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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS
CAMPUS DE BOTUCATU
USO DE REGULADORES VEGETAIS E BIOESTIMULANTES PARA A
ABREVIAÇÃO DE PRODUÇÃO DO PORTA-ENXERTO LIMOEIRO
‘CRAVO’ (Citrus limonia Osbeck)
TATIANA PIRES DE ALMEIDA MERLIN
Tese apresentada à Faculdade de Ciências
Agronômicas da Unesp - Campus de Botucatu,
para obtenção do título de Doutor em Agronomia
no Programa de Pós-Graduação em Agronomia
(Horticultura).
BOTUCATU-SP
Janeiro-2012
II
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS
CAMPUS DE BOTUCATU
USO DE REGULADORES VEGETAIS E BIOESTIMULANTES PARA A
ABREVIAÇÃO DE PRODUÇÃO DO PORTA-ENXERTO LIMOEIRO
‘CRAVO’ (Citrus limonia Osbeck)
TATIANA PIRES DE ALMEIDA MERLIN
Orientador Prof. Dr. JOÃO DOMINGOS RODRIGUES
Tese apresentada à Faculdade de Ciências
Agronômicas da Unesp - Campus de Botucatu,
para obtenção do título de Doutor em Agronomia
no Programa de Pós-Graduação em Agronomia
(Horticultura).
BOTUCATU - SP
Janeiro-2012
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA SEÇÃO TÉCNICA DE AQUISIÇÃO E TRATAMENTO
DA INFORMAÇÃO – SERVIÇO TÉCNICO DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO - UNESP - FCA
- LAGEADO - BOTUCATU (SP)
M565u
Merlin, Tatiana Pires de Almeida, 1981Uso de reguladores vegetais e bioestimulantes para a
abreviação de produção do porta-enxerto limoeiro ‘cravo’
(Citrus limonia Osbeck)/ Tatiana Pires de Almeida Merlin.
- Botucatu : [s.n.], 2012
ix, 90 f., il., color., grafs., tabs.
Tese (Doutorado)- Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Ciências Agronômicas, Botucatu, 2012
Orientador: João Domingos Rodrigues
Inclui bibliografia
1. Reguladores vegetais. 2. Fotossíntese. 3. Germinação
4. Enzimas antioxidantes. I. Rodrigues, João Domingos. II.
Universidade Estadual Paulista. “Júlio de Mesquita Filho”
(Campus de Botucatu).Faculdade de Ciências Agronômicas. III.
Título.
III
DEDICO
Aos meus pais, Ernesto e Maricéa, às minhas irmãs Fabiana e Marília, à minha filha Julia e
ao meu marido Alexandre, pela confiança, apoio, paciência, compreensão e eterno amor.
Aqui finalizo mais uma etapa de minha vida e sem vocês com certeza não teria alcançado.
Amo vocês!!!
IV
AGRADECIMENTOS
À Faculdade de Ciências Agronômicas, Departamento de Horticultura, pela
oportunidade da realização do Curso de Doutorado;
À CAPES pelas bolsas de Doutorado e Doutorado Sanduíche concedidas;
Ao Prof. Dr. João Domingos Rodrigues pela amizade, orientação, ensinamentos, apoio
e compreensão;
À Profa. Dra. Giuseppina Pace Pereira Lima, por ter se tornado uma grande amiga e
“mãe”, por ter me acolhido em todas as vezes que precisei em seu laboratório e coração, não
tenho palavras para agradecer seu eterno carinho;
À Profa. Dra. Elizabeth Orika Ono aos ensinamentos e colaboração nesta pesquisa;
À Profa. Dra. Sarita Leonel pela amizade, apoio, incentivo e ensinamentos desde a
graduação;
Ao Prof. Dr. Cláudio Cavariani pelos materiais utilizados para as análises e pelo
laboratório de Análise de Sementes;
Ao Prof. Dr. Mark Ritenour - University of Florida, por me acolher, ensinar e permitir
que mais um sonho fosse concretizado;
Aos funcionários do Viveiro ELPA Mudas Cítricas pelo trabalho e ajuda em meu
experimento;
Aos amigos Rodrigo Arroyo Garcia (Bulbo), Mariana Zampar Toledo (Tchutchuca),
Gustavo Spadotto (Spirro) e Eloise Viana Melo pela amizade;
Às meninas do Laboratório de Bioquímica (Luciana, Tatiana, Mariana, Natália,
Graciete, Daniele e Adelita), às risadas, companheirismo, fofocas e trocas de informações;
À Amanda Cristina Esteves Amaro pela paciência e ajuda;
E a todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para a concretização deste
trabalho,
Minha sincera gratidão!
V
Índice
RESUMO.................................................................................................................................... 1
SUMMARY ................................................................................................................................ 3
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 5
2. REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................................... 7
2.1. Importância econômica dos citros .................................................................................. 7
2.2. Produção de mudas cítricas ............................................................................................. 8
2.3. Reguladores Vegetais ..................................................................................................... 12
2.3.1. Auxinas .................................................................................................................... 13
2.3.2. Citocininas ............................................................................................................... 13
2.3.3. Giberelinas .............................................................................................................. 14
2.3.4. Inibidores da síntese de giberelinas ........................................................................ 15
2.3.5. Bioestimulantes........................................................................................................ 16
2.3.6. Produtos de efeitos fisiológicos ............................................................................... 17
2.4. Trocas gasosas ............................................................................................................... 18
2.5. Sistemas antioxidantes ................................................................................................... 19
2.5.1. Enzimas antioxidantes ............................................................................................. 20
2.5.2. Peroxidase................................................................................................................ 21
2.5.3. Catalase ................................................................................................................... 21
2.5.4. Superóxido dismutase .............................................................................................. 21
2.5.5. Polifenoloxidase ...................................................................................................... 22
2.5.6. Ascorbato peroxidase .............................................................................................. 23
2.5.7. Clorofilas, carotenóides e antocianinas .................................................................. 23
3. MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................................. 25
3.1. 1ª Etapa: Determinação da taxa de embebição e de germinação ................................ 25
3.1.1. Localização do experimento .................................................................................... 25
3.1.2. Material vegetal e condução ................................................................................... 26
3.1.3. Teste de germinação ................................................................................................ 27
3.1.4. Tratamentos utilizados ............................................................................................ 27
VI
3.1.5. Análises bioquímicas ............................................................................................... 28
3.1.6. Delineamento estatístico.......................................................................................... 30
3.2. 2ª Etapa: Crescimento e desenvolvimento de porta-enxerto cítrico............................. 30
3.2.1. Localização do experimento .................................................................................... 30
3.2.2. Material vegetal e condução ................................................................................... 30
3.2.3. Tratamentos utilizados ............................................................................................ 32
3.2.4. Parâmetros analisados ............................................................................................ 32
3.2.5. Delineamento experimental ..................................................................................... 34
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................................... 35
4.1. 1ª Etapa: Determinação da taxa de embebição e de germinação ................................ 35
4.2. 2ª Etapa: Crescimento e desenvolvimento de porta-enxerto cítrico............................. 40
4.2.1. Avaliação dos parâmetros biométricos ................................................................... 40
4.2.2. Avaliações bioquímicas ........................................................................................... 48
4.2.3. Trocas gasosas ........................................................................................................ 64
5. CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 76
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 77
VII
Lista de Figuras
Figura 1. Ciclo de produção de muda cítrica.............................................................................. 9
Figura 2. Sementes de limoeiro 'Cravo' semeadas em tubetes e a disposição na sementeira ... 31
Figuras 3. Curva de embebição e porcentagem de embebição das sementes de limoeiro
'Cravo'.. ...................................................................................................................................... 36
Figuras 4. Médias dos teores de clorofilas a e b, antocianinas e carotenóides aos 81 DAS.. .. 50
Figuras 5. Médias dos teores de clorofilas a e b, antocianinas e carotenóides aos 115 DAS.. 51
Figuras 6. Médias dos teores de clorofilas a e b, antocianinas e carotenóides aos 178 DAS. . 52
Figuras 7. Médias dos teores de clorofilas a e b, antocianinas e carotenóides aos 235 DAS.. 53
Figuras 8. Taxa de assimilação de CO2, taxa de transpiração, condutância estomática,
eficiência de carboxilação e eficiência do uso da água aos 81 DAS.. ....................................... 67
Figuras 9. Taxa de assimilação de CO2, taxa de transpiração, condutância estomática,
eficiência de carboxilação e eficiência do uso da água aos 115 DAS. ...................................... 68
Figuras 10. Taxa de assimilação de CO2, taxa de transpiração, condutância estomática,
eficiência de carboxilação e eficiência do uso da água aos 178 DAS.. ..................................... 69
Figuras 11. Taxa de assimilação de CO2, taxa de transpiração, condutância estomática,
eficiência de carboxilação e eficiência do uso da água aos 204 DAS. ...................................... 70
VIII
Lista de Tabelas
Tabela 1. Tratamentos aplicados via embebição em sementes de limoeiro ‘Cravo’ para teste de
germinação................................................................................................................................. 28
Tabela 2. Tratamentos aplicados via embebição e via foliar em sementes de limoeiro ‘Cravo’
em condições de campo ............................................................................................................. 32
Tabela 3. Porcentagem de germinação de sementes de limoeiro ‘Cravo’ tratadas com
diferentes reguladores vegetais e fungicidas em condições laboratoriais. ................................ 37
Tabela 4. Médias das atividades específicas para as ezimas antioxidantes polifenoloxidase,
peroxidase, ascorbato peroxidase, superóxido dismutase e catalase em plântulas de limoeiro
‘Cravo’ tratadas com diferentes reguladores vegetais e fungicidas.. ........................................ 39
Tabela 5. Médias da altura e diâmetro do porta-enxerto de limoeiro ‘Cravo’ tratados com
diferentes reguladores vegetais e fungicida aos 67 DAS. ......................................................... 41
Tabela 6. Médias da altura e diâmetro do porta-enxerto, área foliar, massa seca da parte
radicular e massa seca da parte aérea de plantas de limoeiro ‘Cravo’ tratados com diferentes
reguladores vegetais e fungicidas aos 81 DAS.......................................................................... 42
Tabela 7. Médias da altura e diâmetro do porta-enxerto, área foliar, massa seca da parte
radicular e massa seca da parte aérea de plantas de limoeiro ‘Cravo’ tratados com diferentes
reguladores vegetais e fungicida aos 115 DAS.. ....................................................................... 43
Tabela 8. Médias da altura e diâmetro do porta-enxerto, área foliar, massa seca da parte
radicular e massa seca da parte aérea de plantas de limoeiro ‘Cravo’ tratados com diferentes
reguladores vegetais e fungicida aos 178 DAS.. ....................................................................... 44
Tabela 9. Médias da altura e diâmetro do porta-enxerto, área foliar, massa seca da parte
radicular e massa seca da parte aérea de plantas de limoeiro ‘Cravo’ tratados com diferentes
reguladores vegetais e fungicida aos 204 DAS. ........................................................................ 45
Tabela 10. Médias da altura e diâmetro do porta-enxerto, área foliar, massa seca da parte
radicular e massa seca da parte aérea de plantas de limoeiro ‘Cravo’ tratados com diferentes
reguladores vegetais e fungicida aos 235 DAS. ........................................................................ 46
Tabela 11. Caracterização das amostras referentes à coleta 67 DAS para peroxidase,
polifenoloxidase, ascorbato peroxidase, catalase, superóxido dismutase, clorofilas a e b,
antocianinas e carotenóides. .................................................................................................... 499
IX
Tabela 12. Médias das atividades específicas para as ezimas antioxidantes polifenoloxidase,
peroxidase, ascorbato peroxidase, superóxido dismutase e catalase em plantas de limoeiro
‘Cravo’ aos 81 DAS.. ................................................................................................................ 57
Tabela 13. Médias das atividades específicas para as ezimas antioxidantes polifenoloxidase,
peroxidase, ascorbato peroxidase, superóxido dismutase e catalase em plantas de limoeiro
‘Cravo’ aos 115 DAS.. .............................................................................................................. 58
Tabela 14. Médias das atividades específicas para as ezimas antioxidantes polifenoloxidase,
peroxidase, ascorbato peroxidase, superóxido dismutase e catalase em plantas de limoeiro
‘Cravo’ aos 178 DAS. ............................................................................................................... 59
Tabela 15. Médias das atividades específicas para as ezimas antioxidantes polifenoloxidase,
peroxidase, ascorbato peroxidase, superóxido dismutase e catalase em plantas de limoeiro
‘Cravo’ aos 235 DAS. ............................................................................................................... 60
Tabela 16. Valores médios das condições ambientais...............................................................71
1
USO DE REGULADORES VEGETAIS E BIOESTIMULANTES PARA A ABREVIAÇÃO
DE PRODUÇÃO DO PORTA-ENXERTO LIMOEIRO ‘CRAVO’ (Citrus limonia Osbeck).
Botucatu, 2012. 99p. Tese (Doutorado em Agronomia/Horticultura) - Faculdade de Ciências
Agronômicas, Universidade Estadual Paulista.
Autora: TATIANA PIRES DE ALMEIDA MERLIN
Orientador: JOÃO DOMINGOS RODRIGUES
RESUMO
O presente trabalho objetivou avaliar a aplicação de reguladores vegetais (tratamento
de semente e via foliar) em limoeiro ´Cravo´ (Citrus limonia Osbeck) visando o encurtamento
do tempo de produção do porta-enxerto. O experimento foi dividido em duas etapas, sendo a
primeira realizada no laboratório de Análise de Sementes, Departamento de Produção Vegetal
- Agricultura da Faculdade de Ciências Agronômicas - Botucatu, SP, determinando-se a taxa
de embebição das sementes. Após este procedimento, realizou-se o teste de germinação das
sementes após tratamento com os produtos (testemunha, ácido giberélico GA3 10 mg 0,2 L-1,
ácido giberélico GA3 20 mg 0,2 L-1, cinetina 10 mL 0,2 L-1, piraclostrobina + metil tiofanato
0,03 mL L-1, cinetina + ácido giberélico + ácido indolilbutírico 30 mL 0,2 L-1, ácido
giberélico GA4+7 + 6-benziladenina 1 mL 0,2 L-1, ácido giberélico GA4+7 + 6-benziladenina
2,12 mL 0,2 L-1, cloreto de chlormequat 0,2 mL 0,2 L-1 e cloreto de chlormequat 0,2 mL 0,2 L1
+ ácido giberélico GA3 20 mg 0,2 L-1. A segunda etapa do experimento foi realizada no
viveiro ELPA Mudas Cítricas, localizado na cidade de Botucatu, SP. Após resultado da taxa
de embebição as sementes foram mantidas em contato com os tratamentos e semeadas em
tubetes com substrato de fibra de coco. Foram empregados dez tratamentos aplicados via
foliar, mensalmente: testemunha, ácido giberélico GA3 50 mg L-1, ácido giberélico GA3 100
mg L-1, cinetina 50 mL L-1, piraclostrobina + metil tiofanato 0,18 mL L-1, cinetina + ácido
giberélico + ácido indolilbutírico 150 mL L-1, ácido giberélico GA4+7 + 6-benziladenina 5 mL
L-1, ácido giberélico GA4+7 + 6-benziladenina 10 mL L-1, cloreto de chlormequat 1 mL L-1 e
cloreto de chlormequat 1 mL L-1 + ácido giberélico GA3 100 mg L-1. Uma primeira avaliação,
anterior à aplicação dos tratamentos, realizada para a caracterização das plantas (67 dias após
a semeadura - DAS), avaliando-se a altura (cm) e diâmetro do porta-enxerto (mm) e a
atividade de enzimas antioxidantes. As demais foram realizadas aos 81, 115, 178, 204 e 235
2
DAS verificando-se a altura (cm), diâmetro do porta-enxerto (mm), área foliar (cm2), massa
seca da parte aérea e radicular (g), taxa de assimilação de CO2 (A, µmol CO2 m-2s-1), taxa de
transpiração (E, mmol vapor d’água m-2s-1), condutância estomática (gs, mol
m-2s-1),
eficiência do uso da água (EUA, µmolCO2 mmol H2O-1), eficiência de carboxilação (A/Ci) e
as atividades específicas das enzimas antioxidantes: peroxidase (µmol de H2O2 consumido
minuto-1 g-1 proteína), catalase (µmol H2O2 mg-1 proteína min-1), polifenolxidase (µmol catecol
transformado min-1 g-1 proteína), ascorbato peroxidase (µmol ascorbato min-1 mg-1 proteína) e
superóxido dismutase (U g -1 proteína), teor de clorofilas a e b (µg g-1), carotenóides (µg g-1) e
antocianinas (µg g-1). O delineamento experimental empregado para a primeira etapa foi o
inteiramente casualizado composto por 10 tratamentos, 4 repetições e 50 sementes por
repetição. Para a segunda parte, blocos ao acaso composto por 10 tratamentos, 4 repetições e
30 plantas por parcela experimental.
___________________________
Palavras-chave: reguladores vegetais, fotossíntese, enzimas antioxidantes, germinação.
3
USO DE REGULADORES VEGETAIS E BIOESTIMULANTES PARA A ABREVIAÇÃO
DE PRODUÇÃO DO PORTA-ENXERTO LIMOEIRO ‘CRAVO’ (Citrus limonia Osbeck).
Botucatu, 2012. 99p. Tese (Doutorado em Agronomia/Horticultura) - Faculdade de Ciências
Agronômicas, Universidade Estadual Paulista.
Author: TATIANA PIRES DE ALMEIDA MERLIN
Advisor: JOÃO DOMINGOS RODRIGUES
SUMMARY
The aim of this project was to evaluate the plant growth regulator application (seed and
leaves) in rangpur lime (Citrus limonia Osbeck) on rootstock production in a shorter period of
time. The experiment was divided into two steps; the first one was carried in the Seed
Analysis Laboratory, Crop Science Department - College of Agricultural Sciences - Botucatu,
SP, in order to analyze the inhibition. Afterwards, the germination test was done after the
contact of the seeds with the treatments (control, gibberellic acid GA3 (10 mg L-1) 10 mg 0,2
L-1, gibberellic acid GA3 (10 mg L-1) 20 mg 0,2 L-1, kinetin (0,4 mg L-1) 10 mL 0,2 L-1,
pyraclostrobin + thiophanate methyl (50 g L-1 + 450 g L-1) 0,03 mL L-1, kinetin (90 mg L-1) +
gibberellic acid (50 mg L-1) + indolebutyric acid (50 mg L-1) 30 mL 0,2 L-1, gibberellic acid
GA4+7 (19 mg L-1) + 6-benzyladenine (19 mg L-1) 1 mL 0,2 L-1, gibberellic acid GA4+7 (19 mg
L-1) + 6-benzyladenine (19 mg L-1%) 2,12 mL 0,2 L-1, chlormequat chloride (100 g L-1) 0,2
mL 0,2 L-1 and chlormequat chloride (100 g L-1) 0,2 mL 0,2 L-1 + gibberellic acid GA3 (10 mg
L-1) 20 mg 0,2 L-1. The second part of the experiment was carried out in ELPA Citric
Seedlings’ Nursery, in Botucatu, SP. After the inhibition test, the seeds were kept in contact
with the treatments and sowed in the coconut fiber substrate. Ten treatments were provided
monthly by foliar application: control, gibberellic acid GA3 (10 mg L-1) 10 mg 0,2 L-1,
gibberellic acid GA3 (10 mg L-1) 20 mg 0,2 L-1, kinetin (0,4 mg L-1) 10 mL 0,2 L-1,
pyraclostrobin + thiophanate methyl (50 g L-1 + 450 g L-1) 0,03 mL L-1, kinetin (90 mg L-1) +
gibberellic acid (50 mg L-1) + indolebutyric acid (50 mg L-1) 30 mL 0,2 L-1, gibberellic acid
GA4+7 (19 mg L-1) + 6-benzyladenine (19 mg L-1) 1 mL 0,2 L-1, gibberellic acid GA4+7 (19 mg
L-1) + 6-benzyladenine (19 mg L-1%) 2,12 mL 0,2 L-1, chlormequat chloride (100 g L-1) 0,2
4
mL 0,2 L-1 and chlormequat chloride (100 g L-1) 0,2 mL 0,2 L-1 + gibberellic acid GA3 (10 mg
L-1) 20 mg 0,2 L-1. A first evaluation before the treatment application, called as
characterization, was done 67 days after the sowing, analyzing the rootstock height (cm) and
diameter (mm) and antioxidant enzymes. Other evaluations were performed at 81, 115, 178,
204 and 235 days after the sowing (DAS), analyzing the rootstock height (cm) and diameter
(mm), foliar area (cm2), root and foliar dry weight (g), rate of CO2 assimilation (A, µmol CO2
m-2s-1), rate of transpiration (E, mmol vapor d’água m-2s-1), stomatal conductance (gs, mol m2 -1
s ), water use efficiency (EUA, µmolCO2 (mmol H2O)-1), as well as carboxylation efficiency
(A/Ci) and the specific antioxidant enzymes activities of peroxidase (µmol of reduced H2O2
min-1 g-1 protein), catalase (µmol of decomposed H2O2 mg-1 protein min-1), poliphenoloxidase
(µmol reduced cathecol min-1 g-1 protein), ascorbate peroxidase (µmol ascorbate min-1 mg-1
protein) and superoxide dismutase (U g
-1
proteína), chlorophylls a e b (µg g-1), carotenoids
(µg g-1) and anthocyanin (µg g-1). The experimental design for the firt part was randomized
with 10 treatments, 4 repetitions and 50 seeds per repetition. In the second part the design was
randomized blocks with 10 treatments, 4 repetitions and 30 plants per experimental plot.
___________________________
Key-words: plant growth regulators, photosynthesis, antioxidants enzymes, germination.
5
1. INTRODUÇÃO
A citricultura mundial tem passado por grandes desafios como doenças
dizimadoras de pomares, mudanças climáticas, entre outros fatores. Os citros tem grande
destaque mundial, sendo o Brasil considerado o maior produtor desde a década de 80 e hoje
considerado o segundo maior. A China é o país de maior produção (BIBLIOGRAFIA) e isso
se deve ao cuidado que produtores e viveiristas tem com a condução de pomares, escolha
correta de fertilizantes e defensivos e o cuidado no desenvolvimento de mudas sadias.
