1. Considerando pacientes vítimas de queimadura pode

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1. Considerando pacientes vítimas de queimadura pode-se afirmar que:
a) as queimaduras na região dorsal costumam apresentar pior prognóstico;
b) queimaduras químicas devem ser tratadas inicialmente com neutralização;
c antibioticoterapia endovenosa deve ser instituída já na sala de atendimento
inicial para todos os tipos de queimadura;
d) a reepitelização dependerá da manutenção de glândulas sebáceas e
sudoríparas, bem como dos folículos pilosos.
2. Homem, 54 anos de idade, etilista e tabagista, apresenta, há 4 meses, disfagia
progressiva. O índice de massa corporal na admissão era de 16kg/m2. O
esofagograma consta da Figura A e o produto do tratamento cirúrgico da
Figura B.
B
A
Com essas informações, o diagnóstico provável e o tratamento realizado são:
DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO
a) Adenocarcinoma do esôfago torácico
Esofagectomia subtotal e gastrectomia
polar
b) Carcinoma espinocelular do esôfago
Esofagectomia subtotal e gastrectomia
polar
c) Estenose com ulceração péptica do Esofagectomia subtotal
esôfago
d) Esôfago de Barrett com ulceração Esofagectomia subtotal e gastrectomia
péptica
parcial
3.Qual é a principal suspeita diagnóstica para o caso ilustrado abaixo?
a)
b)
c)
d)
Carcinoma basocelular pigmentado.
Ceratose seborréica.
Nevo displásico.
Lentigo maligno melanoma.
4. Um menino de 5 anos de idade vem ao consultório com queixas de dificuldade
para urinar há 1 mês. Nega infecções locais anteriores e refere dificuldades
para expor a glande desde o nascimento. Sempre urinou bem anteriormente,
não tem queixas de dor, ardor à micção e tampouco alteração da cor e do
cheiro da urina. Ao exame físico observa-se fimose grau V de Kikiros (foto).
Qual a melhor conduta para esse caso?
a) Tratamento clínico com corticóide tópico, orientação de higiene prepucial e
tratamento cirúrgico, apenas se não houver resposta ao tratamento clínico.
b) Tratamento cirúrgico, pois o anel fisiológico desaparece aos 2 anos.
c) Observar até os 7 anos de idade e, se não desaparecer o anel prepucial,
programar a cirurgia.
d) Tratamento cirúrgico, pois existe aumento na incidência de câncer de pênis
em pacientes não circuncidados.
5. Paciente foi submetido à hemitireoidectomia à esquerda. Como particularidade,
apresentava, há dez anos, cicatriz na região cervical à direita por
endarterectomia da carótida. Ao ser extubado, após o término da cirurgia da
tireóide, o paciente apresentou dispnéia importante, sendo necessário nova
entubação. Nessa situação, o diagnóstico e a conduta, são:
a) paralisia do recorrente à esquerda e do vago à direita - traqueostomia;
b) paralisia bilateral do recorrente - manter a entubação até reversão do
quadro;
c) paralisia unilateral do recorrente - manter a entubação até reversão do
quadro;
d) paralisia do recorrente à direita e do vago à esquerda - traqueostomia.
6. Mulher, 35 anos de idade, com nódulo de tireóide à direita foi submetida à
punção aspirativa por agulha fina que revelou lesão com padrão folicular. Fezse a hemitireoidectomia à direita. O exame anatomopatológico da peça
cirúrgica revelou tratar-se de carcinoma folicular. Nessa situação, a paciente:
a) deverá ser submetida à nova cirurgia para a retirada da outra metade da
glândula;
b) deverá ser submetida ao hipotireoidismo para elevar o TSH ao máximo e,
após, iodo radioativo para complementação;
c) deverá ser submetida a iodo radioativo imediatamente;
d) deverá evitar novas reintervenções precoces e fazer estadiamento tardio.
7. Mulher, 38 anos de idade, foi internada com dor forte no andar superior do
abdome, há 12 horas, após comer feijoada. Referia, ainda, vômitos, parada de
eliminação de flatos e fezes e persistência da dor, apesar do uso de
analgésicos orais. Negou febre, colúria ou acolia fecal. Nos últimos anos,
havia tido dores em cólica no hipocôndrio direito, de leve a moderada
intensidade, que relacionou à ingestão de alimentos gordurosos, mas que
melhorava com o uso de antiespasmódicos. Ao exame físico, apresentava
regular estado geral, sem icterícia, PA=150 x 95mmHg, FC=115bpm, com dor
à palpação e descompressão brusca dolorosa do abdome superior. Nesse
momento, o exame que pode estabelecer a etiologia mais provável da doença
é:
a) amilase sérica
b) lipase sérica
c) ultra-sonografia do abdome
d) tomografia do abdome
8. Paciente, 27 anos de idade, apresenta, à palpação massa endurecida no
testículo direito. Os níveis de alfafetoproteína (AFP) e da fração (βHCG) da
gonadotrofina coriônica humana foram indetectáveis. A tomografia
computadorizada do abdome era normal. A conduta é:
a)
b)
c)
d)
linfadenectomia retroperitoneal;
radioterapia inguinal ipsilateral e periaórtica,
observação;
exploração do testículo direito por via inguinal.
9. Paciente, 58 anos de idade, apresenta, ao toque retal, próstata aumentada de
tamanho (40g) superfície lisa, parenquimatosa, sulco mediano presente. A
dosagem do PSA sérico total revelou níveis de 11,5mg/ml em duas amostras
diferentes. A conduta é:
a)
b)
c)
d)
prostatectomia radical
observação
bloqueio androgênico com análogo LHRH
biópsia da próstata
10. Com base nesta imagem de tomografia do andar inferior do abdômen, qual a
queixa mais freqüente deste paciente?
a) incontinência urinária
b) cólica renal
c) hematúria
d) dor suprapúbica
11. Homem, 46 anos de idade, etilista (meio litro de aguardente por dia, durante
20 anos), refere dor forte no andar superior do abdômen, após as refeições,
que não está cedendo com a utilização de analgésicos habituais. Nos últimos
7 meses, refere dois episódios de icterícia e colúria, sendo que o primeiro
regrediu espontaneamente. Apresenta, ainda, diarréia nos últimos 3 meses e
perda de 5% da massa corporal. No momento, a bilirrubina total está 5 vezes
acima do valor normal, a fosfatase alcalina está 6 vezes o valor normal e a
aminotransferase está discretamente aumentada.
Com base na história clínica e no exame de imagem obtido, o diagnóstico e o
tratamento apropriados são:
DIAGNÓSTICO PROVÁVEL
a)
Câncer de colédoco distal
b)
Coledocolitíase
c)
Câncer de pâncreas
d)
Pancreatite crônica
TRATAMENTO
Duodenopancreatectomia
cefálica
Colecistectomia e derivação
biliodigestiva
Derivação biliar e gástrica
Derivação biliar e pancreática
para o jejuno
12. Paciente submetido, há dois dias, à angioplastia coronária via femoral direita.
Há duas horas queixa-se de dor inguinal e abaulamento no local da punção. O
diagnóstico e a conduta são:
a) neuropatia isquêmica - analgesia com tramadol e carbamazepina;
b) aneurisma femoral roto - compressão local;
c) fístula arteriovenosa - cirurgia eletiva;
d) pseudoaneurisma femoral - cirurgia de urgência.
13. Paciente, 64 anos de idade, com hemiparesia esquerda há 6 horas e
tomografia computadorizada não evidenciando sinais de hemorragia cerebral.
Quais os próximos passos na investigação diagnóstica?
a) Ressonância magnética de encéfalo.
b) Arteriografia cerebral.
c) Ultra-som de carótidas e ecocardiografia.
d) Cineangiocoronariografia.
14. Paciente com história familiar de polipose intestinal é submetido a polipectomia
diagnóstica. O diagnóstico mais provável é:
a)
b)
c)
d)
adenoma viloso;
polipo hiperplásico;
polipo adenomatoso;
pseudopolipo
15. Após ressecção completa de um pólipo séssil, medindo 2,0x1,5cm, encontrado
à distância de um dedo da margem cutâneo mucosa, o patologista descreve a
lesão como adenoma viloso que contém carcinoma in situ. A conduta é:
a) nova biópsia excisional com ampliação das margens de ressecção;
b) ressecção do reto e sigmóide por via abdomonioperineal;
c) radioterapia;
d) nenhum tratamento complementar.
