II Seminário de Avaliação do Pibid/UEM IV Fórum das Licenciaturas da UEM 30/11 e 01/12 de 2015 Maringá - Paraná Luiz Eduardo Grossi¹; André Luís de Oliveira²; – Universidade Estadual de Maringá ¹Bolsista PIBID-UEM ([email protected]); ² Coordenador de Gestão de Processos Educacionais PIBID-UEM ([email protected]) Introdução O ensino de Ciências e Biologia vêm sofrendo mudanças a partir da década de 1980, ou seja, o currículo e as estratégias metodológicas foram se alterando ao longo desse percurso e continuam até os dias atuais. Antes desse período tinha-se com base em uma perspectiva de ensino por “transmissão” onde o foco era o professor (PINTO; UEIDA, 2008). Na busca de soluções para superar as dificuldades deixadas pelo ensino tradicional tem-se levantado novas metodologias para serem utilizadas durante o processo de ensino-aprendizagem de modo a auxiliar e facilitar as aulas (SILVA et al., 2012). Uma dessas estratégias é o ensino por investigação, apresentada como um processo que permite desenvolver habilidades e competências desejáveis aos alunos da Educação Básica (SÁ, 2009). Tomando por base essa metodologia foram propostas aulas investigativas para uma turma de 7º ano do Ensino Fundamental de um colégio público do município de Maringá, Paraná, no contexto das atividades desenvolvidas pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência-Pibid, subprojeto Biologia-Universidade Estadual de Maringá. A temática das aulas práticas foi determinada com base nas Diretrizes Curriculares Estaduais- Ciências (PARANÁ, 2008) do 7º ano do Ensino Fundamental. Objetivo Fazer com que através da sequencia didática com o foco voltado para os estudantes, os mesmos pudessem participar mais das aulas interagindo de maneira significativa com o objeto de estudo e compreender os motivos da realização das tarefas de modo a desenvolver habilidades específicas na busca de uma sociedade melhor. Metodologia Para a realização das aulas dentro da metodologia investigativa, foram aplicadas atividades de observação, pesquisa, discussão e exposição. Esses procedimentos tiveram como objetivos: observar e coletar informações dos alunos dentro do contexto sobre as plantas carnívoras, de modo que isso levasse a uma sensibilização pessoal a respeito da importância dos vegetais, como as características desses organismos estão atreladas ao ciclo biológico de cada um e ao ambiente nas quais vivem. As aulas tiveram 4 assuntos básicos discutidos dentro da temática plantas carnívoras, são eles: pigmentos e fotossíntese, características dos vegetais, caraterísticas das plantas carnívoras e relação entre as características das plantas carnívoras e o ambiente. As atividades realizadas partiram do conhecimento prévio dos alunos a respeito do assunto inicial e a partir disso, novos questionamentos foram sendo feitos para introduzir os outros assuntos de forma a interliga-los com os anteriores. Assim os estudantes puderam investigar, pensar e refletir e levantar soluções para os problemas propostos. A problematização inicial começou com a pergunta “ Porque as plantas carnívoras se alimentam?”. As hipóteses foram levantadas pelos estudantes e deixadas de lado para novamente serem retomadas ao final da sequência. Em seguida foi realizada uma dinâmica sobre plantas que crescem com luz e sem luz com o problema sendo “O que acontece com uma planta que cresce com luz solar e outra que cresce sem luz solar?” com o objetivo de conhecer o pigmento clorofila e a importância da fotossíntese. A partir das hipóteses que surgiram do segundo problema, um novo foi lançado, sendo “Porque as plantas que não recebem sol ficam amarelas?” buscando discutir a relação entre clorofila e fotossíntese e como esse processo é fundamental para a vida das plantas. Com isso outro problema foi proposto, “Todas as plantas fazem fotossíntese?” e como ouve discussões mais um foi colocado “Plantas com folhas vermelhas fazem fotossíntese?”, ambos com o intuito de discutir as características das plantas e que