O sistema de produção de mudas de citros foi primeiramente descrito
por Castle et al. (1975) nos Estados Unidos. A produção em ambiente protegido é uma
alternativa ao sistema tradicional de produção em viveiros a campo. O sistema propõe a
produção sob casa-de-vegetação onde os porta-enxertos são cultivados em tubetes com
diferentes substratos, com posterior transplantio para vasos maiores para realização da enxertia
e formação da muda (CARVALHO, 1998). O objetivo é melhorar as condições fitossanitárias,
promover crescimento mais intenso e padronizar o processo de formação das mudas. No
entanto, nesse sistema de produção ocorre grande crescimento das plantas em curto intervalo
de tempo e em espaço reduzido para o desenvolvimento do sistema radicular (CARVALHO,
1994).
A produção de mudas de citros no Brasil em ambientes telados iniciouse no Estado de São Paulo em 1994, hoje o maior estado produtor e, atualmente, pode ser
considerada um processo na cadeia citrícola de alta tecnologia, como o uso de fertirrigação,
6
variadas formas de fornecimento de nutrientes e defensivos, bem como o uso de reguladores
vegetais. Todos os esforços realizados visam a produção de mudas cítricas sadias, de
qualidade e que retornem o máximo de lucro aos produtores.
Deve-se levar em conta, porém, que o processo de produção de mudas
é relativamente longo, normalmente com duração de dezoito meses, sendo interessante o
encurtamento de fases que levem a rápida saída das mudas dos viveiros e em consequência,
um maior retorno financeiro ao viveirista. Para Coelho et al. (1983), o tempo para formação
de uma muda cítrica é considerado longo, sendo interessante o emprego de técnicas que
promovam sua diminuição sendo importante a redução do período para ser realizada a
enxertia, que ao invés de 12 meses fosse conseguida em até 6 meses (GAMA, 1983).
Este trabalho teve como objetivo a avaliação da abreviação do tempo
de produção de porta-enxerto de limoeiro ‘Cravo’ (Citrus limonia Osbeck) com a aplicação de
reguladores vegetais como auxinas, citocininas, giberelinas, inibidores da síntese de
giberelinas e fungicidas que promovem efeitos fisiológicos.
7
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Importância econômica dos citros
De todas as árvores frutíferas, uma das mais conhecidas, cultivadas e
estudadas em todo o mundo é a laranjeira. Como todas as plantas cítricas, a laranjeira é nativa
da Ásia, mas a região de origem é motivo de controvérsia. Alguns historiadores afirmam que
os cítricos teriam surgido no leste asiático, nas regiões que incluem hoje a Índia, China, Butão,
Birmânia e Malásia (HASSE, 1987).
No Brasil há indicações de que os citros chegaram com o
descobrimento, conforme relato do padre Manoel da Nóbrega, datado de 1549 onde afirma
que “cidras, laranjas e limões dão-se em muitas quantidades”. A partir de 1900 começaram a
surgir grandes pomares comerciais no Rio de Janeiro, Ceará e São Paulo e hoje a cultura está
presente em todos os estados brasileiros (SALIBE, 2000).
No final da década de 80, a combinação entre uma indústria citrícola
competitiva e a produção da cultura fez com que o Brasil se tornasse o maior produtor de
laranja, dominando os Estados Unidos em produção. Os altos preços do suco de laranja
atraíram novos produtores e a implantação de novos pomares aumentou em taxas de 12 a 18%
ao ano. Desde então, a produção brasileira dobrou enquanto que a americana diminuiu ano
após ano, representando hoje, menos que a metade da produção brasileira (NEVES et al.,
2011).
8
O estado de São Paulo concentra 70% das áreas de pomares de laranja
mas, os estados de Sergipe e Bahia são os estados onde a expansão da cultura tem ocorrido
intensamente (NEVES et al., 2011).
De acordo com a CONAB (2011), a produção de laranja do Estado de
São Paulo deve chegar no ano de 2011 a 377,06 milhões de caixas de 40,8 kg da fruta. A área
em produção é de 535,01 mil hectares e a produtividade média atual atinge 704,78 caixas/ha e
1,92 caixas/pé. Dados publicados pela FAO, confirmam que nossos níveis de produtividade só
são superados por poucos países, onde a citricultura é irrigada (ASSOCITRUS, 2011).
Na região centro-sul do Estado de São Paulo, a cidade de Botucatu
vem se destacando com relação a área em produção. Em 2000 haviam 1,5 milhões de
laranjeiras em produção, em 2010 este número aumentou praticamente 5 vezes, chegando a
quase 8,1 milhões de plantas em produção e mais de 2,2 milhões de laranjeiras recémplantadas (IEA, 2011).
2.2. Caracterização da produção de mudas de citros
Entre o final da década de 80 e início do século XXI, uma série de
novas doenças e reincidentes foram registradas nos pomares citrícolas, colocando em risco a
sustentabilidade da atividade agrícola devido ao aumento dos custos de produção e queda na
produtividade (NEVES e LOPES, 2005).
Um dos fatores apontados como responsáveis por favorecer a
disseminação e incidência de doenças nos pomares foi o emprego de mudas produzidas a céu
aberto, dada a impossibilidade de se produzir material propagativo seguramente isento de
patógenos transmitidos por insetos vetores (CARVALHO et al., 2005).
Desta forma, com o objetivo de proporcionar ao setor citrícola o
fornecimento de material propagativo com segurança fitossanitária, adotou-se a produção e
comercialização obrigatória de mudas e porta-enxertos cítricos provenientes de ambiente
protegido a partir de 1° de janeiro de 2003 (CDA, 2008).
No sistema de produção de mudas cítricas em ambiente protegido,
novas técnicas de manejo são requeridas para otimização do processo produtivo, desde tratos
culturais como métodos de condução de enxertia, emprego de reguladores vegetais até
9
nutrição mineral e fertirrigação (BOAVENTURA et al., 2004; CARVALHO et al., 2005;
GIRARDI et al., 2005).
No Estado de São Paulo a produção de mudas cítricas passou por
grande transformação desde 1994 e, atualmente, é tido como exemplo de sucesso no mundo
todo. A adoção do novo sistema de produção de mudas em ambiente protegido, com o uso de
substratos orgânicos como casca de Pinus, foi proposto devido à necessidade de se garantir
mudas sadias, livres de doenças e patógenos e, desta forma, permitir a formação de pomares
com produtividade diferenciada (ZANETTI, 2006).
De acordo com o Fundecitrus, no ano de 2009 no Estado de São Paulo,
encontravam-se 517 viveiros telados com plantios estimados de 8,6 milhões de porta-enxertos
e 17,6 milhões de mudas (AMARO e BAPTISTELLA, 2010).
Dentre as fases de produção da muda cítrica, a produção do portaenxerto é responsável por cerca de 60% do tempo demandado (Figura 1). Entre os fatores
responsáveis por esta demora, encontram-se o período de germinação, que pode chegar a
sessenta dias ou mais, dependendo do porta-enxerto utilizado, bem como a desuniformidade
entre as plântulas devido à diferença no número de dias levados para ocorrer a germinação na
sementeira (SOUSA et al., 2002) e períodos de menor temperatura (CHILEMBWE et al.,
1992). Na figura 1, encontra-se as fases e suas durações de produção de uma muda cítrica de
acordo com Carvalho et al. (2005).
A germinação de sementes de porta-enxertos cítricos ocorre
lentamente, levando um período de sessenta dias ou mais, fazendo com que as plantas na
sementeira sejam bastante desuniformes (COHEN, 1956; MONSELISE e HALEVY, 1962;
PLATT e OPTIZ, 1974; FUCIK, 1980; MOBAYEN, 1980).
Semeadura
2 - 4 meses
Transplante
2 - 3 meses
Enxertia
3 - 5 meses
Total: 10 – 15
meses
Plantio
3 meses
Muda palito
Figura 1. Ciclo de produção de muda cítrica (CARVALHO et al., 2005).
10
Conforme Castle e Rouse (1990) o número de plantas por área é maior
em relação ao de produção de mudas a céu aberto e os porta-enxertos alcançam condições
adequadas para a enxertia com três a quatro meses, ficando as mudas prontas para o
transplante após doze meses. Já Abou-Rawash et al. (1998) afirmam que o tempo para a
formação de uma muda cítrica, via enxertia, oscila entre 18 e 36 meses, dependendo do clima
da região e do nível tecnológico do viveiro sendo que a propagação por estaquia poderia
reduzir o tempo de formação da muda cítrica a um período inferior a 8 meses.
As sementes de citros são consideradas recalcitrantes, ou seja são
sementes que não sofrem secagem na planta matriz e são liberadas com alto teor de umidade
não suportando a redução da umidade, perdendo a viabilidade (KING e ROBERTS, 1979), a
germinação é tipo hipógea (aquela em que os cotilédones ficam abaixo do solo) e as plântulas
produzem inicialmente raiz primária (pivotante) forte e carnosa e as secundárias formam-se
após a raiz pivotante atingir 8 a 10 cm e surgir o primeiro par de folhas (DAVIES e
ALBRIGO, 1994; SPIEGEL-ROY e GOLDSCHIMIDT, 1996).
Usberti (1979) e Usberti e Felipe (1980) verificaram que as melhores
temperaturas para a germinação de sementes do limoeiro 'Cravo' encontram-se entre 25oC e
35oC. King et al. (1981) observaram que sementes com 5% de umidade e armazenadas a
temperaturas abaixo de 5ºC mantêm melhor o poder germinativo quando comparadas àquelas
armazenadas com teores de água e temperatura mais elevados.
O limoeiro ‘Cravo’ foi a variedade em prevalência, cerca de 61%,
durante o período analisado por Amaro e Baptistella (2010). Suas características como portaenxertos são o elevado número de sementes, rápido e vigoroso crescimento para enxertia,
formação mais rápida e fácil pegamento das mudas, alta produtividade das plantas enxertadas
e grande resistência à seca.
A quantidade de água absorvida depende da espécie, da semente, da
variedade ou do cultivar, da temperatura ambiente, da composição química da semente, do
teor de umidade inicial, da natureza do tegumento e da quantidade de água disponível. A
embebição da maioria das sementes segue um padrão trifásico (BEWLEY e BLACK, 1994)
em que a fase inicial do processo (fase I) constitui um fenômeno essencialmente físico,
podendo ser completada em 1 a 2 horas nas sementes cotiledonares, independente da condição
11
fisiológica. Tanto as sementes vivas quanto as sementes mortas ou dormentes, exceto por
impermeabilidade do tegumento, absorvem água durante esta fase.
Na segunda etapa (fase II) ocorrem atividades metabólicas, porque as
reservas estão sendo convertidas em compostos necessários para a germinação (BEWLEY e
BLACK, 1994). A absorção de água nessa fase é lenta, de 8 a 10 vezes mais longa que a
anterior. Contudo, o tempo de duração de cada etapa depende de propriedades inerentes às
sementes de cada espécie e das condições térmicas e hídricas durante a hidratação
(VERTUCCI, 1989). Assim, a importância da curva com as fases de embebição está
relacionada tanto a estudos de permeabilidade de tegumento, como na determinação da
duração de tratamentos com reguladores vegetais, condicionamento osmótico e pré- hidratação
em sementes (ALBUQUERQUE et al., 2000; CARVALHO e NAKAGAWA, 2000).
A embebição da semente com quantidades limitadas ou não de água ou
de solução contendo substâncias promotoras de crescimento, através da imersão ou contato
com substrato umedecido, em temperaturas baixas ou moderadas, é chamado de préhidratação; o aumento da germinação através da pré-hidratação ou pré-embebição das
sementes é uma técnica conhecida há vários anos. Tem sido demonstrado, ainda, que os
efeitos benéficos deste tratamento permanecem mesmo após a secagem das sementes
(ROSSETO et al., 2000).
Para aumentar a taxa de germinação e a uniformidade de emergência
das plantas podem ser utilizados diversos tratamentos no tegumento das sementes, tais como
escarificação física com água a diferentes temperaturas, calor seco, calor úmido, frio seco ou
radiação, escarificação química com soluções ácidas, enzimas ou solventes orgânicos e
substâncias estimuladoras da germinação, como nitrato de potássio ou reguladores vegetais
(RADHAMANI et al.,1991).
Zucareli et al. (2009) estudando a tolerância ao dessecamento e sua
influência na germinação de sementes de citrumelo ‘Swingle’ com e sem tegumento,
observaram que as sementes sem tegumento e com 28% de umidade apresentaram tempo
médio de germinação de 14,75 dias e com 48%, 10,50 dias, enquanto que as sementes com
tegumento nas mesmas umidades germinaram aos 23,75 e 21,75 dias.
Os reguladores vegetais, que controlam o metabolismo e as respostas
das sementes ao ambiente, são fatores intrínsecos que controlam a germinação. Essas
12
substâncias mediadoras dos processos fisiológicos da germinação transformam sinais
ambientais específicos em respostas bioquímicas, produzindo modificações no estado
fisiológico da semente, através da transcrição diferencial, repressão ou desrepressão gênica ou
ativação do RNA mensageiro, ou ainda, por alterações na permeabilidade da membrana
(BOTELHO e PEREZ, 2001).
2.3. Uso de reguladores vegetais no desenvolvimento de plantas
Hormônios vegetais são compostos orgânicos, não nutrientes,
produzidos nas plantas, os quais a baixas concentrações (10-4M), promovem, inibem ou
modificam processos fisiológicos e morfológicos do vegetal (CASTRO e VIEIRA, 2001).
O termo reguladores vegetais não é restrito somente aos compostos
sintéticos mas também aos de ocorrência natural. Consequentemente, podem ser definidos
como compostos naturais ou sintéticos que modificam o crescimento e o desenvolvimento da
planta exercendo profunda influência em diversos processos fisiológicos (PAROUSSI et al.,
2002). Os reguladores vegetais são classificados em seis fitohormônios clássicos, como a
auxina (AX), giberelina (GA), citocinina (CK), etileno (ET), ácido abscísico (ABA) e
jasmonatos (JA), bem como os brassinoesteróides (BR), ácido salicílico (SA) (PELEG e
BLUMWALD, 2011) promovem respostas específicas em plantas especificas (PAROUSSI et
al., 2002). As respostas aos reguladores vegetais podem variar de acordo com as espécies
vegetais, variedade, idade da planta, condições ambientais, estados fisiológicos e nutricionais,
estágio de desenvolvimento e o balanço endógeno hormonal. Os retadadores de crescimento
são amplamente utilizados para modificar a estrutura do dossel, produtividade e tolerância ao
estresse em muitas culturas (JALEEL et al., 2007a; JALEEL et al., 2007b).
A eficácia da utilização de reguladores vegetais deve-se a vários
fatores como: forma de aplicação, de modo a proporcionar a entrada no citoplasma, o efeito do
clima sobre o metabolismo do órgão vegetal aos biorreguladores, o momento da aplicação pela
sensibilidade dos tecidos da planta, o comportamento da variedade e o estado geral da planta
(SILVA et al., 2006).
O uso de reguladores vegetais é uma prática muito comum em vários
países, com utilização em diversas espécies. No Brasil, especialmente na citricultura, sua
13
utilização tem certa abrangência, sendo que a mesma pode ser utilizada em várias etapas do
processo produtivo, desde a fase vegetativa até a reprodutiva, proporcionando desta maneira,
um melhor manejo da cultura (MODESTO et al., 1999).
2.3.1.Auxinas
A auxina foi o primeiro hormônio descoberto em plantas e é um,
dentre uma vasta gama, dos agentes químicos sinalizadores que regulam o desenvolvimento
vegetal. A auxina mais comum de ocorrência natural é o ácido indol-3-acético (IAA) (TAIZ e
ZEIGER, 2011).
O efeito da auxina sobre o crescimento das plantas depende do tipo de
auxina aplicada e sua concentração (TEALE et al., 2006). Muitos processos do
desenvolvimento são controlados ou sofrem interferência das auxinas, tais como, divisão,
expansão e diferenciação celular (BERLETH e SACHS, 2001), iniciação de raízes em estacas
caulinares (STEFANCIC et al., 2006), desenvolvimento de raízes laterais (CASIMIRO et al.,
2001), diferenciação de raízes em cultura de tecidos (NANDAGOPAL ecv RANJITHA,
2007), formação do eixo apical-basal (FRIML et al., 2003), resposta de tropismo
(gravitropismo e fototropismo) em caules e raízes (NOH et al., 2003) e repostas de dominância
apical (BOOKER et al., 2003). As auxinas podem ainda levar a atraso na senescência foliar
(LIM et al., 2007), induzir o pegamento e o crescimento de alguns frutos (SERRANI et al.
2007) e estimular o crescimento de órgãos florais (VERNOUX et al., 2000).
2.3.2. Citocininas
As citocininas são hormônios vegetais relacionados com a divisão e
alongamento celular, promovendo efeitos fisiológicos sobre o crescimento e desenvolvimento
de plantas (RAVEN et al., 2001). São substâncias essenciais para complementar a ação das
giberelinas na indução da germinação e de processos enzimáticos, quando estes são
bloqueados por inibidores (FRAGA, 1982). Participam ainda do processo de alongamento e
diferenciação celular, principalmente, quando interagem com a auxina (ARTECA, 1995).
14
As citocininas também possuem papel importante no desenvolvimento
do aparelho fotossintético. Segundo Nyitrai (1997) as citocininas são membros do grupo de
reguladores vegetais com ação no desenvolvimento dos cloroplastos, possuindo correlação na
recepção da luz, além de terem influência no transporte de elétrons (principalmente, no
fotossistema I), acúmulo de clorofila, atividade fotossintética e na síntese da enzima ribulose
1,5-difosfato carboxilase (rubisco).
Recentemente, foi demonstrado que uma parte substancial das
citocininas em folhas são localizadas em cloroplastos (BENKOVA et al., 1999). Os plastídeos
e seu desenvolvimento estão entre os principais alvos de ação das citocininas nas células
foliares (PARTHIER, 1979). Citocininas ativam a diferenciação dos etioplastos no escuro e o
desenvolvimento dos cloroplastos na presença da luz (KHOKHOLOVA et al., 1971; CHORY,
et al. 1991).
Existem fortes evidências indicando que a citocinina ativa a síntese de
proteínas codificadoras do cloroplasto por ambos os genomas, nuclear e plastídeo,
aumentando a produção de pigmentos fotossintéticos e estimulando a diferenciação dos
cloroplastos estruturais (BUSCHMANN e LICHTENTHALER, 1977; LERBS et al., 1984;
AXELOS et al., 1987; RESKI et al., 1991; KASTEN et al., 1992; KUNESTSOV et al., 1994,
1998, 1999; KUBO e KAKIMOTO, 2000).
A auxina e a citocinina diferem dos demais hormônios vegetais e
agentes de sinalização em um aspecto importante de serem necessárias para a viabilidade,
enquanto que os demais parecem agir como reguladoras dos processos específicos do
desenvolvimento (TAIZ e ZEIGER, 2011).
2.3.3. Giberelinas
As giberelinas constituem uma classe de reguladores vegetais que
estimulam a germinação e o crescimento por alongamento, como seu modo de ação. As
giberelinas promovem o crescimento pelo aumento da plasticidade da parede celular seguida
da hidrólise do amido em açúcar, que reduz o potencial hídrico da célula, resultando na
entrada de água no seu interior, promovendo o alongamento, sendo que os passos básicos
envolvidos nesse mecanismo são: a GA produzida no embrião é transferida para a camada de
15
aleurona das células onde a α-amilase é produzida via síntese e essa promove a conversão do
amido em açúcar, que é usado então para o crescimento da plântula (BOTELHO e PEREZ,
2001).
A ação das giberelinas (GA) ou dos ácidos giberélicos segundo
Metivier (1979) é atuar no controle da hidrólise do tecido de reserva para o fornecimento de
energia ao embrião promovendo o alongamento celular, fazendo com que a radícula
desenvolva-se através do endosperma ou tegumento (SALISBURY e ROSS, 1992).
No entanto, pouco se sabe qual a concentração de ácido giberélico
deve ser utilizada e nem por quanto tempo elas devem ser imersas para que haja aceleração no
processo de germinação das sementes de citros. Existem relatos da aplicação de ácido
giberélico sobre sementes de citros com concentrações que atingem 250 mg L-1 e tempo de
imersão que varia de 0 a 24 horas (CHOUDHARI e CHAKRAWAR, 1981; ONO et al., 1993;
LEONEL et al., 1994a; LEONEL et al., 1994b; RAMOS, 1994; ONO et al., 1995), os quais
verificaram efeitos divergentes tanto das concentrações aplicadas, quanto no tempo de imersão
das sementes no ácido giberélico.
2.3.4. Inibidores da síntese de giberelinas
Compostos que agem na redução da altura da planta pela redução do
alongamento e divisão celular são denominados retardantes de crescimento (RADEMACHER,
2000). O principal hormônio envolvido é a giberelina, uma vez que os retardantes de
crescimento agem, principalmente, através da inibição da sua biossíntese (TAIZ e ZEIGER,
2011).
Inibidores da síntese de giberelinas são divididos em três classes e
cada classe específica interrompe uma das três etapas da síntese de giberelina. A primeira
classe de compostos, tais como compostos quaternários de amônio (cloreto de clormequat ou
CCC, cloreto de mepiquat e AMO-1618) e fosfônio (cloreto de clorfênio), bloqueiam a síntese
de ent-caureno a partir do geranilgeranil difosfato. AMO-1618 e CCC, especificamente,
inibem a atividade de copalil difosfato sintase e, em menor grau, da ent-caureno sintase,
ocorrendo nos cloroplastos. A segunda classe consiste nos compostos heterocíclicos contendo
nitrogênio, como ancimidol (uma pirimidina), tetciclases (uma norbornanodiazetina) e
16
compostos tipo triazol (paclobutrazol e uniconazole). Estes compostos inibem a oxidação de
ent-caureno para o ácido entcaurenóico pelas P450 monoxigenases, durante a etapa 2 da
biossíntese da giberelina que ocorre no retículo endoplasmático. O terceiro grupo inclui
acilciclohexanodionas, os quais inibem dioxigenases dependentes do 2-oxoglutarato na etapa 3
da biossíntese da giberelina. Acilciclohexanodionas, como prohexadiona-Ca e trinexapac-etil,
são estruturalmente similares ao 2-oxoglutarato e são, portanto, inibidores da atividade da
dioxigenase por competição pelo sítio de ligação do cosubstrato, 2-oxoglutarato ocorrendo no
citoplasma (RADEMACHER, 2000).
