ANAIS DO I SIMPÓSIO NORTE CEARENSE DE ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA Organizadores: Keila Maria de Azevedo Ponte Lúcia de Fátima da Silva Organização: Apoio: Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ CIP - Catalogação na Publicação Ficha Catalográfica Elaborada Pela Biblioteca Central Prof. Dr. Manfredo Araújo de Oliveira do Instituto Superior De Teologia Aplicada- Faculdades INTA S612a Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia (1: 2014: Sobral, Fortaleza) Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia, Sobral, Fortaleza, 12 e 13 de dezembro de 2014, Sobral, Fortaleza, Brasil./ Organização [de] Keila Maria de Azevedo Ponte, Lucia de Fatima da Silva. - Sobral: Fundect, 2014. 91p. Versão eletrônica ISBN 978-85-61760-76-2 1. Enfermagem- Simpósio. 2. Cardiologia-Simpósio. 3. Doenças cardiovasculares- Simpósio. 4. Ponte, Keila Maria de Azevedo. 5. Silva, Lucia de Fatima da. I. Título. CDD 616.12 Catalogação na publicação: Bibliotecária Leolgh Lima da Silva – CRB3/967 Ficha Catalográfica elaborada pelos Bibliotecários das Faculdades INTA com os dados fornecidos pelo(a) autor(a). 2 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ APRESENTAÇÃO Tenho o prazer de apresentar-lhes os Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia. O evento, que aconteceu nos dias 12 e 13 de dezembro de 2014, nas dependências da Universidade Estadual Vale do Acaraú, nasce do compromisso com a Enfermagem demonstrado pela Enfermeira Mestre Keila Maria de Azevedo Ponte, atualmente doutoranda do Programa Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde (PPCCLIS) da Universidade Estadual do Ceará (UECE), a partir do desenvolvimento do se projeto de tese sob o tema: Diálogos de pesquisa e cuidado clínico de enfermagem para o conforto de pessoas com coronariopatias. Trata-se de importante contexto do cuidado clínico de enfermagem, no qual enfermeiros e equipe de enfermagem precisam desenvolver sua prática de cuidar consubstanciada por competência, habilidade e atitude, sempre com preocupação autêntica com as pessoas cuidadas. O desenvolvimento do temário do evento envolveu realização de conferências, palestras, mesas redondas, painéis, além da apresentação de 58 trabalhos científicos na modalidade pôster. As discussões envolveram o compromisso da Enfermagem com as tendências epidemiológicas, diagnósticas e terapêuticas das doenças cardiovasculares no Ceará, Brasil e Mundo; a história da Enfermagem em Cardiologia no Norte do Ceará; a gestão de risco para segurança do cuidado de enfermagem cardiovascular; o cuidado de pacientes com Infarto Agudo do Miocárdio e com crianças portadoras de cardiopatas crônicas; as tecnologias inovadoras para o aprimoramento das práticas de enfermagem cardiovascular; e Estratégias educativas em enfermagem para prevenção de doenças cardiovasculares. No evento também foram homenageados enfermeiros da região Norte do Ceará que se destacaram no contexto do cuidado de enfermagem no campo da Cardiologia. Considera-se que os objetivos traçados de congregar profissionais especialistas em Enfermagem da área da Cardiologia do Norte do Ceará, e de outras áreas, para discussão de temas referentes ao cuidado de enfermagem em cardiologia; Propiciar atualização acerca de temas de interesse dos profissionais de enfermagem que desenvolvem atividades laborais na área da Cardiologia foram alcançados! A participação de 150 inscritos, o envolvimento de 25 pessoas que se mobilizaram efetivamente para o desenvolvimento das atividades, a presença dos palestrantes e a apresentação dos trabalhos científicos foram um sucesso. Deste modo, apresentamos nossa gratidão a todos que acreditaram e viveram este momento impar para a Enfermagem Norte Cearense! Profa. Dra. Lúcia de Fátima da Silva Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente Adjunta dos Cursos de Graduação e do PPCCLIS da UECE. Enfermeira do Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes. Integrante do Grupo de Pesquisa Enfermagem, Educação, Saúde e Sociedade (GRUPEESS) da UECE. 3 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ COMISSÃO ORGANIZADORA PRESIDENTE DO EVENTO: Keila Maria de Azevedo Ponte ASSESSORIA: Lúcia de Fátima da Silva COMISSÕES CULTURAL: Ana Célia Carneiro Araújo / Antônia Maria Ferreira de Sousa LOGÍSTICA: Claudiane Vasconcelos Albuquerque / Glacie Suely A. Carneiro Chaves CIENTÍFICA: Carolina Oliveira Carneiro / Fabiene Lima Parente / Talita Ramos Bantim SECRETARIA: Iasmine Monteiro Guerreiro DIVULGAÇÃO: Jackson David Correia Lima / Anésia Pereira Furtado PATROCÍNIO: Raimunda de Lima Parente / Vivian Fontenele Vieira MONITORES: Angela Maria Liberato Araújo – UVA; Auxiliadora Elayne Parente Linhares – UVA; Francisco Elinaldo Santiago Bastos- INTA; Gleicikelly Paulo de Oliveira- INTA; Jackson Ruanda Terto Pontes- INTA; José Flason Marques da Silva- INTA; Jocielma dos S. Mesquita – UVA; Julia Maria Sousa Damasceno- INTA; Lívia Mara Canafistula Cavalcante- INTA; Maria Gabriela Miranda Fonte nele- INTA; Maria Sinara Farias- INTA; Sâmia Freitas Aires- INTA; Marcus Brenno F. da Silva– INTA; Rafael Gomes - INTA 4 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ PROGRAMAÇÃO 12/12/2014 NOITE 19h Credenciamento 19h-20h – Acolhimento 20h Cerimônia de Abertura 20h30 Conferência de abertura: Tendências epidemiológicas, diagnósticas e terapêuticas das Doenças cardiovasculares no Ceará, Brasil e Mundo: qual o compromisso da Enfermagem? Palestrante: Lúcia de Fátima da Silva– UECE e Hospital de Messejana Presidente: Keila Maria de Azevedo Ponte- UECE Secretária: Carolina Oliveira Carneiro – HC Sobral 13/12/2014 MANHÃ 8h-8h40 Palestra: A História da Enfermagem em Cardiologia no Norte do Ceará Palestrante: Ana Célia Carneiro Araújo Chaves - HC Sobral Presidente: Claudiane Vasconcelos Albuquerque - HC Sobral Secretária: Camylla Mouta de Andrade- UNIMED LAR Sobral 8h45-9h50 Mesa Redonda: Segurança do cuidado de enfermagem cardiovascular: gestão de riscos Atenção Básica – Lidyane Parente Arruda - PPCCLIS Centro Cirúrgico - Carlos Alves de Oliveira - HC Sobral Unidade Coronariana - Berenice Ferreira de Sousa - HC Sobral Moderadora: Glacie Suely A> Carneiro Chaves- HC Sobral Secretária: Renata Maria da Costa Gomes - HC Sobral 9h50-10h Intervalo – Apresentação de trabalhos científicos 10h- 11h30 Painel integrado: Como eu cuido de pacientes com Infarto Agudo do Miocárdio? SAMU: Raimunda de Lima Parente - HC e SAMU Sobral Unidade Coronariana: - Lívia Carla Sales Dias - HC Sobral - HC Sobral Pesquisa: Keila Maria de Azevedo Ponte - UECE Moderadora: Talita Ramos Bantin- HC Sobral Secretária: Antonia Maria Ferreira de Sousa- HC Sobral 5 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ TARDE 14h-15h30 Painel: Tecnologias inovadoras para o aprimoramento das práticas de enfermagem cardiovascular: -Programa de Educação Tutorial em Enfermagem na Unidade Coronariana – Painelista: Ana Thamiris Tomás de Sousa - HC Sobral -Implantação de tecnologias dura para o cuidado de enfermagem em unidade coronariana – Painelista: Raimunda de Lima Parente – HC e SAMU Sobral -Circulação extracorpórea em centro cirúrgico de cirurgia cardíaca – Painelista - Carlos Alves de Oliveira - HC Sobral Moderadora: Lívia Carla Sales Dias - HC Sobral Secretário: Talita Ramos Bantim - HC Sobral 15h40- 15h50 Intervalo - Apresentação de trabalhos científicos 15h50 – 16h15 Palestra: Cuidado de enfermagem a criança com cardiopatia hospitalizada Palestrante: Claudia Graciano de Carvalho – Hospital Regional Norte - Sobral Presidente: Jackson David Correia Lima - HC Sobral Secretária: Suyanne Boto Fernandes - HC Sobral 16h20 – 17h Conferência de encerramento: Estratégias educativas em enfermagem para prevenção de doenças cardiovasculares Conferencista: Maria Vilani Cavalcante Guedes - UECE Presidente: Antonia Eliana de Araújo Aragão–Faculdades INTA Sobral Secretária: Iasmine Monteiro Guerreiro- HC Sobral 17h-18h Encerramento: -Homenagem aos enfermeiros que contribuíram e contribuem há mais de 10 anos com a enfermagem cardiovascular na Zona Norte do Ceará: 6 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ SUMÁRIO HISTÓRIA DA ENFERMAGEM CARDIOVASCULAR DO NORTE CEARENSE. Ana Célia Carneiro Araújo......................................................................................................................................................................................12 01. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Á PACIENTES COM CARDIOPATIA CHAGÁSICA CRONICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA. Lívia Maria Albano Camelo; Francisco Isaac Paiva; Debora Maria Bezerra Martins; Frilandy de Sousa Avila; Francisca Drenalina de Sousa Araújo; LUCIANA MARIA MONTENEGRO SANTIAGO ...........................................................................................................................................................................13 02.ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE PORTADOR DE DOENÇA DE CHAGAS. Alessandra Carvalho Batista; Cintya de Fátima de Sousa e Oliveira; Eliádia Freitas Bastos; Heda Caroline Neri de Alencar; Leticia Karen Rodrigues Tomaz.........................................................................................................................................................14 03.ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA GESTANTE COM RISCO DE DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GESTAÇÃO (DHEG): UM ESTUDO DE CASO; Aline Maria Furtado de Carvalho; Jocielma dos Santos Mesquita; Hiasmim Batista Rodrigues; MILENA DE MELO ABREU....................................................................................................................................................................................15 04.ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PRESTADA A UMA GESTANTE COM DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GESTAÇÃO (DHEG) Auxiliadora Elayne Parente Linhares; Jocielma dos Santos Mesquita; Geane Sales Bezerra; Flavia Vasconcelos Teixeira; Eliany Nazaré de Oliveira; MARIA MICHELLE BISPO CAVALCANTE........................................................................................................................................................................17 05.ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO A ADOLESCENTES PRÉ-HIPERTENSOS. Luis Gustavo Oliveira Farias; Amaurilio Oliveira Nogueira; Isabela Gonçalves Costa; Taís de Lima Castro; MARIA VILANI CAVALCANTE GUEDES...................................................................................................................................................................................18 06.A ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA DO CLIENTE COM DIAGNÓSTICO DE INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO. Heda Caroline Neri de Alencar; Alessandra Carvalho Batista; Cintya de Fátima de Sousa e Oliveira; Eliádia Freitas Bastos; Leticia Karen Rodrigues Tomaz......................................................................................................... 19 07. A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À CRIANÇAS PORTADORAS DE CARDIOPATIA CONGÊNITA. Anderson Liniker Saraiva Barros; Géssica Lima da Silva; Francisco Pedro de Sousa Xavier; Samara Kelly Sousa Macêdo; Elisângela de Jesus Macêdo Araújo; PACIOLO MONTINI COSTA OLIVEIRA................................................................ 21 08. A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO HIPERTENSO NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. Kariny Gomes Marques; Ronys Gomes de Souza; Paula Andréia Araújo Monteiro; Samara Kelly Sousa Macêdo; Elisângela de Jesus Macêdo Araújo; Hermínia Maria Sousa Ponte ......... 22 09. A ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NA CARDIOPATIA COGÊNITA: REVISÃO LITERÁRIA. Carlos Victor Fontenele PINHEIRO; Tereza Anielle Albuquerque Ximenes; Carlos Henrique do Nascimento Morais; Elisângela Sandra de Araújo Aragão; Sheila Costa Araújo; NÁTILA AZEVEDO AGUIAR RIBEIRO ............................................................24 10. A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO E SAÚDE NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTES PORTADORES DE ANGINA ESTÁVEL . Amaurilio Oliveira Nogueira; Taís de Lima Castro; Isabela Gonçalves Costa; Luis Gustavo Oliveira Farias; ANA CLAÚDIA DE SOUSA LEITE......................................................................................25 11. A IMPORTÂNCIA DA HUMANIZAÇÃO E A APLICABILIDADE DAS TEORIAS DE ENFERMAGEM NO ATO DE CUIDAR. Luis Gustavo Oliveira Farias; Taís de Lima Castro; Jéssica Freire Rangel; Amaurilio Oliveira Nogueira; LÚCIA DE FÁTIMA DA SILVA.......................................................................................................................... 26 12. A IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO DE ENFERMAGEM NO TRANSPLANTE CARDÍACO: 7 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ UMA REVISÃO LITERÁRIA. Carlos Henrique do Nascimento Morais; Carlos Victor Fontenele Pinheiro; Elisângela Sandra de Araújo Aragão; Sheila Costa Araújo; Tereza Anielle Albuquerque Ximenes; Nátila Azevedo Aguiar Ribeiro ..28 13. A CONTRIBUIÇÃO DO ENFERMEIRO NO CUIDADO À CRIANÇA PORTADORA DE SÍNDROME DE DOWN COM CARDIOPATIAS CONGÊNITAS. Dean Carlos Nascimento de Moura; Breno Sousa da Penha; Diana Káren do Nascimento Lima; Francisco Pedro de Sousa Xavier; Géssica Lima da Silva; ANTÔNIA ELIANA ARAÚJO ARAGÃO................................................................................................................................................................................. 29 14. A SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM PACIENTES CARDIOPATAS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. Francisco Pedro de Sousa Xavier; Géssica Lima da Silva; Anderson Liniker Saraiva Barros; Carlos Henrique do Nascimento Morais; Dean Carlos Nascimento de Moura; ANTONIA ELIANA DE ARAÚJO ARAGÃO..................................................................................................................................................................................30 15. A UTILIZAÇÃO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM NO CONTROLE DA SEPSE EM PACIENTES CARDIOPATAS. Dean Carlos Nascimento de Moura; Pâmela Brito de Castro; Raimundo Nonato Pinho Filho; Brena Cristyne Viana Tavares; Elaine Cristina de Oliveira Lima; ANTÔNIA ELIANA ARAÚJO ARAGÃO................................31 16. ANÁLISE DA ADESAO AO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO ANTI-HIPERTENSIVO EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE. Samy Loraynn Oliveira Moura; Germana Maria da Silveira; Cleoneide Paulo de Oliveira Pinheiro; LUCIANA MARIA MONTENEGRO SANTIAGO..................................................................................33 17. AUTOMATISMO E DINÂMICA ELÉTRICA CARDÍACA: UMA REVISÃO LITERÁRIA DO SISTEMA DE CONDUÇÃO MIOCÁRDICA. José Flason Marques da Silva; Antônia Bruna Ferreira Braga; Maria de Fátima Pinho Vasconcelos; Layana Liss Rodrigues Ferreira; Marcelo Cristiano Campos Nobre; RONALDO CÉSAR AGUIAR LIMA..34 18. CARDIOMIOPATIA NA CIRROSE: CARACTERÍSTICAS DA DISFUNÇÃO CIRCULATÓRIA E DISCUSSÃO SOBRE O PROGNÓSTICO. Tayanny Teles Linhares Bezerra; Bruna da Conceição Lima; Layanny Teles Linhares Bezerra; Layana Liss Rodrigues Ferreira; Irineu Moreno de Melo Sobrinho; Ronaldo César Aguiar Lima.......... 35 19. CARDIOPATIA CONGÊNITA EM CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN: UMA REVISAÕ BIBLIOGRÁFICA. Maria Jéssica Melo Marinho.; Ronys Gomes de Souza; Kariny Gomes Marques; Paula Andréia Araújo Monteiro; Rosalice Araújo de Sousa; FRANCISCO MEYKEL AMÂNCIO GOMES.............................................. 37 20. CARDIOPATIAS PREDOMINANTES NA SÍNDROME DE NOONAN: UMA REVISÃO DE LITERATURA. Antônia Bruna Ferreira Braga; Maria de Fátima Pinho Vasconcelos; Layana Liss Rodrigues Ferreira; Ronaldo César Aguiar Lima; José Flason Marques da Silva; MARCELO CRISTIANO CAMPOS NOBRE........................................................... 38 21. COMPLICAÇÕES NO PÓS-OPERATÓRIO DE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. Mairla Vasconcelos Damasceno; Diana Káren do Nascimento Lima; Samara Kelly Sousa Macêdo; Francisco Leandro de Carvalho Alcântara; Dean Carlos Nascimento de Moura; FRANCISCO MEYKEL AMÂNCIO GOMES................................................................................ 40 22. CONFORTO E DESCONFORTO DE PESSOAS COM CORONARIOPATIAS EM HEMODINÂMICA. Joara Melo De Souza; Paloma Custódio Francelino; Neila Régia Carneiro; Talita Ramos Bantin; Lúcia de Fátima da Silva; KEILA MARIA DE AZEVEDO PONTE;............................................................................................................................. 42 23. CONFORTO E DESCONFORTO DE PESSOAS COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA. Anésia Pereira Furtado; Glacie Suely A. Carneiro Chaves; Jackson David Correia Lima; Iasmine Monteiro Guerreiro; Lúcia de Fátima da Silva; KEILA MARIA DE AZEVEDO PONTE................................................................................................... 43 24. CONHECIMENTO DOS FOCOS DE AUSCULTA CARDÍACA NA AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR. Tayanny Teles Linhares Bezerra; Bruna da Conceição Lima; Layanny Teles Linhares Bezerra; Layana Liss Rodrigues Ferreira; Irineu Moreno de Melo Sobrinho; RONALDO CÉSAR AGUIAR LIMA............................................................. 44 25. CONHECIMENTO PARA ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL EM MULHERES. Maria Celiane De Araújo; KEILA MARIA DE AZEVEDO PONTE............................................................ ................................................................ 45 8 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ 26. CUIDADOS DE ENFERMAGEM Á PACIENTES PÓS INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO. Francisco Isaac Paiva De Sousa. Lívia Maria Albano Camelo; Débora Maria Bezerra Martins; Erilandy De Sousa Avila; Francisca Drenalina De Sousa Araújo; LUCIANA MARIA MONTENEGRO SANTIAGO............................................................................................................................................................................ 47 27. CUIDADOS DE ENFERMAGEM À PESSOAS ACOMETIDAS POR CHOQUE CARDIOGÊNICO: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO. Maria Sinara Farias; Milena de Melo Abreu; Jackson Ruam Terto Pontes; Samia Freitas Aires; KEILA MARIA DE AZEVEDO PONTE...................................................................................................................48 28. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM EM PACIENTES COM DOENÇAS CARDIOVASCULARES: REVISÃO LITERÁRIA. Carlos Victor Fontenele Pinheiro; Tereza Anielle Albuquerque Ximenes; Carlos Henrique Do Nascimento Morais; Elisángela Sandra De Araujo Aragão; Sheila Costa Araujo; NÁTILA AZEVEDO AGUIAR RIBEIRO................................................................................................................................................................................ 50 29. ELETROCARDIOGRAFIA BÁSICA PARA A EQUIPE DE ENFERMAGEM: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA. Bruna da Conceição Lima; Layana Liss Rodrigues Ferreira; Layanny Teles Linhares Bezerra; Tayanny Teles Linhares Bezerra; Irineu Moreno de Melo Sobrinho; RONALDO CÉSAR AGUIAR LIMA..................................... 51 30. ENDOCARDITE INFECCIOSA QUE EVOLUI COMPLICADO COM ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO HEMORRÁGICO E SEPSE: UM RELATO DE CASO. Bruna da Conceição Lima; Ronaldo César Aguiar Lima; Layana Liss Rodrigues Ferreira; Layanny Teles Linhares Bezerra; Tayanny Teles Linhares Bezerra; IRINEU MORENO DE MELO SOBRINHO....................................................................................................................................... 52 31. ESTUDO DE CASO: HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM - SAE A UMA CLIENTE NO DOMICÍLIO. Camila Albuquerque de Queiroz; Benedita Beatriz Bezerra Frota; Richelly Kerlly Sousa Santos; Aparecida Maria de Araújo; Maria das Graças Vieira do Nascimento; NÁTILA AZEVEDO AGUIAR RIBEIRO... ......................................................................................................................... 54 32. FAMILIARES E ACOMPANHANTES DE PACIENTES NA UNIDADE CORONARIANA: RELATOS DE CONFORTO E DESCONFORTOS. Ângela Maria Liberato Araújo; Vivian Fontenele Vieira; Giovanna Randal Pompeu S.Veras; Claudiane Vasconcelos Albuquerque; Lúcia de Fátima da Silva; KEILA MARIA DE AZEVEDO PONTE ........ 55 33. IMPACTO DA ALIMENTAÇÃO INDUSTRIALIZADA NAS DOENÇAS DE NATUREZA CARDIOVASCULARES. Samy Loraynn Oliveira Moura; Maria Áurea Catarina Passos Lopes; Gabriele Vanessa do Vale Silva; Maria do Socorro Quintino Farias; Cleoneide Paulo Oliveira Pinheiro; LUCIANA MARIA MONTENEGRO SANTIAGO ............................................................................................................................................................................ 57 34. LACTENTE PORTADOR DE ARRITMIA CARDÍACA CONGÊNITA: UM ESTUDO DE CASO. Elinete de Sousa Ferreira; Sâmia Vasconcelos Marques Leite; Rosa Ester Fontenele Chaves Ribeiro; Luciano Fontenele Chaves; Maria Josimar Bezerra; ANGELA TEREZA CARVALHO LOPES............................................................................................... 58 35. MIOCARDIOPATIA CHAGÁSICA COM DISTÚRBIO SEVERO DE CONDUÇÃO: UM RELATO DE CASO. Layanny Teles Linhares Bezerra; Tayanny Teles Linhares Bezerra; Bruna Da Conceição Lima; Layana Liss Rodrigues Ferreira; Irineu Moreno De Melo Sobrinho; RONALDO CÉSAR AGUIAR LIMA............................................................ 59 36. MIOCARDIOPATIA CHAGÁSICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA. Maria de Fátima Pinho Vasconcelos; Antonia Bruna Ferreira Braga; Layana Liss Rodrigues Ferreira; José Flason Marques da Silva; Marcelo Cristiano Campos Nobre; RONALDO CÉSAR AGUIAR LIMA........................................................................................................................ 61 37. O CUIDADO DE ENFERMAGEM À CRIANÇA COM CARDIOPATIA CONGÊNITA: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO. Maria Nadia Craveiro de Oliveira; Éwila Luiza Farias Araújo; Angeline Paiva do Nascimento; Gláucia de Brito Monteiro; IELLEN DANTAS CAMPOS VERDES RODRIGUES........................................................... 62 38. O ENFERMEIRO COMO CONTROLADOR DOS FATORES DE RISCO DAS CARDIOPATIAS NA 9 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE: UMA REVISÃO LITERÁRIA. Carlos Henrique do Nascimento Morais; Carlos Victor Fontenele Pinheiro; Elisângela Sandra De Araújo Aragão; Sheila Costa Araujo; Tereza Anielle Albuquerque Ximenes; NÁTILA AZEVEDO AGUIAR RIBEIRO........................................................................................................... 64 39. O SABER/FAZER DO ENFERMEIRO E A EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA PREVENÇÃO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES. Débora Maria Bezerra Martins; Erilandy de Sousa Ávila; Lívia Maria Albano Camelo; Francisco Issac Paiva de Sousa; Francisca Drenalina de Sousa Araújo; ANDREA CARVALHO ARAUJO MOREIRA.... 65 40. OS EFEITOS CARDÍACOS PROVOCADOS PELO USO DE HERCEPTIN® NOS PACIENTES ONCOLÓGICOS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SOBRAL. Maria Suzane Mota de Sousa; Andreza Silva Vasconcelos; Cyntia Maria de Freitas; Maria Cleyde Brito Furtado; Francisca Rejane Martins de Sousa; Verônica Egline Farias; MIRVANA MARIA LINHARES.................................................................................................................... 66 41. OS PRINCIPAIS FATORES DE RISCO QUE PODEM PROVOCAR O INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO: UMA REVISÃO DE LITERATURA. Janderson de Sousa Lima; Tayanny Teles Linhares bezerra; Marcus Brenno Ferreira da Silva; Andrea de Oliveira Magalhães; JANDER MAGALHÃES TORRES........................................................ 68 42. PARADA CARDIORESPIRATÓRIA E RESSUCITAÇÃO CARDIOPULMONAR BASEADA EM EVIDÊNCIAS. Layana Liss Rodrigues Ferreira; Antônia Bruna Ferreira Braga; Maria de Fátima Pinho Vasconcelos; José Flason Marques da Silva; Marcelo Cristiano Campos Nobre; RONALDO CÉSAR AGUIAR LIMA................................... 69 43. PERCEPÇÃO DE PESSOAS COM CORONARIOPATIAS EM UNIDADE CORONARIANA SOBRE SUA DOENÇA. Talita Ramos Bantim; Raimunda de Lima Parente; Ana Célia Carneiro Araújo; Antonia Maria Ferreira de Sousa; Lúcia de Fátima da Silva; KEILA MARIA DE AZEVEDO PONTE ......................................................................... 70 44. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ATENDIMENTOS DE AVC AGUDO EM UM HOSPITAL DE ENSINO EM SOBRAL-CE. Jocielma dos Santos de Mesquita; Auxiliadora Elayne Parente Linhares; Carlos Henrique Mendes Barbosa; Maria Liana Rodrigues Cavalcante; Cleidiane Aves da Conceição; ÁTILLA MARIA ALBUQUERQUE MACHADO............................................................................................................................................................................ 72 45. PRÁTICAS EDUCATIVAS PARA UM GRUPO DE IDOSOS SOBRE HIPERTENSÃO E DIABETES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA. Maria Izabel Silva de Carvalho; Eva Wilma Martins Timbó; DANIELE D’ÁVILA SIQUEIRA ............................................................................................................................................................................. 73 46. PREVALÊNCIA DOS SINAIS E SINTOMAS EM PACIENTES ACOMETIDOS POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO. José Flason Marques da Silva; Francisco Elinaldo Santiago Bastos; Francisco Ricardo Miranda Pinto; Antônia Bruna Ferreira Braga; Layana Liss Rodrigues Ferreira; GLAUCIRENE SIEBRA MOURA FERREIRA............................................................................................................................................................. 