EXPOMAT – EXPOSIÇÃO DE MATEMÁTICA

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EXPOMAT – EXPOSIÇÃO DE MATEMÁTICA
Benedito Marques Correia dos Santos
Secretaria Municipal de Educação de Aracaju – SEMED.
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APRESENTAÇÃO
A escola, como espaço facilitador do processo ensino aprendizagem, deve criar
meios para motivar os alunos a participarem ativamente das atividades desenvolvidas
em sala de aula e promover uma ação pedagógica para que o aluno utilize os
conhecimentos aprendidos para utiliza-los nas atividades extra classe, na sua prática
escolar seja através do estudo e da pesquisa ou da formação de grupos de trabalhos,
como forma de minimizar as dificuldades encontradas pelos alunos na sua
aprendizagem.
Esta deve ser uma ação conjunta entre os administradores, técnicos e professores
de cada área específica que se encontram motivados para buscar sempre o melhor de
forma a diminuir os índices de evasão e repetência na escola e, especificamente, acabar
com os altos índices de reprovação em matemática.
Sabendo das dificuldades que os alunos sentem na aprendizagem matemática,
faz-se necessários que os educadores encontrem os recursos didáticos/metodológicos
necessários para facilitar o processo ensino-aprendizagem e minimizar estas
dificuldades.
No presente projeto, buscamos estimular os alunos para ver sob um ângulo
específico as suas dificuldades e sob um ângulo geral as opções para superar de forma
prática os medos, angústias e ansiedades, conscientes de que é possível estudar
matemática “brincando”.
Esperamos que outros colegas educadores venham a utilizar este projeto para
que possamos de forma coletiva minimizar os índices de evasão e repetência na escola.
Anais do VIII ENEM – Relato de Experiência
GT 2 - Educação Matemática nas séries finais do Ensino Fundamental
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JUSTIFICATIVA
A matemática ao longo dos anos tem sido vista como a disciplina que
proporciona, nas escolas de ensino básico, o maior índice de reprovação, causando
ansiedade e temor nas crianças, jovens e adultos.
Pensando nisso, propomos nesta EXPOMAT mostrar aos educadores
preocupados com esse modo de ver a matemática e aqueles que pensam que matemática
não tem nada para expor, que existe novas práticas motivadoras e facilitadoras para a
aprendizagem do aluno.
Práticas que visa a estreitar o relacionamento professor aluno; promover uma
mudança nos métodos e técnicas de ensino; modificar a postura do professor do ensino
tradicionalista; transformar os livros didáticos para que os mesmos tenham uma
linguagem mais prática em seus conteúdos; promover um ensino voltado para a
interdisciplinaridade. Práticas que se propõe ao professor para facilitar o processo
ensino aprendizagem como forma de motivar o aluno a aprender e ser promovido para a
série seguinte.
O trabalho que propomos na EXPOMAT visa oferecer uma nova estratégia
pedagógica baseada na construção de atividades que levem o aluno a pesquisar, a criar
situações novas através de sua pesquisa, para construir atividades que envolvam o
cálculo matemático.
Com este trabalho estamos oferecendo ao aluno a oportunidade para que tenha
uma aprendizagem matemática mais prazerosa, interessante e desafiante, capaz de
desenvolver seu raciocínio lógico, sua criatividade, sua capacidade de manejar situações
novas e reais, estimulando sobremaneira o seu pensamento independente.
OBJETIVO GERAL
Promover a integração da escola com a comunidade como forma de trabalhar
uma ação coletiva visando a melhoria do processo ensino aprendizagem.
Desenvolver no aluno o interesse pela aprendizagem matemática através da
construção de práticas metodológicas voltada para sua completa formação (nos diversos
aspectos), levando-o a conscientizar-se de que é um ser socialmente ativo dentro da
comunidade escolar.