2.3.5. Bioestimulantes
A mistura de dois ou mais biorreguladores vegetais ou de
biorreguladores vegetais com outras substâncias (aminoácidos, nutrientes, vitaminas) é
designada de bioestimulante (CASTRO e VIEIRA, 2001).
O produto comercial Stimulate® contém reguladores vegetais e traços
de sais minerais quelatizados, sendo composto por 50 mg L-1 de ácido índolbutírico (auxina),
90 mg L-1 de cinetina (citocinina) e 50 mg L-1 de ácido giberélico (giberelina). Este produto
químico, em função da sua composição, concentração e proporção das substâncias pode
incrementar o crescimento e o desenvolvimento vegetal, estimulando a divisão celular, a
diferenciação e o alongamento de células. Também pode aumentar a absorção e a utilização
dos nutrientes e é especialmente eficiente quando aplicado com fertilizantes foliares, sendo
compatível também com defensivos (CASTRO et al., 1998).
Outro bioestimulante de nome comercial Promalin® é composto pela
mistura de dois fitorreguladores naturais, a citocinina 6BA (benziladenina) e as giberelinas
GA4 e GA7, tem como objetivo de promover a divisão celular e um alongamento das células
(VALENT BIOSCIENCES, 2003). Segundo Tukey (1980), compostos como estes
evidenciam-se como potenciais estimuladores de ramificações laterais. Estudos têm sugerido
que os componentes do produto possuem papel sequencial na produção de ramos laterais, com
a iniciação do crescimento induzido pelo BA e, subsequente, alongamento promovido pelo
GA4+7, cuja concentração é de 1:1.
17
2.3.6. Produtos com benefícios fisiológicos
Os fungicidas do grupo das estrobirulinas compreendem uma
variedade de compostos sintéticos protetores de plantas com amplo espectro na ação
antifúngica. Estudos têm demonstrado evidências da influência direta de estrobirulinas na
fisiologia de plantas (KÖEHLE et al., 2002).
As estrobilurinas, grupos de compostos químicos extraídos do fungo
Strobilurus tenacellus, são usados na agricultura como fungicidas. Estes compostos fazem
parte do grupo dos inibidores a quinona oxidase (QoI), cuja toxicidade advém da inibição da
cadeia respiratória ao nível do Complexo III, impedindo a cadeia bioquímica de transferência
de elétrons no sítio da mitocôndria, interferindo na respiração do patógeno (GHINI e
KIMATI, 2000).
As estrobilurinas são conhecidas como fungicidas inibidores da
quinona, por terem como único modo bioquímico de ação a inibição da respiração
mitocondrial atuando no sítio Qo (quinona oxidase). Algumas das estrobilurinas mais comuns
são
a
azoxistrobina,
metil-cresoxima,
picoxistrobina,
fluoxastrobina,
orizastrobina,
dimoxiystrobina, piraclostrobina e trifloxistrobina (PARREIRA et al., 2009).
Uma resposta das plantas que despertou o interesse agronômico sobre
o grupo das estrobilurinas foi o efeito fisiológico. A aplicação de estrobilurinas resultou no
aumento de produtividade para algumas culturas como o milho e a soja (DOURADO NETO,
2005; FAGAN, 2007). As estrobilurinas quando aplicadas sobre as plantas atuam na ativação
da enzima NADH-nitrato redutase, aumentando a assimilação de nitrato e sua posterior
incorporação nas moléculas vitais da planta, como a clorofila. Além disso, ocorre o aumento
na eficiência na assimilação de CO2, a elevação da taxa fotossintética e a redução da taxa
respiratória. Outro efeito promissor é a redução na produção de etileno, que retarda a
senescência das folhas, aumentando o período que a planta permanece com a fotossíntese ativa
(VENÂNCIO et al., 2003; OLIVEIRA, 2005; FAGAN, 2007). A redução na produção de
etileno pela planta e o retardamento da senescência das folhas foram comprovados nas
culturas da soja (DOURADO NETO et al., 2005; FAGAN, 2007) e do milho (DOURADO
NETO et al., 2005).
18
2.4. Trocas gasosas
A produtividade de uma comunidade vegetal é o resultado final de
uma cadeia de eventos que ocorrem durante o seu desenvolvimento e está relacionada à
densidade de plantio, ao crescimento da copa, à eficiência fotossintética entre outros fatores
(EL-OTMANI et al., 2000).
Praticamente toda matéria orgânica acumulada numa planta durante
seu crescimento tem origem no processo fotossintético de fixação de carbono atmosférico, o
qual representa ao redor de 95% de toda sua fitomassa seca. Assim, qualquer fator ambiental
que afetar a fotossíntese afetará o crescimento e acúmulo de fitomassa (SYVERTSEN e
LLOYD, 1994).
Condições propícias à fixação de carbono favorecem a abertura dos
estômatos, enquanto que condições propícias à perda de água favorecem o seu fechamento
(MEDINA et al., 2005).
A água é o componente abundante e necessário à manutenção da vida
animal e vegetal, compondo quase a totalidade das estruturas de muitos vegetais,
desempenhando importante função para evitar o superaquecimento da folha. Com a absorção
do calor proveniente da radiação solar, a água vaporiza-se e deixa a folha através dos
estômatos resfriando-a. Este processo, denominado de transpiração, é de fundamental
importância para manter o aparelho fotossintético funcional (TAIZ e ZEIGER, 2011).
Segundo Lammaud et al. (1996), a eficiência do uso da água (EUA)
representa a capacidade que a vegetação possui em assimilar carbono, enquanto limita as
perdas de água através dos estômatos.
As plantas do gênero Citrus apresentam metabolismo fotossintético do
tipo C3, cuja enzima responsável pela fixação de CO2 possui atividade carboxilase e
oxigenase. Portanto, espera-se que plantas que crescem em ambientes com períodos frequentes
de temperatura do ar superior a 30°C (especialmente na primavera-verão) apresentem menor
eficiência fotossintética quando comparadas as plantas que crescem em ambientes mais
amenos, com temperatura inferior a 30°C (RIBEIRO et al., 2004).
Folhas de laranjas apresentam baixas taxas fotossintéticas quando
comparadas a outras espécies arbóreas, apesar da alta densidade de estômatos e clorofila
19
abundante. A taxa máxima de fotossíntese de Citrus sinensis (L.) Osbeck ocorre em
temperaturas do ar em torno de 22 a 25°C (KRIEDEMANN, 1971). Segundo o mesmo autor
(1968), a temperatura ótima para assimilação de CO2 em algumas espécies de citros está entre
15 e 20°C quando as medidas são realizadas em ambientes com ar seco e entre 20 e 30°C em
ambientes úmidos.
A temperatura pode limitar diretamente a atividade fotossintética dos
citros através de alterações nas reações fotoquímicas e bioquímicas e na disponibilidade de
CO2, reduzindo a produção de ATP e NADPH e causando decréscimo da fixação de CO2 em
moléculas de glicose (GUO et al., 2006; RIBEIRO et al., 2003; 2004; 2006).
Sob condições naturais, sem défice hídrico no solo e com fluxo
fotossintético de fótons saturante, a taxa de fotossíntese aumenta até ao redor de 9 horas,
descrescendo posteriormente, com o aumento do défice de pressão de vapor e da temperatura
do ar (MEDINA et al., 1999).
O método de produção de mudas cítricas em ambientes telados traz
inúmeras vantagens fitossanitárias porém, ocorrem modificações no ambiente, como o
aumento de temperatura, aumento do défice de pressão de vapor de ar e da radiação solar, que
influenciam o desenvolvimento e a qualidade das mudas.
2.5. Sistemas antioxidantes
Todo órgão da planta é afetado pelo estresse. A coordenação da
resposta de estresse no corpo da planta é realizada pelos hormônios vegetais. Logo que uma
planta sofre um distúrbio, ocorrem como uma resposta não-específica, mudanças no equilíbrio
hormonal, sendo que estas condicionam o metabolismo que tem efeito em curto prazo, bem
como os processos morfogenéticos de longo prazo, no sentido de minimizar o estresse e
preservar a vida da planta (SFALCIN, 2009).
O estresse oxidativo surge a partir de um desbalanço na formação e no
metabolismo das espécies reativas de oxigênio (ROS), ou seja, mais ROS sendo produzidas do
que metabolizadas (NEILL et al., 2002).
Um radical livre é definido como qualquer átomo, grupo de átomos ou
moléculas capazes de existir sob forma independente e que contém um ou mais elétrons
20
desemparelhados na camada de valência (DEL MAESTRO, 1980; SOUTHORN e POWIS,
1988; HALLIWELL e GUTTERIDGE, 1999). Portanto, os radicais livres podem ser formados
pela adição ou pela perda de um elétron de uma substância não-radical. Entretanto, existem
compostos igualmente reativos aos radicais livres que não possuem elétron não-pareado na
última camada e, por isso, não podem ser classificados como radicais livres (DRÖGE, 2002).
Essas substâncias são classificadas de maneira mais ampla como espécies reativas de oxigênio
(ROS) ou espécies reativas de nitrogênio (RNS).
Na mitocôndria, a enzima citocromo-oxidase promove a redução
completa de uma molécula de oxigênio e água e para isso, são necessários quatro elétrons.
Contudo, nem sempre o oxigênio se transforma diretamente em água, em consequência de sua
configuração eletrônica. A molécula de oxigênio tem forte tendência, durante as reações, em
receber um elétron de cada vez, formando uma série de intermediários tóxicos e reativos
(MENEGHINI, 1987), tais como: radical superóxido (O2-), o peróxido de hidrogênio (H2O2) e
o radical hidroxila (OH-). Os radicais superóxido e a hidroxila apresentam elétrons
desemparelhados e são classificados como radicais livres, já o H2O2 não possui elétrons nãopareados na última camada e é classificado como uma espécie reativa de oxigênio (FURIAN,
2007).
Uma vez formadas, as ROS precisam ser detoxificadas eficientemente
a fim de minimizar eventuais danos. Os mecanismos de detoxificação fazem parte da segunda
linha de defesa contra os efeitos danosos dos ROS (GRATÃO et al., 2005). As células
vegetais são protegidas por um complexo sistema antioxidante composto por mecanismos não
enzimáticos e enzimáticos, como as enzimas antioxidantes, superóxido dismutase (SOD),
catalase (CAT) e ascorbato peroxidase (APX) (NOCTOR e FOYER, 1998).
2.5.1. Enzimas antioxidantes
As principais enzimas antioxidantes são as superóxido dismutase
(SOD), catalases (CAT) e ascorbato peroxidase (APX). As peroxidases, de um modo geral,
catalisam a redução do peróxido de hidrogênio e peróxidos orgânicos em álcoois (SHAN et
al., 1990), as catalases catalisam a redução do H2O2 a água e oxigênio (MAYES, 1990) e a
21
superóxido dismutase catalisa a dismutação do radical superóxido em peróxido de hidrogênio
e oxigênio, na presença do próton H+ (ACHARYA et al., 1991; ROSS e MOLDEUS, 1991).
2.5.2. Peroxidase
As peroxidases são amplamente distribuídas em todas as plantas e
apresentam múltiplas isoformas, as quais estão envolvidas em diversas reações celulares,
como a oxidação de compostos fenólicos, oxidação do ácido indol-3-acético, ligações de
polissacarídeos, ligações com monômeros, lignificação, cicatrização de ferimentos e o
alongamento de células. As peroxidases têm papel fundamental no crescimento e
desenvolvimento das plantas, além de estarem fortemente relacionadas com mecanismos de
defesa em relação a patógenos e/ou a vários estresses abióticos (LEE et al., 2001; HSU e
KAO, 2003) e constituem proteção antioxidativa (ROSSI et al., 1997).
2.5.3.Catalase
A catalase (H2O2 oxiredutase) é uma proteína homotetramérica que
contém um grupo heme (CHANCE et al., 1979) que além de remover o H2O2 também tem
papel relevante na detoxificação indireta do radical superóxido, que é convertido em H2O2
pela superóxido dismutase e então decomposto pela catalase (WASSMANN et al., 2004),
durante os processos de fotorrespiração (GERBLING et al., 1984). Essa enzima tem sido
descrita como susceptível a fotoinibição e degradação. Após sua inativação pela luz, a
atividade da catalase é fortemente dependente de uma nova síntese da enzima, como relatado
por Hertwig et al. (1992).
2.5.4. Superóxido dismutase
A superóxido dismutase (superóxido oxidoredutase) é uma enzima
essencial para todas as células aeróbicas, pois catalisa a dismutação do radical superóxido,
formando H2O2 e O2 (DIONISIO-SESE e TOBITA, 1998; FURIAN, 2007).
Existem três tipos de superóxido dismutase, as que contém cobre e
zinco no sítio ativo (Cu Zn-SOD) e são encontradas no citossol em maior quantidade, mas
22
estão presentes também nos peroxissomas, lisossomas e espaços intermembranas da
mitocôndria (FRIDOVICH, 1975), as que contém manganês (Mn-SOD) e estão presentes na
matriz mitocondrial, que correspondem à cerca de 60% do total de enzima, visto que a maior
quantidade de O2- é produzida na mitocôndria através do citossol (FISCHER, 1987), as que
contém ferro e que são encontradas em plantas e bactérias (FRIDOVICH, 1975; CHANCE et
al., 1979), sendo que a distribuição regional e subcelular da SOD promovem proteção
adequada contra o radical superóxido, com consequente formação de H2O2, que é menos
reativo e é degradado por outras enzimas (catalase ou glutationa peroxidase). Essa reação pode
acontecer espontaneamente em condições fisiológicas, porém quando catalisada pela SOD a
velocidade da dismutação é 104 vezes maior (CHANCE et al., 1979; SOUTHORN e POWIS,
1988).
2.5.5. Polifenoloxidase
A polifenoloxidase possui na estrutura o cobre como grupo prostético
(WALKER e McCALLION, 1980), com oxigênio molecular como co-substrato. Encontram-se
latentes, e se tornam ativas quando liberadas das membranas dos tilacóides devido ao
rompimento causado pelo dano, senescência, ataque de insetos ou patógenos (MAYER e
HAREL, 1981). De acordo com Lax e Vaughn (1991), polifenoloxidases são encontradas nos
cloroplastos, mas são sintetizadas no citoplasma. É uma enzima envolvida nos processos de
oxi-redução (MAYER, 1987), promovendo a hidroxilação de monohidroxiferol para οdihidroxifenol e a desidrogenação deste composto, formando ο-quinonas, que ao sofrerem
polimerização não-enzimática com aminoácidos ou proteínas, formam pigmentos marrom,
vermelho e preto, responsáveis pelo escurecimento dos tecidos (UNDERHILL e
CRITCHLEY, 1995).
À polifenoloxidase tem sido atribuído um grande número de processos
celulares, que inclui defesa contra pragas e patógenos, controle dos níveis de oxigênio no
cloroplasto, síntese de compostos fenólicos e cicatrização de danos (MAYER, 1987).
23
2.5.6. Ascorbato peroxidase
Nakano e Asada (1981) evidenciaram que o ascorbato é o doador de
életrons para a retirada de peróxido de hidrogênio nos cloroplastos. Também confirmaram que
a dehidroascorbato redutase e a peroxidase cujo doador de elétron é específico para o
ascorbato estão localizados nos estromas dos cloroplastos.
2.5.7. Clorofilas, carotenóides e antocianinas
As clorofilas são moléculas complexas especialmente ajustadas para as
funções de absorção de luz, transferência de energia e de elétrons. As clorofilas são
construidas por uma rota de síntese em que se empregam moléculas simples para a montagem
de moléculas complexas (PORRA, 1997; BEALE, 1999; TAIZ e ZEIGER, 2011).
As clorofilas podem causar a formação de oxigênio singleto quando
encontram-se livres irão absorver luz eficientemente da mesma maneira, porém, não
encontrarão as proteínas do sistema de transporte não possuindo rota para liberação da energia
(TAIZ e ZEIGER, 2011).
A clorofila a é essencial para a produção de oxigênio pela fotossíntese,
sendo a clorofila b considerada pigmento acessório, ou seja, pigmento que não está
diretamente envolvido na transdução da energia da fotossíntese mas serve para ampliar a faixa
de luz que pode ser usada no processo. Quando uma molécula de clorofila b asborve a luz, a
energia é transferida para a molécula de clorofila a, que então, a transforma em energia
química durante a fotossíntese (RAVEN et al., 1999).
Os
carotenóides
são
encontrados
em
todos
os
organismos
fotossintéticos. Constituem integralmente as membranas dos tilacóides e estão, em geral,
intimamente associados aos pigmentos protéicos das antenas e centros de reação. A luz
absorvida por estes pigmentos acessórios é transferida à clorofila para o processo de
fotossíntese (TAIZ e ZEIGER, 2011).
Os carotenóides desempenham papel essencial na fotoproteção, pelas
membranas fotossintéticas poderem ser facilmente danificadas pelas grandes quantidades de
energia absorvida pelos pigmentos. Tal mecanismo de fotoproteção atua liberando o excesso
24
de energia antes que possa danificar o organismo. O oxigênio singleto (1O2*) formado a partir
da reação de clorofilas excitadas e o oxigênio molecular, encontra-se altamente reativo,
danificando muitos componentes celulares, principalmente os lipídeos, sendo os carotenóides
responsáveis pela ação protetora por não possuir energia suficiente para formar o oxigênio
singleto, retornando à sua forma inicial perdendo energia na forma de calor (TAIZ e ZEIGER,
2011).
As funções desempenhadas pelas antocianinas nas plantas são variadas
tais como antioxidantes, proteção à ação da luz, mecanismo de defesa e função biológica. As
cores vivas e intensas que elas produzem têm papel importante em vários mecanismos
reprodutores das plantas, como a polinização e a dispersão de sementes (LOPES et al., 2007).
25
3. MATERIAL E MÉTODOS
O presente experimento foi dividido em duas fases sendo a primeira
etapa desenvolvida em laboratório e a segunda etapa em viveiro.
3.1. 1ª Etapa: Determinação da taxa de embebição e de germinação
3.1.1.Objetivos:
Tendo em vista as divergências encontradas em diversas literaturas sobre o tempo de
embebição para sementes de citros objetivo da primeira etapa do experimento foi o de avaliar
o tempo ideal para que as sementes ficassem em contato com os produtos sem que estes
danificassem suas estruturas bem como a realização do teste de germinação após o período
determinado de embebição.
3.1.2. Localização do experimento
A primeira parte do experimento foi realizada no laboratório de
Análise de Sementes do Departamento de Produção Vegetal - Agricultura da Faculdade de
Ciências Agronômicas, Botucatu - SP.
26
3.1.3. Material vegetal e condução
Foram utilizadas sementes de limoeiro ‘Cravo’ (Citrus limonia
Osbeck), provenientes da Fazenda São José, Rio Claro - SP. No teste de embebição foram
utilizadas 4 repetições com 50 sementes cada, com o objetivo de avaliar o peso das sementes
até a estabilização, que foram preparadas da seguinte maneira:
a)
Tratamento testemunha: as sementes foram colocadas separadas
-1
para embeber em 200 mL
de água destilada cada (quantidade estipulada para cobrir
totalmente as sementes);
b)
Tratamento para retirada da película: as sementes foram
primeiramente colocadas em solução de 1L, contendo hipoclorito de sódio 12%, ácido
muriático e soda cáustica por 30 minutos, agitadas a cada 15 minutos para a retirada manual
da película. Após esse processo, as sementes foram colocadas para embeber em água destilada
(CARVALHO et al., 2005).
c)
Tratamento térmico: as sementes foram colocadas em 1L de
água destilada à 52°C por 10 minutos. Após o período, as mesmas foram colocadas para
embeber em água destilada (CARVALHO et al., 2005).
Determinado o peso inicial de cada amostra (200 sementes) estas
foram colocadas, individualmente, em copos descartáveis os quais continham água destilada
200 mL-1 e deixadas embebendo em condições ambiente (25°C). O nível de água dos copos foi
mantido constante, restabelecendo-se sempre que necessário. As medições de peso foram
realizadas primeiramente a cada meia hora e após a verificação da estabilização do peso, a
cada hora, por dez horas. Anterior às pesagens, as sementes foram embrulhadas em papel
toalha até que estivessem totalmente secas.
Para o cálculo da porcentagem de embebição utilizou-se o peso inicial
e o final de cada amostra, com o uso da seguinte fórmula (ROCHA et al., 1984):
PE(%) = PF – PI x 100
PI
onde,
PE (%)= porcentagem de embebição, em relação ao peso incial da amostra;
PI= peso inicial da amostra;
27
PF= peso final da amostra.
Após os resultados obtidos mediante ao teste de embebição realizou-se
a montagem do teste de germinação das sementes após contato com os tratamentos.
3.1.4. Teste de germinação
Após a embebição, foi realizado o estudo da germinação de sementes
de limoeiro ‘Cravo’ após contato com os reguladores vegetais. As sementes sofreram o
processo de retirada de película e ficaram em contato com os tratamentos por 10 horas.
Foram utilizadas quatro repetições de 50 sementes por tratamento,
semeadas em três folhas de papel germitest, sendo uma utilizada como cobertura para as
sementes, em rolos umedecidos com água destilada, na quantidade equivalente a 2,5 vezes o
peso do papel seco. Os rolos foram acondicionados em sacos plásticos fechados (0,033mm de
espessura) para evitar a desidratação e mantidos em germinadores a 25°C (BRASIL, 1992) por
45dias.
A partir do décimo quinto dia foram realizadas contagens diárias do
número de sementes germinadas até o quadragésimo quinto dia de instalação do experimento.
As sementes foram consideradas germinadas após a emissão da radícula e os resultados foram
expressos em porcentagem.
3.1.5. Tratamentos utilizados
As sementes foram colocadas em contato com os tratamentos por 10
horas através do processo de embebição.
Como fonte do ácido giberélico (GA3) foi utilizado o produto
®
comercial ProGibb , para cinetina o produto X-Cyte®, para piraclostrobina + metil tiofanato o
produto Acronis®, para cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico o produto Stimulate®,
para ácido giberélico - (GA4+7) + 6-benziladenina o produto Promalin® e para cloreto de
clormequat o produto Tuval®.
Após receberem os tratamentos, as sementes foram colocadas para
germinar em papel germitest previamente umidecidos e levados ao germinador.
