PORTFOLIO - Larissa - Rede-Observatório do Programa Mais

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MINISTÉRIO DA SAÚDE
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA REDE UNIDA
ESTÁGIOS E VIVÊNCIAS NA REALIDADE DO SISTEMA
ÚNICO DE SAÚDE
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ
03/02/2016
VER-SUS TERESINA 2016.1
PORTFÓLIO INDIVIDUAL
VIVENTE: Larissa Sousa Marinho
CURSO: Fisioterapia
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Dia 17 de janeiro de 2016 (domingo)
Cheguei por volta das 16 horas no alojamento da UESPI, onde fui acolhida pelos
coordenadores e facilitadores que já se encontravam no local. Em seguida fomos distribuídos em
três equipes de vivência.
Às 19 horas tivemos uma apresentação coletiva onde falamos sobre nós e sobre o Ver-SUS.
Em seguida realizou-se uma dinâmica sobre a expectativa com a vivência e sobre a importancia do
Ver-SUS. Nesse momento também foi distribuído camisas, blocos de anotações e mochilas que nos
acompanharão pelos próximos 15 dias. Por volta das 21 horas cada equipe se reuniu para a
confecção da sua bandeira.
Durante o acolhimento senti falta de uma recepção mais calorosa (animada). A roda de
apresentação foi um momento onde conhecemos um pouco de cada um, e também, conhecer um
pouco do Ver-SUS foi de fundamental importancia, porque houve uma integração e uma
disseminação de saberes. O momento da elaboração da bandeira foi um marco para o fortalecimento
das equipes onde cada integrante pode se expressar da sua maneira.
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA REDE UNIDA
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ÚNICO DE SAÚDE
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ
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Dia 18 de janeiro de 2016 (segunda)
Acordamos bem cedo e seguimos ao refeitório para o café da manhã coletivo. As equipes
foram divididas em três vans com destino a FACIME e foram recepcionadas pelo professor
Leonardo Sales onde exibiu um vídeo com a apresentação do Professor Emerson Merhy na 15º
Conferência Nacional de Saúde (CNS) com enfoque a valorização da vida, o acesso, a equidade e o
cuidar bem, além da influência do profissional de saúde na macro e micropolítica. Em suas
principais palavras citou a importancia de conhecer o outro para poder cuidar e transformar o
sofrimento em vontade de viver. Isso em especial me chamou bastante atenção, pois muitas vezes
ignoramos o paciente como um todo e apenas tratamos uma parte, esquecendo-se dos sentimentos
que o paciente trás.
Em seguida o professor Leonardo guiou um debate sobre o conceito de saúde segundo a
OMS que é um completo bem estar biopsicossocial. Também foi explanado sobre os determinantes
(fatores internos) de responsabilidade do Estado e dos condicionantes (fatores externos) de
responsabilidade do indivíduo.
O final da manhã seguiu com as gerentes da assistência básica do estado e município do
Piauí onde discutimos a importancia da atenção básica, principal porta de entrada do SUS.
Enfatizou que o estado cobre 98% de atenção básica com seus programas e redes. Em seguida
abordou a gestão de saúde de Teresina onde se divide em Fundação Hospitalar de Teresina (FHT) e
Fundação Municipal de Saúde (FMS). Também foi discutido o papel das redes de atenção e sua
conformação através da atenção básica.
Ao meio dia nos dirigimos para o alojamento para o almoço. Às 14 horas retomamos a
FACIME e iniciamos com o documentário “Os caminhos do Jardim Rosália” onde retrata a
assistência médica humanitária em uma comunidade, através de um médico que se propôs a ir além
da clínica e fazer uma saúde baseada nos princípios do Ver, Desver o percurso e Transcrever o
caminho. Muito importante essa passagem, pois isso mostra a importancia de se aproximar da
comunidade adequando-se através de seus costumes e de suas simplicidades locais.
