambiente favorável para o desenvolvimento de ácaros” diz Maria
Teresinha.
Além disso, no inverno as pessoas deixam a casa mais fechada e
usam edredons, cobertores e agasalhos sem arejá-los. Tudo isso cria
um ambiente favorável para o acúmulo de pó e o desenvolvimento de
ácaros.
Para quem sofre com as crises, a boa notícia é que é possível
controlar os sintomas de maneira significativa. O tratamento consiste
em diminuir a ação dos fatores alérgicos e irritantes nos ambientes
mais frequentados pelo paciente e no uso de medicamentos.
“No caso da rinite alérgica são usados medicamentos que diminuem o
processo inflamatório, antialérgicos e descongestionantes. Para asma,
são usados bronco dilatadores e corticoides inalatórios. É importante
lembrar que a automedicação pode levar a um agravamento dos
quadros, por isso é imprescindível buscar atendimento médico” alerta
a alergista.
Conheça os principais tipos de alergia
Respiratória:
uma característica constante nesse tipo de alergia é a coceira
constante nos olhos, no nariz e na garganta. A rinite alérgica causa
obstrução e prurido nasal, “ataques” de espirro e secreção nasal clara
constante. Já a asma gera falta de ar, respiração acelerada, ofegante
e com chiado. Os fatores causadores e desencadeantes de ambas são
os mesmos.
Atópica:
as alergias atópicas ou da pele são caracterizadas por quadros de
inflamação, coceira e esfoliação da pele, mas podem envolver muitos
outros sintomas. Às vezes, é difícil descobrir o agente causador da
crise. Ao perceber uma reação a um produto, ele deve ser tirado
completamente do cotidiano do alérgico sempre que possível. Quem
tem esse tipo de alergia deve usar produtos específicos para
alérgicos.
Alimentar:
estas podem causar inúmeros sintomas, como coceira no corpo,
urticária, vermelhão na pele e até crises respiratórias. Alguns
alimentos causam reações características – com o camarão, por
exemplo, a reação é imediata e pode chegar a choque anafilático.
Quando a alergia surge na vida adulta e não causa uma reação
exacerbada, é muito difícil identificar o agente causador. Um diário
alimentar pode ajudar o médico a restringir o diagnóstico, mas podem
ser necessários exames de laboratório.
O que podemos fazer?
Em casa:
 Mantenha os ambientes em que se circula sempre limpos,
iluminados e arejados
 Limpe a casa com pano úmido em vez de varrer com vassoura
 Retire do quarto elementos que acumulam poeira, como
cortinas, bichos de pelúcia e tapetes
 Limpe semanalmente o filtro do ar condicionado e as pás do
ventilador
 Troque a roupa de cama uma vez por semana
 Não permita a entrada de animais de estimação nos quartos
 Evite produtos químicos com cheiro, perfumes, etc.
 Prefira roupas de algodão às roupas de tecidos sintéticos
 Não use amaciante e enxague bem roupas, toalhas e lençóis,
para retirar completamente os produtos de limpeza
 Se não puder deixar de comprar os alimentos que causam
alergia, separe-os em uma área específica do armário e da
geladeira, para evitar consumi-los por engano
No trabalho:
 Abra a janela da sala de trabalho para permitir uma ventilação
e a troca de ar do ambiente, antes de ligar o ar refrigerado,
 Evite o uso de perfumes e cremes com odores muito
acentuados, que podem agravar ou desencadear crises
alérgicas em si ou em colegas de trabalho.
Para uma convivência harmoniosa devemos pensar no todo,
buscando o bem estar de cada um!
Fonte: Adaptado do site:
http://saude.ig.com.br/minhasaude/2012-08-26/como-atenuar-crisesde-alergia.html
Download