PERÍODO PARA O INÍCIO DE TRATAMENTO FISIOTERAPEUTICO

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Revista Científica Indexada Linkania Júnior - ISSN: 2236-6652
PERÍODO PARA O INÍCIO DE TRATAMENTO
FISIOTERAPEUTICO DE PACIENTES SUBMETIDOS Á
CIRURGIAS ORTOPÉDICAS.
Miriã dos Santos Nascimento
Fisioterapeuta graduada Pela Universiadade Mogi das Cruzes, pós
graduada em reabilitação neurofuncional pela Universidade
Municipal de São Caetano do Sul.
Orientador : Prof. Mestre Eduardo Filoni
RESUMO:
Atualmente na literatura encontramos diversos benefícios para pacientes que são
submetidos à fisioterapia imediata após procedimentos cirúrgicos relacionados à
ortopedia, com isto o objetivo deste trabalho foi verificar a frequência de pacientes
ortopédicos submetidos a fisioterapia
ainda no ambiente hospitalar. O índice de
indicação médica para fisioterapia após alta e o intervalo entre a indicação médica e o
inicio do tratamento junto a um fisioterapeuta. A amostra foi composta por 25 pacientes,
onde foi constatado que 11 pacientes tiveram acesso a fisioterapia ainda no ambiente
hospitalar, que 3
não receberam
indicação médica para fisioterapia após a alta
hospitalar e que o intervalo entre o procedimento cirúrgico e o inicio do tratamento
fisioterapêutico chegava a até 125 dias, estes dados variam de acordo com o serviço de
saúde procurado.
ABSTRACT:
Currently in the literature, we found several benefits for patients who are
undergoing physical therapy immediately after surgical procedures related to
orthopedics, with this, the objective of this study was to determine the frequency of
patients undergoing orthopedic physiotherapy still in hospital, the rate of medical
indication for physiotherapy after discharge and the interval between the beginning and
the medically indicated treatment from a physiotherapist. The sample consisted of 25
patients, where it was found that 11 patients who still had access to physiotherapy in the
hospital environment, that 3 did not receive medical indication for physiotherapy after
discharge and that the interval between surgery and the start of physical therapy reached
until 125 days. These data vary according to health service sougth.
Palavras chave: cirurgia ortopédica, fisioterapia, , mobilização precoce, serviços de
saúde.
Keywords: orthopedic surgery, physiotherapy, early mobilization, health services
INTRODUÇÃO:
No contexto da biomecânica musculoesquelética, definimos lesão como o
dano causado por traumatismo físico ou mecânico sofrido pelos tecidos do corpo. As
lesões ortopédicas podem ser traumáticas como, por exemplo, contusões, entorses,
fraturas ou as luxações. Consideramos também como lesão musculoesquelética àquelas
que são degenerativas do sistema locomotor nomeadas como reumatológicas
(MARCOS 2009; OLIVEIRA & BRAGA, 2010).
Um dos métodos de tratamento para as lesões traumáticas ou reumatologias é o
processo cirúrgico, que consiste em uma técnica invasiva de correção ou substituição
tecidual. Com o volume cirúrgico crescente em nosso serviço, deparamo-nos com o
problema da demora no tempo de recuperação dos pacientes operados (VEADO &
FLORA, 1994).
Esta demora pode ser atribuída a complicações pós-operatórias visto
que o trauma tecidual causado por procedimentos cirúrgicos, e a reação inflamatória
decorrente deste processo podem causar complicações aos pacientes (FERREIRA &
BELEZA, 2007).
Uma das complicações pós-operatórias mais conhecidas é a síndrome do
imobilismo, esta síndrome ocorre visto que o período de recuperação pós-cirurgia
ortopédica (residencial ou hospitalar) demanda um período de imobilização para
recuperação e consolidação do tecido ósseo e muscular, sendo que esse imobilismo, se
não receber o tratamento e os cuidados devidos podem acarretar sequelas e limitações
físicas e até psicológicas ao paciente (SANTOS, 2007). Como resultado de uma lesão
ou cirurgia, a imobilização proporciona alterações bioquímicas e histológicas no tecido
periarticular das articulações sinovias, que podem resultar em fibrose das mesma
(HUGHESTON, 1985) , além disso, a diminuição do movimento articular pode gerar no
tecido muscular atrofia fraqueza, além de aumentar a incidência de novas rupturas
(SORRENTI, 2006).
Estudos experimentais concluem que os tecidos perdem
resistência rapidamente em resposta à redução da carga. A recuperação completa da
resistência após a restauração da carga é muito mais lenta e frequentemente incompleta
quando indivíduos passam por longos períodos de imobilização (NEUMANN, 2006).
