Visita ao Jardim Botânico

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Vis ita ao J ardi m Botâni co 1
Na próxima sexta feira, dia 15 de junho, visitaremos o Jardim Botânico! Mas será que você já parou para pensar o que é o
Jardim Botânico, como ele surgiu, ou que ele guarda de história? Criado em 13 de junho de 1808 pelo então Príncipe Regente
D. João, o Jardim surgiu com a idéia de aclimatar as especiarias vindas das Índias Orientais.
Mais tarde, com a invasão das tropas napoleônicas à Portugal, a nobreza portuguesa se mudou para o Brasil instalando a sua
sede governamental no Rio de Janeiro. E foi em 11 de outubro desse mesmo ano que o Jardim de Aclimatação passou a Real
Horto.
As primeiras plantas a chegarem ao Jardim vieram das ilhas Maurício, no Oceano Índico, oferecido pelo oficial português Luiz
de Abreu Vieira e Silva a D. João VI.
Aberto à visitação pública após 1822, o Jardim Botânico teve muitos visitantes ilustres, como: Einstein, a Rainha Elisabeth II
do Reino Unido e muitos outros.
C urios idad e!
Entre as primeiras plantas trazidas para o Jardim estava a Palma Mater. Plantada pelo próprio Príncipe Regente, ficou
conhecida popularmente como palmeira real ou imperial. Em 1829 a palmeira floresceu pela primeira vez. Para que o Jardim
Botânico tivesse o monopólio dessa espécie, o diretor Serpa Brandão mandava retirar e queimar todos os seus frutos.
Entretanto, à noite, os escravos subiam na árvore, colhiam os frutos e vendiam, na clandestinidade.
Foi assim que a espécie se dispersou por todo o país, tornando-se mais conhecida até do que palmeiras da flora nativa. O
espécime plantado por D. João VI recebeu o nome de Palma Mater. Em 1972, a Palma Mater foi fulminada por um raio.
Tinha, naquela época, 38,70 metros de altura. O tronco foi preservado e encontra-se em exposição no Museu Botânico. Em
seu lugar foi plantado outro exemplar, simbolicamente chamado de Palma Filia.
Ma s o q ue faremos n o Jardim ?
Agora que você já sabe um pouco mais sobre o Jardim, já deve imaginar o porquê dessa visita, certo? Mas para que não restem
dúvidas, a saída de campo para o Jardim Botânico tem o objetivo de promover um primeiro contato com informações que
serão posteriormente passadas no decorrer das aulas. Facilitando a compreensão de estruturas, interações, colocação no
ambiente, adaptações, etc.
O mundo botânico muitas vezes não é percebido da maneira devida. Muito mais que “um monte de verde”, o Jardim
Botânico é o abrigo de uma enorme diversidade de plantas, aclimatadas em diferentes espaços internos com características
específicas da região nativa de cada grupo.
O nosso interesse com essa visita é que, ao final das observações, cada um de vocês seja capaz de descrever uma planta, de
acordo com suas características morfológicas e fisiológicas, e ainda relacioná-las ao seu hábito de vida e ambiente onde são
encontradas.
At ençã o:
A nossa visita ao Jardim Botânico tem saída marcada para logo após o segundo intervalo, às 11h. Sendo nosso ponto de
encontro o portão verde de entrada do CAp. O tempo previsto para a duração da visita é de duas horas e meia, sendo a saída
do Jardim prevista para às 14h.
Na hora de saída, os grupos já devem estar corretamente separados e se encaminharem para próximo das licenciandas
responsáveis.
Durante a vista existem algumas recomendações que devem ser seguidas para que tenhamos momentos agradáveis e livres de
problemas:
 Estaremos em um arboreto e faremos caminhadas, estão é importante que trajem roupas apropriadas como calça
comprida e calçado confortável.
 Não esqueçam repelente, protetor solar e boné ou capa-de-chuva e agasalho. Na dúvida, leve tudo!