16. Mulher, 30 anos de idade, no quinto dia pós-operatório de colecistectomia,
apresentou-se assintomática, porém, com níveis séricos de sódio 120meq/L. A
conduta é:
a) administração de solução salina hipertônica;
b) restrição de ingestão de água;
c) ultrafiltração do plasma;
d) administração de furosemida.
17. Mulher, 45 anos de idade, com diagnóstico de cirrose hepática, queixava-se de
dor abdominal e tem indicação para colecistectomia. Apresenta alterações em
coagulograma e está indicada a transfusão de plasma fresco para minimizar
os riscos de sangramento cirúrgico. O melhor momento para essa transfusão
é:
a) 24 horas antes da cirurgia;
b) 12 horas antes da cirurgia;
c) no momento de ser encaminhado para o centro cirúrgico;
d) no pós-operatório imediato.
18. Paciente submetido à esofagectomia há dez dias. Queixava-se de dispnéia e
rigidez torácica. Radiografia do tórax revelou derrame pleural extenso.
Submetido à drenagem torácica com a obtenção de líquido de aspecto leitoso.
A conduta inicial é:
a) cirurgia imediata para reparar o ducto torácico;
b) cirurgia imediata para ligar o ducto torácico;
c) drenagem torácica e dieta pobre em gordura;
d) observação e dieta pobre em gordura.
19. O tumor de Pancoast é carcinoma broncogênico associado tipicamente ao
seguinte achado clínico:
a) atelectasia do segmento envolvido;
b) síndrome de Horner;
c) tosse não produtiva;
d) hemoptise.
20. Qual dos efeitos metabólicos abaixo está associado à resposta do choque
hipovolêmico?
a) Aumento na excreção de água e sódio.
b) Aumento na perfusão renal.
c) Hipercalemia.
d) Hipoglicemia.
21. Em caso de acidente ocupacional perfurocortante, com risco biológico com
fonte conhecida, o que deve ser solicitado?
a)
b)
c)
d)
Teste rápido para HIV para a fonte e para o acidentado.
Teste rápido para HIV da fonte e teste ELISA para HIV do acidentado.
Teste rápido do acidentado e não precisa avaliar a fonte.
Teste ELISA para HIV para o acidentado.
22. Considere as afirmações abaixo sobre quimioprofilaxia para tuberculose em
pacientes adultos HIV-positivos.
I) Está indicada quando não há evidência de tuberculose ativa e a reação à
prova tuberculínica é maior ou igual a 5mm.
II) Está indicada quando a radiografia de tórax é anormal, sugerindo cicatriz
radiológica de tuberculose sem tratamento anterior, e a possibilidade de
tuberculose ativa tenha sido descartada.
III) É feita com associação de isoniazida e rifampicina
Assinale a alternativa correta:
a)
b)
c)
d)
somente I e II estão corretas;
somente I e III estão corretas;
somente II e III estão corretas;
todas são corretas.
23. Mulher, 25 anos de idade, com artralgia há 3 meses, notou edema de face
pela manhã, há 2 semanas.
Exames complementares: Creatinina=2,4 mg/dL. Urina tipo I: densidade=1030;
proteinúria= ++; leucócitos= 25-30p/campo, com agrupamentos; hemácias 1015p/campo e cilindros granulosos.
A hipótese diagnóstica é:
a) pielonefrite crônica;
b) insuficiência renal crônica;
c) nefrite túbulointersticial aguda;
d) glomerulonefrite proliferativa aguda.
24. Paciente com insuficiência cardíaca congestiva classe III, por miocardiopatia
dilatada, encontra-se com edema generalizado e os seguintes exames séricos:
creatinina=1,1mg/dL; uréia=75mg/dL; sódio=125mEq/L; potássio=4,0 mEq/L.
Esse quadro é explicado pela ocorrência de:
a)
b)
c)
d)
hiperaldosteronismo hiperreninêmico;
níveis séricos elevados de hormônio antidiurético;
níveis séricos elevados de fator natriurético atrial;
possível uso de furosemida.
25. Paciente, etilista crônico, apresenta-se com episódios de dor abdominal em
andar superior e derrame pleural crônico, em hemitórax esquerdo. O líquido
pleural, provavelmente, será:
a)
b)
c)
d)
transudato citrino;
exsudato neutrofílico;
transudato rico em desidrogenase lática;
exsudato rico em amilase.
26. Mulher, 72 anos de idade, apresenta, há três semanas, febre baixa, fadiga,
anorexia, cefaléia temporal direita intensa e dificuldade para a mastigação. Ao
exame, observou-se hipersensibilidade e dor à palpação na região temporal.
Qual é a conduta?
a) Prescrever, imediatamente, corticosteróide e solicitar exames de VHS e
biópsia da artéria temporal.
b) Solicitar tomografia de crânio, exame hematológico completo, VHS e
aguardar os resultados para definir a conduta.
c) Prescrever antiinflamatórios não esteroidais, aciclovir e reavaliar após uma
semana.
d) Solicitar angiorressonância de crânio, internar e anticoagular a paciente.
27. Homem, 80 anos de idade, saudável previamente, deu entrada às 19 horas no
pronto-socorro, confuso e sonolento. Acompanhante relatou que o mesmo
almoçou e foi dormir durante uma hora como faz todos os dias, porém,
acordou nesse estado e mantém-se assim até o momento. Assinale a
alternativa correta:
a) o diagnóstico de demência está descartado, pois a história é aguda;
b) o diagnóstico de isquemia encefálica está descartado, pois não há déficit
motor;
c) o diagnóstico de IAM está descartado, pois não houve relato de
precordialgia;
d) o diagnóstico de pneumonia está descartado, pois não há história de febre.
28. Homem, 50 anos de idade, foi trazido ao pronto-socorro pela esposa referindo
que o paciente vem apresentando indisposição geral há uma semana e, há um
dia, confusão mental, hiporexia e dor abdominal. Tem hipertensão arterial e
dislipidemia, em tratamento com captopril, sinvastatina e AAS. Há um mês, foi
feito diagnóstico de diabetes mellitus e orientado para fazer dieta adequada e
aumentar a atividade física, o que vem fazendo corretamente.
Ao Exame: desorientado, corado, desidratado +++/4+, FC=90bpm, PA=
150x100mmHg. Exame físico especial: normal.
Qual é a conduta IMEDIATA?
a) Administrar glicose EV, pois deve-se tratar de hipoglicemia.
b) Iniciar hidratação e solicitar exames laboratoriais, incluindo radiografia de
tórax e ECG.
c) Prescrever metformina e sulfoniluréias, pois, só dieta e aumento da
atividade física não são suficientes.
d) Solicitar internação para controle de níveis pressóricos.
29. Mulher, 63 anos de idade, portadora de câncer uterino, relata perda de 7kg do
peso corporal nos últimos 2 meses. Previamente à internação, a sua dieta
consistia de pão de milho, batata e cereais. Durante a internação, a ingestão
de alimentos foi mínima e foi mantida com hidratação endovenosa. Ao exame
físico: não possuia dentes; peso=47kg; altura=150cm.
Submeteu-se a histerectomia e, cinco dias, após apresentou deiscência de
sutura abdominal. Ao exame físico: perda significativa de cabelos, petéquias
perifoliculares, principalmente nos membros inferiores, sangramento cutâneo
nas áreas próximas às punções venosas e edema generalizado. Peso de
63kg. Exames laboratoriais: albumina=2 g/dL.
O diagnóstico é:
a)
b)
c)
d)
Kwashiorkor e escorbuto.
Kwashiorkor e hipovitaminose K.
Marasmo e escorbuto.
Marasmo e hipovitaminose K.
30. Mulher, 24 anos de idade, negra, foi internada com quadro de adinamia,
adenomegalia generalizada e febre, há duas semanas. O exame físico
evidenciou a presença de pulso paradoxal.
Os exames laboratoriais indicavam:
Hb=10,1g/dl; glóbulos brancos=3.000cels/mm3; plaquetas=180.000cels/ mm3
Urina tipo I=hematúria, com cilindros granulosos.
Radiografia de tórax=cardiomegalia, com presença de duplo contorno
cardíaco.
O melhor exame para confirmar o diagnóstico etiológico é:
a)
b)
c)
d)
ecocardiografia;
sorologia para toxoplasmose;
pesquisa de fator antinúcleo;
fator reumatóide.
31. Homem, 28 anos de idade, referiu presença há seis meses de dor lombar que
melhora com o movimento e piora com o repouso. É freqüente acordar à noite
devido à dor lombar. Ao exame físico, apresenta sinal de Patrick positivo à
direita.