A literatura não indica um padrão estabelecido de método ideal para a
reabilitação de pós-operatórios e iniciação de movimentos terapêuticos, visto que
movimentos precoces e tardios são recomendados, com relato de sucesso em cada
método, entretanto a mensuração das propriedades mecânicas do tecido músculo
esquelético consiste em uma ferramenta de grande utilidade, pois por meio dela são
fornecidos conhecimentos adicionais relevantes sobre as consequentes adaptações e
alterações nas diferentes demandas funcionais (LARSON & SIMONIAN, 1995 ;
CAIZZO, 2002)
Apesar de existirem poucos protocolos de fisioterapia precoce em pós-operatório
ortopédico estudos demonstram diversos benéficos sobre a fisioterapia nestes
indivíduos, como uso de crioterapia, termoterapia, TENS, cinesioterapia, exercícios de
contrações isométricas, mobilização articular e uso de C.P.M , tendo como resultados:
controle de edema, otimização da cicatrização, diminuição do período inflamatório ,
previne a perda de massa óssea e de massa muscular, evita o aumento da densidade do
liquido sinovial, o encurtamento dos tendões , fibrose capsular , além de manter e
melhorar a amplitude de movimento , promove o alinhamento correto entre as fibras de
colágeno, minimiza a aderência cicatricial entre os tecidos vizinhos, entre outros
benefícios que levam o individuo a retornar precocemente ás suas atividades de vida
diária (MARCOS, 2009; SILVA et.al. 2010; MONTEIRO, 2008; DENIS et.al. 2012 ;
PER & RENSTROM, 1999; FARIAS & NETO, 2008; STADNICK & AGUIAR, 2002;
MATIAS & BIAZUS, 2012)
Os benefícios adquiridos pela fisioterapia podem desenvolver independência
funcional no paciente submetido a cirurgias ortopédicas ainda na fase hospitalar, além
de diminuir a fase de internação (OLDMEADOW et.al. 2002), na fase domiciliar é de
suma importância que o individuo procure atendimento fisioterapêutico para dar
continuidade no trabalho iniciado no hospital para que haja mais sucesso no tratamento,
uma vez que os tecidos biológicos reagem ao estresse mecânico que lhes é imposto e a
ausência deles pode resultar em respostas adaptativas negativas para a recuperação dos
mesmos (MUELLER & MALUF, 2002).
OBJETIVOS:
Os objetivos gerais deste trabalho são:

Verificar a frequência de pacientes de pós-operatório ortopédico que
tiveram acompanhamento fisioterapêutico durante a fase pós-operatória
hospitalar, e após a alta hospitalar, e quanto tempo levou para estes
indivíduos iniciarem a fisioterapia ambulatorial.
Objetivos específicos:

Comparar o tempo de início das sessões de fisioterapia entre pacientes
atendidos pelo sistema público e privado.

Verificar a satisfação dos pacientes sobre o tempo entre o intervalo da
cirurgia e o inicio da fisioterapia ambulatorial.
MATERIAIS E MÉTODOS
Trata-se de um estudo quanti-qualitativo descritivo. Foram incluídos neste
trabalho indivíduos que tivessem passado por cirurgias ortopédicas por trauma direto ou
indireto, correção de defeito congênito, para correção articular por doenças
reumatológicas ou reparação tecidual por lesão de uso excessivo, atendidos no
ambulatório de fisioterapia da Universidade Mogi das Cruzes – Campos Villa Lobos SP .
Os critérios de exclusão foram: pacientes que tenham apresentado complicações
no procedimento cirúrgico ou que tenham problemas de saúde que possam ter
aumentado o período de internação médica ou o período de repouso recomendado,
pacientes que não soubessem dizer com precisão pelo menos o mês e o ano dos fatos
questionados, questionários que não foram preenchidos na integra ou de participantes
que não tenham assinado o termo de consentimento livre esclarecido – TCLE (ANEXO
1) .
Procedimentos:
Foi elaborado um questionário pelo pesquisador (ANEXO 2) , composto por 13
questões, sendo 3 questões fechadas e 9 abertas , os questionários foram distribuídos
ao pacientes
que tenham se submetido a cirurgias ortopédicas que atendiam aos
critérios acima citados. No caso de indivíduos não alfabetizados o questionário foi
aplicado pelo pesquisador em forma de entrevista com o máximo de cuidado para que
não houvesse influencia nas respostas.