Após isso houve uma roda de conversa com a psicóloga Patrícia Lustosa e professor Otacílio
sobre educação, a relação professor e aluno, explicando também que o SUS é um processo
civilizatório que permite que o outro transforme e mobilize. Ao termino das atividades realizou-se
uma sistematização reflexiva acerca do dia, também houve a explicação das bandeiras para as
outras equipes e a confecção de uma única bandeira representando o Ver-SUS Teresina.
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
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ÚNICO DE SAÚDE
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Dia 19 de janeiro de 2016 (terça)
Logo pela manhã cada equipe direcionou-se a uma van e foram as UBS em zonas
diferentes em Teresina. Visitamos a UBS Poty Velho na zona norte que visivelmente apresenta uma
excelente estrutura física e variedade de serviços ofertados como, o odontológico, o médico e a
enfermagem. A estrutura me chamou atenção pelo fato de conter na unidade uma brinquedoteca que
tira o foco da doença e medo das crianças que vão ser atendidas ou estão acompanhando suas mães.
Podemos observar que o atendimento médico é bem diferenciado onde a pediatra e o estagiário que
estavam atendendo se preocupavam bem mais com o todo do que somente com uma parte. Percebese um cuidado com a família do paciente e o lugar onde residem, mostrando respeito com a saúde
pública. Também conhecemos o atendimento domiciliar através do acompanhamento com o médico
da família.
A tarde houve uma roda de conversa sobre movimentos populares na FACIME. O
representante do grupo MORHAN (Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela
Hanseníase) relata que teve hanseníase e explicou sobre as atividades para a eliminação da doença.
Explanou que é uma doença normal, com tratamento e cura, eliminando assim o preconceito e
estigma em torno da doença. Em seguida o MOPS (Movimento Popular de Saúde) foi discutido
pela representante Lúcia que explicou que o movimento tem como linha de trabalho a prevenção
além da medicina alternativa. Atuando na saúde da mulher, meio ambiente, prevenção através de
informativos, além de trabalhar com moradores de rua.
A noite seguiu com sistematização e após isso o jantar.
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
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Dia 20 de janeiro de 2016 (quarta)
Acordamos por volta das 6 horas da manhã e seguimos para o refeitório para o café da
manhã. Retornamos a UBS do Poty Velho de fomos dividimos em três subgrupos pra visita
domiciliar com o ACS em sua respectiva área. Minha equipe visitou cinco quadras do bairro Alto
Alegre juntamente com o Agente Mário que nos mostrou a região e discutiu sobre os principais
problemas da comunidade como HAS, diabetes, acamados, cadeirantes e doentes mentais.
Visitamos seis famílias ao todo e retornamos a UBS onde pude acompanhar um atendimento de prénatal. Foi bastante comovente participar da consulta por gostar da área de ginecologia/obstetrícia e
ver a enfermeira tão apaixonada pelo seu trabalho.
Durante a tarde conhecemos o NASF (Núcleo de Apoio a Saúde da Família) ma UBS do
Poty Velho onde fomos recepcionados pela educadora física Zumira que explanou sobre o
programa nacional e sua importancia para a comunidade. O NASF Norte abrange cinco
profissionais: psicóloga, fisioterapeuta, assistente social, educador físico e nutricionista que atuam
na área clínica-assistencial e pedagógica, além de apoiar oito ESF. O NASF tem como áreas
estratégicas de atuação práticas integrativas e complementares, saúde mental, saúde da mulher,
dentre outras.
A psicóloga Thatiane do NASF Norte explicou as ações que realizam nas salas de espera,
grupos específicos como emagrecer bem, e vida saudável, oficinas como o pé diabético e curso
gestante, educação permanente, além de atuar no Programa de Saúde na Escola (PSE). À noite
como de costume ocorreu à sistematização da programação do dia.