O diagnóstico sindrômico e o melhor exame a ser solicitado para evidenciar o
diagnóstico são:
a)
b)
c)
d)
lombalgia inflamatória e ressonância nuclear magnética da coluna lombar;
lombalgia mecânica e ressonância nuclear magnética da coluna lombar;
lombalgia inflamatória e radiografia da sacroilíaca;
lombalgia mecânica e radiografia sacroilíaca.
32. Homem, 55 anos de idade, desenvolveu vermelhidão cutânea generalizada e
tontura 10 minutos após ter sido ferroado por abelha. Ele chegou ao prontosocorro 20 minutos depois, com temperatura de 36,9oC, FC=110bpm, FR=30
ipm, PA=105x40mmHg. Os pulmões estão limpos e não apresenta sopros ou
ritmo de galope. ECG mostra taquicardia sinusal. Não usa medicações.
Com relação ao paciente descrito, pode-se afirmar que:
a) o diagnóstico mais provável é de reação vasovagal;
b) trata-se de caso atípico de anafilaxia, pois, nessa condição, mais de 80%
dos pacientes apresentam acometimento do trato respiratório;
c) o tratamento inicial deve ser hidrocortisona EV, prometazina IM e ranitidina
EV;
d) a conduta inicial deve ser solução salina EV e adrenalina (1:1000) 0,3ml IM.
33. Homem, 20 anos de idade, apresenta há 10 dias lesões eritemato-infiltradas,
não pruriginosas, em todo tegumento e exulceração em mucosa jugal,
acompanhada de febre (38ºC), mal-estar geral e linfoadenopatia generalizada.
Qual o diagnóstico e o exame subsidiário para sua confirmação?
a) Escarlatina, VHS e antiestreptolisina O (ASO).
b) Erisipela, cultura e antibiograma de lesão cutânea.
c) Sífilis secundária, sorologia VDRL.
d) Exantema viral, sorologias e reação de Montenegro.
34. Mulher, 18 anos de idade, foi internada com queimação em região epigástrica
há cerca de 20 horas. Associado ao quadro, vem notando zumbido em ambos
os ouvidos. Ao exame físico, apresenta FR=34ipm, FC=100bpm,
PA=120x78mmHg. Não há descompressão brusca ou visceromegalias ao
exame abdominal. Informou fazer uso crônico de aspirina e dipirona para
tratamento de cefaléia.
Assinale a alternativa que provavelmente traduzirá os achados gasométricos e
eletrolíticos da paciente.
a)
b)
c)
d)
pH
7,32
7,38
7,26
7,25
pO2
95
98
97
99
pCO2
30
35
23
35
HCO315
20
10
15
Na+
140
140
140
130
Cl118
120
101
100
35. Paciente, 68 anos de idade, foi admitido com queixas de palpitação há 2 dias.
Referiu turvação visual e sensação de perda de consciência episódica,
autolimitada, concomitante ao quadro de palpitação. É diabético nãoinsulinodependente e está em uso de antidepressivo. Ao exame físico, está ansioso,
corado e afebril. FC=48bpm, PA=150x65mmHg e FR=23ipm. Pulmões limpos
e abdome sem anormalidades. O eletrocardiograma da chegada está
reproduzido abaixo.
A conduta é:
a) estreptoquinase e marca-passo transvenoso;
b) suspensão do antidepressivo e marca-passo transvenoso provisório, se
necessário;
c) marca-passo transcutâneo e marca-passo transvenoso provisório;
d) atropina e marca-passo transcutâneo.
36. Mulher, 55 anos de idade, apresenta queda do estado geral, febre de 38ºC há
4 dias (1 episódio diário). É portadora de seqüela pulmonar de tuberculose
tratada há 7 anos (velamento crônico de ambos os pulmões, com retração de
hilo à D). Ao exame, apresenta-se descorada +/4, hidratada;
PA=110x78mmHg, FC=110bpm e FR=33ipm. Seu exame pulmonar revela
sibilos e roncos difusos, com expansibilidade diminuída à D. Ausculta cardíaca
sem anormalidades. Radiografia de tórax inalterada em relação ao exame
prévio realizado há 2 meses.
Exames laboratoriais:
ph=7.45
Hb=10,0
pO2=90
Ht=32%
Pco2=32
GB=8000
Bastonetes=3%
Segmentados=40%
Creatinina=1,2
HCO3=25
Plaquetas=120000
BE – 10
Na+=140
K+=3,7
Proteína C reativa=5,5
(VN <1,0mg/dL)
Urina rotina
5– 10 leucócitos por campo, sem agrupamentos
Assinale a alternativa correta.
a) A anemia e a ausência de alteração do leucograma apontam para recidiva
de tuberculose – reiniciar esquema tríplice e colher baciloscopia.
b) A elevação da proteína C reativa fala a favor de provável foco infeccioso
bacteriano pulmonar – iniciar amoxacilina + ácido clavulínico.
c) A elevação da proteína C reativa e a anemia sugerem presença de foco
neoplásico na seqüela pulmonar de tuberculose – solicitar avaliação
tomográfica.
d) Apesar da pouca alteração da urina rotina, a proteína C reativa sugere
infecção urinária presente, mas o tratamento deve aguardar a urocultura.
37. Homem, 30 anos de idade, indigente, trazido ao pronto-socorro por queda do
estado geral e tosse seca, não produtiva. Ao exame, encontrava-se
desidratado ++/4, descorado ++/4, taquipnéico (FR=35ipm) e febril (37,6ºC).
Apresentava pectorilóquia áfona e sopro tubário em ápice à direita, em dorso.
Assinale a alternativa correta.
a)
b)
c)
d)
Isolamento em pressão positiva na chegada.
Isolamento com máscara após baciloscopia.
Isolamento em pressão positiva após baciloscopia.
Isolamento em pressão negativa após baciloscopia.
38. Homem, 45 anos de idade, refere disfagia progressiva para alimentos sólidos e
líquidos há 6 meses. Emagreceu 1kg nesse período. Sempre morou na cidade
de São Paulo e nunca fumou. Tem gasto maior tempo na refeição para
conseguir ingerir todo alimento que está habituado. Não tem regurgitação. Há
5 meses tem pirose de pouca intensidade. O paciente tem bom estado geral,
sem alterações ao exame físico. Qual a hipótese diagnóstica mais provável?
a)
b)
c)
d)
Doença de refluxo gastroesofágico.
Neoplasia do esôfago.
Acalasia.
Estenose péptica do esôfago.
39. Homem, 36 anos de idade, etilista crônico, foi admitido com dor aguda intensa
no andar superior do abdome, piorando com a ingestão de alimentos e
associada a vômitos freqüentes. Ao exame, apresentava-se com mau aspecto
geral, emagrecido e moderadamente desidratado, com dor acentuada à
palpação do abdômen, sobretudo no andar superior. Após avaliação
laboratorial, paciente foi considerado como enquadrado em situação de maior
gravidade e internado em unidade de cuidados semi-intensivos. Qual das
seguintes alterações laboratoriais constituiu, com maior probabilidade, o
indicador de maior gravidade nesse caso?
a) Hemoconcentração (hematócrito>40%).
b) Hipoglicemia (glicose<80mg/dl).
c) Leucocitose (glóbulos brancos>12.000/mm3).
d) Hipocalcemia (cálcio<8mg/dl).
40. Paciente portador de prótese metálica aórtica, em uso de anticoagulante oral,
com equimoses em membros superiores e inferiores, hemodinamicamente
estável, apresentando hemoglobina de 11g/dl e INR (International Normalized
Ratio) de 15,3. Assinale a alternativa correta com relação à intervenção
terapêutica.
a) Observação sem reversão da anticoagulação.
b) Reversão da anticoagulação com vitamina K, apenas se houver piora do
sangramento.
c) Reversão da anticoagulação com vitamina K na chegada.
d) Associação de vitamina K e plasma para reversão da anticoagulação oral.
41. Paciente com 18 anos de idade, primigesta, tempo de amenorréia de 7
semanas, apresenta o seguinte resultado da sorologia ELISA para
Toxoplasmose: IgG (+) e IgM (+). O teste de avidez de IgG mostrou resultado
de 90%. É correto afirmar que:
a) a infecção ocorreu há pelo menos 12 semanas e não há necessidade de
intervenções nessa gestante;
b) deve-se iniciar o tratamento com espiramicina para evitar a transmissão
vertical do Toxoplasma gondii;
c) a avaliação ultra-sonográfica morfológica fetal realizará o diagnóstico de
acometimento do feto;
d) é necessária a confirmação da infecção fetal através da amniocentese para
biologia molecular no líquido amniótico.
42. Paciente com 24 anos de idade, G1P0A0, foi admitida na maternidade, há 6
horas, com contrações regulares (3/40seg/10min) e 4cm de dilatação cervical.