28
Tabela 1. Tratamentos aplicados via embebição em sementes de limoeiro ‘Cravo’ para teste de
germinação. Botucatu-SP, 2009.
Tratamentos
Concentração do P.A.
Qtde aplicada L-1
-
-
1- Testemunha
2- Ácido giberélico - GA3
-1
50 mg
-1
100 mg
-1
50 mL
10 mg L
3- Ácido giberélico - GA3
10 mg L
4- Cinetina (Kt)
0,4 mg L
5- Piraclostrobina + metil tiofanato
6- Cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico (IBA)
7- Ácido giberélico - (GA4+7) + 6-benziladenina (BA)
8- Ácido giberélico - (GA4+7) + 6-benziladenina
9- Cloreto de clormequat (CCC)
10- Cloreto de clormequat + ác. giberélico - GA3
50 g L-1 + 450 g L-1
-1
0,15 mL
-1
-1
90 mg L + 50 mg L + 50 mg L
150 mL
-1
-1
5 mL
-1
-1
10 mL
19 mg L + 19 mg L
19 mg L + 19 mg L
-1
100 g L
1 mL
100 g L-1 + 10 mg L-1
1 mL + 100 mg
3.1.6. Análises bioquímicas
Aos 31 dias após a implantação do experimento, foram coletadas
amostras para congelamento em nitrogênio líquido para a realização das análises bioquímicas
em duplicata, realizadas entre 0-4°C. Para as determinações da peroxidase e polifenoloxidase
utilizou-se o mesmo extrato preparado em tampão acetato de sódio (pH 5,0, 100mM) e para a
superóxido dismutase, catalase e ascorbato peroxidase, o mesmo extrato preparado com
tampão fosfato de potássio (pH 7,5, 100mM), ditiotreitol, EDTA e PVPP. Todas as
determinações foram realizadas no escuro.
- Peroxidase (POD) - EC 1.11.1.7: foram pesados cerca de 0,3 g de
tecido vegetal fresco macerados com 5 mL de tampão acetato de sódio pH 5,0, 100mM. O
homogenado resultante foi centrifugado por 10 minutos a 6000 rpm. A metodologia utilizada e
descrita por Allain et al. (1974) modificado por Lima et al. (1999) constituia-se de 10 µmol de
H2O2; 35 µmol de fenol; 2 µmol de 4-aminoantipirina e 250 µL de sobrenadante contendo
enzimas livres e 750 µL de tampão, com volume final de 2 mL. Após a permanência de 5
minutos em banho-maria a 30ºC a reação foi interrompida com 2 mL de etanol absoluto e a
29
absorbância medida à 505 nm. A velocidade da reação foi expressa em µmol de H2O2
consumido minuto-1 g-1 proteína;
- Superóxido dismutase (SOD) - EC 1.15.1.1: metodologia realizada
de acordo com Beuchamp e Fridovich (1971) e Rama Devi e Prasad (1998). Foram pesados
aproximadamente 0,1 g do material fresco e agitado com 3 mL do tampão de extração (tampão
fosfato de sódio 100 mM, pH 7,5, EDTA 1 mM, DTT 3 mM e 4% de PVPP) com o auxílio de
homogeneizador tipo Turrax. Após a centrifugação (30 minutos a 8000 rpm) o sobrenadante
foi coletado. Para cada amostra foram utilizados dois tubos de ensaio onde um recebia luz e o
outro foi coberto por papel alumínio. Foi usado para cada tubo 50 µL para a determinação da
enzima juntamente com 33 µmol L-1 de solução de NBT, 0,66 mmol L-1 de solução de EDTA,
0,00165 mmol L-1 de solução de riboflavina e 5 mmol L-1 de solução de metionina. A solução
resultante foi exposta à luz fluorescente por 10 min. A absorbância da solução foi medida em
à 560 nm em ambos os tipos de extrato (iluminado e não iluminado) e a diferença entre as
duas absorbâncias foi considerada para a determinação da atividade da SOD, que consistiu na
inibição da redução do NBT, pela dismutação enzimática do superóxido (U g -1 proteína);
- Catalase (CAT) - EC 1.11.1.6: 50 µL do sobrenadante foi adicionado
ao tampão de determinação (tampão fosfato de sódio pH 7,5, 100mM), tampão de extração
(tampão fosfato de sódio 100 mM, pH 7,5, EDTA 1mM, DTT 3 mM e 4 % de PVPP) e
peróxido de hidrogênio 50 mM (KAR e MISHRA,1976). A redução da absorbância nas
amostras foi medida a cada 10 segundos por 2 minutos à 240 nm. O consumo de H2O2 foi
expresso em µmol H2O2 mg-1 proteína min-1;
- Polifenoloxidase (PPO) - EC 1.10.3.1: 300µL do extrato foi utilizado
como meio de reação, juntamente com catecol 0,1 M durante 30 minutos a 30°C. Após este
período, a reação foi paralizada com adição de ácido perclórico 2 N e a leitura foi feita à 395
nm. Os resultados foram expressos em µmol catecol transformado min-1 g-1 proteína (KAR e
MISHRA, 1976; LIMA, 1994; LIMA et al., 1999);
- Ascorbato peroxidase (APX) - EC 1.11.1.11: tampão de extração pH
7,5, 100 mM (tampão fosfato de sódio 100 mM, pH 7,5, EDTA 1 mM, DTT 3 mM e 4% de
PVPP), água destilada, ascorbato de sódio 50 mM, extrato (75µL) e peróxido de hidrogênio 1
mM foram utilizados para a reação onde foi medida a redução da absorbância a cada 5
30
segundos durante 80 segundos à 290 nm e a atividade da APX foi expressa em µmol ascorbato
min-1 mg-1 proteína (NAKANO e ASADA, 1981).
Para todas amostras foi realizada a determinação do teor de proteínas
solúveis por Bradford (1976) utilizados para o cálculo das atividades específicas.
3.1.7. Delineamento estatístico
Foram empregados o delineamento inteiramente casualizado composto
por 10 tratamentos, 4 repetições e 50 sementes por repetição. Os dados foram submetidos à
análise de variância e as médias, comparadas pelo teste Tukey a 5% de probabilidade.
3.2. 2ª Etapa: Crescimento e desenvolvimento de porta-enxerto cítrico
3.2.1. Objetivo
Avaliar o desenvolvimento de porta-enxertos cítricos sob ação de reguladores
vegetais.
3.2.2. Localização do experimento
O experimento foi instalado no viveiro ELPA Mudas Cítricas, na
cidade de Botucatu, Estado de São Paulo, localizado à latitude 22°54’18,8’’S, longitude
48°27’32,8’’W, no período de dezembro de 2008 a agosto de 2009. Toda a estrutura do
viveiro está de acordo com as recomendações da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do
Estado de São Paulo (CATI, 1994).
3.2.2. Material vegetal e condução
Após o teste de embebição realizado na primeira etapa e a obtenção do
do tempo de embebição de 10 horas, foi instalado a segunda parte do experimento que
consistiu na embebição das sementes em reguladores vegetais e, posterior, aplicação via foliar
dos mesmos reguladores, porém, em concentrações maiores.
31
As conduções das mudas como tratamentos fitossanitários e
nutricionais foram realizados de acordo com a rotina do viveiro.
As sementes, doadas pela fazenda São José, Rio Claro - SP, foram
tratadas para a retirada das películas das sementes (mediante resultado do teste de embebição).
Após o tratamento, as películas foram retiradas com auxílio de um pano e pinça e secas à
sombra para posterior armazenamento em geladeira.
Em 30 de dezembro/2008, após os tratamentos com reguladores
vegetais, semeou-se duas sementes por tubetes em substrato de fibra de coco e irrigadas
diariamente, conforme Figura 2.
(Foto: Merlin, 2008)
Figura 2. Sementes de limoeiro 'Cravo' semeadas em tubetes e a disposição na sementeira.
Dezembro/2008.
Aos 60 dia após a semeaduras (DAS) as plantas receberam a primeira
aplicação dos tratamentos com auxílio de um pulverizador costal pressionado por CO2
comprimido, em pressão constante de 2,46 kgf (cm2)-1 e equipado com ponta de pulverização
tipo leque 11002 e volume de calda de 1 litro.
As aplicações foram realizadas mensalmente, com exceção do mês de
maio, quando foi realizado o transplantio do porta-enxerto para os sacos de polietileno (4L)
com substrato casca de pinus.
32
3.2.3. Tratamentos utilizados
Na Tabela 2 encontram-se os tratamentos aplicados via semente
(mediante resultado do teste de embebição) e via foliar. Apesar de não ser um produto
registrado para a cultura de citros, o produto aplicado no tratamento 5 (piraclostrobina + metil
tiofanato) foi utilizado, no sentido do estudo dos prováveis efeitos fisiológicos, sendo usado
250 a 300 mL a cada 100 kg de semente.
Como fonte do ácido giberélico (GA3) foi utilizado o produto
®
ProGibb , para cinetina (Kt) o produto X-Cyte®, para piraclostrobina + metil tiofanato o
produto Acronis®, para
cinetina + ác.
giberélico + ác. indolilbutírico (IBA) o produto
®
Stimulate , para ácido giberélico - (GA4+7) + 6-benziladenin (BA) a o produto Promalin® e
para cloreto de clormequat (CCC) o produto Tuval®.
Tabela 2. Tratamentos aplicados via embebição e via foliar, respectivamente, em sementes de
limoeiro ‘Cravo’ em condições de campo. Botucatu-SP, 2008-2009.
Tratamentos
Concentração do princípio ativo
Qtde aplicada L-1
-
-
1- Testemunha
2- GA3
-1
50 mg
-1
100 mg
10 mg L
3- GA3
10 mg L
-1
4- Kt
0,4 mg L
5- Piraclostrobina + metil tiofanato
-1
50 g L + 450 g L
-1
6- Kt + GA3 + IBA
50 mL
-1
-1
90 mg L + 50 mg L + 50 mg L
7- Kt + GA3 + IBA
-1
5 mL
-1
-1
10 mL
19 mg L + 19 mg L
-1
9- CCC
100 g L
-1
10- CCC + GA3
150 mL
-1
19 mg L + 19 mg L
8- GA4+7 + BA
0,15 mL
-1
100 g L + 10 mg L
1 mL
-1
1 mL + 100 mg
3.2.4. Parâmetros avaliados
A primeira coleta dos materiais vegetais foi realizadae aos 67 DAS e
foi denominada como “caracterização das plantas”, pois, esta foi realizada antes da aplicação
foliar e em plantas pertencentes ao tratamento testemunha. As demais avaliações foram
realizadas aos 81, 115, 178, 204 e 235 dias após a semeadura (DAS). O maior intervalo entre
33
as avaliações de 115 e 178 DAS foi devido ao transplantio, não sendo realizada nenhuma
aplicação e análise das plantas por se tratar de um período de adaptação, formação de novas
raízes e novo crescimento.
Foram coletadas duas plantas para a medição da altura (cm) e diâmetro
(mm) do porta-enxerto, área foliar (cm2), massa de matéria seca da parte radicular e da parte
áerea (g). Duas plantas onde se retirou todas as folhas foram coletadas também para as
análises bioquímicas.
As avaliações de trocas gasosas foram realizadas utilizando-se
equipamento com sistema aberto de fotossíntese, com analisador de CO2 e vapor d’água por
radiação infra-vermelha (“Infra Red Gas Analyser - IRGA”, modelo LI-6400, LI-COR).
As medidas foram calculadas a partir da diferença entre a concentração
de CO2 e vapor d’água do ar de referência (valor presente na câmara sem a folha) e da amostra
(valor com a folha presente na câmara), obtendo-se as concentrações de vapor d’água e CO2
que foram liberados (transpiração - vapor d’água) e assimilados (assimilação de CO2) pelos
estômatos das folhas.
Essas medidas foram realizadas no período das 9:00 às 10:00h, aos 81,
115, 178, 204 dias após a semeadura, selecionando-se 4 plantas de cada tratamento, as quais
foram escolhidas e padronizadas o 2˚ par de folhas com limbo totalmente expandido.
A fim de homogeneizar as repetições, a densidade de fluxo de fótons
fotossinteticamente ativos (DFFFA) foi gerada por um diodo emissor de luz acoplado à
câmara de fotossíntese, padronizando a luminosidade para 1700 µmol m-2 s-1, para que todas
as plantas estivessem sob as mesmas condições de luz. Durante as avaliações, foram coletados
dados de temperatura e umidade relativa do ar utilizando o próprio medidor de trocas gasosas.
As características de trocas gasosas analisadas foram a taxa de
assimilação de CO2 (A, µmol CO2 m-2s-1), taxa de transpiração (E, mmol vapor d’água m-2s-1),
condutância estomática (gs, mol m-2s-1) e concentração interna de CO2 na folha (Ci, µmolCO2
mol-1ar).
A eficiência do uso da água (EUA, µmolCO2 (mmol H2O)-1) foi
determinada através da relação entre assimilação de CO2 e taxa de transpiração e a eficiência
de carboxilação (A/Ci) foi determinada através da relação entre taxa de assimilação de CO2 e
concentração interna de CO2 na folha.
34
No mesmo dia das coletas para a análise de crescimento, foi realizada
a amostragem de plantas para as análises bioquímicas, onde estas foram retiradas dos tubetes
ou dos sacos, lavadas, identificadas e armazenadas em sacos plásticos e papel alumínio e
posterior congelamento em nitrogênio líquido. Após o congelamento das amostras, estas
foram encaminhadas para o freezer do Laboratório de Bioquímica no Instituto de Biociências,
Unesp, Botucatu-SP.
Com relação as análises bioquímicas, foram estudadas as atividades
das enzimas antioxidantes em duplicata, nas quais todas as operações foram realizadas entre 04°C e seguindo o mesmo procedimento de determinação das atividades específicas das
enzimas antioxidantes da primeira etapa do experimento.
- Clorofilas a e b, carotenóides e antocianinas: analisadas conforme
metodologia de Sims & Gamon (2002). Cerca de 0,02 g de extrato previamente macerado foi
agitado com solução tamponada (Tris-HCl e acetona 80%), centrifugado por 5 minutos a 6000
rpm. A clorofila a foi lida à 663 nm, clorofila b à 647 nm, carotenóides à 470 nm e antocianina
537nm. O resultados foram expressos em µg g-1.
3.2.5. Delineamento experimental
O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso composto por
10 tratamentos, 4 repetições e 30 plantas por parcela. Os dados foram submetidos à análise de
variância e as médias comparadas pelo teste Tukey a 5% de probabilidade (FERREIRA,
2000).
35
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. 1ª Etapa: Determinação da taxa de embebição e germinação
Segundo Bewley e Black (1994), o tegumento da semente pode conter
várias substâncias capazes de interferir no processo de germinação, tais como fenóis, ceras e
substâncias inibidoras da germinação. Também pode constituir-se em um obstáculo para o
crescimento embrionário, regulando a disponibilidade de água para a embebição, interferindo
nas trocas gasosas e na saída de substâncias inibidoras do embrião, formando uma barreira
entre o embrião e o ambiente (ZUCARELI et al., 2009).
Através das Figuras 3 A e B pode-se verificar que as sementes tratadas
com a retirada da película apresentaram embebição maior que a testemunha, porém, as
sementes que sofreram com retirada do tegumento mostraram maior embebição. A
porcentagem de embebição demonstra o citado acima, onde as sementes que tiveram a película
retirada por extração química apresentaram tendência maior para ganho de massa (13,62 g),
após as 10 horas do período de embebição e 36,15% de embebição, devido à maior facilidade
de absorção de substâncias por não apresentar uma barreira física.
36
A
Água absorvida (g)
14
12
10
8
0
1
testemunha
2
3
4 5 6
Tempo de embebição (h)
tratamento retirada película
7
8
9
10
Porcentagem de embebição (%)
40
35
B
30
25
20
15
10
5
0
testemunha
tratamento retirada
película
tratamento térmico
tratamento térmico
Figuras 3. Curva de embebição das sementes de limoeiro 'Cravo' (A), baseada no ganho de
peso (g) em água ao longo do tempo (h) e porcentagem de embebição em relação ao peso (B)
inicial (g) das sementes de limoeiro 'Cravo'. Botucatu-SP, 2009.
O período de embebição foi de 10 horas devido a estabilização da
massa das sementes, já que após 6 horas de condução do teste observa-se aumento da massa
em relação à massa anterior de 0,92% para a testemunha, 1,97% para o tratamento de retirada
de película e 0,38% para as sementes que receberam o tratamento térmico. Diferente do que
foi utilizado por Leonel et al. (1994), Ono et al. (1995) e Leonel e Rodrigues (1999) os quais
mantiveram por um período de vinte e quatro horas de embebição para sementes de limoeiro
‘Cravo’ e de citrumelo ‘Swingle’, respectivamente em reguladores vegetais.
A velocidade de embebição e o ganho de peso são relativamente
rápidos (SOUSA et al., 2005) e de acordo com Carvalho e Nakagawa (2000), a primeira fase
possui duração de uma a duas horas, corroborando com o observado na Figura 3 A, na qual na
primeira hora as sementes tiveram maior incremento do seu peso.
Carvalho e Nakagawa (1983) citam que a absorção de água não se faz
de maneira igual pelos diferentes tecidos da semente. A casca absorve muito pouca água e
nem poderia ser diferente por se expandir menos que os demais tecidos internos, a fim de
poder ser rompida e facilitar a saída da plântula emergente. A casca deve, contudo, absorver
água para facilitar a difusão de oxigênio por seu intermédio para os tecidos internos.
37
Com relação ao teste de germinação (Tabela 3) não foram observadas
diferenças significativas entre os tratamentos, porém, verifica-se que os tratamentos 5
(piraclostrobina + metil tiofanato), 7 (GA(4+7) + 6-benziladenina - 5 mL L-1) e 9 (cloreto de
clormequat - 1 mL L-1) se sobressaem aos demais com germinações próximas a 90%.
Tabela 3. Porcentagem de germinação (%) de sementes de limoeiro ‘Cravo’ tratadas com
diferentes reguladores vegetais e fungicidas, em condições laboratoriais. Botucatu-SP, 2009.
Tratamentos*
Porcentagem de germinação (%)
1- Testemunha
82,0 ±1,6 a**
2- GA3
85,5 ± 2,3 a
3- GA3
81,2 ± 1,4 a
4- Kt
81,5 ± 1,9 a
5- Piraclostrobina + metil tiofanato
88,5 ± 2,5 a
6- Kt + GA3 + IBA
82,0 ± 2,8 a
7- Kt + GA3 + IBA
89,0 ± 3,4 a
8- GA4+7 + BA
80,0 ± 2,4 a
9- CCC
88,0 ± 3,2 a
10- CCC + GA3
86,5 ± 2,7 a
CV
5,25
*Tratamentos empregados: (1) Testemunha, (2) GA3, (3) GA3, (4) Cinetina, (5) Piraclostrobina + metil tiofanato,
(6) Cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico, (7) GA4+7 + 6-benziladenina, (8) GA4+7 + 6-benziladenina, (9)
Cloreto de clormequat, (10) Cloreto de clormequat + GA3. **Médias seguidas por letra minúscula não diferem
entre si a 5% de probabilidade, pelo teste Tukey.
Verificou-se também que cerca de 80% das sementes já haviam
germinado aos 45 dias da instalação. Assim, pode-se dizer que em condições ideais de
ambiente, as sementes de limoeiro ‘Cravo’ podem germinar antes do período citado em
diversas literaturas de 45 a 60 dias . Apesar das condições de campo estarem longe de serem
consideradas ideais, o uso dos tratamentos que apresentaram maiores porcentagens de
germinação podem levar a uma maior germinação das sementes em menor tempo.
A germinação de sementes necessita de GA, possivelmente, para a
ativação do crescimento vegetativo do embrião, o enfraquecimento da camada do endosperma
38
que envolve o embrião e restringe seu crescimento, assim como, na mobilização das reservas
energéticas do endosperma. Sua presença também estimula a produção de diversas hidrolases
(TAIZ e ZEIGER, 2011). A citocinina também está envolvida na germinação de semente,s
entretanto, para que isto ocorra é necessário que exista balaço hormonal entre os promotores
(giberelina e citocinina) e os inibidores da germinação (ácido abscísico e compostos
fenólicos). Além da citocinina atuar no balanço hormonal, ela pode promover a germinação
de sementes fotoblásticas positivas por substituição da luz acelerando assim, o processo de
germinação, embora a luz não tenha efeito sobre a germinação dos citros.
O tratamento 7 (GA4+7 + 6-benziladenina - 5 ml L-1) respondeu ao
esperado apresentando, mesmo não significativo, 89% de sementes germinadas aos 45 dias
indicando que para estas amostras e nesta concentração, os teores endógenos e os aplicados
contribuíram para um balanço adequado influenciando positivamente na germinação de
sementes de limoeiro ‘Cravo’. Pode-se ressaltar também, o efeito provocado pelo tratamento 5
(piraclostrobina + metil tiofanato), cuja função além de proteger as sementes de infecções
fúngicas, possuem efeito fisiológico auxiliando e melhorando a germinação de sementes.
Já para o tratamento 9 (cloreto de clormequat - 1 mL L-1), onde se
aplicou um inibidor da síntese de giberelina, esperava-se que este apresentasse baixa
porcentagem de germinação pois, sua ação baseia-se em bloquear a síntese de ent-caureno a
partir de geranilgeranil difosfato e pelo fato do embrião da semente sintetizar e liberar
giberelina no endosperma durante a germinação (TAIZ e ZEIGER, 2011). Sugerindo-se que a
concentração de GA no interior das sementes de limoeiro ‘Cravo’, nestas condições, era
suficiente para promover a germinação de 88% ou, pelo fato de anteriormente à germinação a
giberelina já encontrar-se presente na semente e com isso o tratamento não inibiu a
germinação. O mesmo não foi observado por Nagashima et al. (2010) onde o cloreto de
mepiquat aplicado via embebição de semente, independentemente da dose utilizada, reduziu a
capacidade germinativa das sementes de algodoeiro enquanto que as sementes não tratadas
mantiveram a percentagem de germinação até os 180 dias de armazenamento.
As plântulas de limoeiro ‘Cravo’ foram avaliadas quanto suas
atividades antioxidantes, após os tratamentos com reguladores vegetais, em coleta realizada
aos 61 dias após a instalação do experimento.
