roteirização turística módulo operacional 7

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Ministério do Turismo
Secretaria Nacional de Políticas de Turismo
Departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico
Coordenação Geral de Regionalização
PROGRAMA DE REGIONALIZAÇÃO DO TURISMO
Roteiros do Brasil
ROTEIRIZAÇÃO TURÍSTICA
MÓDULO OPERACIONAL 7
Brasília, 2005
PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Luiz Inácio Lula da Silva
MINISTRO DO TURISMO
Walfrido dos Mares Guia
SECRETÁRIO EXECUTIVO
Márcio Favilla Lucca de Paula
SECRETÁRIO NACIONAL DE POLÍTICAS DO TURISMO
Milton Zuanazzi
SECRETÁRIA NACIONAL DE PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO DO
TURISMO
Maria Luisa Campos Machado Leal
PRESIDENTE DA EMBRATUR
Eduardo Sanovicz
S umário
1. Intr
odução ....................................................................................................... 3
Introdução
2. R
oteirização T
urística ...................................................................................... 5
Roteirização
Turística
2.1. Objetivos e resultados ......................................................................................... 5
2.2. O Marketing no âmbito da roteirização ................................................................ 6
3. Pr
ocesso de R
oteirização T
urística ................................................................... 8
Processo
Roteirização
Turística
3.1. Envolvimento dos atores ..................................................................................... 9
3.2. Definição de competências e funções ................................................................ 11
3.3. Avaliação e hierarquização dos atrativos turísticos .............................................. 14
3.4 Análise de mercado e definição de segmentos .................................................... 12
3.5. Identificação dos possíveis impactos socioculturais, ambientais e econômicos .... 17
3.6. Elaboração de roteiro específico ........................................................................ 18
3.7. Levantamento das ações necessárias para implementação do roteiro turístico ..... 20
3.8. Precificação e teste do roteiro turístico .............................................................. 20
3.9. Qualificação dos serviços turísticos .................................................................. 22
3.10. Promoção e comercialização ........................................................................... 23
3.11. Monitoria e avaliação ....................................................................................... 24
4. BIBLIOGR
AFIA .......................................................................................................... 26
BIBLIOGRAFIA
Apresentação
Com o intuito de criar novos produtos turísticos com qualidade e ampliar, diversificar
e qualificar os já existentes, propiciando a inserção destes nos mercados nacional e
internacional, o Ministério do Turismo, por meio do Programa de Regionalização do
Turismo – Roteiros do Brasil, apresenta uma nova visão para a gestão pública do
desenvolvimento do Turismo no Brasil.
O Programa estabelece como uma de suas estratégias a roteirização turística – um
dos nove Módulos Operacionais do Programa de Regionalização do Turismo – Roteiros
do Brasil, como forma de organizar e integrar a oferta turística brasileira.
Este volume, intitulado Roteirização Turística, integra uma série de documentos
orientadores para implementação do Programa nas regiões turísticas. Ele apresenta e
esclarece alguns conceitos e propicia reflexões sobre a roteirização, no contexto da
regionalização. Além disso, oferece, ao poder público, à iniciativa privada e à comunidade,
orientações para a constituição de roteiros turísticos. Tais orientações subsidiarão a
integração de atrativos, equipamentos, serviços turísticos e infra-estrutura de apoio ao
turismo. Desse modo, os produtos turísticos de uma ou mais regiões serão consolidados.
A roteirização turística contribui para o aumento da visitação, do tempo de
permanência e do gasto médio do turista, nos destinos brasileiros. Possibilita, também,
em médio prazo, melhor distribuição de renda, favorece a geração e ampliação de postos
de trabalhos, a promoção da inclusão social e a redução das desigualdades regionais e
sociais. Além disso, cria condições para alcançar os objetivos propostos para a
regionalização do turismo.
As orientações contidas neste documento têm caráter norteador na elaboração de
roteiros turísticos e devem ser consideradas dentro do princípio da flexibilidade. Cada
região turística pode iniciar ou dar prosseguimento ao processo de roteirização, a partir
do estágio em que se encontra, sem, necessariamente, seguir todos os passos do processo.
Calcado no princípio da participação, este material é fruto de uma construção coletiva,
para a qual foram reunidos conhecimentos, experiências e esforços entre poder público
federal e estadual, representantes da iniciativa privada, instituições de ensino, órgãos
não-governamentais e outros parceiros. Esse documento também foi analisado e validado
pela Câmara Temática de Regionalização, no âmbito do Conselho Nacional do Turismo.
Igualmente às demais publicações do Programa, este documento pressupõe ações
contínuas de aprimoramentos e adaptações técnicas e operacionais. Tais ações serão
estabelecidas de acordo com as necessidades, conhecimentos e experiências adquiridos
durante a elaboração e implementação dos roteiros turísticos.
Coordenação Nacional do Programa de
Regionalização do Turismo - Roteiros do Brasil
1. Introdução
As orientações para elaboração de
roteiros turísticos são importantes para
que se inicie de forma organizada, o
processo de roteirização, o que
subsidiará o fortalecimento dos vários
processos já existentes, nas diversas
regiões turísticas. Possuem caráter
norteador e devem ser acolhidas dentro
do princípio da flexibilidade, conforme
apontado anteriormente.
Ressalta-se que a roteirização é um
processo com finalidade mercadológica, o
que torna necessário, portanto, a
elaboração de um Plano de Marketing. Esse
Plano deve contemplar a elaboração, a
atribuição de preço, a distribuição, a
promoção e a comercialização do produto
turístico. O Programa de Regionalização do
Turismo dispõe de documento específico
sobre promoção e comercialização, o qual
apresenta estes processos detalhadamente.
Com vistas à uniformização e difusão da
linguagem técnica, relacionam-se, abaixo,
alguns conceitos adotados pelo Programa,
utilizados neste documento.
dá base para o desenvolvimento da atividade
turística. Exemplos: transporte, energia
elétrica, abastecimento de água, arruamento,
escolas etc.
Oferta turística - Conjunto de
atrativos, serviços, equipamentos turísticos
e infra-estrutura de apoio ao turismo.
Região turística– Espaço geográfico que
apresenta características e potencialidades
similares e complementares, capazes de serem
articuladas e que definem um território.
Produto turístico - Conjunto de
atrativos, equipamentos e serviços
turísticos acrescidos de facilidades,
ofertado de forma organizada por um
determinado preço.
Roteiro turístico - Itinerário
caracterizado por um ou mais elementos que
lhe conferem identidade. É definido e
estruturado para fins de planejamento,
gestão, promoção e comercialização turística.
Rota turística- Percurso continuado
e delimitado cuja identidade é reforçada ou
atribuída pela utilização turística.
Destino turístico - Local, cidade,
região, ou país para onde se movimentam
os fluxos turísticos.
Serviços e equipamentos turísticos Conjunto de serviços, edificações e instalações
indispensáveis ao desenvolvimento da
atividade turística. Compreendem os serviços
e os equipamentos de hospedagem,
alimentação, agenciamento, transporte, para
eventos, de lazer etc.
Ressalta-se que é necessário compreender
uma região turística como um território que
pode ser constituído por municípios, distritos
e áreas de um ou mais estados, ou, de um
ou mais países. Ou seja, pode ultrapassar
os limites geopolíticos pré-estabelecidos no
país. Ressalta-se, também, que a região
turística deve ser entendida diferentemente
das macrorregiões brasileiras (Norte,
Nordeste, Sul, Sudeste, Centro-Oeste).
Infra-estrutura de apoio ao turismo
- Conjunto de obras, de estrutura física,
equipamentos e serviços que proporciona
boas condições de vida para a comunidade e
Roteirização Turística - Módulo Operacional 7
Atrativo turístico- Local, objeto,
equipamento, pessoa, fenômeno, evento
ou manifestação capazes de motivar o
deslocamento de pessoas para conhecê-los.
3
Programa de Regionalização do Turismo - Roteiros do Brasil
4
A Figura apresentada a seguir ilustra
esta explicação:
É válido lembrar, também, que as rotas,
os roteiros e os destinos turísticos podem
constituir um produto turístico.