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
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ÚNICO DE SAÚDE
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Dia 21 de janeiro de 2016 (quinta)
Tomamos café cedinho e as equipes foram dividas em três vans que seguiram para a
zona Rural de Teresina. Visitamos a UBS Bela Vista Rural onde fomos recepcionados pela
enfermeira que mostrou as instalações da unidade. Foi positivo a experiência na UBS Rural, pois
em todos os dias tem atendimento de demanda livre, mas não apresentava uma boa estrutura. Em
seguida fomos divididos em dois grupos menores onde um ficou com a nutricionista e uma ACS e o
outro com a assistente social e uma ACS. O grupo com a nutricionista visitou um casal de idosos e
o marido apresentava diabetes e HAS e relatou que já havia amputado o hálux. A nutricionista
orientou sobre os cuidados com os pés devido à diminuição da sensibilidade, orientou também
sobre uma alimentação adequada e fez encaminhamento ao fisioterapeuta para a confecção do
calçado. A visita do NASF foi proveitosa visto que a nutricionista realizou orientações além da
alimentação, mas também quanto ao cuidado com os pés e um cuidado com a higiene bucal, porém
a nutricionista utilizou um vocabulário um pouco rebuscado dificultando o entendimento.
Durante a tarde realizamos visita ao CRAS que é composto por duas assistentes sociais
e duas psicólogas, onde fomos recepcionados pela coordenadora e assistente social do turno da
tarde, que explanou sobre o funcionamento e a importancia do CRAS para a comunidade. Foi muito
esclarecedor o trabalho do CRAS na prevenção de risco através de serviço de convivência com
enfoque sócio educacional e fortalecimento de vinculo. É uma porta de entrada e facilitação de
acesso através do cadastro único a diversos programas governamentais, como: transporte
interestadual para idosos, sistema de telefonia social, programa Minha Casa, Minha Vida,
PRONATEC, alem de facilitar a emissão da Carteira de Trabalho e ao Beneficio da Prestação
Continuada – BPC. Observou-se um ponto negativo como o desconhecimento da comunidade sobre
esse centro de importante valor social. A noite seguiu com sistematização reflexiva sobre as
atividades do dia.
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
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Dia 22 de janeiro de 2016 (sexta)
Durante a manhã visitamos as regionais de saúde. A minha equipe visitou a Direção
Regional de Saúde Norte recepcionada pela diretora que nos apresentou a estrutura do local. Em
seguida fomos direcionados a uma sala de reunião onde ocorria uma discussão acerca da
microcefalia comandada pela Gerente de Atenção Básica Ayla. Foi explanada a ocorrência de
microcefalia relacionada à infecção pelo vírus Zika e as diretrizes de estimulação precoce para esse
recém-nascido. Também se ressaltou que a vinculação com a Unidade Básica de Saúde é
fundamental para o acompanhamento da criança. Chamou-me atenção a Maternidade Dona
Evangelina Rosa já oferecer especialistas para a avaliação e tratamento do bebê, além de fazer
encaminhamentos para o serviço de reabilitação (Centro Especializado de Reabilitação – CEIR).
Logo após participamos da Reunião de Planejamento do PAS (Programa Anual de Saúde) 2016 e
2017.
Durante a tarde nos deslocamos para a FACIME e nos reunimos com os Conselhos
estadual e municipal de saúde. Foi explicado o papel dos conselheiros de representar a população e
discutir sobre as ações e serviços de saúde e fiscalizar a aplicação dos recursos repassados para
investir na Saúde. Explanou-se algumas comissões como, saúde do trabalhador, comissão de
financias, controle de avaliação dos hospitais.
Às 18 horas retornamos ao alojamento para a sistematização e jantar.
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Dia 23 de janeiro de 2016 (sábado)
A parte da manhã foi livre para que os viventes pudessem dormir um pouco mais,
organizar suas coisas (lavar roupa, ligar para os pais...) e também um momento descontraído para
interagir com o grupo.
