UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS CAMPUS DE BOTUCATU USO DE REGULADORES VEGETAIS E BIOESTIMULANTES PARA A ABREVIAÇÃO DE PRODUÇÃO DO PORTA-ENXERTO LIMOEIRO ‘CRAVO’ (Citrus limonia Osbeck) TATIANA PIRES DE ALMEIDA MERLIN Tese apresentada à Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp - Campus de Botucatu, para obtenção do título de Doutor em Agronomia no Programa de Pós-Graduação em Agronomia (Horticultura). BOTUCATU-SP Janeiro-2012 II UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO” FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS CAMPUS DE BOTUCATU USO DE REGULADORES VEGETAIS E BIOESTIMULANTES PARA A ABREVIAÇÃO DE PRODUÇÃO DO PORTA-ENXERTO LIMOEIRO ‘CRAVO’ (Citrus limonia Osbeck) TATIANA PIRES DE ALMEIDA MERLIN Orientador Prof. Dr. JOÃO DOMINGOS RODRIGUES Tese apresentada à Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp - Campus de Botucatu, para obtenção do título de Doutor em Agronomia no Programa de Pós-Graduação em Agronomia (Horticultura). BOTUCATU - SP Janeiro-2012 FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA SEÇÃO TÉCNICA DE AQUISIÇÃO E TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO – SERVIÇO TÉCNICO DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO - UNESP - FCA - LAGEADO - BOTUCATU (SP) M565u Merlin, Tatiana Pires de Almeida, 1981Uso de reguladores vegetais e bioestimulantes para a abreviação de produção do porta-enxerto limoeiro ‘cravo’ (Citrus limonia Osbeck)/ Tatiana Pires de Almeida Merlin. - Botucatu : [s.n.], 2012 ix, 90 f., il., color., grafs., tabs. Tese (Doutorado)- Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Ciências Agronômicas, Botucatu, 2012 Orientador: João Domingos Rodrigues Inclui bibliografia 1. Reguladores vegetais. 2. Fotossíntese. 3. Germinação 4. Enzimas antioxidantes. I. Rodrigues, João Domingos. II. Universidade Estadual Paulista. “Júlio de Mesquita Filho” (Campus de Botucatu).Faculdade de Ciências Agronômicas. III. Título. III DEDICO Aos meus pais, Ernesto e Maricéa, às minhas irmãs Fabiana e Marília, à minha filha Julia e ao meu marido Alexandre, pela confiança, apoio, paciência, compreensão e eterno amor. Aqui finalizo mais uma etapa de minha vida e sem vocês com certeza não teria alcançado. Amo vocês!!! IV AGRADECIMENTOS À Faculdade de Ciências Agronômicas, Departamento de Horticultura, pela oportunidade da realização do Curso de Doutorado; À CAPES pelas bolsas de Doutorado e Doutorado Sanduíche concedidas; Ao Prof. Dr. João Domingos Rodrigues pela amizade, orientação, ensinamentos, apoio e compreensão; À Profa. Dra. Giuseppina Pace Pereira Lima, por ter se tornado uma grande amiga e “mãe”, por ter me acolhido em todas as vezes que precisei em seu laboratório e coração, não tenho palavras para agradecer seu eterno carinho; À Profa. Dra. Elizabeth Orika Ono aos ensinamentos e colaboração nesta pesquisa; À Profa. Dra. Sarita Leonel pela amizade, apoio, incentivo e ensinamentos desde a graduação; Ao Prof. Dr. Cláudio Cavariani pelos materiais utilizados para as análises e pelo laboratório de Análise de Sementes; Ao Prof. Dr. Mark Ritenour - University of Florida, por me acolher, ensinar e permitir que mais um sonho fosse concretizado; Aos funcionários do Viveiro ELPA Mudas Cítricas pelo trabalho e ajuda em meu experimento; Aos amigos Rodrigo Arroyo Garcia (Bulbo), Mariana Zampar Toledo (Tchutchuca), Gustavo Spadotto (Spirro) e Eloise Viana Melo pela amizade; Às meninas do Laboratório de Bioquímica (Luciana, Tatiana, Mariana, Natália, Graciete, Daniele e Adelita), às risadas, companheirismo, fofocas e trocas de informações; À Amanda Cristina Esteves Amaro pela paciência e ajuda; E a todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para a concretização deste trabalho, Minha sincera gratidão! V Índice RESUMO.................................................................................................................................... 1 SUMMARY ................................................................................................................................ 3 1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 5 2. REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................................... 7 2.1. Importância econômica dos citros .................................................................................. 7 2.2. Produção de mudas cítricas ............................................................................................. 8 2.3. Reguladores Vegetais ..................................................................................................... 12 2.3.1. Auxinas .................................................................................................................... 13 2.3.2. Citocininas ............................................................................................................... 13 2.3.3. Giberelinas .............................................................................................................. 14 2.3.4. Inibidores da síntese de giberelinas ........................................................................ 15 2.3.5. Bioestimulantes........................................................................................................ 16 2.3.6. Produtos de efeitos fisiológicos ............................................................................... 17 2.4. Trocas gasosas ............................................................................................................... 18 2.5. Sistemas antioxidantes ................................................................................................... 19 2.5.1. Enzimas antioxidantes ............................................................................................. 20 2.5.2. Peroxidase................................................................................................................ 21 2.5.3. Catalase ................................................................................................................... 21 2.5.4. Superóxido dismutase .............................................................................................. 21 2.5.5. Polifenoloxidase ...................................................................................................... 22 2.5.6. Ascorbato peroxidase .............................................................................................. 23 2.5.7. Clorofilas, carotenóides e antocianinas .................................................................. 23 3. MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................................. 25 3.1. 1ª Etapa: Determinação da taxa de embebição e de germinação ................................ 25 3.1.1. Localização do experimento .................................................................................... 25 3.1.2. Material vegetal e condução ................................................................................... 26 3.1.3. Teste de germinação ................................................................................................ 27 3.1.4. Tratamentos utilizados ............................................................................................ 27 VI 3.1.5. Análises bioquímicas ............................................................................................... 28 3.1.6. Delineamento estatístico.......................................................................................... 30 3.2. 2ª Etapa: Crescimento e desenvolvimento de porta-enxerto cítrico............................. 30 3.2.1. Localização do experimento .................................................................................... 30 3.2.2. Material vegetal e condução ................................................................................... 30 3.2.3. Tratamentos utilizados ............................................................................................ 32 3.2.4. Parâmetros analisados ............................................................................................ 32 3.2.5. Delineamento experimental ..................................................................................... 34 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................................... 35 4.1. 1ª Etapa: Determinação da taxa de embebição e de germinação ................................ 35 4.2. 2ª Etapa: Crescimento e desenvolvimento de porta-enxerto cítrico............................. 40 4.2.1. Avaliação dos parâmetros biométricos ................................................................... 40 4.2.2. Avaliações bioquímicas ........................................................................................... 48 4.2.3. Trocas gasosas ........................................................................................................ 64 5. CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 76 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 77 VII Lista de Figuras Figura 1. Ciclo de produção de muda cítrica.............................................................................. 9 Figura 2. Sementes de limoeiro 'Cravo' semeadas em tubetes e a disposição na sementeira ... 31 Figuras 3. Curva de embebição e porcentagem de embebição das sementes de limoeiro 'Cravo'.. ...................................................................................................................................... 36 Figuras 4. Médias dos teores de clorofilas a e b, antocianinas e carotenóides aos 81 DAS.. .. 50 Figuras 5. Médias dos teores de clorofilas a e b, antocianinas e carotenóides aos 115 DAS.. 51 Figuras 6. Médias dos teores de clorofilas a e b, antocianinas e carotenóides aos 178 DAS. . 52 Figuras 7. Médias dos teores de clorofilas a e b, antocianinas e carotenóides aos 235 DAS.. 53 Figuras 8. Taxa de assimilação de CO2, taxa de transpiração, condutância estomática, eficiência de carboxilação e eficiência do uso da água aos 81 DAS.. ....................................... 67 Figuras 9. Taxa de assimilação de CO2, taxa de transpiração, condutância estomática, eficiência de carboxilação e eficiência do uso da água aos 115 DAS. ...................................... 68 Figuras 10. Taxa de assimilação de CO2, taxa de transpiração, condutância estomática, eficiência de carboxilação e eficiência do uso da água aos 178 DAS.. ..................................... 69 Figuras 11. Taxa de assimilação de CO2, taxa de transpiração, condutância estomática, eficiência de carboxilação e eficiência do uso da água aos 204 DAS. ...................................... 70 VIII Lista de Tabelas Tabela 1. Tratamentos aplicados via embebição em sementes de limoeiro ‘Cravo’ para teste de germinação................................................................................................................................. 28 Tabela 2. Tratamentos aplicados via embebição e via foliar em sementes de limoeiro ‘Cravo’ em condições de campo ............................................................................................................. 32 Tabela 3. Porcentagem de germinação de sementes de limoeiro ‘Cravo’ tratadas com diferentes reguladores vegetais e fungicidas em condições laboratoriais. ................................ 37 Tabela 4. Médias das atividades específicas para as ezimas antioxidantes polifenoloxidase, peroxidase, ascorbato peroxidase, superóxido dismutase e catalase em plântulas de limoeiro ‘Cravo’ tratadas com diferentes reguladores vegetais e fungicidas.. ........................................ 39 Tabela 5. Médias da altura e diâmetro do porta-enxerto de limoeiro ‘Cravo’ tratados com diferentes reguladores vegetais e fungicida aos 67 DAS. ......................................................... 41 Tabela 6. Médias da altura e diâmetro do porta-enxerto, área foliar, massa seca da parte radicular e massa seca da parte aérea de plantas de limoeiro ‘Cravo’ tratados com diferentes reguladores vegetais e fungicidas aos 81 DAS.......................................................................... 42 Tabela 7. Médias da altura e diâmetro do porta-enxerto, área foliar, massa seca da parte radicular e massa seca da parte aérea de plantas de limoeiro ‘Cravo’ tratados com diferentes reguladores vegetais e fungicida aos 115 DAS.. ....................................................................... 43 Tabela 8. Médias da altura e diâmetro do porta-enxerto, área foliar, massa seca da parte radicular e massa seca da parte aérea de plantas de limoeiro ‘Cravo’ tratados com diferentes reguladores vegetais e fungicida aos 178 DAS.. ....................................................................... 44 Tabela 9. Médias da altura e diâmetro do porta-enxerto, área foliar, massa seca da parte radicular e massa seca da parte aérea de plantas de limoeiro ‘Cravo’ tratados com diferentes reguladores vegetais e fungicida aos 204 DAS. ........................................................................ 45 Tabela 10. Médias da altura e diâmetro do porta-enxerto, área foliar, massa seca da parte radicular e massa seca da parte aérea de plantas de limoeiro ‘Cravo’ tratados com diferentes reguladores vegetais e fungicida aos 235 DAS. ........................................................................ 46 Tabela 11. Caracterização das amostras referentes à coleta 67 DAS para peroxidase, polifenoloxidase, ascorbato peroxidase, catalase, superóxido dismutase, clorofilas a e b, antocianinas e carotenóides. .................................................................................................... 499 IX Tabela 12. Médias das atividades específicas para as ezimas antioxidantes polifenoloxidase, peroxidase, ascorbato peroxidase, superóxido dismutase e catalase em plantas de limoeiro ‘Cravo’ aos 81 DAS.. ................................................................................................................ 57 Tabela 13. Médias das atividades específicas para as ezimas antioxidantes polifenoloxidase, peroxidase, ascorbato peroxidase, superóxido dismutase e catalase em plantas de limoeiro ‘Cravo’ aos 115 DAS.. .............................................................................................................. 58 Tabela 14. Médias das atividades específicas para as ezimas antioxidantes polifenoloxidase, peroxidase, ascorbato peroxidase, superóxido dismutase e catalase em plantas de limoeiro ‘Cravo’ aos 178 DAS. ............................................................................................................... 59 Tabela 15. Médias das atividades específicas para as ezimas antioxidantes polifenoloxidase, peroxidase, ascorbato peroxidase, superóxido dismutase e catalase em plantas de limoeiro ‘Cravo’ aos 235 DAS. ............................................................................................................... 60 Tabela 16. Valores médios das condições ambientais...............................................................71 1 USO DE REGULADORES VEGETAIS E BIOESTIMULANTES PARA A ABREVIAÇÃO DE PRODUÇÃO DO PORTA-ENXERTO LIMOEIRO ‘CRAVO’ (Citrus limonia Osbeck). Botucatu, 2012. 99p. Tese (Doutorado em Agronomia/Horticultura) - Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade Estadual Paulista. Autora: TATIANA PIRES DE ALMEIDA MERLIN Orientador: JOÃO DOMINGOS RODRIGUES RESUMO O presente trabalho objetivou avaliar a aplicação de reguladores vegetais (tratamento de semente e via foliar) em limoeiro ´Cravo´ (Citrus limonia Osbeck) visando o encurtamento do tempo de produção do porta-enxerto. O experimento foi dividido em duas etapas, sendo a primeira realizada no laboratório de Análise de Sementes, Departamento de Produção Vegetal - Agricultura da Faculdade de Ciências Agronômicas - Botucatu, SP, determinando-se a taxa de embebição das sementes. Após este procedimento, realizou-se o teste de germinação das sementes após tratamento com os produtos (testemunha, ácido giberélico GA3 10 mg 0,2 L-1, ácido giberélico GA3 20 mg 0,2 L-1, cinetina 10 mL 0,2 L-1, piraclostrobina + metil tiofanato 0,03 mL L-1, cinetina + ácido giberélico + ácido indolilbutírico 30 mL 0,2 L-1, ácido giberélico GA4+7 + 6-benziladenina 1 mL 0,2 L-1, ácido giberélico GA4+7 + 6-benziladenina 2,12 mL 0,2 L-1, cloreto de chlormequat 0,2 mL 0,2 L-1 e cloreto de chlormequat 0,2 mL 0,2 L1 + ácido giberélico GA3 20 mg 0,2 L-1. A segunda etapa do experimento foi realizada no viveiro ELPA Mudas Cítricas, localizado na cidade de Botucatu, SP. Após resultado da taxa de embebição as sementes foram mantidas em contato com os tratamentos e semeadas em tubetes com substrato de fibra de coco. Foram empregados dez tratamentos aplicados via foliar, mensalmente: testemunha, ácido giberélico GA3 50 mg L-1, ácido giberélico GA3 100 mg L-1, cinetina 50 mL L-1, piraclostrobina + metil tiofanato 0,18 mL L-1, cinetina + ácido giberélico + ácido indolilbutírico 150 mL L-1, ácido giberélico GA4+7 + 6-benziladenina 5 mL L-1, ácido giberélico GA4+7 + 6-benziladenina 10 mL L-1, cloreto de chlormequat 1 mL L-1 e cloreto de chlormequat 1 mL L-1 + ácido giberélico GA3 100 mg L-1. Uma primeira avaliação, anterior à aplicação dos tratamentos, realizada para a caracterização das plantas (67 dias após a semeadura - DAS), avaliando-se a altura (cm) e diâmetro do porta-enxerto (mm) e a atividade de enzimas antioxidantes. As demais foram realizadas aos 81, 115, 178, 204 e 235 2 DAS verificando-se a altura (cm), diâmetro do porta-enxerto (mm), área foliar (cm2), massa seca da parte aérea e radicular (g), taxa de assimilação de CO2 (A, µmol CO2 m-2s-1), taxa de transpiração (E, mmol vapor d’água m-2s-1), condutância estomática (gs, mol m-2s-1), eficiência do uso da água (EUA, µmolCO2 mmol H2O-1), eficiência de carboxilação (A/Ci) e as atividades específicas das enzimas antioxidantes: peroxidase (µmol de H2O2 consumido minuto-1 g-1 proteína), catalase (µmol H2O2 mg-1 proteína min-1), polifenolxidase (µmol catecol transformado min-1 g-1 proteína), ascorbato peroxidase (µmol ascorbato min-1 mg-1 proteína) e superóxido dismutase (U g -1 proteína), teor de clorofilas a e b (µg g-1), carotenóides (µg g-1) e antocianinas (µg g-1). O delineamento experimental empregado para a primeira etapa foi o inteiramente casualizado composto por 10 tratamentos, 4 repetições e 50 sementes por repetição. Para a segunda parte, blocos ao acaso composto por 10 tratamentos, 4 repetições e 30 plantas por parcela experimental. ___________________________ Palavras-chave: reguladores vegetais, fotossíntese, enzimas antioxidantes, germinação. 3 USO DE REGULADORES VEGETAIS E BIOESTIMULANTES PARA A ABREVIAÇÃO DE PRODUÇÃO DO PORTA-ENXERTO LIMOEIRO ‘CRAVO’ (Citrus limonia Osbeck). Botucatu, 2012. 