Apresentou corioamniorrexe oportuna, evidenciando-se líquido amniótico claro.
Foi encaminhada à sala de parto com dilatação completa e pólo cefálico no
plano + 1 de De Lee. Após trinta minutos, apresentou contrações regulares
(5/60seg/10min) e BCF=126bpm, sem desacelerações. Ao toque vaginal,
verificou-se pólo cefálico no plano + 2 de De Lee, formação de pequena bossa
e variedade de posição occípito direita anterior. A conduta é:
a) aguardar evolução normal;
b) aplicar o fórcipe de Simpson;
c) aplicar o fórcipe de Kjelland;
d) realizar cesárea.
43. Paciente com 26 anos de idade, G4P2A1, chegou ao pré-natal de um hospital
terciário na 36a semana de gravidez. Verificou-se que o HBsAg e o anti-HBcAg
apresentavam-se positivos, confirmando ser portadora crônica do vírus da
hepatite B. Em relação a esse caso é correto afirmar:
a) está indicada a imunoprofilaxia materna com vacina e gamaglobulina em
grupos musculares diferentes;
b) se o marcador sorológico anti-HBeAg também for positivo, o risco de
transmissão vertical é mais baixo;
c) como a paciente tem o anti-HBcAg positivo, o recém-nascido só deverá
receber a vacina para profilaxia da transmissão vertical;
d) a cesárea deverá ser indicada para reduzir a taxa de transmissão vertical.
44. Paciente, 31 anos de idade, G3P2A0, com tempo de amenorréia de 25
semanas queixava-se de dor lombar há 3 dias, associada com polaciúria.
Relatou também calafrios, náuseas e vômitos há 12 horas. Trouxe ultra-som
de primeiro trimestre compatível com a idade gestacional. Ao exame:
temperatura axilar 39,1oC, atividade uterina não perceptível; BCF=136bpm;
toque vaginal: colo fechado, grosso e posterior. A hipótese diagnóstica e a
conduta são:
a) nefrolitíase - hidratação e tratamento com analgésico e antibioticoterapia.
b) pielonefrite - internação e tratamento com antibioticoterapia endovenosa.
c) corioamnionite - internação, antibioticoterapia endovenosa e resolução da
gravidez.
d) infecção urinária baixa - hidratação e tratamento com antibioticoterapia.
45. Paciente, 16 anos de idade, primigesta, com 33 semanas de gestação,
acompanhada no pré-natal de alto risco por pré-eclâmpsia em uso de
alfametildopa 1g/dia e nifedipina 40mg/dia. Na consulta médica, apresentou-se
assintomática com PA=140x90mmHg, atividade uterina ausente e BCF=
144bpm. Ao exame de cardiotocografia, observou-se feto hipoativo e não
reativo. Qual a sua conduta?
a)
b)
c)
d)
Repetir cardiotocografia em 6 horas.
Retorno ambulatorial em 1 semana.
Resolução da gestação por via alta.
Investigar vitalidade fetal com ultra-sonografia.
46. Paciente, 26 anos de idade, primigesta com 18 semanas de gestação e
acompanhada no ambulatório de pré-natal de alto risco por cardiopatia
reumática. Quais os principais fatores determinantes de risco para a
descompensação da cardiopatia?
a) Classe funcional pré-gravídica e fases do ciclo gravídico-puerperal.
b) Uso de medicações para cardiopatia e via de parto.
c) Cirurgia cardíaca prévia e fases clínicas do parto.
d) Uso de medicações para cardiopatia e número de consultas pré-natal.
47. Paciente com 26 anos de idade, G4P0A3, apresentou abortos anteriores
espontâneos, acima de 10 semanas com fetos morfologicamente normais.
Ultra-som mostra gestação tópica de 7 semanas. Foi encaminhada ao Setor
de Gestação de alto risco para investigação da Síndrome do Anticorpo
Antifosfolípide e para terapêutica necessária. Quais exames você solicitaria e
qual a conduta terapêutica?
a) ACA, FAN, anti-β2-glicoproteína; ácido acetilsalicílico e heparina.
b) Anticoagulante lúpico, ACA, anti-β2-glicoproteína; ácido acetilsalicílico e
heparina.
c) Anticoagulante lúpico, FAN, ANA; ácido acetilsalicílico e heparina.
d) Anticoagulante lúpico, ACA, anti-β2-glicoproteína; ácido acetilsalicílico e
anticoagulante oral.
48. Quais os tempos do mecanismo de parto estão representados na figura
abaixo?
a) a e b: encaixamento e descida; c e d: desprendimento cefálico e rotação
externa
b) a e b: flexão e descida; c e d: deflexão e desprendimento cefálico.
c) a e b: descida e rotação interna; c e d: desprendimento cefálico e rotação
externa.
d) a e b: flexão e rotação interna; c e d: descida e desprendimento cefálico.
49. Paciente com 18 anos de idade, G2P1A0 (parto normal anterior), 34 semanas
de amenorréia, refere perda líquida vaginal há 2 horas. Ao exame, apresentouse afebril, com atividade uterina=2/30seg/10min, BCF=144/min (rítmicos) e
feto em apresentação cefálica. Indique a alternativa correta.
a) A realização de amnioinfusão de contraste é a primeira escolha para a
confirmação diagnóstica.
b) A informação de perda de líquido fornecida pela gestante não deve ser
valorizada porque é falsa na maioria dos casos.
c) A ausência de líquido amniótico ao exame especular não afasta o
diagnóstico da corioamniorrexe prematura.
d) A visualização das membranas à inspeção simples ou com amnioscópio
exclui o diagnóstico de corioamniorrexe prematura.
50. Paciente com 16 anos de idade, primigesta, com 35 semanas e 5 dias de
gestação, foi encaminhada pela Unidade Básica de Saúde com dor em baixo
ventre e sangramento vaginal. Deu entrada no centro obstétrico em regular
estado geral com PA=160x110mmHg, pulso de 112bpm, altura uterina de
36cm, tônus uterino aumentado, BCF=100bpm. Exame especular:
sangramento ativo pelo orifício externo do colo uterino. Ao toque: colo médio=
2cm de dilatação. Qual o diagnóstico e a conduta?
a)
b)
c)
d)
Placenta prévia centro-total - indução do trabalho de parto.
Descolamento prematuro da placenta - indução do trabalho de parto.
Placenta prévia centro-total - cesárea.
Descolamento prematuro da placenta - cesárea.
51. Adolescente com 14 anos de idade apresenta menstruações irregulares desde
a menarca aos 12 anos de idade. Nunca teve atividade sexual. Queixava-se
de dor em hipogástrio de moderada intensidade, há 4 meses. No exame
abdominal palpou-se massa que se estendia da pelve até o nível da cicatriz
umbilical. A ultra-sonografia mostrou massa sólida com algumas áreas
heterogêneas sugestivas de necrose no interior, aparentemente originária no
anexo esquerdo. A dosagem de CA 125 foi de 10UI/ml, a de β-HCG e a αfetoproteina foram negativos. O diagnóstico e a conduta são:
a) tumor de células germinativas do ovário - cirurgia conservadora;
b) tumor epitelial do ovário - cirurgia radical;
c) tumor de estroma ovariano - cirurgia radical;
d) tumor epitelial do ovário - quimioterapia.
52. Mulher, 28 anos de idade, solteira, G1P0A1, referiu dor intensa em
hipogástrio, com irradiação para região lombar bilateral. A dor iniciou há 3 dias
e piorou nas últimas 12 horas, quando apresentou febre de 39,5ºC. Nega
vômitos e a última evacuação foi há 36 horas. Ao exame apresentava-se
gemente, em posição antálgica e, à palpação do abdômen, sinais de
peritonismo, principalmente em fossa ilíaca direita. Ao toque vaginal, mostrava
dor intensa à mobilização do colo uterino, não sendo possível palpar anexos.
Hemograma com 21.000 leucócitos/ml e desvio à esquerda. Ultra-sonografia
revelou massa anexial à direita de 5cm de diâmetro sugestiva de abscesso no
tubo ovariano. Qual a primeira conduta a ser tomada?
a) Internação e laparotomia exploradora.
b) Internação para antibioticoterapia endovenosa.
c) Culdocentese e cultura com antibiograma.
d) Antibioticoterapia oral e retorno em 3 dias para reavaliação do caso.