Uma região turística pode
contemplar vários produtos
turísticos, que podem ser
roteiros, rotas ou destinos.
2. Roteirização Turística
Um dos objetivos do Programa de
Regionalização do Turismo é a
diversificação da oferta. A roteirização
constitui-se numa estratégia fundamental
para atingir esse objetivo, que será
efetivado por meio da inserção de produtos
diferenciados nos mercados nacional e
internacional. Desse modo, pode-se
entendê-la como o processo que estrutura
a oferta de uma região, em um produto
rentável e comercialmente viável.
A roteirização auxilia o processo de
identificação, elaboração e consolidação de
novos roteiros turísticos. Além disso,
diagnostica a necessidade de aumentar os
investimentos em roteiros já existentes, seja
na melhoria da estrutura atual, seja na
qualificação dos serviços oferecidos. Dessa
forma, auxilia o incremento do fluxo de
turistas, aumenta a permanência média deles,
nas regiões turísticas e, conseqüentemente,
fomenta a circulação de dinheiro.
Devido a seu caráter participativo, a
roteirização deve estimular a integração e
o compromisso dos envolvidos nesse
processo. Deve, também, constituir-se
num instrumento de inclusão social,
resgate e preservação dos valores culturais
e ambientais existentes.
Todo o processo de roteirização deve ter
1
como foco a construção de parcerias nos
âmbitos municipal, regional, estadual,
nacional e internacional, de modo a buscar
o adensamento dos negócios, na região
turística. Assim, os roteiros devem ser
concebidos de forma a maximizar esforços.
A Roteirização Turística pode
ser entendida como o processo que
estrutura a oferta, em um produto
rentável e comercialmente viável.
2.1. Objetivos e resultados
Objetivo geral
Objetivos específicos
•
identificar e apoiar a organização de
segmentos turísticos;
•
incentivar o empreendedorismo;
•
facilitar o acesso das micro e
pequenas empresas do setor, ao
2
mercado turístico
regional,
estadual, nacional e internacional;
estimular a criação de novos negócios
e a expansão dos que já existem;
•
ampliar e qualificar serviços e
equipamentos turísticos;
•
consolidar e agregar valor aos
produtos turísticos;
•
fortalecer a identidade regional e
•
promover o desenvolvimento
regional.
Resultados
•
ampliação e diversificação da oferta
turística;
1
Considera-se como Parceria um sistema de alianças, relativamente estável entre dois ou mais atores que trabalham em
sinergia para atingir objetivos comuns, otimizando esforços.
2
Pode-se entender como mercado turístico o encontro e a relação entre a oferta de produtos e serviços turísticos e a
demanda, individual ou coletiva, interessada e motivada pelo consumo e uso destes produtos e serviços.
Roteirização Turística - Módulo Operacional 7
Estruturar, qualificar e ampliar a oferta
de produtos turísticos de forma integrada
e organizada.
•
5
Programa de Regionalização do Turismo - Roteiros do Brasil
•
inserção de municípios nas regiões
e roteiros turísticos;
•
•
•
•
•
consolidação de roteiros turísticos
mais competitivos;
favorecimento da inclusão social
e redução das desigualdades
regionais e sociais;
•
atuação de micro e pequenas
empresas, no mercado turístico;
aumento da visitação, da permanência
e do gasto médio do turista;
•
criação e ampliação de postos de
trabalho;
fortalecimento da identidade
regional e
•
consolidação de uma estratégia de
desenvolvimento regional.
aumento de geração e melhoria na
distribuição de renda;
2.2. O Marketing no âmbito da roteirização
Balanzá, et alii (2003) definem
marketing como um “conjunto de técnicas
utilizadas para a comercialização e a
distribuição de um produto entre os
diferentes consumidores.”
o produto. Não há o que ver, pegar, ouvir,
cheirar ou degustar. A decisão de compra
é tomada a partir dos compromissos
assumidos pelos vendedores e pelos
profissionais.
De acordo com o conceito, o marketing
auxilia o produtor a conceber bens e
serviços que satisfaçam as necessidades e
expectativas do consumidor. Portanto, ele
se torna essencial em todos os passos do
processo de roteirização, uma vez que esta
tem finalidade mercadológica.
Perecibilidade: diferente do que
acontece com a produção de bens, o serviço
não pode ser estocado. Uma mesa vazia em
um restaurante hoje, não significa venda
dobrada, no dia seguinte. Um apartamento
de um hotel que não é ocupado em uma noite,
não pode ser recuperado na noite seguinte.
O marketing é, sem dúvida, uma
ferramenta fundamental no processo de
estruturação de um produto ou serviço. No
entanto, ele não pode ser concebido apenas
sob o aspecto da propaganda, já que
desempenha um papel fundamental como
mecanismo de articulação entre a oferta e
a demanda turística.
Inseparabilidade: a produção e o
consumo de um serviço ocorrem
simultaneamente. Não há como produzir,
estocar, vender e consumir, separadamente.
O cliente compra o serviço que será prestado
(produzido) e usufruído (consumido),
concomitantemente.
Toda e qualquer ação de marketing
voltada para o setor de serviços, em que o
turismo está incluído, precisa considerar
as quatro características principais
intrínsecas a esse setor, a saber:
Intangibilidade: antes do consumo,
o comprador não consegue experimentar
6
Variabilidade: o vendedor de um
serviço não consegue garantir, com
certeza, que o serviço será prestado de
maneira uniforme. Isso porque a qualidade
e o formato do serviço dependem dos
profissionais, do local onde executam o
serviço, do momento e, inclusive, da
situação ou das condições em que o serviço
é prestado.
3
As localidades receptoras e o trade são
os principais usuários das ferramentas de
marketing. As primeiras, representadas
O marketing torna-se
essencial em todos os passos do
processo de roteirização,pois
auxilia o produtor a conceber
bens e serviços que satisfaçam as
necessidades e expectativas do
consumidor.
pelos Órgãos Oficiais de Turismo das
Unidades da Federação (UFs), buscam
desenvolver, economicamente, os recursos
turísticos e para isso utilizam ferramentas
de planejamento e marketing.
Já as segundas, utilizam o marketing
como ferramenta para aumentar e manter
suas posições de mercado, para enfrentar
as dificuldades do ambiente e para
identificar oportunidades e ameaças que
possam influenciar seus resultados
financeiros.
Neste documento, são abordadas as duas
primeiras etapas apresentadas acima:
elaboração do produto e atribuição do
preço. No documento, Promoção e Apoio à
Comercialização são detalhados, além dos
processos de promoção e comercialização
Ao final da leitura dos dois documentos,
4
as Instâncias de Governança Regionais
em parceria com as demais entidades da
região estarão preparadas para elaborar o
Plano de Marketing do roteiro turístico.
O Plano de Marketing é uma ferramenta
de gestão em que o empreendedor
consegue planejar e decidir a respeito do
futuro de seu produto. Para tanto, deve
partir do histórico do produto e avaliar a
situação atual desse produto em relação ao
mercado, aos clientes e à concorrência.
Esse Plano possibilita, dentre outras ações:
•
identificar os riscos e propor planos
para minimizá-los, ou até evitá-los;
•
identificar os pontos fortes e fracos
do produto turístico em relação à
concorrência e ao ambiente de
negócio em que atua;
•
conhecer o mercado e definir
estratégias de marketing para seus
produtos e serviços;
•
analisar o desempenho financeiro
do produto e avaliar investimentos,
retorno sobre o capital investido etc.
Enfim, é um guia que norteará as ações
para a consolidação do produto turístico.
O Plano de Marketing não é uma
ferramenta estática, pelo contrário, deve
ser uma ferramenta dinâmica e necessita
ser atualizada periodicamente.
3
Entende-se por trade turístico: conjunto de agentes, operadores, hoteleiros e prestadores de serviços turísticos.
4
No âmbito do Programa de Regionalização de Turismo, a Instância de Governança é uma organização representativa
dos poderes público e privado, da sociedade e dos municípios componentes das regiões turísticas, com o papel de coordenar,
acompanhar e gerir o processo de regionalização do turismo na região turística. Pode ser um Conselho, um Fórum, uma
Associação, um Comitê.