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Material didático produzido por Daniela Fabrini, Francine Lopes, Letícia Loss, Liane da Cruz, Raquel Nunes, Taíla de Oliveira, alunas do
curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da UFRJ, durante suas atividades de Prática de Ensino em 2007, sob a supervisão da
professora Marcia Serra Ferreira (Faculdade de Educação da UFRJ). Ilustrações feitas por Itajaci Rogério Araújo Amaral, aluno do curso de
Licenciatura em Educação Artística da UFRJ. Disponível no sítio eletrônico www.projetofundao.ufrj.br/biologia
 A alimentação é de responsabilidade de cada um. Mas se lembrar que passaremos pelo horário de almoço, é
aconselhado que façam um lanche durante o intervalo e levem lanche e água em suas mochilas.
 Não é permitida a retirada de qualquer material botânico pelo público visitante! Mesmo os que estejam no chão.
 Preserve o ambiente que você está! Não risque os troncos das árvores, não pise no gramado e nas plantas e não
tente subir nas árvores.
 Não alimente os animais! Os animais silvestres não possuem muitas defesas biológicas contra doenças.
 Estaremos em um ambiente freqüentados por diversas pessoas e é de grande importância a percepção sonora do
ambiente, então não grite!
 Lugar de lixo é na lixeira! Nunca no chão!
 Não se separe do seu grupo!
Já p ensou como você s erá avalia do:
A avaliação será um processo contínuo e terá início desde o primeiro momento da saída! Para a sua nota final contaremos
com vários itens, como: pontualidade no local e hora marcados; seriedade ao longo da visitação; cumprimento dos itens acima
descritos; interesse; entrega do material de observação produzido; entrega de relatório final.
E como se mont a um re la tório?
O seu relatório deve conter:
Introdução: É o ponto inicial, então você fará um pequeno relato do que foi visto de uma maneira geral. O objetivo da visita,
suas observações, impressões...
Metodologia: Chegou a hora de descrever como foi o proceder da visita. Os estágios (pontos) de visitação, abordagem,
desenvolvimento de conhecimentos novos, observações mais específicas (grupos de plantas, estruturas, interações, etc.)...
Conclusões: Pare e pense o que você tirou de conclusões ao final da visita. Aqui deve ser desenvolvida uma discussão geral de
tudo que você tinha de conhecimento antes e que você obteve ao final da saída.
Anexos: Não se esqueça de anexar ao relatório final a fixa de observação preenchida e o desenho esquemático do espécime
que achar mais interessante em cada ponto da visita.
Gab ar ito para a vi sita ao Jard im Bo tân ic o
1º. Ponto Área Externa do Parque
Subpontos:
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Próximo à entrada principal
1. Bromélia da espécie Tillandsia usneoides associada ao cacto
O que iremos falar:
 Barba de Velho (Tillandsia usneoides) - Planta florífera que pende das árvores na América do Sul tropical e
no sudeste da América do Norte. Seus caules longos e finos lembram uma cabeleira balançando nas
árvores. Não é parasita, isto é, não recolhe água nem sais minerais da árvore onde se prende. A planta não
tem raízes e absorve umidade e nutrientes diretamente do ar. Apresenta folhas compridas e estreitas e
pequenas flores amarelas. E não esquecer se for possível, de mostrar a bromélia crescendo no fio para
provar que não parasitismo!
Uso comercial: Os caules são secos e utilizados em estofamentos e paisagismo.
Fonte: http://www.unb.br/acs/bcopauta/biologia4.htm
 Diversidade de bromélias – comparar os diferentes tipos de bromélia encontradas nas árvores e fios
(epífitas) com as bromélias não epífitas de tamanho grande; estas funcionam como um micro ambiente para a
reprodução de pequenos vertebrados e insetos.
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Em frente ao lago com anjo e atrás da biblioteca
2. Myrtaceae/Cambuí
O que iremos falar:
Folhas jovens com padrão de cor diferentes das adultas – alguns trabalhos afirmam que essa é uma estratégia
contra herbivoria; em alguns casos pode ser um indicativo de pobreza de nutrientes do solo; ou ainda uma
forma de perder menos nutriente caso seja atacada por herbívoros.
Folha em forma de gota (como na goiaba e no jamelão, é uma característica da família)
Textura foliar serosa e rígida – a camada serosa que reveste a folha permite maior retenção de água, isso pode
ser percebido pela textura da folha que é rígida. Essa capacidade é uma característica típica de plantas
encontradas em regiões secas e com alta temperatura.