53. Paciente com 42 anos de idade, com ciclos menstruais regulares, procurou
atendimento com queixa de dor em fossa ilíaca direita, há 6 meses, de leve a
moderada intensidade, diária. O exame clínico ginecológico não evidenciou
alterações significativas. O ultra-som evidenciou cisto ovariano à direita,
sugestivo de teratoma e CA 125=4,0. Foi submetida à laparoscopia, com
ooforectomia direita, e o exame anátomopatológico intra-operatório evidenciou
diagnóstico de carcinoma de ovário. Sabe-se que, nesses casos, está indicada
a realização de estadiamento cirúrgico, no mesmo ato, o que inclui
histerectomia e ooforectomia contra-lateral. Do ponto de vista ético, qual a
conduta mais adequada do cirurgião?
a) Realizar o estadiamento cirúrgico mesmo que a paciente não tenha
consentido previamente, visto que se trata de doença maligna, com
evidente risco de vida.
b) Realizar o estadiamento cirúrgico somente se a paciente tiver sido
informada previamente sobre essa possibilidade e consentido com o
procedimento, caso contrário, deverá complementar a cirurgia em outro
tempo.
c) Realizar o estadiamento cirúrgico obtendo o consentimento verbal da
paciente, no intra-operatório, posto que a paciente está acordada, sob
anestesia raquidiana.
d) Realizar o estadiamento cirúrgico após informar o marido da paciente na
sala de espera, e obtendo o consentimento desse, visto que se trata de
doença maligna, com evidente risco de vida.
54. Paciente, com 48 anos de idade, G4P2A2, submetida à histerectomia subtotal,
há 8 anos, por miomatose uterina com história de sinusorragia há 4 meses e
há 15 dias vem apresentando sangramento vaginal persistente e dor pélvica.
Ao exame, notou-se bom estado geral, descorada +/4+, tórax e abdômen
normais. No exame especular notou-se a presença do colo uterino, vagina
normal e o orifício externo não estava individualizado pela presença de lesão
irregular e sangrante. Ao toque, o corpo uterino não é palpável e o colo é
doloroso à mobilização. No toque retal, a mucosa é lisa, o paramétrio
esquerdo está irregular e doloroso, sendo que a irregularidade atinge a parede
óssea da pelve. Existe encurtamento do paramétrio direito. Qual das
alternativas indica a suspeita diagnóstica, o exame para confirmação e o
tratamento?
a) Cáncer de colo uterino - biópsia da lesão, quimioterapia e radioterapia.
b) Câncer de colo uterino - colposcopia com biópsia dirigida e conização.
c) Cervicite aguda com parametrite – cultura e antibioticoterapia de amplo
espectro.
d) Câncer de colo uterino avançado - biópsia da lesão e cirurgia radical e
radioterapia.
55. Mulher, 45 anos de idade, informou ter antecedentes familiares de câncer
mamário (mãe e tias maternas). Foi-lhe orientado realizar mamografia
anualmente. Em relação ao exame de rastreamento do câncer da mama,
assinale a alternativa correta:
a) a eficácia do exame é maior quando é feito em uma única incidência
mamária;
b) deve ser continuamente realizado até o fim da vida da mulher;
c) o maior benefício é obtido pela mamografia anual entre 50 e 69 anos de
idade;
d) não tem grande valor, pois a prevenção primária do mesmo é altamente
eficaz.
56. Paciente, 28 anos de idade, procurou atendimento em razão de relação sexual
desprotegida há 24 horas, desejando receber orientação sobre contracepção
de emergência. Refere parceiro sexual único e nega histórico de morbidades
ou hábitos. Sobre contracepção de emergência, qual a alternativa está
correta?
a) Os contraceptivos de emergência de progestagênio isolado são menos
eficazes do que os combinados em altas doses.
b) As náuseas são mais freqüentes com os contraceptivos de emergência de
progestagênio isolado do que com os combinados.
c) A presença de angina pectoris é contra-indicação absoluta à utilização de
contraceptivos hormonais de emergência.
d) Os contraceptivos de emergência hormonais são mais efetivos se utilizados
até 72 horas após a relação sexual desprotegida.
57. Paciente, 32 anos de idade, G3P1A2, com queixa de irregularidade
menstrual desde a menarca, caracterizada por ciclos oligo ou
amenorréicos, intercalados por episódios de sangramento uterino
disfuncional. Referiu aumento progressivo de peso, intensificado há 10
anos, após o parto (aproximadamente 30Kg), associado ao aumento de
pêlos em face e dorso. Ao exame físico: peso=105kg; altura=1,65m;
IMC=38,6kg/m2; cintura=147cm; índice de Ferriman=10; exame
ginecológico sem alterações. Qual a hipótese diagnóstica mais provável
para o quadro anovulatório dessa paciente?
a)
b)
c)
d)
Síndrome de ovários policísticos.
Anovulação de origem central.
Falência ovariana precoce.
Deficiência isolada de gonadotrofinas.
58. Paciente, 29 anos de idade e seu esposo de 32 anos de idade, recémcasados, procuraram atendimento médico para aconselhamento préconcepcional. Negaram desejo de gravidez no momento, mas têm medo de
apresentar dificuldade futura para engravidar. Faz uso regular de
anticoncepcional oral combinado há 3 anos, é tabagista (10 cigarros por dia),
nega qualquer morbidade e tem índice de massa corporal=26 kg/m2. Para
atuar, em termos de prevenção da infertilidade conjugal, é orientação
adequada a ser dada ao casal:
a) evitar o uso prolongado de anticoncepcionais hormonais;
b) evitar a obesidade e tabagismo;
c) estimular a ingestão de alimentos ricos em cálcio;
d) estimular a decisão de a mulher engravidar depois dos 35 anos.
59. Paciente, 24 anos de idade, procurou atendimento médico queixando-se de
nervosismo intenso, dificuldade de concentração, incapacidade para trabalhar,
distensão abdominal, cefaléia e tensão mamária, que se iniciam cerca de cinco
dias antes da menstruação, persistindo por mais ou menos oito a nove dias.
Refere ciclos menstruais regulares e negou uso de medicações. Não se
recorda o início da sintomatologia, mas relatou que o quadro clínico
intensificou-se no último ano, ocorrendo mensalmente. Considerando a
hipótese diagnóstica mais provável, qual a melhor abordagem terapêutica?
a) Cianocobalamina e hidroclorotiazida.
b) Cloridrato de sertralina e espironolactona.
c) Contraceptivos orais combinados e magnésio.
d) Acetato de medroxiprogesterona e cálcio.
60. Paciente com 43 anos de idade, primípara, há 3 anos queixava-se de perda
urinária e urgência miccional associada à nictúria e perda de urina durante o
ato sexual. Refere perineoplastia há 5 anos. Exames de urina e cultura foram
normais. Exame urodinâmico mostrou hiperatividade detrusora, com
diagnóstico final de bexiga hiperativa. A terapêutica clínica nesse caso é:
a) drogas anticolinérgicas;
b) drogas β bloqueadoras;
c) drogas α adrenérgicas;
d) estrogênios e cinesioterapia.
61. Qual a conduta em relação a um indivíduo que nunca tomou vacinas antirábicas anteriormente e apresenta mordedura na superfície palmar da mão
direita, provocada por um gato desconhecido?
a) Três doses de vacina de cultivo celular nos dias 0, 5 e 8 e soro anti-rábico.
b) Cinco doses de vacina de cultivo celular nos dias 0, 3, 10, 21 e 28.
c) Cinco doses de vacina de cultivo celular nos dias 0, 3, 7, 14 e 28 e soro
anti-rábico.
d) Três doses de vacina de cultivo celular nos dias 0, 3 e 10 e soro antirábico.
62. O gráfico abaixo apresenta a tendência secular da mortalidade infantil no
Brasil e Regiões.
O Coeficiente de Mortalidade Infantil tem sido usado como um Indicador de
Saúde porque:
a) é válido para comparações inter-regionais, mas não internacionais;
b) reflete o estado de saúde da população em estudo;
c) a queda observada é explicada por subnotificação de óbitos;
d) a queda observada é explicada pela subnotificação de nascimentos.
63. O mapa abaixo retrata a situação atual das áreas de risco para febre amarela
silvestre no Brasil.
SVS – MS Brasil, 2008
Em relação a essas áreas, pode-se afirmar que:
a) existe circulação viral permanente nas áreas verde, vermelha e amarela;
b) apenas a área verde representa risco real de contaminação para um
viajante;
c) o risco de surtos localizados de febre amarela humana é maior na área
vermelha;
d) a presença de macacos infectados na área amarela coloca em risco os
habitantes da área azul.