Roteirização Turística - Módulo Operacional 7
Sabe-se que o marketing é um processo
que inclui a elaboração, a atribuição do
preço, a promoção e as formas de
distribuição do produto.
de produtos turísticos, as ações coordenadas
de promoção e comercialização, os casos de
sucesso, a monitoria e a avaliação de todo o
processo.
7
Programa de Regionalização do Turismo - Roteiros do Brasil
3. Processo de Roteirização Turística
Um roteiro turístico deve ser elaborado
com base na oferta turística efetiva e em uma
demanda efetiva ou potencial. Já a
operacionalização desse roteiro deve ocorrer
por meio da promoção e comercialização.
Esse processo pressupõe as seguintes
ações preparatórias:
a) definir o responsável pela execução
do trabalho (Órgãos Oficiais de
Turismo das UFs, Instâncias de
Governança Regionais, atores locais,
consultoria especializada etc.);
b) identificar as instâncias de
governança existentes na região
turística (conselhos, comitês e
fóruns de turismo - municipais e
regionais-, dentre outras).
c) levantar e sistematizar informações,
estudos, projetos e inventários referentes
à oferta e à demanda turística;
d) elaborar ou consultar estudos de
mercado potencial e concorrente;
e) identificar o potencial de
competitividade e as adequações
necessárias para estruturar um
produto turístico;
f)
identificar as linhas de financiamento
existentes ou a capacidade de
investimentos, público e privado, da
região turística;
g) identificar a capacidade empresarial
para fins de promoção e comercialização.
8
Essas informações devem subsidiar os
seguintes passos do processo de roteirização:
Passos do processo de
roteirização
a) envolvimento dos atores;
b) definição de competências
e funções;
c) avaliação e hierarquização
dos atrativos turísticos;
d) análise de mercado e
definição de segmentos;
e) identificação dos possíveis
impactos socioculturais,
ambientais e econômicos;
f)
elaboração de roteiro
específico;
g) l e v a n t a m e n t o d a s
ações necessárias
para implementação
do roteiro turístico;
h) precificação e teste do
roteiro turístico;
i)
qualificação dos serviços
turísticos;
j)
promoção e comercialização
e
k) monitoria e avaliação.
3.1. Envolvimento dos atores
Os gestores do processo de
regionalização turística, que em geral
deverão ser as Instâncias de Governança
das regiões turísticas, devem identificar os
atores a serem envolvidos no processo de
roteirização, a partir de três grupos
distintos: a comunidade, o poder público
e o setor empresarial.
Todos os grupos devem estar
representados de maneira equilibrada para
garantir, assim, que os interesses
diferenciados dos três grupos sejam
analisados sob todos os aspectos
intervenientes. Além disso, devem ser
acordados os papéis e a contribuição de
cada ator envolvido.
Dentro do grupo, dito comunidade,
podem fazer parte diferentes segmentos
sociais como organizações locais, igreja,
associações comunitárias, instituições de
ensino profissionalizante e de ensino
superior, organizações não-governamentais
(ONGs), associações comerciais etc.
Neste momento, torna-se imprescindível
para o sucesso do trabalho que as ações de
sensibilização e mobilização sejam
desenvolvidas. Essas ações devem ser
desenvolvidas, ainda que na região turística
já tenham sido realizadas ações desta
natureza, no âmbito do Programa de
Regionalização do Turismo.
Esse passo é fundamental para a
discussão, informação e negociação entre
os atores e para o esclarecimento dos
papéis e das etapas do trabalho. Nele
ocorre também a disseminação de algumas
informações e conceitos:
•
vantagens da roteirização para cada
segmento social envolvido, de forma
a ampliar o foco do âmbito municipal
para o regional;
•
necessidade de mudança de atitude
frente à atividade turística para a
elaboração de roteiros que considerem
tanto a conservação do patrimônio
natural (biodiversidade, recursos
naturais, belezas cênicas etc.) como o
patrimônio social e cultural e
•
disseminação de conceitos, a fim de
divulgar terminologias como
roteiro, rota, região turística,
destino etc.
Observa-se que outras informações e
conceitos podem ser identificados como
necessários.
No início do processo de roteirização, as
reuniões de sensibilização e mobilização
Roteirização Turística - Módulo Operacional 7
Do segundo grupo, que corresponde ao
poder público, devem ser envolvidos, os
representantes dos órgãos governamentais
municipais, estaduais e federais que se
fizerem necessários.
Ao terceiro grupo estarão ligados os
profissionais da cadeia produtiva do
turismo, ou seja, o conjunto de prestadores
de serviços, que direta ou indiretamente
atuam nessa atividade.
9
Programa de Regionalização do Turismo - Roteiros do Brasil
10
devem servir, também, para realizar as
seguintes ações:
propício para a discussão e
negociação dos assuntos em comum.
•
identificar e capacitar os atores que
vão tomar parte na gestão do
processo, independentemente de
mudanças políticas e governamentais;
Como instrumentos para envolver os
atores, podem ser utilizados, dentre
outros:
•
conceituar e formatar o programa
de atividades denominado “processo
de animação continuada”, com o
objetivo de manter a equipe dos
atores motivada e mobilizada e
•
eventos como reuniões, palestras,
oficinas e seminários, tele e
videoconferências;
•
atividades lúdicas;
•
documentos orientadores;
•
vídeos e CD-ROMs;
•
cursos;
•
conversas formais e informais;
•
internet, rádios e TVs;
Para a formação de parceria, no âmbito
do processo de roteirização, é preciso:
•
boletins informativos, jornais,
revistas e outros periódicos e
•
identificar as lideranças entre os
atores;
•
•
analisar e avaliar as parcerias já
estabelecidas, quanto à capacidade,
estrutura,
comportamento,
processos etc.;
redes em âmbito municipal,
regional estadual e nacional, em
especial a Rede Nacional de
Regionalização.
•
estabelecer as formas possíveis para
a efetivação das parcerias;
•
articular as parcerias com reais e
potenciais parceiros (Sistema “S”,
instituições de ensino técnico e
superior em turismo etc.) e
•
criar um fórum permanente de
debates que assegure um ambiente
5
A institucionalização de parcerias na forma de redes possibilita um estilo diferenciado de governança e uma outra forma
de contrato social entre Estado e sociedade, para o alcance de objetivos comuns.
6
Rede, no âmbito do Programa de Regionalização do Turismo, pode ser formada por representantes do poder público,
iniciativa privada, sociedade civil organizada e terceiro setor, das esferas nacional, estadual, regional e municipal. É um
instrumento de troca de informações, experiências e fortalecimento das relações e parcerias entre os diversos atores
envolvidos no processo de regionalização do turismo. É uma estratégia de apoio ao desenvolvimento do turismo que
permite a atuação compartilhada dos atores das regiões turísticas no planejamento e na execução das ações.
•
formar e formalizar as parcerias ou redes
5
de cooperação , entre os atores, para
viabilizar e implementar os roteiros, ou
elaborar projetos considerados
necessários, ao longo do processo.
6
No processo de roteirização
deverão ser envolvidos, além da
instância de governança regional,
representantes da comunidade,
do poder público e do setor
empresarial.
3.2. Definição de competências e funções
Identificar as competências e funções
dos diferentes atores envolvidos no
processo de roteirização é fundamental
para definir os responsáveis (quem) e o
método utilizado para planejar (como),
desenvolver e inserir o roteiro no mercado
turístico.
convergentes, em âmbito estadual;
•
induzir e apoiar o processo de
roteirização, nas regiões turísticas do
Estado;
•
Abaixo
são
apresentadas
as
competências e funções de cada instituição
ou segmento social.
disseminar
orientações
e
disponibilizar material didático para
elaboração de roteiros turísticos,
feitos pelo Ministério do Turismo;
•
Ao Ministério do Turismo, com
apoio do Conselho Nacional de
Turismo e, especificamente, da Câmara
Temática de Regionalização, compete:
monitorar e avaliar o processo de
roteirização, com base nos modelos
de indicadores disponibilizados pelo
Ministério do Turismo e
•
apoiar a promoção, divulgação e
comercialização dos roteiros
turísticos.
