catarata

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11/06/2012
Anatomia
CATARATA
Facoemulsificação e Implante de LIO dobrável
Dr. João Alfredo Kleiner MV, MSc
ACVO Wisconsin – 1998
WWW . VETWEB . COM . BR
Lente ou cristalino
 Avascular, transparente
 Sem inervação
 Biconvexa
 2/3 água
 1/3 proteínas (  refração )
COPLOW - USA
Anatomia lenticular

Cápsula anterior

Cápsula posterior

Epitélio

Córtex anterior

Núcleo adulto

Núcleo fetal

Núcleo embrionário

Ligamentos zonulares

Canal Hialóideo (Cloquet)
 Atrofia da artéria hialóide
 Mittendorf’s dot (cápsula post.)
 Papila Bergmeister (disco óptico)
ESCLEROSE NUCLEAR
Embrião ao nascimento
1.
Artéria Hialóidea
2. Túnica Vasculosa Lenticular
3. Vaso hialóideo próprio
4. Membrana pupilar
5. Vaso anular
Presbiopia (perda da acomodação). Humanos com mais de 40 anos.
Oftalmoscópio Direto à distância de um braço com dioptria “0”
Catarata: Mancha escura em contraste com o tapetum.
Esclerose: Anel entre córtex e núcleo.
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Embrião canino de 26 dias
DIMENSÕES
Volume:
 Humano: 0,2 ml
 Gato: 0,3 ml
 Cão: 0,5 ml
Túnica vasculosa lenticular
Cápsula:
Elástica (colágeno tipo IV)
 Anterior: 50 – 70 µm
 Equador: 8 – 12 µm
 Cavalo: 3,1 ml
 Posterior: 2 – 4 µm
Fisiologia lenticular
 Nutrição / Oxigenação
Proteínas lenticulares:
 Solúveis (cristalinas):
  jovens
 Humor aquoso: 2,5 µl / min cão
15 µl / min gato
 Vítreo.
 Insolúveis (albuminóides):
  núcleo lenticular
 Hidratação (bomba Na/K - ATPase)
 Com a idade as solúveis  insolúveis
 Esclerose nuclear
 Catarata
 Glicose
 Difusão facilitada
 Glicólise anaeróbica
Visão
 Cones:
 Visão de cor (azul, verde, vermelho)
 Visão em detalhes (resolução)
 Mais sensíveis à luz clara
 Visão fotópica
 Bastonetes:
 Detecção de movimento
 Sensíveis à luz fraca (penumbra)
 Visão escotópica.
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Estados de refração ocular
EMÉTROPIA
 Geralmente:
 Cão: Hipermétrope (0,25D)
 Exceto P.A. e Rottweiler
MIOPIA
 Gato: míope
D = 1/f
(f=distância focal)
HIPERMETROPIA
0,25 = 1/f
0,25 D at rest = foco 0,4 m na frente dos olhos.
Gatos
 Precisam 6x menos luz que o humano para ver;
 Excelente visão noturna
 Zona tapetal reflete luz e estimula retina
 Tapetum reflete 130 x mais luz que o humano
 Pupila vertical fecha-se quase que por completo na luz forte
 Excelente detecção de movimento
(área livre 6mm maior)
 Córnea ampla: entra mais luz
 Escala de cinza na sombra
 “Update” da retina mais lento
Astigmatismo
 Cristalino mais posterior: imagem menor e mais brilhante
 Retina rica em bastonetes.
 Chegam a 30 cm
 Olho dividido em 3 regiões
 Visão trinocular do mesmo objeto;
 Estado de refração desigual da luz nos diferentes meios
 Percebe luz polarizada e visão hiperespectral de
cores.
oculares. (ex. corneapatias);
 Humanos têm 3 (verde, vermelho, azul).
 Comum no reino animal;
 Banda central com 6 linhas de olhos compostos
(omatideos).
 Imagem das letras, objetos borrada;
 Visão de cor : ultravioleta ao infravermelho.