39
Tabela 4. Médias das atividades específicas para as enzimas antioxidantes polifenoloxidase PPO (µmol catecol transformado min-1 g-1 proteína), peroxidase - POD (µmol de H2O2
consumido minuto-1 g-1 proteína), ascorbato peroxidase - APX (µmol ascorbato min-1 mg-1
proteína), superóxido dismutase - SOD (U g-1 proteína) e catalase - CAT (µmol H2O2 min-1 g-1
proteína) em plântulas de limoeiro ‘Cravo’ tratadas com reguladores vegetais e fungicidas.
Botucatu-SP, 2009.
Tratamentos*
1
PPO
POD
**
0,00072 bc
APX
SOD
CAT
2,1x10 a
0,6784 fg
438,18 a
0,4x10-4 d
-5
2
0,00071 bc
1,3x10-5 bc
2,2024 c
392,38 b
1,9x10-4 a
3
0,00090 b
0,7x10-5 def
3,8131 a
383,60 b
1,9x10-4 a
4
0,00073 bc
0,5x10-5 f
2,1695 cd
292,15 d
0,7x10-4 bcd
5
0,00056 c
1,2x10-5 bcd
0,4930 g
231,72 e
1,3x10-4 abc
6
0,00125 a
0,6x10-5 f
1,5121 de
297,71 d
0,7x10-4 bcd
7
0,00056 c
0,7x10-5 ef
0,8218 fg
378,01 b
0,5x10-4cd
8
0,00062 bc
1,5x10-5 b
3,0000 b
346,41 c
1,4x10-4 ab
9
0,00071 bc
1,2x10-5 bcde
1,2820 ef
297,71 d
0,44x10-4 d
10
0,00062 bc
1,0x10-5 cdef
0,8546 efg
340,47 c
2,0x10-4 a
CV(%)
13,51
16,23
13,74
2,52
23,80
*Tratamentos empregados: (1) Testemunha, (2) GA3, (3) GA3, (4) Cinetina, (5) Piraclostrobina + metil tiofanato,
(6) Cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico, (7) GA4+7 + 6-benziladenina, (8) GA4+7 + 6-benziladenina, (9)
Cloreto de clormequat, (10) Cloreto de clormequat + GA3. **Médias seguidas por letra minúscula não diferem
entre si a 5% de probabilidade, pelo teste Tukey.
Observa-se na Tabela 4 que o tratamento 6 (cinetina + ácido giberélico
+ ácido indolilbutírico) apresentou a maior atividade específica para a PPO, a testemunha para
POD e SOD, o tratamento 3 (ácido giberélico) para APX e CAT e os tratamentos 2 e 10 para a
CAT. Comparando-se a porcentagem de germinação e as maiores atividades das enzimas
verifica-se que os tratamentos citados acima apresentaram menores porcentagens de
germinação (em torno de 82%), caracterizando tais tratamentos como causadores de estresse
às sementes de limoeiro ‘Cravo’, por promoverem maior atividade das enzimas antioxidantes,
necessárias para a neutralização de radicais livres danosos às células.
40
Observa-se ainda que o tratamento pertencente à família F500
promoveu maior controle interno de processos relacionados com o estresse, como danos às
células, já que as plantas apresentaram menores atividades específicas para polifenoloxidase,
ascorbato peroxidase e superóxido dismutase, indicando que os ingredientes ativos
promoveram maior degradação das espécies reativas de oxigênio, com isso as membranas
foram mantidas íntegras não ocasionando danos oxidativos às células.
Pode-se afirmar que o teste de germinação realizado em condições
laboratoriais para as sementes de limoeiro ‘Cravo’ não foi um bom parâmetro para avaliar a
capacidade dos tratamentos empregados em contribuir com a germinação das sementes.
Porém, o teste de embebição auxiliou na determinação do tempo ideal que as sementes devem
ficar em contato com os reguladores vegetais sem que danificassem qualquer estrutura das
mesmas. Ressalta-se ainda, o uso de piraclostrobina + metil tiofanato em aplicações de
sementes em limoeiro ‘Cravo’ por permitir que as plântulas se desenvolvessem sem que as
condições bióticas e abióticas interferissem no seu sistema oxidativo.
4.2. 2ª Etapa: Crescimento e desenvolvimento do porta-enxerto cítrico
4.2.1. Avaliação das medidas biométricas
Observa-se na Tabela 5 (primeira avaliação realizada nas plantas ainda
não tratadas via foliar) que os tratamentos 3 (ácido giberélico - 100 mg L-1), 4 (cinetina), 8
(GA4+7 + 6-benziladenina - 10 mL L-1), 2 (ácido giberélico) e testemunha apresentaram as
maiores alturas, respectivamente e as plantas pertencentes ao tratamento 10 indicaram menor
altura do porta-enxerto.
Já o diâmetro do porta-enxerto foi significativamente maior para os
tratamentos 9 (cloreto de clormequat), 10 (cloreto de clormequat + ácido giberélico), 3 (ácido
giberélico - ácido giberélico - 100 mg L-1), 5 (piraclostrobina + metil tiofanato) e 6 (cinetina +
ácido giberélico + ácido indolilbutírico), respectivamente e os menores valores foram
apresentados pelos tratamentos 8 (GA4+7 + 6-benziladenina - 10 mL L-1), 4 (cinetina) e 2
(ácido giberélico - 50 mg L-1), respectivamente.
41
Tabela 5. Médias da altura (APE - cm) e do diâmetro do porta-enxerto (DPE - mm) de
limoeiro ‘Cravo’ aos 67 DAS provenientes de sementes tratadas com diferentes reguladores
vegetais e fungicidas. Botucatu-SP, 2009.
Tratamentos*
APE
DPE
1- Testemunha
8,30 a**
1,25 ab
2- GA3
7,70 a
1,00 b
3- GA3
8,30 a
1,44 a
4- Kt
8,06 a
1,05 b
5- Piraclostrobina + metil tiofanato
7,43 ab
1,40 a
6- Kt + GA3 + IBA
7,33 ab
1,28 a
7- Kt + GA3 + IBA
7,36 ab
1,26 ab
8- GA4+7 + BA
7,85 a
1,25 b
9- CCC
6,98 ab
1,50 a
10- CCC + GA3
5,58 b
1,45 a
CV(%)
10,78
9,54
*Tratamentos empregados: (1) Testemunha, (2) GA3, (3) GA3, (4) Cinetina, (5) Piraclostrobina + metil tiofanato,
(6) Cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico, (7) GA4+7 + 6-benziladenina, (8) GA4+7 + 6-benziladenina, (9)
Cloreto de clormequat, (10) Cloreto de clormequat + GA3. **Médias seguidas por letra minúscula não diferem
entre si a 5% de probabilidade, pelo teste Tukey.
Aos 81 DAS (Tabela 6) o tratamento 4 (cinetina) apresentou a maior
altura (11,150 cm); o tratamento 8 o maior diâmetro (1,58 mm) e massa seca de raiz (0,131 g).
O tratamento 2 a maior área foliar significativa (31,242 cm2) e massa seca da parte aérea
(0,350 g).
Mas ao mesmo tempo, o tratamento à base de giberelina na sua menor
concentração (T2) apresentou as menores médias significativas para altura do porta enxerto e
massa seca de parte radicular e o tratamento 7 ( para diâmetro do porta-enxerto (1,23 mm),
área foliar (9,876 cm2) e massa seca da parte aérea (0,142 g).
42
Tabela 6. Médias da altura (APE - cm), diâmetro do porta-enxerto (DPE - mm), área foliar
(AF - cm2), massa seca da parte radicular (MSPR - g) e massa seca da parte aérea (MSPA - g)
de plantas de limoeiro ‘Cravo’ provenientes de sementes tratadas com diferentes reguladores
vegetais e fungicidas aos 81 DAS. Botucatu-SP, 2009.
Tratamentos*
APE
DPE
AF
MSPR
MSPA
1
8,53 bc **
1,43 abc
21,302 bc
0,085 bc
0,172 de
2
6,75 c
1,40 abc
31,242 a
0,045 c
0,350 a
3
9,63 ab
1,45 abc
25,365 ab
0,088 b
0,255 bc
4
11,15 a
1,41 abc
16,291 cd
0,110 ab
0,262 bc
5
8,25 bc
1,50 abc
16,890 cd
0,087 b
0,222 cd
6
9,56 ab
1,46 abc
22,311 bc
0,083 bc
0,222 cd
7
7,61 bc
1,23 c
9,876 e
0,071 bc
0,142 e
8
9,20 ab
1,26 bc
13,253 de
0,086 b
0,165 de
9
8,06 bc
1,58 a
21,800 bc
0,131 a
0,310 ab
10
8,56 bc
1,56 ab
21,861 bc
0,109 ab
0,270 bc
CV(%)
10,56
8,64
12,87
18,77
10,42
*Tratamentos empregados: (1) Testemunha, (2) GA3, (3) GA3, (4) Cinetina, (5) Piraclostrobina + metil tiofanato,
(6) Cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico, (7) GA4+7 + 6-benziladenina, (8) GA4+7 + 6-benziladenina, (9)
Cloreto de clormequat, (10) Cloreto de clormequat + GA3. **Médias seguidas por letra minúscula não diferem
entre si a 5% de probabilidade, pelo teste Tukey.
Na avaliação realizada aos 115 DAS (Tabela 7), a testemunha exibiu
médias superiores significativas para a altura (18,550 cm) (menor apenas que as plantas do
tratamento 9 - cloreto de clormequat), diâmetro do porta-enxerto (2,78 mm), área foliar
(64,965 cm2) e massa seca da parte áerea (0,910 g). Já as plantas do tratamento 2 (ácido
giberélico - 50 mg L-1) também apresentaram altura média diferente significativas (17,587 cm)
e massa seca da parte radicular (0,446 g). O tratamento 9 (cloreto de clormequat) com maiores
valores para altura da planta (18,833 cm), diâmetro (2,78 mm) e massa seca da raiz (0,458 g).
A combinação de cloreto de clormequat e ácido giberélico (trat. 10)
proporcionou menor altura (12,933 cm) e massa seca da parte áerea (0,402 g); o tratamento 8
(GA4+7 + benziladenina - 10 mL L-1) apresentou área foliar inferior aos demais tratamentos de
33,720 cm2; o acúmulo de massa seca da parte radicular encontra-se nas plantas pertencentes
43
ao tratamento 7 (GA4+7 + benziladenina - 5 mL L-1) e o menor diâmetro ocorreu em plantas do
tratamento 2 (ácido giberélico - 50 mg L-1) (2,11 mm).
Tabela 7. Médias da altura (APE - cm), diâmetro do porta-enxerto (DPE - mm), área foliar
(AF - cm2), massa seca da parte radicular (MSPR - g) e massa seca da parte aérea (MSPA - g)
de plantas de limoeiro ‘Cravo’ provenientes de sementes tratadas com diferentes reguladores
vegetais e fungicidas aos 115 DAS. Botucatu-SP, 2009.
Tratamentos*
APE
DPE
AF
MSPR
MSPA
1
18,55 a**
2,78 a
64,965 a
0,401 ab
0,910 a
2
17,58 a
2,11 c
43,645 cd
0,446 a
0,615 c
3
17,03 ab
2,66 ab
47,730 bc
0,349 bc
0,577 cd
4
17,02 ab
2,90 a
56,876 ab
0,430 a
0,780 b
5
14,10 c
2,33 bc
40,680 cde
0,335 c
0,560 cd
6
14,93 bc
2,68 ab
53,090 b
0,347 bc
0,765 b
7
14,06 c
2,35 bc
40,145 cde
0,270 d
0,550 cd
8
17,25 ab
2,48 abc
33,720 e
0,370 bc
0,507 d
9
18,83 a
2,78 a
56,095 ab
0,458 a
0,762 b
10
12,93 c
2,53 abc
35,601 de
0,433 a
0,402 e
CV(%)
6,58
6,92
8,02
6,37
6,41
*Tratamentos empregados: (1) Testemunha, (2) GA3, (3) GA3, (4) Cinetina, (5) Piraclostrobina + metil tiofanato,
(6) Cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico, (7) GA4+7 + 6-benziladenina, (8) GA4+7 + 6-benziladenina, (9)
Cloreto de clormequat, (10) Cloreto de clormequat + GA3. **Médias seguidas por letra minúscula não diferem
entre si a 5% de probabilidade, pelo teste Tukey.
Aos 178 DAS (Tabela 8), o tratamento composto por ácido giberélico
na sua menor dose, exibiu médias significativas para o diâmetro do porta-enxerto (3,87 mm),
sendo menor que os porta-enxerto dos tratamentos 5 (piraclostrobina + metil tiofanato) (4,03
mm), testemunha (3,92 mm) e tratamento 10 (cloreto de clormequat + ácido giberélico) (3,91
mm), para massa seca da parte radicular (2,422 g) e aérea (2,312 g).
Os tratamento 7 (GA4+7 + 6-benziladenina - 5 mL L-1) e 8 (GA4+7 + 6benziladenina - 10 mL L-1) tiveram as maiores alturas 38,375 e 38,000 cm respectivamente,
mas ao mesmo tempo as menores médias referentes ao diâmetro 3,23 mm para o tratamento 7,
44
3,26 mm, área foliar de 66,770 cm2, 1,271 g de massa seca de raiz e 1,727 g de massa seca de
parte aérea para o tratamento 8. A menor altura foi observada nas plantas pertencentes ao
tratamento 4 (cinetina) (27,625 cm).
Tabela 8. Médias da altura (APE - cm), diâmetro do porta-enxerto (DPE - mm), área foliar AF (cm2), massa seca da parte radicular (MSPR - g) e massa seca da parte aérea (MSPA - g)
de plantas de limoeiro ‘Cravo’ provenientes de sementes tratadas com diferentes reguladores
vegetais e fungicidas aos 178 DAS. Botucatu-SP, 2009.
Tratamentos*
APE
DPE
AF
MSPR
MSPA
1
29,37 cd**
3,92 a
111,866 e
2,176 ab
1,895 bcd
2
34,62 ab
3,87 a
156,106 ab
2,422 a
2,312 a
3
32,00 bcd
3,80 ab
137,125 cd
2,071 abc
2,067 abcd
4
27,62 d
3,36 bc
136,781 cd
1,542 de
1,865 bcd
5
31,12 bcd
4,03 a
161,901 ab
1,796 bcd
2,212 ab
6
32,00 bcd
3,66 abc
165,991 a
1,645 cde
2,117 abc
7
38,37 a
3,23 c
127,080 de
1,440 de
1,765 cd
8
38,00 a
3,26 c
66,770 f
1,271 e
1,727 d
9
30,12 bcd
3,28 c
149,496 abc
1,763 bcd
1,882 bcd
10
34,00 abc
3,91 a
147,932 bc
1,705 cde
2,247 ab
CV(%)
6,31
5,35
5,17
10,60
7,83
*Tratamentos empregados: (1) Testemunha, (2) GA3, (3) GA3, (4) Cinetina, (5) Piraclostrobina + metil tiofanato,
(6) Cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico, (7) GA4+7 + 6-benziladenina, (8) GA4+7 + 6-benziladenina, (9)
Cloreto de clormequat, (10) Cloreto de clormequat + GA3. **Médias seguidas por letra minúscula não diferem
entre si a 5% de probabilidade, pelo teste Tukey.
Observa-se que aos 204 DAS (Tabela 9) o tratamento 2 (ácido
giberélico - 50mg L-1) apresentou médias significativas para a altura (53,937 cm) e diâmetro
(5,60 mm) do porta-enxerto, área foliar (392,408 cm2), massa seca de parte radicular (7,872 g)
e aérea (6,824 g).
Em contrapartida, o tratamento a base de GA4+7 + 6-benziladenina, na
sua maior concentração, exibiu menores médias significativas para o diâmetro do portaenxerto (4,22 mm), área foliar (232,035 cm2) e massa seca de raiz (4,798 g); as plantas
45
provenientes da testemunha obtiveram médias inferiores para altura (42,603 cm), massa seca
de parte radicular (4,693 g) e aérea (4,245 g).
Tabela 9. Médias da altura (APE - cm), diâmetro do porta-enxerto (DPE - mm), área foliar AF (cm2), massa seca da parte radicular (MSPR - g) e massa seca da parte aérea (MSPA - g)
de plantas de limoeiro ‘Cravo’ provenientes de sementes tratadas com diferentes reguladores
vegetais e fungicidas aos 204 DAS. Botucatu-SP, 2009.
Tratamentos*
1
APE
42,60 d
**
DPE
AF
MSPR
MSPA
4,90 abc
252,058 d
4,693 d
4,245 f
2
53,93 a
5,60 a
392,408 a
7,872 a
6,824 a
3
47,50 bcd
5,32 a
294,647 c
7,141 a
4,932 de
4
50,31 abc
4,50 bc
334,785 b
6,396 bc
5,807 b
5
47,81 bcd
5,12 ab
347,211 b
6,792 ab
5,213 cde
6
45,62 cd
4,95 ab
295,910 c
5,067 d
4,750 ef
7
52,68 ab
4,92 abc
334,221 b
5,210 cd
5,607 bc
8
54,32 a
4,22 c
232,035 e
4,798 d
4,756 ef
9
49,56 abc
5,30 a
334,174 b
6,831 ab
5,369 bcd
10
50,93 abc
5,10 ab
292,209 c
6,935 ab
5,255 cde
CV(%)
4,81
5,87
1,82
8,61
4,04
*Tratamentos empregados: (1) Testemunha, (2) GA3, (3) GA3, (4) Cinetina, (5) Piraclostrobina + metil tiofanato,
(6) Cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico, (7) GA4+7 + 6-benziladenina, (8) GA4+7 + 6-benziladenina, (9)
Cloreto de clormequat, (10) Cloreto de clormequat + GA3. **Médias seguidas por letra minúscula não diferem
entre si a 5% de probabilidade, pelo teste Tukey.
Aos 235 DAS (Tabela 10) as plantas que receberam aplicação do
tratamento 2 (ácido giberélico - 50mg L-1) tiveram as maiores médias significativas para altura
(73,250 cm), diâmetro (7,35 mm), área foliar (628,709 cm2), massa seca da parte aérea
(11,337 g) e radicular (13,322 g). O tratamento 9 (cloreto de clormequat) também apresentou
médias significativas para o diâmetro (7,28 mm) e para a massa seca de parte radicular
(11,900 g).
Verifica-se na testemunha as menores médias significativas para a
altura (55,832 cm), área foliar (392,250 cm2), massa seca da parte aérea (6,597 g) e radicular
46
(7,211 g) e também, para o tratamento 8 (GA4+7 + 6-benziladenina - 10 mL L-1) quanto ao
diâmetro do porta-enxerto (5,15 mm), área foliar (397,300 cm2) e massa seca da raiz (8,325 g).
Tabela 10. Médias da altura (APE - cm), diâmetro do porta-enxerto (DPE - mm), área foliar AF (cm2), massa seca da parte radicular (MSPR - g) e massa seca da parte aérea (MSPA - g)
de plantas de limoeiro ‘Cravo’ provenientes de sementes tratadas com diferentes reguladores
vegetais e fungicidas aos 235 DAS. Botucatu-SP, 2009.
Tratamentos*
APE
DPE
AF
MSPR
MSPA
1
55,832 c**
5,86 bc
392,250 f
7,211 c
6,597 e
2
73,250 a
7,35 a
628,709 a
13,322 a
11,337 a
3
63,000 abc
6,83 ab
452,170 d
12,211 a
7,800 cd
4
73,000 a
5,63 bc
532,788 bc
11,250 ab
9,750 b
5
64,500 abc
6,18 abc
532,520 bc
11,788 a
8,217 cd
6
59,250 bc
6,21 abc
425,828 e
8,488 c
7,385 de
7
67,000 ab
6,56 ab
541,361 a
8,981 bc
9,450 b
8
70,650 a
5,15 c
397,300 f
8,325 c
7,787 cd
9
69,000 ab
7,28 a
518,851 c
11,900 a
8,857 bc
10
67,875 ab
6,30 abc
436,487 de
12,165 a
8,267 cd
CV(%)
6,42
8,52
1,83
9,84
5,21
*Tratamentos empregados: (1) Testemunha, (2) GA3, (3) GA3, (4) Cinetina, (5) Piraclostrobina + metil tiofanato,
(6) Cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico, (7) GA4+7 + 6-benziladenina, (8) GA4+7 + 6-benziladenina, (9)
Cloreto de clormequat, (10) Cloreto de clormequat + GA3. **Médias seguidas por letra minúscula não diferem
entre si a 5% de probabilidade, pelo teste Tukey.
As giberelinas regulam o crescimento e desenvolvimento de plantas
(MONTEIRO, 1985), causando efeitos dramáticos no alongamento de caules e folhas em
plantas intactas, estimulando tanto a divisão quanto o alongamento celular (RAVEN et al.,
2000).
Em citros, as giberelinas podem, por exemplo, promover o
crescimento vegetativo, inibir o florescimento e aumentar a fixação de frutos; contudo, o tipo e
a intensidade dessas respostas são dependentes da concentração aplicada e do estádio
fenológico no qual a planta se encontra no momento da aplicação (KOSHITA et al., 1999).
47
Observa-se que aos 115, 178 e 204 DAS a aplicação de giberelina (50
mg L-1) promoveu aumento da altura do porta-enxerto atingindo 73,25 cm aos 235 DAS,
31,2% maior que as plantas pertencentes à testemunha. Verifica-se também, que o mesmo
tratamento influenciou positivamente o diâmetro do porta-enxerto, área foliar, massa seca de
parte aérea e radicular, 42,7, 60,3, 84,7 e 71,8%, respectivamente, maiores que os tratamentos
que apresentaram as menores médias para estes parâmetros (tratamento 8 - GA4+7 + 6benziladenina (10 mL L-1) para o diâmetro e testemunha para os demais).
O mesmo foi observado por Leonel e Rodrigues (1986) em portaenxertos de limoeiro ‘Cravo’ onde a aplicação de ácido giberélico na concentração de 50 mg
L-1 aumentou o diâmetro, área foliar e peso seco de caule, enquanto que a concentração de 75
mg L-1 promoveu incremento da área foliar, peso seco de folhas e caule.