Durante a tarde fizemos um passeio ao Parque Zoobotânico. Fizemos uma roda e
abraçamos a pessoa que mais tivemos contato durante a semana e em seguida fomos em direção da
pessoa que tivemos menos contato. A atividade foi feita através de contato visual, o que foi
interessante olhar nos olhos e nos ver refletido neles. Em seguida fizemos uma dança circular
“Escravos de Jó” que nos permitiu entrar em sintonia com todo o grupo para que a dança fosse
harmônica. Após isso foi distribuído um pouco de argila para que cada um representasse o Ver-SUS
na primeira semana e dentre as representações tivemos flores, corações e borboletas.
Em seguida ficamos livres para conhecer a fauna e flora do parque.
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Dia 24 de janeiro de 2016 (domingo)
Durante a manhã fomos a FACIME para uma atividade com musicoterapia.
Primeiramente fizemos danças livres e danças circulares que nos ajudou a nos soltar e a relaxar. Em
seguida fomos divididos em duas equipes para a criação de uma paródia sobre o Ver-SUS. Manhã
bastante relaxante e de envolvimento de todo o grupo.
Durante a tarde participei de uma oficina experimental corporal, com a temática da
loucura a dois. Confesso que não gostei muito, pois me deixou bastante assustada, talvez eu não
estivesse preparada para o momento.
A noite foi realizada uma atividade na quadra. Começamos formando uma rede com um
novelo de lã e refletimos como estamos interligados e a importancia do equilíbrio para que os laços
não se rompessem. Em seguida fizemos uma lista de sete coisas que mais ocupava nossa vida e
percebemos o que realmente é necessário.
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Dia 25 de janeiro de 2016 (segunda)
Pela manhã fomos a FACIME onde o professor Vinícius discutiu planejamento em
saúde e ressaltou a importancia de observar o todo. Explanou sobre os componentes de um sistema
de saúde como, o político, o econômico e o médico, também explicou o modelo universalista,
modelo do seguro social, modelo de seguro privado e modelo assistencialista. Apresentou os
sistemas de saúde dos Estados Unidos, do Canadá, do Chile, da Inglaterra, dentre outros.
Em seguida o professor Fábio Solon propôs fazermos uma pequena demonstração
teatral do modelo de saúde antes, do modelo atual e do modelo dos sonhos.
A tarde houve uma conversa com os residentes da IV Turma da Residência
Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade (RMSFC) onde foi ressaltado a importancia
da multidisciplinaridade na construção de um sistema de saúde melhor. Foram explanadas também
algumas atividades realizadas pelos residentes como a territorialização como atividade inicial para o
diagnóstico de saúde de uma comunidade e para o aproveitamento dos espaços que existam. Alguns
projetos realizados, como, Felicidade não tem idade, Mais viver e Supera. À noite, realizou-se a
sistematização, demonstrando o interesse de vários viventes com a residência multiprofissional.
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Dia 26 de janeiro de 2016 (terça)
Durante a manhã realizamos visita ao Hospital Psiquiátrico Areolino de Abreu, fomos
recepcionados pela enfermeira Luci que nos apresentou a estrutura do local e a dinâmica de
trabalho. Explicou que o paciente com transtorno mental pode ficar em observação por 24 horas, se
não apresentar melhora fica por até 45 dias. Apresentou-nos a unidade dos pacientes que já são
moradores do local, e me chamou bastante atenção à desproporção quantitativa entre homens e
mulheres, sendo 34 mulheres para 99 homens. O hospital oferece terapias complementares, como
costura, pintura em telas e técnicas agrícolas. Há também as oficinas de ginástica, alongamento,
dança e pratica de esportes. Os cuidados com a higiene são realizados por um salão de beleza dentro
do próprio ambiente hospitalar. Apesar de oferecer esses recursos, o hospital psiquiátrico ainda me
pareceu assustador com sua construção em formato de presídio.