99p. Tese (Doutorado em Agronomia/Horticultura) - Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade Estadual Paulista. Author: TATIANA PIRES DE ALMEIDA MERLIN Advisor: JOÃO DOMINGOS RODRIGUES SUMMARY The aim of this project was to evaluate the plant growth regulator application (seed and leaves) in rangpur lime (Citrus limonia Osbeck) on rootstock production in a shorter period of time. The experiment was divided into two steps; the first one was carried in the Seed Analysis Laboratory, Crop Science Department - College of Agricultural Sciences - Botucatu, SP, in order to analyze the inhibition. Afterwards, the germination test was done after the contact of the seeds with the treatments (control, gibberellic acid GA3 (10 mg L-1) 10 mg 0,2 L-1, gibberellic acid GA3 (10 mg L-1) 20 mg 0,2 L-1, kinetin (0,4 mg L-1) 10 mL 0,2 L-1, pyraclostrobin + thiophanate methyl (50 g L-1 + 450 g L-1) 0,03 mL L-1, kinetin (90 mg L-1) + gibberellic acid (50 mg L-1) + indolebutyric acid (50 mg L-1) 30 mL 0,2 L-1, gibberellic acid GA4+7 (19 mg L-1) + 6-benzyladenine (19 mg L-1) 1 mL 0,2 L-1, gibberellic acid GA4+7 (19 mg L-1) + 6-benzyladenine (19 mg L-1%) 2,12 mL 0,2 L-1, chlormequat chloride (100 g L-1) 0,2 mL 0,2 L-1 and chlormequat chloride (100 g L-1) 0,2 mL 0,2 L-1 + gibberellic acid GA3 (10 mg L-1) 20 mg 0,2 L-1. The second part of the experiment was carried out in ELPA Citric Seedlings’ Nursery, in Botucatu, SP. After the inhibition test, the seeds were kept in contact with the treatments and sowed in the coconut fiber substrate. Ten treatments were provided monthly by foliar application: control, gibberellic acid GA3 (10 mg L-1) 10 mg 0,2 L-1, gibberellic acid GA3 (10 mg L-1) 20 mg 0,2 L-1, kinetin (0,4 mg L-1) 10 mL 0,2 L-1, pyraclostrobin + thiophanate methyl (50 g L-1 + 450 g L-1) 0,03 mL L-1, kinetin (90 mg L-1) + gibberellic acid (50 mg L-1) + indolebutyric acid (50 mg L-1) 30 mL 0,2 L-1, gibberellic acid GA4+7 (19 mg L-1) + 6-benzyladenine (19 mg L-1) 1 mL 0,2 L-1, gibberellic acid GA4+7 (19 mg L-1) + 6-benzyladenine (19 mg L-1%) 2,12 mL 0,2 L-1, chlormequat chloride (100 g L-1) 0,2 4 mL 0,2 L-1 and chlormequat chloride (100 g L-1) 0,2 mL 0,2 L-1 + gibberellic acid GA3 (10 mg L-1) 20 mg 0,2 L-1. A first evaluation before the treatment application, called as characterization, was done 67 days after the sowing, analyzing the rootstock height (cm) and diameter (mm) and antioxidant enzymes. Other evaluations were performed at 81, 115, 178, 204 and 235 days after the sowing (DAS), analyzing the rootstock height (cm) and diameter (mm), foliar area (cm2), root and foliar dry weight (g), rate of CO2 assimilation (A, µmol CO2 m-2s-1), rate of transpiration (E, mmol vapor d’água m-2s-1), stomatal conductance (gs, mol m2 -1 s ), water use efficiency (EUA, µmolCO2 (mmol H2O)-1), as well as carboxylation efficiency (A/Ci) and the specific antioxidant enzymes activities of peroxidase (µmol of reduced H2O2 min-1 g-1 protein), catalase (µmol of decomposed H2O2 mg-1 protein min-1), poliphenoloxidase (µmol reduced cathecol min-1 g-1 protein), ascorbate peroxidase (µmol ascorbate min-1 mg-1 protein) and superoxide dismutase (U g -1 proteína), chlorophylls a e b (µg g-1), carotenoids (µg g-1) and anthocyanin (µg g-1). The experimental design for the firt part was randomized with 10 treatments, 4 repetitions and 50 seeds per repetition. In the second part the design was randomized blocks with 10 treatments, 4 repetitions and 30 plants per experimental plot. ___________________________ Key-words: plant growth regulators, photosynthesis, antioxidants enzymes, germination. 5 1. INTRODUÇÃO A citricultura mundial tem passado por grandes desafios como doenças dizimadoras de pomares, mudanças climáticas, entre outros fatores. Os citros tem grande destaque mundial, sendo o Brasil considerado o maior produtor desde a década de 80 e hoje considerado o segundo maior. A China é o país de maior produção (BIBLIOGRAFIA) e isso se deve ao cuidado que produtores e viveiristas tem com a condução de pomares, escolha correta de fertilizantes e defensivos e o cuidado no desenvolvimento de mudas sadias. O sistema de produção de mudas de citros foi primeiramente descrito por Castle et al. (1975) nos Estados Unidos. A produção em ambiente protegido é uma alternativa ao sistema tradicional de produção em viveiros a campo. O sistema propõe a produção sob casa-de-vegetação onde os porta-enxertos são cultivados em tubetes com diferentes substratos, com posterior transplantio para vasos maiores para realização da enxertia e formação da muda (CARVALHO, 1998). O objetivo é melhorar as condições fitossanitárias, promover crescimento mais intenso e padronizar o processo de formação das mudas. No entanto, nesse sistema de produção ocorre grande crescimento das plantas em curto intervalo de tempo e em espaço reduzido para o desenvolvimento do sistema radicular (CARVALHO, 1994). A produção de mudas de citros no Brasil em ambientes telados iniciouse no Estado de São Paulo em 1994, hoje o maior estado produtor e, atualmente, pode ser considerada um processo na cadeia citrícola de alta tecnologia, como o uso de fertirrigação, 6 variadas formas de fornecimento de nutrientes e defensivos, bem como o uso de reguladores vegetais. Todos os esforços realizados visam a produção de mudas cítricas sadias, de qualidade e que retornem o máximo de lucro aos produtores. Deve-se levar em conta, porém, que o processo de produção de mudas é relativamente longo, normalmente com duração de dezoito meses, sendo interessante o encurtamento de fases que levem a rápida saída das mudas dos viveiros e em consequência, um maior retorno financeiro ao viveirista. Para Coelho et al. (1983), o tempo para formação de uma muda cítrica é considerado longo, sendo interessante o emprego de técnicas que promovam sua diminuição sendo importante a redução do período para ser realizada a enxertia, que ao invés de 12 meses fosse conseguida em até 6 meses (GAMA, 1983). Este trabalho teve como objetivo a avaliação da abreviação do tempo de produção de porta-enxerto de limoeiro ‘Cravo’ (Citrus limonia Osbeck) com a aplicação de reguladores vegetais como auxinas, citocininas, giberelinas, inibidores da síntese de giberelinas e fungicidas que promovem efeitos fisiológicos. 7 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1. Importância econômica dos citros De todas as árvores frutíferas, uma das mais conhecidas, cultivadas e estudadas em todo o mundo é a laranjeira. Como todas as plantas cítricas, a laranjeira é nativa da Ásia, mas a região de origem é motivo de controvérsia. Alguns historiadores afirmam que os cítricos teriam surgido no leste asiático, nas regiões que incluem hoje a Índia, China, Butão, Birmânia e Malásia (HASSE, 1987). No Brasil há indicações de que os citros chegaram com o descobrimento, conforme relato do padre Manoel da Nóbrega, datado de 1549 onde afirma que “cidras, laranjas e limões dão-se em muitas quantidades”. A partir de 1900 começaram a surgir grandes pomares comerciais no Rio de Janeiro, Ceará e São Paulo e hoje a cultura está presente em todos os estados brasileiros (SALIBE, 2000). No final da década de 80, a combinação entre uma indústria citrícola competitiva e a produção da cultura fez com que o Brasil se tornasse o maior produtor de laranja, dominando os Estados Unidos em produção. Os altos preços do suco de laranja atraíram novos produtores e a implantação de novos pomares aumentou em taxas de 12 a 18% ao ano. Desde então, a produção brasileira dobrou enquanto que a americana diminuiu ano após ano, representando hoje, menos que a metade da produção brasileira (NEVES et al., 2011). 8 O estado de São Paulo concentra 70% das áreas de pomares de laranja mas, os estados de Sergipe e Bahia são os estados onde a expansão da cultura tem ocorrido intensamente (NEVES et al., 2011). De acordo com a CONAB (2011), a produção de laranja do Estado de São Paulo deve chegar no ano de 2011 a 377,06 milhões de caixas de 40,8 kg da fruta. A área em produção é de 535,01 mil hectares e a produtividade média atual atinge 704,78 caixas/ha e 1,92 caixas/pé. Dados publicados pela FAO, confirmam que nossos níveis de produtividade só são superados por poucos países, onde a citricultura é irrigada (ASSOCITRUS, 2011). Na região centro-sul do Estado de São Paulo, a cidade de Botucatu vem se destacando com relação a área em produção. Em 2000 haviam 1,5 milhões de laranjeiras em produção, em 2010 este número aumentou praticamente 5 vezes, chegando a quase 8,1 milhões de plantas em produção e mais de 2,2 milhões de laranjeiras recémplantadas (IEA, 2011). 2.2. Caracterização da produção de mudas de citros Entre o final da década de 80 e início do século XXI, uma série de novas doenças e reincidentes foram registradas nos pomares citrícolas, colocando em risco a sustentabilidade da atividade agrícola devido ao aumento dos custos de produção e queda na produtividade (NEVES e LOPES, 2005). Um dos fatores apontados como responsáveis por favorecer a disseminação e incidência de doenças nos pomares foi o emprego de mudas produzidas a céu aberto, dada a impossibilidade de se produzir material propagativo seguramente isento de patógenos transmitidos por insetos vetores (CARVALHO et al., 2005). Desta forma, com o objetivo de proporcionar ao setor citrícola o fornecimento de material propagativo com segurança fitossanitária, adotou-se a produção e comercialização obrigatória de mudas e porta-enxertos cítricos provenientes de ambiente protegido a partir de 1° de janeiro de 2003 (CDA, 2008). No sistema de produção de mudas cítricas em ambiente protegido, novas técnicas de manejo são requeridas para otimização do processo produtivo, desde tratos culturais como métodos de condução de enxertia, emprego de reguladores vegetais até 9 nutrição mineral e fertirrigação (BOAVENTURA et al., 2004; CARVALHO et al., 2005; GIRARDI et al., 2005). No Estado de São Paulo a produção de mudas cítricas passou por grande transformação desde 1994 e, atualmente, é tido como exemplo de sucesso no mundo todo. A adoção do novo sistema de produção de mudas em ambiente protegido, com o uso de substratos orgânicos como casca de Pinus, foi proposto devido à necessidade de se garantir mudas sadias, livres de doenças e patógenos e, desta forma, permitir a formação de pomares com produtividade diferenciada (ZANETTI, 2006). De acordo com o Fundecitrus, no ano de 2009 no Estado de São Paulo, encontravam-se 517 viveiros telados com plantios estimados de 8,6 milhões de porta-enxertos e 17,6 milhões de mudas (AMARO e BAPTISTELLA, 2010). Dentre as fases de produção da muda cítrica, a produção do portaenxerto é responsável por cerca de 60% do tempo demandado (Figura 1). Entre os fatores responsáveis por esta demora, encontram-se o período de germinação, que pode chegar a sessenta dias ou mais, dependendo do porta-enxerto utilizado, bem como a desuniformidade entre as plântulas devido à diferença no número de dias levados para ocorrer a germinação na sementeira (SOUSA et al., 2002) e períodos de menor temperatura (CHILEMBWE et al., 1992). Na figura 1, encontra-se as fases e suas durações de produção de uma muda cítrica de acordo com Carvalho et al. (2005). A germinação de sementes de porta-enxertos cítricos ocorre lentamente, levando um período de sessenta dias ou mais, fazendo com que as plantas na sementeira sejam bastante desuniformes (COHEN, 1956; MONSELISE e HALEVY, 1962; PLATT e OPTIZ, 1974; FUCIK, 1980; MOBAYEN, 1980). Semeadura 2 - 4 meses Transplante 2 - 3 meses Enxertia 3 - 5 meses Total: 10 – 15 meses Plantio 3 meses Muda palito Figura 1. Ciclo de produção de muda cítrica (CARVALHO et al., 2005). 10 Conforme Castle e Rouse (1990) o número de plantas por área é maior em relação ao de produção de mudas a céu aberto e os porta-enxertos alcançam condições adequadas para a enxertia com três a quatro meses, ficando as mudas prontas para o transplante após doze meses. Já Abou-Rawash et al. (1998) afirmam que o tempo para a formação de uma muda cítrica, via enxertia, oscila entre 18 e 36 meses, dependendo do clima da região e do nível tecnológico do viveiro sendo que a propagação por estaquia poderia reduzir o tempo de formação da muda cítrica a um período inferior a 8 meses. As sementes de citros são consideradas recalcitrantes, ou seja são sementes que não sofrem secagem na planta matriz e são liberadas com alto teor de umidade não suportando a redução da umidade, perdendo a viabilidade (KING e ROBERTS, 1979), a germinação é tipo hipógea (aquela em que os cotilédones ficam abaixo do solo) e as plântulas produzem inicialmente raiz primária (pivotante) forte e carnosa e as secundárias formam-se após a raiz pivotante atingir 8 a 10 cm e surgir o primeiro par de folhas (DAVIES e ALBRIGO, 1994; SPIEGEL-ROY e GOLDSCHIMIDT, 1996). Usberti (1979) e Usberti e Felipe (1980) verificaram que as melhores temperaturas para a germinação de sementes do limoeiro 'Cravo' encontram-se entre 25oC e 35oC. King et al. (1981) observaram que sementes com 5% de umidade e armazenadas a temperaturas abaixo de 5ºC mantêm melhor o poder germinativo quando comparadas àquelas armazenadas com teores de água e temperatura mais elevados. O limoeiro ‘Cravo’ foi a variedade em prevalência, cerca de 61%, durante o período analisado por Amaro e Baptistella (2010). Suas características como portaenxertos são o elevado número de sementes, rápido e vigoroso crescimento para enxertia, formação mais rápida e fácil pegamento das mudas, alta produtividade das plantas enxertadas e grande resistência à seca. A quantidade de água absorvida depende da espécie, da semente, da variedade ou do cultivar, da temperatura ambiente, da composição química da semente, do teor de umidade inicial, da natureza do tegumento e da quantidade de água disponível. A embebição da maioria das sementes segue um padrão trifásico (BEWLEY e BLACK, 1994) em que a fase inicial do processo (fase I) constitui um fenômeno essencialmente físico, podendo ser completada em 1 a 2 horas nas sementes cotiledonares, independente da condição 11 fisiológica. Tanto as sementes vivas quanto as sementes mortas ou dormentes, exceto por impermeabilidade do tegumento, absorvem água durante esta fase. Na segunda etapa (fase II) ocorrem atividades metabólicas, porque as reservas estão sendo convertidas em compostos necessários para a germinação (BEWLEY e BLACK, 1994). A absorção de água nessa fase é lenta, de 8 a 10 vezes mais longa que a anterior. Contudo, o tempo de duração de cada etapa depende de propriedades inerentes às sementes de cada espécie e das condições térmicas e hídricas durante a hidratação (VERTUCCI, 1989). Assim, a importância da curva com as fases de embebição está relacionada tanto a estudos de permeabilidade de tegumento, como na determinação da duração de tratamentos com reguladores vegetais, condicionamento osmótico e pré- hidratação em sementes (ALBUQUERQUE et al., 2000; CARVALHO e NAKAGAWA, 2000). A embebição da semente com quantidades limitadas ou não de água ou de solução contendo substâncias promotoras de crescimento, através da imersão ou contato com substrato umedecido, em temperaturas baixas ou moderadas, é chamado de préhidratação; o aumento da germinação através da pré-hidratação ou pré-embebição das sementes é uma técnica conhecida há vários anos. Tem sido demonstrado, ainda, que os efeitos benéficos deste tratamento permanecem mesmo após a secagem das sementes (ROSSETO et al., 2000). Para aumentar a taxa de germinação e a uniformidade de emergência das plantas podem ser utilizados diversos tratamentos no tegumento das sementes, tais como escarificação física com água a diferentes temperaturas, calor seco, calor úmido, frio seco ou radiação, escarificação química com soluções ácidas, enzimas ou solventes orgânicos e substâncias estimuladoras da germinação, como nitrato de potássio ou reguladores vegetais (RADHAMANI et al.,1991). Zucareli et al. (2009) estudando a tolerância ao dessecamento e sua influência na germinação de sementes de citrumelo ‘Swingle’ com e sem tegumento, observaram que as sementes sem tegumento e com 28% de umidade apresentaram tempo médio de germinação de 14,75 dias e com 48%, 10,50 dias, enquanto que as sementes com tegumento nas mesmas umidades germinaram aos 23,75 e 21,75 dias. Os reguladores vegetais, que controlam o metabolismo e as respostas das sementes ao ambiente, são fatores intrínsecos que controlam a germinação. Essas 12 substâncias mediadoras dos processos fisiológicos da germinação transformam sinais ambientais específicos em respostas bioquímicas, produzindo modificações no estado fisiológico da semente, através da transcrição diferencial, repressão ou desrepressão gênica ou ativação do RNA mensageiro, ou ainda, por alterações na permeabilidade da membrana (BOTELHO e PEREZ, 2001). 2.3. Uso de reguladores vegetais no desenvolvimento de plantas Hormônios vegetais são compostos orgânicos, não nutrientes, produzidos nas plantas, os quais a baixas concentrações (10-4M), promovem, inibem ou modificam processos fisiológicos e morfológicos do vegetal (CASTRO e VIEIRA, 2001). O termo reguladores vegetais não é restrito somente aos compostos sintéticos mas também aos de ocorrência natural. Consequentemente, podem ser definidos como compostos naturais ou sintéticos que modificam o crescimento e o desenvolvimento da planta exercendo profunda influência em diversos processos fisiológicos (PAROUSSI et al., 2002). Os reguladores vegetais são classificados em seis fitohormônios clássicos, como a auxina (AX), giberelina (GA), citocinina (CK), etileno (ET), ácido abscísico (ABA) e jasmonatos (JA), bem como os brassinoesteróides (BR), ácido salicílico (SA) (PELEG e BLUMWALD, 2011) promovem respostas específicas em plantas especificas (PAROUSSI et al., 2002). As respostas aos reguladores vegetais podem variar de acordo com as espécies vegetais, variedade, idade da planta, condições ambientais, estados fisiológicos e nutricionais, estágio de desenvolvimento e o balanço endógeno hormonal. Os retadadores de crescimento são amplamente utilizados para modificar a estrutura do dossel, produtividade e tolerância ao estresse em muitas culturas (JALEEL et al., 2007a; JALEEL et al., 2007b). A eficácia da utilização de reguladores vegetais deve-se a vários fatores como: forma de aplicação, de modo a proporcionar a entrada no citoplasma, o efeito do clima sobre o metabolismo do órgão vegetal aos biorreguladores, o momento da aplicação pela sensibilidade dos tecidos da planta, o comportamento da variedade e o estado geral da planta (SILVA et al., 2006). O uso de reguladores vegetais é uma prática muito comum em vários países, com utilização em diversas espécies. No Brasil, especialmente na citricultura, sua 13 utilização tem certa abrangência, sendo que a mesma pode ser utilizada em várias etapas do processo produtivo, desde a fase vegetativa até a reprodutiva, proporcionando desta maneira, um melhor manejo da cultura (MODESTO et al., 1999). 2.3.1.Auxinas A auxina foi o primeiro hormônio descoberto em plantas e é um, dentre uma vasta gama, dos agentes químicos sinalizadores que regulam o desenvolvimento vegetal. A auxina mais comum de ocorrência natural é o ácido indol-3-acético (IAA) (TAIZ e ZEIGER, 2011). O efeito da auxina sobre o crescimento das plantas depende do tipo de auxina aplicada e sua concentração (TEALE et al., 2006). Muitos processos do desenvolvimento são controlados ou sofrem interferência das auxinas, tais como, divisão, expansão e diferenciação celular (BERLETH e SACHS, 2001), iniciação de raízes em estacas caulinares (STEFANCIC et al., 2006), desenvolvimento de raízes laterais (CASIMIRO et al., 2001), diferenciação de raízes em cultura de tecidos (NANDAGOPAL ecv RANJITHA, 2007), formação do eixo apical-basal (FRIML et al., 2003), resposta de tropismo (gravitropismo e fototropismo) em caules e raízes (NOH et al., 2003) e repostas de dominância apical (BOOKER et al., 2003). As auxinas podem ainda levar a atraso na senescência foliar (LIM et al., 2007), induzir o pegamento e o crescimento de alguns frutos (SERRANI et al. 2007) e estimular o crescimento de órgãos florais (VERNOUX et al., 2000). 2.3.2. Citocininas As citocininas são hormônios vegetais relacionados com a divisão e alongamento celular, promovendo efeitos fisiológicos sobre o crescimento e desenvolvimento de plantas (RAVEN et al., 2001). São substâncias essenciais para complementar a ação das giberelinas na indução da germinação e de processos enzimáticos, quando estes são bloqueados por inibidores (FRAGA, 1982). Participam ainda do processo de alongamento e diferenciação celular, principalmente, quando interagem com a auxina (ARTECA, 1995). 