INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO – MEIOS EM PLACAS PRONTOS A USAR PA-254053.07 Rev.: April 2013 BD Trypticase Soy Agar II with 5% Sheep Blood UTILIZAÇÃO PREVISTA BD Trypticase Soy Agar II with 5% Sheep Blood é um meio nutritivo de uso geral, utilizado para o isolamento e cultivo de microrganismos não exigentes e exigentes provenientes de amostras clínicas e para a detecção de reacções hemolíticas. PRINCÍPIO E EXPLICAÇÃO DO PROCEDIMENTO Método microbiológico A composição nutricional da Trypticase Soy Agar (TSA) tornou-a num meio popular, quer sem adição de suplemento, quer como base para os meios que contêm sangue.1 O Trypticase Soy Agar II é uma versão melhorada, que fornece zonas hemolíticas mais limpas do que o Ágar de soja Trypticase (TSA), quando suplementado com 5% de sangue. Proporciona um excelente crescimento e beta-hemólise dos estreptococos hemolíticos e de outros organismos.2-4 É adequado para realizar o teste CAMP (formação de uma zona de hemólise sinergética completa na junção de inóculos de estrias perpendiculares de Staphylococcus aureus e de estreptococos pertencentes ao grupo B) para a identificação presumível de Streptococcus agalactiae, e para utilização com discos de bacitracina de baixa concentração (0,04 unidade) (discos BD Taxo) para identificação presumível de estreptococos pertencentes ao grupo A (S. pyogenes).2,3,5,6 O BD Trypticase Soy Agar II with 5% Sheep Blood não é o meio apropriado para o isolamento primário de anaeróbios exigentes. A combinação de caseína e peptonas de soja na base do Trypticase Soy Agar (TSAII) torna o meio altamente nutritivo fornecendo nitrogénio orgânico, particularmente aminoácidos e péptidos de cadeia mais longa. O cloreto de sódio mantém o equilíbrio osmótico. Factores de crescimento exclusivos melhoram as reacções hemolíticas. O sangue de ovino desfibrinado é o sangue que se utiliza mais frequentemente para o enriquecimento de meios à base de ágar.1 REAGENTES BD Trypticase Soy Agar II with 5% Sheep Blood Fórmula* por Litro de Água Purificada Hidrolisado pancreático de caseína 14,5 g Hidrolisado papaínico de farinha de soja 5,0 Cloreto de sódio 5,0 Factores de crescimento 1,5 Ágar 14,0 Sangue de ovino desfibrinado 5% pH 7,3 ± 0,2 *Ajustada e/ou suplementada conforme necessário para cumprir os critérios do desempenho. PRECAUÇÕES . Apenas para uso profissional. Não utilizar as placas que apresentem sinais de contaminação microbiana, descoloração, secura, fissuras ou outros sinais de deterioração. Consultar as INSTRUÇÕES GERAIS DE UTILIZAÇÃO para informação sobre os procedimentos de manuseamento asséptico, os riscos biológicos e os procedimentos de eliminação do produto usado. ARMAZENAMENTO E PRAZO DE VALIDADE Após recepção das placas, conservar no escuro a uma temperatura entre 2 e 8°C, dentro do invólucro original até ao momento da utilização. Evitar congelar e aquecer excessivamente. As PA-254053.07 -1- placas podem ser inoculadas até ao prazo de validade (ver a etiqueta da embalagem) e incubadas durante o tempo de incubação recomendado. As placas são fornecidas em pilhas de 10 placas e, quando uma destas pilhas é aberta, as respectivas placas terão de ser utilizadas no prazo máximo de uma semana, se forem conservadas em local limpo a uma temperatura entre 2 e 8°C. CONTROLO DE QUALIDADE PELO UTILIZADOR Inocular amostras representativas com as seguintes estirpes (para mais detalhes, consultar as INSTRUÇÕES GERAIS DE UTILIZAÇÃO). Incubar as placas inoculadas a 35 ± 2°C numa atmosfera aeróbia suplementada com dióxido de carbono. Examinar as placas após 18 a 24 horas para registar o grau de crescimento, o tamanho das colónias e as reacções hemolíticas. Estirpes Escherichia coli ATCC 25922 Enterococcus faecalis ATCC 29212 Shigella flexneri ATCC 12022 Staphylococcus aureus ATCC 25923 Streptococcus agalactiae ATCC 12386 Streptococcus pneumoniae ATCC 6305 Streptococcus pyogenes ATCC 19615 Não inoculadas Resultados de Crescimento Crescimento bom a excelente; pode ser betahemolítico. Crescimento bom a excelente Crescimento bom a excelente Crescimento bom a