Após o período de aplicação do questionário foram excluídos os indivíduos que
atenderam aos critérios de exclusão, e com os demais foram avaliados e comparados os
seguintes itens:

Tipo de cirurgia

Instituição responsável pelo procedimento (cirurgia e tratamento ambulatorial)

Tempo de internação

Acesso ou não á fisioterapia no período hospitalar

Indicação médica para fisioterapia ambulatorial

Inicio da fisioterapia ambulatorial
RESULTADOS:
Foram entrevistados 31 pacientes sendo que 06 foram excluídos dos resultados
desta pesquisa visto que os mesmos apresentaram complicações pós-operatórias (sepse,
rejeição de materiais cirúrgicos e complicações cardiorrespiratórias), resultando assim
em 25 pacientes (contabilizados nos resultados). A média de idade dos pacientes
estudados foi de 46,72 anos, sendo 12 indivíduos do sexo feminino e 13 do sexo
masculino.
Os pacientes foram divididos conforme a lesão ortopédica que resultou no
processo cirúrgico, as classificações foram realizadas de acordo com o relato dos
pacientes sobre o procedimento cirúrgico realizado e o membro envolvido no mesmo.
Tabela 1. Classificação de lesões relacionadas ao motivo das cirurgias.
Tipo de lesão relacionada ao processo cirúrgico
Número de pacientes
Artroplastias
Correções de mal formação congênitas de MMII
Fraturas de MMSS
Fraturas de MMII
Hérnia de Disco
Lesões ligamentares e meniscais de joelhos
S.T. C
Lesões musculares e ligamentares MMSS
5
2
2
6
2
4
1
3
Entre os pacientes foram encontradas três instituições responsáveis pelo
procedimento cirúrgico (internação hospitalar, cirurgia e alta médica para iniciar
fisioterapia).
Tabela 2. Instituições responsáveis pelos processos cirúrgicos.
Instituição responsável pelos processos cirúrgicos
Número de pacientes
Atendimento Particular
Convênio médico
S.U. S
2
15
8
Com relação ao período de internação hospitalar para realização da cirurgia foi
analisado quantos pacientes foram atendidos ou orientados por um fisioterapeuta antes
ou depois do procedimento cirúrgico correlacionando com a instituição responsável pelo
processo.
Conforme ilustrado no Gráfico 1. O índice de pacientes submetidos à
fisioterapia antes e depois da cirurgia não apresenta grandes variações, com exceção dos
pacientes do Sistema Único de Saúde (S.U.S.) onde nenhum paciente teve acesso ao
atendimento fisioterapêutico durante a internação pré-cirurgica, em contra partida o
serviço particular apresentou o melhor índice atendimento onde todos os pacientes
foram atendidos pela fisioterapia durante a internação antes e depois da cirurgia.
Gráfico1. Pacientes submetidos à fisioterapia durante a internação hospitalar conforme
a instituição responsável pelo processo cirúrgico.
Pacientes Submetidos a Fisioterapia
Durante a Internação Hospitalar
S.U.S
4
0
5
5
Convenio médico
Atendimento Particular
A.F.P.O
2
2
A.F.A.C
A.F.A.C. = Atendimento fisioterapêutico antes da cirurgia / A.F.P. O = Atendimento fisioterapêutico pós-operatório.
O tempo médio de internação hospitalar foi de 6,16 dias, sendo o maior período de
internação o relacionado à paciente que não tiveram acesso ao atendimento
fisioterapêutico durante a internação.
Tabela 3. Comparação entre o tempo médio de internação hospitalar e o acesso ao
atendimento fisioterapêutico.
Atendimento fisioterapêutico
Tempo médio de Internação (dias)
Pacientes com acesso a fisioterapia hospitalar
Pacientes sem acesso a fisioterapia hospitalar
2.3
2.7
Após o período de hospitalização foi avaliado quantos pacientes apresentaram
indicação médica para o tratamento fisioterapêutico ambulatorial, dos 25 pacientes
entrevistados quatro (16%) não tiveram indicação médica para fisioterapia.
Tabela 4. Pacientes de pós-operatório ortopédico com indicação médica para
fisioterapia ambulatorial.
Tipo de lesão relacionada ao processo
cirúrgico
Artroplastias
Correções de mal formação congênitas de
MMII
Fratura de MMSS
Fraturas de MMII
Hérnia de Disco e espondilolistese
Lesões ligamentares e meniscais de
joelhos
S.T.C.
Lesões musculares e ligamentares MMSS
Total de
Pacientes
5
Pacientes com Indicação
para fisioterapia (%)
100%
2
50%
2
6
2
50%
83%
100%
4
100%
1
3
100%
100%
Com relação aos pacientes indicados pelo médico para atendimento
fisioterapêutico após a alta hospitalar, foi avaliado o tempo médio (dias) entre a
realização da cirurgia e a indicação médica para iniciar o tratamento fisioterapêutico
ambulatorial, a média da amostra foi de 32,12 dias de intervalo.
Os pacientes foram separados conforme a instituição responsável e foi verificado
o intervalo de indicação médica equivalente a cada instituição, os resultados estão
ilustrados no Gráfico 2 Onde podemos concluir que a indicação médica para tratamento
fisioterapêutico no Sistema Único de Saúde é mais lenta relacionada aos outros
serviços.
