uso de diferentes fontes de nitrogênio no

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USO DE DIFERENTES FONTES DE NITROGÊNIO NO CRESCIMENTO E PRODUÇÃO
DO BRAQUIARÃO
1
Ledir Schroeder Junior, Emilene Cristina Guadanin 2, Vicente de Paula da Silva3,
Marcos André Silva Souza4
1
Graduado em Agronomia Universidade de Rio Verde, fazenda Fontes do Saber Campus Universitário Rio
Verde, e-mail: [email protected]
2
Graduanda em Agronomia Universidade de Rio Verde, fazenda Fontes do Saber Campus Universitário Rio
Verde, e-mail: [email protected]
3
Graduado em Agronomia Universidade de Rio Verde, fazenda Fontes do Saber Campus Universitário Rio
Verde, e-mail: [email protected]
4
Professor Dr. Solos e nutrição de Plantas Universidade de Rio Verde, fazenda Fontes do Saber Campus
Universitário Rio Verde, e-mail: [email protected]
Resumo- O nitrogênio destaca-se como um dos nutrientes mais extraídos pelas gramíneas. A adubação
nitrogenada destaca-se como ponto chave para a produção das gramíneas, pois é o nutriente mais extraído
ao lado do potássio. Vários fatores afetam a eficiência da adubação nitrogenada, dentre eles a fonte
utilizada. Objetivando saber o efeito das diferentes fontes nitrogenadas no crescimento e produção do
braquiarão, montou-se um experimento com delineamento ao acaso DIC composto pelo uso de três fontes
de nitrogênio, uréia, sulfato de amônio e nitrato de amônio com 5 repetições. Após mensurações da altura
de planta, quantificação da matéria seca da parte aérea, folha e colmo, e realizada a analise estatística
conclui-se que as diferentes fontes de nitrogênio não influenciaram a matéria seca das folhas, colmo, parte
aérea e altura de plantas.
Palavras-chave: Brachiaria, nitrato, Latossolo, amônio, uréia.
Área do Conhecimento: Agronomia
Introdução
O nitrogênio
participa de várias funções
metabólicas
dentre elas, é constituinte de
aminoácidos, proteínas, clorofila , etc... A baixa
concentração no tecido foliar ou a sua ausência
induz ao amarelecimento das folhas mais velhas
que é o sintomas caracteristico de sua deficiência
(FAQUIN , 2005).
Esse nutriente favorece o desenvolvimento e
crescimento
foliar
aumentando
assim,
a
capacidade da planta de intercepta maior
quantidade de luz, resultando em aumento da
capacidade fotossitética da planta (FAQUIN,
2005). Nas áreas de pastagens, o nitrogênio
ainda é
subutilizado ou quando utilizado é
empregado de forma incorreta, acarretando
perdas seja por volatilização ou lixiviação.
Várias fontes de nitrogênio estão disponíveis
para o produtor cada uma com sua concentração,
solubilidade e eficiência própria. A escolha de uma
fonte ou outra está na disponibilidade da fonte,
preço e modo de aplicação. Por ser um dos
nutrientes mais exportado ao lado do potássio
pelas gramíneas, sua reposição se faz necessária
tanto
para
a
produção
quanto
para
sustentabilidade do pasto. A uréia e o sulfato de
amônio destaca-se como fontes mais utilizadas na
reposição do nitrogênio no pasto, ambos com
vantagens e desvantagens, entretanto outras
fontes como o nitrato de amônio pode ser utilizado
com maior eficiência, desde que aplicado sob
condições adequada de manuseio.
Dessa forma, o presente trabalho tem o
objetivo de avaliar o crescimento e produção da
Brachiaria brizantha c.v. Marandu submetida a três
fontes de nitrogênio.