74 47. PRODUÇÃO DE CUIDADOS COM A HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA: UMA PERSPECTIVA DISCENTE DENTRO DA ESF. Hiasmin Batista Rodrigues; MILENA DE MELO ABREU........................................... 75 48. PROJETO CUIDADORES DO CORAÇÃO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NA FEIRA DAS PROFISSÕES DO INTA. Maria de Fátima Rodrigues Brito; Francisco de Assis Fernandes Paiva; Keila Maria De Azevedo Ponte ......... 77 49. PROMOÇÃO DE SAÚDE E PREVENÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR EM PACIENTES DIABÉTICOS. Maria Gabriela Miranda Fontenele; Marcus Brenno Ferreira da Silva; Keila Maria De Azevedo Ponte ... 78 50.PROMOVENDO A SAÚDE DE IDOSOS HIPERTENSOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA. Angeline Paiva do Nascimento; Maria Nadia Craveiro de Oliveira; Valeska Rodrigues de Sousa; IELLEN DANTAS CAMPOS VERDES RODRIGUES. ........................................................................................................................................................................ 79 51. QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES CARDÍACOS. Elisângela de Jesus Macêdo Araújo; Lívia Mara de Araújo; Alana Mara Lima Feijão; Anderson Liniker Saraiva Barros; Kariny Gomes Marques; ANTONIA ELIANA DE 10 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ ARAÚJO ARAGÃO................................................................................................................................................................ 81 52. RELATO DE EXPERIÊNCIA COM IDOSOS HIPERTENSOS: DESENVOLVENDO A EDUCAÇÃO EM SAÚDE. Elinete de Sousa Ferreira; Sâmia Vasconcelos Marques Leite; Rosa Ester Fontenele Chaves Ribeiro; Luciano Fontenele Chaves; Maria Josimar Bezerra; ANGELA TEREZA CARVALHO LOPES.................................................................................................................................................................................... 82 53. REPERCUSSÕES CARDIORESPIRATÓRIAS DECORRENTES DA OBESIDADE: UMA REVISÃO DE LITERATURA. Layanny Teles Linhares Bezerra. Tayanny Teles Linhares Bezerra; Bruna da Conceição Lima; Layana Liss Rodrigues Ferreira; Irineu Moreno de Melo Sobrinho; RONALDO CÉSAR AGUIAR LIMA....................................................................................................................................................................................... 83 54. RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR E A IMPORTÂNCIA PARA O PROFISSIONAL ENFERMEIRO: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. Erilandy de Sousa Ávila; Lívia Maria Albano Camelo; Débora Maria Bezerra Martins; Francisco Issac Paiva de Sousa; Francisca Drenalina de Sousa Araújo; LUCIANA MARIA MONTENEGRO SANTIAGO............................................................................................................................................................................. 85 55. REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO COM ENXERTOS DA ARTÉRIA RADIAL: CONSIDERAÇÕES ANÁTOMOCLÍNICAS E CIRÚRGICA. Antônia Bruna Ferreira Braga; Maria de Fátima Pinho Vasconcelos; Layana Liss Rodrigues Ferreira; Ronaldo César Aguiar Lima; José Flason Marques da Silva; MARCELO CRISTIANO CAMPOS NOBRE.................................................................................................................................................................................... 86 56. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM CLIENTE COM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E SEQUELAS DE ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO. Rayssa Amanda Florindo Lopes; Ivina Sheila Rebouças de Melo; Kuettlem Thamires Andrade Oliveira; NÁTILA AZEVEDO AGUIAR RIBEIRO................................................................................................................................................................................. 88 57. TESTE DO CORAÇÃOZINHO COMO RASTREIO DE CARDIOPATIAS CONGÊNITAS: UMA REFLEXÃO TEÓRICA. Layana Liss Rodrigues Ferreira; Antônia Bruna Ferreira Braga; Maria de Fátima Pinho Vasconcelos; José Flason Marques da Silva; Marcelo Cristiano Campos Nobre; RONALDO CÉSAR AGUIAR LIMA.......................................................................................................................................................................................89 11 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ HISTÓRIA DA ENFERMAGEM CARDIOVASCULAR DO NORTE CEARENSE Ana Célia Carneiro Araújo Os cuidados aos pacientes com doenças cardiovasculares antes da inauguração deste hospital eram realizados na Santa Casa de Misericórdia de Sobral, em um setor planejado para o tratamento dos pacientes que iriam se submeter a cateterismo cardíaco. Em meados de 1996 nasce os primeiros alicerces de um hospital na Zona Norte do Ceará, em Sobral: um sonho, naquele momento chamado de utopia! Já se imaginava como seria a realização desta moderna estrutura cardiológica no Ceará, com capacidade para diagnosticar e tratar enfermidades cardiovasculares. O Hospital do Coração de Sobral abre suas portas com o compromisso de oferecer o que existe de melhor em especialidade cardiológica e a Enfermagem revoluciona com capacitação no Hospital Dante Pazanezze em São Paulo, onde os profissionais médicos também tinham formação no renomado hospital. Na inauguração desse magnífico Hospital situado às margens do rio Acaraú, teve as ilustres participações de renomados profissionais médicos, onde puderam ver de perto a magnitude erguida nesta cidade pacata (na época) trazendo esperança para as pessoas que necessitavam deste tratamento terapêutico. A cada setor que iniciava suas funções, estava a enfermagem trabalhando com amor, humanização, ética e capacidade profissional especializada. Sendo assim, inúmeros cursos internos foram incansavelmente oferecidos, para a equipe de enfermagem, onde cada vez mais se tornavam qualificados. O Serviço de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, desde a inauguração, dispõe da mais moderna tecnologia estruturada para quaisquer procedimento diagnóstico e terapêutico, como os implantes de próteses coronarianas (stents), angioplastia coronária. A equipe de enfermagem estava devidamente capacitada para executar esse serviço de alta complexidade. Faz parte também um setor para tratamento cirúrgico onde a equipe de enfermagem foi especializada para o funcionamento de vários tipos de cirurgias, adultos e crianças com ampla experiência em cirurgias de ponte de safena, cirurgias valvulares, correção de malformações e tratamentos de doenças da aorta. O Hospital do Coração é dotado de duas modernas unidades para tratamento intensivo, a Unidade Coronariana e Pós-operatório de cirurgia cardíaca, onde oferecia serviço de tratamento com (Swan-Ganz), suporte cardíaco mecânico (Balão intra-aórtico), desfibriladores com marcapasso externo, e suporte ventilatório mecânico. O atendimento no Ambulatório e métodos complementares, a enfermagem proporciona um trabalho de atendimento qualificado nos consultórios e manuseio de equipamentos específicos como eletrocardiograma, ecocardiograma doppler colorido, e transtorácico, ergometria e de avaliação de arritmias Holter e Mapa. Assim como o apoio de radiologia, laboratório de análise clínica e banco de sangue. O Setor de internação com leitos para tratamento clínico de patologias cardiológicas, de adultos e crianças onde a equipe de enfermagem com conhecimento técnico realiza um trabalho qualificado. Essa experiência que até hoje exerço com amor, dedicação, conhecimento e humanização no Hospital do Coração a quase vinte anos de trabalho, com muita vontade de contribuir para o tratamento de nossos pacientes. 12 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ TRABALHOS APRESENTADOS 01. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Á PACIENTES COM CARDIOPATIA CHAGÁSICA CRONICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA. Lívia Maria Albano Camelo; Luciana Maria Montenegro Santiago; Francisco Isaac Paiva; Debora Maria Bezerra Martins; Frilandy de Sousa Avila; Francisca Drenalina de Sousa Araújo; LUCIANA MARIA MONTENEGRO SANTIAGO INTRODUÇÃO: A Cardiopatia Chagásica Crônica (CCC) é essencialmente uma miocardiopatia dilatada em que inflamação crônica, usualmente de baixa intensidade, mas incessante, provoca destruição tissular progressiva e fibrose extensa no coração. Vários mecanismos devem contribuir para a patogenia das lesões cardíacas e a consequente instalação dos diversos distúrbios fisiopatológicos, conforme revisões recentes. O estudo mostra a disponibilidade de pesquisas no campo cientifico em relação as condutas de enfermagem a pacientes cardiopatas chagásicos. Tem como relevância na ampliação dos conhecimentos de enfermagem em relação CCC. Sua escolha se deu devido ao conhecimento que se deve ter para estar prestando uma assistência de qualidade ao sujeito com CCC. OBJETIVO: Identificar os conhecimentos de enfermagem diante da cardiopatia chagásica. METODOLOGIA: O estudo trata-se de uma revisão bibliográfica realizada nas revistas eletrônicas Sciello e Lilacs em novembro de 2014 utilizou-se os seguintes descritores: doença de Chagas, enfermagem, Tripanosomas e doença e através deles foram encontrados dez artigos em relação ao assunto. Após o levantamento dos dados foi traçado as seguintes vertentes de investigação: morfologia, fisiopatologia e condutas de enfermagem. RESULTADOS: Em relação às alterações morfológicas causadas no coração pela doença de chagas caracteriza-se por miocardiopatia dilatada na qual a inflamação crônica que ocorre com baixa intensidade de forma incessante causando destruição tissular progressiva e fibrose extensa nos tecidos cardíacos. Na fisiopatologia pode-se observar que essa cardiopatia vai do tipo inflamatório, degenerativo e fibróticas e com isso haverá alterações fisiológicas importantes que irão interferir no estado homeostasia. Dentre as alterações fisiológicas destaca-se disfunção sinusal, que vai interferir na condução dos estimulo elétrico que fazem com o coração tenha um ritmo adequado, bloqueios atrioventriculares e intraventriculares, que irão prejudicar cinemáticas e a hemodinâmica desse coração, arritmias ventriculares por reentrada podendo causar fibrilação que é tratada através de drogas intravenosa ou por cardioversão elétrica cujo objetivo consiste em fazer com que esse coração volte ao ritmo certo. Outra alteração que merece destaque são discinergias ou aneurismas ventriculares que podem provocar problemas tromboembólicos. Devido ao seu caráter crônico tem-se o aparecimento da insuficiência cardíaca ocorrendo um déficit na quantidade de oxigênio fornecido ao organismo ocasionado diversos sintomas como dispneia, edema e taquicardia. O papel do profissional de enfermagem consiste na orientação esclarecendo todas as dúvidas desse paciente e prestar uma assistência de qualidade realizando um atendimento de forma sistematizada. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com isso ressalta-se a importância das práticas educativas em especial as realizadas pela Enfermagem trabalhando o desenvolvimento do autocuidado e no repasse de informações como as alterações que irão ocorrer e os possíveis sintomas que podem surgir resultado no melhor preparo de paciente para o enfrentamento da enfermidade. REFERÊNCIAS: 1- PINHEIRO, Jadelson. I Diretriz Latino-Americana para o Diagnóstico e Tratamento da Cardiopatia Chagásica, Sociedade 13 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ Brasileira de Cardiologia, Rio de Janeiro, RJ – Brasil,2011. 2-1. Lloyd-Jones D, Adams R, Carnethon M, Simone G, Ferguson B, Flegal Katherine, et al. Heart disease and stroke statistics--2009 update: a report from the American Heart Association Statistics Committee and Stroke Statistics Subcommittee. Circulation. 2009; 119(3): e21-181. 02. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE PORTADOR DE DOENÇA DE CHAGAS. Alessandra Carvalho Batista; Cintya de Fátima de Sousa e Oliveira; Eliádia Freitas Bastos; Heda Caroline Neri de Alencar; Leticia Karen Rodrigues Tomaz. INTRODUÇAO: A Doença de Chagas é uma infecção causada pelo protozoário Tripanosoma cruzi, que pode ser transmitido ao homem pelas seguintes vias: vetorial (clássica), transfusional (reduzida com o controle sanitário de hemoderivados e hemocomponentes), congênita (transplacentária), acidental (acidentes em laboratórios), oral (com alimentos contaminados) e transplantes. É possível considerar que aproximadamente 20% a 30% dos indivíduos infectados desenvolverão algum grau de cardiomiopatia progressiva. O acometimento poderá resultar em insuficiência cardíaca, episódios tromboembólicos, além de alterações do ritmo cardíaco. Os fenômenos tromboembólicos ocupam lugar em evidencia, uma vez que recorrentemente se associam a acidente vascular encefálico. Estima-se que existam aproximadamente 12 milhões de portadores da doença crônica nas Américas, cerca de 2 a 3 milhões no Brasil. No entanto, nos últimos anos, a ocorrência de doença de Chagas aguda (DCA) tem sido observada nos estados da Amazônia Legal, com ocorrência de casos isolados em outros estados. O ciclo de vida do T. cruzi se inicia quando o barbeiro, ao se alimentar do sangue do hospedeiro vertebrado, elimina, em suas fezes e urina, o parasito em sua forma alongada (tripomastigotas) Através de mucosas ou por ferimentos na pele seres infectam as células do hospedeiro, como as do coração. O parasito ganha forma arredondada (amastigotas) multiplicando-se por divisão binaria. Quando as células estão repletas de parasitos, eles mudam de forma (tripomastigotas) e com ruptura da célula hospedeira disseminam-se pela corrente sanguínea, sendo capazes de infectar novos órgão e tecidos. Se o individuo ou animal infectado for picado pelo barbeiro, os parasitos em seu sangue podem ser transmitidos aos insetos, no intestino estes mudam mais uma vez de forma (epimastigotas), multiplicam-se novamente, formas infectantes, que são eliminadas junto com as fezes e a urina do inseto, fechando-se o ciclo. OBJETIVO: Este trabalho tem como objetivo de fundamentar o conhecimento sobre as técnicas clínicas e a fisiopatologia cardíaca em clientes chagásicos para conhecer as intervenções e os planos de cuidado de enfermagem. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura, onde se utilizaram as bases de dados: LILACS e SciELO por meio da BVS e Google Acadêmico. Foram utilizados cinco artigos do período de 2009 a 2014. Estudo realizado em Novembro de 2014, com os seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DECS) “A Doença de chagas”, “cuidados de enfermagem”, “Cardiomiopatia Chagásica RESULTADOS E DISCUSSÕES: O planejamento e desenvolvimento de ações que melhorem visam à melhoria da atenção à saúde, retomando para as questões primordiais relacionadas ao cliente”. O cuidado no atendimento às necessidades básicas acometidas direcionadas ao cliente é um processo complexo, devido às suas peculiaridades. Esse cuidado pleiteia da equipe de enfermagem uma visão canalizada para as características próprias de cada situação, a partir da instituição de prioridade no atendimento a essas necessidades. Tratando-se da doença de chagas que é 14 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ bastante complexa e se expressar muitas vezes longos anos após a infecção, as intervenções de enfermagem tem que ser bastante evidentes de forma que o cliente se sinta amparado em uma forma humanizada, afim de que haja melhoria ao cliente, evidenciando cada vez mais o enfermeiro como o protagonista dos cuidados. CONCLUSÃO: A doença de chagas foi uma das mais importantes descobertas e que o agente era um grande causador de morte em varias regiões, a descoberta de Carlos Chagas possibilitou conhecer a doença para que assim pudesse ser combatida, não só no Brasil como nas principais áreas endêmicas. Por todas essas ações, a doença de Chagas, que era uma epidemia em algumas regiões do Brasil, hoje é bem controlada e prevenida em áreas próximas às zonas urbanas, mas em áreas rurais onde os grupos familiares são de baixo nível social, a doença ainda é uma preocupação e exige alerta, que também depende das ações organizativas, pois sendo bem empregada haverá o controle parcial da doença e ações em que o enfermeiro intervém com bastante atenção e humanização. REFERENCIAS: ANDRADE, Jadelson Pinheiro de et al. I Latin American Guidelines for the diagnosis and treatment of chagas' heart disease: executive summary. Arq. Bras. Cardiol. [online]. 2011 vol.96, n.6, pp. 434-442. ISSN 0066-782X. SMELTZER, Suzanne C. Brunner e Suddarth. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. Suzanne C. Smeltzer, Brenda G. Bare; Janice L. Hinkle; Herry H. Cheever. 11. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. KROPF Petraglia Simone; RASSIS Ana. A forma cardíaca da doença de Chagas – histórico. 2007. Disponível em http://www.fiocruz.br/chagas/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=143. Acesso em 11 Dezembro. 2010. 03.ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA GESTANTE COM RISCO DE DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GESTAÇÃO (DHEG): UM ESTUDO DE CASO Aline Maria Furtado de Carvalho; Jocielma dos Santos Mesquita; Hiasmim Batista Rodrigues; MILENA DE MELO ABREU INTRODUÇÃO: A Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG) é uma das complicações mais comuns e de maior morbimortalidade materna e perinatal ocupando o primeiro lugar dentre as afecções próprias do ciclo grávido-puerperal. Assim, o exercício da sistematização da assistência de enfermagem nesse contexto é fundamental para prestar os cuidados necessários, a fim de evitar possíveis danos para o binômio mãe-filho. (GONÇALVES, et al, 2001, p.61). OBJETIVO: Prestar Assistência de Enfermagem a uma Gestante de Risco com antecedente de DHEG. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de caso, realizado inicialmente no Centro de Saúde da Família Dr. Estevão Ferreira da Ponte, Sobral-CE, e posteriormente na residência da gestante, no período de 01 a 12 de Abril de 2013. Onde se utilizou como instrumentos para coleta dos dados a entrevista semiestruturada direta com análise do prontuário, além da realização de exame físico, analisados à luz da Teoria de Wanda Horta. Observou-se ainda a Resolução 466/12. RESULTADOS: A.P.G. S, negra, alfabetizada, casada, mora com esposo e filhos, encontra-se no terceiro semestre da terceira gestação, de uma prole de três, e trabalha em uma empresa calçadista como auxiliar de produção. Possui antecedentes familiares para Hipertensão, Diabetes e um caso de Gemelaridade. Quanto aos antecedentes pessoais é considerada gestante de risco devido ao quadro de pré-eclâmpsia ocorrido na gestação anterior. Nos dois partos anteriores, o primeiro evoluiu para parto vaginal com RN a termo e o segundo cesariana com RN pré-termo, não tendo ocorrido nenhum aborto. O primeiro filho foi amamentado, no entanto o mesmo não 15 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ ocorreu com o segundo devido à prematuridade. Da gestação atual realizou quatro consultas pré-natais, a data provável do parto está para 19 de junho de 2013 segundo a data da última menstruação. Das quatro consultas uma foi com o médico o qual diagnosticou uma infecção urinária, que segundo o exame de urocultura apresentou seis piócitos, tendo como conduta a prescrição de medicamentos dos quais o posto não dispunha e a gestante não se manifestou a comprar, a mesma ainda não fez uso do carbonato de cálcio prescrito para evitar os sinais de DHEG, utilizando apenas o AAS. Não realizou exames para tipagem sanguínea, VDRL, antiHIV e prevenção do câncer ginecológico. Ainda toma sulfato ferroso e relatou nunca ter feito uso de ácido fólico. Sua alimentação é composta por três refeições: almoço, jantar e ceia. Nos cinco exames físicos realizados observou-se comumente que a gestante encontrava-se: consciente, orientada auto e alopsiquicamente, normocárdica, normotensa, eupnéica, afebril, anictérica, acianótica, pele íntegra, mamas simétricas, hidratadas, à palpação expansibilidade torácicas simétricas e preservadas. Apresenta à inspeção abdome gravídico, simétrico, cicatriz umbilical centralizada, ausência de sujidades. Batimento Cárdio Fetal normal conferidos com sonar Doppler, à palpação: situação de feto em eixo longitudinal, apresentação cefálica, altura uterina de 28 centímetros. Diagnósticos de enfermagem: Risco para DHEG relacionado à gestação de risco evidenciada por quadro de pré-eclâmpsia desenvolvido na gestação anterior; Edema postural de MI relacionado à produção de hormônio antidiurético evidenciado por retenção de líquido; Ingestão Alimentar inadequada (gestação) relacionado ao risco de DHEG evidenciado por refeições deficientes; Risco de amamentação ineficaz relacionado à intensa jornada de trabalho evidenciado por falta informações; Controle do regime terapêutico inadequado relacionado à infecção do trato urinário definido por ausência de tratamento; Conhecimento insuficiente sobre atividade sexual na gravidez relacionado à falta de informação evidenciado por dúvidas; Risco para infecção (colo de útero) relacionado a conhecimento insuficiente sobre a importância do exame preventivo evidenciado pela não realização do exame há oito anos; Autoexame de mama ausente relacionado à falta de informação evidenciado pela não realização do mesmo; Risco para lesão fetal relacionado ao ambiente de trabalho evidenciado por exposição a agentes químicos; Como intervenções pontuaram-se respectivamente: Facilitação de informações acerca dos riscos que um quadro de pré e eclampsia podem acarretar para o binômio mãe/filho; Orientou-se quanto à postura e movimentação dos membros; Elaborou-se um plano alimentar e foi feito um encaminhamento ao nutricionista; Alertou-se para a importância da adesão ao tratamento anti-hipertensivo; Colocou-se os benefícios advindos da amamentação para ambas as mãe e filho; Esclareceramse algumas dúvidas referentes à atividade sexual na gravidez; Alertou-se para as complicações gestacional que podem ser desencadeadas por uma infecção cervicovaginal; Incentivou-se a gestante a buscar remanejamento de setor laboral, ou mesmo afastamento, além do uso de EPIs. CONCLUSÃO: A assistência de enfermagem qualificada configura-se como uma ferramenta de extrema valia para o cuidado a gestante com risco para DHEG, pois permite a facilitação de informações de cuidados próprios nesse período, além de proporcionar construir junto a essa um plano adequado as suas condições de vida. Sendo relevante para nós acadêmicos de enfermagem uma vez que norteou nossa prática. REFERÊNCIAS: GONCALVES, Roselane; FERNANDES, Rosa Aurea Quintella; SOBRAL, Danielle Henriques. Prevalência da doença hipertensiva específica da gestação em hospital público de São Paulo. Rev. bras. enferm., Brasília, v.58, n.1, Feb. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S003471672005000100011&lng=en &nrm=iso>. Acesso em: 20 Nov. 2014. 16 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ 04. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PRESTADA A UMA GESTANTE COM DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GESTAÇÃO (DHEG) Auxiliadora Elayne Parente Linhares; Jocielma dos Santos Mesquita; Geane Sales Bezerra; Flavia Vasconcelos Teixeira; Eliany Nazaré de Oliveira; MARIA MICHELLE BISPO CAVALCANTE. INTRODUÇÃO: A Doença Hipertensiva Especifica da Gestação (DHEG) é o distúrbio mais comum no período gestacional, ocorrendo habitualmente no final da gravidez, e caracterizado por manifestações clínicas associadas: hipertensão, edema e proteinúria, sendo estes chamados de tríade da DHEG. A classificação tem duas formas básicas: pré-eclâmpsia, forma não convulsiva marcado pelo início da hipertensão aguda após a 20ª semana de gestação e eclâmpsia, que é um distúrbio hipertensivo gestacional que se caracteriza pelos episódios convulsivos (REZENDE, 2011). Esse distúrbio começa com a vasoconstrição arterial periférica e o espasmo dos vasos, que acarreta o aumento do nível de pressão sanguínea e, como consequência o decréscimo do fluxo sanguíneo ao útero e à placenta. Acontecem também alterações nos rins que faz com que aja redução da filtração glomerular e a consequente proteinúria. É de fundamental importância que no pré-natal faça a detecção precoce de sinais de doença hipertensiva, antes que evolua. Por esse motivo, deve-se sempre registrar o peso da gestante, averiguar a pressão arterial e realizar exame de urina. OBJETIVO: Esse estudo tem como objetivo relatar a assistência de enfermagem a uma gestante com DHEG internada em uma maternidade da Zona Norte do Estado do Ceará. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de caso, com abordagem qualitativa do tipo exploratório descritivo, realizado pelos acadêmicos de enfermagem monitores do Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde- PET Redes de Atenção/ Rede Cegonha pertencentes à Universidade Estadual Vale do Acaraú da cidade de Sobral-Ceará. Tendo como sujeito, uma gestante internada em uma Maternidade da Zona Norte do Estado do Ceará no período do mês de outubro de 2013. A coleta de informações foi feita através de entrevista semiestruturada com a cliente e do prontuário hospitalar. A análise do material colhido era feita após as visitas, sendo assim organizados e transcritos os problemas de enfermagem encontrados, somados as intervenções realizadas para a gestante, como ajuda foi utilizado A Taxonomia II da NANDA International 2012-2014. Foram seguido os princípios bioéticos preconizados pela Resolução 466/12, que regulamenta pesquisas envolvendo seres humanos. RESULTADOS: Gestante com 28 semanas gestacional, 25 anos de idade, casada, segunda gestação, sendo que a primeira foi interrompida decorrente a um aborto espontâneo com causas desconhecidas. Realizou quatro consultas de pré-natal, tendo como achados anormais na última consulta diminuição do ganho de peso, pico hipertensivo de 140x100, edema nos membros inferiores e intensa cefaleia, por esse motivo foi encaminhada para a maternidade. Na maternidade foi diagnóstica com pré-eclâmpsia e internada para amenizar os sintomas e tentar manter o feto no útero por um período de tempo mais prolongado. Para a prestação da assistência de enfermagem foi levantado os seguintes achados de acordo com NANDA e visto as intervenções adequadas: Volume de líquido excessivo relacionado à presença de edemas evidenciado pela realização de exame físico nos MMII, como intervenção foi proposto para a gestante que ela repousasse com os pés elevados para facilitar o retorno venoso e que preferencialmente se deitasse do lado esquerdo e evitasse deitar de costas para não comprimir os vasos sanguíneos calibrosos, o que dificulta o retorno venoso. Nutrição desequilibrada menor que as necessidades corporais, relacionada à ingestão insuficiente de nutrientes para satisfazer as necessidades metabólicas evidenciado pelo peso da cliente, a partir disso, foram 17 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ dialogado com a gestante que a mesma deveria se alimentar de forma saudável e várias vezes ao dia, para que seu filho chegasse ao peso ideal para a idade gestacional. Conhecimento deficiente sobre a doença evidenciado pela fala da gestante, para esse achado, foi informado para a cliente o que seria a pré-eclampsia, os seus sintomas, tratamento e as complicações. CONCLUSÃO: Para o controle da DHEG é de fundamental importância que seja prestada uma assistência de enfermagem adequada, que exista uma troca de informações e a criação de vínculos para que assim possa ser construídos juntos os cuidados precisos para esse quadro clínico. REFERÊNCIAS: REZENDE, J.F. MONTENEGRO, C.A. Obstetrícia Fundamental. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011 05. ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO A ADOLESCENTES PRÉ-HIPERTENSOS. Luis Gustavo Oliveira Farias; Amaurilio Oliveira Nogueira; Isabela Gonçalves Costa; Taís de Lima Castro; MARIA VILANI CAVALCANTE GUEDES. INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial é uma doença crônica caracterizada pelo aumento da pressão interna das artérias, isso ocasiona um maior esforço da bomba cardíaca para promover a circulação, as artérias perdem a sua capacidade elástica tornando-se resistentes a passagem do sangue, ou quando o volume torna-se muito alto exigindo uma maior velocidade para circular, ambas as formas resultam em uma maior pressão exercida na parede dos vasos sanguíneos, causando hipertensão arterial, ou seja, a hipertensão envolve o aumento do débito cardíaco e da resistência vascular periférica. A hipertensão é a principal causa de morte no mundo e a partir dela podem-se desenvolver sérias complicações como infarto agudo do miocárdio (IAM), acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca congestiva (ICC). O diagnóstico de hipertensão é feito pela medida da pressão sistólica que normalmente está no intervalo de 100 a 119 mmHg e a diastólica entre 60 e 79 mmHg, quando é verificado em um paciente valor que excede esses padrões, é classificado como hipertenso. Entretanto caso o paciente permaneça no intervalo de 120 a 139 mmHg na pressão sistólica e 80 a 89 mmHg na pressão diastólica, é dito pré-hipertenso¹. O risco de morte do paciente hipertenso escalona de acordo com sua pressão arterial (PA), diabetes e histórico de AVC. O maior fator de risco de adolescentes de faixa etária entre 12 e 17 anos para hipertensão é a obesidade, além disso, são perceptível outros fatores, tais como: sexo masculino, pele escura, dietas hipercalóricas, ingestão de sal, sedentarismo, diabetes, dislipidemia, predisposição genética, estresse, uso de anabolizantes, fumo e etilismo², mesmo considerando que no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a venda e a oferta de drogas lícitas a menores de 18 anos está vedada, este comportamento ainda é evidenciado na sociedade. A assistência do enfermeiro entra nesse quadro de duas maneiras: a farmacológica e não farmacológica. Para pacientes hipertensos, o uso do tratamento farmacológico complementado com o não farmacológico pode equilibrar os níveis pressóricos, por outro lado em casos de préhipertensão o tratamento não farmacológico já é suficiente e em casos de adolescentes préhipertenso acaba tornando-se o tratamento ideal. O enfermeiro então possui um papel importante na prevenção da hipertensão promovendo à adesão do adolescente ao tratamento não farmacológico da pré-hipertensão arterial. O enfermeiro atua de modo direto no acompanhamento do adolescente pré-hipertenso acompanhando-o na estratégia saúde da família, onde essa atuação é voltada para a educação em saúde acerca dos cuidados e da orientação sobre a hipertensão arterial. OBJETIVO: Verificar a produção científica de enfermagem referente à assistência de enfermeiros aos adolescentes pré-hipertensos. 18 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada na base de dados Scielo (Scientific Electronic Library Online) com os seguintes descritores: "enfermagem", "adolescentes" e "pré-hipertensão". Os critérios utilizados para a inclusão de artigos foram: publicação no período de 2011 a 2014 e idioma português. Foram excluídos os artigos que não tratavam o assunto hipertensão como exclusividade; artigos referentes ao programa de hipertensão e diabetes, por exemplo. A amostra constou de 10 artigos. RESULTADOS: Na atenção primária, o enfermeiro desenvolve diversas atividades visando inteirar o adolescente pré-hipertenso dos problemas que o mesmo pode desenvolver, ele esclarece o tratamento não farmacológico que consiste em uma série de medidas que, além de cuidar da saúde do adolescente, previne muitas doenças, inclusive a própria hipertensão resultando em orientações à adoção de novos hábitos de vida. Estas orientações são: reduzir a ingestão de alimentos gordurosos e com excesso de sal, evitar o consumo de bebidas alcoólicas, praticar atividades físicas regularmente e cessar o uso de anabolizantes e tabaco. Então, o papel do enfermeiro envolve o incentivo, o despertar interesse dos adolescentes e da família sobre os riscos da hipertensão, por meio da educação em saúde com vista à prevenção não só da hipertensão como de muitas outras doenças como a diabetes. A qualidade da assistência do enfermeiro se concretiza quando o profissional exerce orientações com conhecimento, humanidade e competência para atender as necessidades de saúde e as expectativas de seus pacientes e familiares. CONCLUSÃO: O enfermeiro tem um papel primordial na assistência aos adolescentes com risco de hipertensão arterial. Por meio intervenções para a promoção da saúde, ele contribui para o controle da doença, previne complicações e melhora a qualidade de vida do indivíduo com hipertensão arterial e de sua família. REFERÊNCIAS: ALESSI, Alexandre et al. I Posicionamento Brasileiro sobre Pre-Hipertensao, Hipertensao do Avental Branco e Hipertensao Mascarada: Diagnostico e Conduta. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo , v. 102, n. 2, p.110-119, Feb. 2014 . FREITAS, Dayana et al . Fatores de risco para hipertensão arterial entre estudantes do ensino médio. Acta Paul. Enferma., São Paulo , v. 25, n. 3, p. 430-434, 2012 . MEIRELES, Raquel. Rastreio da Hipertensão Primária em Crianças e Adolescentes: Recomendações da United States Preventive Services Task Force. Rev Port Med Geral Fam, Lisboa , v. 29, n. 6, p. 413-414, nov. 2013 . OLIVEIRA, Thatiane Lopes et al . Eficácia da educação em saúde no tratamento não medicamentoso da hipertensão arterial. Acta Paul. Enferm., São Paulo , v. 26, n. 2, p. 179-184, 2013 . PINTO, Sônia Lopes et al . Prevalência de pré-hipertensão e de hipertensão arterial e avaliação de fatores associados em crianças e adolescentes de escolas públicas de Salvador, Bahia, Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro , v. 27, n. 6, p. 1065-1075, jun. 2011. 06. A ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA DO CLIENTE COM DIAGNÓSTICO DE INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO Heda Caroline Neri de Alencar; Alessandra Carvalho Batista; Cintya de Fátima de Sousa e Oliveira; Eliádia Freitas Bastos; Leticia Karen Rodrigues Tomaz INTRODUÇÃO: Infarto agudo do miocárdio (IAM) é a necrose de uma parte do músculo cardíaco causado pela interrupção de fluxo sanguíneo nas artérias coronárias localizadas nesta região, em que as células encontram-se privadas de oxigênio. Caracteriza-se pelo início agudo de isquemia do miocárdio. É uma situação de emergência que se sendo imprescindível intervenções eficazes definitivas principalmente no que se diz respeito à equipe de enfermagem. Dados apontam que anualmente a ocorrência de casos de IAM no Brasil é de 19 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ 300.000 a 400.000, com 60.080 óbitos. Constatando que a cada seis casos, um cliente evolui a óbito. OBJETIVO: Analisar a importância da assistência de enfermagem para clientes acometidos pelo IAM, visando a redução da mortalidade. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura, onde se utilizaram as bases de dados: LILACS e SciELO, por meio da BVS e Google Acadêmico. Foram utilizados cinco artigos do período de 2009 a 2014. Os critérios de inclusão foram artigos encontrados em português, na íntegra entre o período de 2009 a 2014 que abordassem o referido tema. Os critérios de exclusão foram artigos em outros idiomas, que não estivessem na íntegra, que estavam fora do período da consulta e não abordavam o tema em questão. O estudo foi realizado em Novembro de 2014, com os seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DECS): “infarto”; “assistência de enfermagem” e “epidemiologia”. RESULTADOS: O IAM tem como atendimento inicial a busca pela história da doença e dados referentes ao cliente de forma limitada. O atendimento emergencial envolve abordagem diagnóstica e tratamento simultâneo, baseados em matemática sequencial de reestabelecer a análise de dados do exame físico imediato. Verificando sinais vitais e resultados de exames complementares. Na admissão, estima-se que o cliente se encontre instável ou necessitando de medidas de ressuscitação. A equipe de enfermagem deve atuar na área de educação em saúde de pessoas com alto risco de IAM e seus familiares, visando à ciência dos mesmos no que diz respeito aos sinais e sintomas do infarto e da importância do socorro imediato. Além de frisar o diagnostico precoce e o inicio dos cuidados emergenciais, aumentam as chances de sobrevida do cliente. Tendo como objetivo a provisão, promoção, manutenção e restauração do conforto do cliente. Contudo, na prática h 1hospitalar, percebe-se que o conforto é primordial a este cliente, por meio da promoção de um plano de cuidados adequado, individualizado e humanizado, esclarecendo dúvidas, avaliando necessidades, e atendendo expectativas. No mais, para melhor reabilitação do mesmo é necessário traçar os diagnósticos de enfermagem aplicando intervenções necessárias para posteriormente favorecer o resultado esperado. CONCLUSÃO:. Conclui-se que o enfermeiro é peça essencial, na assistência de enfermagem ao cliente que chega à unidade de urgência e emergência com diagnóstico de IAM, possibilitando assim um plano de cuidado favorável para sua reabilitação e restruturação do dano ao meio social, sendo capaz de avaliar, programar e reavaliar os resultados e adequar o tratamento de acordo com as necessidades de cada pessoa. Contatou-se que o trabalho da equipe de enfermagem torna-se um precursor do auxilio a diminuição da mortalidade pela causa do IMA. REFERÊNCIAS: Bezerra AA, Bezerra AA, Queiroz SJ, Brasileiro ME. A conduta de enfermagem frente ao paciente infartado. Revista Eletrônica de Enfermagem do Centro de Estudos de Enfermagem e Nutrição [serial on-line] 2011 jan-jul 1(1) 1-10. Carvalho DC, Pareja DCT, Maia LFS. A importância das intervenções de enfermagem ao paciente com infarto agudo do miocárdio. São Paulo: Revista Recien. 2013; 3(8):5-9. Yujra CMM, Avelar MCQ. Perfil Epidemiológico de Pacientes Internados com Infarto Agudo do Miocárdio – Estudo Retrospectivo. Enfermagem Clínica. Rocha APF, Chermaut GR, Moreira JP, Barcelos SC, Xavier ZDM. Atendimento Inicial ao Infarto Agudo do Miocárdio. Litera Docente e Discente em revista - Volume 2º. – nº 02 – 2º. semestre 2012. 20 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ 07. A ASSITÊNCIA DE ENFERMAGEM ÀS CRIANÇAS PORTADORAS DE CARDIOPATIA CONGÊNITA. Anderson Liniker Saraiva Barros; Géssica Lima da Silva; Francisco Pedro de Sousa Xavier; Samara Kelly Sousa Macêdo; Elisângela de Jesus Macêdo Araújo; PACIOLO MONTINI COSTA OLIVEIRA. INTRODUÇÃO: A cardiopatia congênita consiste em anormalidades decorrentes, desde o período gestacional se estendendo até a oitava semana, período este em que ocorre o desenvolvimento das principais estruturas cardiovasculares. As malformações parecem resultar de uma interação multifatorial, que abrange fatores genéticos e ambientais (JANSEN2011). Dentre as cardiopatias, a cardiopatia congênita critica atinge uma grande percentual de crianças e decorre do fechamento ou restrição do canal arterial (cardiopatias do canaldependente). O diagnóstico precoce é fundamental, pois pode evitar choque, acidose, parada cardíaca ou agravo neurológico antes do tratamento da patologia. No entanto, a enfermagem tem procurado direcionar e integrar o saber com o fazer, visando contribuir para a melhoria da qualidade de sua assistência, de forma sistematizada. Portanto, assistência de enfermagem proporciona um direcionamento de ações e cuidado individualizado, facilitando a passagem de plantão e estimulando os enfermeiros no aperfeiçoamento de seus conhecimentos, a falta deste processo contribui para sua descontinuidade e fragilidade do atendimento, prejudicando a qualidade da assistência prestada. OBJETIVO: Analisar na literatura a assistência de enfermagem em crianças portadoras de Cardiopatia Congênita. METODOLOGIA: A pesquisa trata-se de um estudo bibliográfico descritivo e exploratório onde foi utilizado o método de observação direta através do levantamento bibliográfico em bancos de dados online, no quais foram consultadas várias literaturas relativas ao assunto, com base nos descritores: enfermagem e cardiopatia, localizando vinte nove artigos e aplicados os filtros: texto completo em português, publicados nos últimos cinco anos, tipo de documento artigo, base de dados nacional, assunto principal (cardiopatia congênita e processo de enfermagem), finalizando em três artigos os quais foram analisados quanto aos objetivos da pesquisa. RESULTADOS: A sistematização proporcionou um maior conhecimento sobre a doença e ampliando o olhar sobre as relações familiares, que incidem direta ou indiretamente no processo saúde-doença, otimização do cuidado de enfermagem. Segundo Meireles (2010), o enfermeiro, ao conhecer a forma como a família é afetada pela enfermidade de um de seus membros, pode auxiliar na mobilização dos recursos disponíveis para o enfrentamento e adaptação à nova situação. Enquanto Urakama (2012) acredita que a assistência de enfermagem muito pode contribuir para viabilizar a realização de diagnóstico e intervenção precoces o que leva à necessidade de explorar e adquirir novos conhecimentos, que possam contribuir para a diminuição dos agravos e da mortalidade neonatal. Monteiro (2009) Defende que o cuidado implica em atender ás necessidades decorrentes do processo natural de crescimento e desenvolvimento, como também aquelas provenientes da repercussão da cardiopatia no organismo infantil. De modo geral, as manifestações clinicas decorrentes das cardiopatias junto com o processo de hospitalização prolongado contribuem para provocar nas crianças um déficit de peso. CONCLUSÃO: O estudo mostrou que a cardiopatia é uma doença congênita e está muito presente no cotidiano das crianças. A assistência de enfermagem é muito importante no tratamento dos portadores de cardiopatia congênita, pois é através dela que a sistematização da assistência de enfermagem vai auxiliar no cuidado e no tratamento do paciente. A integralidade do cuidado à criança enferma demanda que o enfermeiro atente para as relações familiares que interferem no processo terapêutico, pois a 21 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ família tem uma influencia importante que se percebe tanto no cuidado físico quanto no emocional da criança. Vale ressaltar que a assistência em enfermagem em cardiologia evoluiu significativamente, possibilitando não só a sobrevivência, mais também a qualidade de vida dos portadores de cardiopatia congênita, assim a conduta da enfermagem diante da criança com má formação congênita cardíaca deve ser especifica e de qualidade. Há uma preocupação em melhorar a pratica de enfermagem em cardiologia pediátrica, onde o principal método é o aperfeiçoamento do conhecimento sobre a doença acometida as crianças, que de certa forma irá acarretar em um melhor entendimento sobre o caso cardiológico congênito levando á uma melhor assistência prestada ao paciente. REFERENCIAS: Monteiro, Flávia Paula Magalhães; Araújo, Thelma Leite de; Lopes, Marcos Venícios de Oliveira; Chaves, Daniel Bruno Resende; Beltrão, Beatriz Amorim; Costa, Alice Gabrielle de Sousa. Rev Lat Am Enfermagem; 20(6): 1024-1032, Nov.-Dec. 2012. tab. Tomie Urakawa, Isabel. IDENTIFICAÇÃO DO PERFIL E DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM DO NEONATO COM CARDIOPATIA CONGÊNITA. Trabalho cientifico. 7folhas. Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC).2010. Silva Meireles, Glaucia. AVALIAÇÃO DAS FAMÍLIAS DE CRIANÇAS COM CARDIOPATIA CONGÊNITA E A INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM. Estudo descritivo.14folhas. Escola de Enfermagem Alfredo Pinto, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro/EEAP/UNIRIO. 2010. 08. A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO HIPERTENSO NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. Kariny Gomes Marques; Ronys Gomes de Souza; Paula Andréia Araújo Monteiro; Samara Kelly Sousa Macêdo; Elisângela de Jesus Macêdo Araújo; HERMÍNIA MARIA SOUSA PONTE INTRODUÇÃO: O crescimento da população idosa é um fenômeno mundial. A expectativa de vida aumentou, pois houve grandes evoluções científicas que melhoraram a qualidade dos medicamentos, das vacinas, das cirurgias de alta precisão e também das medidas de saneamento, juntamente com isso veio o aumento as doenças não transmissíveis, dentre elas as doenças cardiovasculares, sendo este um sinal preocupante (PEDRONI, 2013). A prevalência da hipertensão nos idosos é superior a 60%, tornando-se fator determinante na morbimortalidade dessa população, exigindo assim correta identificação do problema e a apropriada abordagem terapêutica. As doenças cardiovasculares são responsáveis por 284.685 dos falecimentos em 2004 no Brasil e representam 25% da mortalidade geral, com 10,1% da mortalidade geral para doenças cerebrovasculares e 9,7% para isquemias cardíacas, sendo a associação à hipertensão arterial fator de risco para tais doenças (ARAÚJO, 2010). A grande demanda de idosos e hipertensos foi o ponto crucial que motivou a realização do estudo. Diante da necessidade de conhecer como está sendo a assistência prestada, já que é função do enfermeiro conhecer os seus pacientes e saber como deve ser realizada essa assistência, a esse grupo de hipertensos. OBJETIVO: Analisar a produção científica de enfermagem referente à assistência de enfermagem a idosos hipertensos. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica. Foi realizada uma pesquisa sistemática nas bases eletrônicas de dados Biblioteca virtual em saúde (BVS) e Google Acadêmico, com os descritores: assistência ao Idoso, pressão arterial e enfermagem. Foi efetuada uma consulta online no período de 15 a 25 de novembro de 2014, onde foram selecionados artigos de publicação do ano de 2010 a 2014, que estavam em português e com texto completo. Foram selecionados 30 artigos, e de acordo com os critérios de inclusão e exclusão foram escolhidos 05 artigos. O critério de exclusão 22 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ foram trabalhos fora do período selecionados, trabalhos somente com resumo, trabalho que não estavam em português e que o conteúdo não estava relacionado ao tema. RESULTADOS: Assim, perante da proposta de Oliveira e Tavares (2010), as atividades do HIPERDIA planejadas e executadas pelo enfermeiro promovem melhorias no acompanhamento dos indivíduos e no planejamento da assistência de enfermagem, a fim de proporcionar a prevenção do agravo dessas doenças cardiovasculares e uma boa qualidade de vida à clientela assistida. Segundo Nogueira et al. (2011), a equipe de Saúde da Família possui um papel fundamental no combate e na prevenção e controle de agravos. Para sistematizar a assistência e organizar o atendimento, para que assim os pacientes hipertensos tenha acesso a todos os serviços incluindo consultas médicas e de enfermagem, exames, recebimento de medicamentos, mensuração de peso, altura, circunferência abdominal, pressão arterial e glicemia capilar, além do atendimento odontológico e encaminhamento a outras especialidades, visando prevenir complicações. Com a realização da educação em saúde é possível transmitir à população informações e conscientizá-los sobre a sua própria saúde. Ela gera melhor aderência dos pacientes ao tratamento e maior autonomia em relação aos cuidados (LIMA, et al. 2012). Na perspectiva de Valério (2012), a melhor forma de conscientização para a adesão aos tratamentos é através de palestras educativas e/ou orientações individuais, explicando e esclarecendo a população da importância da prevenção e do controle dessas doenças pelo cumprimento correto dos tratamentos. Pedroni (2013), em sua pesquisa descreve que as mudanças de padrão alimentar orientadas pela enfermagem, com o intuito de promoção de saúde, foram bem aceitas e valorizadas pelos idosos, já que todos relataram seguir a dieta recomendada com base nas orientações repassadas. CONCLUSÃO: O papel da enfermagem, com expansão da estratégia em saúde da família aproximou assistência aos idosos, principalmente os cardiovascular através de grupo HIPERDIA realizando atividades de educação em saúde e a assistência de enfermagem. Os Enfermeiros são os profissionais responsáveis pela promoção de atividades que venham facilitar a compreensão de todos os idosos do grupo. Onde essas atividades devem ser constantemente analisadas buscando assim incentivar os idosos, a manter uma alimentação saudável, praticar atividades físicas, ter momentos de lazer, adesão ao tratamento proposto e manter um estilo de vida saudável. REFERÊNCIAS: LIMA, S. A; GAIA, S. E.; FERREIRA, A. M. A IMPORTÂNCIA DO PROGRAMA HIPERDIA EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DO MUNICÍPIO DE SERRA TALHADA - PE, PARA ADESÃO DOS HIPERTENSOS E DIABÉTICOS AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO E DIETÉTICO. Faculdade de Integração do Sertão, Serra Talhada – PE. Saúde Coletiva em Debate, v. 2, n.1, p.30-29, dez. 2012. NOGUEIRA, T. L.; VIANA, M. M. L. Hiperdia: ADESÃO E PERCEPÇÃO DE USUÁRIOS ACOMPANHADOS PELA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA. Rev. Rene, Fortaleza, v. 12, n. esp., p.930-936, 2011. OLIVEIRA, A. C. J.; TAVARES, S. M. D. ATENÇÃO AO IDOSO NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO. Rev. Esc. Enferm. USP, v.44, n.3, p.774781, 2010. PEDRONI, G.A.M.; ROSA, J.A.; ALMEIDA, M.E.F.; et al. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PRESTADA À PESSOA IDOSA COM HIPERTENSÃO ARTERIAL. R. Enferm. Cent. O. Min. 2013 mai/ago; 3(2):662-669. VALÉRIO, N. C. E. O IDOSO POMERANO HIPERTENSO E A ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: A EXPERIÊNCIA DE UMA COMUNIDADE RURAL. 2012. 151 f. Dissertação (Mestrado em Políticas Públicas e Desenvolvimento Local) - Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória, Vitória, 2012. 23 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ 09. A ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NA CARDIOPATIA COGÊNITA: REVISÃO LITERÁRIA. Carlos Victor Fontenele PINHEIRO; Tereza Anielle Albuquerque Ximenes; Carlos Henrique do Nascimento Morais; Elisângela Sandra de Araújo Aragão; Sheila Costa Araújo; NÁTILA AZEVEDO AGUIAR RIBEIRO INTRODUÇÃO: As cardiopatias congênitas são anomalias resultantes de defeitos anatômicos no coração ou na rede circulatória, que comprometem sua função. As cardiopatias congênitas começaram a ser identificadas a partir do século XVII, mediante relatos esporádicos que procuravam correlacionar os sintomas clínicos com achados de autópsia. Em 1936, Mande Abbot publicou um atlas com estudos detalhados da anatomia de um grande número de cardiopatias congênitas. A etiologia da maioria dos defeitos cardíacos é desconhecida. No entanto vários fatores estão associados a uma incidência maior que a normal. Como, fatores pré-natais: rubéola materna, desnutrição, diabetes materna, idade materna acima de quarenta anos além de fatores genéticos, havendo assim um maior risco de doença cardíaca congênita, além disso estudos mostram que sua incidência varia entre 0,8%, nos países desenvolvidos, e 1,2%, nos países mais pobres. Já (WHALEY e WONG, 2012) declararam que a incidência de doença cardíaca congênita é de aproximadamente oito a dez por mil nascidos vivos. No Brasil, especificamente no sul do Paraná, os dados apontam uma variação de incidência de 0,6/1000 a 10/ 1000 nascidos vivos e é estimado o surgimento de vinte e oito mil novos casos por ano, e desses, vinte e três mil irão necessitar de intervenção cirúrgica (GUITTI, 2010). Há ainda no país, um déficit médio de 65% entre a necessidade e a efetiva realização de cirurgias cardíacas, dos casos de malformações congênitas (PINTO JÚNIOR, 2011). Este déficit é bem maior nas regiões norte (93,5%) e nordeste (77,4%). É uma das principais causas de morte no primeiro ano de vida, apesar da sobrevida pós-natal depender, fundamentalmente, do tipo de lesão existente. OBJETIVOS: Relatar como deve ser uma assistência de enfermagem planejada e qualificada. METODOLOGIA: O estudo é do tipo revisão literária realizada no banco de dados da Biblioteca Virtual em Saúde – BVS utilizando como assunto principal a assistência de enfermagem e cardiopatias congênitas, no mês de Novembro de 2014, foram utilizados artigos publicados nos últimos cinco anos com idioma selecionado em português, relacionado aos descritores e tema central os demais, foram excluídos. RESULTADOS: Após aprofundamento da pesquisa foram avaliados todos os estudos publicados em português, porem, mostrou-se uma defasagem em artigos publicados com sistematização da assistência de enfermagem a cardiopatia congênita, pois os artigos selecionados apresentaram que a SAE, estavam relacionados ao período perioperatório, além de demonstrar artigos de infartos agudo do miocárdio em adulto, idosos e deformidades congênitas severas que não estavam de acordo com assunto citado a cima, assim não foi possível visualizar artigos que relatassem cardiopatias em crianças. CONCLUSÃO: Faz se necessário pesquisas relacionadas a cardiopatias detectadas na infância, para assim um melhor tratamento terapêutico e uma implementação da SAE, contudo possibilitou uma investigação e um aprimoramento do assunto a fim de desenvolver as características da cardiopatia congênita na prevenção e diagnóstico precoce das complicações e manutenção do conforto do cliente, por meio de observação detalhada para uma assistência integral do cliente com cardiopatia congênita. REFERÊNCIAS: PINTO JÚNIOR VC; DAHER CV; SALLUM FS; JATENE MB; CROTI UA. Situação das cirurgias cardíacas congênitas no Brasil. Rev Bras Cir Cardiovasc. 