Gráfico 2. Média de dias após a cirurgia para indicação médica para tratamento
fisioterapêutico ambulatorial.
Tempo Médio (dias) para Indicação Médica para
Fisioterapia Ambulatorial.
52,28
S.U.S
30,16
Convenio médico
30
Aten. Particular
Tempo médio (dias) para indicação
Após a indicação médica foi avaliado o tempo médio (dias) para o inicio da
primeira sessão de fisioterapia conforme a instituição prestadora do serviço, os
resultados foram ilustrados através do Gráfico 3.
Podemos observar que o intervalo entre a indicação médica e o inicio do
tratamento com um fisioterapeuta foi maior entre os pacientes que buscaram
atendimento junto ao Sistema Único de Saúde (S.U.S.) e que o menor intervalo foi
sobre os atendimentos realizados em organizações privadas (laboratórios de
universidades, atendimentos voluntários, entre outros).
Gráfico 3. Tempo médio (dias) para início do primeiro atendimento
fisioterapêutico após a indicação médica conforme instituição responsável.
Tempo médio (dias) para inicio da primeira
terapia
19.75
S.U.S
Org. Privadas
5
15.12
Convenio Médico
Atend. Particular
5.5
Foi calculado o intervalo total entre o procedimento cirúrgico e o início da
primeira sessão de fisioterapia ambulatorial , o valor envolve o intervalo médico para
indicação do tratamento fisioterapêutico e a o intervalo para a primeira sessão após a
indicação médica.
Os resultados foram ilustrados através do gráfico 4. Onde podemos observar que
o maior intervalo foi o relacionado a cirurgias de fraturas de MMII (125,75 dias) e o
menor intervalo encontrado foi o de pacientes submetidos a artroplastia de MMII (11
dias).
Gráfico 4. Média de dias após a cirurgia ortopédica para o inicio da fisioterapia
ambulatorial conforme a lesão relacionada e o tipo de cirurgia.
Média de intervalo (dias) após a cirurgia
ortopédica para inicio da Fisioterapia
Ambulatorial
artroplástias
11
87
M.F.C MMII
43
Fratura de MMSS
125.75
Fraturas de MMII
60
Hernia de Disco
L. L.M de joelhos
L.M. MMSS
S.T.C
21.5
25.33
40
L.M = Lesão muscular / L. L.M = Lesão ligamentar e muscular/ M.F.C = Mal formação congenita
Foi verificado entre os participantes o maior e o menor intervalo correspondente
a cada lesão, que pode ser verificado no gráfico 5 , onde o menor intervalo corresponde
a artroplastia e o maior a um paciente de fratura de MMII.
Gráfico 5. Maior e menor intervalo (dias) entre a cirurgia e o início do
tratamento fisioterapêutico.
Maior e menor intervalo (dias) após a
cirurgia ortopédica para início da
Fisioterapia.
40
S.T.C
L.M de MMSS
40
60
5
45
L.L e L.M de joelhos
15
20
Hernia de disco
9
150
Fraturas de MMII
14
57
Fraturas de MMSS
30
62
M.F.C. MMII
Artroplastias
8
30
4
Maior intervalo
Menor intervalo
L.M = Lesão muscular / L. L.M = Lesão ligamentar e muscular/ M.F.C = Mal formação congenita
Sobre a opinião dos pacientes com relação ao intervalo para o início da
fisioterapia, através da ilustração do Gráfico 6. Podemos verificar que a grande maioria
dos pacientes acredita não ter demorado a iniciar o tratamento fisioterapêutico
ambulatorial.
Além de opinarem sobre o intervalo para intervenção fisioterapêutica os
pacientes ainda deveriam justificar sua opinião através de uma pergunta aberta.
Gráfico5. Opinião dos pacientes sobre o início da fisioterapia ambulatorial com relação ao
intervalo entre a alta médica e o primeiro atendimento fisioterapêutico.
Opinião dos Pacientes Sobre Início da
Fisioterapia
37%
42%
21%
Pacientes que acreditam ter demorado para iniciar a fisioterapia
Não sabem
Acreditam que não ter demorado para iniciar a fisioterapia
As justificativas dos pacientes foram relatadas em um texto livre, os motivos foram
classificados e ilustrados através das Tabelas 5 e 6.
Tabela 5. Justificativa pela qual os pacientes acreditam ter demorado a iniciar a fisioterapia
ambulatorial.
Motivo pelo qual os pacientes acreditam ter demorado a iniciar a
fisioterapia
Acredita que teria melhorado rápido se tivesse feito fisioterapia antes.
Demorou a encontrar vagas (S.U. S).
Estaria melhor hoje se tivesse feito fisioterapia (não recebeu indicação
médica).