excelente; beta-hemólise Crescimento bom a excelente; beta-hemólise (fraca) Crescimento bom a excelente, colónias verdeacinzentadas; alfa-hemólise Crescimento bom a excelente; beta-hemólise Vermelho (cor de sangue) PROCEDIMENTO Materiais fornecidos BD Trypticase Soy Agar II with 5% Horse Blood (placas Stacker de 90 mm). Microbiologicamente controlados. Materiais não fornecidos Meios de cultura auxiliares, reagentes e equipamento laboratorial, conforme necessário. Tipos de amostra Trata-se de um meio de isolamento universal em bacteriologia aeróbia que pode ser usado para todos os tipos de amostras clínicas (consultar também CARACTERÍSTICAS DE DESEMPENHO E LIMITAÇÕES DO PROCEDIMENTO). Procedimento do teste Espalhar a amostra para cultura imediatamente após esta ser recebida no laboratório. A placa para cultura é usada principalmente para isolar culturas puras das amostras que contêm flora mista. Em alternativa, se o material estiver a ser cultivado directamente de uma zaragatoa, fazer rolar a zaragatoa sobre uma pequena área da superfície, na extremidade; em seguida, espalhar a partir desta área inoculada. A fim de melhorar a detecção de todos os elementos patogénicos contidos na amostra, esta também deve ser espalhada sobre meios selectivos apropriados.1,4 Dado que muitos agentes patogénicos necessitam de dióxido de carbono no isolamento primário, as placas devem ser incubadas numa atmosfera aeróbia que contenha aproximadamente 3 a 10% de CO2. Incubar as placas a uma temperatura entre 35 e 37°C, durante 18 a 24 horas ou mais, se necessário. Teste de CAMP: Quando se suspeitar que os isolados são Streptococcus agalactiae, estes podem ser testados pelo método CAMP para obter uma identificação presumível. O inóculo pode ser retirado de uma placa de ágar de sangue. Executar uma única estria de Staphylococcus aureus ATCC 33862 no centro, espalhando de um lado ao outro da placa. Se for utilizada uma ansa, não utilizá-la paralelamente à superfície do ágar, uma vez que a estria ficará demasiado larga e os resultados não serão satisfatórios. As estirpes de teste PA-254053.07 -2- estreptocócicas são inoculadas realizando uma única estria no sentido perpendicular à linha de S. aureus, aproximando-se o mais possível da mesma (2-3 mm), mas sem a tocar. É possível testar vários isolados na mesma placa. As estrias estreptocócicas perpendiculares devem encontra-se a intervalos de 5-8 mm. Recomenda-se a inclusão de S. agalactiae ATCC 12386 juntamente com os isolados do paciente de modo a comprovar o desempenho satisfatório bem como o S. pyogenes ATCC 19615 como controlo negativo. O procedimento deve realizar-se com culturas conhecidas antes de o utilizar para identificar isolados desconhecidos. Nota: Os estudos sobre o Teste de CAMP demonstraram que a reacção é mais fiável nos primeiros tempos do prazo de validade de alguns lotes do meio preparado em placas. Para o teste de CAMP, incubar placas numa atmosfera aeróbia a uma temperatura de 35 ± 2°C durante 18 a 24 h. Não incubar em condições anaeróbias ou numa incubadora com CO2 uma vez que tal pode dar origem a resultados falsos positivos com estreptococos pertencentes ao grupo A.2,3,5,6 Resultados Após a incubação, a maior parte das placas apresentarão uma área de crescimento confluente. Dado que o esfregaço é, na realidade, uma técnica de “diluição”, um número decrescente de microrganismos é depositado nas áreas de cultura. Consequentemente, uma ou mais destas áreas devem exibir colónias isoladas dos organismos contidos na amostra. Mais, o crescimento de cada organismo pode ser avaliado semi-quantitativamente, com base no crescimento registado em cada uma das áreas espalhadas. É necessária a diferenciação adicional dos organismos isolados através de testes bioquímicos e serológicos. Consultar a bibliografia apropriada, para obter informações sobre o aspecto e para outros testes de diferenciação dos organismos isolados.2,3,7,8 Teste de CAMP: Uma reacção de CAMP positiva é indicada por uma área em forma de seta ou triângulo de hemólise aumentada que se forma em torno da extremidade da linha estreptocócica espalhada