Câmpus de São Paulo Plano de Ensino Curso null - null Ênfase Identificação Disciplina MUS1866T2 - Etnomusicologia Docente(s) Alberto Tsuyoshi Ikeda Unidade Instituto de Artes Departamento Departamento de Música Créditos 4 Carga Horaria 60 Pré - Requisito Co - Requisito Seriação ideal 1 Câmpus de São Paulo Plano de Ensino Objetivos 1. Compreender as prática musicais sob o enfoque antropológico (a música nos grupos humanos e seus sentidos/significados); 2. Conhecer os processos sócio-musicais e históricos que envolvem a música popular, a música tradicional e a música de alguns grupos tribais no Brasil. 3. Reconhecer estruturalmente os principais gêneros de música popular brasileira (MPB) 4. Reconhecer algumas formas e processos sócio-musicais extra-ocidentais (música da tradição andina, de grupos tribais no Brasil e de comunidades do caribe) 5. Aplicar as técnicas básicas de pesquisa e análise musical adotados em etnomusicologia. 6. Compreender e aplicar procedimentos teóricos e técnicos básicos da pesquisa científicomusical do campo da etnomusicologia. Conteúdo • A música sob a perspectiva antropológica: teorias e conceitos básicos (cultura / culturas de classe/ música étnica / música folclórica / música “tribal” / cultura rural e urbana); • A etnomusicologia: a ciência das músicas de tradição oral (étnicas/populares); • Os principais gêneros da música popular urbana no Brasil (características estruturais e aspectos histórico-sociais: modinha, lundu, maxixe, choro, gavota, minueto, quadrilha, valsa, schottish, polca, mazurka, fado, tango, cake-walk, marchas (marcha-rancho, frevo, marchinha), sambas, coco, embolada, baião, forró, arrasta-pé, toada, cururu, catira, moda de viola, toada, pagode caipira, bugio, vanera, vanerão, milonga, guarânia, polca paraguaia, rasqueado, chamamé, rag-time, fox-trot, charleston, one-step, two-step, rock-and-roll, tango argentino, bolero, rumba, mambo, conga, beguine, chá-chá-chá etc); • A música popular tradicional no Brasil: a permanência das tradições musicais nas comunidades (funções e sentidos); características dos fatos e da música de tradição oral / ciclos festivos e principais festas populares / áreas culturais / principais danças e folguedos (congada, moçambique, bumba-meu-boi, reisado, folia de reis, batuques, tambor-de-crioula, maracatu, cavalo-marinho, marujada etc) / métodos e técnicas de pesquisa / gêneros e formas na música popular tradicional; • Música e etnia: introdução à música de alguns grupos tribais no Brasil e das comunidades de afro-descendentes (características e seus aspectos sócio-antropológicos); • A música de tradição oral de alguns países andinos (Peru, Bolivia e Chile) e de regiões do Caribe. Metodologia • • • arranjo • • Aulas expositivas (com áudio-visuais/vídeos/dvds) Leitura e discussão de textos Práticas de transcrição, análise e execução de gêneros musicais populares diversos para coral e outras formações Pesquisa de campo: elaboração de monografias e/ou relatos de pesquisa Seminários Bibliografia BIBLIOGRAFIA BÁSICA: ANDRADE, Mário de. Aspectos da música brasileira. São Paulo: Martins, 1965. ANDRADE, Mário de. Danças dramáticas brasileiras, 3 v., São Paulo: Melhoramentos, 1959. ANDRADE, Mário de.Ensaio sobre a música brasileira. 3a ed., São Paulo : Martins, 1972. BLACKING, John. Hay música en el hombre? (How musical is man?). Madrid: Alianza, 2006. BURKE, Peter. Cultura Popular na Idade Moderna. São Paulo: Cia. das Letras, 1989. GUERRA-PEIXE, César. Maracatus do Recife. São Paulo: Ricordi, s/d. Câmpus de São Paulo Plano de Ensino IKEDA, A. T. Brasil, sons e instrumentos musicais (catálogo de exposição). São Paulo: Itaú Cultural, junho 1997. IKEDA, A. T. & A. PELLEGRINI Filho.