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ECONOMIA
MÓDULO 4
O PROVIMENTO DE BENS E
SERVIÇOS
Índice
1. O Provimento de Bens e Serviços.................................3
1.1. Síntese do tema......................................................... 4
1.2. Questões para revisão ................................................ 4
2. Os Fluxos Fundamentais da Economia ..........................6
2.1. Vazamentos e injeções no fluxo circular da renda ........... 7
2.2. Síntese do tema......................................................... 8
2.3. Questões para revisão ................................................ 8
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Economia - Módulo 4: O P r o v i m e n t o d e B e n s e S e r v i ç o s
1. O PROVIMENTO DE BENS E SERVIÇOS
Os bens, voltados à satisfação das necessidades humanas e obtidos com a
utilização dos variados e escassos fatores de produção, são denominados
econômicos, em contraposição aos livres, para os quais não há a formação de
preços pelos mercados.
Dois dos exemplos mais notórios de bens livres são o ar que respiramos e
a energia do sol, que, pela sua abundância e disponibilidade, não precisam
ser providos pelos homens e, como tal, não são tratados pela análise
econômica.
Portanto, é dos bens econômicos que cuidaremos, por existirem em
quantidade limitada. Eles se diferenciam entre si em função de sua natureza
física, mas têm em comum o fato de serem:
•
escassos;
•
úteis;
•
exclusivos: só podem ser adquiridos por quem consegue pagar o seu
preço, estabelecido no mercado.
De pronto, podemos classificá-los em duas grandes categorias:
•
bens tangíveis, representados pelos materiais e bens físicos em geral;
•
bens
intangíveis,
compreendendo
o
conjunto
gerados numa economia em um determinado período.
de
serviços,
Podemos, outrossim, classificar os bens econômicos tangíveis
a) Bens finais
Englobam os bens de consumo, que já foram completamente
transformados pelo processo de produção e que, por sua vez, se subdividem
em:
•
bens de consumo não-duráveis: aqueles que são consumidos num
período curto de tempo, desaparecendo após satisfazer uma determinada
necessidade, como é o caso dos produtos alimentícios;
•
bens de consumo duráveis: permitem o uso por um tempo maior, não
sendo destruídos de imediato, como é o caso dos eletrodomésticos,
automóveis, etc. São muito importantes para o desenvolvimento da
economia, já que se valem de produtos intermediários, máquinas,
fornecimentos de terceiros e um grande número de pessoas, ocupadas
direta ou indiretamente, cujas rendas serão utilizadas no consumo de
outros bens econômicos.
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Devem ser mencionados, entre os bens finais, os bens de capital ou de
produção, que se prestam à produção de novos bens, como é o caso das
máquinas e outros utensílios.
Por suas características e diversidade, os bens econômicos podem ser a
razão de existência de uma economia complexa. Como argumenta Riani
(1998, p. 23),
Aquelas economias com sua base produtiva nos bens de consumo
não-duráveis seguramente têm complexo produtivo muito menor
do que outra cujo peso econômico se pauta pelos bens de consumo
duráveis ou pelos bens de capital.
b) Bens intermediários
Trata-se dos bens que ainda não completaram o seu processo de
transformação e conversão em bens de consumo ou de capital e que são
incapazes de atender às necessidades dos agentes econômicos, entre os
quais podemos citar, por exemplo, o cimento, o ferro e o aço.
O quadro 2, a seguir, sintetiza os diversos tipos de bens:
1.1. SÍNTESE DO TEMA
Nesse tema, abordamos os diferentes tipos de bens e suas condições
de atendimento às necessidades dos agentes econômicos.
1.2. QUESTÕES PARA REVISÃO
1.
O que caracteriza a natureza do bem econômico?
2.
O ser humano poderia viver unicamente de bens econômicos?
3.
Aponte e exemplifique as diferenças entre bens livres e econômicos.
4.
Quando os bens de consumo duráveis podem ser classificados como
sendo de capital?
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5.
Cite um exemplo de bem intangível. Você se dedica a este tipo de
atividade?
6.
O que representam os bens intermediários? Essa denominação é
apropriada para a maioria dos bens que você consome no seu dia a
dia?
7.
Quando foi sua última aquisição de um bem de consumo durável? O
que você fez com ele?
8.
Qual ou quais os tipos de bens finais que dão mais impulso à atividade
econômica? Por quê?
9.
Você está utilizando um bem de consumo não-durável neste exato
momento? Qual é ele?
10.
O automóvel utilizado por sua empresa em visita a clientes é um bem
de consumo durável ou um bem de capital? Por quê?
11.
O que são “bens de produção”? Como também são conhecidos esses
bens? Cite um exemplo.
12.
O trator que o agricultor utiliza na sua lavoura é um bem de capital? E
quando ele o utiliza para levar a família à cidade?
13.
Quando você utiliza o seu computador pessoal para uma atividade de
lazer, a qual categoria de bem econômico ele pertence? E se você o
utilizasse para entregar seu produto a um cliente?
14.
Apenas uma das alternativas abaixo pode ser considerada correta:
a) Bem de capital representa a soma dos recursos financeiros de que o
indivíduo dispõe para a satisfação de suas necessidades.
b) Bens finais são aqueles que chegam ao consumidor final, ou seja,
uma empresa ou um indivíduo que os utilizará para satisfação de
uma necessidade.
c) Os bens de consumo duráveis constituem aqueles produtos que a
indústria utiliza para a produção de eletrodomésticos em geral.
d) Bem intermediário significa aquele que é adquirido no comércio em
geral, porque o comerciante é um intermediário entre a indústria e
o consumidor.
e) Os bens de consumo não-duráveis são bens
utilizados para a produção dos bens assalariados.
intermediários
Resposta correta: alternativa b. A alternativa a se refere ao capital
financeiro tão somente. Por sua vez, a alternativa c leva à falsa ideia de que
se trata de um bem intermediário. A alternativa d confunde a classificação do
bem com a relação envolvida na sua comercialização. A alternativa e trata os
bens de consumo que são finais como sendo intermediários.