2011; 19:(2)I –II; MIYAGUE NI, CARDOSO SM, WHALEY e WONG. Estudo epidemiológico de cardiopatias congênitas. Análise em 4.538 casos. Arq Bras Cardiol. 2012; 80(3):269-73; VALÉRIA KA; JANSEN DA. Assistência De Enfermagem A 24 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ Criança Portadora De Cardiopatia. Instituto Nacional de Cardiologia de Laranjeiras - MS RJ. 2013. 10. A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO E SAÚDE NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTES PORTADORES DE ANGINA ESTÁVEL . Amaurilio Oliveira Nogueira; Taís de Lima Castro; Isabela Gonçalves Costa; Luis Gustavo Oliveira Farias; ANA CLAÚDIA DE SOUSA LEITE INTRODUÇÃO: A angina estável é caracterizada por episódios transitórios de dor ou desconforto na região subesternal que pode ser irradiada para regiões como ombros, braços, pescoço, mandíbula ou costas. A dor anginosa está relacionada a atividades que aumentam a demanda de oxigênio miocárdico, pois a angina ocorre a partir de um processo isquêmico geralmente causado por aterosclerose coronariana. Devido ao déficit da irrigação sanguínea nas áreas de isquemia às taxas de oxigênio miocárdico estão reduzidas e no momento de esforço onde essa demanda aumenta e não é suprida ocorrem os episódios de dor. O portador de angina deve saber reconhecer quando é um episódio de angina ou quando há aumento ou intensificação da dor, a partir disso observamos a necessidade da educação e saúde que deve ser feita dentro da assistência de enfermagem aos pacientes portadores de angina estável. A assistência de enfermagem ao paciente portador de angina engloba várias vertentes do tratamento como, por exemplo, a educação com relação à mudança de estilo de vida fazendo principalmente o controle rigoroso de fatores de risco como a hipertensão arterial, a diabetes, a dislipidemia e a obesidade, auxilio na adesão ao tratamento medicamentoso e aproximação da família com o quadro clínico do paciente prevendo situações de estresse que podem ser evitadas ou buscando meios de administrar possíveis fatores estressores. OBJETIVOS: Demonstrar a importância da educação e saúde feita por enfermeiros dentro da assistência de enfermagem a pacientes portadores de angina estável e aportar quais os pontos devem ser enfatizados no processo de educação e saúde desses pacientes. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica, onde foram utilizados oito artigos de um universo de 36, realizada nas bases de dados Lilacs, Birreme e Scielo. Utilizou-se artigos publicados em português e inglês. Como critérios de inclusão foram utilizados artigos que definissem a dor anginosa trazendo aspectos do tratamento e que apontassem assistência de enfermagem a esses pacientes e como critérios de exclusão artigos que não estivessem na integra e que não relacionassem a assistência de enfermagem ao tratamento do paciente portador de angina. O período das buscas foi de 2010 a 2014. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A educação e saúde é um dos instrumentos mais utilizados pelo enfermeiro para a condução do processo de cuidar, pois é a partir disso que o enfermeiro pode repassar o conhecimento de modo prático assim proporcionando o desenvolvimento e o ensino do autocuidado. Os pacientes portadores de angina estável necessitam saber reconhecer alguns sinais específicos da doença; um exemplo disso é saber reconhecer quando irá ter uma crise de dor ou como preveni-la de modo eficiente, a partir disso observamos a importância do enfermeiro inserido nesse contexto trabalhando a orientação e educação dos pacientes. A educação e saúde é fundamental para a família do paciente, pois diversas vezes por falta de informação não sabem reconhecer uma crise anginosa ou um episódio de infarto agudo do miocárdio (IAM), desse modo o enfermeiro utilizando da prática do ensino em educação e saúde pode trabalhar o meio familiar com a finalidade de construir um cenário de adaptação e de cuidados direcionados para o paciente portador de angina dentro do âmbito familiar. CONCLUSÂO: Observa-se que pacientes portadores de angina estável que tem conhecimento de sua doença e 25 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ preparação para reconhecer quando um processo isquêmico está se estabelecendo e posteriormente a possível progressão para um IAM estão conseguindo contornar a situação de crise e procurar atendimento especializado, essas iniciativas do paciente reduzem os danos do processo isquêmico com eficácia. Deve-se ressaltar que a assistência de enfermagem não se detém somente a clinica e os processos de adoecimento do individuo acometido, pois a educação e saúde mostra-se como o instrumento de maior eficácia no processo de cuidar, porque é a partir do ensino do autocuidado que o enfermeiro pode proporcionar uma boa relação dentro da conduta terapêutica do plano de cuidados. REFERÊNCIAS: MELTZER, Suzanne C.; BARE, Brenda G., BRUNNER E SUDDATH, ENFERMAGEM MÉDICOCIRÚRGICA. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. 1034 p. PIEGAS L.S., et al. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Tratamento do Infarto agudo do Miocárdio com Supra desnível do Segmento ST. Arq. Bras Cardiol. 2009;p.179-e264. ALVES F.M.B., COSENTINO M.B., SAKAE T.M., COUTINHO M.S.S.A., Fatores de risco cardiovascular em pacientes com doença aterosclerótica não coronariana em hospital no Sul do Brasil. Estudo caso-controle. Rev Bras Clin Med., 2009; p.7-10. JOHANNES J., BAIREY MERZ C.N., Is Cardiovascular Disease in Women Inevitable: Preparing for Menopause and Beyond.Cardiol Rev. ,2011,p.76-80. PONTE K.M.A. Tecnologias do cuidado clínico de enfermagem para o conforto de mulheres com infarto agudo do miocárdio.[dissertação]. Fortaleza: Universidade Estadual do Ceará. 11. A IMPORTÂNCIA DA HUMANIZAÇÃO E A APLICABILIDADE DAS TEORIAS DE ENFERMAGEM NO ATO DE CUIDAR. Luis Gustavo Oliveira Farias; Taís de Lima Castro; Jéssica Freire Rangel; Amaurilio Oliveira Nogueira; LÚCIA DE FÁTIMA DA SILVA INTRODUÇÃO: A Enfermagem possui diversos conhecimentos específicos e teorias próprias utilizadas para melhorar seu processo de cuidar e obter um senso crítico, permitindo certa flexibilidade e desenvoltura para resolver as diversas situações do cotidiano profissional. Assim, ao ingressarmos no século XXI, torna-se necessário repensar a formação do enfermeiro. É mister propiciar, além do ensino do cuidado técnico-material, uma ambiência de reflexão para aprimorar o ensino do cuidar pautado na atenção diferenciada a cada ao ser humano, visando sua autonomia e seu bem estar. É necessário ensinar como estar presente nas ações de saúde às pessoas¹. A ciência da enfermagem, assim como a humanização, apresentam vieses éticos na condução das ações em saúde. Neste sentido, a Política Nacional de Humanização (PNH) enfoca a participação ativa dos usuários ao abordar a questão da autonomia e protagonismo. A enfermagem tem o compromisso com o cliente de contribuir para o aprimoramento das condições de vida e saúde, buscando uma melhor qualidade de vida para todos os indivíduos. Pode contribuir de maneira mais efetiva através do desenvolvimento de uma consciência de cuidado presente na prática, no ensino, na teorização e na pesquisa². Os fenômenos verificados na experiência prática dos enfermeiros precisam ser estudados, para que seus atributos sejam reconhecidos. Para que o enfermeiro possa examinar em profundidade um fenômeno, o modo mais lógico e efetivo de começar é definindo o conceito de interesse. Isso possibilita o desenvolvimento de teorias que têm como objetivo direcionar a prática clínica. A maneira correta de iniciar esse processo é definir o fenômeno ou o conceito, para posteriormente examiná-lo em profundidade³. Entretanto, procura-se melhorar o processo de enfermagem, contribuindo para um atendimento clínico de excelência com a aplicabilidade das teorias de enfermagem, que proporcionam uma nova estrutura para 26 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ desenvolver conhecimentos sobre determinado objeto, como o cuidado. Portanto, essas teorias subsidiaram a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), de modo que sua aplicabilidade é feita por meio do processo de enfermagem. Esse é considerado um instrumento metodológico que possibilita a equipe de enfermagem identificar, compreender, descrever, explicar e até predizer como a clientela responde aos problemas de saúde ou aos processos vitais. Além disso, possibilita determinar que aspectos dessas respostas exigissem uma intervenção de enfermagem4. No campo da saúde, a humanização diz respeito à atitude de usuários, gestores e trabalhadores de saúde comprometidos e corresponsáveis, acarretando um processo criativo e sensível de produção da saúde e de subjetividades. Refere-se ainda a organização social e institucional das praticas de atenção e gestão na rede do SUS5. O compromisso ético, estético e político da humanização assentam-se nos valores de autonomia e protagonismo dos sujeitos, de corresponsabilidade entre eles, de solidariedade nos vínculos estabelecidos, dos direitos dos usuários e da participação coletiva no processo de gestão. Parece-nos que essa é a base sobre a qual toda atenção realizada pela enfermagem deve estar estruturado. OBJETIVOS: Conhecer a importância da humanização no ato de cuidar em enfermagem; Descrever a importância do processo de enfermagem aplicado às teorias de enfermagem. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura de natureza qualitativa. A pesquisa foi feita na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), no banco de dados Scielo e Lilacs, utilizando como descritores: humanização, cuidado e teorias de enfermagem. A população encontrada foi de 19 artigos, após a análise dos artigos, obtivemos uma amostra final de seis artigos, devido à preferência pelos estudos. A seleção dos artigos ocorreu em março de 2014. Os critérios de inclusão utilizados foram: artigos científicos disponíveis na íntegra, em língua portuguesa, referentes ao período de 2009 a 2014. Foram excluídos os artigos que não tratavam o assunto humanização e aplicabilidade das teorias de enfermagem como exclusividade. Os dados foram organizados de acordo com o objeto de estudo e fundamentados na literatura encontrada. RESULTADOS: Perceberam-se vários exercícios prestados pelos enfermeiros ressaltando a humanização nas práticas preventivas em saúde, no intuito de proporcionar o cuidado e o conforto necessário para o restabelecimento do enfermo. Outra categoria identificada foi à comunicação ativa do profissional com o paciente, passando-lhe as informações sobre a doença e os procedimentos a serem realizados. Ressaltou-se nessa pesquisa a importância da aplicabilidade das teorias de enfermagem durante o processo de enfermagem na assistência hospitalar, pois além de promover um melhor conforto ao enfermo, permite aos enfermeiros uma aprimoração do senso crítico ao avaliar o paciente, promovendo também a humanização dos cuidados oferecidos. CONCLUSÃO: Os resultados encontrados dão uma visibilidade da importância do cuidado de enfermagem para que ocorra o tratamento e uma reabilitação eficazes na promoção da saúde dos pacientes, além da melhora do quadro clínico do paciente, permite ao enfermeiro um desenvolvimento do seu senso crítico, ao aplicar teorias de enfermagem durante o processo de enfermagem na assistência, promovendo a humanização cuidado. REFERÊNCIAS: SILVA, Ana Lúcia da; FREITAS, Marlene Gomes de. O ensino do cuidar na Graduação em Enfermagem sob a perspectiva da complexidade. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo , v. 44, n. 3, p.687-693, Sept. 2010 . MARQUES, Isaac Rosa; SOUZA, Agnaldo Rodrigues de. Tecnologia e humanização em ambientes intensivos. Rev. bras. enferm., Brasília , v. 63, n. 1, p.141-144, Feb. 2010 . BOUSSO, Regina Szylit; POLES, Kátia; CRUZ, Diná de Almeida Lopes Monteiro da. Conceitos e Teorias na Enfermagem. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo , v. 48, n. 1, p. 144-148, fev. 2014. MEDEIROS, Ana Lúcia de; SANTOS, Sérgio Ribeiro dos; CABRAL, Rômulo Wanderley de Lima. Sistematização da assistência de enfermagem na perspectiva dos enfermeiros: uma abordagem metodológica na teoria 27 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ fundamentada. Rev. Gaúcha Enferm., Porto Alegre , v. 33, n. 3, p. 174-181, set. 2012. ARAUJO, Flávia Pacheco de; FERREIRA, Márcia de Assunção. Representações sociais sobre humanização do cuidado: implicações éticas e morais. Rev. bras. enferm., Brasília , v. 64, n. 2, p. 287-293, abr. 2011. 12. A IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO DE ENFERMAGEM NO TRANSPLANTE CARDÍACO: UMA REVISÃO LITERÁRIA. Carlos Henrique do Nascimento Morais; Carlos Victor Fontenele Pinheiro; Elisângela Sandra de Araújo Aragão; Sheila Costa Araújo; Tereza Anielle Albuquerque Ximenes; NÁTILA AZEVEDO AGUIAR RIBEIRO INTRODUÇÃO: O transplante cardíaco é uma modalidade terapêutica que possibilita a reversão de uma patologia grave em um paciente com doença cardíaca, utilizada quando não há mais nenhum tipo de tratamento disponível. Os doadores para transplante cardíaco são pacientes com morte encefálica, ou seja, pacientes que apresentam destruição completa e irreversível do cérebro e tronco cerebral, mas que mantêm, temporariamente e/ou artificialmente, os movimentos respiratórios, os batimentos cardíacos e a circulação sanguínea. Já os receptores são selecionados com muito rigor, pois existem algumas contraindicações que devem ser levadas e consideração, como a idade (> sessenta anos), resistência vascular pulmonar elevada após vasodilatador, infecção crônica ou aguda, diabete insulinodependente, lúpus, neoplasia, doença vascular cerebral grave, embolia pulmonar com infarto recente, e condição psicossocial desfavorável. A sobrevida do transplantado é de 60% em cinco anos. Entretanto, ela poderá ser afetada pela falta de aderência ao tratamento, condições socioeconômicas precárias, alcoolismo, dependência de drogas e outras. É nesse momento que a função do enfermeiro se torna indispensável, visto que ele coordena todo o processo de transplante visando o bem-estar e a qualidade de vida do paciente. OBJETIVO: Expor a importância da atuação do enfermeiro no decorrer do processo de transplante. METODOLOGIA: Realizou-se uma revisão literária através dos descritores “cuidados de enfermagem” e “transplante de coração” nas bases de dados da Biblioteca Virtual da Saúde no mês de novembro de 2014. Através desses descritores foram encontrados trezentos e vinte trabalhos, com a filtragem do idioma português e pelo assunto principal, “cuidados de enfermagem e transplante de coração”, apenas vinte permaneceram destes, foram analisados os que tinham até dez anos de publicação e logo depois de incorporados como referencial teórico deste trabalho. RESULTADOS: Ao término da pesquisa constatou-se a real importância que o enfermeiro tem na coordenação e acompanhamento do processo de transplante cardíaco. No período pré-transplante a assistência de enfermagem é voltada ao doador, pois após a confirmação do diagnóstico de morte encefálica é realizada uma avaliação para observar o potencial de doação assim como uma entrevista com os familiares para obter a devida autorização. Nesta fase, o enfermeiro também deve estar atento para manter os dados hemodinâmicos (níveis de hemoglobina, pressão venosa central, pressão arterial sistólica, dopamina, débito urinário a oxigenação e outros) controlados. Ao receptor, a equipe de enfermagem deve atentar-se ao seu estado clínico e emocional, pois as orientações de enfermagem pré-operatórias contribuem para reduzir complicações no pós-operatório, que muitas têm sua base no medo do desconhecido e na ansiedade ocasionadas pela falta de orientação. No período pós-operatório a atuação da enfermagem tem como objetivos: avaliar, detectar e intervir precocemente nas possíveis complicações pós-transplante cardíaco. Para tanto é necessário que a equipe de enfermagem tenha conhecimento da história do paciente, 28 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ enfocando a evolução da doença, estado atual e terapêutica utilizada para controle da mesma até o momento, bem como da evolução do paciente durante o transplante de coração e possíveis complicações associadas ao procedimento cirúrgico. CONCLUSÃO: A atuação do enfermeiro no transplante cardíaco envolve desde a manutenção do doador até a alta do paciente, exigindo do enfermeiro conhecimentos e habilidades para identificar qualquer tipo de alteração fisiopatológica para que, junto com a equipe de saúde, possam tomar as medidas mais adequadas. Com este trabalho foi possível expor um referencial teórico relevante que pode contribuir para melhorar a assistência de enfermagem no período pré e pós-operatório de transplante cardíaco, podendo contribuir para a redução das complicações pós-transplante cardíaco. REFERÊNCIAS: SILVA, R.; SANTIAGO, L. C. Contribuição das orientações de enfermagem pré-operatórias para clientes submetidos à cirurgia cardíaca. Enfermeira Global, n. 14, p. 1-6, outubro, 2008.PROTOCOLO DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM TYRANSPLANTES DE ÓRGÃOS – ABTO. Assistência de Enfermagem ao paciente submetido ao transplante cardíaco, 2008.SCHULTZ, F.; MARQUES, I. R. Atuação do enfermeiro no transplante cardíaco. RevEnferm. UNISA, n.10, p. 16-2, 2009. 13. A CONTRIBUIÇÃO DO ENFERMEIRO NO CUIDADO À CRIANÇA PORTADORA DE SÍNDROME DE DOWN COM CARDIOPATIAS CONGÊNITAS Dean Carlos Nascimento de Moura; Breno Sousa da Penha; Diana Káren do Nascimento Lima; Francisco Pedro de Sousa Xavier; Géssica Lima da Silva; ANTÔNIA ELIANA ARAÚJO ARAGÃO INTRODUÇÃO: O cuidado a criança portadora de cardiopatia congênita e a sua família é um desafio constante para a enfermagem, que se redobra ainda mais quando está associada à Síndrome de Down. Essas crianças apresentam características únicas e específicas. Atender a complexidade que esses pacientes exigem, requer do profissional enfermeiro postura de respeito diante da criança e da família atendendo-a em suas necessidades como ser humano e também conhecimento técnico-científico, que é garantido pelo aperfeiçoamento constante. Vários problemas físicos estão associados à Síndrome de Down. Muitas destas crianças apresentam malformações cardíacas congênitas. Para proporcionar uma assistência de enfermagem planejada e qualificada, é necessário que se tenha integração entre as equipes no pré, trans e pós-operatório. A atuação da equipe de enfermagem nesse momento é de fundamental importância na prevenção e diagnóstico precoce das complicações e na manutenção do conforto do paciente, com observação rigorosa, detalhada e sistematizada do mesmo. OBJETIVO: Correlacionar os conhecimentos teórico-científicos com a contribuição do enfermeiro ao tratamento à criança com cardiopatias congênitas relacionadas com a Síndrome de Down. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa do tipo revisão bibliográfica de caráter descritivo-exploratório efetivada por meio de um levantamento bibliográfico. Os critérios de inclusão definidos para a seleção dos artigos foram: artigos publicados em português; artigos na íntegra que retratassem a temática referente à contribuição da enfermagem às crianças portadoras de Síndrome de Down acometidas por cardiopatias congênitas com até 12 anos de idade e artigos publicados e indexados nos referidos bancos de dados nos últimos cinco anos. através da consulta dos descritores do Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Foram excluídos os artigos repetidos nas bases de dados e com discussão fora da temática proposta no referido estudo. Os descritores combinados utilizados nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e The 29 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ Scientific Electronic Library Online (Scielo). Análise dos estudos selecionados, em relação ao delineamento de pesquisa, pautou-se em atender o tema proposto, sendo que tanto a análise quanto a síntese dos dados extraídos dos artigos foram realizadas de forma descritiva, possibilitando observar, contar, descrever e classificar os dados, e categorizar o estudo, com o intuito de reunir o conhecimento produzido sobre o tema explorado na revisão. RESULTADOS: Avaliando-se os estudos que evidenciaram o surgimentos de categorias, como a relação da síndrome de down com a cardiopatia, as características da intervenção de enfermagem no pré, trans e pós-operatório e a relação dos familiares com os profissionais da assistência. Pôde-se observar a descrição da integração entre as equipes de cada setor. Aliado a esta integração, o roteiro sistematizado da assistência de enfermagem orienta a equipe à prevenção e diagnóstico precoce das complicações, favorecendo a recuperação precoce da criança e, consequentemente, diminuindo o tempo de permanência no ambiente hospitalar. CONCLUSÃO: Concluiu-se que a promoção do cuidado de enfermagem de qualidade a essas crianças é sem dúvida, ação diferencial no seu processo saúde-doença. Tranquilizar, estar disposto a tirar dúvidas, informar quanto às potencialidades da criança portadora de Síndrome da Down com cardiopatia congênita são meios que contribuem para o enfrentamento da situação, do preconceito, da falta de confiança, do medo, da insegurança. Chama-se a atenção para o preparo dos fissionais em lidar com esses pacientes, que muitas vezes não estão preparados. O aprendizado contínuo e a observância dos aspectos éticos na prática profissional são elementos essenciais para a consistência do cuidado humanizado e sistematizado. REFERÊNCIAS: WU MH, Chen HC, Lu CW, Wang JK, Huang SC, Huang SK. Prevalence of congenital heart disease at live birth in Taiwan. J Pediatric . 2010 acesso em nov de 2014; 156(5):782-5. ALI, S. K. M. Cardiac abnormalities of Sudanese patients with Down’s syndrome and their short-term outcome. Cardiovascular Journal off África, Khartoum Erkaweit, v. 20, no. 2, 2009. Acesso em nov de 2014 p.112-115.BOAS LTV, Albernaz EP, Costa RG. Prevalência de cardiopatias congênitas em portadores da síndrome de Down na cidade de Pelotas (RS). J Pediatr. 2009. acessado em nov 2014; 85(5): 403-7. 14. A SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM PACIENTES CARDIOPATAS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. Francisco Pedro de Sousa Xavier; Géssica Lima da Silva; Anderson Liniker Saraiva Barros; Carlos Henrique do Nascimento Morais; Dean Carlos Nascimento de Moura; ANTONIA ELIANA DE ARAÚJO ARAGÃO. INTRODUÇÃO: O termo cardiopatia é uma designação que abrange todas as patologias que acometem o coração, dividem-se em quatro tipos genéricos: congênitas, das válvulas, do miocárdio e infeciosas. As cardiopatias congênitas são situações crônicas, resultantes de problemas que persistem desde o nascimento. As cardiopatias que afetam as válvulas cardíacas podem ser do tipo funcional ou anatómico, impedindo o seu fechamento completo durante a sístole ventricular. As cardiopatias que atingem o miocárdio afetam a capacidade do coração bombear sangue para todo o corpo, já que a pressão de saída do sangue é menor, em função de uma redução do tônus muscular cardíaco. As cardiopatias de origem infeciosa resultam da ocorrência de infeções por microrganismos diversos, como vírus, bactérias ou fungos, podendo afetar também as membranas que revestem o coração, e não apenas o músculo cardíaco, um exemplo é a doença de chagas causada pelo Trypanosoma cruzi. Em todos os casos se faz necessário um atendimento sistematizado por parte da equipe, 30 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ principalmente no que diz respeito à prática do enfermeiro, que irá acompanhar todo o processo de cuidados do paciente cardiopata. OBJETIVO: Averiguara importância da sistematização da assistência de enfermagem (SAE) para o acompanhamento eficaz de um paciente com problemas cardíacos, nas publicações brasileiras disponíveis online. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica, realizada no portal de busca da Biblioteca Regional de Medicina (BIREME). Esse estudo foi realizado no mês de novembro de 2014. No momento da pesquisa utilizou os seguintes descritores: “cuidados de enfermagem” e “doença das coronárias”. Por meio destes foram encontrados 996 trabalhos. Apos aplicar os critérios de inclusão tais como: (doença das coronárias e cuidados de enfermagem) apenas 12 permaneceram foram escolhidos para análise por se tratarem de trabalhos atuais com menos de 10 anos de publicação. Esta disponível na integra e gratuito na internet, textos em português e dos últimos 10 anos dos quais para os critérios de exclusão: repetição dos artigos e não ter relação com a temática, totalizando oito artigos. As informações foram analisadas descritivamente. RESULTADOS: Esse estudo mostrou que o enfermeiro utiliza a SAE como instrumento de realização do cuidado que proporciona uma ação interativa entre o profissional e o paciente. Logo, as atividades são desenvolvidas “para” e “com” o paciente, ancoradas no conhecimento científico, habilidade, intuição, pensamento crítico e criatividade acompanhadas de comportamentos e atitudes de cuidar/cuidado no sentido de promover, manter e/ou recuperar totalidade e a dignidade humana. Além disso, a utilização da SAE em pacientes cardiopatas pode agilizar o diagnóstico e o tratamento de problemas de saúde reais e de risco, reduzindo a incidência das estadias hospitalares e, também, melhora à comunicação e ajuda a prevenir erros, omissões e repetições desnecessárias no cuidado do paciente. CONCLUSÂO: As doenças cardiovasculares são umas das principais causas de morte em todo mundo, necessitando de uma assistência de qualidade para tentar reverter esse contexto. A SAE, dentro da perspectiva de organização do plano de cuidados da equipe de enfermagem, pode contribuir significativamente para conseguir o objetivo traçado. No entanto, é indispensável mais pesquisas sobre esse tema para que a comunidade científica perceba a importância dessa sistematização na assistência, principalmente de indivíduos com distúrbios no coração. REFERÊNCIAS: BALDUINO, A. F. A.; MANTOVANI, M. F.; LACERDA, M. R. O processo de cuidar de enfermagem ao portador de Doença crônica cardíaca. Esc Anna Nery.RevEnferm, n.13 (2), p. 342-351, 2009. REPPETO, M. A.; SOUZA, M. F. Avaliação da realização e do registro da Sistematização da assistência de enfermagem (SAE) em um hospital universitário. RevBrasEnferm, n. 58(3), p. 325-329,2005; FREITAS, M. C.; OLIVEIRA, M. F. Assistência de enfermagem a idosos que realizam cateterismo cardíaco: uma proposta a partir do Modelo de Adaptação de Calista Roy. RevBrasEnferm, n. 59(5), p. 642-646,2006. 15. A UTILIZAÇÃO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM NO CONTROLE DA SEPSE EM PACIENTES CARDIOPATAS Dean Carlos Nascimento de Moura; Pâmela Brito de Castro; Raimundo Nonato Pinho Filho; Brenha Cristine Viana Tavares; Elaine Cristina de Oliveira ; ANTÔNIA ELIANA ARAÚJO ARAGÃO INTRODUÇÃO: O objeto da Enfermagem se constitui no cuidado humano, torna-se imprescindível que os seus agentes desenvolvam o pensamento crítico e a capacidade de tomar decisões por meio da implementação do processo de enfermagem, um instrumento 31 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ tecnológico ou modelo metodológico que possibilita identificar, compreender, descrever, explicar e/ou predizer as necessidades humanas em face de eventos do ciclo vital ou de problemas de saúde, reais ou potenciais, e determinar que aspectos dessas necessidades exijam uma intervenção profissional de enfermagem.¹ Desse modo percebe-se que o paciente acometido por alguma cardiopatia fica susceptível a desenvolver uma Sepse, e sendo o enfermeiro o profissional da equipe multiprofissional de saúde que possui um maior contato e interação com o paciente, se faz necessário uma atenção diferenciada para o controle dessa enfermidade. Avaliando-se os estudos que evidenciaram as características da intervenção de enfermagem no pré, trans e pós-operatório, podemos observar a descrição da integração entre as equipes de cada setor. Aliado a esta integração, o roteiro sistematizado da assistência de enfermagem orienta a equipe à prevenção e diagnóstico precoce das complicações, favorecendo a recuperação precoce do paciente que por ventura possa desenvolver uma Sepse, e consequentemente, diminuindo o tempo de permanência no ambiente hospitalar. OBJETIVO: Verificar a contribuição do processo de enfermagem no controle da sepse em pacientes cardiopatas. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa do tipo revisão bibliográfica, de caráter descritivo-discursivo. Sendo a coleta de dados embasada na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), na qual se utilizou como descritores: Sepse, Cardiologia, processo de Enfermagem. Inicialmente, a pesquisa foi realizada com cada descritor individualmente e associados. E se utilizou como critérios para inclusão/exclusão os artigos que se encontravam na integra, contendo o texto completo e redigido em língua portuguesa, além de contemplar o tema em questão. Sendo utilizados somente os artigos publicados nos últimos 5 anos, As informações serão apresentadas por meio de categorias temáticas, por meio de agrupamentos das respostas dos dados afins. RESULTADOS: Partindo desses resultados, realizou-se uma pré-leitura e a leitura seletiva, na qual elegemos 24 produções científicas escritas entre o período de 2009 a 2014. Descartamos, ainda, 13 artigos repetidos e 3 que não contribuíam com o objetivo e objeto do estudo, restando assim 8 artigos que contemplavam o tema da pesquisa, desse modo surgiu 3 categorias, contribuição da enfermagem em pacientes cardiopatas acometidos por sepse, inter-relação entre cardiopatia e sepse, e a contribuição da família para o tratamento . Após a seleção da bibliografia potencial, realizamos a leitura crítica e interpretativa dela e fizemos a análise temática dos dados. CONCLUSÃO: O cuidado no atendimento às necessidades afetadas reais e potenciais de regulação vascular, hidratação, oxigenação, regulação térmica, nutrição, eliminação, integridade física, cuidado corporal, percepção dos órgãos dos sentidos, segurança emocional e gregária dos pacientes, mostrou se complexo devido às peculiaridades inerentes a cada ser em estado crítico. Entretanto, ao favorecer a operacionalização do processo de enfermagem, se mostrou como o caminho mais promissor para o controle enfetivo da Sepse dos pacientes acometidos por cardiopatias. REFERÊNCIAS: GARCIA TR, NÓBREGA MML. Processo de Enfermagem: da teoria à prática assistencial e de pesquisa. Esc Anna Nery Rev Enferm. 2009 out/nov; 14(1): 188-93. RAMALHO NETO JM, BEZERRA LM, BARROS MAA, NÓBREGA MML, FONTES WD. Nursing process and septic shock: intensive nursing care. Rev enferm UFPE Online[periódico na internet]. 2011 Nov[acesso em 2014 nov 07];5(9):2260-7. 32 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ 16. ANÁLISE DA ADESAO AO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO ANTIHIPERTENSIVO EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE. Samy Loraynn Oliveira Moura; Germana Maria da Silveira; Cleoneide Paulo de Oliveira Pinheiro; LUCIANA MARIA MONTENEGRO SANTIAGO INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica de etiologia multifatorial, caracterizada por níveis ascendentes e resistentes da pressão arterial sistêmica (PAS), considerada um fenômeno ascendente, cada vez mais precoce, que representa um sério problema de Saúde Pública no Brasil e no mundo (BRASIL, 2006). A adesão ao tratamento anti-hipertensivo é consolidada com a participação do cliente de forma ativa no seu plano terapêutico, não se constituindo em mero cumpridor de recomendações; ao contrario, é visto como sujeito do processo, assumindo com os profissionais de saúde, a responsabilidade pelo seu tratamento. No entanto, a taxa de descontinuação, medida seis meses após a primeira prescrição, é bastante elevada encontrando-se mais de 50% dos pacientes não ingerindo qualquer medicamento (OIGMAN, 2006). OBJETIVO: Analisar a adesão de pacientes ao tratamento farmacológico anti-hipertensivo, em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), do município de Sobral-Ce. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa exploratoria descritiva, com abordagem quantitativa, realizado no período de março de 2012 a novembro de 2013, com dez hipertensos que pertencem à área de abrangência do Centro de Saúde da Família Alto da Brasília no município de Sobral-Ce. Para obtenção das informações que fundamentaram o desenvolver dessa pesquisa, realizou-se aplicação do teste de MoriskyGreen (TMG), assentado por quatro questões estruturadas e padronizadas, as quais visam identificar o grau de adesão à terapêutica farmacológica prescrita. De acordo com o protocolo do TMG, o paciente é classificado no grupo de alto grau de adesão, quando as respostas a todas as perguntas são negativas, porém, quando pelo menos uma das respostas é afirmativa, é classificado no grupo de baixo grau de adesão, sendo, portanto, considerado aderente ao tratamento àquele que obtém pontuação máxima de quatro pontos e não aderente o que obtém três pontos ou menos (MORISKY et al, 1986). Os testes estáticos foram realizados, sendo os hipertensos classificados de acordo com o grau de adesão, em duas variáveis: baixo grau de adesão e alto grau de adesão. A pesquisa foi orientada a partir dos princípios éticos e legais preconizados pela Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, com apresentação do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), recebendo aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual Vale do Acaraú, em Sobral/CE, por meio do CAAE Nº 11156213.6.0000.5053. RESULTADOS: De acordo com o preconizado no teste de Morisky, pode – se evidenciar ao analisar a somatória dos pontos dos hipertensos que 60% apresentaram pontuação menor ou igual a três, enquanto 40 % exibiram uma pontuação igual a quatro. Nessa perspectiva, constata-se que o maior percentual dos hipertensos apresenta baixo grau de adesão. Ao realizar a avaliação das quatro questões do teste foi possível verificar que 90% dos resultados obtidos do total de hipertensos estudados, frente atitudes positivas à tomada dos medicamentos, relacionavam-se com “não deixar de tomar os remédios mesmo sentindo-se mal” e “não deixar de tomar o remédio quando sentem se bem”. No que concerne a atitudes negativas, constatou-se que 60 % relacionavam-se ao “descuido quanto ao horário de tomar os remédios” e 50% ao “esquecimento de tomar os remédios”. Ante o exposto, afirma-se que o esquecimento e o descuido quanto ao horário são os principais fatores associados significativamente a não adesão adequadamente ao tratamento anti – hipertensivos medicamentosos. O esquecimento, neste estudo, como principal motivo da não adesão, é também relatado em outros trabalhos semelhantes (GIROTO, 2008; 33 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ STRELEC et al, 2003). Este motivo é comum, especialmente porque os pacientes, muitas vezes, não agregam ao seu dia-a-dia a utilização dos medicamentos. Além disso, podem não ter sido devidamente orientados quanto a meios para minimizar os esquecimentos, com estratégias de local de armazenamento e horário das tomadas. CONCLUSÃO: A hipertensão, como a maioria das doenças crônicas, modifica o cotidiano dos indivíduos, ocasionando alterações no modo como estes indivíduos pensam, relacionam-se e agem. O auxílio no enfrentamento destas mudanças, especialmente o seu controle, transcende o individual. Nesse sentido, as equipes multiprofissionais, em especial as equipes de saúde da família, são peças fundamentais para a melhora dos índices de adesão ao tratamento anti-hipertensivo. Assim sendo, os resultados deste estudo permitiram subsidiar os profissionais de saúde do Centro de Saúde da Família Alto da Brasília, na identificação de grupos mais vulneráveis a complicações relacionados à hipertensão arterial sistemica, de modo a implementarem políticas e práticas de saúde mais eficazes. REFERÊNCIAS: BRASIL, Ministério da Saúde – Secretaria de Políticas de Saúde, Hipertensão arterial sistêmica – Cadernos de Atenção Básica nº 15. Brasília, DF, 2006; OIGMAN, W. Métodos de avaliação da adesão ao tratamento anti-hipertensivo. Rev. bras. hipertens., Ribeirão Preto, v.13, n.1, p.30-34. jan./mar. 2006; MORISKY D.E.; GREEN L.W.; LEVINE D.M.; Concurrent and predictive validity of a self-reported measure of medication adherence. Med Care. 1986; 24(1): 67-74; GIROTTO, Edmarlon. Adesão ao tratamento anti-hipertensivo e fatores associados na área de abrangência de uma unidade de saúde da família, Londrina, PR / EdmarlonGirotto.–Londrina, 2008; STRELEC, M.A.A.M. et al. A Influência do Conhecimento sobre a Doença e a Atitude Frente à Tomada dos Remédios no Controle da Hipertensão Arterial. Arq Bras Cardiol, volume 81 (nº 4), 343-8, 2003. 17. AUTOMATISMO E DINÂMICA ELÉTRICA CARDÍACA: UMA REVISÃO LITERÁRIA DO SISTEMA DE CONDUÇÃO MIOCÁRDICA. José Flason Marques da Silva; Antônia Bruna Ferreira Braga; Maria de Fátima Pinho Vasconcelos; Layana Liss Rodrigues Ferreira; Marcelo Cristiano Campos Nobre; RONALDO CÉSAR AGUIAR LIMA. INTRODUÇÃO: O Coração é um órgão muscular oco, em forma cônica (mão fechada) com massa de aproximadamente 250 a 300 gamas. Funciona como uma bomba contrátilpropulsora e está situado no mediastino. Formado por quatro câmaras (dois átrios e dois ventrículos), mantém uma estrutura que funciona de forma dependente (átrios e ventrículos), e outra que atuam de forma quase independente, formando duas câmaras (uma direita e outra esquerda) que se contraem harmonicamente graças a um sistema de condução, formado por fibras especiais, que tornam o coração um sincício, ou seja, uma bomba que trabalha como uma unidade, como se fosse uma única câmara. OBJETIVOS: Assim sendo, o objetivo do presente estudo é discursar sobre o sistema de condução elétrica do coração, apontando as vias e os caminhos utilizados pelos impulsos para manter a contratilidade rítmica do miocárdio. METODOLOGIA: O presente artigo trata-se de uma revisão sistemática da literatura, realizada nas bases de dados on-line (Scielo, PUBMEB, LILLACS e BIREME) através da busca pela Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) utilizou-se os descritores: anatomia, coração e automatismo cardíaco utilizando o operador Booleano “AND”. Foram encontrados 13 artigos, mas foram excluídos seis por não discutirem a temática proposta, sendo considerados para analise sete artigos. Além de referenciais teóricos considerados bases para a 34 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ temática. RESULTADOS: O Sistema de Condução elétrica do Coração compõem-se de um comando intrínseco e outro extrínseco. O músculo cardíaco possui propriedades intrínsecas que lhe permitem despolarizar-se e contrair-se sem estimulação neural. As células cardíacas se interconectam pelo processo término-terminal e formam discos intercalados. Esses discos intercalados permitem a propagação dos impulsos elétricos de uma célula para outra e fazem o miocárdio agir como uma única unidade ou sincício funcional. Os componentes do sistema de condução do coração incluem o nó ou nódulo sinoatrial (SA), o nó ou nódulo atrioventricular (AV), o fascículo atrioventricular (AV) ou feixe de His, os ramos dos feixes direito e esquerdo e as fibras de Purkinje. O impulso elétrico, que desencadeia a contração cardíaca, começa no nódulo SA, ou marcapasso intrínseco do coração. As células do nódulo SA, que estão localizadas na parede posterior do AD, despolarizam-se espontaneamente cerca de 60 a 80 vezes por minuto. Do nódulo SA, o impulso elétrico espalha-se por intermédio de fendas internodais através de ambos os átrios até alcançar o nódulo AV, na parte inferior do septo interatrial. O impulso elétrico é retardado no nódulo AV por aproximadamente 0,13 segundos para que os átrios possam contrair-se e encher os ventrículos. A seguir, o impulso desloca-se rapidamente através do feixe de His, através dos ramos dos feixes direito e esquerdo e através da rede de fibras de Purkinje no miocárdio de ambos os ventrículos. Essa condução rápida permite aos dois ventrículos se contraírem aproximadamente ao mesmo tempo. O ritmo e o vigor da contração cardíaca não dependem da estimulação nervosa intrínseca, mas e pelo contrário são influenciados por fatores extrínsecos tais como controle nervoso autônomo e atividade hormonal. Os nervos simpáticos estimulam os átrios e os ventrículos do coração a baterem com maior rapidez (efeito cronotrópico) e mais vigor (efeito inotrópico). Os nervos parassimpáticos (vagos) controlam os átrios e torna mais lenta a frequência cardíaca. Hormônios como noradrenalina e adrenalina induzem aumentos na frequência cardíaca e na força de contração. Enquanto estímulos Vagais promovem bradicardias. CONCLUSÃO: O sistema de condução elétrica do coração é constituído e organizado de forma bem peculiar. Formado por um tecido especializado, com capacidade de gerar impulso e conduzi-lo a uma alta velocidade, o sistema de condução miocárdico, apresenta uma estrutura engenhosamente específica que garante a boa contratilidade do miocárdio. Iniciando desde a estrutura histológica, com os discos intercalares, passando pelos nós geradores de impulso, até as fibras de condução. Tudo harmoniosamente trabalhando para a função de bomba do coração. REFERÊNCIAS: GARTNER, L.P. HIATT, J.L. Tratado de Histologia. 2ª Ed. Editora Guanabara Koogan S.A. Rio de Janeiro - RG: Guanabara Koogan editora; 2003. GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª Ed. Editora Saunders. São Paulo - SP: Editorial Elsevier; 2006. JUNQUEIRA, L.C.U.; CARNEIRO, J. Histologia Básica. 10ª Ed. Editora Guanabara Koogan S.A. Rio de Janeiro - RJ: Ed. Guanabara Koogan S.A.; 2004. SBC. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Diretrizes de Cardiologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Disponível em www.cardiol.br. 18. CARDIOMIOPATIA NA CIRROSE: CARACTERÍSTICAS DA DISFUNÇÃO CIRCULATÓRIA E DISCUSSÃO SOBRE O PROGNÓSTICO. Tayanny Teles Linhares Bezerra; Bruna da Conceição Lima; Layanny Teles Linhares Bezerra; Layana Liss Rodrigues Ferreira; Irineu Moreno de Melo Sobrinho; RONALDO CÉSAR AGUIAR LIMA INTRODUÇÃO: A cirrose hepática pode ser definida anatomicamente como um processo difuso de fibrose e formação de nódulos, acompanhando-se frequentemente de necrose 35 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ hepatocelular. Apesar das causas variarem, todas resultam no mesmo processo. A cirrose hepática é uma doença sistêmica que repercute em diversos órgãos, podendo agredir órgãos vitais como o coração. As cardiopatias relacionadas a doenças hepáticas são bem relatadas na literatura e podem cursar com diversas manifestações. Estudos recentes têm descrito uma alteração miocárdica típica da cirrose, porém a frequência e a relevância clínica desta alteração na história natural da cirrose ainda são desconhecidas. OBJETIVOS: Avaliar a frequência da cardiomiopatia cirrótica, sua relação com a disfunção circulatória e seu impacto na evolução dos pacientes. METODOLOGIA: Incluímos retrospectivamente 42 pacientes atendidos pelo ambulatório de hepatologia (31 homens/11 mulheres; 26±13anos) com cirrose classificadas previamente quanto ao Child (Child A, B e C). Para participar do presente estudo, os indivíduos concordaram em fornecer informações no prontuário mediante assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Após concordarem com o TCLE, os pacientes ainda teriam que ter realizado todos os exames de avalição hemodinâmica. Os pacientes que não apresentaram os exames indispensáveis, foram excluídos do trabalho. Avaliamos um Ecocardiograma com Doppler para determinar as dimensões das cavidades cardíacas, a função sistólica e diastólica dos ventrículos e para estimar a pressão capilar pulmonar. A disfunção diastólica (DD) foi classificada em uma escala de 0-3 baseada em critérios reconhecidos (American Society of Echocardiography). Os dados foram cruzados e submetidos ao teste do qui-quadrado para quantificar o grau de confiança dos dados obtidos. RESULTADOS E DISCUSSÕES: As alterações hemodinâmicas e neuro-humorais inerentes à fisiopatologia da cirrose hepática, associadas ao caráter geralmente insidioso de sua evolução, promovem um estado de disfunção ventricular progressivo. A necrose hepatocitária com formação de "shunts" intra-hepáticos, associada 'ao hipofluxo gerado pela hipertensão porta, prejudicam a função de metabolização hepática, culminando em altos níveis plasmáticos de: peptídeo vasoativo intestinal, prostaciclinas, endotoxinas, glucagon, óxido nítrico (NO), ácidos biliares, fator de necrose tumoral entre outros. Em contrapartida há evidências de hiperprodução de substâncias vasodilatadoras e subproduçào hepática de mediadores da vasoconstricção, tais como o vasoestimulador renal. Generalizando, as alterações na fisiologia hepática, desencadeiam diversas alterações na fisiologia cardíaca e renal. Após análise dos exames e prontuários, 1 paciente foi excluído por valvulopatia. As dimensões e a fração de ejeção (63±8%) do ventrículo esquerdo foram normais. Identificamos DD em 57% dos pacientes (41% grau 1 e 16% grau 2). Nestes pacientes as pressões capilares pulmonares foram mais elevadas, quando os comparamos com os pacientes sem DD (8±3, 10±3 e 14±6 mmHg, sem DD e com DD grau 1 e 2, respectivamente; p<0,001). Quando comparamos os pacientes sem DD ou com DD grau 1 com os pacientes com DD grau 2, estes últimos apresentaram uma insuficiência hepática mais severa (Child 8±2 vs 10±2 e MELD 14±6 vs 20±11,respectivamente; p<0,05), uma disfunção circulatória mais intensa (resistências vasculares sistêmicas: 877±330 vs 626±151 din/seg/cm5, p<0,05; gasto cardíaco: 9±3 vs 10±2, p=0,07; noradrenalina plasmática: 338±233 vs 620±646 pg/ml, p<0,0001) e níveis plasmáticos mais elevados de fator natriurético atrial (42±32 vs 64±49 fmol/ml, p<0,01) e de peptídeo natriurético cerebral (54±76 vs 91±94 pg/ml,p<0,07). A frequência de DD grau 2 foi de 8,11 e 28% entre os pacientes do grupo A, B e C de Child, respectivamente (p<0,05). A sobrevida ao ano foi significativamente inferior entre os pacientes com DD grau 2, quando comparados com os demais pacientes (25% VS 61%, p<0,01). CONCLUSÃO: A cardiomiopatia é frequente entre os pacientes com cirrose, e aumenta a incidência de acordo com o Child e classe funcional, sobretudo naqueles com insuficiência hepática mais severa. A presença de DD grau 2 está associada com a doença hepática mais avançada, com pior disfunção circulatória e pior prognóstico. 36 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ REFERÊNCIAS. BRAUNWALD. Tratado de Doenças Cardiovasculares. Livro texto de Cardiologia. 7ª edição. Elsevier, 2006. CECIL. Tratado de Medicina Interna – Lee Golman, Dennis Ausiello, 23º edição. Elsevier. PAOLA, AAV; GUIMARÃES, JF; BARBOSA, MM. Cardiologia – Livro texto da Sociedade Brasileira de Cardiologia, editora Manole, 2011. SBC. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Diretrizes de Cardiologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Disponível em www.cardiol.br. SBH. Sociedade Brasileira de Hepatologia. Conceito de Hepatopatia Grave – 2005. 19. CARDIOPATIA CONGÊNITA EM CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN: UMA REVISAÕ BIBLIOGRÁFICA. Maria Jéssica Melo Marinho.; Ronys Gomes de Souza; Kariny Gomes Marques; Paula Andréia Araújo Monteiro; Rosalice Araújo de Sousa; FRANCISCO MEYKEL AMÂNCIO GOMES INTRODUÇÃO: A síndrome de Down (SD) é a aberração cromossômica mais frequente em recém-nascidos, com uma incidência de 1/660 nascidos vivos, a trissomia 21 ocorre em 95% dos casos devido a não disjunção na meiose materna I, resultando em três cópias do cromossomo 21 em cada célula. Desses casos, 4% são relacionados à translocações genéticas e 1% a mosaicismo. (NISLI, 2009). Esta síndrome tem recebido especial atenção, principalmente pelo fato de ser a anomalia cromossomial mais comum entre os neonatos. Sua prevalência na população geral é de aproximadamente 1 em 600 até 1.000 nascimentos, mas ela pode variar conforme a idade materna. Em mães com idade superior a 45 anos, a síndrome pode chegar a ocorrer em 1 em cada 30 nascimentos (BOAS, 2009). As cardiopatias congênitas são anomalias resultantes de defeitos anatômicos no coração ou na rede circulatória, que comprometem a estrutura e/ou a função. São doenças presentes ao nascimento, mesmo que detectadas tardiamente (BENETTI, 2012). OBJETIVO: Analisar a produção científica referente à cardiopatia congênita em crianças com síndrome de Down nos últimos cinco anos. METODOLOGIA: Este estudo constitui-se de uma revisão bibliográfica, realizada em novembro de 2014, no qual se realizou uma pesquisa a sites, e artigos científicos presente na Biblioteca Virtual da Saúde (BVS) LILACS, SCIELO, MEDLINE, com os descritores: crianças, cardiopatia congênita e síndrome de Down. Onde foram selecionados artigos, que estavam em português e com texto completo. Foram encontrados 10 (dez) artigos onde de acordo com os critérios de inclusão e exclusão foram selecionado 3 (três) publicações. O critério de exclusão foram trabalhos fora do período selecionados, trabalhos somente com resumo, trabalho que não estavam em português e que o conteúdo não estava relacionado ao tema. RESULTADOS: Sabe-se que a prevalência de anomalias cardíacas congênitas em pacientes com síndrome de Down é de 40 a 50%, que influenciam diretamente tanto o prognóstico quanto a expectativa de vida dos pacientes, sendo a maior causa de morbidade e mortalidade nos primeiros 2 anos de vida. Dos pacientes que apresentam cardiopatia congênita, metade manifesta defeito no septo atrioventricular (DSAV), entre outras estão: comunicação interatrial (CIA), a comunicação interventricular (CIV) e a persistência do canal arterial (PCA), também frequentes na síndrome de Down, as quais são associadas a menores índices de mortalidade e menores complicações. Quanto aos fatores de risco associados à mortalidade, estudos definiram as cardiopatias congênitas como o mais prevalente, sabe-se que, quanto mais tardiamente ocorrer à indicação cirúrgica da cardiopatia congênita, pior será o prognóstico da criança (NISLI, 2009). No Brasil, Boas et al (2009) publicaram um estudo com objetivo de determinar a prevalência de cardiopatias 37 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ congênitas em pacientes com SD na cidade de Pelotas (RS), expondo os tipos mais frequentes e analisando fatores associados. O estudo transversal dos autores incluiu crianças portadoras de SD nascidas e residentes em Pelotas no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2005. Os dados foram coletados segundo entrevistas realizadas nos domicílios dos pacientes, com as mães ou responsáveis legais (BOAS et al, 2009). Referidos como a idade materna, idade paterna, cor dos pais e da criança, presença de outras malformações e sexo da criança mostrou que as associações não foram estatisticamente significativas. Esse achado está de acordo com as 532 crianças portadoras de SD estudadas no projeto Atlanta. A cardiopatia mais frequente no estudo de Boas et al (2009) foi à comunicação interatrial (17%). Eles ainda alegam ainda uma porcentagem bastante baixa de pacientes que realizaram cariótipo (49%), e uma porcentagem ainda menor com relação a diagnóstico pré-natal (2,1%). O aconselhamento genético pré-natal é obrigatório em casos com diagnóstico ecocardiográfico fetal de DSAV completo, em consequência de sua ligação retraída com SD e outras anomalias cromossômicas. Atualmente, o diagnóstico pré-natal de DSAV completo tem sido associado a um risco de 58% para aneuploidia, principalmente SD. Nos últimos anos, observou-se significativa melhora na sobrevida de pacientes com síndrome de Down que apresentam cardiopatia, seja pelo diagnóstico precoce, seja pelos tratamentos cirúrgicos efetivos. Sendo indispensável um melhor preparo clínico dos profissionais que cuidam dessas crianças e um adequado suporte do sistema de saúde (NISLI, 2009). CONCLUSÃO: Visto a prevalência de casos de cardiopatias congênitas em crianças com síndrome de Down, assim como os dados de mortalidade, conclui-se que exames e cirurgias feitos após diagnóstico precoce aumentam o índice de sobrevida dessas crianças, assim como a divulgação de informações durante prénatal, um bom suporte de assistência do sistema de saúde e profissionais qualificados, aumentando a expectativa de vida dos pacientes com SD que apresentam cardiopatia. REFERÊNCIAS: NISLI, Kemal. Prevalência de cardiopatias congênitas em portadores da Síndrome de Down. J. Pediatr. (Rio J.) [online]. 