Curso Específico de Enfermagem p/EBSERH

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CURSO ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM P/
EBSERH
AULA Nº 12– ENSINO AO PACIENTE COM VISTAS
AO AUTOCUIDADO: PROMOÇÃO E PREVENÇÃO
DA SAÚDE
Equipe Professor Rômulo Passos | 2015
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Olá, futura (o) concursada (o)!
Chegamos a mais uma aula do Curso Específico de Enfermagem para EBSERH.
Nesta aula, exploraremos os conteúdos referentes ao Ensino ao paciente com
vistas ao autocuidado: promoção e prevenção da saúde.
Não deixe a sua APROVAÇÃO escapar por detalhes, resolva as questões do
site www.questoesnasaude.com.br, veja os comentários de nossos professores e deixe os
seus comentários também. Vamos interagir!
Boa aula a todos!
Profº. Rômulo Passos
Profª. Raiane Bezerra
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Ensino ao paciente com vistas ao autocuidado: promoção e
prevenção da saúde.
Os programas de autocuidado frequentemente utilizam condutas multifacetadas,
incluindo o ensino didático, sessões de grupo, planos de aprendizado individual e
recursos baseados na Internet. Ao planejar a conduta para o autocuidado, é importante
que a enfermeira considere o conhecimento, experiência, bases social e cultural, nível
de educação formal e o estado psicológico de cada paciente. A preparação do
autocuidado também deve abranger o curso do período de recuperação, devendo ser
monitorada e atualizada regularmente quando os aspectos do autocuidado são
dominados pelo paciente. A preparação para o autocuidado também é altamente
relevante para os cuidadores informais do paciente na reabilitação.
Quando um paciente recebe alta do cuidado agudo ou de uma instituição de
reabilitação, os cuidadores informais, em regra os familiares, frequentemente assumem
o cuidado e o suporte do paciente. Embora as tarefas de cuidado mais óbvias envolvam
o cuidado físico (p. ex., higiene pessoal, vestir-se e arrumar-se), outros elementos do
papel de cuidador incluem o suporte psicossocial e um compromisso com esse papel de
suporte. Dessa maneira, é necessário avaliar o sistema de suporte do paciente (família,
amigos) antes da alta. As atitudes da família e dos amigos em relação ao paciente, sua
incapacidade e retorno para casa são importantes na elaboração de uma transição bemsucedida para casa. Nem todas as famílias podem realizar os programas árduos de
exercício, fisioterapia e cuidados pessoais que o paciente pode precisar. Elas podem não
ter os recursos nem a estabilidade para cuidar de familiares com uma incapacidade
grave. As tensões físicas, emocionais, econômicas e de energia de uma condição
incapacitante podem desestabilizar mesmo uma família estável. Os membros da equipe
de reabilitação não devem julgar a família, mas, em vez disso, prover as intervenções de
suporte que ajudam a família a atingir seu maior nível de função.
O cuidado domiciliar a saúde é uma prática que remonta a própria existência das
famílias como unidade de organização social. Inúmeras situações de dependência
cronicamente assumidas pelas famílias sequer foram, ainda, incluídas nas iniciativas de
atenção domiciliar organizadas pelo sistema de saúde. O objeto “atenção domiciliar”,
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portanto, diz respeito apenas a uma parte das práticas de cuidado domiciliar,
particularmente as que implicam uma convivência entre profissionais de saúde e
cuidadores familiares (MEHRY; FEUERWERKER, 2008).
Dessa forma, a atenção domiciliar surge como alternativa ao cuidado hospitalar,
provocando a possibilidade de retomar o domicílio como espaço para produção de
cuidado e despontando como um “dispositivo para a produção de desinstitucionalização
do cuidado e novos arranjos tecnológicos do trabalho em saúde” e trazendo grande
potencial de inovação (MEHRY; FEUERWERKER, 2008).
Na atenção domiciliar, a equipe deve respeitar o espaço da familiar, ser capaz de
preservar os laços afetivos das pessoas e fortalecer a autoestima, ajudando a construir
ambientes mais favoráveis à recuperação da saúde. Essa assistência prestada no
ambiente privado das relações sociais contribui para a humanização da atenção à saúde
por envolver as pessoas no processo de cuidado, potencializando a participação ativa do
sujeito no processo saúde-doença.
Os familiares precisam saber o máximo possível sobre a condição e cuidado do
paciente, de tal modo que eles não temam o retorno do paciente para casa. A enfermeira
desenvolve métodos para ajudar o paciente e a família a lidar com os problemas que
possam surgir.