 Em humanos a maior parte (90 %) vem da córnea;
16 tipos diferentes de fotorreceptores (12 para
sensibilidade de cores e 4 para filtragem da cor)
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CÃO
HUMANO
120o
CATARATA IMATURA
160o
CATARATA MADURA
DEFINIÇÃO
“O termo catarata envolve um grupo
comum
Humano
Macaco
de
manifestadas
desordens
por
uma
oculares
opacidade
lenticular que pode ter várias formas,
tamanhos, etiologias e estágios de
progressão”
Gato
Cão
INCIPIENTE
 Início de opacificação
ESTÁGIOS
DE
DESENVOLVIMENTO
 Pode ser confundida com
esclerose nuclear em
animais com mais de 6
anos.
 Labrador (hereditária)
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IMATURA ou INCOMPLETA
 Opacidade mais evidente
 Fundoscopia incompleta
 Defict visual se bilateral
 Uveíte
MADURA ou COMPLETA
 Opaca
 Fundo não visível
 Fendas
 Cegueira se bilateral
 Mais duras (  faco)
Tucano 7 anos
INTUMESCENTE
LENTIDONESE
  tamanho lente
 Atalamia
 Glaucoma secundário
 Uveíte:
 Facolítica.
 Facoclástica (+ grave)
 Luxações (lentidonese)
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HIPERMATURA
 Reabsorção (proteólise):
 Elschnig’s pearls
 Retorno parcial visão
 Catarata Morganiana
- Lente encolhe
- Sedimentação nuclear
-  câmara anterior
- Íris escura (inflamações).
LOCALIZAÇÃO
Equatorial
 Polar Anterior
 Polar posterior
 Subcapsular
 Equatorial
 Cortical posterior
 Lamelar
 Nuclear
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Cortical e Polar Posterior
Leptospirose
 Catarata Hialóidea
 Artéria Hialóidea persistente
 Coágulos vítreo
 Retinopatias.
Ex.: PRA (Poodle)
 Vitreopatias
 Fatores tóxicos
NUCLEAR
LAMELAR
Tempo de evolução
 Embrionária
 Microfaquia
 Congênita / Hereditária
 Processo ciliar
 Juvenil
 Senil
 Zônulas
 Adquirida
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Diabetogênica
Energia Lente
 Não insulino dependente
ETIOPATOGENIA
SRD 8 anos diabético
Glicose  hexoquinase
 glicose   hexoquinase

Sorbitol  aldose-redutase
Desvio osmótico
Acúmulo H2O
Traumática
Secundária ou complicada
 3 semanas pós corneorrafia.
 Coágulo lente
 Uveítes felinos
 Sinéquia anterior
 Nébula
 Início Íris Bombé *
 * convexo
Opacidades Capsulares
 Graus variados
Outras
 Elétrica
 Reduplicação: 2o camada epitélio
 Córtex remanescente
 Implante de LIOS com
opacidade capsular
 Periférica é comum !
 Radiação
 Tóxica:
 Dialdeídos
 Secundária a P.R.A (ex. poodles)
 Substituto do leite materno (falta de aminoácidos).
 Hipocalcemia (I.R, hipoparatireoidismo)
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Colírio de corticóide tópico NÃO CAUSA
catarata nem glaucoma nos cães e gatos !!!!
TRATAMENTO
Cães
Humanos
Drenagem Humor Aquoso
TÉCNICAS CIRÚRGICAS
“O único tratamento para
catarata é sua remoção
cirúrgica”
 Aspirina ?
 Vitamina E ?
 Colírios ?
 Pacientes com catarata
 Discissão
 Extracapsular
 Intracapsular
 Facoemulsificação
têm 20% mais chance de
ter glaucoma.
DISCISSÃO
EXTRACAPSULAR
 Incisões maiores
 Permanece apenas cápsula
 Animais novos
 Cataratas líquidas
posterior
 Uveíte severa pós-op
 Maior perda de endotélio corneano
 Amplamente substituído pela faco
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PRÉ-OP EXTRACAPSULAR