2009, vol.85, n.5, pp. 377-378. ISSN 0021-7557. VILAS BOAS, Luciana T.; ALBERNAZ, Elaine P. and COSTA, Rafaéla Gonçalves. Prevalência de cardiopatias congênitas em portadores da Síndrome de Down na cidade de Pelotas (RS). J. Pediatr. (Rio J.) [online]. 2009, vol.85, n.5, pp. 403-407. ISSN 0021-7557. BENETTI, Célia F. Anhesini. Tratamento percutâneo das cardiopatias congênitas Disponível em: <http://sbhci.org.br/wp-content/uploads/2012/10/Celia.pdf>. Acesso em: 24 nov. 2014. 20. CARDIOPATIAS PREDOMINANTES NA SÍNDROME DE NOONAN: UMA REVISÃO DE LITERATURA. Antônia Bruna Ferreira Braga; Maria de Fátima Pinho Vasconcelos; Layana Liss Rodrigues Ferreira; Ronaldo César Aguiar Lima; José Flason Marques da Silva; MARCELO CRISTIANO CAMPOS NOBRE INTRODUÇÃO: A Síndrome de Noonan (SN) é uma desordem genética, autossômica dominante com penetrância completa. Não muito rara, a SN se constitui em importante diagnóstico diferencial em pacientes com baixa estatura, atraso puberal ou criptorquidia. A SN apresenta grande variabilidade fenotípica e é caracterizada principalmente por dismorfismo facial, cardiopatias congênitas e baixa estatura. O diagnóstico é clínico, com base em critérios propostos por Van Der Burgt, em 1994. As anomalias Cardíacas são muito comuns e constituem a principal causa de morbimortalidade na SN. OBJETIVO: Assim sendo, o objetivo do presente trabalho foi relatar as cardiopatias mais frequentes na SN, bem 38 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ como relatar as principais alterações morfológicas e hemodinâmicas decorrentes dessas anomalias. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura, na qual se realizou uma pesquisa bibliográfica nos principais livros textos embriologia e anatomia e na base de dados da LILACS. A busca foi realizada com os termos: “síndromes genéticas”, “embriologia”, “cardiopatias congênitas”, “malformações cardíacas” e “síndrome de Noonan”, após analisados, os textos foram catalogando-se as anomalias em ordem de prevalência e as respectivas alterações circulatórias e anatômicas que ocorrem nesses defeitos. RESULTADOS E DISCUSSÕES: A Síndrome de Noonan é caracterizada por baixa estatura, criptorquidismo, diátese hemorrágica e malformações cardíacas. As anomalias cardíacas são achados comuns na síndrome de Noonan e a principal causa de morbimortalidade. A anomalia cardíaca mais frequente na SN é a Estenose Pulmonar Valvar, presente em, aproximadamente, 50% dos afetados. Logo em seguida, vem a Miocardiopatia Hipertrófica, presente, em aproximadamente 25% das crianças com SN. Ambas as anomalias apresentam peculiaridades na síndrome de Noonan: na Estenose Pulmonar Valvar as valvas são muitas vezes displásicas, diferindo do formato em domo e sem fusão comissural observada na forma não sindrômica; a Miocardiopatia Hipertrófica está frequentemente associada a defeitos cardíacos, principalmente, a Estenose Pulmonar Valvar. Apesar destes achados cardíacos, serem os mais comuns na SN, praticamente todos os tipos de anomalia cardíaca já foi descritos. No eletrocardiograma do afetado pela SN são comuns a presença de um desvio superior do eixo do QRS e ondas S profundas nas derivações precordiais, achados esses não associados a uma anomalia cardíaca específica. Foram encontradas cinco anomalias cardíacas relacionadas à Síndrome: 1) Estenose Pulmonar Valvar, Válvulas Displásicas que formam uma cúpula central estreita, produzindo restrição do efluxo ventricular direito levando à Hipertrofia do Ventrículo Direito; 2) Comunicação Interauricular (CIA), mais na Fossa Oval, embora possa aparecer junto á desembocadura das Veias Cavas ou próximo à porção Atrioventricular do septo cardíaco; 3) Comunicação Interventricular (CIV), junto ao ápice ou base do Coração ou na porção inferior das Valvas Aórtica e Pulmonar, gerando hiperfluxo pulmonar e hipertensão pulmonar se não corrigido; 4) Persistência do Canal Arterial, completo fechamento em torno de dois meses de vida. (5) Anomalia de Ebstein, malformação da válvula tricúspide, na qual ocorre aderência do folheto septal e do posterior ao miocárdio subjacente, com deslocamento apical do anel funcional da tricúspide e atrialização da porção do ventrículo direito envolvida, resultando em grande insuficiência valvar, com dilatação do átrio e ventrículo direitos. CONCLUSÃO: A Síndrome de Noonan é uma desordem genética muito relacionada a malformações cardíacas. As má formações cardíacas são más formações graves e muitas vezes fatais à vida da criança em desenvolvimento. Por tanto, o reconhecimento da diversidade dessas alterações cardíacas na SN é de fundamental importância, uma vez que a partir do diagnóstico se inicia a terapia adequada que é fator prognóstico na SN. Conhecendo a embriologia e a anatomia cardíacas, e aliando-se aos processos tecnológicos, com diagnóstico precoce, o tratamento cirúrgico e o manuseio clínico adequados, poder-se-á aumentar as sobrevivência dessas crianças. REFERÊNCIAS:ALLANSON, J.E. Noonan Syndrome. J Med Genet 1987; 24: 9-13. BURCH, M.; SHARLAND, M.; SHINEBOURNE, E.; SMITH, G.; PATTON, M.; MCKENNA, W. Cardiologic abnormalities in Noonan syndrome: phenotypic diagnosis and echocardiographic assessment of 118 patients. J Am Coll Cardiol 1993; 22: 1189-92. NOONAN, J.A.; EHMKE, D.A. Associated noncardiac malformations in children with congenital heart disease. J Pediatr 1963; 63: 468-70. 39 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ 21. COMPLICAÇÕES NO PÓS-OPERATÓRIO DE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. Mairla Vasconcelos Damasceno; Diana Káren do Nascimento Lima; Samara Kelly Sousa Macêdo; Francisco Leandro de Carvalho Alcântara; Dean Carlos Nascimento de Moura; FRANCISCO MEYKEL AMÂNCIO GOMES INTRODUÇÃO: A doença coronariana continuará a ser a principal causa de mortalidade no mundo durante as primeiras décadas do século XXI. Estudos recentes confirmam essas previsões, demonstrando que em países industrializados da Europa e América do Norte se constitui a principal causa de morbidade e mortalidade (TITOTO, 2005). Diante dessa perspectiva o infarto agudo do miocárdio se constitui como a principal causa de mortalidade no Brasil, tendo em vista que as doenças cardiovasculares correspondem a 30% das causas de mortalidade no país. O tratamento dos indivíduos portadores da doença isquêmica cardíaca vem sofrendo avanços terapêuticos e clínicos. Dentre as formas de tratamento se destaca a cirurgia de revascularização do miocárdio (RVM) que é um dos procedimentos cirúrgicos mais comumente realizados (VARGAS, 2005) e que tem como objetivo prolongar a vida, aliviar a dor anginosa, prevenir novo infarto agudo do miocárdio (IAM) e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Por se tratar de um procedimento cirúrgico, vem acompanhado de todos os seus riscos perioperatório, ocasionando as complicações. Quando tais complicações ocorrem os custos para os pacientes são incalculáveis, tanto do ponto de vista financeiro, como físico e emocional. Visando a contenção de gastos hospitalares, a alta dos pacientes após cirurgia cardíaca tem sido cada vez mais precoce. As causas mais comuns para a reinternação dos doentes são: arritmias, problemas respiratórios, derrame pleural, insuficiência cardíaca congestiva e problemas tromboembólicos. Presença de dor torácica, com ou sem comprometimento respiratório, problemas incisionais, alterações gastrointestinais e efeitos adversos dos medicamentos, como náuseas, vômitos e dores gástricas também foram constatados. (DANTAS, 2011). A adequada avaliação no pré-operatório, por meio da identificação de fatores de risco cirúrgico e do desenvolvimento de medidas capazes de minimizá-los ou neutralizá-los, tem se refletido na redução da morbimortalidade operatória. A Enfermagem tem papel fundamental na assistência e reabilitação de pacientes após a revascularização do miocárdio, principalmente nos primeiros meses após a cirurgia, esta assistência pode estar centrada em cuidados como curativos, administração de medicamentos, fisioterapia e educação visando a sua recuperação e detecção de problemas. OBJETIVO: Identificar as complicações no pós-operatório de pacientes submetidos à revascularização do miocárdio. METODOLOGIA: Para identificar as complicações da revascularização no pósoperatório no que concerne aos problemas mais encontrados em pacientes após terem o miocárdio revascularizado, realizou-se uma análise dos artigos sobre essa temática, publicados nos principais periódicos de Enfermagem. As bases de dados utilizadas foram LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), SCIELO (Scientific Eletronic Library on line) e BDENF (Banco de Dados em Enfermagem). A pesquisa foi do tipo qualitativa, utilizando o método de observação direta e através do levantamento bibliográfico. Dessa forma foram encontrados 65 artigos, onde desses foram selecionados 05 de acordo com os critérios de inclusão, que foram: artigos completos, em português, no período estudado, Revascularização Miocárdica e Complicações pósoperatórias como assunto principal. RESULTADOS: Por ser procedimento cirúrgico de grande porte os pacientes estão sujeitos a vários tipos de complicações nos períodos trans e 40 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ pós-operatório, destacam-se as mais frequentes que se constituem em complicações cardiovasculares, pulmonares, renais, gastrointestinais e neuropsiquiátricas. Estas podem estar diretamente associadas à idade avançada, doença vascular periférica, creatinina sérica elevada, sexo feminino, diabetes diálise pós-operatória e sedentarismo (DANTAS, 2001). O risco aumentado para complicações e mortalidade em cirurgia cardíaca entre as mulheres é atribuído a vários fatores: superfície corporal reduzida, menor diâmetro das artérias no sexo feminino, diagnóstico e tratamento das doenças isquêmicas do coração em estágios mais avançados na mulher, devido à abordagem inadequada de dor torácica (ALMEIDA, 2003). No pós-operatório, os pacientes submetidos à cirurgia cardíaca necessitam de ventilação mecânica, na qual as propriedades mecânicas e o índice de troca gasosa podem ser avaliados e utilizados como critérios de extubação. Sabe-se que pacientes que apresentam fatores de risco no pré-operatório apresentam maiores complicações no pós-operatório, e que as complicações no pós-operatório podem ser consequentes às alterações da mecânica respiratória e das trocas gasosas (AMBROZIN, 2005). CONCLUSÃO: Diante das evidências apresentadas, foi possível identificar os principais problemas enfrentados por pacientes que estão se reabilitando após a revascularização do miocárdio. No entanto, percebeu-se que esses pacientes possuem autoestima elevada por terem a sensação de cura após a revascularização, já que são reduzidos os sintomas citados. Destaca-se a importância da relação multiprofissional com o paciente e a família como forma da obtenção direta ou indireta de resultados positivos possibilitando uma mudança de hábitos para uma maior qualidade de vida ao paciente. REFERÊNCIAS: ALMEIDA, F. F; BARRETO, S. M; COUTO, B. R. G. et al. Fatores preditores da mortalidade hospitalar e de complicações pré-operatórias graves em cirurgia de revascularização do miocárdio. Arq. Bras. Cardiol vol.80 no.1. São Paulo, Jan. 2003. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0066-782X2003000100005. Acesso em: 18 Nov 2014. AMBROZIN, A. R. P; CATANEO, A. J. M. Aspectos da função pulmonar após revascularização do miocárdio relacionados com risco pré-operatório. Rev. Bras. Cir. Cardiovasc vol.20 no.4. São José do Rio Preto, Cot./Dec. 2005. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-76382005000400009. Acesso em: 18 Nov 2014. DANTAS, R. A. S; AGUILLAR, O. M; Problemas na recuperação de pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio: o acompanhamento pelo enfermeiro durante o primeiro mês após a alta hospitalar. Rev. Latino-Am. Enfermagem vol.9 no.6. Ribeirão Preto, Nov. 2001. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692001000600006. TITOTO, L; SANSÃO, M. S. MARINO. et al. Reabilitação de pacientes submetidos à cirurgia de Revascularização do Miocárdio: atualização da literatura nacional. Arq Ciênc Saúde. outdez, 2005. Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/126309749/Cardiac-016. Acesso em: 19 Nov 2014. VARGAS, T. V. P; DANTAS, R. A. S; GOIS, C. F. L. A autoestima de indivíduos que foram submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio. Rev Esc Enferm USP. Vol.39. no.1. São Paulo, Mar. 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0080-62342005000100003&script=sci_arttext. Acesso em: 19 Nov 2014. 41 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ 22. CONFORTO E DESCONFORTO DE PESSOAS COM CORONARIOPATIAS EM HEMODINÂMICA. Joara Melo De Souza; Keila Maria De Azevedo Ponte; Paloma Custódio Francelino; Neila Régia Carneiro; Talita Ramos Bantin; LÚCIA DE FÁTIMA DA SILVA INTRODUÇÃO: O conforto como resultado do cuidado de enfermagem é implementado em diversas condições de saúde e doença, neste estudo estão focadas as vivências de des (conforto) de pessoas coronariopatas em hemodinâmica. No adoecimento cardiovascular, a pessoa apresenta comprometimento geral do seu estado de saúde devido à diminuição da força física e cardíaca. Neste sentido, a equipe de enfermagem assume função significativa por ter a missão de ajudar as pessoas a enfrentar as dificuldades em torno da doença, e de cuidarem de suas necessidades. Nessa perspectiva, o conforto é contemplado, como uma experiência imediata e holística, que é reforçada por meio de satisfação das necessidades de alívio, tranquilidade e transcendência, presentes em quatro contextos da experiência humana: física, psicoespiritual, sociocultural e ambiental (KOLCABA, 2003; BALDUINO, MANTOVANI, LACERDA, 2010). Como ambiente tecnológico, os pacientes que são atendidos no serviço de hemodinâmica precisam ter um cuidado direcionado as suas necessidades de conforto. OBJETIVO: Identificar situações de des (conforto) vivenciadas por pessoas com coronariopatias em hemodinâmica. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva, de abordagem qualitativa realizada com sete pessoas com diagnóstico médico de Síndrome Coronariana admitidos no setor de hemodinâmica do Hospital do Coração de Sobral-Ceará. A coleta das informações ocorreu em junho e julho de 2014 por meio de entrevista individual com um instrumento de coleta de dados com informações pessoais e relacionadas ao des (conforto) destes pacientes. A análise se deu de forma descritiva. Esta pesquisa é aprovada pelo comitê de ética em pesquisa nº 501.830 da Universidade Estadual do Ceará. RESULTADO: Os resultados foram organizados em três categorias: perfil dos participantes; situações de conforto dos pacientes e vivências de desconforto de pessoas coronariopatas. Das pessoas coronariopatas participantes do estudo, quatro eram do sexo masculino e três do sexo feminino, cinco eram casados, todos tinham filhos variando de 2 a 11 no total, cinco eram católicos, a idade variou de 39 a 79 anos e todos eram moradores de cidades circunvizinhas a Sobral. As situações de conforto vivenciadas no serviço de hemodinâmica que foram relatadas pelos pacientes estavam voltadas a atenção, conversa e o bom atendimento dos profissionais de saúde. Já as vivências de desconforto apresentadas foram principalmente direcionadas a dor precordial e no sitio de punção arterial para o dispositivo intra-arterial. Ressalta-se que houve participantes que relataram estar muito satisfeitos com o atendimento e assim não vivenciaram nenhuma situação de desconforto naquele ambiente. CONCLUSÂO: Os objetivos do estudo foram alcançados e percebeu-se que as principais necessidades de conforto estavam voltadas a atenção, diálogo, bom atendimento e alívio da dor, e a equipe de enfermagem precisa estar disponível e atenta para atender as vontades das pessoas. REFERÊNCIAS: (KOLCABA, 2003; BALDUINO, MANTOVANI, LACERDA, 2010). Kolcaba K. Comfort theory and practice: a vision for holistic health care and research. New York: Springer Publishing Company; 2003; Balduino AFA, Mantovani MF, Lacerda MR. O processo de cuidar de enfermagem ao portador de doença crônica cardíaca. Esc Anna Nery [on-line]. 2009 abr/jun; [citado 2010 set 20]; 13(2): 342-51. Disponível em: http://www.eean.ufrj.br/revista_enf/20092/artigo%2013.pdf 42 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ 23. CONFORTO E DESCONFORTO DE PESSOAS COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA. Anésia Pereira Furtado; Glacie Suely A. Carneiro Chaves; Jackson David Correia Lima; Iasmine Monteiro Guerreiro; Keila Maria De Azevedo Ponte; LÚCIA DE FÁTIMA DA SILVA INTRODUÇÃO: O conforto como resultado do cuidado de enfermagem é implementado em diversas condições de saúde e doença, neste estudo estão focadas as necessidades das pessoas com Insuficiência Cardíaca Congestiva durante a hospitalização. A consulta de enfermagem permite a identificação e compreensão das respostas dos pacientes com insuficiência cardíaca aos problemas de saúde reais e potenciais, facilitando a escolha de intervenções não farmacológicas voltadas para melhorar a qualidade de vida por meio de educação para saúde, com orientações sobre alimentação, atividade física, posições de conforto, entre outras questões que possam auxiliá-los a manter uma vida mais saudável e aumentar a adesão ao tratamento (CAVALCANTI; CORREIA; QUELUCI, 2009). OBJETIVO: Identificar situações de des (conforto) vivenciadas por pessoas com insuficiência cardíaca em unidade de internação. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva, de abordagem qualitativa realizada com treze pessoas com diagnóstico médico de Insuficiência Cardíaca Congestiva admitidos no setor de enfermaria do Hospital do Coração de SobralCeará. A coleta das informações ocorreu em julho e agosto de 2014 por meio de entrevista individual com um instrumento de coleta de dados com informações pessoais e relacionadas ao des (conforto) destes pacientes. A análise ocorreu por enunciação de Minayo. Esta pesquisa é aprovada pelo comitê de ética em pesquisa nº 501.830 da Universidade Estadual do Ceará. RESULTADO: Os resultados foram organizados em três categorias: Caracterização dos participantes; Situações de conforto dos pacientes com insuficiência cardíaca; e Vivências de desconforto de pessoas com insuficiência cardíaca. Dos pacientes com ICC participantes do estudo, oito eram do sexo masculino, nove eram católicos, nove tinham companheiro fixo, a idade variou de 45 a 87 anos, somente dois residiam na cidade de Sobral, todos tinham filhos variando de um a doze no total. Ressalta-se que houve participantes referindo estar muito satisfeito durante a hospitalização e sentindo-se confortável durante todo o período em que passou internado, não referindo nenhuma situação de desconforto naquele ambiente, apresentando total satisfação e bem estar durante a hospitalização. As situações de conforto apresentadas pelos pacientes foram classificadas de acordo com os contextos de conforto da Teoria do Conforto de Kolcaba: Físico: alívio da dor e dispneia, repouso no leito, tomar banho e deitar-se quando sentir vontade; Psicoespiritual: ter momentos de distração na sala de estar e assistir televisão e ter sido atendido rapidamente na admissão hospitalar; Sociocultural: bom atendimento e educação dos funcionários e ter a visita dos filhos; e Ambiental: limpeza do local e ambiente arejado. Pacientes hospitalizados demonstram gostar da presença dos profissionais de saúde e a companhia é referida como suficiente para promover conforto, deste modo, deve-se valorizar mais as ocasiões em que ocorre contato do profissional de saúde e a pessoa em adoecimento (PONTE; SILVA, 2014). Já as situações de desconforto foram: Físico: dor epigástrica, dispneia, falta de apetite, alimentação não agradável, falta do cigarro, ter que acordar cedo para tomar banho, a cama ser baixa e desconfortável. No contexto psicoespiritual as vivências de desconfortos foi à ansiedade para receber alta e retornar ao lar. No contexto sociocultural foi ter que ficar longe dos filhos. Não houve relatos de desconforto ambiental. CONCLUSÃO: É importante conhecer as situações de conforto e desconforto apresentadas por pacientes com Insuficiência Cardíaca para que possam ser 43 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ realizados os cuidados de enfermagem direcionados as suas necessidades individuais. Este estudo permitiu identificar estas situações e percebeu-se que as condições para o paciente se sentir confortável são viáveis de serem solucionadas pela equipe de enfermagem. REFERÊNCIAS: CAVALCANTI, A.C.D; CORREIA, D.M.S; QUELUCI, G.C. A implantação da consulta de enfermagem ao paciente com insuficiência cardíaca. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2009;11(1):194-9. Disponível em: http://www.fen.ufg.br/revista/v11/n1/v11n1a25.htm. Acesso em 17 nov 2014. PONTE, K.M.A.; SILVA, L.F. Implementação do método pesquisa-cuidado com base na teoria do conforto: relato de experiência. Cien Cuid Saude [online], v.13, n.2, p. 388-93, 2014. Disponível em: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/CiencCuidSaude/article/view/16439/pdf_185. Acesso em 17 nov 2014. 24. CONHECIMENTO DOS FOCOS DE AUSCULTA CARDÍACA NA AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR Tayanny Teles Linhares Bezerra; Bruna da Conceição Lima; Ronaldo César Aguiar Lima; Layana Liss Rodrigues Ferreira; Layanny Teles Linhares Bezerra; Irineu Moreno de Melo Sobrinho INTRODUÇÃO: O ciclo cardíaco apresenta dois ruídos ou “bulhas cardíacas” que coincidem com os movimentos de sístole e diástole do coração, audíveis com maior nitidez junto à parede anterior do hemotórax esquerdo, pela ausculta direta, colocando-se a orelha junto à parede torácica anterior, ou, indiretamente, através de um aparelho chamado estetoscópio (BRAUNWALD, 2006). A ausculta cardíaca é uma das atividades frequentemente executada pelos profissionais de saúde para avaliação da função cardíaca do paciente. Através da ausculta cardíaca é possível analisar os sons produzidos pelo sistema cardiovascular. A técnica de ausculta cardíaca deve envolver uma sequência lógica e sistematizada de procedimentos direcionados no sentido de se obter um conjunto de informações fisiológicas (PAOLA, 2011). É importante conhecer as bulhas e a localização de cada foco da ausculta para que não haja erro ou confusão durante a avaliação cardíaca. OBJETVIOS: Assim, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o conhecimento dos profissionais de enfermagem a respeito da semiologia cardiovascular e analisar os conhecimentos dos profissionais de enfermagem referentes à técnica da ausculta cardíaca. METODOLOGIA: O estudo foi desenvolvido no decorrer do estágio no Serviço de Acolhimento com Classificação de Risco do Hospital Municipal Senador Carlos Jereissati (HMSCJ), município de Mucambo, interior do Ceará, nos meses de junho a setembro de 2012. Trata-se de uma pesquisa de revisão de prontuários com caráter descritivo e abordagem qualitativa, realizada junto às observações e evoluções diárias realizadas pela equipe de enfermagem e registradas em prontuário. Para obtenção dos resultados, analisamos dados coletados de observações das práticas dos profissionais de Enfermagem. Tais profissionais aceitaram participar da pesquisa mediante adesão e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). RESULTADOS E DISCUSSÃO: As bulhas cardíacas são os sons emitidos pelo coração, indicam como está o funcionamento cardíaco e revela informações importantíssimas ao examinador. A “primeira bulha”, também chamada sistólica, corresponde ao fechamento brusco das válvulas mitral e tricúspide durante a sístole dos ventrículos, o que provoca a vibração dessas válvulas e das paredes cardíacas adjacentes. 