Convênio médico demorou para providenciar o atendimento.
Total
(%)
33.33%
33.33%
11.11%
22.22%
Tabela 6. Justificativa pela qual os pacientes acreditam não ter demorado á iniciar a
fisioterapia ambulatorial.
Motivo pelo qual os pacientes acreditam não ter demorado a iniciar a
fisioterapia
Próprio paciente demorou a procurar o atendimento.
Sentia muita dor.
Estava engessado – imobilizado.
Acha que foi rápido por se tratar de atendimento público
DISCUSSÃO:
Total
(%)
30%
20%
10%
40%
Atualmente na literatura encontramos diversos trabalhos que comprovam os
benefícios da fisioterapia ortopédica, sabe-se que quanto mais precoce for o início do
tratamento menores são as possibilidades de complicações ao paciente, no entanto na
prática clinica e durante a realização deste trabalho encontramos indivíduos que iniciam
o tratamento fisioterapêutico tardiamente trazendo consigo as complicações inerentes as
cirurgias ortopédicas além da possibilidade de complicações resultantes do imobilismo
prolongado do membro ou até mesmo de todo o sistema musculo esquelético.
Um dos fatores que promovem o imobilismo do paciente é o tempo de
internação, nos resultados de nosso trabalho constatamos que 44% dos indivíduos
tiveram acesso à fisioterapia hospitalar e o tempo médio de internação dos mesmos foi
de aproximadamente 6 dias, ROACHE et. Al. 1998, realizou um estudo com 173
pacientes de pós-operatório ortopédico, onde os todos participantes tiveram acesso
diariamente a duas sessões de fisioterapia, com duração de 15 min. de atendimento
durante todo período de internação , como resultado os pacientes apresentaram melhora
na mobilidade, maior índice de independência para marcha no dia da alta hospitalar e
diminuição no tempo de internação.
Baseados no estudo de ROACHE et. Al. 1998, podemos considerar a
possibilidade que nossa amostra provavelmente poderia ter apresentado um período de
internação menor caso a frequência de fisioterapia durante a internação tivesse sido
maior, e com isso os gastos com a internação e a possibilidade de complicações
ortopédicas também diminuiriam.
MUNIZ et. al. 2007, relata em seu estudo um grupo de pacientes idosos
hospitalizados em um hospital público com fratura proximal de fêmur onde a maior
parte dos pacientes (61,80%) foi submetido á fisioterapia durante a internação, o
tratamento fisioterapêutico era realizado uma vez ao dia diante de indicação médica
para tal. Mediante a estes dados podemos classificar o médico ortopedista como peça
principal para realização de fisioterapia no ambiente hospitalar visto que a grande
maioria dos fisioterapeutas dependem do consentimento e indicação médica para o
atendimento destes pacientes.
Ainda sobre o estudo de MUNIZ et. al. 2007, verificamos que o volume de
atendimento fisioterapêuticos durante a hospitalização foi positivo ( maior que 50%),
porem quando comparamos estes dados ao nosso estudo verificamos que na amostra do
S.U.S durante a internação nenhum paciente recebeu atendimento de um fisioterapeuta
antes da cirurgia, e após o procedimento cirúrgico somente 50% destes pacientes
realizaram fisioterapia.
No estudo de SELLA et. al. 2009, sobre fisioterapia em pacientes submetidos á
osteossíntese em fraturas expostas de tíbia notou-se que 96% dos ortopedistas
realizavam o encaminhamento de seus pacientes para fisioterapia após a cirurgia, a
liberação dos fisioterapeutas para iniciarem o tratamento com descarga parcial de peso
sobre o membro operado variava entre 07 e 59 dias de P.O., no entanto na realização de
nosso trabalho constatamos que a liberação médica para iniciar a fisioterapia foi de no
mínimo 30 dias e que 88 % da amostra recebeu indicação para tratamento junto a um
fisioterapeuta. SELLA et. al. 2009, relata que os critérios médicos para indicação da
fisioterapia eram a dor do paciente, o tipo de material usado na cirurgia e os exames de
imagem de P.O., e que a dificuldade da indicação era a diferença na concordância
literária sobre quando inicia a descarga de peso parcial no membro operado.
Estudos como o de BARBOSA et. al. 2006, citam que a mobilização precoce e a
descarga de peso imediata podem levar a não consolidação de tecidos ósseos e uma
mobilização tardia pode evoluir para uma contratura ou rigidez articular, diante destas
vertentes podemos considerar que o conhecimento do médico e do fisioterapeuta sobre o
processo cicatricial de cada tecido é primordial para iniciar um programa
fisioterapêutico imediato ao P.O, além de levarmos em conta que a descarga de peso
não é a única ação á ser realizada em um P.O ortopédico imediato, deve ser observados
outros princípios como o fortalecimento do membro contralateral e de outros segmentos
corporais, orientações sobre posicionamentos, mobilizações passivas, orientações sobre
uso de órteses e auxiliares de marcha, controle da dor e principalmente a prevenção do
imobilismo (NIELSEN & KAGAMIHARA, 1992; FERNANDES & MACEDO, 2009).