Fruto semelhante ao da goiaba (com sépalas persistentes)
Atrás da biblioteca
3. Família Araceae: (gênero Filodendrum e lírio da paz)
O que iremos falar:
No Brasil, as Araceae são utilizadas especialmente como ornamentais.
São altamente tóxicas, podendo causar reações inflamatórias em todo trato gastrointestinal se ingerida. Apesar
disso, a medicina popular tem-se utilizado desta planta em alguns casos patológicos, tais como: erisipela,
inflamações reumáticas, entre outros; e especificamente das raízes aéreas como contraceptivo. Fonte:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-33062001000300003
Costela de Adão tem um fruto muito consumido em Portugal, a planta só produz fruto quando plantada fora
de vasos, ou seja, em grande quantidade de terra.
Plantas de Sombra - Folhas grandes e verdes escuro – maior área foliar permite maior exposição aos raios
solares, e maior teor de clorofila faz com que seu padrão de coloração seja verde escuro. Tudo isso para
garantir um taxa fotossintética que garanta seu sucesso.
Por serem características de regiões úmidas, não há grande perda de água: folhas grandes. Apesar de terem
folhas grandes, o que gera maior taxa de transpiração, não possuem perda d’água significativa uma
vez que estão em regiões com alta umidade
Caule subterrâneo (Deixar claro que o pecíolo não é o caule da planta!)
Falar que não possui flor e sim inflorescência em espiga protegida por uma folha modificada (bráctea). As
fores das aráceas não possuem pétalas.
* Mostrar um exemplar de Cedro logo atrás do Filodendrum.
4. Sterculiaceae/Dombeia madagascar
O que iremos falar:
Característica foliar: Presença de tricomas (“pelinhos”) para manter a temperatura mais baixa na superfície
foliar e minimizar a perda de água. Porque os “pêlos” refletem boa parte dos raios ultravioletas; mantém uma
camada de ar na superfície foliar; cria barreira contra perda d’água por evapotranspiração.
Na frente do centro de visitantes:
5. Microambiente (Bignoniaceae)
O que iremos falar:
 Figueira - A figueira não é parasita. Ela somente usa a outra árvore como suporte para sustentação estrutural
e não nutricional. É estratégia de crescimento. A semente do figo cai sobre uma arvore e germina. As raízes
vão crescendo em direção ao solo e frequentemente se fundem com o caule. Quando “sente” necessidade
emite braços de apoio, assim, acaba por estrangular a planta que serve de suporte por morte do floema.
 Liquens – Associação entre algas e fungos.Os líquens lançam enzimas que destroem a casca da árvore. Desta
forma ocorre liberação de sais minerais da casca para o ambiente. A alga faz fotossíntese e fornece
carboidratos para o fungo, enquanto este protege a ala da insolação.
 Bromélias - mostrar bromélias crescendo por brotamento mas também produz sementes.
2º. Ponto Dentro do Parque
Subpontos
1
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No caminho entre o jardim sensorial e o cactário:
6. Moraceae - Fruta-pão (família da amora)
O que vamos falar:
Rica em carboidratos era usada como fonte de alimento para os escravos, que as colhia ainda verdes e assava.
7. Cânfora
O que iremos falar:
Iremos amassar uma folha para que os alunos tentem identificar o cheiro. É a planta que faz Vick
8. Mostrar o Mogno (assim como o Cedro)
O que iremos falar:
Angiosperma, Família Meliaceae
Origem brasileira
Importância econômica: madeira de lei usada para confecção de laminados, móveis, lambris, compensados e
tabuados em geral. A exploração indevida está levando a espécie à extinção (Cedro)
Infrustescência em maio: perda de folhas (Cedro)
9. Pau-Brasil (mostrar para os alunos o que está aberto)
Arvore espinhenta que atinge até 12 metros de altura. Característica de Mata Atlântica. Ocorre do Ceará ao
Rio de Janeiro. Atualmente a madeira do pau-brasil é utilizada na confecção de arcos de violino. Foi muito
utilizada no passado para a extração do corante vermelho brasilina, muito utilizada para tingirem tecidos e
fabricar tintas de escrever. Está ameaçado de extinção.