Sidahmed (1978) utilizando laranja ‘Azeda’ aplicou GA3 em portaenxertos com oito meses de idade, nas concentrações de 0, 25, 50, 75, 100 e 200 mg L-1, em
intervalos quinzenais e verificou aumento porcentual no crescimento, variável entre 13,95 e
38,80%, para as concentrações empregadas.
Resultados estes que são explicados pelo
modo de ação das
giberelinas que promovem o alongamento celular, ligando-se ao receptor protéico localizado
na membrana, envolvendo neste processo, a divisão celular (estimulando ou acelerando a
passagem das fases da mitose), o aumento da sensibilidade da parede celular (promove
crescimento não ácido, atuando em conjunto com a auxina por necessitar da ativação rápida
das enzimas hidrolíticas já que seu efeito é mais lento, inibindo a peroxidase da parede celular
dificultando a ligação de compostos fenólicos, principalmente, a lignina, evitando o
endurecimento da parede celular) e a extensão celular (sintetizando enzimas hidrolíticas que
irão hidrolisar o amido e frutanos em glicose e frutose, entre outros).
O mesmo tratamento proporcionou incremento no diâmetro do portaenxerto, anteriormente, aos demais tratamentos já que aos 204 DAS as plantas avaliadas
apresentavam diâmetro de 5,60 mm, valor próximo ao considerado ideal para a enxertia que de
acordo com Carvalho et al. (2005) varia entre 6 a 8 mm. Esta informação é de suma
importância para os viveiristas, pois com a redução no tempo de produção do porta-enxerto o
retorno econômico seria mais rápido.
48
O produto GA4+7 + 6-benziladenina (tratamentos 7 e 8) promove
maior divisão e alongamento das células nos frutos, proporcionando assim, frutos de maior
tamanho e melhor formato, com relação comprimento/diâmetro mais apropriada. Plantas
tratadas com o produtos também apresentam folhas maiores, o que confere a elas maior
capacidade fotossintética (SUMITOMO CHEMICAL, 2011). Stephen et al. (1986)
observaram que a citocinina quando combinada com GA4+7, incrementa o crescimento
vegetativo total. Entretanto, observa-se que o tratamento que utilizou a maior dose do produto
(10 mL L-1) apresentou menores médias significativas para diâmetro do porta-enxerto (67,
178, 204 e 235 DAS), área foliar (115, 178 e 235 DAS) e massa seca de parte radicular (178,
204 e 235 DAS). Estes dados comprovam os sintomas visuais das plantas as quais
apresentavam-se estioladas e com folhas muito pequenas, causando estresse, provavelmente,
devido à fitotoxicidade do produto causada pela dose mais alta.
Kiang (1983) aplicando o mesmo produto, porém, via solo, na
concentração de 1 mL 800 mL-1 em limão ‘Rugoso’ aos 3 meses de idade, verificou que houve
aumento do diâmetro do caule e do peso fresco da parte aérea e radicular.
Os porta-enxertos pertencentes à testemunha tiveram desenvolvimento
inferior aos tratamentos estudados para a altura, área foliar, massa seca de raiz e massa seca de
parte aérea aos 204 e 235 DAS.
4.2.2. Avaliações bioquímicas
4.2.2.1. Teor de clorofila, antocianinas e carotenóides
Para as análises referentes aos teores de clorofila a, clorofila b,
antocianinas e carotenóides as avaliações realizadas aos 67 DAS serão utilizadas como padrão,
sem aplicação de reguladores vegetais os quais encontram-se na tabela 11.
49
Tabela 11. Caracterização das amostras referentes à coleta aos 67 DAS para peroxidase (µmol
de H2O2 consumido min.-1 g-1 proteína), polifenoloxidase (µmol catecol transformado min-1 g-1
proteína), ascorbato peroxidase (µmol ascorbato min-1 mg-1 proteína), catalase (µmol H2O2
mg-1 proteína min-1), superóxido dismutase (U g
-1
proteína), clorofilas a (µg g-1) e b (µg g-1),
antocianinas (µg g-1) e carotenóides (µg g-1). Botucatu-SP, 2009.
Parâmetros bioquímicos
Média
Desvio padrão
Peroxidase
1,25x10-5
± 5,51x10-7
Polifenoloxidase
7,04x10-6
± 1,71x10-5
Ascorbato peroxidase
4,13x10-6
± 1,01x10-6
Catalase
6,45x10-8
± 5,86x10-9
Superóxido dismutase
131,47
± 3,28
Clorofila a
897,64
± 25,52
Clorofila b
332,57
± 10,67
Antocianina
182,75
± 8,79
Carotenóides
278,09
± 5,31
Observa-se que aos 81 DAS (Figura 4), o tratamento 8 (GA4+7 + 6benziladenina, 10 mL L-1) apresentou os maiores teores de clorofila a (1076,19 µg g-1),
clorofila b (599,39 µg g-1), antocianinas (991,02 µg g-1) e carotenóides (426,71 µg g-1).
Enquanto que o tratamento 9 (cloreto de clormequat) apresentou as menores médias para
clorofila a (509,61 µg g-1), b (214,18 µg g-1) e carotenóides (187,14 µg g-1).
50
1200.00
a
1000.00
800.00
A
a
abc
cde cde
abc
bcd bcd
d
e
600.00
400.00
700.00
bcd
bcd
bcd bcd
cd
d
200.00
100.00
0.00
0.00
2
3
4
5
6
Tratamentos
7
8
9
1400.00
C
a
1200.00
800.00
600.00
400.00
b
b
b
3
4
b
b
b
b
2
3
4
5
6
Tratamentos
7
8
9
10
D
600.00
1000.00
b
1
10
b
Teor de carotenóides (µg g-1)
1
Teor de antocianinas (µg g-1)
abc
abc
300.00
200.00
200.00
ab
500.00
400.00
B
a
600.00
Toer de clorofila b (µg g-1)
Teor de clorofila a (µg g-1)
1400.00
a
500.00
400.00
300.00
ab
ab ab
ab
c
ab
bc
ab
c
200.00
100.00
0.00
1
2
5
6
Tratamentos
7
8
9
10
0.00
1
2
3
4
5
6
Tratamentos
7
8
9
10
Figura 4. Médias dos teores de clorofilas a e b (A e B), antocianinas e carotenóides (C e D)
(µg g-1) em plantas de limoeiro ‘Cravo’ tratadas com diferentes reguladores vegetais e
fungicida aos 81 DAS. Botucatu-SP, 2009.
Barra na vertical= DMS a 5% de probabilidade e *ns= não significativo. *Tratamentos empregados: (1)
Testemunha, (2) GA3, (3) GA3, (4) Cinetina, (5) Piraclostrobina + metil tiofanato, (6) Cinetina + ác. giberélico +
ác. indolilbutírico, (7) GA4+7 + 6-benziladenina, (8) GA4+7 + 6-benziladenina, (9) Cloreto de clormequat, (10)
Cloreto de clormequat + GA3. Médias seguidas por letra minúscula não diferem entre si a 5% de probabilidade,
pelo teste Tukey.
Aos 115 DAS (Figura 5) verifica-se que o tratamento 8 (GA4+7 + 6benziladenina, 10 mL L-1) apresentou os maiores teores significativos de clorofilas a (1051,84
µg g-1), b (455,52 µg g-1) e carotenóides (317,95 µg g-1), sendo que para as antocianinas o
mesmo tratamento exibiu a menor média (70,4695 µg g-1). O maior valor de antocianina
encontra-se no tratamento 3 (ácido giberélico - 100 mg L-1) (365,26 µg g-1).
51
1400.00
800.00
b
b
b
ab
b
b
Teor de clorofila b (µg g-1)
Teor de clorofila a (µg g-1)
1200.00
1000.00
600.00
A
a
b
b
b
600.00
400.00
200.00
2
450.00
3
4
5
6
Tratamentos
7
8
9
400.00
300.00
ab
ab
ab
ab ab
ab
b
b
b
200.00
100.00
a
ab
300.00
250.00
200.00
bc
bc
bc
bc
bc
bc
bc
c
100.00
50.00
0.00
2
3
4
5
6
Tratamentos
7
8
9
10
a
400.00
C
400.00
350.00
1
10
Teor de carotenóides (µg g-1)
1
Teor de antocianina (µg g-1)
500.00
0.00
0.00
150.00
B
a
D
350.00
ab
300.00
250.00
ab
ab
ab
ab
ab
ab
b
b
200.00
150.00
100.00
50.00
0.00
1
2
3
4
5
6
Tratamentos
7
8
9
10
1
2
3
4
5
6
Tratamentos
7
8
9
10
Figura 5. Médias dos teores de clorofilas a e b (A e B), antocianinas e carotenóides (C e D)
(µg g-1) em plantas de limoeiro ‘Cravo’ tratadas com diferentes reguladores vegetais e
fungicida aos 115 DAS. Botucatu-SP, 2009.
Barra na vertical= DMS a 5% de probabilidade e *ns= não significativo. *Tratamentos empregados: (1)
Testemunha, (2) GA3, (3) GA3, (4) Cinetina, (5) Piraclostrobina + metil tiofanato, (6) Cinetina + ác. giberélico +
ác. indolilbutírico, (7) GA4+7 + 6-benziladenina, (8) GA4+7 + 6-benziladenina, (9) Cloreto de clormequat, (10)
Cloreto de clormequat + GA3. Médias seguidas por letra minúscula não diferem entre si a 5% de probabilidade,
pelo teste Tukey.
O teor de clorofila a foi significativamente superior somente para o
tratamento 3 (ácido giberélico - 100 mg L-1) (1407,73 µg g-1) aos 178 dias após a semeadura
(DAS) (Figura 6 A), o de clorofila b para o tratamento 8 (GA4+7 + 6-benziladenina - 10 mL L1
) (781,48 µg g-1) (Figura 6 B), antocianinas para os tratamentos 2 (ácido giberélico - 50 mg
L-1) (825,02 µg g-1) e 5 (piraclostrobina + metil tiofanato) (941,73 µg g-1) (Figura 6 C) e de
carotenóides para o tratamento 2 (511,73 µg g-1) (Figura 6 D).
O tratamento 4 (cinetina) propiciou que as amostras apresentassem os
menores teores para todas os parâmetros analisados (526,36; 184,28; 129,81 e 199,81 µg g-1,
respectivamente) e o tratamento 6 (cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico) também
52
indicou valores significativamente inferiores para as antocianinas (176,94 µg g-1) e
carotenóides (226,26 µg g-1).
1600.00
ab
A
a
900.00
1200.00
abc
bcde
bcde
1000.00
def
bcd
cdef
ef
f
600.00
400.00
Teor de clorofila b (µg g-1)
Teor de clorofila a (µg g-1)
1400.00
800.00
200.00
800.00
700.00
600.00
500.00
ab
bc
ab
bc
ab
bc
bc
400.00
300.00
bc
c
200.00
100.00
0.00
0.00
2
3
4
1200.00
5
6
Tratamentos
7
8
9
10
C
a
a
1000.00
ab
800.00
abc
bcd
600.00
400.00
cd
d
200.00
1
d
d
d
2
3
4
5
6
Tratamentos
500.00
8
9
10
D
a
ab
abc
abc
400.00
300.00
7
a
600.00
Teor de carotenóides (µg g-1)
1
Teor de antocianinas (µg g-1)
B
a
1000.00
bcd bcd
cd
d
d
200.00
100.00
0.00
0.00
1
2
3
4
5
6
Tratamentos
7
8
9
10
1
2
3
4
5
6
Tratamentos
7
8
9
10
Figura 6. Médias dos teores de clorofilas a e b (A e B), antocianinas e carotenóides (C e D)
(µg g-1) em plantas de limoeiro ‘Cravo’ tratadas com diferentes reguladores vegetais e
fungicida aos 178 DAS. Botucatu-SP, 2009.
Barra na vertical= DMS a 5% de probabilidade e *ns= não significativo. *Tratamentos empregados: (1)
Testemunha, (2) GA3, (3) GA3, (4) Cinetina, (5) Piraclostrobina + metil tiofanato, (6) Cinetina + ác. giberélico +
ác. indolilbutírico, (7) GA4+7 + 6-benziladenina, (8) GA4+7 + 6-benziladenina, (9) Cloreto de clormequat, (10)
Cloreto de clormequat + GA3. Médias seguidas por letra minúscula não diferem entre si a 5% de probabilidade,
pelo teste Tukey.
Na última avaliação realizada (235 DAS), os tratamentos 10 (cloreto
de clormequat + ácido giberélico) (1005,57 µg g-1), 9 (cloreto de clormequat) (995,10 µg g-1) e
8 (GA4+7 + 6-benziladenina - 10 mL L-1) (958,22 µg g-1) exibiram os maiores teores significativos
para a clorofila a, enquanto que para a clorofila b somente o tratamento 10 (529,80 µg g-1) foi
superior aos demais. Verifica-se para o tratamento 6 (cinetina + ác.
giberélico + ác.
indolilbutírico) os menores teores de clorofila a (570,14 µg g-1) e clorofila b (211,42 µg g-1).
53
O tratamento 3 (GA3 na sua maior concentração) mostrou maiores
valores para antocianinas (267,07 µg g-1) e o tratamento 4 (cinetina) o menor valor (43,88 µg
g-1).
Os teores de carotenóides foram significativamente superiores nos
tratamentos 3 (ácido giberélico - 100 mg L-1) (322,68 µg g-1), 9 (cloreto de clormequat)
(333,20 µg g-1) e 10 (cloreto de clormequat + ácido giberélico) (324,45 µg g-1) e o tratamento
8 (GA4+7 + 6-benziladenina - 10 mL L-1), apresentou a menor média (203,14 µg g-1).
1000.00
ab
ab
a
ab ab
a
A
a
ab
800.00
bc
c
600.00
400.00
200.00
500.00
400.00
ab
ab
ab
ab
ab
ab
300.00
ab
ab
b
200.00
0.00
2
350.00
3
4
5
6
Tratamentos
7
8
9
a
abc
ab
200.00
150.00
bc
d
bcd
bcd bcd bcd
d
cd
50.00
2
3
4
5
6
Tratamentos
7
8
9
a
350.00
300.00
ab ab
10
a
D
a
9
10
400.00
C
300.00
250.00
1
10
Teor de carotenóides (µg g-1)
1
Teor de antocianinas (µg g-1)
600.00
100.00
0.00
100.00
B
a
700.00
Teor de clorofila b (µg g-1)
Teor de clorofila a (µg g-1)
1200.00
ab
ab
ab
ab
250.00
b
200.00
150.00
100.00
50.00
0.00
0.00
1
2
3
4
5
6
Tratamentos
7
8
9
10
1
2
3
4
5
6
Tratamentos
7
8
Figura 7. Médias dos teores de clorofilas a e b (A e B), antocianinas e carotenóides (C e D)
(µg g-1) em plantas de limoeiro ‘Cravo’ tratadas com diferentes reguladores vegetais e
fungicida aos 235 DAS. Botucatu-SP, 2009.
Barra na vertical= DMS a 5% de probabilidade e *ns= não significativo. *Tratamentos empregados: (1)
Testemunha, (2) GA3, (3) GA3, (4) Cinetina, (5) Piraclostrobina + metil tiofanato, (6) Cinetina + ác. giberélico +
ác. indolilbutírico, (7) GA4+7 + 6-benziladenina, (8) GA4+7 + 6-benziladenina, (9) Cloreto de clormequat, (10)
Cloreto de clormequat + GA3. Médias seguidas por letra minúscula não diferem entre si a 5% de probabilidade,
pelo teste Tukey.
As clorofilas de plantas superiores, samambaias, musgos e algas
verdes consistem de clorofila a como o pigmento mais importante e clorofila b como um
54
pigmento acessório. Ambos são componentes das membranas dos tilacóides e ocorrem em
uma proporção a/b de 3:1 (LICHTENTHALER, 1977; LICHTENTHALER et al., 1981).
Condições bióticas e abióticas podem modificar esta proporção. Plantas de sol exibem
proporção a/b de 3,2 a 4, enquanto que as plantas de sombra apresentam valores baixos de 2,5
a 2,9 (SEYBOLD e EGLE, 1970; LICHTENTHALER et al., 1982).
Na Tabela 11 encontram-se os dados de caracterização das amostras
para as clorofilas a e b, antocianinas e carotenóides que comparados com as médias
significativas dos tratamentos da avaliação aos 81 DAS verifica-se para o tratamento 8 (GA4+7
+ 6-benziladenina - 10 mg L-1) aumento de 19,89% para clorofila a, 80,22 % para clorofila b,
enquanto que o tratamento 9 (cloreto de clormequat) apresentou médias significativamente
inferiores com redução de 43,2% para a clorofila a, 35,5% para clorofila b, 32,7% para os
carotenóides e aumento de 2,2% para as antocianinas.
Retardadores de crescimento visam produção mais compacta de ramos,
folhas mais verdes e florescimento precoce, atuando também na formação da clorofila e,
portanto, na assimilação da radiação (STEFANINI et al., 2002).
Nas demais avaliações o tratamento 8 (GA4+7 + 6-benziladenina - 10
mL L-1) sobressai-se dos demais quanto ao teor de clorofila a (81, 115 e 235 DAS), clorofila b
(81, 115, 178 DAS), antocianinas (81 DAS) e carotenóides (81, 115 DAS), sendo estes dados
justificados por conter em sua formulação citocinina. Este hormônio vegetal tem importante
relação com a produção de clorofila, formação de cloroplastos e retardamento da senescência,
inibindo neste caso, a degradação da clorofila atuando na manutenção da cor verde, fazendo
com que o tecido permaneça fotossinteticamente ativo por mais tempo.
Os demais tratamentos (4 - cinetina e 6 - cinetina + ác. giberélico +
ác. indolilbutírico) que apresentam em sua formulação citocinina apresentavam 95% a menos
do composto se comparado ao produto do tratamento 8 (GA4+7 + 6-benziladenina - 10 mL L-1),
sendo a diferença de concentração do produto ativo uma possível causa dos tratamento 4 e 6
não terem apresentado dados significativos quanto ao teor de clorofilas.
As antocianinas são pigmentos responsáveis pela maioria das cores
azul, roxa e todas as tonalidades de vermelho encontradas em flores, frutos, algumas folhas,
caules e raízes de plantas (MARKAKIS, 1982). São compostos solúveis em água e altamente
55
instáveis em temperaturas elevadas (SHAHIDI e NACZK, 1995). Elas podem atuar como
compostos antioxidantes auxiliando a diminuir os danos foto-oxidativos (STEYN et al., 2002).
Os teores de antocianinas nas folhas de limoeiro ‘Cravo’ neste
experimento não apresentam relações entre as avaliações realizadas, com exceção do
tratamento 3 (GA3 - 100 mg L-1) que apresentou médias significativas aos 115 e 235 DAS .
Tanto os tratamentos baseados em cinetina como em 6-benziladenina estavam entre os
tratamentos com médias significativamente menores, ressaltando-se o tratamento 4 (cinetina)
cujos teores foram 89,1, 76,3, 86,2 e 83,5% menores que as maiores médias encontradas aos
81, 115, 178 e 235 DAS. No entanto, de acordo com a literatura, a auxina é o hormônio que
apresenta relação com o teor de antocianinas onde quanto menor for a concentração de auxina,
maior será o teor de antocianinas (PASQUA et al., 2005). O mesmo efeito não foi observado,
sendo que os maires teores encontram-se nas plantas tratadas com ácido giberélico.
Dados deste experimento não estão em concordância com Pasqua et al.
(2005), que avaliando os efeitos de reguladores vegetais em Camphoteca acuminata
observaram que a produção de antocianina na presença de cinetina foi maior do que na
presença de benziladenina (BA). Estudos anteriores demonstraram que BA estimula a
produção de antocianina em Oxalis linearis (RAMACHANDRA e RAVISHANKAR , 2002),
Haplopappus gracilis (CONSTABLE et al., 1971), Daucus carota (OZEKI e KOMAMINE,
1986), Aralia cordata (SAKAMOTO et al., 1993) e Vaccinium pahalae (FANG et al., 1998) e
altas concentrações de citocinina reduzem a produção de antocianinas (PASQUA et al., 2005).
Os
carotenóides
desempenham duas
importantes
funções
na
fotossíntese, atuando como antenas auxiliares absorvendo luz em regiões do espectro visível
onde a clorofila não absorve eficientemente e como fotoprotetores do sistema fotossintético,
onde neste mecanismo envolve a supressão dos estados tripletes da clorofila, evitando a
formação de oxigênio singleto (MOORE et al., 1985; MIMURO e KATOH, 1991).
Para a avaliação realizada aos 81 e 115 DAS o tratamento 8 (GA4+7 +
6-benziladenina - 10 mL L-1) apresentou as maiores médias significativas, enquanto que aos
178 e 235 DAS, os tratamentos 2 (ácido giberélico - 50 mg L-1) (178 DAS), 3 (ácido
giberélico - 100 mg L-1) , 9 (cloreto de clormequat) e 10 (cloreto de clormequat + ácido
giberélico) (235 DAS) apresentaram teores superiores aos demais. Com relação às menores
médias significativas, para cada avaliação observa-se tratamentos diferentes com baixos
56
teores, indicando que os tratamentos utilizados não foram boas fontes para a produção de
carotenóides e não promoveram relações entre as avaliações, indicando aumento ou redução
do teor.
O alto teor de carotenóides encontrados nas amostras da última
avaliação (235 DAS) relaciona-se com a alta atividade das enzimas antioxidantes. Verifica-se
para o tratamento 9 (cloreto de clormequat) atividades superiores para polifenoloxidase,
peroxidase, superóxido dismutase e catalase; para o tratamento 10 (cloreto de clormequat +
ácido giberélico) a ascorbato peroxidase e para o tratamento 3 (ácido giberélico - 100 mg L-1)
ascorbato peroxidase, superóxido dismutase e catalase (dados mostrados no item 4.2.2.2),
indicando que os altos teores de carotenóides encontrados nesta avaliação podem ser
caracterizados como indicadores de estresse aliados às atividades das enzimas as quais em
conjunto vão atuar contra os radicais livres presentes nas células provenientes, neste caso, do
processo fotossintético, onde o oxigênio singleto formado a partir da reação de clorofilas
excitadas e o oxigênio molecular (altamente reativos) causam danos aos componentes
celulares (TAIZ e ZEIGER, 2011).