•
•
•
•
•
articular junto às diversas
instituições governamentais e nãogovernamentais ações e programas
convergentes, em âmbito federal;
prestar apoio técnico e financeiro às
UFs no processo de roteirização,
conforme disponibilidade;
induzir e apoiar o processo de
roteirização junto às UFs;
apoiar a promoção, divulgação e
comercialização dos roteiros
turísticos e
definir parâmetros de qualidade dos
serviços turísticos.
À Instância de
Regional compete:
Governança
•
induzir e apoiar o processo de
roteirização, na região turística;
•
promover a integração
mobilização dos atores;
•
monitorar e avaliar os roteiros
turísticos e
•
oferecer apoio técnico ao processo
de
roteirização,
conforme
disponibilidade.
e
Ao Órgão Municipal de Turismo,
com apoio do Colegiado Local compete:
•
Ao Órgão Oficial de Turismo das
UFs, com apoio do Fórum Estadual de
Turismo, compete:
oferecer apoio técnico e financeiro,
conforme disponibilidade;
•
articular, junto às diversas
instituições governamentais e nãogovernamentais, ações e programas
levantar
e
disponibilizar
informações atualizadas sobre o
município;
•
mobilizar e integrar os atores locais
para a participação no processo;
•
Roteirização Turística - Módulo Operacional 7
•
elaborar e disponibilizar material
didático e orientações para
elaboração de roteiros turísticos;
11
Programa de Regionalização do Turismo - Roteiros do Brasil
•
•
dotar e zelar pela infra-estrutura
turística e de apoio ao turismo do
município e
ajustando-a às exigências da
demanda;
•
regular e ordenar a atividade
turística, em âmbito municipal.
fomentar ações para cultura e
produção de artesanato;
•
promover a captação de investimentos
e
•
desenvolver
programas
de
qualificação e valorização de
produtos e serviços ligados à cadeia
produtiva do turismo.
7
Aos Parceiros compete:
•
realizar ações de cunho educacional
para o turismo (cursos, palestras,
seminários etc.);
•
promover a capacitação empresarial;
•
estimular a criação e consolidação
de novos roteiros turísticos;
À Iniciativa Privada compete:
•
elaborar e gerenciar os roteiros;
contribuir para a inovação e
adequação tecnológica dos produtos
turísticos;
•
qualificar seus produtos ou
serviços;
•
criar rede de ações com empresários
do setor e do poder público e
•
promover e comercializar os
produtos turísticos.
•
•
capacitar empresários de micro e
pequenos
empreendimentos
turísticos;
•
apoiar a elaboração e promoção de
roteiros;
•
qualificar a oferta turística,
3.3. Avaliação e hierarquização dos atrativos turísticos
Entendem-se como atrativos turísticos
locais, os objetos, os equipamentos, as
pessoas, os fenômenos, os eventos ou as
manifestações capazes de motivar o
deslocamento de pessoas para conhecê-los.
Há várias categorias de atrativos, como:
12
•
atrativos naturais: elementos da
natureza que, ao serem utilizados
para fins turísticos, passam a atrair
fluxos turísticos (montanhas, rios,
ilhas, praias, dunas, cavernas,
cachoeiras, clima, flora, fauna);
7
Entidades públicas ou privadas que auxiliam no desenvolvimento do Programa de Regionalização do Turismo, fornecendo
recursos ou insumos necessários para o desenvolvimento das atividades. (Ex: Sistema “S”, bancos etc.)
•
realizações técnicas, científicas e
artísticas: obras, instalações,
organizações, atividades de pesquisa
de qualquer época que, por suas
características, são capazes de
motivar o interesse do turista e, com
isso, provocar a utilização de
serviços e equipamentos turísticos e
•
eventos programados: eventos que
concentram pessoas para tratar ou
debater assuntos de interesse
comum, negociar ou expor produtos
e serviços, de ordem comercial,
profissional, técnica, cultural,
científica, política, religiosa,
atrativos culturais: elementos da
cultura que, ao serem utilizados
para fins turísticos, passam a atrair
fluxos turísticos. São os bens e
valores culturais de natureza
material e imaterial produzidos pelo
homem e apropriados pelo turismo,
da pré-história à época atual, como
testemunhos de uma cultura
(artesanato, gastronomia etc.);
atividades econômicas: atividades
produtivas capazes de motivar a
visitação turística e provocar a
utilização
de
serviços
e
equipamentos turísticos (fabricação
de
cristais,
agropecuária,
extrativismo etc.);
Atrativos turísticos podem ser
entendidos como locais, objetos,
equipamentos, pessoas, fenômenos,
eventos ou manifestações capazes de
motivar o deslocamento de pessoas
para conhecê-los.
Roteirização Turística - Módulo Operacional 7
•
•
13
Programa de Regionalização do Turismo - Roteiros do Brasil
turística e muitos outros, com datas
e locais previamente estabelecidos.
O que provoca a utilização de
serviços e equipamentos turísticos
(feiras, congressos, seminários etc.).
A avaliação e hierarquização dos
atrativos turísticos é o processo que
permite, a partir de critérios técnicos,
identificar as qualidades e valores
específicos de cada atrativo bem como a
natureza e os elementos que exercem ou
podem influenciar no aproveitamento
turístico de cada um.
O processo de avaliação e
hierarquização dos atrativos turísticos
auxilia na identificação dos que possuem
maior potencial e melhor estrutura
receptiva, que devem ser priorizados no
momento da estruturação dos roteiros. É
neste momento do processo que o roteiro
começa a tomar forma de produto turístico
a ser disponibilizado para o mercado,
porque já se pode inferir o potencial de
venda de cada elemento.
O Anexo 01 apresenta uma adaptação da
metodologia utilizada pela Organização
Mundial do Turismo (OMT) e pelo Centro
Interamericano de Capacitação Turística
(CICATUR) para hierarquização de atrativos
turísticos. Essa sugestão pode e deve ser
adequada à realidade de cada região turística.
3.4 Análise de mercado e definição de segmentos
Os roteiros turísticos, de forma geral,
para se tornarem um produto competitivo
e de qualidade, são definidos em função da
oferta e adequados de acordo com as
necessidades e desejos de determinados
tipos de turistas, de modo a caracterizar
segmentos turísticos específicos.
Essa segmentação é entendida como uma
forma de organizar o turismo para fins de
planejamento e gestão, e, principalmente,
mercadológicos. Os segmentos turísticos
podem ser estabelecidos a partir de
elementos de identidade da oferta ou pelas
8
características e variáveis da demanda .
A segmentação pela oferta define tipos de
9
turismo cuja identidade pode ser conferida
pela existência, em um território, de:
•
atividades, práticas e tradições (esportiva,
agropecuária, pesca, manifestações
culturais, manifestações de fé);
•
aspectos e características (geográficas,
históricas, arquitetônicas, urbanísticas,
sociais);
8
Características da Demanda:
•
Elasticidade: sensibilidade às mudanças na estrutura dos preços e nas diversas condições econômicas do mercado.
•
Sensibilidade: sensibilidade às condições sociopolíticas.
•
Sazonalidade: alterações no volume e na qualidade da demanda causadas por épocas de temporadas (férias etc.), estações
e condições climáticas.
Variáveis da demanda:
14
•
Fatores Demográficos: idade, sexo.
•
Fatores Sociológicos: crenças religiosas, profissão, estado civil, formação educacional, nível cultural.
•
Fatores Econômicos: renda.
•
Fatores Turísticos: transporte e alojamento utilizado, destinos preferidos, objetivo e duração da viagem, atividades de
entretenimento.
9
Ecoturismo, Turismo Rural, Turismo de Aventura, Turismo Cultural, Turismo de Pesca etc.
•
determinados serviços e infra-estrutura
(serviços públicos, equipamentos
hoteleiros, equipamentos de lazer).