10. Cicas – gimnosperma (gimno = nu; sperma = semente)
O que vamos falar:
Apontar características do órgão reprodutor (estróbilos) e folhas para diferenciá-la das angiospermas.
Folhas: feixes de folhas longas em forma de agulha (aciculada), destinadas à fotossíntese, e folhas
reprodutoras, em cuja superfície se formam as sementes. Essas folhas apresentam a forma de escamas, em
geral, estão reunidas em estruturas que, embora chamadas de flores rudimentares, recebem denominação
científica de estróbilos ou cones (daí vem o nome coníferas). Os estróbilos femininos são mais arredondados
e os masculinos cumpridos.
Fonte: LINHARES, Sérgio. Biologia Série Brasil, 2005.
Jardim Sensorial
11. Na entrada iremos observar espécimes de Briófitas e Pterófitas
Coroa de cristo – o que parece ser uma pétala é uma folha modificada (bráctea) e as flores estão na região
central. Possuem látex que auxilia na cicatrização de “ferimentos” na sua superfície, além disso, é uma forma
de combater herbivoria.
Samambaia e Avenca – falar que são pterófitas, só para os alunos se familiarizarem com os nomes. Mostrar
soros (reprodução) e báculas.
Briófitas - Podemos falar da maneira como as briófitas conduzem água, fazendo relação com seu pequeno
tamanho.
12. Aqui os alunos irão sentir as diferentes texturas de plantas, como:
Cavalinha (pterófita), Cinerária (folha branca e cerosa, reduzida e grossa que evita a perda de água), Anis,
Árvore de papel, Chapéu-de-couro (planta aquática que faz mineirinho). Mostrar a alface d´água (família
Araceae) que flutua na superfície da água.
Hortelã-pimenta, usado na culinária.
No Jardim sensorial estão presentes muitas crassuláceas e liliáceas de folhas carnosas (para minimizar a perda
de água por evapotranspiração) e que parecem ser características de ambientes secos e áridos. As
crassuláceas têm um metabolismo diferente, são as plantas CAM (metabolismo do ácido crassuláceo), que são
adaptadas para climas muito secos. Abrem seus estômatos durante a noite e os fecham durante o dia para
evitar a perda de água.
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Cactário
13. Apocinaceae (flor amarela)
Característica: Presença de gavinhas e látex (importante destacar que esta planta não é característica do
cactário, ela vem da mata)
14. Cacto com folhas: em alguns gêneros as folhas desenvolvem-se nas porções juvenis caindo logo, em
outros é normal.
Cactos: caule suculento que armazena água e folhas reduzidas para minimizar a perda de água. Os cactos têm
frutos doces, comestíveis. Chamar atenção dos alunos para a alta insolação e maior temperatura deste
ambiente.
3º. Ponto LAGO E MATA
Subpontos
1
Trilha Mata Atlântica (ao sair do cactário, depois do pau-brasil subir escadaria ao lado da cascata).
A Mata Atlântica é um bioma complexo começou a se formar há 100 molhões de anos atrás.
15. Palmeira “GIGANTE” Na subida da trilha tem uma palmeira que parecer ser a maior de todas. Mostrar
as cicatrizes das folha que caem. As palmeiras são características de regiões tropicais.
16. Carcaterísticas Gerais: Mata fechada
Mostrar os fungos a esquerda da escada
Clima: Temperatura bem mais amena, com pouca chegada de luz ao solo, pois as copas das árvores estão
entrelaçadas por disputa por espaço, assim como as raízes finas são entrelaçadas formando a rede que
sustenta o solo. Uma floresta pode diminuir em até 12ºC a temperatura do ambiente. São importantes para a
manutenção dos mananciais e contenção das encostas. Melhoram a qualidade do ar
Alto índice de umidade: associar a umidade do ambiente com a presença de briófitas, corpo d´água.
Serra pilhera: associar como fonte de matéria orgânica. Garante auto sustentabilidade, assim como ocorre na
Amazônia.
Folhas: grandes com padrão de coloração verde escuro.
Em Torno do Lago
Lado direito do lago
17. Azaléia: Flor (mostrar parte feminina e masculina)
(Falar da Azaléia somente se for preciso enrolar p/ esperar outros grupo)
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18. Agave (Amarilidaceae): Diferenciar de bromélias (as bromélis, em geral não possuem caule visível e
formam uma roseta que acumula água no centro). Mostrar o fototropismo. Regiões tropicais ou subtropicais.