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2. OS FLUXOS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA
Podemos identificar a existência de dois mercados globais na economia. O
primeiro, comumente chamado de real, é aquele no qual são feitas as trocas
para a obtenção dos fatores de produção e em que ocorrem a produção e a
distribuição dos bens e serviços finais da economia. Esse mercado real é,
pois, subdividido em:
•
mercado de fatores de produção;
•
mercado de bens e produtos finais.
Os indivíduos que são, de fato, os proprietários dos fatores de produção e
que chamaremos de famílias, oferecem-nos às empresas, que têm a
responsabilidade pela produção dos bens e serviços finais. De outra parte,
com a remuneração paga pelas empresas, sob a forma de salários (trabalho),
juros (capital financeiro), lucros (resultados de participações no capital das
empresas) ou aluguéis (pela utilização de imóvel, terreno ou mesmo
máquinas na atividade empresarial), os indivíduos adquirem os bens e
serviços finais que procuram. Esses fluxos constituem o lado monetário da
economia.
A figura 1, a seguir, mostra esses fluxos – real e monetário –, onde pode
ser observada a interdependência entre os diferentes mercados.
A linha cheia, demonstrando o suprimento de fatores de produção e de
bens e serviços finais, caracteriza o chamado fluxo real. A linha pontilhada
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mostra os pagamentos feitos pelos agentes econômicos, revelando o fluxo
monetário.
2.1. VAZAMENTOS E INJEÇÕES NO FLUXO CIRCULAR DA RENDA
Uma parte dos rendimentos das famílias é retida sob a forma de poupança
(S, do inglês saving), identificando um vazamento da renda gerada pela
economia num determinado período e, portanto, produção que não será
adquirida. As empresas também podem poupar, na medida em que não
utilizam todo o seu lucro para a aquisição de novos fatores de produção.
Por outro lado, nem toda produção de bens e serviços finais é destinada às
famílias. Estamos tratando, aqui, dos bens de capital que irão compor os
ativos totais da empresa, que compreendem o ativo imobilizado e os
investimentos sob diversas formas. Podemos, pois, observar a existência de
fluxos que caracterizam entrada (injeções) no fluxo circular da renda.
Diz-se que o sistema econômico está equilibrado quando os vazamentos
são iguais às injeções, ou seja, quando a poupança S é igual ao investimento:
Na figura 2, a seguir, estão incorporados esses vazamentos e injeções.
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2.2. SÍNTESE DO TEMA
Tratamos do fluxo circular da renda em sua mais simples versão, com a
participação das empresas e das famílias que interagem na produção e na
distribuição de fatores de produção e bens e serviços finais. A inclusão do
governo e dos agentes econômicos externos (denominados resto do mundo)
completa esses fluxos da economia.
2.3. QUESTÕES PARA REVISÃO
1.
O que caracteriza um mercado real na economia?
2.
O fornecimento de fatores de produção pelos seus proprietários e a
aquisição dos mesmos pelas empresas revela uma demanda de
produtos e serviços? Justifique sua resposta.
3.
Quais são as características de um mercado de fatores de produção
na interpretação do fluxo circular da renda?
4.
E quando a empresa fornece bens e serviços aos indivíduos, este
também constitui um ato de demanda? Por quê?
5.
O que se
economia”?
convencionou
chamar
de
“atividade
monetária
da
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6.
Os movimentos de mercadorias são caracterizados por qual dos
fluxos? Explique-os.
7.
O que é fluxo monetário, no contexto do fluxo circular da renda?
8.
Segundo os conceitos compreendidos no fluxo circular da renda, o
que é fluxo real?
9.
As empresas também adquirem bens e serviços finais. Como se
chama esse processo, no contexto do fluxo circular da renda?
10.
Quando um capitalista injeta capital financeiro numa empresa, ele
está agindo em qual dos dois tipos de mercados: de fatores ou
monetário? Por quê?
11.
O que mantém o sistema econômico em equilíbrio, na abordagem do
fluxo real e monetário?
12.
Qual é a contrapartida em termos monetários ao fornecimento de
capital físico?
13.
Como se denomina a renda auferida por um indivíduo que alugou as
instalações para uso de uma determinada empresa?
14.
E o que representa a remuneração para quem emprestou dinheiro
para o início de atividades de uma empresa? Qual é a diferença de sua
remuneração, em relação aos sócios do empreendimento?
15.
No tocante ao funcionamento
monetário descreve:
do
sistema
econômico, o
fluxo
a) A quantidade de fatores de produção que são vitais para o
suprimento de bens e serviços de que a sociedade necessita.
b) A entrada de fatores e a saída de materiais do estoque das
empresas.
c) As relações entre os proprietários de recursos e as unidades
mobilizadoras destes recursos.
d) Os movimentos de dinheiro e sua destinação e uso.
e) O fornecimento de fatores de produção.
Resposta correta: alternativa d. A alternativa a está incorreta visto que o
fluxo monetário não aponta quantidade de fatores. A alternativa b é
relacionada ao estoque das empresas, e não ao fluxo de suas atividades. As
alternativas c e e referem-se ao fluxo real.
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