Economia Brasileira em Recessão Divulgado a pouco pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) o Produto Interno Bruto – PIB brasileiro, o qual apresentou queda de 1,9% na comparação trimestral (Proj. Infinity:-1,9%), queda de 1,2% na comparação de 4 trimestres (Proj. Infinity:-1,2% e queda 2,6% na comparação com 2014 (Proj. Infinity:-2,2%). O trimestre anterior foi revisado de -0,2% para -0,7% e neste contexto o Brasil encontra-se oficialmente em recessão. Nas comparações trimestrais, todos os setores apresentaram perdas, com destaque para a indústria, com -4,3% na comparação trimestral, -16,1% na comparação com o mesmo período de 2014 e -5,2% anual e também queda de 7,2% no comércio, exaltando o contexto recessivo. Talvez a indicação mais preocupante seja pela perspectiva de despesa. Em todos os conceitos, o consumo das famílias apresentou queda, com queda de 2,1% na comparação trimestral e queda de 8% na comparação anualizada. Na linha inversa, o consumo do governo apresentou alta de 0,7% no trimestre e 2,7% na comparação anualizada, exatamente dentro do contexto de tentativa de ajuste fiscal. Este ponto é observado de perto pelas agências de classificação de risco e a extensão deste contexto pode levar a uma revisão para baixo da nota brasileira, abaixo inclusive da zona de grau de investimento. Pela manhã foi divulgado também o IGP-M, o qual apresentou alta de 0,28% ao mês (Proj. Infinity: 0,24%) e 7,55% ao ano (Proj. Infinity: 7,51%). O destaque de queda foi no IPC (preços ao consumidor) para alimentos (0,01% em agosto de 0,99% em julho) e vestuário (-0,38% em agosto de 0,29% em julho), e nos preços ao atacado, queda nos bens finais (-0,76% em agosto de 0,46% em julho) e produtos agropecuários (0,00% em agosto de 1,27% em julho). Isso mostra um cenário mais nítido de convergência às bandas superiores das metas de inflação a partir de 2016, com o cenário recessivo atingindo a demanda agregada e dificultando o repasse de preços do atacado ao varejo. Drivers de Mercado DÓLAR (ALTA): Indicadores negativos de atividade econômica local tendem a gerar pressão de desvalorização do Real; JUROS (BAIXA): A tendência natural no atual cenário seria de queda nos juros futuros, em resposta aos indicadores negativos da economia brasileira; BOLSA (BAIXA): O cenário de recessão reduz o apetite pelo prêmio de risco e a demanda por ativos brasileiros, afetados pelo contexto mais negativo. © 2015 Infinity Asset – Este relatório foi preparado pela Infinity Asset e é distribuído com a finalidade única de prestar informações ao mercado em geral. Apesar de ter sido elaborado com todo o cuidado necessário de forma a assegurar que as informações aqui prestadas reflitam como precisão as informações do mercado financeiro, elas não podem ser consideradas como garantia de operações lucrativas, por se tratar de um mercado de risco. Motivo pelo qual a Infinity e a CVM não se responsabilizam por quaisquer prejuízos de quaisquer naturezas, por perdas diretas ou indiretas derivadas do uso das informações constantes do mencionado relatório de seu conteúdo. Este documento não deve ser considerado uma oferta de venda dos fundos, nem tampouco constitui um prospecto previsto na Instrução CVM nº 409/2008 ou no Código de Auto-Regulação da Anbima. As informações aqui apresentadas foram baseadas em fontes oficiais e de ampla difusão. A Infinity não se responsabiliza por eventuais divergências e/ou omissões. As opiniões aqui constantes não devem ser entendidas, em hipótese alguma, como uma oferta para comprar ou vender títulos e valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros. As informações deste material são exclusivamente informativas. Fonte das Projeções Internacionais: Bloomberg LP. Economista Responsável: Jason Freitas Vieira – Corecon 31.464. Este relatório não pode ser reproduzido, distribuído ou publicado por qualquer pessoa, para quaisquer fins sem autorização prévia