Na atenção domiciliar, a equipe deve respeitar o espaço da familiar, ser capaz de
preservar os laços afetivos das pessoas e fortalecer a autoestima, ajudando a construir
ambientes mais favoráveis à recuperação da saúde. Essa assistência prestada no
ambiente privado das relações sociais contribui para a humanização da atenção à saúde
por envolver as pessoas no processo de cuidado, potencializando a participação ativa do
sujeito no processo saúde-doença.
Uma enfermeira de cuidados domiciliares pode visitar o paciente no hospital,
entrevistá-lo e à família, e rever a folha de Atividade de Vida Diária (AVD) para
aprender quais atividades o paciente pode executar. Isso ajuda a garantir que a
continuidade do cuidado seja provida e que o paciente não regresse, mas, em vez disso,
mantenha a independência obtida enquanto no ambiente hospitalar ou de reabilitação. A
família pode precisar comprar, obter emprestado ou improvisar o equipamento
necessário, como grades de segurança, um assento sanitário elevado ou cadeira
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higiênica, ou um banco de banheira. Pode haver necessidade de construir rampas ou
alargar os vãos de porta para possibilitar o pleno acesso.
Os familiares são ensinados a usar o equipamento e recebem uma cópia do
folheto de instruções do fabricante sobre o equipamento, os nomes das pessoas a
acessar, as listas de suprimentos relacionados com o equipamento e onde eles podem ser
obtidos. Um resumo por escrito do plano de cuidado é incluído no ensino da família. O
paciente e os familiares são lembrados sobre a importância da triagem de saúde rotineira
e as outras estratégias de promoção da saúde.
Uma rede de serviços de suporte e sistemas de comunicação pode ser necessária
para aumentar a oportunidade para viver de modo independente. A enfermeira usa as
habilidades administrativas e de colaboração para coordenar essas atividades e unir a
rede de cuidados. A enfermeira também fornece os cuidados habilitados, inicia as
referências adicionais, quando indicado, e serve como uma defensora e conselheira do
paciente quando são encontrados obstáculos. A enfermeira continua a reforçar o ensino
prévio e ajuda o paciente a estabelecer e atingir as metas programadas. O grau em que o
paciente se adapta ao ambiente de casa e da comunidade depende da confiança e
autoestima desenvolvidas durante o processo de reabilitação e assentadas sobre a
aceitação, suporte e reações dos familiares, empregadores e membros da comunidade.
Existe uma tendência crescente de as pessoas com incapacidade grave viverem
independentes, quer sozinhas, quer em grupos que compartilham os recursos. A
preparação para a vida independente deve incluir o treinamento no gerenciamento de
uma residência e trabalhar com atendentes de cuidados pessoais, bem como o
treinamento na mobilidade. A meta reside na integração na comunidade — viver e
trabalhar na comunidade com alojamento, emprego, prédios públicos, transporte e
recreação acessíveis.
Gerir o cuidado e prover ou disponibilizar tecnologias de Saúde de acordo com
as necessidades de cada pessoa ao longo da vida, visando ao seu bem-estar, segurança e
autonomia para seguir com uma vida produtiva e feliz. A gestão do cuidado em saúde
apresenta diversas dimensões interdependentes, que operam com logicas diferentes e
dependentes da ação ou do protagonismo de múltiplos atores (CECILIO, 2009).
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A promoção da saúde pode ser definida como aquelas atividades que ajudam as
pessoas a desenvolver recursos que mantêm ou aumentam o bem-estar e a melhorar
a qualidade de suas vidas. Essas atividades envolvem os esforços das pessoas para
permanecer saudáveis na ausência de sintomas e não requerer a assistência de um
membro da equipe de saúde.
A finalidade da promoção da saúde consiste em focalizar-se no potencial da
pessoa para obter bem-estar e incentivar as alterações apropriadas nos hábitos pessoais,
estilo de vida e ambiente, de modo a reduzir os riscos e aumentar a saúde e o bem-estar.
A promoção da saúde é um processo ativo; isto é, não é alguma coisa que possa
ser prescrita ou ditada. Cabe a cada pessoa decidir se faz as alterações para promover
um nível mais elevado de bem-estar. Apenas o indivíduo pode empreender essas
escolhas.
O conceito de promoção da saúde evoluiu por causa da mudança na definição de
saúde e uma consciência de que existe o bem-estar em muitos níveis de funcionamento.