Anais do VIII ENEM – Relato de Experiência
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OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Promover a integração entre os alunos da escola e destes com a
comunidade escolar;
Estreitar o relacionamento professor/aluno;
Desenvolver no aluno o interesse pela pesquisa;
Estimular e desenvolver a criatividade dos alunos;
Promover o senso de organização e cooperação na atividade grupal;
Levar os alunos a auxiliar na manutenção das condições físicas do espaço
escolar;
Incentivar no aluno o senso observador, reflexivo e crítico;
Valorizar o aluno na construção das atividades, auxiliando-os quando
necessário;
Incentivar a participação dos pais dos alunos através de sorteio de
brindes;
Motivar os alunos que melhor desenvolveram suas atividades com
medalhas de honra ao mérito.
MATERIAL NECESSÁRIO
•
Mesas do professor (ou mesa branca) – Para apoiar os trabalhos confeccionados
pelos alunos;
•
Isopor (espessuras variadas) p Para a construção de maquetes, jogos, etc.;
•
Cartolina (cores variadas) – Para o desenho e/ou pintura.
•
Lápis e borracha – Para o desenho e esboço das atividades propostas.
•
Pincel atômico – Para os cartazes.
•
Fitas (crepe, durex e 3M) – Para colar os cartazes e auxiliar nos trabalhos;
•
Régua (40 cm) – Para auxiliar nos desenhos, gráficos e construções geométricas;
•
Papel crepom – Para a ornamentação dos trabalhos e salas;
•
Emborrachado (cores variadas);
•
Tinta guache (cores variadas) e pincéis;
•
Cola (branca, quente e de isopor);
•
Tesouras (sem ponta);
•
Estiletes – Para cortar isopor e outros materiais;
•
Barbante e canetas (vermelha, azul e preta);
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•
Cartuchos de tinta para impressora – Para a divulgação da exposição e folder;
•
Medalhas de honra ao mérito (ouro) – Para premiar os alunos;
•
Máquina fotográfica e filmadora – Para documentar o evento;
•
Papel chamex – Para as fichas de avaliação e folder.
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ETAPAS DO PROJETO
1a ETAPA – Apresentação do projeto aos alunos
•
O professor apresenta o projeto aos alunos, passando-lhes as tarefas e tirando
todas as dúvidas sobre como eles deverão realizar/confeccionar os trabalhos.
2a ETAPA – Divisão das equipes de trabalho
•
O professor solicita dos alunos, democraticamente, que os mesmos formem suas
equipes dando prioridade aos colegas que moram próximos um do outro, para
que se torne mais fácil e produtiva as reuniões de grupo.
3a ETAPA – Acompanhamento das atividades dos grupos
•
O professor verifica, questionando aos membros das equipes, o progresso dos
trabalhos e solicita dos mesmos o nome dos trabalhos que estão realizando, para
que não haja trabalhos iguais, o nome da sua equipe e as providências que estão
sendo tomadas para organização das equipes no local da exposição.
4a ETAPA – Pré-avaliação (apresentação dos trabalhos)
•
O professor verifica a qualidade dos trabalhos realizados e auxilia as equipes no
sentido de melhorar a organização, o tipo e quantidade das operações propostas
no trabalho, do material utilizado, etc.
5a ETAPA – Divulgação da Exposição
•
Os alunos espalham pela escola (parte interna e externa) faixas, panfletos,
avisando a data da exposição e chamando a atenção da comunidade escolar para
verificar os trabalhos realizados por suas equipes.
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6a ETAPA – Preparação do local da exposição.
•
No dia anterior ao evento os alunos solicitam da direção para que abra a escola
duas horas antes do horário marcado para iniciar a exposição para que os
mesmos possam ornamentar as salas e organizar suas equipes nos locais
indicados. No mesmo dia eles começam a varrer as salas, limpar as carteiras,
paredes e vidraças.
7a ETAPA – Apresentação da Exposição.