A segmentação pela demanda é definida
pela identificação de certos grupos de
10
consumidores caracterizados a partir das
suas especificidades em relação a alguns
fatores que determinam suas decisões,
preferências e motivações, ou seja, a partir das
características e das variáveis da demanda.
Os produtos e roteiros turísticos, de
modo geral, são definidos em função da
oferta em relação à demanda, de modo a
caracterizar segmentos turísticos
específicos. No processo de estruturação de
produtos e elaboração de roteiros, o
reconhecimento da vocação turística
ocorre em razão da identidade que se dá a
cada
roteiro,
considerando
as
A segmentação é entendida
como uma forma de organizar o
turismo para fins de planejamento
e gestão, e, principalmente,
mercadológicos.
Roteirização Turística - Módulo Operacional 7
10
Adolescentes, idosos, pessoas com deficiência, grupos familiares, grupos religiosos etc.
15
Programa de Regionalização do Turismo - Roteiros do Brasil
características da oferta. Assim, as
características dos segmentos de oferta é
que determinam a “cara” do roteiro, ou
seja, a sua identidade, e embasam a
estruturação de potenciais produtos.
Os produtos e roteiros
turísticos, de modo geral, são
definidos em função da oferta
em relação à demanda, de modo
a caracterizar segmentos
turísticos específicos.
No processo de segmentação, o que se
denomina de Turismo Social vem sendo
tratado como uma forma de se conduzir e
praticar a atividade turística, visando
promover a igualdade de oportunidades,
sem discriminação, acessível a todos, de
maneira solidária, em condições de
respeito e sob as premissas da
sustentabilidade. Portanto, as premissas,
princípios e ações definidas para o Turismo
Social perpassam transversalmente todos
os segmentos ou tipos de turismo, como
forma de promover a inclusão pela
atividade turística.
Alguns aspectos devem ser considerados
ao se trabalhar segmentos e roteiros:
16
•
exigências e necessidades do
mercado turístico;
•
perfil do turista que procura a
região;
•
adequação dos produtos turísticos
existentes às exigências e necessidades
do mercado turístico atual;
•
perfil do turista que o mercado local
está preparado para atender;
•
perfil do turista que o mercado local
espera atender;
•
adequação estruturação de novos
roteiros;
•
capacidade empresarial local;
•
capacidade de suporte dos
empreendimentos
turísticos
existentes para embasar as ações, a
fim de garantir a sustentabilidade e
•
satisfação do turista em relação aos
serviços e produtos oferecidos.
Especificamente para o mercado externo,
o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur)
vem trabalhando com macro temas, pelos
quais define os segmentos e produtos
turísticos brasileiros promovidos e divulgados
em determinados países e públicos:
•
cultura;
•
ecoturismo;
•
esportes;
•
negócios e eventos e
•
sol e praia.
O Ministério do Turismo e a Embratur
vêm estabelecendo diretrizes e estratégias
para promover e ordenar alguns segmentos
turísticos, em parceria com outros
ministérios e instituições, acessíveis no
Portal Brasileiro do Turismo na internet
(http:// www.turismo.gov.br).
3.5. Identificação dos possíveis impactos socioculturais,
ambientais e econômicos
Sabe-se que a monitoria e a avaliação de
qualquer processo se dá desde as primeiras
ações desenvolvidas até a implementação
deste. Assim ocorre no processo de
roteirização. Todos os passos apresentados
neste documento devem ser monitorados
e avaliados, com o objetivo de mensurar a
eficácia das ações desenvolvidas e possíveis
impactos causados por elas.
Porém, devido à importância e
necessidade de analisar os possíveis impactos
negativos, quando da definição do roteiro
turístico, deu-se destaque a esta ação, como
um passo no processo de roteirização.
De maneira geral e de acordo com as
recomendações da OMT, de 1998, os
impactos que devem ser monitorados,
pertencem a três categorias distintas:
a) impactos ambientais: erosão,
poluição, lixo, devastação etc.;
b) i m p a c t o s s o c i o c u l t u r a i s :
descaracterização cultural, aumento
da criminalidade, prostituição etc.
e
c) impactos econômicos: inflação,
migração de mão-de-obra etc.
Nesse momento deve-se realizar uma
análise para considerar as possibilidades
de impactos. Nos casos em que esta
possibilidade seja identificada como real,
tal análise servirá para embasar a tomada
de decisões sobre a necessidade de
redefinir o roteiro ou readequá-lo, com
vistas a minimizar os impactos produzidos.
Enfatiza-se que para um produto ter
qualidade e durabilidade é essencial que ele
tenha como premissas a sustentabilidade
ambiental, sociocultural e econômica.
Em um roteiro turístico devem
ser monitorados os impactos
ambientais, socioculturais e
econômicos.
Roteirização Turística - Módulo Operacional 7
17
Programa de Regionalização do Turismo - Roteiros do Brasil
18
3.6. Elaboração de roteiro específico
A parte operacional do processo de
roteirização inicia-se com o levantamento
dos atrativos potenciais existentes, seguido
pela análise e hierarquização desses
atrativos. Com isso, faz-se um estudo das
possibilidades mercadológicas e dos
recursos, conforme o caráter comercial
desses atrativos.
Ressalta-se que na elaboração de um
roteiro, na medida em que se diversificam
as atrações oferecidas, tem-se um produto
cada vez mais atraente. Paralelamente,
aumenta-se o tempo médio de
permanência dos turistas na região.
O segundo passo diz respeito à
identificação das vocações turísticas e,
conseqüentemente, ao direcionamento
para um segmento de demanda específico.
O passo seguinte serve para estruturar
o roteiro e transformá-lo em produto. Para
isso, torna-se imprescindível identificar as
condições de viabilidade operacional do
produto a ser elaborado. Nesta análise, é
importante avaliar os seguintes pontos:
•
acessibilidade, distâncias e tempo
de permanência em cada atrativo;
•
qualificação da mão-de-obra
empregada;
•
oferta de equipamentos
hospedagem;
de
•
oferta de equipamentos
alimentação e lazer e
de
•
oferta de serviços de apoio como
transporte, guias etc.
É importante ressaltar que nem sempre
é possível inserir, em um primeiro roteiro,
todos os atrativos da região turística.
Recomenda-se que só sejam colocados
aqueles que realmente têm possibilidade
de aproveitamento, ou seja, que estão
prontos para receber turistas.
Essa seleção prévia, não tem caráter de
exclusão dos atrativos e recursos que não
tenham sido contemplados no roteiro. Ela
serve, na verdade, para proporcionar um
produto de qualidade que irá fomentar o
fluxo turístico na região.
Na elaboração de um roteiro,
na medida em que se diversificam
as atrações oferecidas, tem-se um
produto cada vez mais atraente.
Paralelamente, aumenta-se o
tempo médio de permanência dos
turistas na região.
Uma vez iniciados os trabalhos, quando
os resultados começarem a aparecer, sabese que, naturalmente, surgirão muitas outras
possibilidades. Os recursos e atrativos que,
eventualmente, não foram detectados no
primeiro momento, são exemplos delas.
Esses atrativos poderão ser incorporados aos
roteiros, posteriormente, à medida que
forem estruturados para tanto.
Roteirização Turística - Módulo Operacional 7
19
Programa de Regionalização do Turismo - Roteiros do Brasil
3.7. Levantamento das ações necessárias para
implementação do roteiro turístico
Simultaneamente ao trabalho de
elaboração dos roteiros, é importante
realizar uma análise criteriosa das ações
necessárias para implementação do
produto a ser elaborado.
se que tal assunto será detalhado em
documento específico.
Como instrumentos usados nesta etapa,
podem ser citados, entre outros:
•
eventos como reuniões, oficinas e
seminários;
•
visitas técnicas;
•
pesquisas de campo;
identificar as necessidades de
qualificação dos equipamentos e
serviços turísticos;
•
diagnósticos anteriores e
•
consultas à comunidade.
•
identificar as necessidades de
capacitação específica e
•
identificar eventuais empecilhos para
implementação (aspectos legais,
políticos, sociais e ambientais).