14 As citocininas também possuem papel importante no desenvolvimento do aparelho fotossintético. Segundo Nyitrai (1997) as citocininas são membros do grupo de reguladores vegetais com ação no desenvolvimento dos cloroplastos, possuindo correlação na recepção da luz, além de terem influência no transporte de elétrons (principalmente, no fotossistema I), acúmulo de clorofila, atividade fotossintética e na síntese da enzima ribulose 1,5-difosfato carboxilase (rubisco). Recentemente, foi demonstrado que uma parte substancial das citocininas em folhas são localizadas em cloroplastos (BENKOVA et al., 1999). Os plastídeos e seu desenvolvimento estão entre os principais alvos de ação das citocininas nas células foliares (PARTHIER, 1979). Citocininas ativam a diferenciação dos etioplastos no escuro e o desenvolvimento dos cloroplastos na presença da luz (KHOKHOLOVA et al., 1971; CHORY, et al. 1991). Existem fortes evidências indicando que a citocinina ativa a síntese de proteínas codificadoras do cloroplasto por ambos os genomas, nuclear e plastídeo, aumentando a produção de pigmentos fotossintéticos e estimulando a diferenciação dos cloroplastos estruturais (BUSCHMANN e LICHTENTHALER, 1977; LERBS et al., 1984; AXELOS et al., 1987; RESKI et al., 1991; KASTEN et al., 1992; KUNESTSOV et al., 1994, 1998, 1999; KUBO e KAKIMOTO, 2000). A auxina e a citocinina diferem dos demais hormônios vegetais e agentes de sinalização em um aspecto importante de serem necessárias para a viabilidade, enquanto que os demais parecem agir como reguladoras dos processos específicos do desenvolvimento (TAIZ e ZEIGER, 2011). 2.3.3. Giberelinas As giberelinas constituem uma classe de reguladores vegetais que estimulam a germinação e o crescimento por alongamento, como seu modo de ação. As giberelinas promovem o crescimento pelo aumento da plasticidade da parede celular seguida da hidrólise do amido em açúcar, que reduz o potencial hídrico da célula, resultando na entrada de água no seu interior, promovendo o alongamento, sendo que os passos básicos envolvidos nesse mecanismo são: a GA produzida no embrião é transferida para a camada de 15 aleurona das células onde a α-amilase é produzida via síntese e essa promove a conversão do amido em açúcar, que é usado então para o crescimento da plântula (BOTELHO e PEREZ, 2001). A ação das giberelinas (GA) ou dos ácidos giberélicos segundo Metivier (1979) é atuar no controle da hidrólise do tecido de reserva para o fornecimento de energia ao embrião promovendo o alongamento celular, fazendo com que a radícula desenvolva-se através do endosperma ou tegumento (SALISBURY e ROSS, 1992). No entanto, pouco se sabe qual a concentração de ácido giberélico deve ser utilizada e nem por quanto tempo elas devem ser imersas para que haja aceleração no processo de germinação das sementes de citros. Existem relatos da aplicação de ácido giberélico sobre sementes de citros com concentrações que atingem 250 mg L-1 e tempo de imersão que varia de 0 a 24 horas (CHOUDHARI e CHAKRAWAR, 1981; ONO et al., 1993; LEONEL et al., 1994a; LEONEL et al., 1994b; RAMOS, 1994; ONO et al., 1995), os quais verificaram efeitos divergentes tanto das concentrações aplicadas, quanto no tempo de imersão das sementes no ácido giberélico. 2.3.4. Inibidores da síntese de giberelinas Compostos que agem na redução da altura da planta pela redução do alongamento e divisão celular são denominados retardantes de crescimento (RADEMACHER, 2000). O principal hormônio envolvido é a giberelina, uma vez que os retardantes de crescimento agem, principalmente, através da inibição da sua biossíntese (TAIZ e ZEIGER, 2011). Inibidores da síntese de giberelinas são divididos em três classes e cada classe específica interrompe uma das três etapas da síntese de giberelina. A primeira classe de compostos, tais como compostos quaternários de amônio (cloreto de clormequat ou CCC, cloreto de mepiquat e AMO-1618) e fosfônio (cloreto de clorfênio), bloqueiam a síntese de ent-caureno a partir do geranilgeranil difosfato. AMO-1618 e CCC, especificamente, inibem a atividade de copalil difosfato sintase e, em menor grau, da ent-caureno sintase, ocorrendo nos cloroplastos. A segunda classe consiste nos compostos heterocíclicos contendo nitrogênio, como ancimidol (uma pirimidina), tetciclases (uma norbornanodiazetina) e 16 compostos tipo triazol (paclobutrazol e uniconazole). Estes compostos inibem a oxidação de ent-caureno para o ácido entcaurenóico pelas P450 monoxigenases, durante a etapa 2 da biossíntese da giberelina que ocorre no retículo endoplasmático. O terceiro grupo inclui acilciclohexanodionas, os quais inibem dioxigenases dependentes do 2-oxoglutarato na etapa 3 da biossíntese da giberelina. Acilciclohexanodionas, como prohexadiona-Ca e trinexapac-etil, são estruturalmente similares ao 2-oxoglutarato e são, portanto, inibidores da atividade da dioxigenase por competição pelo sítio de ligação do cosubstrato, 2-oxoglutarato ocorrendo no citoplasma (RADEMACHER, 2000). 2.3.5. Bioestimulantes A mistura de dois ou mais biorreguladores vegetais ou de biorreguladores vegetais com outras substâncias (aminoácidos, nutrientes, vitaminas) é designada de bioestimulante (CASTRO e VIEIRA, 2001). O produto comercial Stimulate® contém reguladores vegetais e traços de sais minerais quelatizados, sendo composto por 50 mg L-1 de ácido índolbutírico (auxina), 90 mg L-1 de cinetina (citocinina) e 50 mg L-1 de ácido giberélico (giberelina). Este produto químico, em função da sua composição, concentração e proporção das substâncias pode incrementar o crescimento e o desenvolvimento vegetal, estimulando a divisão celular, a diferenciação e o alongamento de células. Também pode aumentar a absorção e a utilização dos nutrientes e é especialmente eficiente quando aplicado com fertilizantes foliares, sendo compatível também com defensivos (CASTRO et al., 1998). Outro bioestimulante de nome comercial Promalin® é composto pela mistura de dois fitorreguladores naturais, a citocinina 6BA (benziladenina) e as giberelinas GA4 e GA7, tem como objetivo de promover a divisão celular e um alongamento das células (VALENT BIOSCIENCES, 2003). Segundo Tukey (1980), compostos como estes evidenciam-se como potenciais estimuladores de ramificações laterais. Estudos têm sugerido que os componentes do produto possuem papel sequencial na produção de ramos laterais, com a iniciação do crescimento induzido pelo BA e, subsequente, alongamento promovido pelo GA4+7, cuja concentração é de 1:1. 17 2.3.6. Produtos com benefícios fisiológicos Os fungicidas do grupo das estrobirulinas compreendem uma variedade de compostos sintéticos protetores de plantas com amplo espectro na ação antifúngica. Estudos têm demonstrado evidências da influência direta de estrobirulinas na fisiologia de plantas (KÖEHLE et al., 2002). As estrobilurinas, grupos de compostos químicos extraídos do fungo Strobilurus tenacellus, são usados na agricultura como fungicidas. Estes compostos fazem parte do grupo dos inibidores a quinona oxidase (QoI), cuja toxicidade advém da inibição da cadeia respiratória ao nível do Complexo III, impedindo a cadeia bioquímica de transferência de elétrons no sítio da mitocôndria, interferindo na respiração do patógeno (GHINI e KIMATI, 2000). As estrobilurinas são conhecidas como fungicidas inibidores da quinona, por terem como único modo bioquímico de ação a inibição da respiração mitocondrial atuando no sítio Qo (quinona oxidase). Algumas das estrobilurinas mais comuns são a azoxistrobina, metil-cresoxima, picoxistrobina, fluoxastrobina, orizastrobina, dimoxiystrobina, piraclostrobina e trifloxistrobina (PARREIRA et al., 2009). Uma resposta das plantas que despertou o interesse agronômico sobre o grupo das estrobilurinas foi o efeito fisiológico. A aplicação de estrobilurinas resultou no aumento de produtividade para algumas culturas como o milho e a soja (DOURADO NETO, 2005; FAGAN, 2007). As estrobilurinas quando aplicadas sobre as plantas atuam na ativação da enzima NADH-nitrato redutase, aumentando a assimilação de nitrato e sua posterior incorporação nas moléculas vitais da planta, como a clorofila. Além disso, ocorre o aumento na eficiência na assimilação de CO2, a elevação da taxa fotossintética e a redução da taxa respiratória. Outro efeito promissor é a redução na produção de etileno, que retarda a senescência das folhas, aumentando o período que a planta permanece com a fotossíntese ativa (VENÂNCIO et al., 2003; OLIVEIRA, 2005; FAGAN, 2007). A redução na produção de etileno pela planta e o retardamento da senescência das folhas foram comprovados nas culturas da soja (DOURADO NETO et al., 2005; FAGAN, 2007) e do milho (DOURADO NETO et al., 2005). 18 2.4. Trocas gasosas A produtividade de uma comunidade vegetal é o resultado final de uma cadeia de eventos que ocorrem durante o seu desenvolvimento e está relacionada à densidade de plantio, ao crescimento da copa, à eficiência fotossintética entre outros fatores (EL-OTMANI et al., 2000). Praticamente toda matéria orgânica acumulada numa planta durante seu crescimento tem origem no processo fotossintético de fixação de carbono atmosférico, o qual representa ao redor de 95% de toda sua fitomassa seca. Assim, qualquer fator ambiental que afetar a fotossíntese afetará o crescimento e acúmulo de fitomassa (SYVERTSEN e LLOYD, 1994). Condições propícias à fixação de carbono favorecem a abertura dos estômatos, enquanto que condições propícias à perda de água favorecem o seu fechamento (MEDINA et al., 2005). A água é o componente abundante e necessário à manutenção da vida animal e vegetal, compondo quase a totalidade das estruturas de muitos vegetais, desempenhando importante função para evitar o superaquecimento da folha. Com a absorção do calor proveniente da radiação solar, a água vaporiza-se e deixa a folha através dos estômatos resfriando-a. Este processo, denominado de transpiração, é de fundamental importância para manter o aparelho fotossintético funcional (TAIZ e ZEIGER, 2011). Segundo Lammaud et al. (1996), a eficiência do uso da água (EUA) representa a capacidade que a vegetação possui em assimilar carbono, enquanto limita as perdas de água através dos estômatos. As plantas do gênero Citrus apresentam metabolismo fotossintético do tipo C3, cuja enzima responsável pela fixação de CO2 possui atividade carboxilase e oxigenase. Portanto, espera-se que plantas que crescem em ambientes com períodos frequentes de temperatura do ar superior a 30°C (especialmente na primavera-verão) apresentem menor eficiência fotossintética quando comparadas as plantas que crescem em ambientes mais amenos, com temperatura inferior a 30°C (RIBEIRO et al., 2004). Folhas de laranjas apresentam baixas taxas fotossintéticas quando comparadas a outras espécies arbóreas, apesar da alta densidade de estômatos e clorofila 19 abundante. A taxa máxima de fotossíntese de Citrus sinensis (L.) Osbeck ocorre em temperaturas do ar em torno de 22 a 25°C (KRIEDEMANN, 1971). Segundo o mesmo autor (1968), a temperatura ótima para assimilação de CO2 em algumas espécies de citros está entre 15 e 20°C quando as medidas são realizadas em ambientes com ar seco e entre 20 e 30°C em ambientes úmidos. A temperatura pode limitar diretamente a atividade fotossintética dos citros através de alterações nas reações fotoquímicas e bioquímicas e na disponibilidade de CO2, reduzindo a produção de ATP e NADPH e causando decréscimo da fixação de CO2 em moléculas de glicose (GUO et al., 2006; RIBEIRO et al., 2003; 2004; 2006). Sob condições naturais, sem défice hídrico no solo e com fluxo fotossintético de fótons saturante, a taxa de fotossíntese aumenta até ao redor de 9 horas, descrescendo posteriormente, com o aumento do défice de pressão de vapor e da temperatura do ar (MEDINA et al., 1999). O método de produção de mudas cítricas em ambientes telados traz inúmeras vantagens fitossanitárias porém, ocorrem modificações no ambiente, como o aumento de temperatura, aumento do défice de pressão de vapor de ar e da radiação solar, que influenciam o desenvolvimento e a qualidade das mudas. 2.5. Sistemas antioxidantes Todo órgão da planta é afetado pelo estresse. A coordenação da resposta de estresse no corpo da planta é realizada pelos hormônios vegetais. Logo que uma planta sofre um distúrbio, ocorrem como uma resposta não-específica, mudanças no equilíbrio hormonal, sendo que estas condicionam o metabolismo que tem efeito em curto prazo, bem como os processos morfogenéticos de longo prazo, no sentido de minimizar o estresse e preservar a vida da planta (SFALCIN, 2009). O estresse oxidativo surge a partir de um desbalanço na formação e no metabolismo das espécies reativas de oxigênio (ROS), ou seja, mais ROS sendo produzidas do que metabolizadas (NEILL et al., 2002). Um radical livre é definido como qualquer átomo, grupo de átomos ou moléculas capazes de existir sob forma independente e que contém um ou mais elétrons 20 desemparelhados na camada de valência (DEL MAESTRO, 1980; SOUTHORN e POWIS, 1988; HALLIWELL e GUTTERIDGE, 1999). Portanto, os radicais livres podem ser formados pela adição ou pela perda de um elétron de uma substância não-radical. Entretanto, existem compostos igualmente reativos aos radicais livres que não possuem elétron não-pareado na última camada e, por isso, não podem ser classificados como radicais livres (DRÖGE, 2002). Essas substâncias são classificadas de maneira mais ampla como espécies reativas de oxigênio (ROS) ou espécies reativas de nitrogênio (RNS). Na mitocôndria, a enzima citocromo-oxidase promove a redução completa de uma molécula de oxigênio e água e para isso, são necessários quatro elétrons. Contudo, nem sempre o oxigênio se transforma diretamente em água, em consequência de sua configuração eletrônica. A molécula de oxigênio tem forte tendência, durante as reações, em receber um elétron de cada vez, formando uma série de intermediários tóxicos e reativos (MENEGHINI, 1987), tais como: radical superóxido (O2-), o peróxido de hidrogênio (H2O2) e o radical hidroxila (OH-). Os radicais superóxido e a hidroxila apresentam elétrons desemparelhados e são classificados como radicais livres, já o H2O2 não possui elétrons nãopareados na última camada e é classificado como uma espécie reativa de oxigênio (FURIAN, 2007). Uma vez formadas, as ROS precisam ser detoxificadas eficientemente a fim de minimizar eventuais danos. Os mecanismos de detoxificação fazem parte da segunda linha de defesa contra os efeitos danosos dos ROS (GRATÃO et al., 2005). As células vegetais são protegidas por um complexo sistema antioxidante composto por mecanismos não enzimáticos e enzimáticos, como as enzimas antioxidantes, superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e ascorbato peroxidase (APX) (NOCTOR e FOYER, 1998). 2.5.1. Enzimas antioxidantes As principais enzimas antioxidantes são as superóxido dismutase (SOD), catalases (CAT) e ascorbato peroxidase (APX). As peroxidases, de um modo geral, catalisam a redução do peróxido de hidrogênio e peróxidos orgânicos em álcoois (SHAN et al., 1990), as catalases catalisam a redução do H2O2 a água e oxigênio (MAYES, 1990) e a 21 superóxido dismutase catalisa a dismutação do radical superóxido em peróxido de hidrogênio e oxigênio, na presença do próton H+ (ACHARYA et al., 1991; ROSS e MOLDEUS, 1991). 2.5.2. Peroxidase As peroxidases são amplamente distribuídas em todas as plantas e apresentam múltiplas isoformas, as quais estão envolvidas em diversas reações celulares, como a oxidação de compostos fenólicos, oxidação do ácido indol-3-acético, ligações de polissacarídeos, ligações com monômeros, lignificação, cicatrização de ferimentos e o alongamento de células. As peroxidases têm papel fundamental no crescimento e desenvolvimento das plantas, além de estarem fortemente relacionadas com mecanismos de defesa em relação a patógenos e/ou a vários estresses abióticos (LEE et al., 2001; HSU e KAO, 2003) e constituem proteção antioxidativa (ROSSI et al., 1997). 2.5.3.Catalase A catalase (H2O2 oxiredutase) é uma proteína homotetramérica que contém um grupo heme (CHANCE et al., 1979) que além de remover o H2O2 também tem papel relevante na detoxificação indireta do radical superóxido, que é convertido em H2O2 pela superóxido dismutase e então decomposto pela catalase (WASSMANN et al., 2004), durante os processos de fotorrespiração (GERBLING et al., 1984). Essa enzima tem sido descrita como susceptível a fotoinibição e degradação. Após sua inativação pela luz, a atividade da catalase é fortemente dependente de uma nova síntese da enzima, como relatado por Hertwig et al. (1992). 2.5.4. Superóxido dismutase A superóxido dismutase (superóxido oxidoredutase) é uma enzima essencial para todas as células aeróbicas, pois catalisa a dismutação do radical superóxido, formando H2O2 e O2 (DIONISIO-SESE e TOBITA, 1998; FURIAN, 2007). Existem três tipos de superóxido dismutase, as que contém cobre e zinco no sítio ativo (Cu Zn-SOD) e são encontradas no citossol em maior quantidade, mas 22 estão presentes também nos peroxissomas, lisossomas e espaços intermembranas da mitocôndria (FRIDOVICH, 1975), as que contém manganês (Mn-SOD) e estão presentes na matriz mitocondrial, que correspondem à cerca de 60% do total de enzima, visto que a maior quantidade de O2- é produzida na mitocôndria através do citossol (FISCHER, 1987), as que contém ferro e que são encontradas em plantas e bactérias (FRIDOVICH, 1975; CHANCE et al., 1979), sendo que a distribuição regional e subcelular da SOD promovem proteção adequada contra o radical superóxido, com consequente formação de H2O2, que é menos reativo e é degradado por outras enzimas (catalase ou glutationa peroxidase). Essa reação pode acontecer espontaneamente em condições fisiológicas, porém quando catalisada pela SOD a velocidade da dismutação é 104 vezes maior (CHANCE et al., 1979; SOUTHORN e POWIS, 1988). 2.5.5. Polifenoloxidase A polifenoloxidase possui na estrutura o cobre como grupo prostético (WALKER e McCALLION, 1980), com oxigênio molecular como co-substrato. Encontram-se latentes, e se tornam ativas quando liberadas das membranas dos tilacóides devido ao rompimento causado pelo dano, senescência, ataque de insetos ou patógenos (MAYER e HAREL, 1981). De acordo com Lax e Vaughn (1991), polifenoloxidases são encontradas nos cloroplastos, mas são sintetizadas no citoplasma. É uma enzima envolvida nos processos de oxi-redução (MAYER, 1987), promovendo a hidroxilação de monohidroxiferol para οdihidroxifenol e a desidrogenação deste composto, formando ο-quinonas, que ao sofrerem polimerização não-enzimática com aminoácidos ou proteínas, formam pigmentos marrom, vermelho e preto, responsáveis pelo escurecimento dos tecidos (UNDERHILL e CRITCHLEY, 1995). À polifenoloxidase tem sido atribuído um grande número de processos celulares, que inclui defesa contra pragas e patógenos, controle dos níveis de oxigênio no cloroplasto, síntese de compostos fenólicos e cicatrização de danos (MAYER, 1987). 23 2.5.6. Ascorbato peroxidase Nakano e Asada (1981) evidenciaram que o ascorbato é o doador de életrons para a retirada de peróxido de hidrogênio nos cloroplastos. Também confirmaram que a dehidroascorbato redutase e a peroxidase cujo doador de elétron é específico para o ascorbato estão localizados nos estromas dos cloroplastos. 