mais próxima do crescimento de S. aureus. O crescimento estreptocócico deve situar-se na zona larga de hemólise parcial que circunda o crescimento de S. aureus. Os isolados que apresentam a hemólise com a forma de seta descrita podem ser presumivelmente identificados como Streptococcus agalactiae mas devem ser confirmados como estreptococos Lancefield pertencentes ao grupo B através de outros procedimentos imunológicos ou serológicos. Uma reacção negativa pode aparecer como uma zona em forma de bala de hemólise ligeiramente aumentada ou como hemólise nada aumentada. CARACTERÍSTICAS DE DESEMPENHO E LIMITAÇÕES DO PROCEDIMENTO O BD Trypticase Soy Agar II with 5% Sheep Blood é um meio padrão para o isolamento e cultivo de muitos microrganismos de crescimento aeróbio, como as Enterobacteriaceae, Pseudomonas e outros bastonetes gram-negativos não-fermentativos, os estreptococos, os estafilococos, corineformes, tipos de Candida e muitos outros.1,4 O meio tem falta do factor V (dinucleótido de adenina nicotina - NAD), uma vez que o sangue de ovino contém NADase que destrói o NAD. Por essa razão, não se verificará o crescimento de Haemophilus influenzae uma vez que necessita dos factores X e V. A Neisseria gonorrhoeae não cresce bem neste meio. Em vez disso, deverá ser utilizado o ágar de chocolate BD Chocolate Agar (Agar GC II with IsoVitaleX) para a recuperação destas espécies. O meio também não é apropriado para o isolamento e crescimento de Mycobacterium, Legionella, Bordetella e outros microrganismos com requisitos nutritivos altamente específicos. O número e tipo de espécies bacterianas que surgem como agentes infecciosos é muito grande. Assim, antes do meio ser usado rotineiramente para microrganismos raramente isolados ou recentemente descobertos, a sua adequação deve ser testada primeiro pelo utilizador, ao cultivar culturas puras do organismo em questão. Embora possam ser realizados alguns testes de diagnóstico directamente neste meio, é necessária a realização de testes bioquímicos para uma completa identificação e, se indicado, a realização de testes imunológicos usando culturas puras. Para mais informações, consultar a bibliografia apropriada.4-7 PA-254053.07 -3- Para informações sobre a utilização de discos de BD Taxo neste meio, consultar as respectivas Instruções de utilização. O BD Trypticase Soy Agar II with 5% Sheep Blood não é o meio apropriado para o isolamento primário de anaeróbios exigentes. BIBLIOGRAFIA 1. Vera, H.D., and D.A. Power. 1980. Culture media, p. 969. In: E.H. Lennette, A. Balows, W.J. Hausler, Jr., and J.P. Truant (ed.), Manual of clinical microbiology, 3rd ed. American Society for Microbiology, Washington, D.C. 2. Facklam, R.R., and J.A. Washington II. 1991. Streptococci and related catalase-negative gram-positive cocci, p. 238-257. In: A. Balows, W.J. Hausler, Jr., K.L. Herrmann, H.D. Isenberg, and H.J. Shadomy (ed.), Manual of clinical microbiology, 5th ed. American Society for Microbiology, Washington, D.C. 3. Ruoff, K.L., R.A. Whiley, and D. Beighton.2003. Streptococcus. In: Murray, P. R., E. J. Baron, J.H. Jorgensen, M. A. Pfaller, and R. H. Yolken (ed.). Manual of clinical microbiology, 8thed. American Society for Microbiology, Washington, D.C. 4. Thomson, R.B., and J.M. Miller. 2003. Specimen collection, transport, and processing: bacteriology. In: Murray, P. R., E. J. Baron, J.H. Jorgensen, M. A. Pfaller, and R. H. Yolken (ed.). Manual of clinical microbiology, 8th ed. American Society for Microbiology, Washington, D.C. 5. Bernheimer, A.W., R. 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No. 254087 Meios em placas prontos a usar, 120 placas INFORMAÇÕES ADICIONAIS Para obter informações adicionais, contacte o representante local da BD. Becton Dickinson GmbH Tullastrasse 8 – 12 D-69126 Heidelberg/Germany Phone: +49-62 21-30 50 Fax: +49-62 21-30 52 16 [email protected] http://www.bd.com http://www.bd.com/europe/regulatory/ ATCC is a trademark of the American Type Culture Collection BD, BD Logo and all other trademarks are the property of Becton, Dickinson and Company. © 2013 BD PA-254053.07 -4-