CENTRO UNIVERSITÁRIO DO TRIANGULO _________________________________________________________________ Fitopatologia Básica Professora : Fernanda G. Martins Maia __________________________________________________________________ DIAGNOSE doenças de plantas FITOPATOLOGIA ________________________________________________________ Sintomatologia Etiologia DIAGNOSE Controle Pré-requisito essencial para o controle de doenças de plantas. DIAGNOSE _______________________________________________________________ Dentro da fitopatologia - diagnostico refere-se a identificação de uma doença e do seu agente etiológico com base: SINTOMAS Fonte: Agrios, 2005 DIAGNOSE _______________________________________________________________ SINAIS Fonte: Agrios, 2005 DIAGNOSE _____________________________________________________ Própria área de cultivo, comumente realizada quando se conhece a doença, ou seja, quando os sintomas ocasionados em decorrência do ataque são extremamente peculiares . Fonte: Agrios, 2005 DIAGNOSE _______________________________________________________________ Analise preliminar- própria área de cultivo, ou clinica fitopatológica Onde as amostras de partes de plantas infectadas são previamente coletadas e submetidas as etapas de identificação do agente etiológico. Fonte: Agrios, 2005 RECOMENDAÇÕES PARA COLETA, PREPARO E ENVIO DE AMOSTRASAMOSTRAS _____________________________________________________ :• Amostras apresentando sintomas típicos da doença. • Amostras em estágio inicial ou intermediário. • As plantas devem apresentar partes sadias e doentes. • Colete um número razoável de plantas (2 a 3 plantas para cada amostra), considerando, evidentemente, o custo do transporte. • No caso de plantas pequenas, colete a planta inteira, com as raízes. RECOMENDAÇÕES PARA COLETA, PREPARO E ENVIO DE AMOSTRASAMOSTRAS _____________________________________________________ • Quando não for possível enviar plantas inteiras, como no caso de plantas maiores (ex. árvores, arbustos); - cortar porções de todas as partes da planta: ramos (inclusive com flores e/ou frutos), caule e raízes. • É fundamental a coleta de fragmentos de raízes e da base do caule, principalmente de plantas murchas, amareladas ou com crescimento reduzido. RECOMENDAÇÕES PARA COLETA, PREPARO E ENVIO DE AMOSTRASAMOSTRAS _____________________________________________________ No caso de culturas hidropônicas, as plantas devem ser retiradas das bancadas de cultivo, tomando o cuidado de deixar escorrer e secar o excesso de solução nutritiva das raízes. As plantas devem ser envolvidas em folha de jornal ou sacos de papel, acondicionadas em caixas de papelão de sedex, devidamente identificadas e imediatamente enviadas pelo correio. Apenas as plantas que forem encaminhadas pessoalmente à Clínica Fitopatológica e com chegada prevista para o mesmo dia da coleta devem ser acondicionadas em sacos plásticos. RECOMENDAÇÕES PARA COLETA, PREPARO E ENVIO DE AMOSTRASAMOSTRAS _____________________________________________________ Para o exato diagnóstico de uma doença de planta, a amostra vegetal deve chegar ao laboratório em perfeitas condições, preferencialmente frescas. As amostras devem ser enviadas para análise imediatamente após a coleta. O ideal é que sejam enviadas na segunda ou no máximo terça-feira de manhã. Ppara evitar que fiquem retidas no correio durante o final de semana e se deteriorem. DIAGNOSE _______________________________________________________________ Analise preliminar- própria área de cultivo, ou clinica fitopatológica deve inicialmente: * reconhecer a natureza da doença (biótico ou abiótico) Fonte: Agrios, 2005 ASPECTOS IMPORTANTES DO DIAGNOSTICO _____________________________________________________ 1. Determinação da sua natureza etiológica 2. Identificação ( biológicas, morfológicas, culturais ou moleculares) Fonte: Agrios, 2005 DIAGNOSE DE DOENÇAS CONHECIDAS _______________________________________________________________ Quando a planta exibe sintomas e sinais suspeitos de infecção por agente biótico. o primeiro passo é confronta-los com os observados na literatura. Se a doença for conhecida os sintomas encontrados deverão coincidir com os relatos da literatura. DIAGNOSE DE DOENÇAS CONHECIDAS _______________________________________________________________ Direta (Baseada somente nos sintomas) – consulta de literatura adequada (muito aplicada para doenças conhecidas). Fonte: Herbário online Galleti et al, 2012 DIAGNOSE DE DOENÇAS CONHECIDAS _______________________________________________________________ Indireta (Baseada nos sintomas e sinais) - consulta de literatura adequada (muito aplicada para doenças conhecidas). Mofo branco em feijoeiro: Sclerotinia scleorotiorum (Lib) de Bary Fonte: Agrios, 2005 SANIDADE DE SEMENTES ______________________________________________________________ A. Exame da semente não germinada. Ex. Observação de sintomas e sinais em sementes secas. SANIDADE DE SEMENTES ______________________________________________________________ B. Exame da semente após a incubação. (*) Ex. Incubação em papel substrato (IPS) ou “Blotter test”. SANIDADE DE SEMENTES ______________________________________________________________ C. Testes sorológicos das sementes. Ex. Teste de ELISA para detecção de vírus ( vide aula de diagnose de vírus). D. Inspeção da planta ou planta após crescimento e desenvolvimento. Ex. observação de sintomas e sinais em plântulas. Tombamentos ________________________________________________________________ Completos – utilizada quando não se tem informação sobre a doença em literatura (Hospedeiro-patógeno-ambiente). Procede-se ao teste de patogenicidade utilizando plantas sadias da mesma cultivar para verificação e estudo de sintomatologia. Postulados