•
Os alunos chegam na escola no horário solicitado para organizar sua equipe e a
sala onde vai expor seus trabalhos. 08;00 horas é o horário marcado pelo
professor para que tudo esteja pronto.
Neste horário começam a chegar
professores, pais dos alunos e comunidade em geral para participarem da
exposição.
Na entrada da escola são colocados dois alunos (casal) como
recepcionistas da exposição. A tarefa deles é receber a comunidade escolar e
entregar uma senha aos pais dos alunos para participarem do sorteio de brindes.
8a ETAPA – Atuação da equipe de limpeza e arrumação
•
Após o evento, os membros das equipes se dividem entre arrumar e limpar as
salas e os corredores da escola, deixando tudo em perfeita ordem.
9a ETAPA – Avaliação dos trabalhos
•
No dia seguinte ao evento, os alunos estão na expectativa para saber dos
professores a avaliação sobre os trabalhos que eles realizaram. Principalmente,
saber do professor de matemática a nota pelo trabalho, qual a equipe que
realizou o melhor trabalho, qual a equipe mais organizada, qual a sala mais
ornamentada, etc.
10a ETAPA – Avaliação do evento
•
Na semana seguinte à exposição, o professor leva para os alunos e professores
que compareceram à exposição uma ficha de avaliação para colher dados sobre
os aspectos positivos e negativos da exposição de forma a melhorar cada vez
mais o evento.
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AVALIAÇÃO
A avaliação foi realizada de forma contínua e sistemática uma vez que a partir
do momento em que o trabalho é proposto, verificamos o interesse e o
comprometimento dos alunos até o dia do evento.
Avaliamos qualitativamente os seguintes aspectos: a exposição dos trabalhos que
os alunos pesquisaram e construíram; a consciência na formação dos grupos de trabalho;
a criatividade na organização e ornamentação dos espaços onde eles expuseram os seus
trabalhos; o senso de cooperação na limpeza e arrumação dos espaços utilizados na
exposição; o trabalho de equipe na exposição de sua atividade para os membros da
comunidade escolar.
O mais importante é a auto-avaliação que os alunos fazem após a realização da
exposição. Eles se superam em sua capacidade de realizar uma atividade e se sentem
conscientes de que tudo eles podem fazer a partir do seu interesse e da motivação dos
professores. E, durante a construção das atividades, eles percebem que é possível
aprender brincando, com o mínimo de esforço, conteúdos que eles antes achavam
complicados para aprender.
Como a avaliação é um processo contínuo dentro do processo pedagógico,
contamos com o auxílio dos pedagogos, professores e coordenação da escola que
participaram do evento.
Os relatos feitos pelo coletivo da escola, as mudanças nas ações pedagógicas e
as atitudes positivas dos alunos que participaram da exposição no sentido de procurar
melhorar cada vez mais o seu desempenho em sala de aula é que nos dará um reforço
para que possamos aprimorar o nosso projeto e atrair outros educadores que possam
utiliza-lo em suas escolas para que a rede pública de ensino possa ter índices mínimos
de repetência em matemática.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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Paulo. 2001.
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perspectivas. Ed. UNESP. São Paulo. 1999.
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1974.
CORRALES FILHO, José Maria Fernandez. O Origami como Recurso Didático:
efeitos de uma seqüência de atividades no estudo de área e perímetro de figuras planas
no ensino fundamental. Dissertação de Mestrado. UFPE. Recife. 2001
GRASSESCHI, Maria C. C., ANDRETTA, Maria C., SANTOS, Aparecida B. dos.
Projeto Oficina de Matemática. Editora FTD. São Paulo. 1995.
LARA, Isabel Cristina Machado de. Jogando com a Matemática. Ed. Rêspel. São
Paulo. 2003.
SOUZA, Julio César de Mello e. Matemática divertida e curiosa. Ed. Record. Rio de
Janeiro. 2001.
ZARO. Milton e HILLEBRAND, Vicente, Matemática Experimental. Editora Ática.
São Paulo. 1992.
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