necessariamente todas fazem fotossíntese para serem enquadradas nesse grupo, mesmo não sendo verde a clorofila continua presente, contudo mascarada por outros pigmentos. A partir das hipóteses que surgiram do segundo problema, um novo foi lançado, sendo “Porque as plantas que não recebem sol ficam amarelas?” buscando discutir a relação entre clorofila e fotossíntese e como esse processo é fundamental para a vida das plantas. Com isso outro problema foi proposto, “Todas as plantas fazem fotossíntese?” e como ouve discussões mais um foi colocado “Plantas com folhas vermelhas fazem fotossíntese?”, ambos com o intuito de discutir as características das plantas e que necessariamente todas fazem fotossíntese para serem enquadradas nesse grupo, mesmo não sendo verde a clorofila continua presente, contudo mascarada por outros pigmentos. Em seguida foi feito uma demonstração com 3 plantas: uma com folhas verdes, uma com folhas vermelhas e uma planta carnívora buscando observar as características das plantas destacadas anteriormente. Após isso, as hipóteses do primeiro problema foram retomadas, os estudantes criaram soluções buscando verificar se estas hipóteses eram corretas e para finalizar eles mostraram nos resultados nas quais chegaram. Essas problematizações realizadas durante a sequencia tiveram como intuito que os estudantes compreendessem determinados conceitos e conseguissem relaciona-los com outros na construção do conhecimento. Resultados e discussões A grande maioria dos estudantes se mostrou participativa durante a realização das atividades, criando hipóteses e argumentando, além de e conseguiram relacionar os conceitos observados. Isso se mostrou importante, pois os mesmos participam do próprio processo de construção do conhecimento. Contudo percebeu-se que nem sempre os conceitos são compreendidos, acontecendo com o conceito “autotrófico” o que levou a uma pequena parcela de alunos a não acompanhar a aula satisfatoriamente interligando aos outros temas que foram discutidos, por isso o professor deve ficar atento a esses problemas e buscar solucioná-los de maneira que todos consigam seguir adiante. Além disso, eles elaboraram estratégias para a resolução dos problemas e conseguiram expor suas ideias. Entretanto, alguns estudantes se sentiram receosos de agir por conta própria, sem que o professor interferisse, relevando como o ensino por transmissão exerce uma resistência nos mesmos que já estão acostumados a se portar passivamente. Um professor deve prever essas questões e a cada aula adotar uma postura investigativa de maneira a fazer com que os alunos mudem e se tornem ativos. Conclusão Durante as aulas, foi observado que o ensino por investigação é uma ferramenta fundamental para tornar a aula mais produtiva, pois, deixa a mesma mais atrativa de forma que os estudantes se interessem e participem ativamente, discutindo, questionando e expondo ideias. Essas foram poucas aulas, por isso faz se necessário que os professores busquem novas metodologias para desenvolver nas mesmas, pois através de estratégias simples mas bem estruturadas melhores resultados serão alcançados durante o processo de aprendizagem pelos estudantes. Referências PINTO, T. L. F.; UIEDA, V. S. Invertebrados – caracteres morfológicos, fisiológicos e ecológicos: produção de material didático para o ensino fundamental. In: PINHO, S. Z. de; SAGLIETTI, J. R. C. (Org.). Núcleo de Ensino: artigos de projetos realizados em 2006. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2008. p. 505-512. SÁ, E. F. Discursos de professores sobre ensino de Ciências por investigação.2009. Tese (Doutorado em Educação). Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2009. SILVA, M. A. S.; SOARES, I. R.; ALVES, F. C. BANDEIRA, M. N. Utilização de Recursos Didáticos no processo de ensino e aprendizagem de Ciências Naturais em turmas de 8º e 9º anos de uma Escola Pública de Teresina no Piauí. In: CONGRESSO NORTE NORDESTE DE PESQ UISA E INICIAÇÃO. Palmas: INSTITUTO FEDERAL DO TOCANTINS, 2012.