2.5.7. Clorofilas, carotenóides e antocianinas As clorofilas são moléculas complexas especialmente ajustadas para as funções de absorção de luz, transferência de energia e de elétrons. As clorofilas são construidas por uma rota de síntese em que se empregam moléculas simples para a montagem de moléculas complexas (PORRA, 1997; BEALE, 1999; TAIZ e ZEIGER, 2011). As clorofilas podem causar a formação de oxigênio singleto quando encontram-se livres irão absorver luz eficientemente da mesma maneira, porém, não encontrarão as proteínas do sistema de transporte não possuindo rota para liberação da energia (TAIZ e ZEIGER, 2011). A clorofila a é essencial para a produção de oxigênio pela fotossíntese, sendo a clorofila b considerada pigmento acessório, ou seja, pigmento que não está diretamente envolvido na transdução da energia da fotossíntese mas serve para ampliar a faixa de luz que pode ser usada no processo. Quando uma molécula de clorofila b asborve a luz, a energia é transferida para a molécula de clorofila a, que então, a transforma em energia química durante a fotossíntese (RAVEN et al., 1999). Os carotenóides são encontrados em todos os organismos fotossintéticos. Constituem integralmente as membranas dos tilacóides e estão, em geral, intimamente associados aos pigmentos protéicos das antenas e centros de reação. A luz absorvida por estes pigmentos acessórios é transferida à clorofila para o processo de fotossíntese (TAIZ e ZEIGER, 2011). Os carotenóides desempenham papel essencial na fotoproteção, pelas membranas fotossintéticas poderem ser facilmente danificadas pelas grandes quantidades de energia absorvida pelos pigmentos. Tal mecanismo de fotoproteção atua liberando o excesso 24 de energia antes que possa danificar o organismo. O oxigênio singleto (1O2*) formado a partir da reação de clorofilas excitadas e o oxigênio molecular, encontra-se altamente reativo, danificando muitos componentes celulares, principalmente os lipídeos, sendo os carotenóides responsáveis pela ação protetora por não possuir energia suficiente para formar o oxigênio singleto, retornando à sua forma inicial perdendo energia na forma de calor (TAIZ e ZEIGER, 2011). As funções desempenhadas pelas antocianinas nas plantas são variadas tais como antioxidantes, proteção à ação da luz, mecanismo de defesa e função biológica. As cores vivas e intensas que elas produzem têm papel importante em vários mecanismos reprodutores das plantas, como a polinização e a dispersão de sementes (LOPES et al., 2007). 25 3. MATERIAL E MÉTODOS O presente experimento foi dividido em duas fases sendo a primeira etapa desenvolvida em laboratório e a segunda etapa em viveiro. 3.1. 1ª Etapa: Determinação da taxa de embebição e de germinação 3.1.1.Objetivos: Tendo em vista as divergências encontradas em diversas literaturas sobre o tempo de embebição para sementes de citros objetivo da primeira etapa do experimento foi o de avaliar o tempo ideal para que as sementes ficassem em contato com os produtos sem que estes danificassem suas estruturas bem como a realização do teste de germinação após o período determinado de embebição. 3.1.2. Localização do experimento A primeira parte do experimento foi realizada no laboratório de Análise de Sementes do Departamento de Produção Vegetal - Agricultura da Faculdade de Ciências Agronômicas, Botucatu - SP. 26 3.1.3. Material vegetal e condução Foram utilizadas sementes de limoeiro ‘Cravo’ (Citrus limonia Osbeck), provenientes da Fazenda São José, Rio Claro - SP. No teste de embebição foram utilizadas 4 repetições com 50 sementes cada, com o objetivo de avaliar o peso das sementes até a estabilização, que foram preparadas da seguinte maneira: a) Tratamento testemunha: as sementes foram colocadas separadas -1 para embeber em 200 mL de água destilada cada (quantidade estipulada para cobrir totalmente as sementes); b) Tratamento para retirada da película: as sementes foram primeiramente colocadas em solução de 1L, contendo hipoclorito de sódio 12%, ácido muriático e soda cáustica por 30 minutos, agitadas a cada 15 minutos para a retirada manual da película. Após esse processo, as sementes foram colocadas para embeber em água destilada (CARVALHO et al., 2005). c) Tratamento térmico: as sementes foram colocadas em 1L de água destilada à 52°C por 10 minutos. Após o período, as mesmas foram colocadas para embeber em água destilada (CARVALHO et al., 2005). Determinado o peso inicial de cada amostra (200 sementes) estas foram colocadas, individualmente, em copos descartáveis os quais continham água destilada 200 mL-1 e deixadas embebendo em condições ambiente (25°C). O nível de água dos copos foi mantido constante, restabelecendo-se sempre que necessário. As medições de peso foram realizadas primeiramente a cada meia hora e após a verificação da estabilização do peso, a cada hora, por dez horas. Anterior às pesagens, as sementes foram embrulhadas em papel toalha até que estivessem totalmente secas. Para o cálculo da porcentagem de embebição utilizou-se o peso inicial e o final de cada amostra, com o uso da seguinte fórmula (ROCHA et al., 1984): PE(%) = PF – PI x 100 PI onde, PE (%)= porcentagem de embebição, em relação ao peso incial da amostra; PI= peso inicial da amostra; 27 PF= peso final da amostra. Após os resultados obtidos mediante ao teste de embebição realizou-se a montagem do teste de germinação das sementes após contato com os tratamentos. 3.1.4. Teste de germinação Após a embebição, foi realizado o estudo da germinação de sementes de limoeiro ‘Cravo’ após contato com os reguladores vegetais. As sementes sofreram o processo de retirada de película e ficaram em contato com os tratamentos por 10 horas. Foram utilizadas quatro repetições de 50 sementes por tratamento, semeadas em três folhas de papel germitest, sendo uma utilizada como cobertura para as sementes, em rolos umedecidos com água destilada, na quantidade equivalente a 2,5 vezes o peso do papel seco. Os rolos foram acondicionados em sacos plásticos fechados (0,033mm de espessura) para evitar a desidratação e mantidos em germinadores a 25°C (BRASIL, 1992) por 45dias. A partir do décimo quinto dia foram realizadas contagens diárias do número de sementes germinadas até o quadragésimo quinto dia de instalação do experimento. As sementes foram consideradas germinadas após a emissão da radícula e os resultados foram expressos em porcentagem. 3.1.5. Tratamentos utilizados As sementes foram colocadas em contato com os tratamentos por 10 horas através do processo de embebição. Como fonte do ácido giberélico (GA3) foi utilizado o produto ® comercial ProGibb , para cinetina o produto X-Cyte®, para piraclostrobina + metil tiofanato o produto Acronis®, para cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico o produto Stimulate®, para ácido giberélico - (GA4+7) + 6-benziladenina o produto Promalin® e para cloreto de clormequat o produto Tuval®. Após receberem os tratamentos, as sementes foram colocadas para germinar em papel germitest previamente umidecidos e levados ao germinador. 28 Tabela 1. Tratamentos aplicados via embebição em sementes de limoeiro ‘Cravo’ para teste de germinação. Botucatu-SP, 2009. Tratamentos Concentração do P.A. Qtde aplicada L-1 - - 1- Testemunha 2- Ácido giberélico - GA3 -1 50 mg -1 100 mg -1 50 mL 10 mg L 3- Ácido giberélico - GA3 10 mg L 4- Cinetina (Kt) 0,4 mg L 5- Piraclostrobina + metil tiofanato 6- Cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico (IBA) 7- Ácido giberélico - (GA4+7) + 6-benziladenina (BA) 8- Ácido giberélico - (GA4+7) + 6-benziladenina 9- Cloreto de clormequat (CCC) 10- Cloreto de clormequat + ác. giberélico - GA3 50 g L-1 + 450 g L-1 -1 0,15 mL -1 -1 90 mg L + 50 mg L + 50 mg L 150 mL -1 -1 5 mL -1 -1 10 mL 19 mg L + 19 mg L 19 mg L + 19 mg L -1 100 g L 1 mL 100 g L-1 + 10 mg L-1 1 mL + 100 mg 3.1.6. Análises bioquímicas Aos 31 dias após a implantação do experimento, foram coletadas amostras para congelamento em nitrogênio líquido para a realização das análises bioquímicas em duplicata, realizadas entre 0-4°C. Para as determinações da peroxidase e polifenoloxidase utilizou-se o mesmo extrato preparado em tampão acetato de sódio (pH 5,0, 100mM) e para a superóxido dismutase, catalase e ascorbato peroxidase, o mesmo extrato preparado com tampão fosfato de potássio (pH 7,5, 100mM), ditiotreitol, EDTA e PVPP. Todas as determinações foram realizadas no escuro. - Peroxidase (POD) - EC 1.11.1.7: foram pesados cerca de 0,3 g de tecido vegetal fresco macerados com 5 mL de tampão acetato de sódio pH 5,0, 100mM. O homogenado resultante foi centrifugado por 10 minutos a 6000 rpm. A metodologia utilizada e descrita por Allain et al. (1974) modificado por Lima et al. (1999) constituia-se de 10 µmol de H2O2; 35 µmol de fenol; 2 µmol de 4-aminoantipirina e 250 µL de sobrenadante contendo enzimas livres e 750 µL de tampão, com volume final de 2 mL. Após a permanência de 5 minutos em banho-maria a 30ºC a reação foi interrompida com 2 mL de etanol absoluto e a 29 absorbância medida à 505 nm. A velocidade da reação foi expressa em µmol de H2O2 consumido minuto-1 g-1 proteína; - Superóxido dismutase (SOD) - EC 1.15.1.1: metodologia realizada de acordo com Beuchamp e Fridovich (1971) e Rama Devi e Prasad (1998). Foram pesados aproximadamente 0,1 g do material fresco e agitado com 3 mL do tampão de extração (tampão fosfato de sódio 100 mM, pH 7,5, EDTA 1 mM, DTT 3 mM e 4% de PVPP) com o auxílio de homogeneizador tipo Turrax. Após a centrifugação (30 minutos a 8000 rpm) o sobrenadante foi coletado. Para cada amostra foram utilizados dois tubos de ensaio onde um recebia luz e o outro foi coberto por papel alumínio. Foi usado para cada tubo 50 µL para a determinação da enzima juntamente com 33 µmol L-1 de solução de NBT, 0,66 mmol L-1 de solução de EDTA, 0,00165 mmol L-1 de solução de riboflavina e 5 mmol L-1 de solução de metionina. A solução resultante foi exposta à luz fluorescente por 10 min. A absorbância da solução foi medida em à 560 nm em ambos os tipos de extrato (iluminado e não iluminado) e a diferença entre as duas absorbâncias foi considerada para a determinação da atividade da SOD, que consistiu na inibição da redução do NBT, pela dismutação enzimática do superóxido (U g -1 proteína); - Catalase (CAT) - EC 1.11.1.6: 50 µL do sobrenadante foi adicionado ao tampão de determinação (tampão fosfato de sódio pH 7,5, 100mM), tampão de extração (tampão fosfato de sódio 100 mM, pH 7,5, EDTA 1mM, DTT 3 mM e 4 % de PVPP) e peróxido de hidrogênio 50 mM (KAR e MISHRA,1976). A redução da absorbância nas amostras foi medida a cada 10 segundos por 2 minutos à 240 nm. O consumo de H2O2 foi expresso em µmol H2O2 mg-1 proteína min-1; - Polifenoloxidase (PPO) - EC 1.10.3.1: 300µL do extrato foi utilizado como meio de reação, juntamente com catecol 0,1 M durante 30 minutos a 30°C. Após este período, a reação foi paralizada com adição de ácido perclórico 2 N e a leitura foi feita à 395 nm. Os resultados foram expressos em µmol catecol transformado min-1 g-1 proteína (KAR e MISHRA, 1976; LIMA, 1994; LIMA et al., 1999); - Ascorbato peroxidase (APX) - EC 1.11.1.11: tampão de extração pH 7,5, 100 mM (tampão fosfato de sódio 100 mM, pH 7,5, EDTA 1 mM, DTT 3 mM e 4% de PVPP), água destilada, ascorbato de sódio 50 mM, extrato (75µL) e peróxido de hidrogênio 1 mM foram utilizados para a reação onde foi medida a redução da absorbância a cada 5 30 segundos durante 80 segundos à 290 nm e a atividade da APX foi expressa em µmol ascorbato min-1 mg-1 proteína (NAKANO e ASADA, 1981). Para todas amostras foi realizada a determinação do teor de proteínas solúveis por Bradford (1976) utilizados para o cálculo das atividades específicas. 3.1.7. Delineamento estatístico Foram empregados o delineamento inteiramente casualizado composto por 10 tratamentos, 4 repetições e 50 sementes por repetição. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias, comparadas pelo teste Tukey a 5% de probabilidade. 3.2. 2ª Etapa: Crescimento e desenvolvimento de porta-enxerto cítrico 3.2.1. Objetivo Avaliar o desenvolvimento de porta-enxertos cítricos sob ação de reguladores vegetais. 3.2.2. Localização do experimento O experimento foi instalado no viveiro ELPA Mudas Cítricas, na cidade de Botucatu, Estado de São Paulo, localizado à latitude 22°54’18,8’’S, longitude 48°27’32,8’’W, no período de dezembro de 2008 a agosto de 2009. Toda a estrutura do viveiro está de acordo com as recomendações da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (CATI, 1994). 3.2.2. Material vegetal e condução Após o teste de embebição realizado na primeira etapa e a obtenção do do tempo de embebição de 10 horas, foi instalado a segunda parte do experimento que consistiu na embebição das sementes em reguladores vegetais e, posterior, aplicação via foliar dos mesmos reguladores, porém, em concentrações maiores. 31 As conduções das mudas como tratamentos fitossanitários e nutricionais foram realizados de acordo com a rotina do viveiro. As sementes, doadas pela fazenda São José, Rio Claro - SP, foram tratadas para a retirada das películas das sementes (mediante resultado do teste de embebição). Após o tratamento, as películas foram retiradas com auxílio de um pano e pinça e secas à sombra para posterior armazenamento em geladeira. Em 30 de dezembro/2008, após os tratamentos com reguladores vegetais, semeou-se duas sementes por tubetes em substrato de fibra de coco e irrigadas diariamente, conforme Figura 2. (Foto: Merlin, 2008) Figura 2. Sementes de limoeiro 'Cravo' semeadas em tubetes e a disposição na sementeira. Dezembro/2008. Aos 60 dia após a semeaduras (DAS) as plantas receberam a primeira aplicação dos tratamentos com auxílio de um pulverizador costal pressionado por CO2 comprimido, em pressão constante de 2,46 kgf (cm2)-1 e equipado com ponta de pulverização tipo leque 11002 e volume de calda de 1 litro. As aplicações foram realizadas mensalmente, com exceção do mês de maio, quando foi realizado o transplantio do porta-enxerto para os sacos de polietileno (4L) com substrato casca de pinus. 32 3.2.3. Tratamentos utilizados Na Tabela 2 encontram-se os tratamentos aplicados via semente (mediante resultado do teste de embebição) e via foliar. Apesar de não ser um produto registrado para a cultura de citros, o produto aplicado no tratamento 5 (piraclostrobina + metil tiofanato) foi utilizado, no sentido do estudo dos prováveis efeitos fisiológicos, sendo usado 250 a 300 mL a cada 100 kg de semente. Como fonte do ácido giberélico (GA3) foi utilizado o produto ® ProGibb , para cinetina (Kt) o produto X-Cyte®, para piraclostrobina + metil tiofanato o produto Acronis®, para cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico (IBA) o produto ® Stimulate , para ácido giberélico - (GA4+7) + 6-benziladenin (BA) a o produto Promalin® e para cloreto de clormequat (CCC) o produto Tuval®. Tabela 2. Tratamentos aplicados via embebição e via foliar, respectivamente, em sementes de limoeiro ‘Cravo’ em condições de campo. Botucatu-SP, 2008-2009. Tratamentos Concentração do princípio ativo Qtde aplicada L-1 - - 1- Testemunha 2- GA3 -1 50 mg -1 100 mg 10 mg L 3- GA3 10 mg L -1 4- Kt 0,4 mg L 5- Piraclostrobina + metil tiofanato -1 50 g L + 450 g L -1 6- Kt + GA3 + IBA 50 mL -1 -1 90 mg L + 50 mg L + 50 mg L 7- Kt + GA3 + IBA -1 5 mL -1 -1 10 mL 19 mg L + 19 mg L -1 9- CCC 100 g L -1 10- CCC + GA3 150 mL -1 19 mg L + 19 mg L 8- GA4+7 + BA 0,15 mL -1 100 g L + 10 mg L 1 mL -1 1 mL + 100 mg 3.2.4. Parâmetros avaliados A primeira coleta dos materiais vegetais foi realizadae aos 67 DAS e foi denominada como “caracterização das plantas”, pois, esta foi realizada antes da aplicação foliar e em plantas pertencentes ao tratamento testemunha. As demais avaliações foram realizadas aos 81, 115, 178, 204 e 235 dias após a semeadura (DAS). O maior intervalo entre 33 as avaliações de 115 e 178 DAS foi devido ao transplantio, não sendo realizada nenhuma aplicação e análise das plantas por se tratar de um período de adaptação, formação de novas raízes e novo crescimento. Foram coletadas duas plantas para a medição da altura (cm) e diâmetro (mm) do porta-enxerto, área foliar (cm2), massa de matéria seca da parte radicular e da parte áerea (g). Duas plantas onde se retirou todas as folhas foram coletadas também para as análises bioquímicas. As avaliações de trocas gasosas foram realizadas utilizando-se equipamento com sistema aberto de fotossíntese, com analisador de CO2 e vapor d’água por radiação infra-vermelha (“Infra Red Gas Analyser - IRGA”, modelo LI-6400, LI-COR). As medidas foram calculadas a partir da diferença entre a concentração de CO2 e vapor d’água do ar de referência (valor presente na câmara sem a folha) e da amostra (valor com a folha presente na câmara), obtendo-se as concentrações de vapor d’água e CO2 que foram liberados (transpiração - vapor d’água) e assimilados (assimilação de CO2) pelos estômatos das folhas. Essas medidas foram realizadas no período das 9:00 às 10:00h, aos 81, 115, 178, 204 dias após a semeadura, selecionando-se 4 plantas de cada tratamento, as quais foram escolhidas e padronizadas o 2˚ par de folhas com limbo totalmente expandido. A fim de homogeneizar as repetições, a densidade de fluxo de fótons fotossinteticamente ativos (DFFFA) foi gerada por um diodo emissor de luz acoplado à câmara de fotossíntese, padronizando a luminosidade para 1700 µmol m-2 s-1, para que todas as plantas estivessem sob as mesmas condições de luz. Durante as avaliações, foram coletados dados de temperatura e umidade relativa do ar utilizando o próprio medidor de trocas gasosas. As características de trocas gasosas analisadas foram a taxa de assimilação de CO2 (A, µmol CO2 m-2s-1), taxa de transpiração (E, mmol vapor d’água m-2s-1), condutância estomática (gs, mol m-2s-1) e concentração interna de CO2 na folha (Ci, µmolCO2 mol-1ar). A eficiência do uso da água (EUA, µmolCO2 (mmol H2O)-1) foi determinada através da relação entre assimilação de CO2 e taxa de transpiração e a eficiência de carboxilação (A/Ci) foi determinada através da relação entre taxa de assimilação de CO2 e concentração interna de CO2 na folha. 34 No mesmo dia das coletas para a análise de crescimento, foi realizada a amostragem de plantas para as análises bioquímicas, onde estas foram retiradas dos tubetes ou dos sacos, lavadas, identificadas e armazenadas em sacos plásticos e papel alumínio e posterior congelamento em nitrogênio líquido. Após o congelamento das amostras, estas foram encaminhadas para o freezer do Laboratório de Bioquímica no Instituto de Biociências, Unesp, Botucatu-SP. Com relação as análises bioquímicas, foram estudadas as atividades das enzimas antioxidantes em duplicata, nas quais todas as operações foram realizadas entre 04°C e seguindo o mesmo procedimento de determinação das atividades específicas das enzimas antioxidantes da primeira etapa do experimento. - Clorofilas a e b, carotenóides e antocianinas: analisadas conforme metodologia de Sims & Gamon (2002). Cerca de 0,02 g de extrato previamente macerado foi agitado com solução tamponada (Tris-HCl e acetona 80%), centrifugado por 5 minutos a 6000 rpm. A clorofila a foi lida à 663 nm, clorofila b à 647 nm, carotenóides à 470 nm e antocianina 537nm. O resultados foram expressos em µg g-1. 3.2.5. Delineamento experimental O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso composto por 10 tratamentos, 4 repetições e 30 plantas por parcela. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste Tukey a 5% de probabilidade (FERREIRA, 2000). 35 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1. 1ª Etapa: Determinação da taxa de embebição e germinação Segundo Bewley e Black (1994), o tegumento da semente pode conter várias substâncias capazes de interferir no processo de germinação, tais como fenóis, ceras e substâncias inibidoras da germinação. Também pode constituir-se em um obstáculo para o crescimento embrionário, regulando a disponibilidade de água para a embebição, interferindo nas trocas gasosas e na saída de substâncias inibidoras do embrião, formando uma barreira entre o embrião e o ambiente (ZUCARELI et al., 2009). Através das Figuras 3 A e B pode-se verificar que as sementes tratadas com a retirada da película apresentaram embebição maior que a testemunha, porém, as sementes que sofreram com retirada do tegumento mostraram maior embebição. A porcentagem de embebição demonstra o citado acima, onde as sementes que tiveram a película retirada por extração química apresentaram tendência maior para ganho de massa (13,62 g), após as 10 horas do período de embebição e 36,15% de embebição, devido à maior facilidade de absorção de substâncias por não apresentar uma barreira física. 