A saúde é visualizada como uma condição dinâmica, sempre em mudança, que capacita
as pessoas a funcionar em um potencial ótimo em determinado momento. O estado de
saúde ideal é aquele em que as pessoas são bem-sucedidas para atingir seu potencial
pleno, independentemente de quaisquer limitações que elas possam ter.
Hoje em dia, há uma ênfase crescente sobre a saúde, promoção da saúde, bemestar e autocuidado. A saúde é visualizada como decorrente de um estilo de vida
orientado para o bem-estar. O resultado foi a evolução de uma grande gama de
estratégias de promoção da saúde, incluindo a triagem multifásica, testes genéticos,
monitoramento da saúde por toda a vida, programas de saúde ambiental e mental,
redução de risco, nutrição e educação em saúde. Um crescente interesse nas habilidades
de autocuidado reflete-se no grande número de publicações relacionadas com a saúde,
conferências e seminários destinados ao público leigo.
As pessoas estão se informando cada vez mais sobre sua saúde e demonstram
maior interesse e responsabilidade por ela e pelo bem-estar. Programas sistematizados
de educação sobre autocuidado enfatizam a promoção da saúde, prevenção de doença,
controle da doença, autocuidado e o uso criterioso do sistema de saúde. Além disso,
inúmeros endereços eletrônicos na rede e grupos de chat promovem o compartilhamento
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de experiências e informações a respeito do autocuidado com outros que apresentam
patologias, doenças crônicas ou condições incapacitantes similares.
Os profissionais de saúde estão empreendendo esforços especiais para alcançar
e motivar os membros de diversos grupos culturais e socioeconômicos sobre o estilo de
vida e práticas saudáveis. Estresse, dieta não saudável, falta de exercícios, tabagismo,
uso de drogas ilícitas, comportamentos de alto risco (incluindo as práticas sexuais de
risco) e a higiene deficiente são, sem exceção, comportamentos de estilo de vida
conhecidos por afetar negativamente a saúde. Os profissionais de saúde preocupam-se
em estimular a adoção de comportamento que promova a saúde. A meta é motivar as
pessoas a melhorar o modo como elas vivem, modificar os comportamentos de risco e
adotar comportamentos saudáveis.
O ensino sobre saúde e a promoção da saúde estão ligados por uma meta
comum — incentivar as pessoas a alcançar o mais alto nível possível de bem-estar, de
tal modo que elas possam desfrutar a vida de modo o mais saudável possível e evitar
doenças. O apelo à promoção da saúde tornou-se um marco na política de saúde por
causa da necessidade de controlar os custos e reduzir a doença e morte desnecessárias.
As metas de saúde para a nação foram estabelecidas na publicação Healthy
People 2000. As prioridades a partir dessa iniciativa foram identificadas como
promoção da saúde, proteção da saúde e o uso de serviços preventivos. O Healthy
People 2010 define a atual iniciativa nacional de promoção da saúde e prevenção da
doença para a nação. As duas metas essenciais contidas nesse documento são (1)
aumentar a qualidade e os anos de vida saudável para as pessoas e (2) eliminar as
disparidades de saúde entre os vários segmentos da população (U.S. Public Health
Service, 2005).
Modelos de Promoção da Saúde
Diversos modelos de promoção da saúde identificam os comportamentos de
proteção da saúde e procuram explicar o que as pessoas fazem para se engajar nos
comportamentos preventivos. Um comportamento de proteção da saúde é definido
como qualquer comportamento realizado por pessoas, independentemente de suas
condições de saúde reais ou percebidas, com a finalidade de promover ou manter a
saúde, quer o comportamento produza ou não o resultado desejado (Keleher, Mac
Dougall & Murphy, 2007). O Modelo de Crença de Saúde foi idealizado para
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fomentar a compreensão do porquê de algumas pessoas saudáveis escolherem ações
para evitar a doença, enquanto outras pessoas não fazem tal opção. Já o Modelo de
Recurso do Comportamento de Saúde Preventivo aborda as maneiras pelas quais as
pessoas usam os recursos para promover a saúde (Keleher et al., 2007). As enfermeiras
educadoras podem usar esse modelo para avaliar como as variáveis demográficas, os
comportamentos de saúde e os recursos sociais e de saúde influenciam a promoção da
saúde.