64. A figura abaixo retrata os casos confirmados de febre hemorrágica da dengue
no Brasil, de 1990 a 2008 (até julho/08), e os respectivos valores de incidência
(em milhares, no eixo à esquerda), e percentuais de letalidade (no eixo à
direita).
SVS – MS Brasil, 2008
Com base nessas informações, é possível afirmar-se que:
a) o súbito aumento da letalidade em 1994 retrata queda de qualidade da
atenção médica prestada aos pacientes;
b) em 1997, o risco de contrair dengue mostrou-se mais elevado do que nos
dois anos anteriores;
c) o risco de contrair dengue em 2007 foi de aproximadamente 10%, tendendo
à redução no ano seguinte;
d) há indícios de que a atenção médica prestada aos pacientes melhorou nos
últimos dois anos da série.
65. A figura abaixo retrata panorama comum relativo às condições iniciais de
habitação de indivíduos recém-chegados a áreas novas de colonização na
Amazônia.
Nessas condições, o indivíduo está sob alto risco para contrair as seguintes
doenças:
a) febre amarela e filariose;
b) esquistossomose e febre amarela;
c) doença de Chagas e leishmaniose visceral;
d) malária e certas arboviroses.
66. Uma das principais questões relativas ao Sistema Único de Saúde diz respeito
ao Financiamento do Setor. No ano 2000, foi aprovada a Emenda
Constitucional 29, segundo a qual:
a) são fixados os percentuais mínimos a serem investidos anualmente em
saúde pela União, por Estados e Municípios;
b) a União deveria investir em saúde, em 2000, 15% a mais do que havia
investido no ano anterior e, nos anos seguintes, esse valor deveria ser
corrigido pela variação nominal do PIB;
c) os Estados ficaram obrigados a aplicar 12% da arrecadação de impostos e,
os Municípios, 25%;
d) não está previsto nenhum percentual fixo a ser investido pela União,
Estados e Municípios na saúde.
67. Em relação às doenças de notificação compulsória, é correto afirmar:
a) nenhum caso suspeito deve ser notificado antes da confirmação
laboratorial;
b) o caso suspeito deve ser notificado independentemente de haver
confirmação laboratorial;
c) a notificação das doenças é atribuição exclusiva de profissionais de saúde;
d) a notificação das doenças é atribuição de toda a coletividade, daí a
necessidade de confirmação laboratorial dos casos antes da notificação.
Considere o enunciado e a figura abaixo para responder as questões 68, 69.
Em pesquisa hipotética, realizada para estabelecer o valor de um metabólito como
teste diagnóstico para determinada doença, através de amostras de urina,
acordou-se que o ponto de corte ideal para considerar a dosagem do mesmo,
como resultado positivo, seria de 65mg/dl (correspondente à letra X na figura
abaixo). Esse nível mostrou sensibilidade de 92% e especificidade de 99%.
68. Considerando-se o ponto de corte (X) na figura acima, a letra A refere-se ao
grupo de pessoas:
a) sadias;
b) com resultados do teste falso-positivos;
c) com a doença em questão;
d) com resultados falso-negativos para o teste.
69. Se esse ponto de corte for aumentado para 80mg/dl, a sensibilidade irá:
a)
b)
c)
d)
diminuir;
aumentar;
não sofrer alterações;
aumentará se a prevalência da doença for alta.
70. Primigesta, 17 anos de idade, na 17ª semana de gestação, trouxe, na consulta
de pré-natal, cartão de vacinação mostrando esquema completo para tétano
aos 10 anos de idade. Em relação a recomendação do esquema vacinal da
dupla adulto (difteria e tétano) durante a gravidez, a conduta correta para esta
gestante é:
a) não vacinar, pois a vacina dupla adulto não faz parte dos cuidados da
assistência pré-natal;
b) não vacinar, pois o esquema completo foi realizado há menos de 10 anos e
não há necessidade de dose de reforço;
c) vacinar, pois o esquema completo foi realizado há mais de cinco anos e há
necessidade de dose de reforço;
d) não vacinar, pois somente as gestantes com esquema vacinal prévio
incompleto necessitam de reforço.
71. Caso índice, em uma investigação epidemiológica, é:
a)
b)
c)
d)
o primeiro que é comunicado às autoridades sanitárias;
aquele que dá origem a uma epidemia;
aquele que ocorre em primeiro lugar numa família;
o primeiro a apresentar doença clinicamente evidente.
Analise os resultados abaixo, encontrados em um estudo de coorte, onde
foram verificados fatores associados ao risco para desenvolver infarto agudo
do miocárdio em indivíduos com idade entre 40 e 60 anos e responda às
questões 72, 73 e 74.
Tabela - Fatores de risco associados ao desenvolvimento de infarto agudo do miocárdio em
indivíduos na faixa etária de 40–60 anos, após acompanhamento de 10 anos
Fatores de risco
Risco relativo
Tabagismo
< 10 cigarros/dia
2,5
10 – 20 cigarros/dia
3,8
> 20 cigarros/dia
6,0
Consumo diário de bebida alcoólica
3,0
Dislipidemia
Colesterol total>200 mg/dl
6,5
Triglicérides>200 mg/dl
4,5
LDL>100 mg/dl
9,0
HDL>100 mg/dl
0,8
Atividades físicas
>45min/dia
0,6
<45min/dia
0,9
IC 95%
(1,8 – 3,5)
(2,5 – 5,0)
(4,2 – 7,5)
(0,9 – 5,0)
(3,5 – 8,0)
(3,0 – 6,0)
(4,5 – 12,0)
(0,3 – 0,9)
(0,3 – 0,8)
(0,4 – 1,1)
72. O maior fator de risco para infarto agudo do miocárdio é:
a)
b)
c)
d)
uso de mais de 20 cigarros/dia;
colesterol total >200mg/dl;
LDL>100mg/dl;
triglicérides >100mg/dl.
73. Como fator(es) de proteção significativo(s), encontrou(ram)-se:
a)
b)
c)
d)
HDL>100 mg/dl;
atividades físicas>45 min/dia;
atividades físicas<45 min/dia e HDL>100 mg/dl;
HDL>100 mg/dl, atividades físicas>45 min/dia.
74. Sobre o estudo acima, pode-se afirmar:
a) tanto o risco relativo quanto o odds ratio teriam o mesmo valor como
estimadores de risco;
b) por ser um estudo de coorte o risco relativo é mais indicado;
c) a razão de prevalência seria melhor que o risco relativo e o odds ratio;
d) se fosse um estudo caso controle o ideal seria o uso do risco relativo.
75. Um estudo caso-controle foi realizado para verificar a associação entre
deformidades congênitas e infecções maternas durante a gestação. Para tal,
foram selecionadas 50 crianças com deformidades congênitas e 50 crianças
sem deformidades com suas respectivas mães. Foram pesquisadas, em
entrevistas com as mães, ocorrências de quaisquer infecções na gestação que
poderiam estar ligadas às deformidades. Nesse caso poderia haver viés de:
a) seleção, já que seriam selecionadas crianças a partir de casos já ocorridos;
b) análise, já que seriam analisados casos de deformidades existentes;
c) recordação, pois as mães dos portadores de deformidades poderiam se
recordar mais de possíveis infecções;
d) entrevistador, pois, esse poderia induzir à lembrança de infecções
específicas.
76. Foram selecionados 80 casos de câncer de próstata (todos confirmados por
biópsia), entre homens acima de 60 anos de idade, com a finalidade de se testar
um exame novo em amostras de urina para rastreamento e diagnóstico precoce
de câncer prostático. Nesse grupo, o teste apresentou resultado positivo em 77
pacientes. Foram também selecionados 160 pacientes sabidamente sem a doença
e, entre esses, o teste apresentou resultado positivo em sete casos.
A sensibilidade e a especificidade do teste foram, respectivamente:
a)
b)
c)
d)
95,25% - 95,62%
96,25% - 98,62%
97,25% - 99,62%
94,25% - 4,38%
77. Em 2004, ocorreram 3.062.762 nascimentos no Brasil, dos quais 36.214 eram
óbitos fetais. A população de menores de um ano de idade em 2004 era de
3.399.251. No mesmo ano, ocorreram 80.728 óbitos em menores de um ano,
com a seguinte distribuição: óbitos < 7 dias de vida = 54.183; óbitos < 28 dias
de vida = 62.574; óbitos de 28 dias a menos de 1 ano = 18.154. Considerando
essas informações, a taxa de mortalidade infantil e a taxa de mortalidade
neonatal tardia no Brasil em 2004, foram, respectivamente:
a)
b)
c)
d)
26,36/1.000 nascidos e 2,74/1.000 nascidos;
20,67/1.000 nascidos vivos e 5,99/1.000 nascidos vivos;
23,75/1.000 habitantes < 1 ano e 2,47/1.000 habitantes < 1 ano;
26,67/1.000 nascidos vivos e 2,77/1.000 nascidos vivos.