Conforme OLDMAEDOW et. al. 2007, a presença de um fisioterapeuta no ambiente
hospitalar também promove ao paciente maior segurança sobre seu estado físico e sua
recuperação futura.
Após a alta médica os indivíduos em sua maioria ficam no aguardo de
orientações médicas sobre os próximos procedimentos a serem realizados afim de
alcançar sua recuperação, a indicação médica para fisioterapia ambulatorial deve ser
imediata, conforme KOTTKE et. al. 1994, é comum o encaminhamento de pacientes
para fisioterapia dois meses ou mais após a lesão original, quando fibroses e contratura,
mobilização dolorosa, atrofia muscular e fraqueza, e vigoroso edema
já estão
instalados. Desta forma podemos supor que grande parta dos pacientes participantes
deste estudo iniciaram a fisioterapia com comorbidades associadas á lesão P.O. , visto
que a média de dias para indicação médica após a cirurgia para fisioterapia foi de 32,12
dias, e quando avaliamos os dados do S.U.S. o intervalo pode chagar ate 52,28 dias.
MACHADO & FAYER 2008, afirmam que 80% das guias para tratamentos
fisioterapêuticos são geradas por médicos ortopedistas e que 52,4% dos participantes de
seu trabalho demoraram no mínimo um mês após a consulta inicial para conseguir uma
guia de solicitação para fisioterapia sendo que alguns indivíduos necessitaram de até
três retornos ao médico antes da indicação para tratamento fisioterapêutico. Após
conseguir a guia médica os participantes do trabalho de MACHADO & FAYER 2008,
demoravam até um mês para iniciar a terapia.
Podemos considerar que o caminho do paciente até a fisioterapia ambulatorial é
repleto de estágios, o paciente muitas vezes depende do retorno médico após a alta
hospitalar para ser avaliado e muitas vezes ira realizar de vários retornos médicos até
receber a guia com solicitação do atendimento, é acrescentado ainda o período em que o
paciente irá procurar um serviço de saúde para realizar o tratamento. Conforme avaliado
no nosso trabalho dependendo do serviço de saúde o intervalo para iniciar o tratamento
pode variar, sendo que no S.U. S. encontramos um intervalo de 19,75 dias enquanto no
atendimento particular ou atendimentos de O.N.G. o tempo era de até 5,5 dias.
O estudo de MACHADO & NOGUEIRA 2008, mostraram que a falta de vagas
nos serviços públicos de saúde é um dos motivos para demora no inicio do tratamento
junto ao fisioterapeuta, a ortopedia é o maior motivo de procura do serviço de
fisioterapia público, há escassez de profissionais cadastrados para esse tipo de
atendimento causa um desequilíbrio com a demanda causando filas de espera para o
inicio do tratamento. MACHADO e NOGUEIRA 2008 constataram isso quando
compararam o intervalo de espera para iniciar o tratamento entre a rede particular onde
o intervalo foi de cinco dias, enquanto que na rede pública municipal e estadual foi
maior, o que demonstra maior agilidade nos serviços privados o que corrobora com as
informações encontradas em nosso trabalho.
Conforme SOUZA & RIBEIRO 2011, uma rede de serviços bem articulada é
importante para um tratamento contínuo e sem barreiras de acesso entre o paciente e o
serviço necessário, portanto através de um serviço de saúde melhor articulado (médico e
fisioterapeuta) os pacientes teriam um acesso mais rápido aos atendimentos
ambulatórias após a hospitalização. SOUZA & RIBEIRO 2011, também referem em seu
trabalho à necessidade de maior número de profissionais aptos para a atual demanda,
visto que hoje a quantidade de pacientes é muito superior da demanda de profissionais
existentes no serviço público de saúde.
É certo que um intervalo moroso irá acarretar em disfunções funcionais, em
nosso estudo alguns pacientes chegaram á intervalos com a média de 125 dias
totalizando a alta hospitalar, a espera para indicação médica e o aguardo para a primeira
terapia, supondo que estes indivíduos permaneceram imobilizados e já apresentaram um
déficit de atendimento fisioterapêutico desde a internação hospitalar podemos ponderar
a existência de distúrbios causados pelo imobilismo do membro operado ou de todo um
sistema.