O Modelo de Crença em Saúde, desenvolvido por Becker et al. (1974), baseiase na premissa que quatro variáveis influenciam a seleção e o uso dos
comportamentos de promoção da saúde. Os fatores demográficos e da doença, a
primeira variável, incluem as características do paciente, como idade, sexo, educação,
emprego, gravidade da doença ou incapacidade e duração da doença. As barreiras, a
segunda variável, são definidas como fatores que levam à indisponibilidade ou à
dificuldade de ter acesso a uma alternativa da promoção da saúde específica. Os
recursos, a terceira variável, englobam certos fatores, como o suporte financeiro e
social. Os fatores perceptuais, a quarta variável, consiste em como a pessoa visualiza
seu estado de saúde, auto eficácia e as demandas percebidas da doença. Becker et al.
demonstraram que essas quatro variáveis têm uma correlação positiva com a qualidade
de vida de uma pessoa.
O modelo de promoção da saúde descrito por Pender, Murdaugh e Parsons
(2006) baseia-se na teoria de aprendizado social e enfatiza a importância dos fatores
motivacionais ao adquirir e sustentar os comportamentos de promoção da saúde. Esse
modelo explora como os fatores cognitivo-perceptuais afetam a visão da pessoa em
relação à importância da saúde. Ele também examina o controle percebido da saúde,
auto eficácia, estado de saúde e os benefícios e as barreiras para os comportamentos de
promoção da saúde.
O Modelo de Mudança Transteórico, também conhecido como os estágios do
modelo de mudança, é uma estrutura centrada na motivação de uma pessoa para tomar
decisões que promovam a mudança de comportamento saudável (Miller, 2009;
DiClemente, 2007). A pesquisa indica que as pessoas que procuram assistência a partir
de profissionais ou de grupos de autoajuda progridem através desses estágios de
mudança (Kim, 2007).
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Qualquer um dos modelos pode servir como uma estrutura de organização para a
pesquisa e o trabalho clínico que sustentam a melhora de saúde. A pesquisa e outras
literaturas que sustentam as estruturas e os conceitos de promoção da saúde aumentam a
compreensão da enfermeira sobre os comportamentos de promoção da saúde das
famílias e comunidades (Betz, 2007; Chen, Shiao & Gau, 2007; Rowley, Dixon & Palk,
2007; Seals, 2007).
Componentes da Promoção da Saúde
Existem vários componentes da promoção da saúde como um processo ativo:
autorresponsabilidade, consciência nutricional, redução e controle do estresse e
atividade física.
Autorresponsabilidade
Assumir a responsabilidade por alguém é básico para a promoção da saúde bemsucedida. O conceito da autorresponsabilidade é baseado na compreensão de que o
indivíduo controla sua vida. Cada pessoa isoladamente deve fazer as escolhas que
determinam quão saudável é seu estilo de vida. À medida que mais pessoas reconhecem
que o estilo de vida e o comportamento afetam de maneira significativa a saúde, elas
podem assumir a responsabilidade de evitar comportamentos de alto risco, como o
tabagismo,
abuso
de álcool e drogas,
alimentação
excessiva, dirigir enquanto
intoxicado, práticas sexuais de risco e outros hábitos não saudáveis. Elas também
podem assumir a responsabilidade por adotar rotinas que mostraram ter uma influência
positiva sobre a saúde, como engajar-se em práticas de exercícios regulares, usar cintos
de segurança e ingerir uma dieta saudável.
Diversas técnicas têm sido empregadas para incentivar as pessoas a aceitar a
responsabilidade por sua saúde, variando desde programas educacionais extensos até
sistemas de recompensa. Demonstrou-se que nenhuma técnica é superior a outra. Em
lugar disso, a autorresponsabilidade pela promoção da saúde é individualizada e
depende dos desejos e das motivações internas de uma pessoa. Os programas de
promoção da saúde são instrumentos importantes para incentivar as pessoas a assumir a
responsabilidade por sua saúde e para desenvolver os comportamentos que melhoram a
saúde.
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Consciência Nutricional
A consciência nutricional envolve a compreensão da importância de uma dieta
saudável que supre a totalidade dos nutrientes essenciais. Compreender a relação entre
a dieta e a doença é uma faceta importante do autocuidado de uma pessoa. Alguns
especialistas acreditam que uma dieta saudável é aquela que substitui os alimentos
processados e refinados por alimentos “naturais” e reduz a ingestão de açúcar, sal,
gordura, colesterol, cafeína, álcool, aditivos e conservantes alimentares.