36 A Água absorvida (g) 14 12 10 8 0 1 testemunha 2 3 4 5 6 Tempo de embebição (h) tratamento retirada película 7 8 9 10 Porcentagem de embebição (%) 40 35 B 30 25 20 15 10 5 0 testemunha tratamento retirada película tratamento térmico tratamento térmico Figuras 3. Curva de embebição das sementes de limoeiro 'Cravo' (A), baseada no ganho de peso (g) em água ao longo do tempo (h) e porcentagem de embebição em relação ao peso (B) inicial (g) das sementes de limoeiro 'Cravo'. Botucatu-SP, 2009. O período de embebição foi de 10 horas devido a estabilização da massa das sementes, já que após 6 horas de condução do teste observa-se aumento da massa em relação à massa anterior de 0,92% para a testemunha, 1,97% para o tratamento de retirada de película e 0,38% para as sementes que receberam o tratamento térmico. Diferente do que foi utilizado por Leonel et al. (1994), Ono et al. (1995) e Leonel e Rodrigues (1999) os quais mantiveram por um período de vinte e quatro horas de embebição para sementes de limoeiro ‘Cravo’ e de citrumelo ‘Swingle’, respectivamente em reguladores vegetais. A velocidade de embebição e o ganho de peso são relativamente rápidos (SOUSA et al., 2005) e de acordo com Carvalho e Nakagawa (2000), a primeira fase possui duração de uma a duas horas, corroborando com o observado na Figura 3 A, na qual na primeira hora as sementes tiveram maior incremento do seu peso. Carvalho e Nakagawa (1983) citam que a absorção de água não se faz de maneira igual pelos diferentes tecidos da semente. A casca absorve muito pouca água e nem poderia ser diferente por se expandir menos que os demais tecidos internos, a fim de poder ser rompida e facilitar a saída da plântula emergente. A casca deve, contudo, absorver água para facilitar a difusão de oxigênio por seu intermédio para os tecidos internos. 37 Com relação ao teste de germinação (Tabela 3) não foram observadas diferenças significativas entre os tratamentos, porém, verifica-se que os tratamentos 5 (piraclostrobina + metil tiofanato), 7 (GA(4+7) + 6-benziladenina - 5 mL L-1) e 9 (cloreto de clormequat - 1 mL L-1) se sobressaem aos demais com germinações próximas a 90%. Tabela 3. Porcentagem de germinação (%) de sementes de limoeiro ‘Cravo’ tratadas com diferentes reguladores vegetais e fungicidas, em condições laboratoriais. Botucatu-SP, 2009. Tratamentos* Porcentagem de germinação (%) 1- Testemunha 82,0 ±1,6 a** 2- GA3 85,5 ± 2,3 a 3- GA3 81,2 ± 1,4 a 4- Kt 81,5 ± 1,9 a 5- Piraclostrobina + metil tiofanato 88,5 ± 2,5 a 6- Kt + GA3 + IBA 82,0 ± 2,8 a 7- Kt + GA3 + IBA 89,0 ± 3,4 a 8- GA4+7 + BA 80,0 ± 2,4 a 9- CCC 88,0 ± 3,2 a 10- CCC + GA3 86,5 ± 2,7 a CV 5,25 *Tratamentos empregados: (1) Testemunha, (2) GA3, (3) GA3, (4) Cinetina, (5) Piraclostrobina + metil tiofanato, (6) Cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico, (7) GA4+7 + 6-benziladenina, (8) GA4+7 + 6-benziladenina, (9) Cloreto de clormequat, (10) Cloreto de clormequat + GA3. **Médias seguidas por letra minúscula não diferem entre si a 5% de probabilidade, pelo teste Tukey. Verificou-se também que cerca de 80% das sementes já haviam germinado aos 45 dias da instalação. Assim, pode-se dizer que em condições ideais de ambiente, as sementes de limoeiro ‘Cravo’ podem germinar antes do período citado em diversas literaturas de 45 a 60 dias . Apesar das condições de campo estarem longe de serem consideradas ideais, o uso dos tratamentos que apresentaram maiores porcentagens de germinação podem levar a uma maior germinação das sementes em menor tempo. A germinação de sementes necessita de GA, possivelmente, para a ativação do crescimento vegetativo do embrião, o enfraquecimento da camada do endosperma 38 que envolve o embrião e restringe seu crescimento, assim como, na mobilização das reservas energéticas do endosperma. Sua presença também estimula a produção de diversas hidrolases (TAIZ e ZEIGER, 2011). A citocinina também está envolvida na germinação de semente,s entretanto, para que isto ocorra é necessário que exista balaço hormonal entre os promotores (giberelina e citocinina) e os inibidores da germinação (ácido abscísico e compostos fenólicos). Além da citocinina atuar no balanço hormonal, ela pode promover a germinação de sementes fotoblásticas positivas por substituição da luz acelerando assim, o processo de germinação, embora a luz não tenha efeito sobre a germinação dos citros. O tratamento 7 (GA4+7 + 6-benziladenina - 5 ml L-1) respondeu ao esperado apresentando, mesmo não significativo, 89% de sementes germinadas aos 45 dias indicando que para estas amostras e nesta concentração, os teores endógenos e os aplicados contribuíram para um balanço adequado influenciando positivamente na germinação de sementes de limoeiro ‘Cravo’. Pode-se ressaltar também, o efeito provocado pelo tratamento 5 (piraclostrobina + metil tiofanato), cuja função além de proteger as sementes de infecções fúngicas, possuem efeito fisiológico auxiliando e melhorando a germinação de sementes. Já para o tratamento 9 (cloreto de clormequat - 1 mL L-1), onde se aplicou um inibidor da síntese de giberelina, esperava-se que este apresentasse baixa porcentagem de germinação pois, sua ação baseia-se em bloquear a síntese de ent-caureno a partir de geranilgeranil difosfato e pelo fato do embrião da semente sintetizar e liberar giberelina no endosperma durante a germinação (TAIZ e ZEIGER, 2011). Sugerindo-se que a concentração de GA no interior das sementes de limoeiro ‘Cravo’, nestas condições, era suficiente para promover a germinação de 88% ou, pelo fato de anteriormente à germinação a giberelina já encontrar-se presente na semente e com isso o tratamento não inibiu a germinação. O mesmo não foi observado por Nagashima et al. (2010) onde o cloreto de mepiquat aplicado via embebição de semente, independentemente da dose utilizada, reduziu a capacidade germinativa das sementes de algodoeiro enquanto que as sementes não tratadas mantiveram a percentagem de germinação até os 180 dias de armazenamento. As plântulas de limoeiro ‘Cravo’ foram avaliadas quanto suas atividades antioxidantes, após os tratamentos com reguladores vegetais, em coleta realizada aos 61 dias após a instalação do experimento. 39 Tabela 4. Médias das atividades específicas para as enzimas antioxidantes polifenoloxidase PPO (µmol catecol transformado min-1 g-1 proteína), peroxidase - POD (µmol de H2O2 consumido minuto-1 g-1 proteína), ascorbato peroxidase - APX (µmol ascorbato min-1 mg-1 proteína), superóxido dismutase - SOD (U g-1 proteína) e catalase - CAT (µmol H2O2 min-1 g-1 proteína) em plântulas de limoeiro ‘Cravo’ tratadas com reguladores vegetais e fungicidas. Botucatu-SP, 2009. Tratamentos* 1 PPO POD ** 0,00072 bc APX SOD CAT 2,1x10 a 0,6784 fg 438,18 a 0,4x10-4 d -5 2 0,00071 bc 1,3x10-5 bc 2,2024 c 392,38 b 1,9x10-4 a 3 0,00090 b 0,7x10-5 def 3,8131 a 383,60 b 1,9x10-4 a 4 0,00073 bc 0,5x10-5 f 2,1695 cd 292,15 d 0,7x10-4 bcd 5 0,00056 c 1,2x10-5 bcd 0,4930 g 231,72 e 1,3x10-4 abc 6 0,00125 a 0,6x10-5 f 1,5121 de 297,71 d 0,7x10-4 bcd 7 0,00056 c 0,7x10-5 ef 0,8218 fg 378,01 b 0,5x10-4cd 8 0,00062 bc 1,5x10-5 b 3,0000 b 346,41 c 1,4x10-4 ab 9 0,00071 bc 1,2x10-5 bcde 1,2820 ef 297,71 d 0,44x10-4 d 10 0,00062 bc 1,0x10-5 cdef 0,8546 efg 340,47 c 2,0x10-4 a CV(%) 13,51 16,23 13,74 2,52 23,80 *Tratamentos empregados: (1) Testemunha, (2) GA3, (3) GA3, (4) Cinetina, (5) Piraclostrobina + metil tiofanato, (6) Cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico, (7) GA4+7 + 6-benziladenina, (8) GA4+7 + 6-benziladenina, (9) Cloreto de clormequat, (10) Cloreto de clormequat + GA3. **Médias seguidas por letra minúscula não diferem entre si a 5% de probabilidade, pelo teste Tukey. Observa-se na Tabela 4 que o tratamento 6 (cinetina + ácido giberélico + ácido indolilbutírico) apresentou a maior atividade específica para a PPO, a testemunha para POD e SOD, o tratamento 3 (ácido giberélico) para APX e CAT e os tratamentos 2 e 10 para a CAT. Comparando-se a porcentagem de germinação e as maiores atividades das enzimas verifica-se que os tratamentos citados acima apresentaram menores porcentagens de germinação (em torno de 82%), caracterizando tais tratamentos como causadores de estresse às sementes de limoeiro ‘Cravo’, por promoverem maior atividade das enzimas antioxidantes, necessárias para a neutralização de radicais livres danosos às células. 40 Observa-se ainda que o tratamento pertencente à família F500 promoveu maior controle interno de processos relacionados com o estresse, como danos às células, já que as plantas apresentaram menores atividades específicas para polifenoloxidase, ascorbato peroxidase e superóxido dismutase, indicando que os ingredientes ativos promoveram maior degradação das espécies reativas de oxigênio, com isso as membranas foram mantidas íntegras não ocasionando danos oxidativos às células. Pode-se afirmar que o teste de germinação realizado em condições laboratoriais para as sementes de limoeiro ‘Cravo’ não foi um bom parâmetro para avaliar a capacidade dos tratamentos empregados em contribuir com a germinação das sementes. Porém, o teste de embebição auxiliou na determinação do tempo ideal que as sementes devem ficar em contato com os reguladores vegetais sem que danificassem qualquer estrutura das mesmas. Ressalta-se ainda, o uso de piraclostrobina + metil tiofanato em aplicações de sementes em limoeiro ‘Cravo’ por permitir que as plântulas se desenvolvessem sem que as condições bióticas e abióticas interferissem no seu sistema oxidativo. 4.2. 2ª Etapa: Crescimento e desenvolvimento do porta-enxerto cítrico 4.2.1. Avaliação das medidas biométricas Observa-se na Tabela 5 (primeira avaliação realizada nas plantas ainda não tratadas via foliar) que os tratamentos 3 (ácido giberélico - 100 mg L-1), 4 (cinetina), 8 (GA4+7 + 6-benziladenina - 10 mL L-1), 2 (ácido giberélico) e testemunha apresentaram as maiores alturas, respectivamente e as plantas pertencentes ao tratamento 10 indicaram menor altura do porta-enxerto. Já o diâmetro do porta-enxerto foi significativamente maior para os tratamentos 9 (cloreto de clormequat), 10 (cloreto de clormequat + ácido giberélico), 3 (ácido giberélico - ácido giberélico - 100 mg L-1), 5 (piraclostrobina + metil tiofanato) e 6 (cinetina + ácido giberélico + ácido indolilbutírico), respectivamente e os menores valores foram apresentados pelos tratamentos 8 (GA4+7 + 6-benziladenina - 10 mL L-1), 4 (cinetina) e 2 (ácido giberélico - 50 mg L-1), respectivamente. 41 Tabela 5. Médias da altura (APE - cm) e do diâmetro do porta-enxerto (DPE - mm) de limoeiro ‘Cravo’ aos 67 DAS provenientes de sementes tratadas com diferentes reguladores vegetais e fungicidas. Botucatu-SP, 2009. Tratamentos* APE DPE 1- Testemunha 8,30 a** 1,25 ab 2- GA3 7,70 a 1,00 b 3- GA3 8,30 a 1,44 a 4- Kt 8,06 a 1,05 b 5- Piraclostrobina + metil tiofanato 7,43 ab 1,40 a 6- Kt + GA3 + IBA 7,33 ab 1,28 a 7- Kt + GA3 + IBA 7,36 ab 1,26 ab 8- GA4+7 + BA 7,85 a 1,25 b 9- CCC 6,98 ab 1,50 a 10- CCC + GA3 5,58 b 1,45 a CV(%) 10,78 9,54 *Tratamentos empregados: (1) Testemunha, (2) GA3, (3) GA3, (4) Cinetina, (5) Piraclostrobina + metil tiofanato, (6) Cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico, (7) GA4+7 + 6-benziladenina, (8) GA4+7 + 6-benziladenina, (9) Cloreto de clormequat, (10) Cloreto de clormequat + GA3. **Médias seguidas por letra minúscula não diferem entre si a 5% de probabilidade, pelo teste Tukey. Aos 81 DAS (Tabela 6) o tratamento 4 (cinetina) apresentou a maior altura (11,150 cm); o tratamento 8 o maior diâmetro (1,58 mm) e massa seca de raiz (0,131 g). O tratamento 2 a maior área foliar significativa (31,242 cm2) e massa seca da parte aérea (0,350 g). Mas ao mesmo tempo, o tratamento à base de giberelina na sua menor concentração (T2) apresentou as menores médias significativas para altura do porta enxerto e massa seca de parte radicular e o tratamento 7 ( para diâmetro do porta-enxerto (1,23 mm), área foliar (9,876 cm2) e massa seca da parte aérea (0,142 g). 42 Tabela 6. Médias da altura (APE - cm), diâmetro do porta-enxerto (DPE - mm), área foliar (AF - cm2), massa seca da parte radicular (MSPR - g) e massa seca da parte aérea (MSPA - g) de plantas de limoeiro ‘Cravo’ provenientes de sementes tratadas com diferentes reguladores vegetais e fungicidas aos 81 DAS. Botucatu-SP, 2009. Tratamentos* APE DPE AF MSPR MSPA 1 8,53 bc ** 1,43 abc 21,302 bc 0,085 bc 0,172 de 2 6,75 c 1,40 abc 31,242 a 0,045 c 0,350 a 3 9,63 ab 1,45 abc 25,365 ab 0,088 b 0,255 bc 4 11,15 a 1,41 abc 16,291 cd 0,110 ab 0,262 bc 5 8,25 bc 1,50 abc 16,890 cd 0,087 b 0,222 cd 6 9,56 ab 1,46 abc 22,311 bc 0,083 bc 0,222 cd 7 7,61 bc 1,23 c 9,876 e 0,071 bc 0,142 e 8 9,20 ab 1,26 bc 13,253 de 0,086 b 0,165 de 9 8,06 bc 1,58 a 21,800 bc 0,131 a 0,310 ab 10 8,56 bc 1,56 ab 21,861 bc 0,109 ab 0,270 bc CV(%) 10,56 8,64 12,87 18,77 10,42 *Tratamentos empregados: (1) Testemunha, (2) GA3, (3) GA3, (4) Cinetina, (5) Piraclostrobina + metil tiofanato, (6) Cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico, (7) GA4+7 + 6-benziladenina, (8) GA4+7 + 6-benziladenina, (9) Cloreto de clormequat, (10) Cloreto de clormequat + GA3. **Médias seguidas por letra minúscula não diferem entre si a 5% de probabilidade, pelo teste Tukey. Na avaliação realizada aos 115 DAS (Tabela 7), a testemunha exibiu médias superiores significativas para a altura (18,550 cm) (menor apenas que as plantas do tratamento 9 - cloreto de clormequat), diâmetro do porta-enxerto (2,78 mm), área foliar (64,965 cm2) e massa seca da parte áerea (0,910 g). Já as plantas do tratamento 2 (ácido giberélico - 50 mg L-1) também apresentaram altura média diferente significativas (17,587 cm) e massa seca da parte radicular (0,446 g). O tratamento 9 (cloreto de clormequat) com maiores valores para altura da planta (18,833 cm), diâmetro (2,78 mm) e massa seca da raiz (0,458 g). A combinação de cloreto de clormequat e ácido giberélico (trat. 10) proporcionou menor altura (12,933 cm) e massa seca da parte áerea (0,402 g); o tratamento 8 (GA4+7 + benziladenina - 10 mL L-1) apresentou área foliar inferior aos demais tratamentos de 33,720 cm2; o acúmulo de massa seca da parte radicular encontra-se nas plantas pertencentes 43 ao tratamento 7 (GA4+7 + benziladenina - 5 mL L-1) e o menor diâmetro ocorreu em plantas do tratamento 2 (ácido giberélico - 50 mg L-1) (2,11 mm). Tabela 7. Médias da altura (APE - cm), diâmetro do porta-enxerto (DPE - mm), área foliar (AF - cm2), massa seca da parte radicular (MSPR - g) e massa seca da parte aérea (MSPA - g) de plantas de limoeiro ‘Cravo’ provenientes de sementes tratadas com diferentes reguladores vegetais e fungicidas aos 115 DAS. Botucatu-SP, 2009. Tratamentos* APE DPE AF MSPR MSPA 1 18,55 a** 2,78 a 64,965 a 0,401 ab 0,910 a 2 17,58 a 2,11 c 43,645 cd 0,446 a 0,615 c 3 17,03 ab 2,66 ab 47,730 bc 0,349 bc 0,577 cd 4 17,02 ab 2,90 a 56,876 ab 0,430 a 0,780 b 5 14,10 c 2,33 bc 40,680 cde 0,335 c 0,560 cd 6 14,93 bc 2,68 ab 53,090 b 0,347 bc 0,765 b 7 14,06 c 2,35 bc 40,145 cde 0,270 d 0,550 cd 8 17,25 ab 2,48 abc 33,720 e 0,370 bc 0,507 d 9 18,83 a 2,78 a 56,095 ab 0,458 a 0,762 b 10 12,93 c 2,53 abc 35,601 de 0,433 a 0,402 e CV(%) 6,58 6,92 8,02 6,37 6,41 *Tratamentos empregados: (1) Testemunha, (2) GA3, (3) GA3, (4) Cinetina, (5) Piraclostrobina + metil tiofanato, (6) Cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico, (7) GA4+7 + 6-benziladenina, (8) GA4+7 + 6-benziladenina, (9) Cloreto de clormequat, (10) Cloreto de clormequat + GA3. **Médias seguidas por letra minúscula não diferem entre si a 5% de probabilidade, pelo teste Tukey. Aos 178 DAS (Tabela 8), o tratamento composto por ácido giberélico na sua menor dose, exibiu médias significativas para o diâmetro do porta-enxerto (3,87 mm), sendo menor que os porta-enxerto dos tratamentos 5 (piraclostrobina + metil tiofanato) (4,03 mm), testemunha (3,92 mm) e tratamento 10 (cloreto de clormequat + ácido giberélico) (3,91 mm), para massa seca da parte radicular (2,422 g) e aérea (2,312 g). Os tratamento 7 (GA4+7 + 6-benziladenina - 5 mL L-1) e 8 (GA4+7 + 6benziladenina - 10 mL L-1) tiveram as maiores alturas 38,375 e 38,000 cm respectivamente, mas ao mesmo tempo as menores médias referentes ao diâmetro 3,23 mm para o tratamento 7, 44 3,26 mm, área foliar de 66,770 cm2, 1,271 g de massa seca de raiz e 1,727 g de massa seca de parte aérea para o tratamento 8. A menor altura foi observada nas plantas pertencentes ao tratamento 4 (cinetina) (27,625 cm). Tabela 8. Médias da altura (APE - cm), diâmetro do porta-enxerto (DPE - mm), área foliar AF (cm2), massa seca da parte radicular (MSPR - g) e massa seca da parte aérea (MSPA - g) de plantas de limoeiro ‘Cravo’ provenientes de sementes tratadas com diferentes reguladores vegetais e fungicidas aos 178 DAS. Botucatu-SP, 2009. Tratamentos* APE DPE AF MSPR MSPA 1 29,37 cd** 3,92 a 111,866 e 2,176 ab 1,895 bcd 2 34,62 ab 3,87 a 156,106 ab 2,422 a 2,312 a 3 32,00 bcd 3,80 ab 137,125 cd 2,071 abc 2,067 abcd 4 27,62 d 3,36 bc 136,781 cd 1,542 de 1,865 bcd 5 31,12 bcd 4,03 a 161,901 ab 1,796 bcd 2,212 ab 6 32,00 bcd 3,66 abc 165,991 a 1,645 cde 2,117 abc 7 38,37 a 3,23 c 127,080 de 1,440 de 1,765 cd 8 38,00 a 3,26 c 66,770 f 1,271 e 1,727 d 9 30,12 bcd 3,28 c 149,496 abc 1,763 bcd 1,882 bcd 10 34,00 abc 3,91 a 147,932 bc 1,705 cde 2,247 ab CV(%) 6,31 5,35 5,17 10,60 7,83 *Tratamentos empregados: (1) Testemunha, (2) GA3, (3) GA3, (4) Cinetina, (5) Piraclostrobina + metil tiofanato, (6) Cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico, (7) GA4+7 + 6-benziladenina, (8) GA4+7 + 6-benziladenina, (9) Cloreto de clormequat, (10) Cloreto de clormequat + GA3. **Médias seguidas por letra minúscula não diferem entre si a 5% de probabilidade, pelo teste Tukey. Observa-se que aos 204 DAS (Tabela 9) o tratamento 2 (ácido giberélico - 50mg L-1) apresentou médias significativas para a altura (53,937 cm) e diâmetro (5,60 mm) do porta-enxerto, área foliar (392,408 cm2), massa seca de parte radicular (7,872 g) e aérea (6,824 g). Em contrapartida, o tratamento a base de GA4+7 + 6-benziladenina, na sua maior concentração, exibiu menores médias significativas para o diâmetro do portaenxerto (4,22 mm), área foliar (232,035 cm2) e massa seca de raiz (4,798 g); as plantas 45 provenientes da testemunha obtiveram médias inferiores para altura (42,603 cm), massa seca de parte radicular (4,693 g) e aérea (4,245 g). Tabela 9. Médias da altura (APE - cm), diâmetro do porta-enxerto (DPE - mm), área foliar AF (cm2), massa seca da parte radicular (MSPR - g) e massa seca da parte aérea (MSPA - g) de plantas de limoeiro ‘Cravo’ provenientes de sementes tratadas com diferentes reguladores vegetais e fungicidas aos 204 DAS. Botucatu-SP, 2009. Tratamentos* 1 APE 42,60 d ** DPE AF MSPR MSPA 4,90 abc 252,058 d 4,693 d 4,245 f 2 53,93 a 5,60 a 392,408 a 7,872 a 6,824 a 3 47,50 bcd 5,32 a 294,647 c 7,141 a 4,932 de 4 50,31 abc 4,50 bc 334,785 b 6,396 bc 5,807 b 5 47,81 bcd 5,12 ab 347,211 b 6,792 ab 5,213 cde 6 45,62 cd 4,95 ab 295,910 c 5,067 d 4,750 ef 7 52,68 ab 4,92 abc 334,221 b 5,210 cd 5,607 bc 8 54,32 a 4,22 c 232,035 e 4,798 d 4,756 ef 9 49,56 abc 5,30 a 334,174 b 6,831 ab 5,369 bcd 10 50,93 abc 5,10 ab 292,209 c 6,935 ab 5,255 cde CV(%) 4,81 5,87 1,82 8,61 4,04 *Tratamentos empregados: (1) Testemunha, (2) GA3, (3) GA3, (4) Cinetina, (5) Piraclostrobina + metil tiofanato, (6) Cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico, (7) GA4+7 + 6-benziladenina, (8) GA4+7 + 6-benziladenina, (9) Cloreto de clormequat, (10) Cloreto de clormequat + GA3. **Médias seguidas por letra minúscula não diferem entre si a 5% de probabilidade, pelo teste Tukey. Aos 235 DAS (Tabela 10) as plantas que receberam aplicação do tratamento 2 (ácido giberélico - 50mg L-1) tiveram as maiores médias significativas para altura (73,250 cm), diâmetro (7,35 mm), área foliar (628,709 cm2), massa seca da parte aérea (11,337 g) e radicular (13,322 g). O tratamento 9 (cloreto de clormequat) também apresentou médias significativas para o diâmetro (7,28 mm) e para a massa seca de parte radicular (11,900 g). Verifica-se na testemunha as menores médias significativas para a altura (55,832 cm), área foliar (392,250 cm2), massa seca da parte aérea (6,597 g) e radicular 46 (7,211 g) e também, para o tratamento 8 (GA4+7 + 6-benziladenina - 10 mL L-1) quanto ao diâmetro do porta-enxerto (5,15 mm), área foliar (397,300 cm2) e massa seca da raiz (8,325 g). Tabela 10. Médias da altura (APE - cm), diâmetro do porta-enxerto (DPE - mm), área foliar AF (cm2), massa seca da parte radicular (MSPR - g) e massa seca da parte aérea (MSPA - g) de plantas de limoeiro ‘Cravo’ provenientes de sementes tratadas com diferentes reguladores vegetais e fungicidas aos 235 DAS. Botucatu-SP, 2009. Tratamentos* APE DPE AF MSPR MSPA 1 55,832 c** 5,86 bc 392,250 f 7,211 c 6,597 e 2 73,250 a 7,35 a 628,709 a 13,322 a 11,337 a 3 63,000 abc 6,83 ab 452,170 d 12,211 a 7,800 cd 4 73,000 a 5,63 bc 532,788 bc 11,250 ab 9,750 b 5 64,500 abc 6,18 abc 532,520 bc 11,788 a 8,217 cd 6 59,250 bc 6,21 abc 425,828 e 8,488 c 7,385 de 7 67,000 ab 6,56 ab 541,361 a 8,981 bc 9,450 b 8 70,650 a 5,15 c 397,300 f 8,325 c 7,787 cd 9 69,000 ab 7,28 a 518,851 c 11,900 a 8,857 bc 10 67,875 ab 6,30 abc 436,487 de 12,165 a 8,267 cd CV(%) 6,42 8,52 1,83 9,84 5,21 *Tratamentos empregados: (1) Testemunha, (2) GA3, (3) GA3, (4) Cinetina, (5) Piraclostrobina + metil tiofanato, (6) Cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico, (7) GA4+7 + 6-benziladenina, (8) GA4+7 + 6-benziladenina, (9) Cloreto de clormequat, (10) Cloreto de clormequat + GA3. **Médias seguidas por letra minúscula não diferem entre si a 5% de probabilidade, pelo teste Tukey. As giberelinas regulam o crescimento e desenvolvimento de plantas (MONTEIRO, 1985), causando efeitos dramáticos no alongamento de caules e folhas em plantas intactas, estimulando tanto a divisão quanto o alongamento celular (RAVEN et al., 2000). Em citros, as giberelinas podem, por exemplo, promover o crescimento vegetativo, inibir o florescimento e aumentar a fixação de frutos; contudo, o tipo e a intensidade dessas respostas são dependentes da concentração aplicada e do estádio fenológico no qual a planta se encontra no momento da aplicação (KOSHITA et al., 1999). 