Na elaboração de um roteiro
turístico deve-se realizar uma
análise criteriosa das ações
necessárias para implementação
do produto a ser elaborado, no
que se refere à infra-estrutura
turística e de apoio ao turismo,
qualificação dos equipamentos e
serviços turísticos, capacitação
específica e eventuais empecilhos
para implementação deste.
Isso significa estar apto e atento para:
•
•
identificar as carências da região, no
que diz respeito à infra-estrutura
turística e de apoio ao turismo;
Outra ação necessária para a
implementação do roteiro diz respeito ao
estabelecimento de capacidade de
11
suporte dos atrativos que o integram bem
como do roteiro como um todo. Ressalta-
3.8. Precificação e teste do roteiro turístico
O processo de precificação inicia-se tão
logo o roteiro esteja definido e, geralmente
é feito pela iniciativa privada, mais
especificamente, pelas agências de
turismo. O valor final de venda deve
resultar da relação entre os custos do
roteiro, a lucratividade pretendida e a
concorrência existente.
Entendem-se como custos do roteiro todas
as despesas previstas para a existência do
produto oferecido, ou seja, hospedagem,
transporte, alimentação, serviços em geral,
11
20
taxas, impostos e custos estruturais como
pessoal, custos operacionais, promocionais e
de propaganda. Depois de definidos os custos,
a margem de lucro e o comissionamento dos
canais de distribuição devem ser estabelecidos.
Aponta-se que não há regras para a
definição dos custos estruturais, margem
de lucro e comissionamento. Isso porque
esses números sofrem a influência de
vários fatores como o mercado, a
concorrência, a conjuntura econômica do
país, o câmbio etc.
Pode-se entender capacidade de suporte de um atrativo ou região turística como o nível máximo aceitável de uso pelo
visitante, com alto nível de satisfação para os usuários e mínimos efeitos negativos para os recursos (adaptado de Milano
apud Kinker, 2002).
O preço final é, sem dúvida, um fator
importante para identificar
a
aceitabilidade do produto pelo mercado e
o perfil do consumidor que irá adquiri-lo.
Por isso, é fundamental que, antes da
divulgação, seja feito um estudo para
verificar se o turista identificado como
consumidor potencial tem poder aquisitivo
para adquirir o produto e se o preço está
competitivo com roteiros similares
oferecidos pela concorrência.
Ainda neste passo, é interessante que os
roteiros sejam testados em um chamado
laboratório experimental, por meio de uma
visita técnica realizada in loco. Nessa visita,
analisam-se os pontos fortes e fracos do
roteiro e a melhoria dos serviços a serem
oferecidos, antes que estes sejam dados
como prontos para o consumo.
O objetivo dessa visita é verificar se todo
o roteiro pode ser realizado no tempo
previsto e se o tempo de permanência em
determinado atrativo foi super ou subdimensionado. Além de avaliar os serviços
oferecidos ao longo do trajeto e a satisfação
dos visitantes com o produto oferecido.
Neste momento, é importante a
presença e a participação de profissionais
da área de marketing e comercialização.
Eles irão avaliar o roteiro: sugerir
melhorias, estudar a identidade, a marca,
a futura elaboração dos planos de
marketing e comercialização do produto.
É fundamental que, antes da
divulgação de um roteiro turístico,
seja feito um estudo para verificar
se o turista identificado como
consumidor potencial tem poder
aquisitivo para adquirir o produto
e se o preço está competitivo com
roteiros similares oferecidos pela
concorrência.
Roteirização Turística - Módulo Operacional 7
21
Programa de Regionalização do Turismo - Roteiros do Brasil
3.9. Qualificação dos serviços turísticos
Uma vez estruturado o roteiro, ele deve
ser analisado quanto à capacidade de atender
às exigências e às expectativas do turista. Para
isso, a qualificação dos equipamentos e
serviços é fator fundamental.
Constituem ações para qualificação: o
cadastramento dos prestadores de serviços
12
turísticos, a classificação e a fiscalização,
que verifica as aplicações dos atos legais
ou regulamentares, no que concerne aos
padrões de qualidade de serviços turísticos.
O controle da qualidade de
equipamentos e serviços refletirá na
qualificação do roteiro, que poderá atender
a públicos mais exigentes. A capacitação
dos envolvidos é a maior aliada da
qualificação do roteiro.
A certificação dos produtos e serviços
turísticos é uma das ferramentas para a
qualificação. Essa certificação visa
identificar ou atestar a qualidade dos
serviços turísticos.
Os processos de certificação devem ter
como base uma avaliação dos produtos ou
serviços prestados. Na prática, esta
avaliação é realizada por meio de uma
matriz de indicadores de qualidade social,
econômica e ambiental.
Os processos de certificação de turismo
desempenham um papel importante, pois
trazem mais responsabilidade e
competitividade para o setor do turismo.
Configuram-se pela formulação e adoção
de um plano de ações que visa o
aperfeiçoamento dos negócios.
12
22
Apesar dos benefícios sociais,
ambientais e econômicos da certificação
em turismo, ela ainda é um desafio que
deve ser buscado e incentivado. A
complexidade do processo de certificação
vincula-se ao fato do turismo entre outras
funções, atuar como meio de lazer, além
da dinâmica turística envolver um dos mais
fortes setores econômicos do mundo,
aliada a um grande número de interesses
públicos e privados, na atividade turística.
Na etapa de qualificação dos serviços
turísticos, deve-se retomar a avaliação e a
classificação realizadas durante a etapa de
elaboração do roteiro. Isso com o objetivo
de atuar nos equipamentos que demandam
melhoria.
É necessário, portanto, que sejam
realizados investimentos para aprimorar o
grau de profissionalização do atendimento
e serviços. Para isso, é necessário:
•
promover a capacitação gerencial e
profissional continuada, em todos
os níveis demandados;
•
aprimorar e ajustar a qualificação
da oferta às exigências do mercado;
•
promover a certificação dos serviços
profissionais e dos equipamentos e
•
apoiar programas de certificação
ambiental (ISO 14.000), gerencial
e operacional;
O controle da qualidade de
equipamentos e serviços refletirá
na qualificação do roteiro, que
poderá atender a públicos mais
exigentes.
A classificação, além de documental, consiste na verificação do cumprimento de requisitos contidos em matrizes que
enquadram as empresas e equipamentos nos aspectos de conforto e qualidade.
Para proporcionar qualidade e
credibilidade ao processo, durante a
articulação, a execução e a estruturação das
ações de capacitação, é fundamental
estabelecer parcerias entre os setores público
e privado, as instituições do Sistema “S” e as
de ensino técnico e superior em turismo.
3.10. Promoção e comercialização
Embora a principal responsável pelas
ações de promoção e comercialização do
turismo seja a iniciativa privada,
representada pelo empresariado da cadeia
produtiva do turismo, tanto o Ministério
do Turismo, como os Órgãos Oficiais de
Turismo das Unidades da Federação e as
Instâncias de Governança Regionais,
poderão apoiar o processo de roteirização.
As ações de promoção e comercialização
devem ter como base o Plano de Marketing,
a ser elaborado para o roteiro turístico.
Caracterizam as ações de promoção e
comercialização turística:
promoção de eventos;
•
participação em feiras;
•
elaboração e disponibilização de
material promocional e publicitário;
•
criação de guias turísticos;
•
promoção de rodadas de negócios;
apoio às iniciativas de marketing
dos empreendimentos turísticos;
•
promoção de caravanas e “press
trips” nacionais e internacionais e
•
elaboração de tarifário adequado,
conforme as diferentes épocas do
ano (alta ou baixa estação), com os
preços de todos os serviços
incluídos, validade das propostas,
avisos e observações indicados etc.;
Nas ações de promoção e comercialização
do produto turístico, o interesse de
intervenção das Instâncias de Governança
ao lado do setor privado reflete a
preocupação do setor público com o alcance
das metas estabelecidas. Isto é, as metas de
ampliação e diversificação da oferta, com
vistas ao desenvolvimento turístico do país.
Por isso, esses itens serão foco de análises
mais profundas, as quais serão apresentadas
em um documento específico.