Redução e Controle do Estresse
O controle do estresse e a redução do estresse são aspectos importantes da
promoção da saúde. Estudos demonstraram os efeitos negativos do estresse sobre a
saúde e a relação de causa e efeito sobre o estresse e as doenças infecciosas, lesões
traumáticas (p. ex., acidentes automobilísticos) e algumas doenças crônicas. O estresse
torna-se inevitável nas sociedades contemporâneas, nas quais as demandas por
produtividade tornaram-se excessivas. Mais e mais ênfase é colocada sobre incentivar as
pessoas a gerenciar adequadamente o estresse e para reduzir as pressões que são
contraproducentes. Técnicas como relaxamento, exercício e modificação de situações
estressantes são frequentemente incluídas em programas de promoção da saúde que
lidam com o estresse.
Atividade Física
A atividade física é outro componente importante da promoção da saúde. Os
especialistas e os pesquisadores (Perry, Rosenfeld, Bennett, et al., 2007; Chao, Lian,
Yu, et al., 2007), que examinaram a relação entre a saúde e a atividade física, mostraram
que um programa de exercício regular pode promover a saúde das seguintes maneiras:
• Melhorando a função do sistema circulatório e dos pulmões.
• Diminuindo os níveis de colesterol e de lipoproteína de baixa densidade.
• Diminuindo o peso corporal ao aumentar o gasto calórico.
• Retardando as alterações degenerativas, como a osteoporose.
• Melhorando a flexibilidade e a força e a resistência musculares globais.
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Um programa de exercício apropriado pode ter um efeito positivo sobre a
capacidade de desempenho, aparência e nível de estresse e fadiga de uma pessoa, bem
como seu estado geral de saúde física, mental e emocional. Um programa de exercício
deve ser especificamente idealizado para determinada pessoa, sendo dada consideração
para a idade, condição física e quaisquer fatores de risco cardiovascular ou outros
fatores de risco conhecidos. O exercício pode ser prejudicial quando não é iniciado de
maneira gradativa e aumentado lentamente de acordo com a resposta de uma pessoa.
Promoção da Saúde Durante Todo o Ciclo de Vida
A promoção da saúde é um conceito e um processo que se estende por todo o
ciclo de vida. A saúde de uma criança pode ser afetada quer positivamente, quer
negativamente através de práticas de saúde da mãe durante o período pré-natal. Por
conseguinte, a promoção da saúde começa antes do nascimento e se estende à infância,
adolescência, fase adulta e velhice.
Adolescentes
A triagem de saúde tem sido tradicionalmente um aspecto importante do cuidado
de saúde do adolescente. A meta foi detectar os problemas de saúde em uma idade
precoce, de tal maneira que eles possam ser tratados nesse momento. Hoje em dia, a
promoção da saúde vai além da simples triagem para incapacidades e inclui extensos
esforços para promover as práticas de saúde positivas em uma idade precoce. Como os
hábitos e práticas de saúde são formados precocemente durante a vida, os adolescentes
devem ser incentivados a desenvolver atitudes de saúde positivas. Por esse motivo, mais
e mais programas estão sendo oferecidos aos adolescentes para ajudá-los a desenvolver
bons hábitos de saúde. Embora os resultados negativos das práticas, como tabagismo,
atividades sexuais de risco, abuso de álcool e drogas e nutrição deficiente, sejam
explicados nesses programas educacionais, também é colocada ênfase sobre o
treinamento de valores, autoestima e práticas de estilo de vida saudáveis. Os projetos
são idealizados para apelar a determinado grupo etário, com ênfase sobre as
experiências de aprendizado que sejam engraçadas, interessantes e relevantes.
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Adultos Jovens e de Meia-idade
Os adultos jovens e de meia-idade representam um grupo etário que não apenas
expressa um interesse na saúde e promoção da saúde, mas também responde
entusiasticamente às sugestões que mostram como as práticas de estilo de vida podem
melhorar a saúde. Os adultos são frequentemente motivados a mudar seus estilos de
vida de maneira que eles acreditam que melhore sua saúde e bem-estar. Muitos adultos
que desejam melhorar sua saúde voltam-se para os programas de promoção da saúde
para ajudá-los a fazer as alterações desejadas em seus estilos de vida. Muitos
responderam aos programas centrados em temas como bem-estar geral, abandono do
tabagismo, prática de exercícios, condicionamento físico, controle de peso, resolução de
conflito e gerenciamento do estresse. Devido à ênfase nacional sobre a saúde durante os
anos reprodutivos, os adultos jovens procuram ativamente os programas que abordam a
saúde pré-natal, paternidade, planejamento familiar e questões de saúde da mulher.