MELO 2006, cita que o sistema musculo esquelético é o mais afetado durante a
imobilização hospitalar ou segmentar, ocorrem atrofias de fibras musculares I e II,
redução na endurance muscular, entre outras complicações. MELO 2006, também
discorre em seu trabalho de articulações do membro inferior (MMII) podem perder até
61,1° de amplitude de movimento (ADM) a partir de sua 32º semana de imobilização,
em nosso trabalho pacientes com cirurgias de MMII apresentaram até 31,25 semanas de
aguardo para iniciar a fisioterapia, o que nos leva a crer em possíveis perdas de ADM
severas nestes indivíduos.
Além da perda de ADM podemos considerar também a perda de massa óssea
que segundo FERRANDO 1996, ocorre a partir do 5º dia de imobilização, devemos
analisar cuidadosamente as possibilidades de perda de massa óssea em quase toda a
nossa amostra visto que só o período de internação dos indivíduos já foi superior a 5
dias e se considerarmos os demais intervalos a ideia de perda de massa óssea e quase
certa.
Apesar de considerarmos diversas falhas no processo de recuperação dos
pacientes de nossa amostra quando avaliamos a opinião dos mesmos sobre o serviço
(tempo para iniciar a fisioterapia) encontramos um índice considerável de satisfação
(42%) onde os indivíduos não consideraram moroso o serviço de saúde responsável por
providenciar a fisioterapia, ainda encontramos indivíduos que não sabem qualificar este
intervalo como demorado ou rápido (21%).
Conforme DEVEREUX et. al. 2012, em um estudo que avaliava a opinião de
pacientes sobre os serviços de fisioterapia incluindo a demora para encontrar vagas ,
80,6% de sua amostra estava satisfeita com os serviços prestados de fisioterapia em
hospitais , sendo que quando separados por tipo de instituição , 88,5% dos pacientes
dos hospitais de ensino estavam satisfeitos, em comparação a 77% dos pacientes nos
hospitais públicos e 75,7% do pacientes nos hospitais privados , logo podemos
considerar que não só o serviço publico de saúde apresenta indivíduos insatisfeitos mais
os serviços privados também , o que também constatamos em nosso trabalho quando
22,22% dos indivíduos de serviços privados consideraram que o serviço demorou para
disponibilizar atendimentos com o fisiotepeuta.
MACHADO & NOGUEIRA 2006, em seu estudo realizado com 376 pacientes
selecionados em três clínicas de fisioterapia da rede particular, municipal e estadual
avaliaram a satisfação dos mesmos sobre os serviços de fisioterapia e concluíram que os
pacientes estavam satisfeitos (75,5%) sobre os serviços prestados incluindo o tempo de
espera para o início das terapias.
Muitas vezes indivíduos do S.U. S apresentam
grandes períodos de espera por uma vaga para fisioterapia (como verificado em nosso
trabalho), mais pela provável falta de conhecimento sobre as complicações de um
imobilismo prolongado os pacientes podem se apresentar satisfeitos simplesmente por
conseguir uma vaga de atendimento independente do tempo que o mesmo tenha que
aguardar.
Conforme HARRIS et. al. 1999, é cada vez mais comum o uso da opinião de
pacientes para conceituar os serviços de fisioterapia e de saúde em geral. A falta de
conhecimento da população sobre os benefícios de um programa de fisioterapia precoce
podem levar a opiniões positivas sobre os sistemas de saúde mesmo quando o mesmo é
moroso, alguns indivíduos de nossa amostra acreditavam que não haviam demorado,
pois estavam com dores, ainda estavam imobilizados ou até mesmos por que os próprios
pacientes demoraram a procurar o serviço, o que demonstra a falta de conhecimento
sobre os objetivos da fisioterapia.
Mesmo após a alta hospitalar podemos verificar os reflexos negativos sobre a
falta de atendimento fisioterapêutico ainda no âmbito hospitalar, pois as orientações
dadas neste período pelo fisioterapeuta podem promover maior compreensão aos
indivíduos sobre os benefícios de uma reabilitação precoce e despertar maior interesse
sobre o tratamento, evitando cenários como o encontrado em nosso trabalho onde uma
quantidade considerável de pacientes demoraram a procurar a fisioterapia mesmo com
autorização médica, ou mesmo com a demora do médico ou do sistema de saúde para
providenciar atendimento fisioterapêutico os pacientes em sua maioria estavam
satisfeitos com o sistema.
CONCLUSÃO:
Mesmo com os diversos benefícios oferecidos pela fisioterapia precoce em pósoperatórios ortopédicos concluímos através deste trabalho que a frequência de pacientes
submetidos a programas de reabilitação precoce ainda é muito pequena, principalmente
quando avaliamos sistemas de saúde pública.
A quantidade de indivíduos com acesso a fisioterapia no ambiente hospitalar é
pequena, e após a alta hospitalar estes indivíduos demoram a iniciar a fisioterapia
ambulatorial, ao analisarmos os serviços de saúde o maior déficit foi correspondente ao
S.U.S. onde alguns indivíduos aguardavam até 19,75 dias para conseguirem uma vaga.