4.2.2.2.Atividade das enzimas antioxidantes
Aos 81 DAS (Tabela 12) os tratamentos 1 (testemunha), 2 (ácido
giberélico - 50 mg L-1) e 8 (GA4+7 + 6-benziladenina - 10 mL L-1) apresentaram as menores
atividades significativas para a polifenoloxidase, peroxidase, superóxido dismutase e
ascorbato peroxidase. O tratamento 4 (cinetina) mostrou a segunda menor média para PPO,
POD, SOD e APX e o tratamento 2 e 8 as segundas menores médias para a catalase.
O tratamento 5 (piraclostrobina + metil tiofanato) apresentou as
atividades específicas significativas para as enzimas SOD, APX e CAT sendo que para a PPO
e POD indicou o segundo maior valor de atividade encontrado. O tratamento 6 (cinetina + ác.
giberélico + ác. indolilbutírico) também foi significativamente superior quando comparado aos
demais tratamentos nas enzimas polifenoloxidase e ascorbato peroxidase, enquanto que para a
superóxido dismutase e catalase, exibiu a segunda maior média. O tratamento 10 (cloreto de
clormequat + ácido giberélico) apresentou alta atividade nas enzimas PPO, POD, APX e CAT
e para a SOD a segunda maior média.
57
Tabela 12. Médias das atividades específicas para as enzimas antioxidantes polifenoloxidase PPO (µmol catecol transformado min-1 g-1 proteína), peroxidase - POD (µmol de H2O2
consumido minuto-1 g-1 proteína), ascorbato peroxidase - APX (µmol ascorbato min-1 mg-1
proteína), superóxido dismutase - SOD (U g-1 proteína) e catalase - CAT (µmol H2O2 min-1 g-1
proteína) em plantas de limoeiro ‘Cravo’ tratadas com diferentes reguladores vegetais e
fungicidas aos 81 DAS. Botucatu-SP, 2009.
Tratamentos*
PPO
POD
APX
SOD
CAT
1
0,00067 d*
5,9x10-6 bcde
0,3028 c
162,59 e
6,6x10-7 de
2
0,00069 d
6,6x10-6 bcd
0,2904 c
167,74 e
5,8x10-7 ef
3
0,00072 cd
5,7x10-6 cde
0,5473 b
143,88 e
4,0x10-7 f
4
0,00080 cd
5,5x10-6 de
0,4307 bc
221,48 d
8,9x10-7 c
5
0,00114 ab
7,2x10-6 ab
1,1436 a
456,11 a
2,2x10-6 a
6
0,00120 a
6,6x10-6 bcd
0,9737 a
399,83 b
1,3x10-6 b
7
0,00099 abc
6,8x10-6 bcd
1,0713 a
327,18 c
8,5x10-6 cd
8
0,00067 d
4,7x10-6 e
0,3468 a
166,61 e
5,6x10-7 ef
9
0,00091 bcd
7,0x10-6 bc
0,3539 c
272,20 c
9,0x10-7 c
10
0,00126 a
8,4x10-6 a
0,7660 a
375,00 b
2,2x10-6 a
CV(%)
10,18
7,47
10,60
4,06
6,63
*Tratamentos empregados: (1) Testemunha, (2) GA3, (3) GA3, (4) Cinetina, (5) Piraclostrobina + metil tiofanato,
(6) Cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico, (7) GA4+7 + 6-benziladenina, (8) GA4+7 + 6-benziladenina, (9)
Cloreto de clormequat, (10) Cloreto de clormequat + GA3. **Médias seguidas por letra minúscula não diferem
entre si a 5% de probabilidade, pelo teste Tukey.
Na avaliação realizada aos 115 DAS, o tratamento 4 (cinetina)
apresentou a menor atividade para a PPO e APX, enquanto que para a CAT o segundo menor
valor de atividade. O tratamento 2 e 3 (ácido giberélico), ambos baseados em ácido giberélico
(GA3) apresentaram menores atividades em comparação aos demais tratamentos. O tratamento
2 mostrou a segunda menor média para PPO, POD e CAT, enquanto que o tratamento 3
(maior dose) menor atividade significativa para a PPO e para a SOD e CAT as segundas
menores médias.
O tratamento 6 (cinetina + ác.
giberélico + ác. indolilbutírico)
apresentou a maior atividade sigificativa para superóxido dismutase e catalase enquanto que
58
para a peroxidase a segunda maior atividade. A atividade da PPO foi significativamente alta
para o tratamento 7 (GA4+7 + 6-benziladenina - 5 mL L-1) e as enzimas APX e SOD as
segundas maiores médias. Ao mesmo tempo, o tratamento 9 (cloreto de clomequat) apresentou
as segundas maiores médias para PPO, APX e SOD.
Tabela 13. Médias das atividades específicas para as enzimas antioxidantes polifenoloxidase PPO (µmol catecol transformado min-1 g-1 proteína), peroxidase - POD (µmol de H2O2
consumido minuto-1 g-1 proteína), ascorbato peroxidase - APX (µmol ascorbato min-1 mg-1
proteína), superóxido dismutase - SOD (U g-1 proteína) e catalase - CAT (µmol H2O2 min-1 g-1
proteína) em plantas de limoeiro ‘Cravo’ tratadas com diferentes reguladores vegetais e
fungicida aos 115 DAS. Botucatu-SP, 2009.
Tratamentos*
PPO
POD
*
-6
APX
SOD
CAT
1
0,00097 f
7,2x10 cd
0,4078 c
181,21 de
6,5x10-7 b
2
0,00104 ef
6,5x10-6 d
0,4258 c
168,61 ef
3,6x10-7 de
3
0,00096 f
1,0x10-5 a
0,3626 cd
161,76 f
2,7x10-7 de
4
0,00101 f
8,2x10-6 bc
0,1760 e
187,46 d
2,6x10-7 de
5
0,00112 def
8,2x10-6 bc
0,3887 c
189,51 cd
5,9x10-7 b
6
0,00138 abc
9,1x10-6 b
0,2671 de
240,46 a
1,7x10-6 a
7
0,00147 a
8,2x10-6 bc
0,6899 b
211,22 b
3,7x10-7 cd
8
0,00121 cde
7,6x10-6 bcd
0,9508 a
201,52 bc
2,0x10-7 e
9
0,00145 ab
6,8x10-6 cd
0,6667 b
206,64 b
2,4x10-7 de
10
0,00127 bcd
4,3x10-6 e
0,4163 c
78,53 g
5,4x10-7 bc
CV(%)
5,58
6,97
8,30
2,44
11,28
*Tratamentos empregados: (1) Testemunha, (2) GA3, (3) GA3, (4) Cinetina, (5) Piraclostrobina + metil tiofanato,
(6) Cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico, (7) GA4+7 + 6-benziladenina, (8) GA4+7 + 6-benziladenina, (9)
Cloreto de clormequat, (10) Cloreto de clormequat + GA3. **Médias seguidas por letra minúscula não diferem
entre si a 5% de probabilidade, pelo teste Tukey.
A testemunha aos 178 DAS (Tabela 14) exibiu para as enzimas PPO e
SOD as menores atividades significativas e POD e CAT as segundas menores médias
significativas. O tratamento 2 e 3 (ácido giberélico) tiveram as segundas menores atividades
para PPO, POD, SOD e CAT.
59
O tratamento 5 (piraclostrobina + metil tiofanato) apresentou as
maiores médias das atividades específicas para PPO, SOD e CAT ao passo que para as
enzimas POD e APX suas atividades foram a segunda maior, quando comparados aos demais
tratamentos. Os tratamento 7 e 8 (GA4+7 + 6-benziladenina) apresentaram médias
significativas para PPO e POD, respectivamente e o tratamento 8 (maior dose) a segunda
maior média para SOD, APX e CAT.
Tabela 14. Médias das atividades específicas para as enzimas antioxidantes polifenoloxidase PPO (µmol catecol transformado min-1 g-1 proteína), peroxidase - POD (µmol de H2O2
consumido minuto-1 g-1 proteína), ascorbato peroxidase - APX (µmol ascorbato min-1 mg-1
proteína), superóxido dismutase - SOD (U g-1 proteína) e catalase - CAT (µmol H2O2 min-1 g-1
proteína) em plantas de limoeiro ‘Cravo’ tratadas com diferentes reguladores vegetais e
fungicidas aos 178 DAS. Botucatu-SP, 2009.
Tratamentos*
PPO
POD
APX
SOD
CAT
1
0,00066 e*
3,6x10-6 ef
0,4966 cd
149,56 f
9,1x10-6 e
2
0,00072 de
4,1x10-6 de
0,1766 f
173,01 e
5,3x10-6 f
3
0,00087 cd
3,4x10-6 ef
0,5133 c
234,51 d
9,1x10-6 e
4
0,00102 bc
4,3x10-6 cde
0,4266 cde
181,47 e
1,8x10-5 c
5
0,00150 a
7,7x10-6 b
0,7300 b
415,74 a
2,6x10-5 a
6
0,00114 b
5,6x10-6 cd
1,4933 a
258,95 c
2,5x10-5 a
7
0,00140 a
6,2x10-6 bc
0,2566 ef
320,86 b
1,9x10-5 c
8
0,00147 a
1,1x10-5 a
0,8800 b
306,91 b
2,2x10-5 b
9
0,0086 cd
5,2x10-6 cde
0,2000 f
189,50 e
1,2x10-5 d
10
0,00081 de
1,7x10-6 f
0,3000 def
192,32 e
2,4x10-5 ab
CV(%)
5,71
11,93
12,68
3,08
5,28
*Tratamentos empregados: (1) Testemunha, (2) GA3, (3) GA3, (4) Cinetina, (5) Piraclostrobina + metil tiofanato,
(6) Cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico, (7) GA4+7 + 6-benziladenina, (8) GA4+7 + 6-benziladenina, (9)
Cloreto de clormequat, (10) Cloreto de clormequat + GA3. **Médias seguidas por letra minúscula não diferem
entre si a 5% de probabilidade, pelo teste Tukey.
Na Tabela 15 encontra-se os dados enzimáticos para a avaliação
realizada aos 235 DAS onde o tratamento 3 (ácido giberélico - 100 mg L-1) exibiu as menores
60
médias de atividades para as enzimas SOD, APX e CAT e tratamento 6 (Cinetina + ác.
giberélico + ác. indolilbutírico) para a PPO, POD e SOD .
O tratamento 9 (cloreto de clormequat) foi significativamente superior
aos demais para as enzimas PPO, POD, SOD e CAT enquanto que para a APX sua atividade
foi a segunda maior observada. O tratamento 10 (cloreto de clormequat + ácido giberélico)
apresentou maior média significativa para APX e para a SOD, a segunda maior média.
Tabela 15. Médias das atividades específicas para as enzimas antioxidantes polifenoloxidase PPO (µmol catecol transformado min-1 g-1 proteína), peroxidase - POD (µmol de H2O2
consumido minuto-1 g-1 proteína), ascorbato peroxidase - APX (µmol ascorbato min-1 mg-1
proteína), superóxido dismutase - SOD (U g-1 proteína) e catalase - CAT (µmol H2O2 min-1 g-1
proteína) em plantas de limoeiro ‘Cravo’ tratadas com diferentes reguladores vegetais e
fungicida aos 235 DAS. Botucatu-SP, 2009.
Tratamentos*
PPO
POD
APX
SOD
CAT
1
0,00117 bc*
7,4x10-6 bc
0,4828 cd
307,24 c
1,2x10-7 b
2
0,00083 de
5,5x10-6 c
0,2483 de
179,47 e
6,4x10-8 c
3
0,00071 de
6,5x10-6 bc
0,2254 e
141,45 f
1,6x10-8 e
4
0,00089 cd
7,2x10-6 bc
0,7072 bc
141,04 f
5,8x10-8 cd
5
0,00079 de
7,9x10-6 bc
0,3038 de
150,57 f
7,9x10-8 c
6
0,00055 e
5,5x10-6 c
0,3595 de
156,99 f
5,5x10-8 cd
7
0,00092 cd
6,7x10-6 bc
0,3683 de
145,22 f
3,5x10-8 de
8
0,00129 b
8,5x10-5 b
0,7421 b
231,45 d
3,0x10-8 e
9
0,00247 a
1,2x10-5 a
0,9163 ab
486,82 a
1,9x10-7 a
10
0,00144 b
6,6x10-6 bc
1,1546 a
332,38 b
7,1x10-8 c
CV(%)
10,00
11,93
14,87
2,87
11,25
*Tratamentos empregados: (1) Testemunha, (2) GA3, (3) GA3, (4) Cinetina, (5) Piraclostrobina + metil tiofanato,
(6) Cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico, (7) GA4+7 + 6-benziladenina, (8) GA4+7 + 6-benziladenina, (9)
Cloreto de clormequat, (10) Cloreto de clormequat + GA3. **Médias seguidas por letra minúscula não diferem
entre si a 5% de probabilidade, pelo teste Tukey.
Plantas sob estresse produzem alguns mecanismos de defesa para
protegê-las dos efeitos nocivos do estresse oxidativo (BARTOLI et al., 1991). Como nos
61
estresses abióticos, os reguladores vegetais também levam à produção de ROS, os quais levam
à ativação dos mecanismos de defesa em termos das enzimas antioxidantes (ANURADHA et
al., 2010). A geração de ROS como as moléculas de superóxidos, H2O2 e hidroxilas causam
rápido dano à célula desencadeando uma reação em cadeia (NAYYAR e GUPTA, 2006).
A retirada das moléculas de ROS é uma das respostas mais comuns de
defesa contra os estresses abióticos. A limpeza dos ROS depende do mecanismo de
detoxificação fornecido por um sistema integrado de moléculas não-enzimáticas reduzidas,
como o ascorbato e a glutationa e de antioxidantes enzimáticos (JALEEL et al., 2008). A
maioria das atividades de limpeza incluem sistemas complexos não-enzimáticos (ascorbato,
glutationa, α-tocoferol) e antioxidantes enzimáticos como a catalase (CAT), ascorbato
peroxidase (APX), glutationa redutase (GR), superóxido dismutase (SOD), polifenoloxidase
(PPO), peroxidase (POD), etc (JALEEL et al., 2008).
Mecanismos antioxidantes podem promover uma estratégia de
aumentar a tolerância a estresses em plantas, atuando como uma importante defesa contra a
toxicidade mediada por um radical, protegendo os danos causados pelos radicais livres
(ANURADHA et al., 2010).
A peroxidase (POD) é do grupo das oxidoredutases, sendo capaz de
catalisar um grande número de reações oxidativas em plantas usando peróxido como substrato,
ou, em alguns casos, oxigênio como um aceptor de hidrogênio (FREITAS et al.,2008).
A atividade da POD teve incremento aos 115 DAS para a maioria dos
tratamentos provavelmente devido à liginificação, onde as plantas indicavam tamanho
adequado para o transplantio. O mesmo foi observado por Almeida (2005) em mudas cítricas
antes da fase de transplantio. Após o processo de transplantio, as mudas ainda em processo de
adaptação ao novo meio, exibiram menores atividade, porém, aos 204 DAS aumentaram,
correspondendo a outro processo de lignificação e crescimento, sendo indicado pelo aumento
do diâmetro do porta-enxerto. Estes resultados estariam de acordo com Gaspar et al. (1985) e
Lima et al. (1999) que afirmam que a formação de peróxidos ocorrem quando as plantas estão
sob condições de estresse podendo a atividade da peroxidase ser utilizada como marcador
bioquímico de estresse, indicando mudanças fisiológicas.
Segundo Lin et al. (2005), a lignina é um polímero altamente
ramificado do grupo dos fenilpropanóides, geralmente formadas a partir de três álcoois
62
fenilpropanóides distintos, incluindo coniferil, cumaril e sinapil. A polimerização desses
precurosores da lignina é catalisada pela POD, na presença de H2O2 (MÄDER e FÜSSL,
1982) e por lacases na presença de O2 (STERJIADES et al., 1993).
Andersen (1986) afirmou que a enzima POD também pode ser usada
como uma marcadora de organogênese e estádios de desenvolvimento, por participar da
regulação endógena de IAA, agindo como IAA oxidase, sistema enzimático capaz de oxidar o
IAA, principalmente, nas fases de intenso crescimento ou formação de órgãos nas plantas.
A auxina é conhecida por promover o alongamento celular,
relacionado com a entrada de água na célula acarretando num aumento do tamanho e da
extensibilidade da célula, ou seja, a quebra da rigidez da parede celular. Apesar dos vegetais
apresentarem níveis endógenos de hormônios vegetais, a aplicação exógena é importante, pois
pode trazer benefícios às plantas que de alguma maneira não conseguem mobilizar os
hormônios endógenos. O tratamento 6 (cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico) foi o
único tratamento que tinha em sua composição a auxina, mesmo assim, seus níveis de
atividade da peroxidase ao longo das avaliações não foram altos, concordando com as
literaturas, porém, tratamentos como o 8 (GA4+7 + 6-benziladenina) apresentaram atividades
que aumentaram aos 81, 115 e 178 DAP, dimiundo a POD aos 235 DAP.
Já o tratamento 5 (piraclostrobina + metil tiofanato) exibiu atividades
específicas para a peroxidase constantes ao longo das avaliações, indicando que os portaenxertos de limoeiro ‘Cravo’ suportaram melhor os estresses causados pelo ambiente e
internamente, mesmo em processo de lignificação.
A enzima polifenoloxidase é conhecida na literatura como marcadora
de senescência das plantas, sendo que via de regra, quanto mais jovem o vegetal ou o órgão
analisado, menor a atividade da PPO.
Nas amostras avaliadas (Tabelas 6, 7, 8 e 9) aos 81 e 115 DAS ocorreu
aumento da atividade da enzimas polifenoloxidase para todos os tratamentos. As plantas do
tratamento testemunha mostram aumento expressivo aos 115 e 235 DAS. Já o tratamento 5
(piraclostrobina + metil tiofanato) aos 178 DAS, uma maior atividade quando comparado aos
demais tratamentos e o tratamento 9 (cloreto de clormequat) aumento progressivo nas duas
primeiras avaliações enquanto que na última sua atividade apresenta-se totalmente discrepante
dos demais tratamentos empregados.
63
De modo geral, com exceção do tratamento 9 (cloreto de clormequat)
todos os tratamentos indicam diminuição da atividade da enzima aos 235 DAS, indicando que
os reguladores vegetais fornecidos mensalmente às plantas auxiliaram a planta a controlar o
envelhecimento mantendo-as mais verdes e fotossinteticamente produtivas por mais tempo.
Ressalta-se a ação do tratamento 5 (piraclostrobina + metil tiofanato),
conhecido por atuar diretamente na manutenção da planta promovendo prolongamento de suas
funções. Nas amostras analisadas de folhas de limoeiro ‘Cravo’, o produto pertencente à
família F500 manteve a atividade da PPO constante nas duas primeiras avaliações, leve
aumento na terceira e grande redução da atividade na última avaliação, sendo menor que na
primeira avaliação. Esse fato sugere, que o produto foi eficaz no controle da senescência, já
que os produtos da família são notadamente conhecidos por dimiuir a ação do etileno,
hormônio da senescência.
Carimi et al. (2004) demonstraram que o BAP em concentrações
elevadas, pode promover a morte celular em culturas de tecido, acelerando a senescência,
entretanto, tal fato não é observado nos tratamentos 7 e 8 (GA4+7 + 6-benziladenina).
A função primária da ascorbato peroxidase (APX) envolve a redução
do H2O2 com consequente oxidação do ascorbato a dehidroascorbato (ASADA, 1992). Este
H2O2, por sua vez, atuam como moléculas sinalizadoras, induzindo as vias de morte celular
programada e a expressão dos genes relacionados à defesa (CRUTE et al., 1994; DESIKAN et
al., 2000) que parecem proteger a célula de ser danificada através da limpeza de ROS por uma
condição de estresse oxidativo (HOSSAIN et al., 2006).
A atividade da APX acompanha eventos de dismutação de peróxido de
hidrogênio, em cooperação com a enzima catalase. Esta reação faz parte do ciclo água-água,
cuja reação básica de dismutação de radicais livres foi desencadeada pela SOD (GERBLING
et al., 1984).
A capacidade de manutenção, em níveis elevados, da atividade da
CAT, APX e SOD, sob condições de estresses ambientais, é essencial para a manutenção do
equilíbrio entre a formação e a remoção do H2O2 do ambiente intracelular (CAKMAK e
HORST, 1991). Segundo Tgert e Tevini (2002), as plantas se protegem sintetizando
antioxidantes (caroténoides, ascorbato, α-tocoferol, glutationa e flavonóides) e aumentando o
teor de enzimas antioxidantes (peroxidases, superóxido dismutase e catalases).
64
Quando comparadas as atividades específicas da superóxido
dismutase, catalase e ascorbato peroxidase das amostras provenientes da avaliação aos 67
DAS, percebe-se que todos os tratamentos apresentaram maiores atividades, indicando que
todas as plantas sofreram estresse podendo estar relacionado com a aplicação dos tratamentos.
Pode-se verificar que aos 81 DAS o tratamento 5 (piraclostrobina +
metil tiofanato) apresentou maiores atividades específicas para as ascorbato peroxidase,
superóxido dismutase e catalase e o tratamento 10 (cloreto de clormequat + ácido giberélico)
para APX e CAT. Aos 115 DAS, somente é observado esta ação em conjunto para a SOD e
CAT nas amostras do tratamento 6 (cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico). Médias
significativas para SOD e a CAT no tratamento 5 e para APX e CAT para o tratamento 6 aos
178 DAS. Na última avaliação, as enzimas SOD e CAT apresentam-se com maiores teores
somente para o tratamento 9 (cloreto de clormequat). Pode-se afirmar, portanto, que as plantas
pertencentes aos tratamentos 5, 6, 10 causaram estresse às plantas provocando a produção de
compostos danosos que necessitaram serem retirados. A superóxido dismutase a enzima
relacionada à primeira atuação contra tais radicais, demonstra que aos 81 DAS as plantas
apresentavam-se mais comprometidas que as demais, provavelmente, devido à primeira
aplicação dos tratamentos realizada.
De acordo com a literatura, os tratamentos baseados em fungicidas,
que causam efeitos fisiológicos desejáveis em plantas promovem aumento das atividades das
enzimas SOD, CAT e POD, por promoverem maior atividades das enzimas capazes de
neutralizar a grande quantidade de radicais livres produzidos pelo metabolismo e por outras
reações que venham a ocorrer. Portanto, pode-se afirmar que os altos níveis das enzimas
encontradas nos porta-enxertos de limoerio ‘Cravo’ nos tratamentos citados acimas, são de
extrema importância para um bom desenvolvimento das plantas por estarem promovendo
equilíbrio entre os compostos oxidantes e antioxidantes, protegendo as membranas, impedindo
ou reduzindo os danos oxidativos.