Os programas que proporcionam a triagem de saúde, como aqueles que fazem
triagem para o câncer, colesterol alto, hipertensão, diabetes, aneurisma abdominal e
comprometimentos visuais e auditivos, são bastante populares entre os adultos jovens e
de meia-idade. Programas que envolvem a promoção da saúde para pessoas com
doenças crônicas específicas, como câncer, diabetes, cardiopatia e doença pulmonar,
também são populares. A doença crônica e a incapacidade não impedem a saúde e o
bem-estar; em vez disso, as atitudes e práticas de saúde positivas podem promover a
saúde ótima para pessoas que devem viver com as limitações impostas por suas doenças
crônicas e incapacitantes.
Os programas de promoção da saúde podem ser oferecidos em quase todos os
lugares na comunidade. Os locais comuns incluem as clínicas locais, escolas,
faculdades, centros de lazer, igrejas e, até mesmo, casas particulares. As feiras de saúde
são frequentemente realizadas em centros cívicos e shopping centers. A ideia estendida
para os programas de promoção da saúde serviu para satisfazer as necessidades de
muitos adultos que, de outra forma, não aproveitam as oportunidades para se
empenharem no sentido de um estilo de vida mais saudável.
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De acordo com o Caderno de Atenção Primária nº 29 “Rastreamento”, do
Ministério da Saúde, existem 4 níveis de prevenção: primária, secundária, terciária; e
quaternária.
a) Prevenção primária é a ação toma da para remover causas e fatores de risco
de um problema de saúde individual ou populacional antes do desenvolvimento de uma
condição clínica. Inclui promoção da saúde e proteção específica (ex.: imunização,
orientação de atividade física para diminuir chance de desenvolvimento de obesidade).
b) Prevenção secundária é a ação realizada para detectar um problema de saúde
em estágio inicial, muitas vezes em estágio subclínico, no indivíduo ou na população,
facilitando o diagnóstico definitivo, o tratamento e reduzindo ou prevenindo sua
disseminação e os efeitos de longo prazo (ex.: rastreamento, diagnóstico precoce).
c) Prevenção terciária é a ação implementada para reduzir em um indivíduo ou
população os prejuízos funcionais consequentes de um problema agudo ou crônico,
incluindo reabilitação (ex.: prevenir complicações do diabetes, reabilitar paciente pósinfarto-IAM ou acidente vascular cerebral).
d) Prevenção quaternária é a detecção de indivíduos em risco de intervenções,
diagnósticas e/ou terapêuticas, excessivas para protegê-los de novas intervenções
médicas inapropriadas e sugerir-lhes alternativas eticamente aceitáveis.
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Passemos para a resolução de algumas questões sobre o tema:
1.
(Prefeitura
de
Cambé-PR/FUNTEF-PR/2014) A prevenção de deficiências
compreende ações e medidas orientadas a evitar as causas das deficiências que
possam ocasionar incapacidade e as destinadas a evitar sua progressão ou derivação em
outras incapacidades (Decreto n.º 3.298/99). A prevenção pode incluir muitos e
diferentes tipos de ações, como:
I. cuidados primários da saúde;
II. puericultura, pré-natal e pós-natal;
III. educação em matéria de nutrição;
IV. campanhas de vacinação contra doenças transmissíveis e medidas contra doenças
endêmicas.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas I está correta.
b) Apenas I, II e III estão corretas.
c) Apenas IV está correta
d) Apenas II e III estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
COMENTÁRIOS:
É importante priorizar ações de prevenções, pois, segundo a ORGANIZAÇÃO
MUNDIAL DA SAÚDE, 70% das deficiências poderiam ser evitadas se houvesse
maior investimento nessa área. E quando se fala em investimento, não significa custo
alto, pois sabe-se que algumas ações de prevenção tem custo irrisório comparados com
a reabilitação, que tem necessidade de tecnologias mais avançadas além de técnicos
mais especializados.
Segundo as normas e recomendações internacionais sobre deficiência, publicados
pela CORDE (2001), por prevenção se entende adoção de medidas com vista a
impedir que se produza uma deterioração física, intelectual, psiquiátrica ou sensorial
(prevenção primária) ou a impedir que essa deterioração cause uma deficiência ou
limitação funcional permanente (prevenção secundária).