Incisões grandes
Perda da inervação corneana
Olho seco
PÓS-IMEDIATO
PÓS-OP POODLE
Humor Plasmóide
INTRACAPSULAR
PRÉ-OP (UVEÍTE FACOCLÁSTICA)
Risco:
 Luxações lenticulares
 Perda vítreo
 Descolamento retina
Aderência fibras colágeno vítreo
cápsula posterior
+ fortes que no humano
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PÓS IMEDIATO
Técnica antiga
 Resultados desfavoráveis
 Sucesso baixo (30% - 40%)
 Uveítes severas
 Grande tempo cirúrgico
 Incisões grandes (perda inervação)
 Dificulta (impossibilita) implante de LIO
Deiscência, uveíte severa
Objetivos da Cirurgia de Catarata
 Incisões pequenas ( ↓ astigmatismo);
 Mínimo trauma tecidual;
 Tempo cirúrgico eficiente;
 Manter a câmara anterior;
 Restaurar o estado de emetropia / estereoscopia.
FACOEMULSIFICAÇÃO
PREPARO DOS PACIENTES
- Animais com deficit visual unilateral ou bilateral
- Faco: Quanto antes melhor !
- Animais velhos possuem lentes duras (esclerose).
- Reflexos oculares normais (ERG, U-Som, etc)
- Oftalmopatias 2o mínimas:
- Uveíte, epífora, disfunção do filme lacrimal.
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- Avaliação PIO
- Normoglicemia
- Profilaxia dentária, otites e dermatopatias
- Animais MUITO agressivos !
ELETRORRETINOGRAFIA
 Mede o potencial elétrico da retina quando
estimulada através da luz.
 É um teste de retina e não avalia nervo óptico
nem a visão em si.
- Ensinar a aceitar os colírios e o colar !
 Dilatar bem a pupila;
 Adaptar ao escuro 15 minutos;
 Grau de opacidade lenticular influi no exame;
 Cães com Tapetum tem um traçado melhor;
 Retina diminui sua resposta com passar da idade;
FACO
 Ultrassom (cristal)
 Sistema de irrigação / aspiração
 Mantém câmara anterior
 Incisões menores (3,2 mm)
 Sucesso > 97%
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Diplomax
PRÉ-OPERATÓRIO
 Menor incidência de complicações pós-op
 Cilodex e genteal 10 dias antes
 Midríase total (4 – 6 horas antes)
 Ideal para o implante de LIO
  desconforto e inflamação




AINS ( ”Still” – diclofenaco)
Atropina 1%
Mydriacyl.
Fenilefrina.
 Antibióticos tópicos (Gatifloxacino 3 horas antes)
  Trauma ocular
 Sistêmicos (cefalexina, enrofloxacina)
 Dexametasona IV (dose A.I.)
 Desinfecção ocular (soro fisiol. + PVPI 5%)
Substâncias viscoelásticas
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 Manter espaços naturais do olho
 Proteção mecânica às estruturas intraoculares
 Hidroxipropilmetilcelulose
 Polpa da madeira
 Hialuronato de sódio
 Crista do galo e fermentação bacteriana
 Midríase mecânica
 Sulfato de condroitina
 Cartilagem de tubarão
 Mantém a forma do olho
 Facilita capsulorrexis
 Podem ser:
 Coesivos:
 Manipula estruturas
 Molécula Grande.
 Dispersivos:
 Molécula pequena.
BSS
Cloreto de sódio
0,640 %
Cloreto de potássio
0,075 %
Cloreto de cálcio
0,048 %
Cloreto de magnésio
0,030 %
Acetato de sódio
0,390 %
Citrato de sódio
0,170 %
Ringer com Lactato
Posicionamento
Cloreto de sódio
0,60 %
Cloreto de potássio
0,03 %
Cloreto de cálcio
0,02 %
Lactato de sódio
0,30 %
Bloqueio Periconal
 Bupivacaína + Ringer
 Insyte n° 24
 Através da conjuntiva
 Bisel para fora do globo
 Fixar olho com o dedo.
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Sutura fixação palpebral
(evita blefarostato)
Cirurgia mais LIMPA possível !
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 1º LIO moderna em humanos implantada por
Dr. Harold Ridley 1949.
LENTES INTRAOCULARES
 Material usado (acrílico) nos cockpits de aeronaves WW II.
 Iniciou na década de 80 em cães
 Melhoram visão de perto e de detalhes. (EMETROPIA)
 Seu poder depende do tamanho (profundidade) da
câmara anterior.
 Cães : 41 D
 Diminui opacidades capsulares :
 O contato da LIO com a cápsula posterior diminui a migração
celular epitelial.
 Gatos : 52 D
 Humanos : 18 – 19 D
 Devolve a emetropia / estereoscopia.
Animais sem LIO (Afácicos):
Animais sem LIO (Afácicos):
 Hipermétropes ( +14 D )
 Aumentada (aniseiconia)
 Fora de foco
 Prejudica estereoscopia ( 3D )
 Tipo espelho
 Aumenta Luminância dos objetos.
 Lado direito para cima
 Visão 20 / 800
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LIOS ACRÍLICAS DOBRÁVEIS
CÃO SEM LIO
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 0,3 ml subconjuntival
VIA ORAL ?
 Amoxicilina + ác. clavulâmico:

PÓS-OPERATÓRIO
10 mg/Kg BID P.O. x 10dias.
 Atingem níveis terapêuticos na C.A. ?
 A.I.N.S:
 Aspirina
 Carprofeno
 Meloxican
OU
 Prednisolona (meticorten)
20 a 30 dias.
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Colírios
USO TÓPICO
 1 gota = 50 μl
 Saco conjuntival retém 10 - 20 μl
 80 % é drenado pelo D.N.L
 1 gota é mais que suficiente !
 Intervalo 15 minutos.
 Freqüência: 5 x ? 10 x ? 15 x ?
Evitar pomadas !!!!
Cicloplégicos
Colírio de lágrima artificial
ATROPINA 0,5 A 1 % ®
1 gota TID x 10 dias



Midriático cicloplégico (dor)

 permeabilidade vasos iridianos

 risco de sinéquias
GENTEAL ®

1 gota 4 x ao dia x 30 dias.
Delírio em alguns animais.
TEARS ®
MYDRIACYL ®

Preferível para gatos (ducto N.L.)

Sialorréia.
Colírio de antibiótico
 Sulfato de condroitina.
Colírio de corticóide
ZYMAR ® (Gatifloxacino )
PRED-FORT ® (Prednisolona)
 Quinolona mais usada na oftalmo humana
 1 gota TID x 15 dias.
 Não epiteliotóxico
 1 gota BID x 10 dias.
 1 gota SID x 6 dias.
 1 gota EOD x 6 dias.
 1 gota QID x 20 dias.
 Não fazer desmame !
► EVITAR ASSOCIAÇÕES (AB + AIE).
Efeito Rebote.
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Colírio de AINS

Colar Elisabetano:
 Manter por 10 a 12 dias
ACULAR ® (Cetorolaco de Trometamina)
 Proteger corneorrafia
 Evitar pressão cervical
 1 gota BID x 25 dias.

Reconsultas semanais
Filmes Procedimentos
Acesse:
www.vetweb.com.br
Lhasa Apso dia seguinte da cirurgia
Schnauzer 1 ano pós-op.
Poodle 14 anos ( 6 anos pós-op Faco + LIO Corneal 40 D OS)
Poodle 6 meses pós-op.
Lhasa Apso 3 anos pós-op.
Basset Hound 8 anos ERG ↓ a -
Glaucoma e luxação lenticular
Opacidades capsulares de RCD
 20 % dos casos de catarata evoluem para
glaucoma !
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Uveíte e glaucoma facoinduzido
CATARATA NASCEU PARA SER OPERADA !!!!
Poodle 6 anos Catarata Madura OU
6 meses pós-operatório Faco + LIO
Por que treinar ???
OBRIGADO !
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