47 Observa-se que aos 115, 178 e 204 DAS a aplicação de giberelina (50 mg L-1) promoveu aumento da altura do porta-enxerto atingindo 73,25 cm aos 235 DAS, 31,2% maior que as plantas pertencentes à testemunha. Verifica-se também, que o mesmo tratamento influenciou positivamente o diâmetro do porta-enxerto, área foliar, massa seca de parte aérea e radicular, 42,7, 60,3, 84,7 e 71,8%, respectivamente, maiores que os tratamentos que apresentaram as menores médias para estes parâmetros (tratamento 8 - GA4+7 + 6benziladenina (10 mL L-1) para o diâmetro e testemunha para os demais). O mesmo foi observado por Leonel e Rodrigues (1986) em portaenxertos de limoeiro ‘Cravo’ onde a aplicação de ácido giberélico na concentração de 50 mg L-1 aumentou o diâmetro, área foliar e peso seco de caule, enquanto que a concentração de 75 mg L-1 promoveu incremento da área foliar, peso seco de folhas e caule. Sidahmed (1978) utilizando laranja ‘Azeda’ aplicou GA3 em portaenxertos com oito meses de idade, nas concentrações de 0, 25, 50, 75, 100 e 200 mg L-1, em intervalos quinzenais e verificou aumento porcentual no crescimento, variável entre 13,95 e 38,80%, para as concentrações empregadas. Resultados estes que são explicados pelo modo de ação das giberelinas que promovem o alongamento celular, ligando-se ao receptor protéico localizado na membrana, envolvendo neste processo, a divisão celular (estimulando ou acelerando a passagem das fases da mitose), o aumento da sensibilidade da parede celular (promove crescimento não ácido, atuando em conjunto com a auxina por necessitar da ativação rápida das enzimas hidrolíticas já que seu efeito é mais lento, inibindo a peroxidase da parede celular dificultando a ligação de compostos fenólicos, principalmente, a lignina, evitando o endurecimento da parede celular) e a extensão celular (sintetizando enzimas hidrolíticas que irão hidrolisar o amido e frutanos em glicose e frutose, entre outros). O mesmo tratamento proporcionou incremento no diâmetro do portaenxerto, anteriormente, aos demais tratamentos já que aos 204 DAS as plantas avaliadas apresentavam diâmetro de 5,60 mm, valor próximo ao considerado ideal para a enxertia que de acordo com Carvalho et al. (2005) varia entre 6 a 8 mm. Esta informação é de suma importância para os viveiristas, pois com a redução no tempo de produção do porta-enxerto o retorno econômico seria mais rápido. 48 O produto GA4+7 + 6-benziladenina (tratamentos 7 e 8) promove maior divisão e alongamento das células nos frutos, proporcionando assim, frutos de maior tamanho e melhor formato, com relação comprimento/diâmetro mais apropriada. Plantas tratadas com o produtos também apresentam folhas maiores, o que confere a elas maior capacidade fotossintética (SUMITOMO CHEMICAL, 2011). Stephen et al. (1986) observaram que a citocinina quando combinada com GA4+7, incrementa o crescimento vegetativo total. Entretanto, observa-se que o tratamento que utilizou a maior dose do produto (10 mL L-1) apresentou menores médias significativas para diâmetro do porta-enxerto (67, 178, 204 e 235 DAS), área foliar (115, 178 e 235 DAS) e massa seca de parte radicular (178, 204 e 235 DAS). Estes dados comprovam os sintomas visuais das plantas as quais apresentavam-se estioladas e com folhas muito pequenas, causando estresse, provavelmente, devido à fitotoxicidade do produto causada pela dose mais alta. Kiang (1983) aplicando o mesmo produto, porém, via solo, na concentração de 1 mL 800 mL-1 em limão ‘Rugoso’ aos 3 meses de idade, verificou que houve aumento do diâmetro do caule e do peso fresco da parte aérea e radicular. Os porta-enxertos pertencentes à testemunha tiveram desenvolvimento inferior aos tratamentos estudados para a altura, área foliar, massa seca de raiz e massa seca de parte aérea aos 204 e 235 DAS. 4.2.2. Avaliações bioquímicas 4.2.2.1. Teor de clorofila, antocianinas e carotenóides Para as análises referentes aos teores de clorofila a, clorofila b, antocianinas e carotenóides as avaliações realizadas aos 67 DAS serão utilizadas como padrão, sem aplicação de reguladores vegetais os quais encontram-se na tabela 11. 49 Tabela 11. Caracterização das amostras referentes à coleta aos 67 DAS para peroxidase (µmol de H2O2 consumido min.-1 g-1 proteína), polifenoloxidase (µmol catecol transformado min-1 g-1 proteína), ascorbato peroxidase (µmol ascorbato min-1 mg-1 proteína), catalase (µmol H2O2 mg-1 proteína min-1), superóxido dismutase (U g -1 proteína), clorofilas a (µg g-1) e b (µg g-1), antocianinas (µg g-1) e carotenóides (µg g-1). Botucatu-SP, 2009. Parâmetros bioquímicos Média Desvio padrão Peroxidase 1,25x10-5 ± 5,51x10-7 Polifenoloxidase 7,04x10-6 ± 1,71x10-5 Ascorbato peroxidase 4,13x10-6 ± 1,01x10-6 Catalase 6,45x10-8 ± 5,86x10-9 Superóxido dismutase 131,47 ± 3,28 Clorofila a 897,64 ± 25,52 Clorofila b 332,57 ± 10,67 Antocianina 182,75 ± 8,79 Carotenóides 278,09 ± 5,31 Observa-se que aos 81 DAS (Figura 4), o tratamento 8 (GA4+7 + 6benziladenina, 10 mL L-1) apresentou os maiores teores de clorofila a (1076,19 µg g-1), clorofila b (599,39 µg g-1), antocianinas (991,02 µg g-1) e carotenóides (426,71 µg g-1). Enquanto que o tratamento 9 (cloreto de clormequat) apresentou as menores médias para clorofila a (509,61 µg g-1), b (214,18 µg g-1) e carotenóides (187,14 µg g-1). 50 1200.00 a 1000.00 800.00 A a abc cde cde abc bcd bcd d e 600.00 400.00 700.00 bcd bcd bcd bcd cd d 200.00 100.00 0.00 0.00 2 3 4 5 6 Tratamentos 7 8 9 1400.00 C a 1200.00 800.00 600.00 400.00 b b b 3 4 b b b b 2 3 4 5 6 Tratamentos 7 8 9 10 D 600.00 1000.00 b 1 10 b Teor de carotenóides (µg g-1) 1 Teor de antocianinas (µg g-1) abc abc 300.00 200.00 200.00 ab 500.00 400.00 B a 600.00 Toer de clorofila b (µg g-1) Teor de clorofila a (µg g-1) 1400.00 a 500.00 400.00 300.00 ab ab ab ab c ab bc ab c 200.00 100.00 0.00 1 2 5 6 Tratamentos 7 8 9 10 0.00 1 2 3 4 5 6 Tratamentos 7 8 9 10 Figura 4. Médias dos teores de clorofilas a e b (A e B), antocianinas e carotenóides (C e D) (µg g-1) em plantas de limoeiro ‘Cravo’ tratadas com diferentes reguladores vegetais e fungicida aos 81 DAS. Botucatu-SP, 2009. Barra na vertical= DMS a 5% de probabilidade e *ns= não significativo. *Tratamentos empregados: (1) Testemunha, (2) GA3, (3) GA3, (4) Cinetina, (5) Piraclostrobina + metil tiofanato, (6) Cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico, (7) GA4+7 + 6-benziladenina, (8) GA4+7 + 6-benziladenina, (9) Cloreto de clormequat, (10) Cloreto de clormequat + GA3. Médias seguidas por letra minúscula não diferem entre si a 5% de probabilidade, pelo teste Tukey. Aos 115 DAS (Figura 5) verifica-se que o tratamento 8 (GA4+7 + 6benziladenina, 10 mL L-1) apresentou os maiores teores significativos de clorofilas a (1051,84 µg g-1), b (455,52 µg g-1) e carotenóides (317,95 µg g-1), sendo que para as antocianinas o mesmo tratamento exibiu a menor média (70,4695 µg g-1). O maior valor de antocianina encontra-se no tratamento 3 (ácido giberélico - 100 mg L-1) (365,26 µg g-1). 51 1400.00 800.00 b b b ab b b Teor de clorofila b (µg g-1) Teor de clorofila a (µg g-1) 1200.00 1000.00 600.00 A a b b b 600.00 400.00 200.00 2 450.00 3 4 5 6 Tratamentos 7 8 9 400.00 300.00 ab ab ab ab ab ab b b b 200.00 100.00 a ab 300.00 250.00 200.00 bc bc bc bc bc bc bc c 100.00 50.00 0.00 2 3 4 5 6 Tratamentos 7 8 9 10 a 400.00 C 400.00 350.00 1 10 Teor de carotenóides (µg g-1) 1 Teor de antocianina (µg g-1) 500.00 0.00 0.00 150.00 B a D 350.00 ab 300.00 250.00 ab ab ab ab ab ab b b 200.00 150.00 100.00 50.00 0.00 1 2 3 4 5 6 Tratamentos 7 8 9 10 1 2 3 4 5 6 Tratamentos 7 8 9 10 Figura 5. Médias dos teores de clorofilas a e b (A e B), antocianinas e carotenóides (C e D) (µg g-1) em plantas de limoeiro ‘Cravo’ tratadas com diferentes reguladores vegetais e fungicida aos 115 DAS. Botucatu-SP, 2009. Barra na vertical= DMS a 5% de probabilidade e *ns= não significativo. *Tratamentos empregados: (1) Testemunha, (2) GA3, (3) GA3, (4) Cinetina, (5) Piraclostrobina + metil tiofanato, (6) Cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico, (7) GA4+7 + 6-benziladenina, (8) GA4+7 + 6-benziladenina, (9) Cloreto de clormequat, (10) Cloreto de clormequat + GA3. Médias seguidas por letra minúscula não diferem entre si a 5% de probabilidade, pelo teste Tukey. O teor de clorofila a foi significativamente superior somente para o tratamento 3 (ácido giberélico - 100 mg L-1) (1407,73 µg g-1) aos 178 dias após a semeadura (DAS) (Figura 6 A), o de clorofila b para o tratamento 8 (GA4+7 + 6-benziladenina - 10 mL L1 ) (781,48 µg g-1) (Figura 6 B), antocianinas para os tratamentos 2 (ácido giberélico - 50 mg L-1) (825,02 µg g-1) e 5 (piraclostrobina + metil tiofanato) (941,73 µg g-1) (Figura 6 C) e de carotenóides para o tratamento 2 (511,73 µg g-1) (Figura 6 D). O tratamento 4 (cinetina) propiciou que as amostras apresentassem os menores teores para todas os parâmetros analisados (526,36; 184,28; 129,81 e 199,81 µg g-1, respectivamente) e o tratamento 6 (cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico) também 52 indicou valores significativamente inferiores para as antocianinas (176,94 µg g-1) e carotenóides (226,26 µg g-1). 1600.00 ab A a 900.00 1200.00 abc bcde bcde 1000.00 def bcd cdef ef f 600.00 400.00 Teor de clorofila b (µg g-1) Teor de clorofila a (µg g-1) 1400.00 800.00 200.00 800.00 700.00 600.00 500.00 ab bc ab bc ab bc bc 400.00 300.00 bc c 200.00 100.00 0.00 0.00 2 3 4 1200.00 5 6 Tratamentos 7 8 9 10 C a a 1000.00 ab 800.00 abc bcd 600.00 400.00 cd d 200.00 1 d d d 2 3 4 5 6 Tratamentos 500.00 8 9 10 D a ab abc abc 400.00 300.00 7 a 600.00 Teor de carotenóides (µg g-1) 1 Teor de antocianinas (µg g-1) B a 1000.00 bcd bcd cd d d 200.00 100.00 0.00 0.00 1 2 3 4 5 6 Tratamentos 7 8 9 10 1 2 3 4 5 6 Tratamentos 7 8 9 10 Figura 6. Médias dos teores de clorofilas a e b (A e B), antocianinas e carotenóides (C e D) (µg g-1) em plantas de limoeiro ‘Cravo’ tratadas com diferentes reguladores vegetais e fungicida aos 178 DAS. Botucatu-SP, 2009. Barra na vertical= DMS a 5% de probabilidade e *ns= não significativo. *Tratamentos empregados: (1) Testemunha, (2) GA3, (3) GA3, (4) Cinetina, (5) Piraclostrobina + metil tiofanato, (6) Cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico, (7) GA4+7 + 6-benziladenina, (8) GA4+7 + 6-benziladenina, (9) Cloreto de clormequat, (10) Cloreto de clormequat + GA3. Médias seguidas por letra minúscula não diferem entre si a 5% de probabilidade, pelo teste Tukey. Na última avaliação realizada (235 DAS), os tratamentos 10 (cloreto de clormequat + ácido giberélico) (1005,57 µg g-1), 9 (cloreto de clormequat) (995,10 µg g-1) e 8 (GA4+7 + 6-benziladenina - 10 mL L-1) (958,22 µg g-1) exibiram os maiores teores significativos para a clorofila a, enquanto que para a clorofila b somente o tratamento 10 (529,80 µg g-1) foi superior aos demais. Verifica-se para o tratamento 6 (cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico) os menores teores de clorofila a (570,14 µg g-1) e clorofila b (211,42 µg g-1). 53 O tratamento 3 (GA3 na sua maior concentração) mostrou maiores valores para antocianinas (267,07 µg g-1) e o tratamento 4 (cinetina) o menor valor (43,88 µg g-1). Os teores de carotenóides foram significativamente superiores nos tratamentos 3 (ácido giberélico - 100 mg L-1) (322,68 µg g-1), 9 (cloreto de clormequat) (333,20 µg g-1) e 10 (cloreto de clormequat + ácido giberélico) (324,45 µg g-1) e o tratamento 8 (GA4+7 + 6-benziladenina - 10 mL L-1), apresentou a menor média (203,14 µg g-1). 1000.00 ab ab a ab ab a A a ab 800.00 bc c 600.00 400.00 200.00 500.00 400.00 ab ab ab ab ab ab 300.00 ab ab b 200.00 0.00 2 350.00 3 4 5 6 Tratamentos 7 8 9 a abc ab 200.00 150.00 bc d bcd bcd bcd bcd d cd 50.00 2 3 4 5 6 Tratamentos 7 8 9 a 350.00 300.00 ab ab 10 a D a 9 10 400.00 C 300.00 250.00 1 10 Teor de carotenóides (µg g-1) 1 Teor de antocianinas (µg g-1) 600.00 100.00 0.00 100.00 B a 700.00 Teor de clorofila b (µg g-1) Teor de clorofila a (µg g-1) 1200.00 ab ab ab ab 250.00 b 200.00 150.00 100.00 50.00 0.00 0.00 1 2 3 4 5 6 Tratamentos 7 8 9 10 1 2 3 4 5 6 Tratamentos 7 8 Figura 7. Médias dos teores de clorofilas a e b (A e B), antocianinas e carotenóides (C e D) (µg g-1) em plantas de limoeiro ‘Cravo’ tratadas com diferentes reguladores vegetais e fungicida aos 235 DAS. Botucatu-SP, 2009. Barra na vertical= DMS a 5% de probabilidade e *ns= não significativo. *Tratamentos empregados: (1) Testemunha, (2) GA3, (3) GA3, (4) Cinetina, (5) Piraclostrobina + metil tiofanato, (6) Cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico, (7) GA4+7 + 6-benziladenina, (8) GA4+7 + 6-benziladenina, (9) Cloreto de clormequat, (10) Cloreto de clormequat + GA3. Médias seguidas por letra minúscula não diferem entre si a 5% de probabilidade, pelo teste Tukey. As clorofilas de plantas superiores, samambaias, musgos e algas verdes consistem de clorofila a como o pigmento mais importante e clorofila b como um 54 pigmento acessório. Ambos são componentes das membranas dos tilacóides e ocorrem em uma proporção a/b de 3:1 (LICHTENTHALER, 1977; LICHTENTHALER et al., 1981). Condições bióticas e abióticas podem modificar esta proporção. Plantas de sol exibem proporção a/b de 3,2 a 4, enquanto que as plantas de sombra apresentam valores baixos de 2,5 a 2,9 (SEYBOLD e EGLE, 1970; LICHTENTHALER et al., 1982). Na Tabela 11 encontram-se os dados de caracterização das amostras para as clorofilas a e b, antocianinas e carotenóides que comparados com as médias significativas dos tratamentos da avaliação aos 81 DAS verifica-se para o tratamento 8 (GA4+7 + 6-benziladenina - 10 mg L-1) aumento de 19,89% para clorofila a, 80,22 % para clorofila b, enquanto que o tratamento 9 (cloreto de clormequat) apresentou médias significativamente inferiores com redução de 43,2% para a clorofila a, 35,5% para clorofila b, 32,7% para os carotenóides e aumento de 2,2% para as antocianinas. Retardadores de crescimento visam produção mais compacta de ramos, folhas mais verdes e florescimento precoce, atuando também na formação da clorofila e, portanto, na assimilação da radiação (STEFANINI et al., 2002). Nas demais avaliações o tratamento 8 (GA4+7 + 6-benziladenina - 10 mL L-1) sobressai-se dos demais quanto ao teor de clorofila a (81, 115 e 235 DAS), clorofila b (81, 115, 178 DAS), antocianinas (81 DAS) e carotenóides (81, 115 DAS), sendo estes dados justificados por conter em sua formulação citocinina. Este hormônio vegetal tem importante relação com a produção de clorofila, formação de cloroplastos e retardamento da senescência, inibindo neste caso, a degradação da clorofila atuando na manutenção da cor verde, fazendo com que o tecido permaneça fotossinteticamente ativo por mais tempo. Os demais tratamentos (4 - cinetina e 6 - cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico) que apresentam em sua formulação citocinina apresentavam 95% a menos do composto se comparado ao produto do tratamento 8 (GA4+7 + 6-benziladenina - 10 mL L-1), sendo a diferença de concentração do produto ativo uma possível causa dos tratamento 4 e 6 não terem apresentado dados significativos quanto ao teor de clorofilas. As antocianinas são pigmentos responsáveis pela maioria das cores azul, roxa e todas as tonalidades de vermelho encontradas em flores, frutos, algumas folhas, caules e raízes de plantas (MARKAKIS, 1982). São compostos solúveis em água e altamente 55 instáveis em temperaturas elevadas (SHAHIDI e NACZK, 1995). Elas podem atuar como compostos antioxidantes auxiliando a diminuir os danos foto-oxidativos (STEYN et al., 2002). Os teores de antocianinas nas folhas de limoeiro ‘Cravo’ neste experimento não apresentam relações entre as avaliações realizadas, com exceção do tratamento 3 (GA3 - 100 mg L-1) que apresentou médias significativas aos 115 e 235 DAS . Tanto os tratamentos baseados em cinetina como em 6-benziladenina estavam entre os tratamentos com médias significativamente menores, ressaltando-se o tratamento 4 (cinetina) cujos teores foram 89,1, 76,3, 86,2 e 83,5% menores que as maiores médias encontradas aos 81, 115, 178 e 235 DAS. No entanto, de acordo com a literatura, a auxina é o hormônio que apresenta relação com o teor de antocianinas onde quanto menor for a concentração de auxina, maior será o teor de antocianinas (PASQUA et al., 2005). O mesmo efeito não foi observado, sendo que os maires teores encontram-se nas plantas tratadas com ácido giberélico. Dados deste experimento não estão em concordância com Pasqua et al. (2005), que avaliando os efeitos de reguladores vegetais em Camphoteca acuminata observaram que a produção de antocianina na presença de cinetina foi maior do que na presença de benziladenina (BA). Estudos anteriores demonstraram que BA estimula a produção de antocianina em Oxalis linearis (RAMACHANDRA e RAVISHANKAR , 2002), Haplopappus gracilis (CONSTABLE et al., 1971), Daucus carota (OZEKI e KOMAMINE, 1986), Aralia cordata (SAKAMOTO et al., 1993) e Vaccinium pahalae (FANG et al., 1998) e altas concentrações de citocinina reduzem a produção de antocianinas (PASQUA et al., 2005). Os carotenóides desempenham duas importantes funções na fotossíntese, atuando como antenas auxiliares absorvendo luz em regiões do espectro visível onde a clorofila não absorve eficientemente e como fotoprotetores do sistema fotossintético, onde neste mecanismo envolve a supressão dos estados tripletes da clorofila, evitando a formação de oxigênio singleto (MOORE et al., 1985; MIMURO e KATOH, 1991). Para a avaliação realizada aos 81 e 115 DAS o tratamento 8 (GA4+7 + 6-benziladenina - 10 mL L-1) apresentou as maiores médias significativas, enquanto que aos 178 e 235 DAS, os tratamentos 2 (ácido giberélico - 50 mg L-1) (178 DAS), 3 (ácido giberélico - 100 mg L-1) , 9 (cloreto de clormequat) e 10 (cloreto de clormequat + ácido giberélico) (235 DAS) apresentaram teores superiores aos demais. Com relação às menores médias significativas, para cada avaliação observa-se tratamentos diferentes com baixos 56 teores, indicando que os tratamentos utilizados não foram boas fontes para a produção de carotenóides e não promoveram relações entre as avaliações, indicando aumento ou redução do teor. O alto teor de carotenóides encontrados nas amostras da última avaliação (235 DAS) relaciona-se com a alta atividade das enzimas antioxidantes. Verifica-se para o tratamento 9 (cloreto de clormequat) atividades superiores para polifenoloxidase, peroxidase, superóxido dismutase e catalase; para o tratamento 10 (cloreto de clormequat + ácido giberélico) a ascorbato peroxidase e para o tratamento 3 (ácido giberélico - 100 mg L-1) ascorbato peroxidase, superóxido dismutase e catalase (dados mostrados no item 4.2.2.2), indicando que os altos teores de carotenóides encontrados nesta avaliação podem ser caracterizados como indicadores de estresse aliados às atividades das enzimas as quais em conjunto vão atuar contra os radicais livres presentes nas células provenientes, neste caso, do processo fotossintético, onde o oxigênio singleto formado a partir da reação de clorofilas excitadas e o oxigênio molecular (altamente reativos) causam danos aos componentes celulares (TAIZ e ZEIGER, 2011). 