A prevenção pode incluir muitos e diferentes tipos de ação como cuidados
primários da saúde, puericultura, pré-natal e pós-natal, educação em matéria de
nutrição, campanhas de vacinação contra doenças transmissíveis, medidas contra
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doenças endêmicas, normas e programas de seguranças para evitar acidentes, inclusive
a adaptação dos locais de trabalhos para evitar deficiências e doenças profissionais e a
prevenção das deficiências resultante da combinação do meio ambiente ou causada por
conflitos armados.
Dados da CORDE revelam que 40% dos casos graves de deficiência mental e
60% das deficiências visuais, podem ser evitados por medidas preventivas. Falar em
prevenção
de deficiências significa enfrentar muitas barreiras,
certamente pelo
preconceito que a sociedade tem com a pessoa que apresenta alguma deficiência. Mas
as estatísticas mostram a importância da abordagem preventiva. Dados da Organização
das Nações Unidas revelam que existem aproximadamente quinhentos milhões de
pessoas com deficiência no mundo. No Brasil o censo de 2000 realizado pelo IBGE,
14,5% da população possui algum tipo de deficiência, isto é 24,5 milhões de pessoas.
Tendo visto isto, concluímos que o gabarito da questão é a letra E, pois todas as
afirmativas estão corretas.
2. (Fundação Hospital Getúlio Vargas – FHGV/FUNDATEC/2014) Conforme
exposto no Caderno de Atenção Básica - Prevenção Clínica de Doença Cardiovascular,
Cerebrovascular
e
Renal
Crônica (BRASIL,
2006),
referente
às
atribuições
e competências da equipe de saúde, podemos afirmar que as atividades abaixo
competem ao enfermeiro, EXCETO:
a) Encaminhar à unidade de referência secundária os pacientes diabéticos com
dificuldade de controle metabólico.
b) Realizar consulta de enfermagem, abordando fatores de risco, tratamento não
medicamentoso, adesão e possíveis intercorrências ao tratamento, encaminhando o
indivíduo ao médico, quando necessário.
c) Desenvolver atividades educativas de promoção de saúde com todas as pessoas da
comunidade; desenvolver atividades educativas
individuais ou em grupo
com os
pacientes hipertensos e diabéticos.
d) Estabelecer, junto à equipe, estratégias que possam favorecer a adesão (grupos
com dislipidemia, tabagistas, obesos, hipertensos e diabéticos).
e) Encaminhar para consultas mensais, com o médico da equipe, os indivíduos não
aderentes, de difícil controle e portadores de lesões em órgãos alvo (cérebro, coração,
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rins, olhos, vasos, pé diabético, etc.) ou com comorbidades.
COMENTÁRIOS:
A equipe mínima de Saúde da Família é constituída por um médico, um
enfermeiro, um a dois auxiliares de enfermagem e quatro a seis agentes comunitários
de saúde, devendo atuar, de forma integrada e com níveis de competência bem
estabelecidos, na abordagem da avaliação de risco cardiovascular, medidas preventivas
primárias e atendimento a hipertensão arterial e diabetes mellitus.
Competências e Atribuições do Enfermeiro:
1) Capacitar os auxiliares de enfermagem e os agentes comunitários e
supervisionar, de forma permanente, suas atividades;
2) Realizar consulta de enfermagem, abordando fatores de risco, tratamento
não-medicamentoso,
adesão
e
possíveis
intercorrências
ao
tratamento,
encaminhando o indivíduo ao médico, quando necessário;
3) Desenvolver atividades educativas de promoção de saúde com todas as
pessoas da comunidade; desenvolver atividades educativas individuais ou em
grupo com os pacientes hipertensos e diabéticos;
4) Estabelecer, junto à equipe, estratégias que possam favorecer a adesão
(grupos com dislipidemia, tabagistas, obesos, hipertensos e diabéticos);
5) Solicitar, durante a consulta de enfermagem, os exames mínimos estabelecidos
nos consensos e definidos como possíveis e necessários pelo médico da equipe;
6) Repetir a medicação de indivíduos controlados e sem intercorrências;
7) Encaminhar para consultas mensais, com o médico da equipe, os
indivíduos não-aderentes, de difícil controle e portadores de lesões em órgãos -alvo
(cérebro, coração, rins, olhos, vasos, pé diabético, etc.) ou com co-morbidades;
8) Encaminhar para consultas trimestrais, com o médico da equipe, os indivíduos
que mesmo apresentando controle dos níveis tensionais e do diabetes, sejam portadores
de lesões em órgãos-alvo ou co-morbidades;
9) Encaminhar para consultas semestrais, com o médico da equipe, os indivíduos
controlados e sem sinais de lesões em órgãos-alvo e sem co-morbidades;
Dessa forma, concluímos que a alternativa A é a única que não apresenta uma
atribuição do Enfermeiro (atribuição do médico). Portanto, o gabarito é a letra A.