Metodologia
O experimento foi conduzido na Universidade
de Rio Verde na Faculdade de Agronomia em
casa de vegetação (FESURV), utilizando-se vasos
-3
com a capacidade de 9 dm . O solo utilizado foi
do horizonte B de um LATOSSOLO VERMELHO
Distrófico que após secagem e peneiramento em
malha de 2mm foi homogeneizado e subamostras
foram retiradas para a sua caracterização química
e textural conforme apresentado pelas tabelas 1 e
2.
XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e
IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba
1
TABELA 1 - Atributos químicos do LATOSSOLO
VERMELHO Distrófico horizonte B
+2
+3
Ca
Mg
Al
H + Al SB
(t)
(T)
-3
...........................cmolc dm ..............................
0,13
0,1
0,01
0,9
0,23 0,24 1,13
pH
P
K
S
V
m
-3
......mg dm .......
......%.....
4,1
0,1
7
1,7
20,0 4,0
P e K – Extrator Mehlich 1; Ca, Mg e Al – Extrator KCl 1N; H +
Al – Extrator SMP; Soma de Bases- (SB); – CTC efetiva (t); (T)
– CTC potencial (a pH 7,0); V- saturação por bases; m –
saturação por alumínio; Embrapa, (1999).
100
Altura de plantas (cm)
+2
Resultados
Argila
Silte
Areia
a
a
80
60
40
TABELA 2 - Análise textural do LATOSSOLO
VERMELHO Distrófico horizonte B.
Textura
a
Sulfato de amônio
Nitrato de amônio
Uréia
Fontes de nitrogênio
Figura 1 - Alturas de plantas para as diferentes
fontes de nitrogênio
....................%...................
46
A calagem foi realizada pelo método de cálcio,
magnésio e alumínio trocável de acordo com a
Comissão de Fertilidade do Solo do estado de
Minas Gerais (CFSEMG, 1999). O calcário
utilizado foi o dolomítico com o PRNT de 89%. Os
vasos foram incubados por um período de 60 dias
com umidade próxima de 80% da capacidade de
campo. Em seguida procedeu-se a adubação de
vaso para macro e micronutrientes conforme
Malavolta (1980). Para as fontes de nitrogênio
foram utilizados o nitrato de amônio (34%N),
sulfato de amônio (20%N) e a uréia (45%N) na
-3
dose de 100mgdm . Após realizada as adubações
de macro e micronutrientes procedeu-se a
semeadura de 10 sementes por vaso da
Brachiaria Brizantha c.v. Marandu debastando-se
para 3 plantas por vaso. Os vasos foram mantidos
com 70 % da capacidade de campo em todo
período de condução. Após 30 dias da emergência
procedeu-se a mensuração da altura de plantas
com auxilio de uma régua de 100cm, Após a
mensuração da altura de plantas foi realizado o
corte separando folha e colmo para a
determinação da matéria seca de ambos e a
matéria seca total da parte aérea, após lavagem e
o
secagem a 65 C até peso constante. Finalizada a
mensuração e quantificação dos caracteres
avaliados realizou-se a analise de estatística
utilizando o software SISVAR 4.3 (FERREIRA,
2000) para analise de variância e o teste de Tukey
a 5% de probabilidade para o teste de média.
a
40
MSF (g/ vaso)
4
a
a
Nitrato de amônio
Uréia
30
20
10
Sulfato de amônio
Fontes de nitrogênio
Figura 2 - Matéria seca das folhas (MSF) para as
diferentes fontes de nitrogênio
a
40
a
a
MSC (g /vaso)
50
30
20
10
Sulfato de amônio
Nitrato de amônio
Uréia
Fontes de nitrogênio
Figura 3 - Matéria seca do colmo (MSC) para as
diferentes fontes de nitrogênio
XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e
IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba
2
80
a
MSPA ( g/vaso)
a
a
70
de vaso sugerida por Malavolta (1980). Sendo
assim, provavelmente o enxofre fornecido na
adubação da semeadura foi suficiente para o
crescimento do braquiarão, logo o enxofre contido
no sulfato de amônio não surtiu efeito sobre o
crescimento.