Muito utilizada no paisagismo e para fazer sisal.
19. Bamboo (Gramíneae): falar sobre a capacidade de crescimento. Cresce por rizomas, o caule é oco (se o
caule não fosse oco, a planta quebraria). Usada como alimento de pandas e no Brasil o único vertebrado que
se alimenta dessa gramínia é o “rato-da-taquara”. Curiosidade: o bambu é uma planta muito resistente. Após
a destruição de Hiroshima pelas armas atômicas os bambus resistiram, e foram as primeiras plantas a aparecer
no árido cenário pós-guerra.
20. Gimnosperma com pneumatóforos: falar o que são pneumatóforos, para que servem e que existem em
plantas de manguezais.
Estufa de Plantas Insetívoras
21. Mostrar os três tipos de captura que as plantas se utilizam: Pilosas
Em forma de tubo
As que fecham
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Lado esquerdo do lago
22. Plantas Aquáticas: Vitória Régia x Ninféia
O que vamos falar:
Família das Ninfeáceas – Pertencem a essa família: vitória-régia; ninféia e lótus.
Em todas estas, nasce um rizoma grosso que se assenta no fundo e do qual partem, para subir até a tona, os
longos pecíolos que sustentam as folhas e os pedúnculos das flores.
Vitória régia - O nome Vitória regia, do qual procede o nome aportuguesado da planta, foi dado pelo
botânico inglês John Lindlev em honra à Rainha Vitória, da Inglaterra. Verde escuras por cima e arroxeadas
por baixo, têm numa das extremidades uma estreita abertura. Suas bordas reviradas, que se alteiam até 15
centímetros, apresentam-se assim com duas cores. As folhas, que suportam até 45 quilos de peso sem
afundar, servem nos igarapés e remansos como local de pouso para insetos e aves
Além de conter beleza e perfume, a vitória-régia possui uma raiz - um tubérculo parecido com o inhame que é consumida pelos nativos em sua alimentação. Eles chamam-na “forno-d’água”, por sua semelhança
com um tacho de torrar farinha. Por sua vez, os indígenas extraem o sumo dessas raízes (uma tintura preta)
e usam-no para pintar os seus cabelos.
Lenda: índia Naiá. Ela era apaixonada pela Lua - considerada um deus masculino, um jovem e bonito
guerreiro - e não aceitava namorar os outros índios. Passava as noites correndo pelas matas, perseguindo o
noivo celestial, e não havia poção milagrosa capaz de curá-la de tal obsessão.
Certa vez, estando à beira de uma lagoa, Naiá viu a imagem do seu amado refletida nas águas. Sem titubear
nem um segundo, mergulhou ao seu encontro e morreu afogada. Sensibilizada com o fato, a Lua procurou
compensar o sacrifício de Naiá, e transformou-a em uma estrela das águas, um verdadeiro poema de beleza e
perfume. Depois disso, dilatou a palma de suas folhas, para que pudessem receber melhor os afagos de sua
luz. E, para acolher os raios de luar - em verdade, os seus beijos apaixonados - a Lua fez com que as florcles
da vitória-régia abrissem somente à noite, exalando um aroma maravilhoso.
Fonte:
http://www.fundaj.gov.br/notitia/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publicationCode=16
&pageCode=320&textCode=7717&date=currentDate
Ninféias (a planta dos quadros de Monet) - Se diferencia da vitória régia pela ausência de borda na folha,
possui tamanho menor e suas flores alcançam maior altura em relação à superfície da água. São muito
confundidas com a flor de lótus, pois existe uma espécie do gênero ninféia chamada ninféia-lótus. Todavia, a
flor de lótus, flor sagrada para os orientais, pertence a outro gênero.
A reprodução de ambas pode ser por brotamento ou polinização.
23. Árvore do viajante: usada pelos viajantes para saciar a sede, daí vem o nome. Armazena água. Originária
de Madagascar.
A água é filtrada, sua capacidade de filtragem é tão eficiente quanto a de nossos filtros residenciais.