4.2.3. Trocas gasosas
Aos 81 DAS (Figura 8) observa-se que os tratamentos 2 (ácido
-1
giberélico - 50 mg L ), 5 (piraclostrobina + metil tiofanato) e 7 (GA4+7 + 6-benziladenina - 5
mL L-1) apresentaram, quando comparadas à testemunha, altas taxas de assimilação de CO2 e
65
transpiração, isso devido a maior abertura estomática. Além disso, foi observada maior
eficiência de carboxilação. Os tratamentos 3 (ácido giberélico - 100 mg L-1) e 9, também
apresentaram essa tendência, pois apresentaram altas taxas de assimilaçõa de CO2,
transpiração e eficiência de carboxilação, porém, em menor escala que os tratamentos
anteriores, concordando com o observado para a abertura estomática, a qual foi menor.
Enquanto que para a eficiência do uso da água os melhores tratamentos foram a testemunha e
os tratamentos 2 e 3 indicando que tais tratamentos promoveram maior economia de água por
apresentarem menores taxas de transpiração que os demais tratamentos.
Os tratamentos 4 (cinetina), 8 (GA4+7 + 6-benziladenina - 10 mL L-1) e
10 (cloreto de clormequat + ácido giberélico) apresentaram taxas de assimilação de CO2 e
eficiência de carboxilação semelhantes à da testemunha, indicando que esses tratamentos
tiveram pouca influência nas trocas gasosas, nessa avaliação.
Verifica-se que os tratamentos 3, 7, 9 e 10 aos 115 DAS (Figura 9)
apresentaram as melhores taxas de assimilação de CO2 e transpiração além de maior eficiência
de carboxilação. No entanto, isso não refletiu em maior eficiência do uso da água. O
tratamento 4 (cinetina) promoveu maiores taxas de assimilação de CO2, transpiração e
condutância estomática.
O tratamentos 6 (cinetina + ác.
giberélico + ác. indolilbutírico)
apresentou menor taxa de assimilação de CO2, em relação à testemunha, no entanto,
apresentou condutância estomática maior, o que resultou em maior taxa de transpiração e
menor eficiência do uso da água. Já o tratamento 8 (GA4+7 + 6-benziladenina - 10 mL L-1)
apresentou valores semelhantes aos da testemunha em todas as medidas, exceto a taxa de
transpiração, o que levou à menor EUA.
Na Figura 10 (178 DAS) observa-se que a testemunha promoveu a
melhor assimilação de CO2 e eficiência de carboxilação, mas devido a sua condutância
estomática moderada, apresentou baixas taxas de transpiração e, consequentemente, maior
EUA (eficiência do uso da água).
A taxa de assimilação de CO2 aos 204 DAS (Figura 11), quando
comparada à testemunha, foi mais alta para os tratamentos 5 (piraclotrobina + metil tiofanato),
8 (GA4+7 + 6-benziladenina - 10 mL L-1) e 10 (cloreto de clormequat + ácido giberélico), e o
mesmo foi observado para condutância estomática e eficiência de carboxilação. No entanto,
66
somente os tratamentos 8 e 9 (cloreto de clormequat) apresentaram a melhor eficiência do uso
da água.
Os tratamentos 2 (ácido giberélico - 50 mg L-1), 3 (ácido giberélico 50 mg L-1), 4 (cinetina) e 7 (GA4+7 + 6-benziladenina - 5 mL L-1) apresentaram baixos valores
para assimilação de CO2, condutância estomática, transpiração e eficiência de carboxilação, o
que causou baixa eficiência do uso da água Com relação às condições ambientais durante as
avaliações, presentes na Figura 12 A e B, observa-se que a temperatura do ar (°C) teve
redução ao longo dos períodos avaliados e a umidade relativa do ar teve aumento aos 115
DAS e posteriores reduções. A concentração interna de CO2 presente no ambiente durante as
avaliações esteve com níveis baixos aos 81 e 178 DAS e maiores teores aos 204 DAS e 235
DAS. A radiação fotossintéticamente ativa reduziu da primeira avaliação para a segunda,
mantendo-se constante nas demais avaliações.
67
20.00
0.7000
A
16.00
14.00
12.00
10.00
8.00
6.00
4.00
0.5000
0.4000
0.3000
0.2000
0.1000
2.00
0.00
0.0000
1
2
3
4
5
6
Tratamentos
7
8
9
10
1
14.0000
2
3
4
5
6
Tratamentos
7
8
9
10
0.0800
12.0000
D
0.0700
Eficiência de carboxilação
A/Ci
C
10.0000
8.0000
6.0000
4.0000
2.0000
0.0600
0.0500
0.0400
0.0300
0.0200
0.0100
0.0000
1
2
3
4
5
6
Tratamentos
7
8
9
0.0000
10
1
2
3
3.5000
Eficiência do uso da água
EUA, µmol CO2 (mmol H2O)-1
Taxa de transpiração
E, mmol vapor d’água m-2s-1
B
0.6000
Condutância estomática
gs, mol m-2s-1
Taxa de assimilação de CO2
A, µmol CO2 m-2s-1
18.00
4
5
6
Tratamentos
7
8
9
10
E
3.0000
2.5000
2.0000
1.5000
1.0000
0.5000
0.0000
1
2
3
4
5
6
Tratamentos
7
8
9
10
Figura 8. Taxa de assimilação de CO2 - A (A, µmol CO2 m-2s-1), taxa de transpiração - C (E,
mmol vapor d’água m-2s-1), condutância estomática - B (gs, mol m-2s-1), eficiência de
carboxilação - D (A/Ci) e eficiência do uso da água - E (EUA, µmolCO2 (mmol H2O)-1) de
plantas tratadas com diferentes reguladores vegetais e fungicida aos 81 DAS. Botucatu-SP,
2009.
Barra na vertical = DMS. *Tratamentos empregados: (1) Testemunha, (2) GA3, (3) GA3, (4) Cinetina, (5)
Piraclostrobina + metil tiofanato, (6) Cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico, (7) GA4+7 + 6-benziladenina,
(8) GA4+7 + 6-benziladenina, (9) Cloreto de clormequat, (10) Cloreto de clormequat + GA3.
68
A
18.00
1.2000
B
1.0000
14.00
Condutância estomática
gs, mol m-2s-1
Taxa de assimilação de CO2
A, µmol CO2 m-2s-1
16.00
12.00
10.00
8.00
6.00
4.00
0.6000
0.4000
0.2000
2.00
0.00
0.0000
1
2
3
4
5
6
Tratamentos
7
8
9
10
1
2
3
4
0.0600
8.0000
5
6
Tratamentos
7
8
9
10
D
C
Eficiência de carboxilação
A/Ci
7.0000
6.0000
5.0000
4.0000
3.0000
2.0000
1.0000
0.0500
0.0400
0.0300
0.0200
0.0100
0.0000
0.0000
1
2
3
4
5
6
Tratamentos
7
8
9
1
10
2
3
4
5
6
Tratamentos
7
8
9
10
4.0000
Eficiência do uso da água
EUA, µmol CO2 (mmol H2O)-1
Taxa de transpiração
E, mmol vapor d’água m-2s-1
0.8000
E
3.5000
3.0000
2.5000
2.0000
1.5000
1.0000
0.5000
0.0000
1
2
3
4
5
6
Tratamentos
7
8
9
10
Figura 9. Taxa de assimilação de CO2 - A (A, µmol CO2 m-2s-1), taxa de transpiração - C (E,
mmol vapor d’água m-2s-1), condutância estomática - B (gs, mol m-2s-1), eficiência de
carboxilação - D (A/Ci) e eficiência do uso da água - E (EUA, µmolCO2 (mmol H2O)-1) de
plantas tratadas com diferentes reguladores vegetais e fungicida aos 115 DAS. Botucatu-SP,
2009.
Barra na vertical = DMS. *Tratamentos empregados: (1) Testemunha, (2) GA3, (3) GA3, (4) Cinetina, (5)
Piraclostrobina + metil tiofanato, (6) Cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico, (7) GA4+7 + 6-benziladenina,
(8) GA4+7 + 6-benziladenina, (9) Cloreto de clormequat, (10) Cloreto de clormequat + GA3.
69
A
0.3000
10.00
8.00
6.00
4.00
2.00
0.2500
0.2000
0.1500
0.1000
0.0500
0.00
0.0000
1
2
3
4
5
6
Tratamentos
7
8
9
10
1
C
6.0000
2
3
4
5
6
Tratamentos
7
8
9
10
D
0.0500
0.0450
Eficiência de carboxilação
A/Ci
5.0000
4.0000
3.0000
2.0000
1.0000
0.0400
0.0350
0.0300
0.0250
0.0200
0.0150
0.0100
0.0050
0.0000
0.0000
1
2
3
4
5
6
Tratamentos
7
8
9
10
1
2
3
4
6.0000
Eficiência do uso da água
EUA, µmol CO2 (mmol H2O)-1
Taxa de transpiração
E, mmol vapor d’água m-2s-1
B
0.3500
Condutância estomática
gs, mol m-2s-1
Taxa de assimilação de CO2
A, µmol CO2 m-2s-1
12.00
5
6
Tratamentos
7
8
9
10
E
5.0000
4.0000
3.0000
2.0000
1.0000
0.0000
1
2
3
4
5
6
Tratamentos
7
8
9
10
Figura 10. Taxa de assimilação de CO2 - A (A, µmol CO2 m-2s-1), taxa de transpiração - C (E,
mmol vapor d’água m-2s-1), condutância estomática - B (gs, mol m-2s-1), eficiência de
carboxilação - D (A/Ci) e eficiência do uso da água - E (EUA, µmolCO2 (mmol H2O)-1) de
plantas tratadas com diferentes reguladores vegetais e fungicida aos 178 DAS. Botucatu-SP,
2009.
Barra na vertical = DMS. *Tratamentos empregados: (1) Testemunha, (2) GA3, (3) GA3, (4) Cinetina, (5)
Piraclostrobina + metil tiofanato, (6) Cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico, (7) GA4+7 + 6-benziladenina,
(8) GA4+7 + 6-benziladenina, (9) Cloreto de clormequat, (10) Cloreto de clormequat + GA3.
70
A
B
0.1800
8.00
0.1600
7.00
0.1400
Condutância estomática
gs, mol m-2s-1
Taxa de assimilação de CO2
A, µmol CO2 m-2s-1
9.00
6.00
5.00
4.00
3.00
2.00
1.00
0.1200
0.1000
0.0800
0.0600
0.0400
0.0200
0.00
0.0000
1
2
3
4
5
6
Tratamentos
7
8
9
1.8000
10
1
2
3
4
5
6
Tratamentos
7
8
9
D
0.0300
C
10
Eficiência de carboxilação
A/Ci
1.4000
1.2000
1.0000
0.8000
0.6000
0.4000
0.2000
0.0000
0.0250
0.0200
0.0150
0.0100
0.0050
0.0000
1
2
3
4
5
6
Tratamentos
7
8
9
10
1
2
3
9.0000
Eficiência do uso da água
EUA, µmol CO2 (mmol H2O)-1
Taxa de transpiração
E, mmol vapor d’água m-2s-1
1.6000
4
5
6
Tratamentos
7
8
9
10
E
8.0000
7.0000
6.0000
5.0000
4.0000
3.0000
2.0000
1.0000
0.0000
1
2
3
4
5
6
Tratamentos
7
8
9
10
Figura 11. Taxa de assimilação de CO2 - A (A, µmol CO2 m-2s-1), taxa de transpiração – C (E,
mmol vapor d’água m-2s-1), condutância estomática - B (gs, mol m-2s-1), eficiência de
carboxilação - D (A/Ci) e eficiência do uso da água - E (EUA, µmolCO2 (mmol H2O)-1) de
plantas tratadas com diferentes reguladores vegetais e fungicida aos 204 DAS. Botucatu-SP,
2009.
Barra na vertical = DMS. *Tratamentos empregados: (1) Testemunha, (2) GA3, (3) GA3, (4) Cinetina, (5)
Piraclostrobina + metil tiofanato, (6) Cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico, (7) GA4+7 + 6-benziladenina,
(8) GA4+7 + 6-benziladenina, (9) Cloreto de clormequat, (10) Cloreto de clormequat + GA3.
71
Tabela 126. Valores médios das condições ambientais durante as medidas de fotossíntese nos
meses de março (81 DAS), abril (115 DAS), junho (178 DAS) e julho (204 DAS) para
temperatura (°C) e umidade relativa (µmol s-1) (A); teor de CO2 (µmol CO2 mol-1) e radiação
fotossintéticamente ativa - PAR (µmol m-2 s-1) do ambiente (B). Botucatu-SP-2009.
Avaliações
Condições ambientais
Temperatura do ar
Umidade relativa
Teor de CO2
PAR
março
35,05
35,71
385
443
abril
29,05
55,19
395
353
junho
28,96
46,17
391
359
julho
24,94
42,52
396
357
Com relação às condições ambientais durante as avaliações presentes
na Figuras 12 A e B observa-se que a temperatura do ar (°C) diminuiu ao longo dos períodos
avaliados e a umidade relativa do ar aumentou de 54% aos 115 DAS e posteriores reduções de
15 e 8%, comparados à avaliação realizada aos 81 DAS.
Dentre as variáveis ambientais, a temperatura é um importante fator de
regulação do crescimento das plantas superiores. O microclima das estufas, particularmente
daquelas com cobertura plástica, normalmente, são alterados devido à baixa capacidade de
dissipação da radiação solar, a qual pode levar ao aumento da temperatura e do défice de
pressão de vapor atmosférico (DPV) (MEDINA et al., 2002). Temperaturas ótimas para a
manutenção da abertura estomática com altas taxas de fotossíntese líquida em citros estão
entre 25 a 30°C (KHAIRI e HALL, 1976; MEDINA et al., 1999) e estas temperaturas são,
frequentemente, excedidas nas estufas (MEDINA et al., 2002).
As taxas de assimilação de CO2 dos porta-enxertos de limoeiro
‘Cravo’ encontravam-se entre 3,52 a 16,67 µmol m-2 s-1, faixa considerada inferior ao ideal de
acordo com a literatura, indicando que as plantas sentiram o efeito da temperatura ao longo
das avaliações realizadas, verificando-se que no mês de julho (temperaturas mais frias) as
plantas pertencentes aos tratamento 2 (ácido giberélico - 50 mg L-1) e 7 (GA4+7 + 6benziladenina - 5 ml L-1) apresentaram taxas de assimilação de CO2 menores. Porém, a
abertura estomática variou de 0,06 a 0,7 mol m-2 s-1, sendo que aos 204 DAS a redução foi
considerável e, provavelmente foi influenciada pela temperatura durante as avaliações.
72
De acordo com Syvertsen (1984), Machado et al. (1994), Syvertsen e
Lloyd (1994) e Medina e Machado (1998) folhas de citros maduras sem estresse, expostas à
luz saturante, a taxa de assimilação de CO2 varia entre 4 a 10µmol CO2 m-2 s-1, podendo
atingir, em plantas novas, valores ao redor de 12 µmol CO2 m-2 s-1, sendo estes valores,
normalmente, obtidos com a abertura estomática entre 0,1 e 0,3 mol m-2 s-1, sendo que os
valores máximos encontrados sob condições naturais para a condutância estomática,
raramente, ultrapassam 0,4 mol m-2 s-1 (MEDINA, 2005).
O fato da temperatura diminuir durante as avaliações pode ser a causa
da redução da fotossíntese, o que contrapõe com a literatura citada anteriormente, onde as
temperaturas ideais para plantas cítricas estão entre 25 e 30°C, faixas estas observadas nas
avaliações realizadas 35,05; 29,05; 28,96 e 24,95°C, respectivamente.
A fotossíntese líquida é limitada pelo fator estômato associado à
redução da concentração intercelular de CO2 (Ci) causada pela redução da condutância
estomática (FAEQUHAR e SHARKEY, 1982).
Observa-se que os tratamentos 2 (ácido giberélico - 50 mg L-1), 5
(piraclostrobina + metil tiofanato) e 7 (GA4+7 + 6-benziladenina - 5 ml L-1) apresentaram o
mesmo comportamento de altas taxas de assimilação de CO2 e transpiração, além de ótima
eficiência de carboxilação e boa abertura estomática aos 81 DAS. Porém, isso não resultou em
uma melhor eficiência do uso da água, indicando que estas plantas apresentaram perda de água
considerável com os processos.
O mesmo pode ser observado com relação ao crescimento das plantas
(Tabela 6) onde o tratamento 2 (ácido giberélico 50 mg L-1) apresentou os maiores valores
significativos da área foliar e massa seca de parte aérea. A partir deste dado pode-se dizer que
tal tratamento para esta avaliação nas plantas de limoeiro ‘Cravo’ promoveu incremento da
parte aérea resultando numa maior área fotossintética, maior assimilação de CO2 justamente
por apresentar também considerável abertura estomática.
O tratamento 9 (cloreto de clormequat) também promoveu aumento do
diâmetro do porta-enxerto e da massa de matéria seca das raízes, possivelmente devido à alta
taxa fotossintética e eficiência de carboxilação.
O tratamento 5 (piraclostrobina + metil tiofanato), entretanto, não
promoveu crescimento estatisticamente superior, mas as plantas, apresentaram controle
73
enzimático superior aos demais tratamentos para as enzimas APX, SOD e CAT o que
proprocionou à planta balanço do sistema oxidativo, protegendo o aparato fotossintético. Altas
atividades das enzimas indicam que ocorreram danos oxidativos, provavelmente, pela
produção de peróxidos de hidrogênios nos cloroplastos, sugerindo nas vias que cooperaram na
proteção do aparato fotossintético, incluindo a fotorrespiração (secundário) e o ciclo da água
(principal) (GUO et al., 2006).
A energia luminosa em excesso pode levar à produção de espécies
reativas tóxicas, podendo ocorrer danos se tal energia luminosa não for dissipada sem
segurança (HORTON et al., 1996; ASADA, 1999).
O fotossistema I é particularmente vulnerável aos danos provocados
pelas espécies reativas de oxigênio. O aceptor ferredoxina do PSI é um redutor muito forte,
que pode reduzir com facilidade o oxigênio molecular para formar superóxido. Essa redução
compete com a canalização normal dos elétrons para reduzir o NADP+ ou o nitrato (TAIZ e
ZEIGER, 2011).
O tratamento 8 (GA4+7 + 6-benziladenina - 10 mL L-1) apesar de
apresentar altos teores de clorofilas (a e b) apresentou baixas taxas de carboxilação, não
concordando com a literatura, uma vez que, as clorofilas são responsáveis pela captação da
energia luminosa e transferência para a realização da fotossíntese, portanto, se é alto o teor de
clorofila teoricamente as trocas gasosas para este tratamento deveriam ser altas, sendo que
uma provável explicação seria que as plantas tratadas não conseguiram ser eficientes na
captação da energia devido a problemas com as clorofilas, interferindo diretamente na taxa de
assimilação e com isso, a planta para esta avaliação apresentou crescimento pouco vigoroso.
Tais dados são consistentes com os de Guo et al. (2005), os quais descrevem que a baixa
capacidade fotossintética de plantas pode estar relacionada à redução da concentração de
clorofila b.
Aos 115 DAS, não foi possível observar relação entre crescimento,
sistemas oxidativos e trocas gasosas, mas o comportamento dos tratamentos permanece o
mesmo, altas taxas de assimilação, condutância estomática, transpiração e eficiência de
carboxilação e baixa eficiência de uso da água indicando que nesta avaliação as plantas
também não apresentaram boa eficiência ao absorver CO2 e no controle da perda de água.
74
Aos 178 e 204 DAS observa-se que a testemunha apresentou melhor
taxa de assimilação de CO2 e transpiração e alta eficiência do uso da água, isso se deve ao fato
de que estas plantas perderam menos água que as dos demais tratamentos, ao mesmo tempo
que absorviam, praticamente, a mesma quantidade de CO2, indicando que os tratamentos
utilizados apesar de promoverem efeito sobre o crescimento da planta, promoveram efeito
negativo sobre os processos fotossintéticos.
Embora as taxas de fotossíntese em citros sejam menores que muitas
espécies C3, a EUA neste grupo é considerada alta quando comparada com outras plantas
herbáceas como pimenta doce ou melão, situando-se ao redor de 3 µmol mmol-1 (MANTELL,
1977; MEDINA et al., 1999). Os altos valores da EUA podem ser justificados pela resistência
estomática e do mesofilo em citros que dificultam mais a perda de água do que a entrada de
CO2 no estroma dos cloroplastos (GAASTRA, 1959; HOARE e BARRS, 1974).
Pode-se afirmar que os tratamentos empregados não foram efetivos
para promoverem maior troca gasosa para porta-enxertos de limoeiro ‘Cravo’ e que um bom
manejo das estruturas dos viveiros deve ser mantido, como limpeza dos plásticos de cobertura,
boa ventilação, entre outros, para que a fotossíntese não seja prejudicada acarretando em
plantas com crescimento vigoroso e intenso.
75
5. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Em função dos resultados obtidos, conclui-se que:
- a aplicação de ácido giberélico na concentração de 50 mg L-1 pode
ser utilizado por viveiristas por promover maior incremento de altura, área foliar, massa seca
de parte aérea e radicular em plantas do porta-enxerto de limoeiro ‘Cravo’;
- o tratamento com piraclostrobina + metil tiofanato (tratamento 5),
cinetina + ác. giberélico + ác. indolilbutírico (tratamento 6) e cloreto de clormequat (1 mL L1
) + GA3 (100 mg L-1) (tratamento 10),
promoveram maior atividade das enzimas
antioxidantes protegendo as plantas de limoeiro ‘Cravo’ dos prejuízos causados pelas espécies
reativas de oxigênio;
76
6. CONCLUSÃO
- o ácido giberélico (50 mg L-1) promoveu incremento do diâmetro do
porta-enxerto num curto intervalo de tempo que os demais tratamentos;
77
7. REFERÊNCIAS
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Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 31, n. 1, p. 291-295, 2009.
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