Ontem, 24 de janeiro de 2011, faleceu Rita Amaral, antropóloga

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Ontem, 24 de janeiro de 2011, faleceu Rita Amaral, antropóloga, pesquisadora e orientadora do Núcleo de
Antropologia Urbana da Universidade de São Paulo, doutora em Antropologia Social pela USP e pósdoutorada em Etnologia Afro-Brasileira pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São
Paulo. Estudou festas, estilos de vida, religiões de influência africana e fez parte da equipe de pesquisa de
Reginaldo Prandi, que estudou pela primeira vez o candomblé de São Paulo.
A obra antropológica de Rita abarcou ainda a organização do grupo de estudos Urbanitas, focado na
antropologia urbana. Integrou a Coordenação do Núcleo de Antropologia Urbana da Universidade de São
Paulo [www.n-a-u.org], do qual foi membro desde 1988, e onde foi Editora-chefa da revista PontoUrbe Revista do Núcleo de Antropologia Urbana da USP [www.pontourbe.net]. Foi, também, organizadora e
editora independente da revista de Antropologia Urbana "Os Urbanitas" [www.osurbanitas.org], do website
Os
Urbanitas
[www.aguaforte.com/antropologia]
e
do
blog
de
mesmo
nome
[www.osurbanitas.blogspot.com].
Portadora de osteogênese imperfeita, foi pioneira no movimento de conscientização sobre a doença no
Brasil, traduzindo textos, auxiliando na formação de médicos e lutando pela melhoria da qualidade de vida
dos portadores de deficiência física. Nesse sentido, fundou, há 11 anos a Associação Brasileira de
Osteogênese Imperfeita – ABOI, na qual exercia mandato de presidente.
Rita era uma pessoa doce; sagaz; acolhedora; ligada em todo tipo de arte; e dona de uma força de vontade
ímpar. Seus amigos e demais portadores sabiam que podiam contar com ela para ser apoiados e
orientados. A criança que tinha ânsia de saber, a jovem que tocava violão e a grande mestre em
antropologia conviviam numa única pessoa, formando uma grande personalidade.
Rita de Cássia de Mello Peixoto Amaral nasceu em18 de fevereiro de 1958 em São Paulo e faleceu em São
Paulo, 24 de janeiro de 2011, de complicações respiratórias.
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