78. A acessibilidade ao sistema de saúde é um princípio importante na
organização da rede de serviços. Os profissionais (técnicos e gestores) e os
usuários podem compreender de forma distinta esse conceito, porque:
a) em geral os usuários precisam ter acesso irrestrito e ilimitado ao
atendimento médico;
b) o setor saúde dispõe de recursos finitos, sendo impossível a organização
de um sistema de acesso satisfatório para os pacientes;
c) a gestão da atenção básica pode organizar a estratégia do acolhimento
como possibilidade de melhorar o acesso ao sistema;
d) o autocuidado é um nível de administração da assistência pela comunidade
muito utilizado pelos países em desenvolvimento por insuficiência de
estrutura do setor.
79. Paciente apresenta quadro de febre de início súbito, mialgia, artralgia e dor
retroocular há 3 dias. Os exames complementares revelam:
1. hematócrito aumentado em 20% do normal;
2. plaquetopenia (80.000 plaquetas/mm³);
3. leucopenia (3.500 leucócitos/mm³).
Após período de observação com hidratação oral, o paciente evoluiu bem, com
sangramento nasal de pequena intensidade, sem outros sinais clínicos
relevantes. Esse caso deveria ser classificado como:
a)
b)
c)
d)
dengue hemorrágica grau I;
síndrome de choque por dengue;
dengue clássica;
dengue hemorrágica grau III.
80. Marchioni et al. (2007) publicaram os resultados de um estudo caso-controle
que avaliava possíveis associações entre fatores dietéticos e câncer oral. Entre
outros achados, referem que o odds ratio correspondente à ingestão de
vegetais crus foi igual a 0,51, com intervalo de confiança (95%) de 0,29 – 0,93.
Com base nisso, é possível afirmar-se que a ingestão de vegetais crus:
a) parece ser fator de proteção contra o câncer oral;
b) não parece exercer qualquer influência na incidência da doença;
c) paradoxalmente, parece elevar o risco da doença;
d) talvez seja fator de proteção, mas o baixo valor do odds ratio não permite
conclusões.
81. Criança, 6 anos de idade, apresentava-se com febre alta, odinofagia, vômitos,
adenomegalia cervical dolorosa unilateral e exsudato purulento sobre
amígdalas hipertrofiadas. Hemograma: GB=15.000 leucócitos, com 8% de
bastões e 72% de segmentados. Como não havia possibilidade de fazer
exame microbiológico, indique o melhor tratamento, considerando sua eficácia
e efetividade.
a) Penicilina benzatina.
b) Azitromicina.
c) Lincomicina.
d) Sulfametoxazol-trimetoprim.
82. Criança, 11 anos de idade, foi trazida pela mãe para avaliação do peso, pois
acha que seu filho está gordo. Não pratica atividades físicas regularmente,
come muito carboidrato, bebe refrigerantes diariamente e não gosta de
verduras, legumes e frutas. Na avaliação antropométrica nota-se: peso=43,5
kg, estatura=1,40m, IMC=22,2kg/m2 (entre os percentil 90 da curva masculina
para IMC – NCHS / CDC 2000). O estado nutricional do menino é:
a) eutrofia
b) sobrepeso
c) obesidade
d) obesidade mórbida
83. Menina de 13 anos de idade ainda não teve menarca e está preocupada em
saber se irá crescer mais. Ao exame encontrava-se com estadiamento puberal
M3 P3. Sabe-se que, com a menarca, o crescimento:
a) é interrompido;
b) continua com a mesma intensidade;
c) pode aumentar de 6 a 8 centímetros;
d) é interrompido quando atingir o estadio M4 P4.
84. Criança, 10 meses de idade, apresenta diarréia há dois meses (6 evacuações
ao dia com fezes pastosas e líquidas, de grande volume, cheiro azedo, sem
muco ou sangue). Teve alguns episódios de vômitos nos primeiros dias. A
orientação foi fazer hidratação oral. A partir de então, não apresentou mais
vômitos, mas a diarréia persistiu com as mesmas características,
acompanhada de perda de peso, distensão leve do abdômen e assadura
perianal. Sem febre. Recebeu leite materno até o 6º mês de vida, quando
iniciou com leite de vaca, em pó, e aos 7-8 meses: papas de frutas, legumes,
carnes, ovos, bolachas e macarrão. Qual o diagnóstico provável dessa
síndrome diarréica?
a)
b)
c)
d)
Diarréia aguda infecciosa.
Diarréia crônica inespecífica (síndrome do cólon irritável).
Diarréia persistente.
Diarréia crônica: alergia alimentar ou doença celíaca.
85. Criança, 1 ano e 2 meses de idade, portadora de tetralogia de Fallot,
apresenta diminuição das atividades e febre (2 picos diários de 37,8ºC). Há 3
dias teve 3 episódios de vômito. Durante a consulta, apresentou crise
convulsiva com movimentos tônico-clônicos generalizados, liberação dos
esfíncteres, sialorréia e perda da consciência. Indique o diagnóstico e o exame
complementar mais adequado:
a) Meningite viral - punção liquórica;
b) abscesso cerebral - punção liquórica;
c) meningite bacteriana - tomografia computadorizada de crânio;
d) abscesso cerebral - tomografia computadorizada de crânio.
86. Recém-nascido a termo, de mãe primípara, sem intercorrências no pré-natal e
no parto, com 6 horas de vida, está tendo dificuldade com a amamentação.
Criança ainda não urinou nem evacuou. Ao exame, o único sinal observado foi
icterícia em face e parte superior do tronco. O diagnóstico provável e a
conduta são:
a) icterícia fisiológica - apenas observar;
b) icterícia por déficit de ingestão láctea - suplementação de leite humano de
banco de leite;
c) icterícia por circulação êntero-hepática aumentada - fazer radiografia
simples de abdômen;
d) icterícia por hiperemólise - verificar tipo sangüíneo, Rh e teste de Coombs
da mãe e do recém-nascido.
87. Primigesta, após 4 consultas de pré-natal sem intercorrências, chegou à
maternidade com dilatação total. O parto ocorreu de imediato e nasceu uma
criança pesando 1430g, com pele fina e lisa, com Capurro somático de 32
semanas. Após a recepção, a criança encontrava-se corada com algumas
retrações intercostais e freqüência respiratória de 70ipm. Suspeitou-se de
membrana hialina cujo principal diagnóstico diferencial é:
a) pneumonia bacteriana neonatal;
b) taquipnéia transitória do recém-nascido;
c) aspiração de mecônio;
d) hipertensão pulmonar persistente do recém-nascido.
88. Considere os reflexos abaixo e os períodos de início e desaparecimento:
reflexos
1 – preensão palmar voluntária
2 – reflexo de Moro completo
períodos de início e desaparecimento
A – desaparece no 3º mês de vida
B – inicia-se no 6º mês de vida
3 – preensão em pinça
4 – sucção reflexa
5 – sentar com apoio
C – inicia-se no 4º mês de vida
D – inicia-se no 5º mês de vida
E – desaparece no 8º mês de vida
Em relação ao desenvolvimento neuromotor do lactente as associações mais
prováveis são:
a)
b)
c)
d)
1B – 2A – 3D – 4E – 5C
1C – 2A – 3B – 4E – 5D
1D – 2E – 3B – 4A – 5C
1C – 2E – 3B – 4A – 5D
89. Criança, 6 anos de idade, peso=25 kg, perdeu a consciência não se sabe há
quanto tempo. Ao exame: criança encontrava-se inconsciente, cianótica, em
apnéia, sem pulsos centrais e a monitorização cardíaca demonstrou o seguinte
ritmo:
O diagnóstico e a seqüência de condutas devem ser:
a) fibrilação ventricular. Massagem cardíaca e ventilação (15:2 ventilações);
Um choque (2 joules/kg) e retorno à massagem cardíaca e ventilação;
b) fibrilação ventricular. Três choques seguidos (2 joules/kg); massagem
cardíaca e ventilação (30:2 ventilações);
c) taquicardia ventricular. Massagem cardíaca e ventilação (15:2 ventilações);
Dois choques (2 joules/kg) e retorno à massagem cardíaca e ventilação;
d) taquicardia ventricular. Um choque (2 joules/kg); massagem cardíaca e
ventilação (30:2 ventilações).