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3.
(EBSERH/HU-UFS/Instituto
AOCP/2014) Tem-se como
um exemplo
de
Prevenção Secundária
a) a imunização.
b) o rastreamento de câncer de colo de útero.
c) a orientação de atividade física para diminuir chance de desenvolvimento de
obesidade.
d) a reabilitação paciente pós infarto do miocárdio.
e) a reabilitação de paciente pós acidente vascular encefálico.
COMENTARIOS:
Prevenção secundária é a ação realizada para detectar um problema de saúde
em estágio inicial, muitas vezes em estágio subclínico, no indivíduo ou na população,
facilitando o diagnóstico definitivo, o tratamento e reduzindo ou prevenindo sua
disseminação e os efeitos de longo prazo (ex.: rastreamento, diagnóstico precoce).
Visto isto, concluímos que o gabarito da questão é a letra B.
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Até nossa próxima aula!
Mantenha-se motivado, sonhe com a sua aprovação!
Profº. Rômulo Passos
Profª. Raiane Bezerra
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REFERÊNCIAS
http://dab.saude.gov.br/portaldab/biblioteca.php?conteudo=publicacoes/melhor_em_cas
a
http://dab.saude.gov.br/portaldab/biblioteca.php?conteudo=publicacoes/cad_vol2
http://www.pedagobrasil.com.br/educacaoespecial/prevencaoasdeficiencias.htm
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/abcad14.pdf
C., SMELTZER, S., HINKLE, L., BARE, G., CHEEVER, H.. Brunner e Suddarth |
Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica, 12ª edição. Guanabara Koogan, 08/2011.
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Lista de Questões
1.
(Prefeitura
de
Cambé-PR/FUNTEF-PR/2014)
A prevenção
de deficiências
compreende ações e medidas orientadas a evitar as causas das deficiências que
possam ocasionar incapacidade e as destinadas a evitar sua progressão ou derivação em
outras incapacidades (Decreto n.º 3.298/99). A prevenção pode incluir muitos e
diferentes tipos de ações, como:
I. cuidados primários da saúde;
II. puericultura, pré-natal e pósnatal;
III. educação em matéria de nutrição;
IV. campanhas de vacinação contra doenças transmissíveis e medidas contra doenças
endêmicas.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas I está correta.
b) Apenas I, II e III estão corretas.
c) Apenas IV está correta
d) Apenas II e III estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
2. (Fundação Hospital Getúlio Vargas – FHGV/FUNDATEC/2014) Conforme
exposto no Caderno de Atenção Básica - Prevenção Clínica de Doença Cardiovascular,
Cerebrovascular
e
Renal
Crônica (BRASIL,
2006),
referente
às
atribuições
e competências da equipe de saúde, podemos afirmar que as atividades abaixo
competem ao enfermeiro, EXCETO:
a) Encaminhar à unidade de referência secundária os pacientes diabéticos com
dificuldade de controle metabólico.
b) Realizar consulta de enfermagem, abordando fatores de risco, tratamento não
medicamentoso, adesão
e possíveis intercorrências ao tratamento, encaminhando o
indivíduo ao médico, quando necessário.
c) Desenvolver atividades educativas de promoção de saúde com todas as pessoas da
comunidade; desenvolver
atividades
educativas
individuais
ou em grupo
com os
pacientes hipertensos e diabéticos.
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d) Estabelecer, junto à equipe, estratégias que possam favorecer a adesão (grupos
com dislipidemia, tabagistas, obesos, hipertensos e diabéticos).
e) Encaminhar para consultas mensais, com o médico da equipe, os indivíduos não
aderentes, de difícil controle e portadores de lesões em órgãos alvo (cérebro, coração,
rins, olhos, vasos, pé diabético, etc.) ou com comorbidades.
3. (EBSERH/HU-UFS/INSTITUTO AOCP/2014) Tem-se como um exemplo de
Prevenção Secundária
a) a imunização.
b) o rastreamento de câncer de colo de útero.
c) a orientação de atividade física para diminuir chance de desenvolvimento de
obesidade.
d) a reabilitação paciente pós-infarto do miocárdio.
e) a reabilitação de paciente pós-acidente vascular encefálico.
Gabarito
1. E
2. A
3. B
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