Apesar da morosidade dos sistemas de saúde 42% estavam satisfeitos com o
intervalo entre a cirurgia ortopédica e o início da fisioterapia.
Sugerimos, portanto maiores estudos que avaliem os motivos da demora médica
para a indicação ao tratamento fisioterapêutico e a falta de atendimento no P.O imediato
durante a internação.
ANEXO I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
TERMO DE CONSENTIMENTO
O senhor(a) está sendo convidado á participar da pesquisa “ Período para o início de tratamento
fisioterapêutico de pacientes submetidos á cirurgias ortopédicas”, de responsabilidade da
pesquisadora Miriã dos Santos Nascimento graduanda do curso de Fisioterapia, sob a
orientação do profº Eduardo Filoni.
Essa pesquisa tem por objetivo verificar se os pacientes que são submetidos a cirurgias
ortopédicas tem acesso ao tratamento fisioterapêutico dentro do hospital e se após a alta médica
estes pacientes dão inicio imediato a fisioterapia .Será aplicado utilizado um questionário de
entrevista pessoal, que irá levantar dados sobre sua cirurgia e sobre os tratamentos realizados
após a mesma.
O pesquisador estará á disposição para esclarecer duvidas sobre a pesquisa através do telefone :
11- 98484-7087.
É garantida a confidencialidade das informações geradas, assim como a privacidade do
voluntário da pesquisa, logo seus dados pessoais não serão publicados. Caso você concorde em
prosseguir como voluntário nessa pesquisa, saiba que é livre para interromper sua participação
no momento em que assim desejar, assim como tem o direito de sanar quaisquer dúvidas que
venha a lhe ocorrer durante a pesquisa.
Dados do pesquisador:
Miriã dos Santos Nascimento , estudante de fisioterapia da Universidade Mogi Das Cruzes
campos Villa Lobos , telefone para contato 11-98484-7087, endereço para correspondências:
Rua Vicenti Mazetti 335 , Jaraguá CEP : 05187030 São Paulo- SP.
Dados do comitê de ética da Universidade Mogi das Cruzes :
Secretário do CEP :Srta. Poliana Maiolino das Neves Carvalho ,Localização: Universidade de
Mogi das Cruzes , Prédio II, Sala 21-21 1º andar Horário de Atendimento: segunda a sextafeira das 14h às 20h . Tel./Fax: (011) 4798-7085 , E-mail: [email protected].
Eu,
_________________________________________________________________
RG:______________________ declaro ter sido informado e concordo em participar
como voluntário do projeto de pesquisa acima descrito. ____/____/2012
ANEXO II
Questionário:
Nome:______________________________________________________________________
Idade: _____________ Estado civil: _________________ Profissão:____________________
ATENÇÃO: O questionário abaixo é destinado à pesquisa cientifica, portanto não serão
divulgados dados pessoais, favor não deixar nenhuma questão em branco, coloque datas
ou pelo menos mês e ano , caso exista alguma duvida sobre alguma questão favor procurar
o pesquisador. Não é necessário citar nome de hospitais, clinicas ou médicos.
1 – O Senhor (a) já fez algum tipo de cirurgia Ortopédica?
( ) sim ( ) não
2- Aproximadamente qual a data da cirurgia?
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
3- Qual foi o motivo e o tipo de cirurgia?
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
4- Sua cirurgia teve alguma complicação? Qual?
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
5- Através de qual sistema o Senhor (a) realizou a cirurgia?
( ) sist. Público ( ) sist.. Privado ( ) Convênio Médico ( ) Atendimento Particular
6- Antes da cirurgia (enquanto estava internado) foi atendido (a) ou orientado (a) por algum
fisioterapeuta?
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
7- Após a cirurgia (enquanto estava internado) foi atendido (a) ou orientado (a) por algum
fisioterapeuta?
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
8- Quantos dias ficou internado após a cirurgia ?
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
9- Depois do período hospitalar, o médico lhe encaminhou para um tratamento com um
fisioterapeuta? Quanto tempo depois da cirurgia?
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
10 – Quanto tempo depois da indicação médica começou o tratamento da fisioterapia?
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
11- Através de qual instituição o Senhor (a) realizou (ou realiza) fisioterapia?
( ) sist. Público ( ) sist.. Privado ( ) Convênio Médico ( ) Atendimento Particular
( ) ONG
12– O Senhor (a) acredita que demorou para começar a fisioterapia depois que recebeu alta
hospitalar? Por quê?
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
Obrigado por responder a este questionário!
REFERENCIAS:
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mobilização precoce e da imobilização. Dissertação para Mestrado em
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