90. Ultra-som gestacional revelou uretero-hidronefrose bilateral. Repetido o ultrasom na primeira semana de vida e a uretero-hidronefrose foi confirmada e
classificada como bilateral e moderada, sendo que rins e bexiga estavam
normais. Qual a conduta mais indicada?
a) Quimioprofilaxia com sulfametoxazol + trimetoprim e uretrocistografia pósmiccional no final do primeiro mês de vida.
b) Quimioprofilaxia com cefalexina e uretrocistografia pós-miccional no final do
primeiro mês.
c) Quimioprofilaxia com sulfametoxazol + trimetoprim e vesicostomia sem
exames radiológicos.
d) Quimioprofilaxia com cefalexina e ureterostomia bilateral sem exames
radiológicos.
91. Criança, 5 anos de idade, há 1 semana apresenta palidez cutâneo-mucosa,
hiporexia, fraqueza, equimoses e petéquias. Ao exame: REG, palidez cutâneomucosa (++/++++) e adenopatia generalizada. Pele: presença de equimoses e
petéquias em tronco e membros. FR=24ipm. FC=120bpm. Presença de sopro
sistólico (+/+6). Fígado palpável há 3cm do RCD e baço palpável há 4cm do
RCE.
Hemograma:
Hb=7,5g/dl,
GB=1000/dl,
Plaquetas=18.000/dl.
Mielograma: relação L:E 8:1, com medula óssea tomada por blastos.
Imunofenotipagem mostrou: positividade para CD19, CD20 e CD10, sendo
negativa para CD33, sIg, cCD3 e CD7. RT-PCR mostrou presença de t(12;21).
Com base no exposto acima o diagnóstico é:
a)
b)
c)
d)
leucemia linfóide aguda de linhagem T;
leucemia linfóide aguda de linhagem pré-B;
leucemia promielocítica aguda;
leucemia mielomonocítica aguda.
92. Criança, 4 meses de idade, sexo masculino, cor parda, em consulta de rotina
apresentava-se pálida, sem outras alterações. Antecedentes pessoais: parto
normal, 36 semanas, peso ao nascimento 2,7kg, estatura 46cm. Amamentou
no seio materno exclusivo até 2 meses. Peso e estatura percentil 25 para a
idade. Solicitado hemograma que evidenciou: Hb=8,2g/dl, VCM=68, HCM=25,
RDW=23, GB=9.600/mm3 (segm= 40%, Linf= 58%, monócitos= 2%), plaquetas
480.000/mm3. Reticulócitos 1%. Bilirrubina total: 0,9mg/dl. Saturação de
transferrina: 8%. A conduta é:
a)
b)
c)
d)
solicitar eletroforese de hemoglobina para melhor definição do quadro;
instituir ácido fólico (5mg em dias alternados);
orientação dietética e suplementação de ferro elementar;
solicitar mielograma pois há o comprometimento de 2 linhagens sangüíneas
(anemia e plaquetose).
93. Lactente, 8 meses de idade, iniciou com quadro de coriza, tosse seca e
sibilância com piora progressiva. Havia dois irmãos com quadro de resfriado
comum em casa. Foi internado em UTI pediátrica, ficando em ventilação
assistida por 5 dias e teve alta em 20 dias, sem resolução completa do quadro.
Persistiu com quadro de sibilância grave nos 2 meses subseqüentes, com
dificuldade de alimentação pelo desconforto respiratório e alguns vômitos pósmamadas, além de dificuldade para ganhar peso. Radiografia de tórax
mostrava ausência de condensações, com algumas áreas de hiperinsuflação
localizada. Antecedentes: dermatite atópica e história familiar de atopia. O
diagnóstico é:
a) asma grave e/ou alergia à proteína do leite de vaca;
b) pneumonia aspirativa;
c) bronquiolite viral aguda;
d) bronquiolite obliterante.
94. Qual das afirmativas abaixo é verdadeira quanto à possibilidade de que uma
criança de 3 meses de idade, filha de mãe portadora de infecção pelo vírus da
imunodeficiência humana, seja infectada pelo HIV?
a) Para definir se é infectada, haverá necessidade de se aguardar até a idade
de 18 meses.
b) Se não tiver sido amamentada, o risco de infecção pelo HIV é praticamente
inexistente.
c) É possível identificar se está infectada por meio de testes laboratoriais.
d) Exame físico normal reduz em muito a possibilidade de infecção pelo HIV.
95. Criança, 14 dias de vida, apresentava tosse há uma semana. A tosse era
seca, em 5 a 6 episódios por dia e emetizante, chegando em alguns episódios
a ficar com face avermelhada. Negou febre. Ao exame: obstrução nasal, FR=
50ipm, com esforço após tosse. Ausculta com roncos esparsos em ambos os
pulmões. Mãe com 25 anos, primigesta, pré-natal completo sem
intercorrências, mas com tosse seca há três semanas. A hipótese diagnóstica
e a conduta mais adequada são:
a) bronquiolite viral - nebulizações com oxigênio + beta-2 adrenérgico e
prescrição para nebulizações por cinco dias, com retorno se piorar;
b) infecção de vias aéreas superiores - lavar narinas com soro fisiológico
retornando à UBS se tiver febre ou piora clínica;
c) pneumonia atípica - coleta de secreção para pesquisa de vírus + radiografia
de tórax, com retorno à UBS para conduta conforme radiografia;
d) coqueluche - encaminhar para coleta de material da nasofaringe e
tratamento em serviço de referência com notificação da suspeita.
96. Criança aspirou amendoim enquanto brincava e passou a apresentar tosse
intensa e chiadeira de peito. Levada ao pronto socorro, o médico A detectou
estertores em base do pulmão direito e a encaminhou para hospital terciário. O
médico B, do hospital, solicitou radiografias (AP em ins e expiração) que não
demonstraram hiperinsuflação, atelectasia e a presença de corpo estranho.
Diante disso o médico B dispensou a criança. No dia seguinte, como a tosse e
a chiadeira continuassem, a criança foi levada novamente ao pronto socorro e,
ao ser examinada, teve crise aguda de dispnéia e cianose, tendo que ser
submetida à traqueostomia pelo médico C. A família não conformada com a
evolução ameaça abrir um processo judicial. Fica a pergunta: contra quem
deve ser o processo?
a) Médico A
b) Médico B
c) Médico C
d) Médicos A e C
97. Menina, 7 anos de idade, nascida de parto normal a termo, peso=3.000g e
comprimento=49cm, sem intercorrências neonatais, referia aparecimento de
pelos pubianos há 1 mês. Ao exame: BEG, ativa, hidratada, corada, com
aumento generalizado de tecido subcutâneo, sem estrias. Ausência de pelos e
odor axilares. Tireóide tópica de tamanho e consistência normal à palpação.
Ausculta cardíaca normal, FC=80bpm. Abdome sem alterações. Estágio
puberal: M2 P2. Curvas de evolução pôndero-estatural estão apresentadas na
figura abaixo.
Qual a principal hipótese diagnóstica?
a)
b)
c)
d)
obesidade primária;
síndrome de Cushing;
hiperplasia adrenal congênita;
puberdade precoce central.
98. Recém-nascido foi convocado ao serviço médico por apresentar teste do
pezinho alterado. O exame mostra TSH=30μm/ml. Qual a conduta indicada?
a) Iniciar imediatamente o tratamento de reposição hormonal com tiroxina.
b) Repetir o teste do pezinho e reavaliar clinicamente em 1 semana.
c) Dosar TSH sérico e reavaliar clinicamente em 1 semana.
d) Dosar TSH sérico e iniciar tratamento com tiroxina enquanto aguarda o
resultado.
99. Menina, 5 anos de idade, com edema em joelho direito há 3 meses. Exame
físico: aumento de volume, discreta dor à movimentação do joelho direito e
atrofia da musculatura adjacente da coxa direita. O restante do exame é
normal. Diante disso, é correto afirmar que:
a)
b)
c)
d)
a hipótese diagnóstica mais provável é febre reumática;
a imobilização do joelho direito está indicada;
a criança deve ser encaminhada ao oftalmologista;
essa criança tem risco aumentado para desenvolver lesões de válvulas
cardíacas.
100. Recém-nascido, 2 dias de vida, com pulsos femorais não palpáveis. Pressão
arterial nos quatro membros demonstra valores menores em MMII.
Clinicamente, a criança estava em insuficiência cardíaca e a ecocardiografia
confirmou diagnóstico de coarctação da aorta importante. Qual a conduta
mais adequada?
a)
b)
c)
d)
Aortoplasia com implante de “stent”.
Infusão de prostaglandina.
Correção cirúrgica.
Tratamento clínico com diuréticos e betabloqueadores.
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