Roteirização Turística - Módulo Operacional 7
•
•
23
3.11. Monitoria e avaliação
O acompanhamento sistêmico e
continuado da implementação e os eventos
de monitoria e avaliação dos roteiros
devem ser orientados por um Plano de
Monitoria e Avaliação. Este Plano deve ser
elaborado conjuntamente pela Instância de
Governança Regional e pelo setor privado.
Para incluir as ações de acompanhamento
e monitoria, no processo de roteirização e nos
roteiros propriamente ditos, é necessário
determinar e considerar os indicadores
específicos para os passos da roteirização e
pós-implantação dos roteiros, nesse Plano de
Monitoria e Avaliação.
Dentre os indicadores a serem
selecionados estão aqueles capazes de
mensurar, qualitativa e quantitativamente,
os impactos positivos e os benefícios
decorrentes da roteirização e implantação
de produtos turísticos. Tais produtos
devem atender às premissas básicas da
sustentabilidade ambiental, sociocultural
e econômica.
Para essas três categorias devem ser
criados indicadores específicos capazes de
mensurar as variações ocorridas, dentro de
prazos definidos, em comparação aos
valores básicos encontrados no início da
avaliação, ou do projeto.
Entre outros aspectos a serem
mensurados, incluem-se os impactos
positivos advindos da atividade turística,
os quais devem ser monitorados, a partir
da análise dos seguintes benefícios:
•
aumento das atividades ligadas à
educação ambiental;
•
melhoria da coleta e destinação do
lixo e outros resíduos sólidos;
•
redução da poluição ambiental;
•
manutenção da qualidade da água e
•
melhoria da qualidade do esgotamento
sanitário.
b) impactos socioculturais;
•
consolidação da identidade cultural
com resgate e valorização de
atividades típicas da região (danças,
música, folclore, artesanato,
gastronomia etc.) e
•
aumento de ações voltadas para o
resgate e preservação do patrimônio
histórico e cultural (visitas a
museus, monumentos etc.).
c) impactos econômicos;
•
diversificação e ampliação das
atividades econômicas na região;
•
aumento do fluxo e da circulação de
dinheiro;
•
aumento dos postos de trabalho,
principalmente aqueles voltados às
atividades da comunidade local;
•
aumento e distribuição da renda
média da comunidade local;
•
inclusão socioeconômica dos
segmentos da cadeia produtiva do
turismo;
a) impactos ambientais;
•
melhoria dos padrões de uso do solo
urbano e rural na região turística;
•
aumento da demanda por produtos
agrícolas locais;
•
manutenção das áreas verdes
protegidas;
•
aumento do consumo de bens e
serviços em geral pelas comunidades;
•
aumento da competitividade dos
produtos gerados no setor;
•
contribuição do turismo para o
equilíbrio da balança de pagamento e
•
contribuição do turismo para o
Produto Interno Bruto (PIB).
Considera-se também os impactos
negativos advindos da atividade turística, os
quais devem ser monitorados, tanto quanto
os positivos. Entre eles incluem-se:
a) impactos ambientais;
•
aumento da poluição geral e do lixo
produzido por excesso de carga ou
saturação da região;
•
má utilização do solo e dos recursos
naturais;
•
desenvolvimento desordenado do
turismo que venha a provocar
degradação ambiental e
•
ocupação desordenada do solo.
b) impactos socioculturais:
perda da identidade cultural pela
influência externa e
•
mudanças negativas nos hábitos e
padrões culturais e de consumo
(alcoolismo, consumo de drogas,
prostituição etc.).
c) impactos econômicos;
•
aumento da dependência local e
regional da atividade turística em
detrimento a outras atividades
produtivas;
•
sazonalidade da demanda turística,
propiciando períodos de recessão
econômica e
•
inflação e especulação imobiliária.
Aliadas a um programa de educação
ambiental, as ações de sensibilização e
motivação da comunidade, empresariado
e sociedade civil em geral são, portanto,
fundamentais para o alcance dos benefícios
gerados pelo turismo.
Em um plano de Monitoria e
Avaliação deve-se determinar
indicadores específicos para os
passos da roteirização e para as
etapas seguintes à implementação
do roteiro, a fim de acompanhar
cada etapa do processo.
Roteirização Turística - Módulo Operacional 7
•
Como muitas dessas variáveis que
compõem os indicadores são dependentes
de ações de outras áreas de atuação que não
o turismo, é necessário que haja
coordenação, integração e articulação entre
os diferentes segmentos do poder público
(secretarias de governo, ministérios etc.), da
comunidade local e da sociedade em geral.
25
Programa de Regionalização do Turismo - Roteiros do Brasil
Bibliografia
BRASIL, Instituto Brasileiro do Turismo
– EMBRATUR. Programa Nacional de
Municipalização do Turismo –
PNMT: Guia para oficinas de
treinamentos
dos
agentes
multiplicadores e dos monitores.
Brasília: EMBRATUR, 2001.
KINKER, Sônia. Ecoturismo e
Conservação da Natureza em
Parques Nacionais. Campinas, Papirus
Editora, 2002.
BRASIL, Ministério do Turismo. Plano
Nacional do Turismo: Diretrizes,
metas e programas 2003-2007. 2. ed.
Brasília, 2003.
KOTLER, Philip BOWEN, John;
MAKENS, James; RUFÍN MORENO,
Ramón y REINA PAZ, Maria Dolores.
Marketing para turismo. Madrid:
Pearson Prentice Hall, Madrid, 2003.
BRASIL, Ministério do Turismo.
Inventário da Oferta Turística:
Estratégia de Gestão. Brasília, 2004.
LAS CASAS, A.L. Marketing de
serviços. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2002.
BRASIL, Ministério do Turismo.
Programa de Regionalização do
Turismo: Roteiros do Brasil –
Diretrizes Políticas. Brasília, 2004.
MOTA, Keila Cristina Nicolau.
Marketing Turístico: promovendo
uma atividade sazonal. São Paulo,
Atlas, 2001.
BRASIL,
Programa
Turismo:
Diretrizes
2004.
PETROCCHI, M.; BONA, A. Agências
de turismo. 2a ed. São Paulo: Futura,
2003.
Ministério do Turismo.
de Regionalização do
Roteiros do Brasil –
Operacionais. Brasília,
CESPEDES, Frank. Marketing
integrado. São Paulo: Futura, 1997.
CHIAS, Josep. El negocio de la
felicidad. Madrid: Pearson Educación,
2005.
HOLLANDA, J. Turismo: Operação
e agenciamento. Rio de Janeiro: Ed.
Senac Nacional, 2003.
IRVING, M.A. Turismo: o desafio da
sustentabilidade. São Paulo: Editora
Futura, 2002.
26
KOTLER, Philip. Marketing para o
século XXI. São Paulo: Futura, 1999.
RUSCHMANN, Doris. Marketing
turístico. Campinas: Ed. Papirus, 1991.
SEBEN, Roberta, SILVA, Teodomiro
Fernandes de. Rede de cooperação
entre pequenas empresas do setor
turístico. SEBRAE, 2003.
SOUZA, Myrtis Arrais de. Indicadores
básicos para planejamento do
turismo. PRODETUR/NE, 2004.
VAZ, G.N. Marketing turístico
receptivo e emissivo: um roteiro
estratégico
para
projetos
mercadológicos públicos e privados.
São Paulo: Pioneira, 1999.
ANEXOS
Roteirização Turística - Módulo Operacional 7
Programa de Regionalização do Turismo - Roteiros do Brasil
ANEXO 1
SUGESTÃO DE METODOLOGIA DE
HIERARQUIZAÇÃO DOS ATRATIVOS TURÍSTICOS
A presente metodologia trata de uma adaptação da utilizada pela Organização Mundial
do Turismo (OMT) e pelo Centro Interamericano de Capacitação Turística (CICATUR)
para hierarquização de atrativos turísticos.
O intuito da aplicação dessa metodologia é auxiliar na avaliação do grau de
importância dos atrativos identificados para inclusão no roteiro turístico. Com este
instrumento são estabelecidas prioridades para proporcionar a escolha e as decisões
dos governantes, administradores, gestores e empreendedores.
