Filme: O Lobisomem e o Coronel

Propaganda
www.curtanaescola.com.br
Filme: O Lobisomem e o Coronel
Gênero: Animação
Diretor: Elvis K. Figueiredo, Ítalo Cajueiro
Ano: 2002
Duração: 10 min
Cor: Colorido
Bitola: 35mm
País: Brasil
Disponível no Porta Curtas:
www.portacurtas.com.br/curtanaescola/Filme.asp?Cod=1518
Aplicabilidades em Educação
Comentários de Beatriz Rizek1
O filme tem início com a imagem de um livreto de literatura de cordel
que se perde ao vento e abre na página que conta a lenda urbana do
lobisomem e do coronel, numa região do nordeste brasileiro. A partir
de efeitos de computação gráfica, a animação retrata um violeiro
cego que começa a contar a história dessa lenda, alternando frases
repentistas com frases poéticas, sempre acompanhadas pela viola. A
“canção” retrata a vida rural de um coronel, sua moradia, sua família
e seus animais de confiança. De repente, entra em cena Dona Preta,
uma senhora que trabalha para o coronel e que, no meio da noite,
acorda assustada com um barulho fora da casa; quando vai ver, é o
lobisomem. O coronel e seus homens saem à procura dele, mas não
conseguem capturá-lo. No dia seguinte, o coronel pune os capatazes
que deixaram o lobisomem escapar. Algumas noites depois, o coronel
e
seus capangas reencontram a fera e a enfrentam, porém, não
www.curtanaescola.com.br
conseguem eliminá-la.O lobisomem entra na casa do coronel e
quebra um porta-retrato com a foto da filha do coronel. Ao final do
curta, o violeiro cego desafia a imaginação do telespectador sobre o
que teria acontecido ao bicho, já que a moça apareceu grávida.
Nível de ensino: Fundamental II
Disciplina(s)/
Temas
Transversais:
Português,
História
e
Geografia; Pluralidade Cultural
Objetivos de aprendizagem:
Conhecer a literatura de cordel, de suas origens aos dias de hoje e,
paralelamente, conhecer o repentismo típico nordestino.
Situações didáticas sugeridas:

Trabalho
interdisciplinar:
Português,
História
e
Geografia-
Organizados em grupos, os alunos deverão pesquisar sobre as
regiões
brasileiras
onde
ocorre
a
literatura
de
cordel,
explorando, além de suas origens, a estrutura de escrita e o
inusitado formato de apresentação. O professor deverá orientar
a pesquisa relacionando, previamente, as regiões brasileiras
que adotam a literatura de cordel como disseminação de sua
própria cultura local. Dividindo a classe em grupos, cada um
deles será responsável por caracterizar essas regiões, de modo
a conhecê-las melhor, explorando sua gastronomia, suas
danças, seus trajes e festas
típicas, seu linguajar, sua
www.curtanaescola.com.br
orientação religiosa / espiritual e suas formas de moradia.
Aspectos ligados ao cancioneiro popular, que acompanha o
cordel,
também
podem
ser
estudados.
Segundo
Ariano
Suassuna, um estudioso do assunto, a literatura popular em
versos
do
Nordeste
brasileiro
pode
ser
classificada
nos
seguintes ciclos: o heróico, o maravilhoso, o religioso ou moral,
o satírico e o histórico. Assim, cada grupo poderá elaborar seus
próprios
folhetos
de
cordel,
retratando
lendas
urbanas,
acontecimentos atuais ou, até mesmo, histórias pessoais. Se
houver possibilidade de ter o auxílio do professor de música, de
cantores populares de rua ou de bandas e grupos musicais
locais, os alunos serão estimulados a comporem canções para
acompanhar a escrita registrada. Assim, a aula ficará ainda
mais interessante, pois, além de estimular o “talento” musical
de alguns, proporcionará uma boa experiência de criação
repentista.
Vale destacar que a literatura de cordel não existe apenas no
Brasil mas também na Itália, na Espanha, no México e em
Portugal. Na Espanha, por exemplo, é chamada de pliego de
cordel e pliegos sueltos (folhas soltas). Um portfólio que reúna
o
processo
de
cada
uma
das
atividades
comprovará
a
interdisciplinaridade do trabalho. O portfólio será dividido em
História e Geografia, contendo as características têmporoespaciais da vida em cada região estudada, que faz uso da
literatura de cordel, e em Português, a partir do registro escrito
de informações históricas sobre as origens da literatura de
cordel e sua função sócio-educativa de disseminação das
culturas letrada e musicada locais, preservadas em meio a
tantos recursos digitais da atualidade.
www.curtanaescola.com.br

Pluralidade Cultural – Por meio da literatura de cordel e do
cancioneiro popular retratado no repentismo, os alunos poderão
perceber a variedade de
expressões lingüísticas
próprias do
Nordeste brasileiro, comparado às outras regiões. Além disso,
aprenderão que tanto o cordel como o repentismo são formas
de se transmitir tradições locais, sejam elas verdadeiras ou
fictícias. Sob esse aspecto, a classe poderá pesquisar quais
formatos
os
registros
regionais
assumem
nas
demais
localidades brasileiras, isto é, como os grandes centros urbanos
ou as áreas rurais mantêm e repassam sua história local. A
pesquisa será feita com visitas a bibliotecas e hemerotecas,
centro culturais e mediante entrevistas com representantes
regionais dessas tradições, que poderão ir até a escola ou, ao
inverso, a escola poderá promover a ida dos alunos até os
espaços culturais ou públicos que promovam essas atrações
culturais.
Avaliação: A avaliação poderá ser feita por meio da composição de
uma exposição de cordel – na sala de aula ou nos corredores da
escola – elaborada pelos próprios alunos, tanto a escrita quanto a
ilustração. Essa mostra poderá ser acompanhada por músicas
regionais,
“alunos
repentistas”
e
até
mesmo
por
uma
breve
encenação teatral.
1
Beatriz Rizek - Pedagoga com habilitação em Administração e
Supervisão Escolar e Orientação Educacional. Mestre em Ciências da
Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade
de São Paulo - ECA/USP. Coordenadora Pedagógica da PMKT –
www.curtanaescola.com.br
perfect marketing. Consultora ad hoc da Estudo, Estratégia e
Informação, em Educação a Distância via internet.
Download