OBS: Ainda no lago, acho que podem ser mostradas características de ecossistema, por exemplo a
cor da água
OBS: Aqui, conforme os grupos vão terminando seu trajeto, podem se encaminhar ao banheiro. Tempo de parada: 10 minutos.
24. Caminho que leva ao Orquidário: Mostrar as trepadeiras.
25. Orquidário: Diversidade da família (deixar os alunos por 5 minutos circulando pela estufa) . O pseudo-bulbo das
orquídeas armazena água. Em orquídeas de restingas e costões o bulbo é muito grande. Existem orquídeas epífitas
obrigatórias e facultativas (falar depois que sairmos do orquidário, enquanto caminhamos para o bromeliário para poupar
tempo.) As orquídeas são encontradas em todo o mundo. Importância econômica ornamental, exceto para o gênero Vanilla,
da qual se extrai o sabor e o aroma da baunilha. Muitas espécies estão ameaçadas de extinção devido à coleta indiscriminada e
a destruição das florestas.
26. Restinga (nas laterais do bromeliário): As restingas são encontradas próximas ao mar, podendo formar extensos
cordões arenosos de até 9 km. Clima, temperatura elevada, insolação, tipo de solo (arenoso e bem branco). A vegetação deve
ser resistente ao vento, à maresia, ao solo quente e seco.
 Clusia: usada no paisagismo, folhas grossa para proteger contra a perda d água e contra o impacto mecânico causado
pelos grãos de areia trazidos pelo vento. É uma espécie típica de restinga, com raízes escoras para melhor fixação em
solo arenoso e uma melhor captação da água superfície.
 Guriri: A palmeira que fica com o caule todo pra dentro da terra. Ela e Clusia são as marcas da vegetação de restinga!
 Bromélias.
Também pode ser visto a disposição da vegetação escassa em moitas: característica evolutiva, melhor chance de sobrevivência,
acúmulo de água e matéria orgânica, temperatura mais amena nas sombras das mais resistentes, menor competição em
determinada região...
Obs: a vegetação da restinga é importante para conter o deslocamento das dunas causado pelo vento e protegem os
ecossistemas terrestres adjacentes.
Havendo tempo: Devido à colonização no Brasil ter se iniciado no litoral, o ecossistema de restinga foi muito devastado e
ainda é devido à especulação imobiliária. Também sofrem impactos devido à extração de areia, depósito de lixo, turismo sem
controle adequado, extração de madeira para consumo doméstico e queimadas para a criação de loteamentos e construção de
estradas.
27. Bromeliário: Diversidade da família (5 minutos circulando pelo bromeliário)
F im d a v isi ta
R otei ro ad ic ion al (caso haja algum aluno interessado em prosseguir com a visita)
Babaçu
Pitanga
Atrás da restinga, na lateral do bromeliário.
Ir da restinga para o caminho das palmeiras passando pelo bambuzal
Plantas medicinais
No caminho das palmeniras: Falar um pouco das palmeiras: plantas tropicais, são encontradas no Brasil, em Madagascar e
na Ásia. Palmeiras conhecidas no Brasil são: açaí, palmeira-jussara (palmito), babaçu, carnaúba, dendê.
No chafariz central: A árvore do Tom Jobim
Chegando no chafariz, virar a esquerda e ir até a região Amazônica: Clima mais fresco e muita sombra.
Seguir pelo caminho do pau-mulato (Rubiaceae, mesma família do café)
Jardim japonês: Flor de lótus. Diz a lenda que as flores de lótus nasciam nas pegadas do Buda.
Entre o jardim japonês e o caminho das palmeiras: Açaí (Euterpe oleraceae)
Corredor das mangueiras: A manga é uma planta nativa da Índia. Foi introduzida no Brasil pelos portugueses por volta de
1700. Foi a árvore asiática que melhor se adaptou ao clima brasileiro. A largura da copa atinge, no Jardim Botânico, um
tamanho maior do que costumamos ver na cidade. Isso ocorre devido à disponibilidade de espaço par o crescimento da
mangueira.
Pandanus: Família Pandanaceae (monocotiledônia). As raízes escoras se originam do caule para dar melhor sustentação.
Planta originária de Madagascar e características de regiões pantanosas e alagadas. Suas folhas formam espirais e são utilizadas
para a confecção de tecidos e esteiras.
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