60
Conclusão
50
Sulfato de amônio
Nitrato de amônio
Uréia
Fontes de nitrogênio
Figura 4 - Matéria seca da Parte Aérea (MSPA)
para as diferentes fontes de nitrogênio
Discussão
A altura de plantas (Figura 1), matéria seca das
folhas (MSF) (Figura 2), matéria seca do colmo
(MSC) (Figura 3) e da parte aérea (MSPA) (Figura
4) não forma influenciados pelas diferentes fontes
de nitrogênio utilizadas.
Provavelmente, as condições em que o ensaio
foi conduzido aumentaram a eficiência de
utilização do nitrogênio das diferentes fontes
estudadas. A manutenção da umidade do solo
próximo dos 70 % da capacidade de campo pode
ter reduzido a perda de nitrogênio da fonte uréia
por volatilização.
A volatilização da amônia representa grande
perda de nitrogênio para as plantas. Essa perda
ocorre quando a molécula da uréia entra em
contato com o solo úmido e com a enzima urease.
Após a liberação da amônia não havendo
umidade suficiente no solo, ela é perdida na forma
de gás volatilizado para a atmosfera reduzindo
assim, a eficiência da fonte quanto ao
fornecimento de nitrogênio para as plantas.
Segundo Lara Cabezas et al., (1999) as perdas
de nitrogênio via uréia por volatilização podem
chegar a mais de 50% mesmo em área de sistema
de semeadura direta.
O enxofre contido no sulfato de amônio
também não influenciou nos caracteres avaliados.
Mesmo sendo um nutriente secundário o enxofre
participa da composição de vários aminoácidos
tais como cisteina e metionina além de participar
da atividade da redutase do nitrato.
Quando em baixa concentração de enxofre a
redutase do nitrato tem sua atividade reduzida
levando há um acúmulo de nitrato na planta sem
ser assimilado (THOMAS et al., 2000; PROSSER
et al., 2001).
No presente experimento não foi observado
nenhum sintoma de deficiência de enxofre, pois
todos os tratamentos receberam adubação de
vaso contendo enxofre segundo a recomendação
Nas condições em que o experimento foi
conduzido não houve diferença entre as fontes de
nitrogênio
Referências
- COMISSÃO DE FERTILIDADE DO SOLO DO
ESTADO DE MINAS GERAIS (CFSEMG)
Recomendações para uso de corretivos e
fertilizantes em Minas Gerais – 5 Apoximação
/Antonio Carlos Riberio, Paulo Tácio Gontijo
Guimarães, Victor Alvarez V., editores – Viçosa,
MG, 1999. 359 p.
- FAQUIN, V.; Nutrição de plantas Lavras: UFLA /
FAEPE, 183p. 2005.
- FERREIRA, D.F. Sisvar 4.3. 2000. Disponível
em: http:://www.dex.ufla.br/danielff/sisvar>. Acesso
em 13 jul. 2007.
- LARA CABEZAS, Waldo Alejandro Ruben ;
TRIVELIN, P C O ; KORNDORFER, G H ;
PEREIRA, S. . Balanço nitrogenado da adubação
sólida e fluida de cobertura na cultura de milho em
sistema plantio direto. Revista Brasileira de
Ciência do Solo, Viçosa, v. 24, n. 2, p. 363-376,
2000.
- MALAVOLTA, E. Elemento de nutrição de
plantas. Piracicaba: Agronômica Ceres, 1980.
251p.
- PROSSER, I. A.; PURVES, J.V.; SAKER, L.R.;
CLARKSON, D.T. Rapid disruption of nitrogen
metabolism and nitrate transport in spinach plants
deprived of sulphate. Journal of Experimental
Botany, Oxford, v. 52, p. 113-121, 2001.
-THOMAS, S.G.; BILSBORROW, P.E.; HOCKING,
T.J.; BENNETT, J. Effect of sulphur deficiency on
the growth and metabolism of sugar beet (Beta
vulgaris cv Druid). Journal of the Science of
Food and Agriculture, New York, v. 80, p. 20572062, 2000.
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