“Celebrações populares: do sagrado ao profano. In: Terra Paulista: histórias, arte, costumes – Vol. 3: Manifestações artísticas e celebrações populares no Estado de São Paulo. São Paulo: CENPEC (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária) / Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2004 (pp. 169-209). ( ISBN 8585786-40-X e 85-7060-280-4 ). IKEDA, Alberto T. “Do lundu ao mangue-beat”, In: Revista História Viva: temas brasileiros – Presença Negra (edição especial temática n. 3). S. Paulo: Ediouro/Duetto Editorial, março 2006 – ISSN 1808-6446, pp. 72-75. IKEDA, Alberto T. “Manifestações tradicionais: rituais, artes, ancestralidades ...”, in: Prêmio Cultura Viva: um prêmio à cidadania. Coord. Ana Regina Carrara. São Paulo: CENPEC, 2007, pp. 50-54. IKEDA, A. T. “Música na Terra Paulista: da viola caipira à guitarra elétrica. In: Terra Paulista: histórias, arte, costumes – Vol. 3: Manifestações artísticas e celebrações populares no Estado de São Paulo. São Paulo: CENPEC (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária) / Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2004 (pp. 141-167). ( ISBN 85-85786-40X e 85-7060-280-4 ). IKEDA, A. T. Música, política e ideologia: algumas considerações. Revista @rquivo@ (Online) Revista Eletrônica da Pós-Graduação do IA – Unesp – S. Paulo, número 1, março de 2007, ISSN 1981-5530. Endereço: http://www.ia.unesp.br/@rquivo@ KERMAN, Joseph. Musicologia. São Paulo : Martins Fontes, 1987. KIEFER, Bruno. Música e dança popular: sua influência na música erudita. Porto Alegre: Movimento, 1979. LAPLATINE, François. Aprender antropologia. São Paulo: Brasiliense, 1988. LIMA, Rossini Tavares de. Folguedos populares do Brasil. São Paulo: Ricordi, 1962. MUKUNA, Kazadi wa. Contribuição bantu na música popular brasileira. São Paulo: Global, s/d. SACHS, Curt. História Universal de los Instrumentos Musicales. Buenos Aires : Centurion, 1947. SANTOS, José Luiz dos. O que é cultura. São Paulo: Brasiliense, 1983. SATRIANI, Luigi M. L. Antropologia cultural e análise da cultura subalterna. São Paulo: HUCITEC, 1986. SEEGER, Anthony. Etnografia da Música (Sinais Diacr#ticos: música, sons e significados). S. Paulo: Usp (Soma – Grupo de Pesquisa de Som e Música em Antropologia-FFLCHDep.Antropologia), 2004. TINHORÃO, José Ramos. Pequena História da Música Popular: da modinha à lambada, 6 ed., São Paulo: Art, 1991. VILHENA, Luís Rodolfo. Projeto e missão: o movimento folclórico brasileiro, 1947-1964. Rio de Janeiro: Funarte/Fundação Getúlio Vargas, 1997. Bibliografia complementar: AYTAI, Desidério e outros. Cartilha etnomusicologica, n. 2. Campinas : Museu de Câmpus de São Paulo Plano de Ensino Antropologia/PUC, 1976. AYTAI, Desidério. O Mundo Sonoro Xavante. (coleção Museu Paulista, Vol. 5), São Paulo: USP, 1985. BASTOS, Rafael J. de M. “Esboço de uma antropologia da música: para além de uma antropologia sem música e de uma musicologia sem homem” in Anuário Antropológico/93. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1995 (p.9-73). BLACKING, John. Música, cultura e experiência, in: Cadernos de Campo – Revista dos alunos de Pós-Graduação em Antropologia Social da USP, S. Paulo, vol. 16, ano 16, jan-dez.2007 – ISSN 0104-5679, pp. 201-218. CAMEU, Helza. Introdução ao estudo da música indígena brasileira. Rio de Janeiro : CFC, 1977. CARNEIRO, Edison. Folguedos tradicionais. Rio de Janeiro: Conquista, 1974. CARVALHO, José Jorge de. “Metamorfoses das tradições performáticas afro-brasileiras: de patrimônio cultural a indústria de entretenimento”, In: Celebrações e saberes da cultura popular: pesquisa, inventário, crítica, perspectivas. Rio de Janeiro: CNFCP,Funarte/IPHAH/MinC, 2004 (pp.65-83). CRUCES, Francisco y otros. Las culturas musicales: lecturas de etnomusicologia. Madrid: Trotta, 2001. DA MATTA, Roberto. Relativizando: uma introdução à antropologia social. Rio de Janeiro: Rocco, 1987. D’HARCOURT, Raoul y Marquerite D’HARCOURT. La Música de los Incas y sus supervivencias. 2 ed., Lima: Occidental Petroleum Corporation of Peru, 1990. IKEDA, A. T. “Ao prazer ao gozo ao maxixe (... também quero rebolar), Cultura Vozes, ano 90, v. 90, n. 3, maio/junho 1996, PP. 84-94. IKEDA, A. T. Cururu Paulista, In: Na ponta do verso: poesia de improviso no Brasil (Livro/CD). Alexandre Pimentel e Joana Corrêa (org.). Rio de Janeiro: Associação Cultural Caburé/SID-MinC, 2008, pp. 120-131. ISBN 978-85-99314-04-3 IKEDA, A. T. “Escolas de samba ou de marcha” in Suplemento Cultura, O Estado de São Paulo, n. 500, 24/01/1990. IKEDA, A. T. “Folias de reis, sambas do povo: ciclo de Reis em Goiânia - tradição e modernidade” in Possessão e Procissão: religiosidade popular no Brasil, org. H. Nakamaki e Américo Pellegrini Filho. Osaka-Japan: National Museum of Ethnology, 1994, pp. 167-207. IKEDA, A. T. “Forró: dança e música do povo” in D. O. Leitura, (9/101), outubro de 1990. IKEDA, A. T. “Música política: imanência do social”, Tese: Escola de Comunicações e Artes USP, 1995. IKEDA, A. T. “No carnaval pós-moderno negro não tem vez” in Caderno Cultura, O Estado de São Paulo, 08 de fevereiro de 1997, pp. D-8. IKEDA, A. T. “O carnaval dos surdos” in Jornal da Tarde, 29 de fevereiro de 1992, Caderno de Sábado, p. 1. KUBIC, Gerhard. Natureza e estrutura de escalas musicais africanas. Lisboa: Centro de Estudos Câmpus de São Paulo Plano de Ensino de etnomusicologia. Madrid: Trotta, 2001, pp.19-39. NETTL, Bruno. The Study of ethnomusicology. Illinois : Ellini, 1983. NKETIA, T.H. Kwabena. The music of África. New York: W.W.Norton, 1974. ORTIZ, Fernando. La musica afrocubana. Madrid: Júcar, 1974. ORTIZ, Renato. A Consciência fragmentada. São Paulo : Paz e Terra, 1980. PINTO, Tiago de Oliveira. “Som e música: questões de uma antropologia sonora”. In: Revista de Antropologia, v. 44, n.1; FFLCH-Usp, Departamento de Antropologia, 2001 (pp. 221-286). RICE, Timothy. Hacia la remodelación de la etnomusicología, in: CRUCES, Francisco y otros. Las culturas musicales: lecturas de etnomusicologia. Madrid: Trotta, 2001, pp. 155-178. SOUZA, José G.de. "Problemas de transcrição da música folclórica". In: Antologia de Folclore Brasileiro, org. Américo Pellegrini Filho, São Paulo : Edart/UFPb/UFPa, 1982. TRAVASSOS, Elizabeth. Os mandarins milagrosos: arte e etnografia em Mário de Andrade e Béla Bartók. Rio de Janeiro: Funarte/Jorge Zahar, 1997. TURINO, Thomas. Moving Away from Silence: music of the Peruvian Altiplano and the Experience of Urban Migration. Chicago: Univ. of Chicago, 1993. Critérios de avaliação da aprendizagem 1. 2. 3. 4. 5. Avaliação de trabalhos monográficos e relatórios de pesquisa “de campo”. Participação em aula/presenças/assiduidade. Auto-avaliação. Provas escritas Notas de zero (0) a dez (10). Ementa (Tópicos que caracterizam as unidades do programa de ensino) Aprovação Conselho Curso 01/03/2013 Cons. Departamental 01/02/2013 Congregação 01/03/2013