4.2.2.2.Atividade das enzimas antioxidantes Aos 81 DAS (Tabela 12) os tratamentos 1 (testemunha), 2 (ácido giberélico - 50 mg L-1) e 8 (GA4+7 + 6-benziladenina - 10 mL L-1) apresentaram as menores atividades significativas para a polifenoloxidase, peroxidase, superóxido dismutase e ascorbato peroxidase. O tratamento 4 (cinetina) mostrou a segunda menor média para PPO, POD, SOD e APX e o tratamento 2 e 8 as segundas menores médias para a catalase. O tratamento 5 (piraclostrobina + metil tiofanato) apresentou as atividades específicas significativas para as enzimas SOD, APX e CAT sendo que para a PPO e POD indicou o segundo maior valor de atividade encontrado. O tratamento 6 (cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico) também foi significativamente superior quando comparado aos demais tratamentos nas enzimas polifenoloxidase e ascorbato peroxidase, enquanto que para a superóxido dismutase e catalase, exibiu a segunda maior média. O tratamento 10 (cloreto de clormequat + ácido giberélico) apresentou alta atividade nas enzimas PPO, POD, APX e CAT e para a SOD a segunda maior média. 57 Tabela 12. Médias das atividades específicas para as enzimas antioxidantes polifenoloxidase PPO (µmol catecol transformado min-1 g-1 proteína), peroxidase - POD (µmol de H2O2 consumido minuto-1 g-1 proteína), ascorbato peroxidase - APX (µmol ascorbato min-1 mg-1 proteína), superóxido dismutase - SOD (U g-1 proteína) e catalase - CAT (µmol H2O2 min-1 g-1 proteína) em plantas de limoeiro ‘Cravo’ tratadas com diferentes reguladores vegetais e fungicidas aos 81 DAS. Botucatu-SP, 2009. Tratamentos* PPO POD APX SOD CAT 1 0,00067 d* 5,9x10-6 bcde 0,3028 c 162,59 e 6,6x10-7 de 2 0,00069 d 6,6x10-6 bcd 0,2904 c 167,74 e 5,8x10-7 ef 3 0,00072 cd 5,7x10-6 cde 0,5473 b 143,88 e 4,0x10-7 f 4 0,00080 cd 5,5x10-6 de 0,4307 bc 221,48 d 8,9x10-7 c 5 0,00114 ab 7,2x10-6 ab 1,1436 a 456,11 a 2,2x10-6 a 6 0,00120 a 6,6x10-6 bcd 0,9737 a 399,83 b 1,3x10-6 b 7 0,00099 abc 6,8x10-6 bcd 1,0713 a 327,18 c 8,5x10-6 cd 8 0,00067 d 4,7x10-6 e 0,3468 a 166,61 e 5,6x10-7 ef 9 0,00091 bcd 7,0x10-6 bc 0,3539 c 272,20 c 9,0x10-7 c 10 0,00126 a 8,4x10-6 a 0,7660 a 375,00 b 2,2x10-6 a CV(%) 10,18 7,47 10,60 4,06 6,63 *Tratamentos empregados: (1) Testemunha, (2) GA3, (3) GA3, (4) Cinetina, (5) Piraclostrobina + metil tiofanato, (6) Cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico, (7) GA4+7 + 6-benziladenina, (8) GA4+7 + 6-benziladenina, (9) Cloreto de clormequat, (10) Cloreto de clormequat + GA3. **Médias seguidas por letra minúscula não diferem entre si a 5% de probabilidade, pelo teste Tukey. Na avaliação realizada aos 115 DAS, o tratamento 4 (cinetina) apresentou a menor atividade para a PPO e APX, enquanto que para a CAT o segundo menor valor de atividade. O tratamento 2 e 3 (ácido giberélico), ambos baseados em ácido giberélico (GA3) apresentaram menores atividades em comparação aos demais tratamentos. O tratamento 2 mostrou a segunda menor média para PPO, POD e CAT, enquanto que o tratamento 3 (maior dose) menor atividade significativa para a PPO e para a SOD e CAT as segundas menores médias. O tratamento 6 (cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico) apresentou a maior atividade sigificativa para superóxido dismutase e catalase enquanto que 58 para a peroxidase a segunda maior atividade. A atividade da PPO foi significativamente alta para o tratamento 7 (GA4+7 + 6-benziladenina - 5 mL L-1) e as enzimas APX e SOD as segundas maiores médias. Ao mesmo tempo, o tratamento 9 (cloreto de clomequat) apresentou as segundas maiores médias para PPO, APX e SOD. Tabela 13. Médias das atividades específicas para as enzimas antioxidantes polifenoloxidase PPO (µmol catecol transformado min-1 g-1 proteína), peroxidase - POD (µmol de H2O2 consumido minuto-1 g-1 proteína), ascorbato peroxidase - APX (µmol ascorbato min-1 mg-1 proteína), superóxido dismutase - SOD (U g-1 proteína) e catalase - CAT (µmol H2O2 min-1 g-1 proteína) em plantas de limoeiro ‘Cravo’ tratadas com diferentes reguladores vegetais e fungicida aos 115 DAS. Botucatu-SP, 2009. Tratamentos* PPO POD * -6 APX SOD CAT 1 0,00097 f 7,2x10 cd 0,4078 c 181,21 de 6,5x10-7 b 2 0,00104 ef 6,5x10-6 d 0,4258 c 168,61 ef 3,6x10-7 de 3 0,00096 f 1,0x10-5 a 0,3626 cd 161,76 f 2,7x10-7 de 4 0,00101 f 8,2x10-6 bc 0,1760 e 187,46 d 2,6x10-7 de 5 0,00112 def 8,2x10-6 bc 0,3887 c 189,51 cd 5,9x10-7 b 6 0,00138 abc 9,1x10-6 b 0,2671 de 240,46 a 1,7x10-6 a 7 0,00147 a 8,2x10-6 bc 0,6899 b 211,22 b 3,7x10-7 cd 8 0,00121 cde 7,6x10-6 bcd 0,9508 a 201,52 bc 2,0x10-7 e 9 0,00145 ab 6,8x10-6 cd 0,6667 b 206,64 b 2,4x10-7 de 10 0,00127 bcd 4,3x10-6 e 0,4163 c 78,53 g 5,4x10-7 bc CV(%) 5,58 6,97 8,30 2,44 11,28 *Tratamentos empregados: (1) Testemunha, (2) GA3, (3) GA3, (4) Cinetina, (5) Piraclostrobina + metil tiofanato, (6) Cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico, (7) GA4+7 + 6-benziladenina, (8) GA4+7 + 6-benziladenina, (9) Cloreto de clormequat, (10) Cloreto de clormequat + GA3. **Médias seguidas por letra minúscula não diferem entre si a 5% de probabilidade, pelo teste Tukey. A testemunha aos 178 DAS (Tabela 14) exibiu para as enzimas PPO e SOD as menores atividades significativas e POD e CAT as segundas menores médias significativas. O tratamento 2 e 3 (ácido giberélico) tiveram as segundas menores atividades para PPO, POD, SOD e CAT. 59 O tratamento 5 (piraclostrobina + metil tiofanato) apresentou as maiores médias das atividades específicas para PPO, SOD e CAT ao passo que para as enzimas POD e APX suas atividades foram a segunda maior, quando comparados aos demais tratamentos. Os tratamento 7 e 8 (GA4+7 + 6-benziladenina) apresentaram médias significativas para PPO e POD, respectivamente e o tratamento 8 (maior dose) a segunda maior média para SOD, APX e CAT. Tabela 14. Médias das atividades específicas para as enzimas antioxidantes polifenoloxidase PPO (µmol catecol transformado min-1 g-1 proteína), peroxidase - POD (µmol de H2O2 consumido minuto-1 g-1 proteína), ascorbato peroxidase - APX (µmol ascorbato min-1 mg-1 proteína), superóxido dismutase - SOD (U g-1 proteína) e catalase - CAT (µmol H2O2 min-1 g-1 proteína) em plantas de limoeiro ‘Cravo’ tratadas com diferentes reguladores vegetais e fungicidas aos 178 DAS. Botucatu-SP, 2009. Tratamentos* PPO POD APX SOD CAT 1 0,00066 e* 3,6x10-6 ef 0,4966 cd 149,56 f 9,1x10-6 e 2 0,00072 de 4,1x10-6 de 0,1766 f 173,01 e 5,3x10-6 f 3 0,00087 cd 3,4x10-6 ef 0,5133 c 234,51 d 9,1x10-6 e 4 0,00102 bc 4,3x10-6 cde 0,4266 cde 181,47 e 1,8x10-5 c 5 0,00150 a 7,7x10-6 b 0,7300 b 415,74 a 2,6x10-5 a 6 0,00114 b 5,6x10-6 cd 1,4933 a 258,95 c 2,5x10-5 a 7 0,00140 a 6,2x10-6 bc 0,2566 ef 320,86 b 1,9x10-5 c 8 0,00147 a 1,1x10-5 a 0,8800 b 306,91 b 2,2x10-5 b 9 0,0086 cd 5,2x10-6 cde 0,2000 f 189,50 e 1,2x10-5 d 10 0,00081 de 1,7x10-6 f 0,3000 def 192,32 e 2,4x10-5 ab CV(%) 5,71 11,93 12,68 3,08 5,28 *Tratamentos empregados: (1) Testemunha, (2) GA3, (3) GA3, (4) Cinetina, (5) Piraclostrobina + metil tiofanato, (6) Cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico, (7) GA4+7 + 6-benziladenina, (8) GA4+7 + 6-benziladenina, (9) Cloreto de clormequat, (10) Cloreto de clormequat + GA3. **Médias seguidas por letra minúscula não diferem entre si a 5% de probabilidade, pelo teste Tukey. Na Tabela 15 encontra-se os dados enzimáticos para a avaliação realizada aos 235 DAS onde o tratamento 3 (ácido giberélico - 100 mg L-1) exibiu as menores 60 médias de atividades para as enzimas SOD, APX e CAT e tratamento 6 (Cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico) para a PPO, POD e SOD . O tratamento 9 (cloreto de clormequat) foi significativamente superior aos demais para as enzimas PPO, POD, SOD e CAT enquanto que para a APX sua atividade foi a segunda maior observada. O tratamento 10 (cloreto de clormequat + ácido giberélico) apresentou maior média significativa para APX e para a SOD, a segunda maior média. Tabela 15. Médias das atividades específicas para as enzimas antioxidantes polifenoloxidase PPO (µmol catecol transformado min-1 g-1 proteína), peroxidase - POD (µmol de H2O2 consumido minuto-1 g-1 proteína), ascorbato peroxidase - APX (µmol ascorbato min-1 mg-1 proteína), superóxido dismutase - SOD (U g-1 proteína) e catalase - CAT (µmol H2O2 min-1 g-1 proteína) em plantas de limoeiro ‘Cravo’ tratadas com diferentes reguladores vegetais e fungicida aos 235 DAS. Botucatu-SP, 2009. Tratamentos* PPO POD APX SOD CAT 1 0,00117 bc* 7,4x10-6 bc 0,4828 cd 307,24 c 1,2x10-7 b 2 0,00083 de 5,5x10-6 c 0,2483 de 179,47 e 6,4x10-8 c 3 0,00071 de 6,5x10-6 bc 0,2254 e 141,45 f 1,6x10-8 e 4 0,00089 cd 7,2x10-6 bc 0,7072 bc 141,04 f 5,8x10-8 cd 5 0,00079 de 7,9x10-6 bc 0,3038 de 150,57 f 7,9x10-8 c 6 0,00055 e 5,5x10-6 c 0,3595 de 156,99 f 5,5x10-8 cd 7 0,00092 cd 6,7x10-6 bc 0,3683 de 145,22 f 3,5x10-8 de 8 0,00129 b 8,5x10-5 b 0,7421 b 231,45 d 3,0x10-8 e 9 0,00247 a 1,2x10-5 a 0,9163 ab 486,82 a 1,9x10-7 a 10 0,00144 b 6,6x10-6 bc 1,1546 a 332,38 b 7,1x10-8 c CV(%) 10,00 11,93 14,87 2,87 11,25 *Tratamentos empregados: (1) Testemunha, (2) GA3, (3) GA3, (4) Cinetina, (5) Piraclostrobina + metil tiofanato, (6) Cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico, (7) GA4+7 + 6-benziladenina, (8) GA4+7 + 6-benziladenina, (9) Cloreto de clormequat, (10) Cloreto de clormequat + GA3. **Médias seguidas por letra minúscula não diferem entre si a 5% de probabilidade, pelo teste Tukey. Plantas sob estresse produzem alguns mecanismos de defesa para protegê-las dos efeitos nocivos do estresse oxidativo (BARTOLI et al., 1991). Como nos 61 estresses abióticos, os reguladores vegetais também levam à produção de ROS, os quais levam à ativação dos mecanismos de defesa em termos das enzimas antioxidantes (ANURADHA et al., 2010). A geração de ROS como as moléculas de superóxidos, H2O2 e hidroxilas causam rápido dano à célula desencadeando uma reação em cadeia (NAYYAR e GUPTA, 2006). A retirada das moléculas de ROS é uma das respostas mais comuns de defesa contra os estresses abióticos. A limpeza dos ROS depende do mecanismo de detoxificação fornecido por um sistema integrado de moléculas não-enzimáticas reduzidas, como o ascorbato e a glutationa e de antioxidantes enzimáticos (JALEEL et al., 2008). A maioria das atividades de limpeza incluem sistemas complexos não-enzimáticos (ascorbato, glutationa, α-tocoferol) e antioxidantes enzimáticos como a catalase (CAT), ascorbato peroxidase (APX), glutationa redutase (GR), superóxido dismutase (SOD), polifenoloxidase (PPO), peroxidase (POD), etc (JALEEL et al., 2008). Mecanismos antioxidantes podem promover uma estratégia de aumentar a tolerância a estresses em plantas, atuando como uma importante defesa contra a toxicidade mediada por um radical, protegendo os danos causados pelos radicais livres (ANURADHA et al., 2010). A peroxidase (POD) é do grupo das oxidoredutases, sendo capaz de catalisar um grande número de reações oxidativas em plantas usando peróxido como substrato, ou, em alguns casos, oxigênio como um aceptor de hidrogênio (FREITAS et al.,2008). A atividade da POD teve incremento aos 115 DAS para a maioria dos tratamentos provavelmente devido à liginificação, onde as plantas indicavam tamanho adequado para o transplantio. O mesmo foi observado por Almeida (2005) em mudas cítricas antes da fase de transplantio. Após o processo de transplantio, as mudas ainda em processo de adaptação ao novo meio, exibiram menores atividade, porém, aos 204 DAS aumentaram, correspondendo a outro processo de lignificação e crescimento, sendo indicado pelo aumento do diâmetro do porta-enxerto. Estes resultados estariam de acordo com Gaspar et al. (1985) e Lima et al. (1999) que afirmam que a formação de peróxidos ocorrem quando as plantas estão sob condições de estresse podendo a atividade da peroxidase ser utilizada como marcador bioquímico de estresse, indicando mudanças fisiológicas. Segundo Lin et al. (2005), a lignina é um polímero altamente ramificado do grupo dos fenilpropanóides, geralmente formadas a partir de três álcoois 62 fenilpropanóides distintos, incluindo coniferil, cumaril e sinapil. A polimerização desses precurosores da lignina é catalisada pela POD, na presença de H2O2 (MÄDER e FÜSSL, 1982) e por lacases na presença de O2 (STERJIADES et al., 1993). Andersen (1986) afirmou que a enzima POD também pode ser usada como uma marcadora de organogênese e estádios de desenvolvimento, por participar da regulação endógena de IAA, agindo como IAA oxidase, sistema enzimático capaz de oxidar o IAA, principalmente, nas fases de intenso crescimento ou formação de órgãos nas plantas. A auxina é conhecida por promover o alongamento celular, relacionado com a entrada de água na célula acarretando num aumento do tamanho e da extensibilidade da célula, ou seja, a quebra da rigidez da parede celular. Apesar dos vegetais apresentarem níveis endógenos de hormônios vegetais, a aplicação exógena é importante, pois pode trazer benefícios às plantas que de alguma maneira não conseguem mobilizar os hormônios endógenos. O tratamento 6 (cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico) foi o único tratamento que tinha em sua composição a auxina, mesmo assim, seus níveis de atividade da peroxidase ao longo das avaliações não foram altos, concordando com as literaturas, porém, tratamentos como o 8 (GA4+7 + 6-benziladenina) apresentaram atividades que aumentaram aos 81, 115 e 178 DAP, dimiundo a POD aos 235 DAP. Já o tratamento 5 (piraclostrobina + metil tiofanato) exibiu atividades específicas para a peroxidase constantes ao longo das avaliações, indicando que os portaenxertos de limoeiro ‘Cravo’ suportaram melhor os estresses causados pelo ambiente e internamente, mesmo em processo de lignificação. A enzima polifenoloxidase é conhecida na literatura como marcadora de senescência das plantas, sendo que via de regra, quanto mais jovem o vegetal ou o órgão analisado, menor a atividade da PPO. Nas amostras avaliadas (Tabelas 6, 7, 8 e 9) aos 81 e 115 DAS ocorreu aumento da atividade da enzimas polifenoloxidase para todos os tratamentos. As plantas do tratamento testemunha mostram aumento expressivo aos 115 e 235 DAS. Já o tratamento 5 (piraclostrobina + metil tiofanato) aos 178 DAS, uma maior atividade quando comparado aos demais tratamentos e o tratamento 9 (cloreto de clormequat) aumento progressivo nas duas primeiras avaliações enquanto que na última sua atividade apresenta-se totalmente discrepante dos demais tratamentos empregados. 63 De modo geral, com exceção do tratamento 9 (cloreto de clormequat) todos os tratamentos indicam diminuição da atividade da enzima aos 235 DAS, indicando que os reguladores vegetais fornecidos mensalmente às plantas auxiliaram a planta a controlar o envelhecimento mantendo-as mais verdes e fotossinteticamente produtivas por mais tempo. Ressalta-se a ação do tratamento 5 (piraclostrobina + metil tiofanato), conhecido por atuar diretamente na manutenção da planta promovendo prolongamento de suas funções. Nas amostras analisadas de folhas de limoeiro ‘Cravo’, o produto pertencente à família F500 manteve a atividade da PPO constante nas duas primeiras avaliações, leve aumento na terceira e grande redução da atividade na última avaliação, sendo menor que na primeira avaliação. Esse fato sugere, que o produto foi eficaz no controle da senescência, já que os produtos da família são notadamente conhecidos por dimiuir a ação do etileno, hormônio da senescência. Carimi et al. (2004) demonstraram que o BAP em concentrações elevadas, pode promover a morte celular em culturas de tecido, acelerando a senescência, entretanto, tal fato não é observado nos tratamentos 7 e 8 (GA4+7 + 6-benziladenina). A função primária da ascorbato peroxidase (APX) envolve a redução do H2O2 com consequente oxidação do ascorbato a dehidroascorbato (ASADA, 1992). Este H2O2, por sua vez, atuam como moléculas sinalizadoras, induzindo as vias de morte celular programada e a expressão dos genes relacionados à defesa (CRUTE et al., 1994; DESIKAN et al., 2000) que parecem proteger a célula de ser danificada através da limpeza de ROS por uma condição de estresse oxidativo (HOSSAIN et al., 2006). A atividade da APX acompanha eventos de dismutação de peróxido de hidrogênio, em cooperação com a enzima catalase. Esta reação faz parte do ciclo água-água, cuja reação básica de dismutação de radicais livres foi desencadeada pela SOD (GERBLING et al., 1984). A capacidade de manutenção, em níveis elevados, da atividade da CAT, APX e SOD, sob condições de estresses ambientais, é essencial para a manutenção do equilíbrio entre a formação e a remoção do H2O2 do ambiente intracelular (CAKMAK e HORST, 1991). Segundo Tgert e Tevini (2002), as plantas se protegem sintetizando antioxidantes (caroténoides, ascorbato, α-tocoferol, glutationa e flavonóides) e aumentando o teor de enzimas antioxidantes (peroxidases, superóxido dismutase e catalases). 