de Kock. DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS _______________________________________________________________ Corrida bacteriana Câmara climatizada - BOB isolamento Amorim et al, 2011 DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS _______________________________________________________________ Teste do copo Amorim et al, 2011 DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS _______________________________________________________________ Teste de reação de hipersensibilidade (HR) •Teste rápido – 24h Amorim et al, 2011 DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS _______________________________________________________________ Testes bioquímicos – utilização de açúcares e álcoois para crescimento e desenvolvimento. Isolados Amorim et al, 2011 DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS _______________________________________________________________ Testes sorológicos ELISA Amorim et al, 2011 DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS _______________________________________________________________ Testes moleculares 1. Hibridização com sondas de DNA e RNA 2. PCR (REAÇÃO DA POLIMERASE EM CADEIA) 3. PCR em tempo real ( RT-PCR) Amorim et al, 2011 DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS _______________________________________________________________ Inicia na própria área de cultivo, com a observação dos sintomas ocasionados nas plantas. Caso não seja possível a identificação com base apenas nos sintomas; A diagnose e identificação dos vírus é feita por meio dos seguintes procedimento. Amorim et al, 2011 DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS _______________________________________________________________ a) Teste de gama de hospedeiro Consiste na inoculação de uma série de espécies de plantas (plantas indicadoras), e na observação dos sintomas induzidos pelo vírus em cada espécie. Chenopodium quinoa Chenopodium amaranticolor A diagnose é feita com base na comparação dos sintomas observados com aqueles relatados na literatura. Amorim et al, 2011 DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS _______________________________________________________________ b)Microscopia Eletrônica de transmissão Suficiente para a diagnose ao nível de gênero/grupo, e em alguns casos ao nível de espécie. Partículas virais e inclusões citoplasmáticas podem ser observadas diretamente em tecidos infectados. Amorim et al, 2011 DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS _______________________________________________________________ Testes sorológicos ELISA Amorim et al, 2011 DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS _______________________________________________________________ Testes moleculares 1. Hibridização com sondas de DNA e RNA 2. PCR (REAÇÃO DA POLIMERASE EM CADEIA) 3. PCR em tempo real ( RT-PCR) Amorim et al, 2011 DOENÇAS CAUSADAS POR NEMATOIDES _______________________________________________________________ Pode ser feita com base em características morfológicas; Que podem ser obtidas pelo exame dos exemplares em microscópio de luz; Identificação descritiva e é composta de três etapas. Amorim et al, 2011 DOENÇAS CAUSADAS POR NEMATOIDES _______________________________________________________________ Amorim et al, 2011 DIAGNOSE DE DOENÇAS DESCONHECIDAS __________________________________________________________________ Em algumas ocasiões, os processos citados anteriormente não permitem a diagnose segura. Exemplo quando se tem uma doença nova, ainda não descrita na literatura. Postulados de Koch, para que se possa estabelecer a relação causal entre doença e um determinado agente. Amorim et al, 2011 ETAPAS DOS POSTULADOS DE KOCK ________________________________________________________________ 1. Associação constante patógeno – hospedeiro * Determina se o provável patógeno está sempre associado com a doença (complexo de sintomas) em analise. Obs: Isso é importante para estabelecer relação de associação entre o microrganismo e a doença. ETAPAS DOS POSTULADOS DE KOCK ________________________________________________________________ 2. Isolamento do patógeno * Isole o provável patógeno estabeleça uma cultura pura deste microrganismo em meio artificial e descreva suas características. ETAPAS DOS POSTULADOS DE KOCK ________________________________________________________________ ETAPAS DOS POSTULADOS DE KOCK ________________________________________________________________ 3. Inoculação do patógeno e reprodução dos sintomas * Inocule este organismo em uma planta sadia da mesma cultivar, espécie e/ou variedade. Obs: Isto é importante para observar se os sintomas obtidos são iguais ao da doença original. Em caso positivo isso é prova da patogenicidade do isolado. ETAPAS DOS POSTULADOS DE KOCK ________________________________________________________________ 4. Reisolamento do patógeno * Reisole o patógeno da planta inoculada e compare com isolado original. Se as características morfológicas, fisiológicas e nutricionais forem iguais temos mais uma prova de patogenicidade. Obs: Esta etapa serve pra confirmar que o organismo multiplicou e espalhou pelo hospedeiro. DIAGNOSE DE DOENÇAS DESCONHECIDAS __________________________________________________________________ Caso a doença já esteja descrita contudo, os sinais não estão evidentes, ou os sintomas não estão de acordo com os da literatura. Procede-se as etapas de isolamento e identificação. Eventualmente pode-se também realizar a inoculação em hospedeiros sadios para reprodução de sintomas. caso o isolamento não seja possível ( ex: viroses) pode-se recorrer aos exames complementares como testes sorológicos e moleculares. Amorim et al, 2011 Até a próxima aula! Obrigada !!!! 44