Em primeiro lugar, deve-se avaliar o Potencial de atratividade do elemento, conforme
as características de peculiaridade e o interesse que ele pode despertar nos turistas. O
quadro abaixo estabelece uma ordem quantitativa para priorizar o desenvolvimento
desse potencial para o turismo e atribuir um valor quantitativo às suas características.
Em segundo lugar, avaliam-se aspectos que auxiliarão na definição dessa hierarquia.
Este critério permite classificar cada atrativo, de acordo com uma escala preestabelecida.
Desse modo, ele fornece subsídios para a diferenciação objetiva das características e
dos graus de importância de cada atrativo.
Grau de uso atual: permite analisar o atual volume de fluxo turístico efetivo e
sua importância para o município. Difere do grau de interesse por representar a
situação atual, ao invés da potencial. Um alto grau de uso indica que o atrativo
apresenta uma utilização turística efetiva.
•
Representatividade: fundamenta-se na singularidade ou raridade do atrativo.
Quanto mais se assemelhar a outros atrativos, menos interessante ou prioritário.
•
Apoio local e comunitário: a partir da opinião dos líderes comunitários,
analisar o grau de interesse da comunidade local para o desenvolvimento e
disponibilidade ao público.
•
Estado de conservação da paisagem circundante: verificar, de acordo
com observação in loco o estado de conservação da paisagem que circunda o
13
atrativo. Neste item é analisada a ambiência do atrativo.
•
Infra-estrutura: verificar, in loco, se existe infra-estrutura disponível no
atrativo e o estado desta.
•
Acesso: verificar as vias de acesso existentes e as condições de uso destas.
13
Ambiente que está em volta do atrativo.
Roteirização Turística - Módulo Operacional 7
•
Programa de Regionalização do Turismo - Roteiros do Brasil
De acordo com as especificações apresentadas neste Quadro, deve ser preenchido o
modelo a seguir, onde são aferidos valores para cada item dos atrativos que for avaliado.
É válido ressaltar que os itens Potencial de Atratividade do elemento e
Representatividade devem receber a pontuação em dobro, ou seja, ter peso dois, devido
a significância deles, diante dos demais itens avaliados.
Por exemplo, no caso de um atrativo cuja representatividade seja rara e singular o
valor atribuído a este é de três pontos, conforme a tabela anterior, multiplicado pelo
número dois (3 x 2 = 6).
O mesmo deverá ocorrer para o item Potencial de Atratividade.
Por fim, somam-se os pontos obtidos e define-se o ranking de atrativos. Quanto
mais pontos determinado atrativo tiver, maior sua importância e necessidade de ser
incluído nos roteiros elaborados.
Roteirização Turística - Módulo Operacional 7
Programa de Regionalização do Turismo - Roteiros do Brasil
ANEXO 2
MÓDULOS OPERACIONAIS DO PROGRAMA DE
REGIONALIZAÇÃO DO TURISMO - ROTEIROS DO BRASIL
Ficha técnica
Coordenação geral
Tânia Maria Brizolla
Coordenação técnica
Benita Maria Monteiro Mueller
Rocktaeschel
Equipe técnica
Nicole Facuri
Sáskia Lima
Sônia Dias
Tatiana Espíndola
Wilken Souto
Estagiários
Diego Bajo
Marciane Campelo Macedo
Consultoria
Moraes D’ Alessandro – Planejamento
e Capacitação
Roteirização Turística - Módulo Operacional 7
Colaboradores
Aline Delmanto - Consultora
Ana Claudia M. Vieira – SEBRAE Rio
de Janeiro
Antônio Henrique Borges de Paula –
SENAC - DN
Antônio Wesrphalen – Secretaria de
Turismo, Esporte e Lazer do Estado do
Rio Grande do Sul
Arnaldo Leite – SEBRAE Mato Grosso
do Sul
Carlos Alberto Favalessa Secretaria de
Desenvolvimento Econômico e Turismo
do Estado do Espírito Santo
Carlos Alberto Nascimento – Secretaria
de Estado do Turismo de Sergipe
Dalva Santana - Secretaria de Cultura e
Turismo do Estado da Bahia
Daniela Bitencourt – SEBRAE Rio
Grande do Sul
Daniela Muller – SENAC Santa Catarina
Daniela Nascimento - Ministério do
Meio Ambiente
Davis Sansolo - Universidade Anhambi
Morumbi
Débora Marlúcia da C. Cavalcante –
Superintendência Estadual de Turismo
de Rondônia
Deise Bezerra - Secretaria de Turismo
do Estado do Paraná – SETUR/PR
Denise Messias - Ministério do Turismo
Deoclécio Brito Hagel – Ministério dos
Transportes
Dival Schmidt Filho – SEBRAE
Nacional
Djalma Rocha – Circuito Serras Verdes
Minas Gerais
Doroti Collares – Ministério do Turismo
Eduardo Coelho da Costa – Ministério
do Meio Ambiente
Eliane Siqueira Bonasser – Ministério
do Turismo
Fernanda Ester Teixeira – Secretaria de
Turismo do Estado do Ceará
Fernando Góes – Empresa de Turismo
do Estado da Bahia
Flávio Luiz Agostini - Santa Catarina
Turismo – SANTUR
Germana Barros Magalhães – SEBRAE
Nacional
Giselly Hess Pedroso de Lima – Caixa
Econômica Federal
Graziella Bodnar – Ministério do
Turismo
Ilma Lopes – SEBRAE Nacional
Isabel Barnasque - Ministério do Turismo
Programa de Regionalização do Turismo - Roteiros do Brasil
Ítalo Mendes – Ministério do Turismo
Jaqueline Gil - Núcleo do Convênio
MTur/EMBRATUR/SEBRAE
João Carlos T. Pinto – SEBRAE Paraná
José Augusto Falcão - Ministério do
Turismo
José Maria Gomes Carneiro Júnior –
Secretaria de Desenvolvimento
Econômico de Roraima
Kátia Moraes - Ministério do Turismo
Liliana de Salvo Souza – Ministério do
Meio Ambiente
Mara Flora Lottici Krahl - Ministério do
Turismo
Marco Aurélio Costa - Santa Catarina
Turismo – SANTUR
Maria do Perpétuo Socorro Pereira
Gonçalves – Secretaria de Estado de
Turismo do Acre
Maria Madalena Nobre - Ministério do
Turismo
Maria Providência Lopes da Costa –
Ministério do Turismo
Mário Schwingel – Núcleo do Convênio
MTur/EMBRATUR/SEBRAE
Maurício Leão - Ministério do Turismo
Mercês Parente – Ministério do
Turismo
Nely Wyse – SENAC Nacional
Renata Santiago Moreira - Ministério do
Turismo
Rosiane Rockenback – Núcleo do
Convênio MTur/EMBRATUR/SEBRAE
Ruy Felipe Filho – Secretaria de
Turismo do Estado de Minas Gerais
Sara Agra - Ministério do Turismo
Tadeu Gonçalves – Ministério da
Cultura/ Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional
Tânia Arantes – Ministério do Turismo
Valéria Lima – Companhia de Turismo
do Estado do Rio de Janeiro –
TURISRIO
Vânia Moletta – SEBRAE Mato Grosso
do Sul
Walber Souza Guimarães Filho –
Consultor PNUD
Apoio
Conselho Nacional de Turismo –
Câmara Temática de Regionalização
(Grupo Técnico de Trabalho de
Roteirização)
Órgãos Oficiais de Turismo das
Unidades da Federação
Facilitadores
Isabel Castro
Maria Alice Salles Moura
Editoração e Ilustração
Eduardo Rodrigues Nogueira da Gama
Revisão de Texto
Mary Angotti
Parceiros
Confederação Nacional do Comércio CNC
Serviço Social do Comércio - SESC/
Nacional
Serviço Nacional de Aprendizagem
Comercial - SENAC/Nacional
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas - SEBRAE
Ministério do Meio Ambiente - MMA
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