64 Quando comparadas as atividades específicas da superóxido dismutase, catalase e ascorbato peroxidase das amostras provenientes da avaliação aos 67 DAS, percebe-se que todos os tratamentos apresentaram maiores atividades, indicando que todas as plantas sofreram estresse podendo estar relacionado com a aplicação dos tratamentos. Pode-se verificar que aos 81 DAS o tratamento 5 (piraclostrobina + metil tiofanato) apresentou maiores atividades específicas para as ascorbato peroxidase, superóxido dismutase e catalase e o tratamento 10 (cloreto de clormequat + ácido giberélico) para APX e CAT. Aos 115 DAS, somente é observado esta ação em conjunto para a SOD e CAT nas amostras do tratamento 6 (cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico). Médias significativas para SOD e a CAT no tratamento 5 e para APX e CAT para o tratamento 6 aos 178 DAS. Na última avaliação, as enzimas SOD e CAT apresentam-se com maiores teores somente para o tratamento 9 (cloreto de clormequat). Pode-se afirmar, portanto, que as plantas pertencentes aos tratamentos 5, 6, 10 causaram estresse às plantas provocando a produção de compostos danosos que necessitaram serem retirados. A superóxido dismutase a enzima relacionada à primeira atuação contra tais radicais, demonstra que aos 81 DAS as plantas apresentavam-se mais comprometidas que as demais, provavelmente, devido à primeira aplicação dos tratamentos realizada. De acordo com a literatura, os tratamentos baseados em fungicidas, que causam efeitos fisiológicos desejáveis em plantas promovem aumento das atividades das enzimas SOD, CAT e POD, por promoverem maior atividades das enzimas capazes de neutralizar a grande quantidade de radicais livres produzidos pelo metabolismo e por outras reações que venham a ocorrer. Portanto, pode-se afirmar que os altos níveis das enzimas encontradas nos porta-enxertos de limoerio ‘Cravo’ nos tratamentos citados acimas, são de extrema importância para um bom desenvolvimento das plantas por estarem promovendo equilíbrio entre os compostos oxidantes e antioxidantes, protegendo as membranas, impedindo ou reduzindo os danos oxidativos. 4.2.3. Trocas gasosas Aos 81 DAS (Figura 8) observa-se que os tratamentos 2 (ácido -1 giberélico - 50 mg L ), 5 (piraclostrobina + metil tiofanato) e 7 (GA4+7 + 6-benziladenina - 5 mL L-1) apresentaram, quando comparadas à testemunha, altas taxas de assimilação de CO2 e 65 transpiração, isso devido a maior abertura estomática. Além disso, foi observada maior eficiência de carboxilação. Os tratamentos 3 (ácido giberélico - 100 mg L-1) e 9, também apresentaram essa tendência, pois apresentaram altas taxas de assimilaçõa de CO2, transpiração e eficiência de carboxilação, porém, em menor escala que os tratamentos anteriores, concordando com o observado para a abertura estomática, a qual foi menor. Enquanto que para a eficiência do uso da água os melhores tratamentos foram a testemunha e os tratamentos 2 e 3 indicando que tais tratamentos promoveram maior economia de água por apresentarem menores taxas de transpiração que os demais tratamentos. Os tratamentos 4 (cinetina), 8 (GA4+7 + 6-benziladenina - 10 mL L-1) e 10 (cloreto de clormequat + ácido giberélico) apresentaram taxas de assimilação de CO2 e eficiência de carboxilação semelhantes à da testemunha, indicando que esses tratamentos tiveram pouca influência nas trocas gasosas, nessa avaliação. Verifica-se que os tratamentos 3, 7, 9 e 10 aos 115 DAS (Figura 9) apresentaram as melhores taxas de assimilação de CO2 e transpiração além de maior eficiência de carboxilação. No entanto, isso não refletiu em maior eficiência do uso da água. O tratamento 4 (cinetina) promoveu maiores taxas de assimilação de CO2, transpiração e condutância estomática. O tratamentos 6 (cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico) apresentou menor taxa de assimilação de CO2, em relação à testemunha, no entanto, apresentou condutância estomática maior, o que resultou em maior taxa de transpiração e menor eficiência do uso da água. Já o tratamento 8 (GA4+7 + 6-benziladenina - 10 mL L-1) apresentou valores semelhantes aos da testemunha em todas as medidas, exceto a taxa de transpiração, o que levou à menor EUA. Na Figura 10 (178 DAS) observa-se que a testemunha promoveu a melhor assimilação de CO2 e eficiência de carboxilação, mas devido a sua condutância estomática moderada, apresentou baixas taxas de transpiração e, consequentemente, maior EUA (eficiência do uso da água). A taxa de assimilação de CO2 aos 204 DAS (Figura 11), quando comparada à testemunha, foi mais alta para os tratamentos 5 (piraclotrobina + metil tiofanato), 8 (GA4+7 + 6-benziladenina - 10 mL L-1) e 10 (cloreto de clormequat + ácido giberélico), e o mesmo foi observado para condutância estomática e eficiência de carboxilação. No entanto, 66 somente os tratamentos 8 e 9 (cloreto de clormequat) apresentaram a melhor eficiência do uso da água. Os tratamentos 2 (ácido giberélico - 50 mg L-1), 3 (ácido giberélico 50 mg L-1), 4 (cinetina) e 7 (GA4+7 + 6-benziladenina - 5 mL L-1) apresentaram baixos valores para assimilação de CO2, condutância estomática, transpiração e eficiência de carboxilação, o que causou baixa eficiência do uso da água Com relação às condições ambientais durante as avaliações, presentes na Figura 12 A e B, observa-se que a temperatura do ar (°C) teve redução ao longo dos períodos avaliados e a umidade relativa do ar teve aumento aos 115 DAS e posteriores reduções. A concentração interna de CO2 presente no ambiente durante as avaliações esteve com níveis baixos aos 81 e 178 DAS e maiores teores aos 204 DAS e 235 DAS. A radiação fotossintéticamente ativa reduziu da primeira avaliação para a segunda, mantendo-se constante nas demais avaliações. 67 20.00 0.7000 A 16.00 14.00 12.00 10.00 8.00 6.00 4.00 0.5000 0.4000 0.3000 0.2000 0.1000 2.00 0.00 0.0000 1 2 3 4 5 6 Tratamentos 7 8 9 10 1 14.0000 2 3 4 5 6 Tratamentos 7 8 9 10 0.0800 12.0000 D 0.0700 Eficiência de carboxilação A/Ci C 10.0000 8.0000 6.0000 4.0000 2.0000 0.0600 0.0500 0.0400 0.0300 0.0200 0.0100 0.0000 1 2 3 4 5 6 Tratamentos 7 8 9 0.0000 10 1 2 3 3.5000 Eficiência do uso da água EUA, µmol CO2 (mmol H2O)-1 Taxa de transpiração E, mmol vapor d’água m-2s-1 B 0.6000 Condutância estomática gs, mol m-2s-1 Taxa de assimilação de CO2 A, µmol CO2 m-2s-1 18.00 4 5 6 Tratamentos 7 8 9 10 E 3.0000 2.5000 2.0000 1.5000 1.0000 0.5000 0.0000 1 2 3 4 5 6 Tratamentos 7 8 9 10 Figura 8. Taxa de assimilação de CO2 - A (A, µmol CO2 m-2s-1), taxa de transpiração - C (E, mmol vapor d’água m-2s-1), condutância estomática - B (gs, mol m-2s-1), eficiência de carboxilação - D (A/Ci) e eficiência do uso da água - E (EUA, µmolCO2 (mmol H2O)-1) de plantas tratadas com diferentes reguladores vegetais e fungicida aos 81 DAS. Botucatu-SP, 2009. Barra na vertical = DMS. *Tratamentos empregados: (1) Testemunha, (2) GA3, (3) GA3, (4) Cinetina, (5) Piraclostrobina + metil tiofanato, (6) Cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico, (7) GA4+7 + 6-benziladenina, (8) GA4+7 + 6-benziladenina, (9) Cloreto de clormequat, (10) Cloreto de clormequat + GA3. 68 A 18.00 1.2000 B 1.0000 14.00 Condutância estomática gs, mol m-2s-1 Taxa de assimilação de CO2 A, µmol CO2 m-2s-1 16.00 12.00 10.00 8.00 6.00 4.00 0.6000 0.4000 0.2000 2.00 0.00 0.0000 1 2 3 4 5 6 Tratamentos 7 8 9 10 1 2 3 4 0.0600 8.0000 5 6 Tratamentos 7 8 9 10 D C Eficiência de carboxilação A/Ci 7.0000 6.0000 5.0000 4.0000 3.0000 2.0000 1.0000 0.0500 0.0400 0.0300 0.0200 0.0100 0.0000 0.0000 1 2 3 4 5 6 Tratamentos 7 8 9 1 10 2 3 4 5 6 Tratamentos 7 8 9 10 4.0000 Eficiência do uso da água EUA, µmol CO2 (mmol H2O)-1 Taxa de transpiração E, mmol vapor d’água m-2s-1 0.8000 E 3.5000 3.0000 2.5000 2.0000 1.5000 1.0000 0.5000 0.0000 1 2 3 4 5 6 Tratamentos 7 8 9 10 Figura 9. Taxa de assimilação de CO2 - A (A, µmol CO2 m-2s-1), taxa de transpiração - C (E, mmol vapor d’água m-2s-1), condutância estomática - B (gs, mol m-2s-1), eficiência de carboxilação - D (A/Ci) e eficiência do uso da água - E (EUA, µmolCO2 (mmol H2O)-1) de plantas tratadas com diferentes reguladores vegetais e fungicida aos 115 DAS. Botucatu-SP, 2009. Barra na vertical = DMS. *Tratamentos empregados: (1) Testemunha, (2) GA3, (3) GA3, (4) Cinetina, (5) Piraclostrobina + metil tiofanato, (6) Cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico, (7) GA4+7 + 6-benziladenina, (8) GA4+7 + 6-benziladenina, (9) Cloreto de clormequat, (10) Cloreto de clormequat + GA3. 69 A 0.3000 10.00 8.00 6.00 4.00 2.00 0.2500 0.2000 0.1500 0.1000 0.0500 0.00 0.0000 1 2 3 4 5 6 Tratamentos 7 8 9 10 1 C 6.0000 2 3 4 5 6 Tratamentos 7 8 9 10 D 0.0500 0.0450 Eficiência de carboxilação A/Ci 5.0000 4.0000 3.0000 2.0000 1.0000 0.0400 0.0350 0.0300 0.0250 0.0200 0.0150 0.0100 0.0050 0.0000 0.0000 1 2 3 4 5 6 Tratamentos 7 8 9 10 1 2 3 4 6.0000 Eficiência do uso da água EUA, µmol CO2 (mmol H2O)-1 Taxa de transpiração E, mmol vapor d’água m-2s-1 B 0.3500 Condutância estomática gs, mol m-2s-1 Taxa de assimilação de CO2 A, µmol CO2 m-2s-1 12.00 5 6 Tratamentos 7 8 9 10 E 5.0000 4.0000 3.0000 2.0000 1.0000 0.0000 1 2 3 4 5 6 Tratamentos 7 8 9 10 Figura 10. Taxa de assimilação de CO2 - A (A, µmol CO2 m-2s-1), taxa de transpiração - C (E, mmol vapor d’água m-2s-1), condutância estomática - B (gs, mol m-2s-1), eficiência de carboxilação - D (A/Ci) e eficiência do uso da água - E (EUA, µmolCO2 (mmol H2O)-1) de plantas tratadas com diferentes reguladores vegetais e fungicida aos 178 DAS. Botucatu-SP, 2009. Barra na vertical = DMS. *Tratamentos empregados: (1) Testemunha, (2) GA3, (3) GA3, (4) Cinetina, (5) Piraclostrobina + metil tiofanato, (6) Cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico, (7) GA4+7 + 6-benziladenina, (8) GA4+7 + 6-benziladenina, (9) Cloreto de clormequat, (10) Cloreto de clormequat + GA3. 70 A B 0.1800 8.00 0.1600 7.00 0.1400 Condutância estomática gs, mol m-2s-1 Taxa de assimilação de CO2 A, µmol CO2 m-2s-1 9.00 6.00 5.00 4.00 3.00 2.00 1.00 0.1200 0.1000 0.0800 0.0600 0.0400 0.0200 0.00 0.0000 1 2 3 4 5 6 Tratamentos 7 8 9 1.8000 10 1 2 3 4 5 6 Tratamentos 7 8 9 D 0.0300 C 10 Eficiência de carboxilação A/Ci 1.4000 1.2000 1.0000 0.8000 0.6000 0.4000 0.2000 0.0000 0.0250 0.0200 0.0150 0.0100 0.0050 0.0000 1 2 3 4 5 6 Tratamentos 7 8 9 10 1 2 3 9.0000 Eficiência do uso da água EUA, µmol CO2 (mmol H2O)-1 Taxa de transpiração E, mmol vapor d’água m-2s-1 1.6000 4 5 6 Tratamentos 7 8 9 10 E 8.0000 7.0000 6.0000 5.0000 4.0000 3.0000 2.0000 1.0000 0.0000 1 2 3 4 5 6 Tratamentos 7 8 9 10 Figura 11. Taxa de assimilação de CO2 - A (A, µmol CO2 m-2s-1), taxa de transpiração – C (E, mmol vapor d’água m-2s-1), condutância estomática - B (gs, mol m-2s-1), eficiência de carboxilação - D (A/Ci) e eficiência do uso da água - E (EUA, µmolCO2 (mmol H2O)-1) de plantas tratadas com diferentes reguladores vegetais e fungicida aos 204 DAS. Botucatu-SP, 2009. Barra na vertical = DMS. *Tratamentos empregados: (1) Testemunha, (2) GA3, (3) GA3, (4) Cinetina, (5) Piraclostrobina + metil tiofanato, (6) Cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico, (7) GA4+7 + 6-benziladenina, (8) GA4+7 + 6-benziladenina, (9) Cloreto de clormequat, (10) Cloreto de clormequat + GA3. 71 Tabela 126. Valores médios das condições ambientais durante as medidas de fotossíntese nos meses de março (81 DAS), abril (115 DAS), junho (178 DAS) e julho (204 DAS) para temperatura (°C) e umidade relativa (µmol s-1) (A); teor de CO2 (µmol CO2 mol-1) e radiação fotossintéticamente ativa - PAR (µmol m-2 s-1) do ambiente (B). Botucatu-SP-2009. Avaliações Condições ambientais Temperatura do ar Umidade relativa Teor de CO2 PAR março 35,05 35,71 385 443 abril 29,05 55,19 395 353 junho 28,96 46,17 391 359 julho 24,94 42,52 396 357 Com relação às condições ambientais durante as avaliações presentes na Figuras 12 A e B observa-se que a temperatura do ar (°C) diminuiu ao longo dos períodos avaliados e a umidade relativa do ar aumentou de 54% aos 115 DAS e posteriores reduções de 15 e 8%, comparados à avaliação realizada aos 81 DAS. Dentre as variáveis ambientais, a temperatura é um importante fator de regulação do crescimento das plantas superiores. O microclima das estufas, particularmente daquelas com cobertura plástica, normalmente, são alterados devido à baixa capacidade de dissipação da radiação solar, a qual pode levar ao aumento da temperatura e do défice de pressão de vapor atmosférico (DPV) (MEDINA et al., 2002). Temperaturas ótimas para a manutenção da abertura estomática com altas taxas de fotossíntese líquida em citros estão entre 25 a 30°C (KHAIRI e HALL, 1976; MEDINA et al., 1999) e estas temperaturas são, frequentemente, excedidas nas estufas (MEDINA et al., 2002). As taxas de assimilação de CO2 dos porta-enxertos de limoeiro ‘Cravo’ encontravam-se entre 3,52 a 16,67 µmol m-2 s-1, faixa considerada inferior ao ideal de acordo com a literatura, indicando que as plantas sentiram o efeito da temperatura ao longo das avaliações realizadas, verificando-se que no mês de julho (temperaturas mais frias) as plantas pertencentes aos tratamento 2 (ácido giberélico - 50 mg L-1) e 7 (GA4+7 + 6benziladenina - 5 ml L-1) apresentaram taxas de assimilação de CO2 menores. Porém, a abertura estomática variou de 0,06 a 0,7 mol m-2 s-1, sendo que aos 204 DAS a redução foi considerável e, provavelmente foi influenciada pela temperatura durante as avaliações. 72 De acordo com Syvertsen (1984), Machado et al. (1994), Syvertsen e Lloyd (1994) e Medina e Machado (1998) folhas de citros maduras sem estresse, expostas à luz saturante, a taxa de assimilação de CO2 varia entre 4 a 10µmol CO2 m-2 s-1, podendo atingir, em plantas novas, valores ao redor de 12 µmol CO2 m-2 s-1, sendo estes valores, normalmente, obtidos com a abertura estomática entre 0,1 e 0,3 mol m-2 s-1, sendo que os valores máximos encontrados sob condições naturais para a condutância estomática, raramente, ultrapassam 0,4 mol m-2 s-1 (MEDINA, 2005). O fato da temperatura diminuir durante as avaliações pode ser a causa da redução da fotossíntese, o que contrapõe com a literatura citada anteriormente, onde as temperaturas ideais para plantas cítricas estão entre 25 e 30°C, faixas estas observadas nas avaliações realizadas 35,05; 29,05; 28,96 e 24,95°C, respectivamente. A fotossíntese líquida é limitada pelo fator estômato associado à redução da concentração intercelular de CO2 (Ci) causada pela redução da condutância estomática (FAEQUHAR e SHARKEY, 1982). Observa-se que os tratamentos 2 (ácido giberélico - 50 mg L-1), 5 (piraclostrobina + metil tiofanato) e 7 (GA4+7 + 6-benziladenina - 5 ml L-1) apresentaram o mesmo comportamento de altas taxas de assimilação de CO2 e transpiração, além de ótima eficiência de carboxilação e boa abertura estomática aos 81 DAS. Porém, isso não resultou em uma melhor eficiência do uso da água, indicando que estas plantas apresentaram perda de água considerável com os processos. O mesmo pode ser observado com relação ao crescimento das plantas (Tabela 6) onde o tratamento 2 (ácido giberélico 50 mg L-1) apresentou os maiores valores significativos da área foliar e massa seca de parte aérea. A partir deste dado pode-se dizer que tal tratamento para esta avaliação nas plantas de limoeiro ‘Cravo’ promoveu incremento da parte aérea resultando numa maior área fotossintética, maior assimilação de CO2 justamente por apresentar também considerável abertura estomática. O tratamento 9 (cloreto de clormequat) também promoveu aumento do diâmetro do porta-enxerto e da massa de matéria seca das raízes, possivelmente devido à alta taxa fotossintética e eficiência de carboxilação. O tratamento 5 (piraclostrobina + metil tiofanato), entretanto, não promoveu crescimento estatisticamente superior, mas as plantas, apresentaram controle 73 enzimático superior aos demais tratamentos para as enzimas APX, SOD e CAT o que proprocionou à planta balanço do sistema oxidativo, protegendo o aparato fotossintético. Altas atividades das enzimas indicam que ocorreram danos oxidativos, provavelmente, pela produção de peróxidos de hidrogênios nos cloroplastos, sugerindo nas vias que cooperaram na proteção do aparato fotossintético, incluindo a fotorrespiração (secundário) e o ciclo da água (principal) (GUO et al., 2006). A energia luminosa em excesso pode levar à produção de espécies reativas tóxicas, podendo ocorrer danos se tal energia luminosa não for dissipada sem segurança (HORTON et al., 1996; ASADA, 1999). O fotossistema I é particularmente vulnerável aos danos provocados pelas espécies reativas de oxigênio. O aceptor ferredoxina do PSI é um redutor muito forte, que pode reduzir com facilidade o oxigênio molecular para formar superóxido. Essa redução compete com a canalização normal dos elétrons para reduzir o NADP+ ou o nitrato (TAIZ e ZEIGER, 2011). O tratamento 8 (GA4+7 + 6-benziladenina - 10 mL L-1) apesar de apresentar altos teores de clorofilas (a e b) apresentou baixas taxas de carboxilação, não concordando com a literatura, uma vez que, as clorofilas são responsáveis pela captação da energia luminosa e transferência para a realização da fotossíntese, portanto, se é alto o teor de clorofila teoricamente as trocas gasosas para este tratamento deveriam ser altas, sendo que uma provável explicação seria que as plantas tratadas não conseguiram ser eficientes na captação da energia devido a problemas com as clorofilas, interferindo diretamente na taxa de assimilação e com isso, a planta para esta avaliação apresentou crescimento pouco vigoroso. Tais dados são consistentes com os de Guo et al. (2005), os quais descrevem que a baixa capacidade fotossintética de plantas pode estar relacionada à redução da concentração de clorofila b. Aos 115 DAS, não foi possível observar relação entre crescimento, sistemas oxidativos e trocas gasosas, mas o comportamento dos tratamentos permanece o mesmo, altas taxas de assimilação, condutância estomática, transpiração e eficiência de carboxilação e baixa eficiência de uso da água indicando que nesta avaliação as plantas também não apresentaram boa eficiência ao absorver CO2 e no controle da perda de água. 74 Aos 178 e 204 DAS observa-se que a testemunha apresentou melhor taxa de assimilação de CO2 e transpiração e alta eficiência do uso da água, isso se deve ao fato de que estas plantas perderam menos água que as dos demais tratamentos, ao mesmo tempo que absorviam, praticamente, a mesma quantidade de CO2, indicando que os tratamentos utilizados apesar de promoverem efeito sobre o crescimento da planta, promoveram efeito negativo sobre os processos fotossintéticos. Embora as taxas de fotossíntese em citros sejam menores que muitas espécies C3, a EUA neste grupo é considerada alta quando comparada com outras plantas herbáceas como pimenta doce ou melão, situando-se ao redor de 3 µmol mmol-1 (MANTELL, 1977; MEDINA et al., 1999). Os altos valores da EUA podem ser justificados pela resistência estomática e do mesofilo em citros que dificultam mais a perda de água do que a entrada de CO2 no estroma dos cloroplastos (GAASTRA, 1959; HOARE e BARRS, 1974). Pode-se afirmar que os tratamentos empregados não foram efetivos para promoverem maior troca gasosa para porta-enxertos de limoeiro ‘Cravo’ e que um bom manejo das estruturas dos viveiros deve ser mantido, como limpeza dos plásticos de cobertura, boa ventilação, entre outros, para que a fotossíntese não seja prejudicada acarretando em plantas com crescimento vigoroso e intenso. 75 5. CONSIDERAÇÕES GERAIS Em função dos resultados obtidos, conclui-se que: - a aplicação de ácido giberélico na concentração de 50 mg L-1 pode ser utilizado por viveiristas por promover maior incremento de altura, área foliar, massa seca de parte aérea e radicular em plantas do porta-enxerto de limoeiro ‘Cravo’; - o tratamento com piraclostrobina + metil tiofanato (tratamento 5), cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico (tratamento 6) e cloreto de clormequat (1 mL L1 ) + GA3 (100 mg L-1) (tratamento 10), promoveram maior atividade das enzimas antioxidantes protegendo as plantas de limoeiro ‘Cravo’ dos prejuízos causados pelas espécies reativas de oxigênio; 76 6. CONCLUSÃO - o ácido giberélico (50 mg L-1) promoveu incremento do diâmetro do porta-enxerto num curto intervalo de tempo que os demais tratamentos; 77 7. REFERÊNCIAS ABOU-RAWASH, M. et al. Studies on the vegetative propagation of some citrus rootstocks. 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