Na parte da tarde visitamos os hospitais dos bairros de Teresina. Minha equipe visitou o
Hospital Dirceu Arcoverde II que apesar de ser o hospital mais próximo da minha residência nunca
tinha entrado. Achei um local bem estruturado e climatizado oferecendo as mais variadas
especialidades na urgência e emergência. O hospital é dividido em duas grandes alas: a pediátrica e
a adulto, mas infelizmente só tem um posto da enfermagem para atender as duas demandas. A
quantidade de pessoas esperando por atendimento era muito pouca, realmente o hospital estava
quase vazio, o que se deve a abertura de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) próximo ao
local.
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Dia 27 de janeiro de 2016 (quarta)
Durante a manhã realizamos visita ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT) onde fomos
bem recepcionados e apresentados à estrutura do hospital que estava superlotado. Achei relevante
possuir frequentemente cursos de atualização para os profissionais e acadêmicos. Por ficar próximo
a uma área marginalizada, repetidas vezes ocorrem roubos no local.
À tarde na FACIME tivemos uma roda de conversa sobre saúde mental com dois psicólogos
e uma enfermeira. Foi bastante interessante o assunto e a exposição do livro o Holocausto Brasileiro
que falava da reforma psiquiátrica. Durante a noite sistematizamos e assistimos ao documentário
Estamira.
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Dia 28 de janeiro de 2016 (quinta)
Na manhã realizamos visita ao CAPS II Leste (Centro de Atenção Psicossocial). A casa é
alugada, mas bem ampla e estruturada com muitos profissionais. A diretora informou que os
pacientes ficam na casa durante a manhã e a tarde, quando precisam pernoitar são direcionados ao
CAPS III.
Na parte da tarde visitamos o Centro de Referência Especializado da Assistência Social
(CREAS) onde participamos de uma roda de conversa com o assistente social Ramon que nos
explicou que os principais serviços oferecidos são o de abuso e exploração sexual de crianças e
adolescentes, situação de mendicância e ameaça e maus tratos aos idosos.
À noite, tivemos um debate bem dinâmico e criativo acerca da inclusão dos GLBT’s no
SUS. Gostei muito da abordagem dos facilitadores, visto ser um tema difícil de ser problematizado
pela diversidade de opiniões.
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Dia 29 de janeiro de 2016 (sexta)
Durante a manhã as três equipes foram direcionadas a Fazenda da Paz, é a primeira
Comunidade Terapêutica do Piauí. Recebidos pelo coordenador Célio que nos explicou que o
objetivo da casa é prevenir, tratar e reinserir na sociedade os farmacodependentes e alcoólatras. É
uma instituição não governamental que acolhe gratuitamente dependentes químicos que manifestam
o desejo de tratamento e mudanças.
Apresenta uma estrutura excelente, bem confortável, iluminada e ampla para todos os
residentes. Possui um acompanhamento completo de equipe médica e psicológica e
acompanhamento escolar onde já saíram frutos para o ensino superior.
Infelizmente faz uma apologia religiosa ao cristianismo, principalmente ao catolicismo. Isso
agride a subjetividade dos demais que não pertencem à religião. E possui uma grade de trabalho
excessiva e sem escolha, além de não receberem nenhuma remuneração por isso.
À tarde, nos reunimos na FACIME com os coordenadores do CENTROPOP e Consultório
na RUA. Após o debate podemos conhecer o Parque Potycabana e aproveitar o lindo por do sol de
Teresina.
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Dia 30 de janeiro de 2016 (sábado)
Na manhã do sábado construímos um portfólio coletivo seguindo orientação do professor
Leonardo onde representamos o significado do Ver-SUS com apenas poucos materiais para retratar,
em seguida apresentamos para todos.
Na parte da tarde fizemos uma avaliação de todo o Ver-SUS na quadra. Seguido pelo
momento da despedida dos viventes e facilitadores. Devido à convivência intensa construímos e
formamos laços de amizades significativos. Amei a experiência, cada momento, nas UBSs, nos
Hospitais, ou mesmo nas vans e nos quartos cantando. Gratidão!!!
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