Força motriz da mudança global As mulheres da Soka Gakkai e sua atuação em prol da transformação social Sem que ninguém se dê conta, diariamente, um contingente invisível de abnegadas voluntárias, vem promovendo mudanças significativamente positivas em lares, escolas, escritórios, ruas e bairros inteiros. São as 60 mil associadas da BSGI, membros do Núcleo Feminino da entidade. “O mundo está em constante mudança. E, acima de tudo, são a sabedoria e a força das mulheres que conseguem perceber de forma aguçada e responder com flexibilidade a essas mudanças”, enfatiza o presidente da SGI, Daisaku Ikeda acerca da atuação do grupo no mundo. No Brasil, o dia 27 de fevereiro é dedicado às associadas do Núcleo Feminino da BSGI. A instituição do dia não é mera efeméride gratuita. É um tributo merecido. Este imenso contingente de mulheres – mães, donas-de-casa, profissionais de todas as áreas de atuação, célebres ou anônimas – vêm empreendendo ações cidadãs de combate ao analfabetismo funcional, resgate da dignidade e da cidadania, conscientização ambiental, desenvolvimento humano e social, entre outras atividades. “Qual é a verdadeira força motriz para a mudança da época? Não existe outra senão a determinação e a ação das mulheres arraigadas na vida diária. A força das mulheres é a própria força da Terra. Quanto a Terra se move, tudo muda e se movimenta com ela”, ressalta ainda o filósofo e pacifista Ikeda. Isso é fruto de um componente elucidado pelo escritor russo Léon Tolstoi: “a mulher é uma substância tal, que, por mais que a estudes, sempre encontrarás nela alguma coisa totalmente nova”. Ou seja, sua incrível capacidade de se reinventar. Isso somado à benevolência e solidariedade inerentes à sua natural característica maternal. Segundo a coordenadora do Núcleo Feminino, Sueli Ogawa, “a transformação de toda sociedade começa a partir de cada uma de nós. Vamos nos tornar mulheres de coração magnânimo. Por exemplo, um simples ‘obrigada’, palavra mágica, demonstra consideração em relação ao outro, as pessoas se despojam das armaduras de seu coração no momento que expressam ou ouvem, pois surge uma empatia profunda entre elas, a essência da não violência.”. Ela explica que essa prática inicia-se no cotidiano das mulheres que praticam o humanismo e os objetivos individuais de cada integrante: “um coração capaz de dizer ‘obrigado’ é sadio e esse sentimento de gratidão convida a uma felicidade ainda maior, muito mais do que sentir gratidão porque é feliz, tornar-se feliz porque sente gratidão”. Em homenagem a todas as mulheres, Ikeda compôs um impressionante poema pág. 1. que resume de forma exemplar o modo de vida das integrantes do Núcleo Feminino (os fragmentos abaixo são parte do poema “Para aquelas que preservam a dignidade de vida”, integrante do livro Cantos do Meu Coração, editado pela Record): (..) Com união, e liberdade, com firmeza e decisão, preserverás a dignidade da vida. Liberdade, paz, dignidade A paz e a prosperidade - por essas causas não sendo assim tão longe, as mulheres não cessam de lutar. vivem na força que cresce Desde a mais remota Antiguidade, nas funduras do teu peito. para elas a vida não tem preço. Com ternura incomparável, suportam dores e amamentam, sempre fiéis a sublimes princípios - são mulheres de verdade! (..) Te livraste, mulher, deste cenário antigo. Dança agora num chão novo, debaixo de um novo céu, banhada de alegria, sabedoria e boa sorte. Diante do límpido espelho de Lótus podes ver a ti mesma. pág. 2.