44 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ Apresenta um som grave e prolongado. A “segunda bulha”, também chamada diastólica, corresponde ao fechamento das válvulas semilunares do tronco da pulmonar e da aorta no final da sístole dos ventrículos e início da diástole dessas câmaras, que fazem vibrar as válvulas assinaladas, as paredes da aorta (na sua origem) e as estruturas adjacentes, apresentando um som agudo e seco. No decorrer de três meses analisamos 360 prontuários, com uma média de três evoluções diárias por três a dez dias de internamento hospitalar. Pela análise dos dados, verificamos que a avaliação cardíaca não é corriqueira nas evoluções dos profissionais de enfermagem o referido hospital. A maioria das evoluções, apenas fazia menção à posição do paciente no leito (se deitado, sentado, etc.), se verbalizava ou se deambulava. Um número muito pequeno de evoluções fazia menção ao exame cardiovascular. E mesmo essas raras ocasiões, não se praticava a correta sistematização da semiologia cardiovascular. Não constatamos alusão a bulhas cardíacas, nem a focos cardíacos. Nas que mencionavam auscultar bulhas cardíacas, não especificavam ritmo, nem topografia. Muito menos se mais audível em qualquer dos focos. Aliás, os profissionais de enfermagem do HMSCJ desconheciam a existência de focos de ausculta cardíaca. Constata-se assim, a partir das evoluções analisadas, que não há uma atenção voltada ao coração nas evoluções diárias. No entanto, a maioria dos profissionais verifica sinais vitais, que inclui pressão arterial e pulso periférico, componentes do exame cardiovascular. Diante da realidade vivenciada nos estágios no HMSCJ, percebe-se que os profissionais ainda apresentam um conhecimento limitado referente à anatomia cardíaca. Bem como um conhecimento ainda mais limitado sobre a semiologia cardíaca e sua importância no exame físico. Na amostra pesquisada, os sujeitos demonstraram não reconhecer a importância da semiologia cardíaca e quando examinam um indivíduo, demonstram insegurança em relação à localização dos pontos auscultatórios e consequente realização da ausculta cardíaca. Isso por sua vez dificulta a correta avaliação cardíaca. CONCLUSÕES: Conclui-se assim que há um déficit de conhecimentos anatômicos dos profissionais é um importante fator que dificulta o processo de trabalho de enfermagem nas técnicas de realização de ausculta cardíaca, dessa forma é necessário maior atuação do profissional enfermeiro, no intuito de monitorar as evoluções da equipe de enfermagem. Com uma maior atuação do enfermeiro, executando esses procedimentos de forma análoga aos conhecimentos científicos o que contribui para o não êxito da prática e mecanização do trabalho de enfermagem. Esse fator pode ainda resultar em erros na avaliação cardiovascular do paciente. REFERÊNCIAS: BRAUNWALD. Tratado de Doenças Cardiovasculares. Livro texto de Cardiologia. 7ª edição. Elsevier, 2006. CECIL. Tratado de Medicina Interna – Lee Golman, Dennis Ausiello, 23º edição. Elsevier. SBC. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Diretrizes de Cardiologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Disponível em www.cardiol.br. PAOLA, AAV; GUIMARÃES, JF; BARBOSA, MM. Cardiologia – Livro texto da Sociedade Brasileira de Cardiologia, editora Manole, 2011. 25. CONHECIMENTO MULHERES. PARA ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL EM Maria Celiane De Araújo; KEILA MARIA DE AZEVEDO PONTE INTRODUÇAO: Segundo Pedreira e Lopes (2010) o AVC é considerado a terceira causa de morte na população adulta e idosa, na maioria dos casos as pessoas acometidas por essa doença ficam necessitando de cuidados, muitas destes no domicílio. O AVC é caracterizado 45 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ pela deficiência do estado neurológico, na maioria das vezes centralizado, de instalação súbita e repentina evolução de causa vascular. Essa circunstancia vascular pode estar associada a alterações estruturais dos vasos, funcionais, como as ligadas ao fluxo sanguíneo ou ao sistema de coagulação. Segundo a caracterização clássica, a duração dos sintomas e sinais neurológicos deve ser maior que 24 horas. Ou, quando menor levar á morte (SCHETTINO et al., 2012).Desta forma este estudo tem como questão norteadora como está o conhecimento das mulheres e quais os riscos para Acidente Vascular Cerebral na população feminina? Vendo o crescimento de casos de pessoas acometidas com essa doença e com as aulas das disciplinas de urgência e emergência e UTI, despertou-me a curiosidade de pesquisar. Outro fato que mim fez interessar a pesquisar sobre o assunto foi minha avó que aos 55 anos foi vitima de um AVC e acabou vindo a óbito. Isso tudo mim chamou a atenção. Porque que repentinamente uma pessoa que não estar sentindo nada não apresenta sinais e sintomas, sofre um AVC.OBJETIVOS: Caracterizar as participantes do estudo e descrever o conhecimento de mulheres sobre a doença. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva com abordagem mista, qualitativa e quantitativa. O local da pesquisa foi em uma unidade de saúde “Casa da Mulher” no município de Ipueiras Ceara á 300 km da capital Fortaleza. Foram convidadas a participar deste estudo vinte mulheres que estavam no referido local durante a coleta das informações, mas foi usado o critério de saturação das informações, que aumentou o número de participantes. A coleta das informações foi realizada em outubro de 2014.Foi desenvolvido um formulário com as informações de caracterização das participantes, conhecimento sobre o AVC, fatores que possam ocasionar essa doença, estratégias de prevenção da doença, história de conhecidos e familiares acometidos pelo AVC e os fatores de riscos presentes nas mulheres. As participantes foram convidadas a colaborar com pesquisa, onde inicialmente foram explicados os objetivos da investigação e os aspectos éticos. Isso ocorreu na sala do acolhimento enquanto elas esperavam para serem atendidas. Após a entrevistadora foi realizar as entrevistas por meio do instrumento e foi anotando as falas para melhor entendimento. As informações foram analisadas por meio da análise temática de conteúdo por enunciação de Minayo. Este estudo obedeceu aos princípios éticos e legais da pesquisa com seres humanos conforme a Resolução n° 466/12. Projeto foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa com seres humanos da Universidade Estadual do ceara (UECE) com o numero nº 789.919. Todas as participantes foram convidadas a assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, que foi realizado em duas vias, sendo uma ficará com a pesquisadora e a outra com a participante do estudo. RESULTADOS: A idade que predominou foi às mulheres de 30 á 35 anos que representa (36,36%), vindo em seguida às mulheres de 50 a 59 anos com (27,27%) e as de 40 a 45 anos com (21, 81%) e por ultimo as de 18 a 25 anos com (14,54 %).Observa-se que as mulheres eram relativamente jovens não apresentando pessoas idosas. Quanto à cor da pele, a maioria das mulheres 54,54% era de cor parda e 27,27% se diziam de cor branca. Segundo Diorbom e Cullough (2009) as mulheres enfrentam uma maior mortalidade após o AVC devido aos diversos elementos de risco que a população masculina não tem. Apesar das ações educativas, as mulheres a desconsideram sua característica em relação ao risco de acidente vascular cerebral. Observou-se que o conhecimento delas tem relação com os fatores de risco para desenvolver AVC como HAS, estresse, tabagismo, sedentarismo, alimentação, etilismo e obesidade. Podemos observar que as participantes associam muitos fatores de riscos que realmente são cientificamente provados, e que mesmo não tendo muito conhecimento sobre o assunto elas sabem quais as causas desta doença. Outras mulheres relataram ser devido à falta de autocuidado de si, e das preocupações do cotidiano como a correria do dia a dia e o descuido no autocuidado. Elas reconhecem que o AVC e uma doença grave que debilita e pode levar a morte. A maneira 46 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ como elas se expressam da para perceber que ao reconhecerem que o AVC é uma doença grave que evolui na maioria das vezes para um óbito, elas temem em ter essa doença. As participantes relacionaram a doença com os sinais e sintomas do AVC como hemiplegia, dormência e cefaleia. No entanto algumas mulheres referiram conhecimento obtido pelo senso comum, tal como abrir geladeira com corpo quente, comer comida quente e depois de tomar banho. CONCLUSAO: No decorrer da pesquisa pude alcançar todos os objetivos desejados, teve a oportunidade de averiguar de perto os riscos que as mulheres do município de Ipueiras têm para desenvolver um acidente vascular cerebral e sobre o conhecimento que elas têm em relação a essa doença. Tivemos como principais resultados para o desenvolvimento de um AVC o sedentarismo e estresse que predominou entre as participantes, a maioria tinham de 30 a 35 anos de cor parda e com profissão de dona de casa. Houve algumas dificuldades para a realização dessa pesquisa, primeiro foi à demora em sair o resultado do comitê de ética, depois de alguns meses de espera a resposta saiu positiva liberando a pesquisa. No local da pesquisa tive algumas barreiras, os profissionais do local onde foi à coleta de dados tiveram resistência com minha presença, não tive apoio dos mesmo que lá estavam e isso dificultou um pouco na coleta dos dados, mais procurei me direcionar realmente ao publico da pesquisa onde eu reunia todas as mulheres que lá estavam e explicava o meu objetivo e depois falava com quem tinha aceitado participar da pesquisa individualmente. Essa pesquisa é de grande relevância para a enfermagem porque muitos enfermeiros trabalham na atenção primaria e nessa pesquisa podemos observar que muitos fatores de risco podem ser modificados, onde entra o trabalho da enfermagem na prevenção e orientação, em relação aos hábitos saudáveis e de uma atenção maior com a saúde devido o grande número de pessoas acometidas por doenças cerebrovasculares. Quando é pesquisado acidente vascular cerebral aparecem vários trabalhos publicados com esse tema, quando direcionamos ao público feminino a quantidade de trabalhos publicados caem absurdamente, há realmente uma escassez de trabalhos com essa temática publicada, isso dificultou na hora da realização da revisão bibliográfica. REFERENCIAS: SHETTINO, G.; CARDOSO, L. F.; JUNIOR, J. M.; GANEM, F. Pacientes Crítico Diagnóstico e Tratamento hospital Sírio- Libanês. 2 ed. Barueri, SP: Manole, 2012 PEDREIRA, L. C.; LOPES,R. L. M. cuidados domiciliares ao idoso que sofreu Acidente Vascular Cerebral. REV. BRAS. ENFERM. Salvador/BA 2010 disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reben/v63n5/23.pdf 26. CUIDADOS DE ENFERMAGEM Á PACIENTES PÓS INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO. Francisco Isaac Paiva De Sousa. Luciana Maria Montenegro Santiago; Lívia Maria Albano Camelo; Débora Maria Bezerra Martins; Erilandy De Sousa Ávila; Francisca Drenalina De Sousa Araújo INTRODUÇÃO: O infarto Agudo do Miocárdio (IAM), também conhecido como, ataque cardíaco, consiste na morte do músculo do coração, o qual é destruído de maneira permanente, resultante de isquemia grave prolongada, cuja resulta da redução e/ou interrupção do fluxo sanguíneo em uma artéria coronária devido à ruptura de uma placa aterosclerótica, à subsequente oclusão da artéria por um trombo, e ao vasoespasmo de uma artéria coronária. O estudo parte do seguinte pressuposto: Qual caracterização do acervo científico em relação ao cuidados de enfermagem diante de pacientes pós infarto agudo do miocárdio? A escolha pelo o assunto se deu devido aos altos índices de IAM.O estudo tem como relevância a ampliação dos conhecimentos da área da enfermagem em relação ao assunto. OBJETIVO: Realizar um 47 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ revisão bibliográfica sobre os cuidados de enfermagem ao paciente pós IAO.METODOLOGIA:O estudo trata-se de uma revisão bibliográfica realizada nas revistas eletrônicas Sciello e Lilacs em novembro de 2014 utilizou-se os seguintes descritores: infarto do miocárdio, coração, cuidados de enfermagem e através deles foram encontrados dez artigos em relação ao assunto. Após o levantamento dos dados foram traçados 3 vertentes como o Perfil dos pacientes infartados, riscos pós infarto e a conduta da Enfermagem em relação a esses pacientes. RESULTADOS: Com base nos estudos científicos foram determinados os principais fatores que influenciam o infarto agudo do miocárdio (IAM) dentre eles estão: a idade, hipertensão, estresse, sedentarismo e alcoolismo. Na qual os homens acima de 45 anos e mulheres com 55 anos ou mais estão mais propensos a sofrerem o IAM. Através disso Alves B.A realizou uma projeção reafirmando que doenças cardiovasculares (DCV) constituem uma importante causa de mortalidade em todo mundo, e a projeção para o ano de 2020 é de que 40% dos óbitos estarão relacionados com as doenças cardiovasculares, onde o infarto agudo será a principal causa isolada. As condutas de enfermagem tomadas diante de cliente pós-infartados são essenciais contribuindo para a reabilitação de seu bem estar, pois este profissional favorece o ambiente confortável como iluminação apropriada e criação de um vínculo com o paciente, promovendo uma relação de confiança, que proporciona uma melhor recuperação. O profissional de enfermagem tem papel fundamental no atendimento deste paciente, esclarecendo suas dúvidas, avaliando suas necessidades e atendendo expectativas, além de orientar para novos hábitos de vida. E assim pode-se caracterizar a produção cientifica em relação ao assunto vasta devido à prevalência na sociedade. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com o fim da realização desse estudo pode-se evidenciar que a enfermagem desempenha um papel fundamental em diversos setores como na assistência, no ambiente, nas práticas de educação em saúde e até na questão da confiança que o paciente deposita na equipe de enfermagem. REFERÊNCIAS: 1. KUMAR, V. Robbins e contran:bases patológicas das doenças. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010 2. American Heart Association. Destaque das diretrizes da american heart association 2010 para RCP e ACE – Guidelines [versão em Português]. 2010. Disponível em: http://www.heart.org/idc/groups/heart. Acesso em: 30 mar. 2012. 27. CUIDADOS DE ENFERMAGEM ÀS PESSOAS ACOMETIDAS POR CHOQUE CARDIOGÊNICO: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO. Maria Sinara Farias; Milena de Melo Abreu; Jackson Ruam Terto Pontes; Samia Freitas Aires; KEILA MARIA DE AZEVEDO PONTE INTRODUÇÃO: Choque é considerado um estado de hipoperfusão celular generalizado no qual a liberação de oxigênio no nível celular é inadequada para atender as necessidades metabólicas. Desse modo, o choque pode ser classificado em: hipovolêmico; distributivo e o cardiogênico (SALOMONE; PONS, 2011). Ele pode ser ocasionado por diversos fatores como: anormalidades cardíacas, arritmias cardíacas e outras condições, ressalta-se eu ele está acometendo um número cada vez maior de indivíduos, onde cerca de 85% das pessoas que apresentam choque cardiogênico não sobrevivem (ARTHUR; GUYTON, 2012). Desse modo, atualmente é uma preocupação para a saúde pública, pois em muitos casos a fatalidade é inevitável. Sousa (2008) conta que ele apresenta como manifestações clínicas principais uma hipotensão persistente e oligúria, as quais serão essenciais para o diagnóstico que é eminentemente clínico. Destaca- se quanto ao tratamento que os pacientes devem ser avaliados quanto à necessidade de sedação, intubação e ventilação mecânica. Nesse ponto, 48 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ observa- se a importância da enfermagem. A enfermagem tendo como principal missão o cuidado, ela é responsável pela aplicação de todas as medidas que visem tanto tratar o paciente com choque cardiogênico como no processo de promoção da saúde e prevenção do mesmo. Assim, devido ser uma situação bastante comum no cotidiano hospitalar, e ainda por ser um assunto o qual o grupo de pesquisa Cuidadores do Coração em que participo atua, houveram questionamentos quando ao papel da enfermagem nessa situação, uma vez que para tratar os pacientes que apresentem esse quadro, necessita além de cuidados médicos, pois a enfermagem tem uma grande função nesse processo. OBJETIVOS: Descrever os cuidados de enfermagem diante de pacientes com choque cardiogênico, a fim de minimizar as possíveis consequências. METODOLOGIA: O presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica do tipo exploratória descritiva. “““““Utilizou-se como descritores “choque”, “choque circulatório” e” cuidados de enfermagem”. Foi realizada no mês de Outubro de 2014, uma busca na Biblioteca Virtual da Saúde, nas bases de dados LILACS e MEDLINE, e complementado a busca em livros e manuais do ministério da saúde. Ao inserir o descritor choque circulatório na BVS e adotar os critérios de inclusão texto completo, português e Brasil, ficaram quatro artigos. Além destes foram usados livros e manuais, totalizando seis documentos. Cada material foi lido buscando a identificação dos cuidados de enfermagem no choque circulatório. Em seguida os dados foram estudados e discutidos. RESULTADOS: Baseado nas buscas realizadas foram selecionadas 06 produções bibliográficas, sendo numeradas e apresentadas a seguir: 01-Livro de 2011 da editora Elsevier de Rio de Janeiro; 02-Livro de 2012 da editora Elsevier de Rio de Janeiro; 03- Artigo de 2011 da Revista da AMRIGS de Porto Alegre; 04-Artigo de 2012 dos Arquivos Brasileiros de Cardiologia de São Paulo; 05-Monografia de 2008 apresentada na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul; 06- Artigo de 2008 da Revista de Medicina de Ribeirão Preto. Ao analisar a pesquisa percebemos que a opinião de todos os autores é complementar. De uma forma geral, choque é considerado uma síndrome caracterizada pela redução da perfusão tecidual sistêmica, levando a disfunção orgânica, sendo ocasionado por condições que diminuem o retorno venoso (FELICI. et. al). Quanto ao quadro clínico apresentado pelo paciente, Sousa (2008) e Vicente et. al (2008) salientam a presença de oligúria devido a estimulação da secreção de renina pelas células justaglomerulares renais, e ainda a hipotensão persistente porém, destaca-se uma diferença nos valores demonstrados, pois o primeiro define como sendo àquela onde a sistólica se apresenta < 80-90 mmHg ou a pressão arterial menor 30 mmHg do basal e o segundo define que a hipotensão arterial é caracterizada por pressão arterial sistólica inferior a 90mmHg ou mais de 40mmHg abaixo da pressão arterial sistólica habitual do paciente. Nesta última colocação, destaca-se que o autor levou em consideração o que é normal para o paciente em condições sadias. Quanto ao tratamento, Sousa (2008) salienta a importância da enfermagem pois ela age de forma efetiva. Ela atua na prevenção do choque cardiogênico, pois identifica precocemente os pacientes em risco, promove oxigenação adequada do músculo cardíaco e diminui a carga do mesmo, ele ainda é o responsável por monitorar o estado hemodinâmico e cardíaco do paciente. A equipe de enfermagem administra líquidos intravenosos, bem como a resposta do paciente a eles e monitora o débito urinário para detectar a função renal diminuída secundaria aos efeitos do choque (SOUSA, 2008). A mesma autora fala ainda que a enfermagem atua ainda estimulando a segurança, o cuidado e a diminuição da ansiedade, no posicionamento correto do paciente para promover uma respiração efetiva e aumentar o conforto do paciente, explicando brevemente sobre os procedimentos que são efetuados e ainda confortando a família sobre a situação do cliente. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O choque cardiogênico atualmente está em grande proporção mundial e o seu prognóstico não é bom, desse modo, é uma condição em que necessita de 49 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ grandes cuidados de saúde para a reversão do quadro e como ele é caracterizado pela diminuição do débito cardíaco, ações que visem o aumento do mesmo se faz necessário. Assim, necessita-se da união de esforços para atingir o objetivo, desse modo, a enfermagem tem um papel de extrema importância, pois ela é a profissão que atua com maior proximidade do cliente e tem como missão o cuidado para a obtenção da cura. REFERÊNCIAS: SALOMONE, J.; PONS, P. Atendimento pré-hospitalar ao traumatizado. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. ARTHUR C.; GUYTON, M.D. Tratado de Fisiologia Médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. FELICI, C.D. et. al. Choque: diagnóstico e tratamento na emergência. Revista da AMRIGS, Porto Alegre, 55 (2): 179-196,2011. FREITAS, H.F.G. et. al. Assistência Circulatória em Choque Cardiogênico Pós-Infarto Agudo do Miocárdio. Arq Bras Cardiol. 98(6):96-98, 2012. SOUSA, B.R. Assistência de enfermagem aos indivíduos acometidos por choque cardiogênico. Monografia apresentada na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso do Sul, 2008. VICENTE, W.V.A. et.al. Choque circulatório. Medicina (Ribeirão Preto). 41 (4): 437-48, 2008. 28. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM EM PACIENTES COM DOENÇAS CARDIOVASCULARES: REVISÃO LITERÁRIA Carlos Victor Fontenele Pinheiro; Tereza Anielle Albuquerque Ximenes; Carlos Henrique do Nascimento Morais; Elisângela Sandra de Araújo Aragão; Sheila Costa Araújo; NÁTILA AZEVEDO AGUIAR RIBEIRO INTRODUÇÃO: As Doenças Cardiovasculares (DCV) são consideradas doenças crônicodegenerativas, nas quais se incluem as neoplasias, doenças respiratórias crônicas e diabetes mellitus. Tendo como característica a etiologia múltipla, associada a deficiências e incapacidades funcionais, que são potencializadas por fatores socioeconômicos, culturais e ambientais, estes são determinantes na limitação da qualidade de vida da população e na magnitude da morbimortalidade destas doenças (BOCCHI E. et al, 2010). No Brasil, as DCV representaram a terceira causa de hospitalizações pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em 2012, com 1.156.136 internações, sendo a insuficiência cardíaca a causa mais frequente. A perspectiva é de aumento destes números entre 40 e 50%, com o aumento da população idosa e melhoria nas condições do tratamento (BRASIL, 2012). Assim, torna-se importante compreender as respostas do indivíduo ao acometimento doença cardiovascular, considerando a necessidade emergente de autonomia e garantia do exercício profissional da enfermagem baseada em evidências, associando os sintomas e sinais clínicos comumente conhecidos na prática clínica cardiológica em fenômenos, ações e resultados de enfermagem. OBJETIVO: Relatar a frequência dos diagnósticos de enfermagem e suas características definidoras em clientes com doenças cardiovasculares. METODOLOGIA: O estudo trata-se de revisão literária com artigos no banco de dados da Biblioteca Virtual em Saúde – BVS, utilizando os descritores de diagnóstico de enfermagem e doenças cardiovasculares, no mês de novembro de 2014, o idioma em português, artigos publicados nos últimos cinco anos e analisados os relatos dos diagnósticos de enfermagem, base de dados nacionais, assunto principal de doenças cardiológicas e cuidados de enfermagem relacionada aos descritores, os demais foram excluídos resultando em doze artigos. RESULTADOS: O estudo mostrou os diagnósticos de enfermagem nos clientes cardiopatas com mais frequência foram: ansiedade, dor aguda, débito cardíaco diminuído, percepção sensorial perturbada (visual), Insônia, disfunção sexual, intolerância à atividade, perfusão tissular ineficaz. Já as características 50 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ definidoras mais presentes foram: dispneia, distensão de veia jugular e edema, fadiga, mudança na acuidade visual, e distorções sensoriais. Visualizaram-se artigos que falavam dos fatores de riscos como de elevação da pressão sanguínea, diabetes mellitus, de mortalidade vascular e seus principais diagnósticos de enfermagem, no qual nenhum contemplavam o assunto abordado. CONCLUSÃO: O diagnóstico de enfermagem dor aguda e ansiedade foram os mais citados nos artigos encontrados, além do débito cardíaco diminuído, assim por se tratar de uma síndrome que traz limitações à qualidade de vida ao indivíduo, clientes com insuficiência cardíaca também sofrem com a aposentadoria precoce e com o absenteísmo, o que causa um custo indireto para o país, refletindo a necessidade de implementação de políticas públicas voltadas a essa população na busca por facilitar o acesso aos medicamentos de uso crônico, facilitando uma melhor aceitação da cronicidade da doença, além disso foi citado poucas características definidoras nos artigos, tornando-se assim necessários mais pesquisas e estudos, a fim de obter mais resultados para uma futura implementação dos cuidados de enfermagem. REFERÊNCIAS: MINISTÉRIO DA SAÚDE. Diretrizes e recomendações para o cuidado integral de doenças crônicas não-transmissíveis: promoção da saúde, vigilância, prevenção e assistência. Brasília; 2012; WALTER B. Diagnósticos de enfermagem da nanda: definições e classificação - São Paulo. 2012. BOCCHI E, Marcondes-Braga FG, Ayub-Ferreira SM, Rohde LE, Oliveira WA, Almeida DR, et al. 3ª Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica. São Paulo, 2010. 29. ELETROCARDIOGRAFIA BÁSICA PARA A EQUIPE DE ENFERMAGEM: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA. Bruna da Conceição Lima; Layana Liss Rodrigues Ferreira; Layanny Teles Linhares Bezerra; Tayanny Teles Linhares Bezerra; Irineu Moreno de Melo Sobrinho; RONALDO CÉSAR AGUIAR LIMA INTRODUÇÃO: O Eletrocardiograma (ECG) é um registro dos potenciais de ação que acompanham a atividade cardíaca. Configura-se, na prática clínica, como um exame fundamental na avaliação Cardíaca do paciente. Por ser método avaliativo e diagnóstico bastante disponível, e por fornecer uma grande quantidade de informações diretas sobre a atividade cardíaca, o ECG é exame obrigatório na avaliação cardíaca do paciente. Enaltecendo sua importância, o ECG ainda tem valor terapêutico, visto que é capaz de guiar condutas oferecendo suporte técnico-científico para tomada de decisões. No entanto, o ECG é um exame operador dependente, e perde seu valor quando realizado de forma incorreta. OBJETIVOS: O objetivo do presente trabalho foi discutir a importância de noções básicas de ECG para a correta realização do exame. Bem como, proporcionar meios básicos para a realização de um preparo correto à semiologia Eletrocardiográfica. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência desenvolvido por profissionais e estagiários no Hospital Municipal Senador Carlos Jereissati (HMSCJ), município de Mucambo/Ce. O estudo surgiu a partir de experiências vivenciadas por estudantes de enfermagem, estagiários do Serviço de Acolhimento com Classificação de Risco, nos meses de junho a setembro de 2012. O estudo ocorreu em duas etapas, sendo a primeira realizada por meio de oficinas sobre ECG e a segunda, através de treinamentos com os profissionais que atuam no pronto socorro do HMSCJ que realizam ECG. Nos treinamentos, realizaram-se novas oficinas sobre como proceder no preparo do paciente ao exame e sobre as formas de se certificar de que o exame 51 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ foi realizado de forma correta. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Inicialmente, optou-se por estabelecer os conhecimentos da equipe de enfermagem sobre semiologia cardíaca e ECG. Nesse primeiro momento, constatou-se que os profissionais que realizam ECG constantemente na emergência do HMSCJ desconhecem os reais significados do exame e atribuem ao cardiologista à necessidade de saber interpretá-lo. Com a análise da primeira etapa da pesquisa, constatou-se que a realização do ECG, no HMSCJ, é realizada por técnicos de enfermagem sem qualquer treinamento prévio. O que se observou, foi que a equipe de enfermagem conhece as topografias dos eletrodos e aplica mnemônicos para certificar-se das corretas posições dos eletrodos. O aparecimento de artefatos eram meramente frequentes, mas a repetição do exame por vários profissionais era prática constante objetivando melhorar o traçado eletrocardiográfico. Por isso, a necessidade de um treinamento. No decorrer da segunda etapa da pesquisa, constatou-se que o treinamento específico na realização do ECG tornou-se mais valorizado O exame de ECG passou a ter maior importância. O número de ECG incompreensíveis caiu à zero em menos de dois meses de treinamento. Os profissionais passaram a examinar o tórax previamente a realização do exame. Além disso, ficaram mais atentos ao estado do paciente no momento do ECG, descrevendo e cronometrando, na ficha de atendimento, movimentos efetuados pelo paciente no momento do exame; espaços intercostais não palpáveis, e até respirações profundas que o paciente efetuou no momento do exame. Terminado o exame, os profissionais certificavam-se da correta realização do exame, verificado a presença das doze derivações fundamentais do ECG, bem como a comprovação da Regra de Einthoven. A equipe de enfermagem ainda deveria observar se as voltagens das derivações precordiais eram menores do que as derivações horizontais. Finalizada essa fase, essas mesmo profissionais inspecionam o traçado na busca de padrões de ondas anômalas, se encontradas são imediatamente enviados ao plantonista para que se refaça o exame ou para que intervenções adequadas sejam adotadas. CONCLUSÃO: Assim sendo, o ECG constituise na mais rápida avaliação cardíaca do paciente. É fundamental para tomada de intervenções adequadas, e acima de tudo, salva vidas quando realizado e interpretado de formas corretas. Assim, é fundamental que os operadores de ECG estejam treinados para correta realização do exame eletrocardiográfico. REFERÊNCIAS:CECIL. Tratado de Medicina Interna – Lee Golman, Dennis Ausiello, 23º edição. Elsevier. SBC. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Diretrizes de Cardiologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Disponível em www.cardiol.br. PAOLA, AAV; GUIMARÃES, JF; BARBOSA, MM. Cardiologia – Livro texto da Sociedade Brasileira de Cardiologia, editora Manole, 2011. 30. ENDOCARDITE INFECCIOSA QUE EVOLUI COMPLICADO COM ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO HEMORRÁGICO E SEPSE: UM RELATO DE CASO Bruna da Conceição Lima; Ronaldo César Aguiar Lima; Layana Liss Rodrigues Ferreira; Layanny Teles Linhares Bezerra; Tayanny Teles Linhares Bezerra; IRINEU MORENO DE MELO SOBRINHO INTRODUÇÃO: As doenças do aparelho cardiovascular representam hoje a principal causa de morte no Brasil e no mundo. Com apresentações bastante diversificadas, e manifestações variadas, as doenças cardiovasculares acometem indivíduos de ambos os sexos, não escolhendo raça, cor ou faixa etária. Uma apresentação frequente de doença cardiovascular, o Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico (AVCh) caracteriza-se por extravasamento de sangue no tecido nervoso. Manifesta-se por déficit neurológico focal ou generalizado, de 52 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ instalação súbita e evolução rápida. A Endocardite Infecciosa (EI), outra doença do vasto conjunto de doenças cardiovasculares, é uma infecção microbiana da superfície endotelial do coração, que pode acometer valvas, endocárdio, cordas tendíneas, septos etc. (PAOLA, 2011). Representa um desafio clínico, uma vez que pode ser foco ao desenvolvimento de Sepse, uma infecção sistêmica que acomete múltiplos órgãos e é potencialmente fatal. OBJETIVO: Discutir um caso sobre a endocardite infecciosa que desencadeia um Acidente Vascular Encefálico hemorrágico (AVEh) e um quadro de sepse. METODOLOGIA: Trata-se de pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso, que foi desenvolvido o durante os meses de outubro e novembro de 2014, no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) na cidade de Mossoró- RN. A nossa unidade de estudo foi o Paciente ICS. Por envolver seres humanos, a pesquisa foi realizada de acordo com a resolução N°196/1996 do conselho nacional de saúde, que estabelece as diretrizes e normas em defensa do sujeito para garantir que os principais éticos da autonomia, beneficência, justiça, equidade e não maleficência fosse respeitada. RELATO DE CASO: ICS, masculino, 26 anos, natural e procedente de Mossoró/RN, solteiro. Atendido na Unidade de Pronto Atendimento de Santo Antônio, trazido por familiares e apresentando rebaixamento do nível de consciência com perda da sensibilidade tátil e dolorosa. Realizado procedimentos iniciais de abordagem ao paciente grave e encaminhado ao Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM). A admissão na emergência do HRTM, paciente encontrava-se com vias aéreas pérvias, mas com ventilação em gasping, à ectoscopia, não havia evidências de sangramentos ou hemorragias, pressão arterial de 170/110mmHg. Ao exame neurológico, Glasgow 4, com descerebrarão bilateral e pupilas mióticas. Encaminhado a Tomografia Computadorizada de Crânio (TCC) que evidenciou AVCh parietal esquerdo com Hemoventrículo e Hidrocefalia. Pela gravidade do quadro, foi levado à neurocirurgia, onde realizou drenagem e correção do sangramento subaracnóideo. Logo após a neurocirurgia, foi admitido na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para pósoperatório neurocirúrgico. No segundo dia de pós-operatório, evolui com Sepse (Leucócitos 14600/mm3) e com Murmúrios Vesiculares diminuídos em ambos os hemitórax. Por estar sob Ventilação Mecânica Invasiva por Tubo Orotraqueal, levantou-se a suspeita de foco pulmonar, mesmo com Radiografia de tórax normal. Retirado sangue para cultura e iniciado Meropenem 500mg IV 8/8h. Dois dias depois, evolui com piora do quadro (Leucócitos 19600/mm3), hemocultura negativa para bactérias e fungos, optou-se por adicionar Piperacilina/Tazobactam 4,5g IV a antibioticoterapia, bem como realizar pesquisa de foco urinário com Sumário de Urina, que revelou aumento da densidade urinária, diminuição do pH e aumento de piócitos (15pc) e discreta Infecção do Trato Urinário (ITU). Solicita-se urocultura e troca-se Sonda Vesical de Demora (SVD) por preservativo coletor de urina. Decorrido três dias, retirado Piperacilina/Tazobactam 4,5, mas mantido Meropemen 500mg IV 8/8h, acrescido Linesolida 600mg IV 12/12h e Fluconazol 400mg IV 12/12. Mesmo com tratamento otimizado, a Sepse ainda era presente (Leucócitos 19900/mm3). No décimo dia de internamento, no exame de rotina, o exame cardíaca evidenciou um sopro 4+/4+. O ECG não mostrou evidências de infartação e Ecocardiograma Transtorácico (ECO TT) evidenciou vegetação em válvula cardíaca atrioventricular, no qual se constatou Endocardite Infecciosa. O foco da Sepse era o coração e não o pulmão. Uma vez estabelecido o foco séptico, otimizou-se a antibioticoterapia, agora direcionada Endocardite, mas mesmo com terapêutica otimizada e adequada, devido as constantes sequelas da síndrome da resposta inflamatória da Sepse, já havia insuficiência de múltiplos órgãos e não resistiu e foi a óbito. CONCLUSÕES: A Sepse representa um importante e negligenciado problema de saúde. Responde por diversas causas de óbitos nos pacientes internados. Constitui-se na principal causa de morte em pacientes debilitados e pós-cirúrgicos. Necessita de intervenção imediata, no entanto, é de 53 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ fundamental importância que o enfermeiro reconheça o foco infeccioso para o sucesso do tratamento adequado. Assim, diante de um caso de sepse, orienta-se a buscar-se ativamente por todos os possíveis focos. A determinação precoce é fator prognóstico e decide terapêutica. REFERÊNCIAS: CECIL. Tratado de Medicina Interna – Lee Golman, Dennis Ausiello, 23º edição. Elsevier. SBC. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Diretrizes de Cardiologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Disponível em www.cardiol.br. PAOLA, AAV; GUIMARÃES, JF; BARBOSA, MM. Cardiologia – Livro texto da Sociedade Brasileira de Cardiologia, editora Manole, 2011. 31. ESTUDO DE CASO: HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM - SAE A UMA CLIENTE NO DOMICÍLIO. Camila Albuquerque de Queiroz;; Benedita Beatriz Bezerra Frota; Richelly Kerlly Sousa Santos; Aparecida Maria de Araújo ; Maria das Graças Vieira do Nascimento NÁTILA AZEVEDO AGUIAR RIBEIRO INTRODUÇÃO: A Hipertensão Arterial Sistêmica - HAS é uma doença crônica determinada por elevados níveis de pressão sanguínea nas artérias, o que faz com que o coração tenha que exercer um esforço maior do que o normal para fazer circular o sangue através dos vasos sanguíneos. A pressão sanguínea envolve duas medidas, sistólica e diastólica, referente ao período em que o músculo cardíaco está contraído (sistólica) ou relaxado (diastólica), (S.B.C, 2010). A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) mostra-se como uma estratégia além de um método científico de trabalho que proporciona melhoria significativa da qualidade da Assistência prestada ao cliente através do planejamento individualizado das ações de Enfermagem elaboradas pelo profissional enfermeiro. Usada para direcionar as demais etapas da sistematização da assistência (ZMEIRE, C. e MARIA, A. 2009). Este processo fornece estrutura para a tomada de decisão durante a assistência de enfermagem, tornando-a mais científica e menos intuitiva. Ou seja, isto nos mostra mais do que nunca que a enfermagem é uma ciência muito além de apenas cuidar. OBJETIVO: Avaliar a eficácia da SAE a uma cliente com HAS no domicílio. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de caso realizado por meio de vivencias praticas da disciplina saúde coletiva I na graduação de enfermagem pelo Instituto Superior de Teologia Aplicada - INTA. A cliente foi escolhida por ser HAS desde 34 anos e não ter seguido orientações medicas e de enfermagem como hábitos alimentares, estilo de vida e tratamento medicamentoso agravando seu quadro. Reside no Bairro Campos dos Velhos no município de Sobral – CE, a mesma aceitou a realização do estudo, foi respeitada a dignidade humana e aspecto ético na pesquisa científica envolvendo seres humanos conforme a Resolução 466/12 (LADEIRA, P. J. NOVOA. 2014). O estudo iniciou em junho de 2013 e teve continuidade em novembro de 2014. Os dados se deram por meio de anamnese. RESULTADOS: As vivencias seguiram as etapas da SAE. O histórico de enfermagem; trata-se de uma cliente M. A. Q. A. de 61 anos do sexo feminino, coleta de dados, identificando principais fatores de risco que agravam seu estilo de vida. No diagnóstico foi identificado elevação da pressão sanguínea secundária com avaliação de risco C, relacionado ao sedentarismo e ao não uso do tratamento medicamentoso, além da não adesão da dieta alimentar na qual desencadeou outras patologias como: a Diabetes Mellitus, glaucoma, problemas circulatórios e depressão. Já na implementação dos cuidados de enfermagem, foi orientada a importância das praticas de atividades físicas, associado ao uso adequado da medicação e de uma alimentação equilibrada para melhoria na qualidade de vida. 54 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ O atendimento no domicilio mostrou resultados da SAE através de relatos positivos de segurança e bem estar da cliente. CONCLUSÃO: Comprovou-se que o cuidado no domicilio e a SAE são instrumentos eficazes. O estudo de caso desencadeou a busca por melhoria no estilo de vida dos clientes com HAS. Sendo ela um dos fatores mais importante para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, dessa forma incentivou novas pesquisas na mesma temática. REFERENCIAS: LADEIRA, P. J. NOVOA, Patricia Correia Rodrigues. O que muda na Ética em Pesquisa no Brasil: resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Einstein (São Paulo), São Paulo, v. 12, n. 1, Mar. 2014. Disponível<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S16794508 2014000100001&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 08 Dec. 2014. http://dx.doi.org/10.1590/S1679-45082014ED3077; PRINCIPAIS TEMAS EM CARDIOLOGIA PARA RESIDÊNCIA MÉDICA. Medcel, Capitulo 4. 2006; Sociedade Brasileira de Cardiologia, Sociedade Brasileira de Hipertensão, Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. São Paulo, 2010. ZMEIRE, C.; MARIA, A.. SAE- Sistematização da Assistência de Enfermagem: Guia Prático. RioJaneiro,2009)http://enfermagemsae.blogspot.com.br/2009/03/sistematizacao-da assistencia-de.html. Acesso 25 de Novembro de 2014. 32. FAMILIARES E ACOMPANHANTES DE PACIENTES NA UNIDADE CORONARIANA: RELATOS DE CONFORTO E DESCONFORTOS. Ângela Maria Liberato Araújo; Vivian Fontenele Vieira; Giovanna Randal Pompeu S.Veras; Claudiane Vasconcelos Albuquerque; Keila Maria de Azevedo Ponte; Lúcia de Fátima da Silva INTRODUÇÃO: Este estudo busca dar um olhar diferenciado aos familiares e acompanhantes de pacientes em unidade coronariana, visto que muitas vezes pela correria do cotidiano, os cuidados de enfermagem são direcionados apenas para o paciente, muitas vezes não prestando a assistência adequada. Faz-se indispensável à existência de cuidados clínicos de enfermagem direcionados voltados a promover o melhor conforto possível às pessoas com coronariopatias em unidade coronariana, pois ficam expostas à execução de diversos procedimentos técnicos, além de permanecerem segregadas da família e dos entes queridos e em interação com profissionais desconhecidos, o que pode induzir à percepção de desconforto destes pacientes (PONTE et al, 2014). OBJETIVO: Identificar situações de des(conforto) vivenciadas por familiares de acompanhantes de pacientes em unidade coronariana. METODOLOGIA: Estudo exploratório, descritivo, com abordagem qualitativarealizada em junho e julho de 2014 com dezesseis familiares e acompanhantes de pacientes hospitalizados na Unidade Coronariana do Hospital do Coração de Sobral –Ceará. Realizou-se entrevista individual com auxilio de um formulário com questões de identificação e de situações de conforto e desconforto vivenciados durante a visita no hospital. A análise foi descritiva por meio da categorização das falas. Esta pesquisa é aprovada pelo comitê de ética em pesquisa nº 501.830 da Universidade Estadual do Ceará. RESULTADOS: As informações após análise culminaram com três categorias emergentes: Caracterização dos familiares e acompanhantes de pacientes em unidade coronariana; Momentos de conforto apresentados por familiares e acompanhantes; e Situações desconfortáveis de familiares e acompanhantes. Quanto a faixa etária dos participantes, variou de 27 a 64 anos, doze eram mulheres, quatorze tinham companheiro fixos, oito pessoas possuíam oito filhos, treze de religião católica e doze 55 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ residiam em Sobral. O grau de parentesco foi de pai, mãe, filho, esposa, tia, irmão e primo, quatro eram acompanhantes e estavam na unidade coronariana continuamente. Os diagnósticos médicos dos pacientes era Síndrome Coronariana Aguda, Infarto Agudo do Miocárdio, Revascularização do Miocárdio e Insuficiência Cardíaca. Os dias de hospitalização de seus pacientes variou de dois a oito dias. Alguns participantes referiram conforto em todos os momentos e desconforto em nenhuma ocasião, apresentando bem estar durante a permanência hospitalar. No que tange as manifestações de conforto dos participantes no contexto físico da Teoria do Conforto: poltrona para dormir e cobertor, tecnologias e medicamentos para o tratamento do familiar, ficar ao lado do doente e ter roupa de cama limpos e macios; no contexto psicoespiritual: acolhimento, educação em saúde quanto a higienização das mãos e informação do paciente, sensação de segurança por parte dos profissionais, ter o padre por perto com oração, comunhão e evangelização; no sociocultural: bom atendimento, apoio, respeito, amizade, responsabilidade, disponibilidade, atenção, delicadeza, cortesia e prontidão dos profissionais do hospital, ter televisão para distração, serviço eficiente, eficaz e humanizado e ter os médicos por perto do paciente; e no contexto ambiental: silêncio, limpeza, lugar calmo, agradável, organização e as instalações físicas. Um participante apontou que os governantes poderia adotar este hospital como modelos de excelência para os demais no Brasil. Uma participante referiu não gostar de hospital e afirmou que todos os momentos que ela passou por lá foram desconfortáveis. O diálogo entre profissionais de saúde e familiares é imprescindível, visto que os enfermeiros possuem papel peculiar na orientação e treinamento destas pessoas devendo estimular e permitir a participação direta da família nos cuidados com os pacientes (DURANTE; TONINI; ARMINI, 2014). As manifestações de desconfortos no contexto físico foram visualizar os aparelhos na unidade coronariana e privação do sono. No psicoespiritual foram as informações do paciente fornecidas pelo médico que os deixaram mais preocupados, o momento da espera para visita, mudanças ocorridas na vida social e profissional devido adoecimento da família, incerteza da recuperação o sofrimento em si pela doença. O contexto sociocultural teve o afastamento do lar, pouco período de tempo junto do paciente, só poder entrar uma pessoa e não dar noticias por telefone. Já o ambiental, no local de espera e nos corredores a temperatura é muito quente, não tem lugar para sentar, não tem lixeiro nem lugar próximo para comprar água. CONCLUSÃO: O enfermeiro precisa dedicar um período de tempo para atender as necessidades de conforto dos familiares e acompanhantes dos pacientes que estão sob seus cuidados, visto que este cuidado também faz parte da assistência prestada aos pacientes. REFERENCIAS: PONTE, Keila Maria de Azevedo et al . Clinical nursing care to comfort women with acute myocardial infarction. Texto contexto enferm., Florianópolis , v. 23, n. 1, Mar. 2014 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010407072014000100056&lng=en&nrm=iso>. access on 18 Nov. 2014. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-07072014000100007. DURANTE, Ana Luisa Teixeira da Costa; TONINI, Teresa; ARMINI, Luana Rodrigues. Conforto em cuidados paliativos: o saber-fazer do enfermeiro no hospital geral. Rev Enferm UFPE online. v. 8, n. 3, p. 530-6, 2014. 56 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ 33. IMPACTO DA ALIMENTAÇÃO INDUSTRIALIZADA NAS DOENÇAS DE NATUREZA CARDIOVASCULARES. Samy Loraynn Oliveira Moura; Maria Áurea Catarina Passos Lopes; Gabriele Vanessa do Vale Silva; Maria do Socorro Quintino Farias; Cleoneide Paulo Oliveira Pinheiro; LUCIANA MARIA MONTENEGRO SANTIAGO INTRODUÇÃO: Os elementos constituintes do processo de determinação das Doenças Cardiovasculares (DCV) e de suas inter-relações são complexos, contudo sabe-se que a alimentação contribui de várias formas para a determinação do risco cardiovascular. Há estudos demonstrando que as DCV podem ser reduzidas em 30% com modificações na dieta, cuja composição pode constituir um fator de risco ou de proteção (NEUMANN, et. al., 2007). Com a finalidade de diminuir os efeitos nocivos de uma dieta inadequada, é possível fazer uso de alimentos com propriedades funcionais juntamente com a adoção de hábitos alimentares saudáveis para minimizar possíveis alterações bioquímicas e fisiológicas. No entanto uma recente publicação sobre a relação entre a alimentação e Doenças Crônicas não Transmissíveis, mostra que alguns componentes da dieta podem provocar efeitos adversos ao organismo (MALEBRA, et al 2013). Estudos referentes aos efeitos metabólicos e cardiovasculares do café, chocolate, azeite de oliva e vinho tinto são conflitantes, alguns apresentam efeitos adversos do consumo constante e em grandes quantidades. Em contraste, a ingestão diária e moderada tem sido associada à redução de risco cardiovascular (NEUMANN, 2007). OBJETIVO: Verificar os efeitos do consumo do vinho, chocolate, azeite de oliva e café, alimentos estes considerados como fatores de risco e proteção para doenças cardiovasculares. MÉTODOS: Tratou-se de um estudo do tipo revisão sistemática, com estratégia de busca online de ensaios clínicos e metanálises publicados no período de 2004 a 2014 nos idiomas português, espanhol e inglês. Foram consultadas as bases de dados do Bireme, Scielo e PubMed. A coleta de dados foi realizada no período de agosto de 2013 à julho de 2014. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Através das estratégias de busca e dos critérios de inclusão estabelecidos para a corrente revisão foram encontrados um total de 643 artigos. Destes, 62 foram selecionados pelo título para análise de seus resumos. Após essa análise, 62 foram elencados para leitura dos artigos na íntegra, mas 25 foram excluídos por apareceram mais de uma vez nas bases de dados, restando 37 trabalhos. Deste número, 15 foram rejeitados por não se enquadrarem aos critérios de inclusão, constatação feita após leitura minuciosa do manuscrito na íntegra. Também tiveram de ser omitidos, na seleção final, 2 estudos que não foram encontrados. Dos 643 artigos inicialmente identificados 20 estudos contemplaram os critérios de seleção. Destes, 4 (20%) foram estudos de metanálise e 16 (80%) foram ensaios clínicos). As metanálises apresentaram benefícios quanto ao consume de azeite de oliva, chocolate e café. Uma constituiu-se de análise de estudos prospectivos sobre o consumo de café e doenças cardiovasculares (MALERBA et. al., 2013), outras 2 metanálises avaliaram os efeitos de produtos a base de cacau ricos em flavanol (DESCH et al, 2010) e um outro estudo analisou o consumo da dieta mediterrânica que possui como principal fonte de gordura o azeite de oliva (PERONA et al, 2010). CONCLUSÃO: Após o levantamento das informações e análise das variáveis observadas, pode-se concluir que realmente há certo efeito protetor/benéfico à saúde quando há o consumo destes alimentos regularmente. Contudo ainda é necessário mais estudos para termos quantidades especificas desses alimentos para seu consumo nas diferentes etapas da vida, levando em consideração a idade, presença de comorbidades e peso dos indivíduos em que se vai atuar assim como o estudo dos hábitos alimentares, história familiar de doenças crônicas e estilo de vida. REFERÊNCIAS: 57 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ DESCH, S. et. al. EffectofCocoaProductsonBloodPressure: SystematicReviewand MetaAnalysis. American JournalofHypertension, vol.23, p. 97-103, 2010; MALERBA, S.;TURATI, F.;GALEONE, C.;PELUCCHI, C.;VERGA, F.;VECCHIA, C.;TAVANI, C. A meta-analysisofprospectivestudiesofcoffeeconsumptionandmortality for all causes, cancersand cardiovascular diseases. EuropeanJournalofEpidemiology, vol, 28, n.7, p.527-539, Jul, 2013; NEUMANN, A. I. A. P. et. al. Padrões alimentares associados a fatores de risco para doenças cardiovasculares entre residentes de um município brasileiro. Rev. Panam. Salud Publica/Pan Am J Public Health, vol.4, p.113-121, 2007; PERONA, J. S. et. al.Reduction in systemicand VLDL triacylglycerolconcentrationafter a 3-month Mediterranean-style diet in high-cardiovascular-risksubjects. J NutrBiochem, vol.21, n.9, p.892-8, Sep, 2010 34. LACTENTE PORTADOR DE ARRITMIA CARDÍACA CONGÊNITA: UM ESTUDO DE CASO Elinete de Sousa Ferreira ; Angela Tereza Carvalho Lopes ; Sâmia Vasconcelos Marques Leite ; Rosa Ester Fontenele Chaves Ribeiro; Luciano Fontenele Chaves; Maria Josimar Bezerra INTRODUÇÃO: As cardiopatias congênitas constituem um grupo de numerosas lesões que se situam em diferentes locais do aparelho circulatório, com gravidade variável. São anomalias resultantes de defeitos anatômicos do coração ou nas redes anatômicas que comprometem suas funções. O defeito resulta da má formação do coração ou dos vasos próximos ao coração que não se desenvolveram normalmente antes do nascimento (RAMOS, 2010). OBJETIVO: Relatar a internação de um lactente portador de arritmia cardíaca congênita em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica. METODOLOGIA: Foi receitado os aspectos éticos e legais segundo a lei 196/96, em que foi orientado a responsável legal do lactente e a mesma autorizou a realização do estudo. Trata-se de um estudo de caso, desenvolvido em um Hospital de Referência na Cidade de Sobral, Ceará, com um lactente de um mês e vinte dias portador de Arritmia Cardíaca Congênita Grave. Foram utilizados como forma de coleta de dados a leitura aprofundada do prontuário, acompanhamento dos exames, entrevista com a mãe. Para que as discussões sejam fidedignas, foram respaldadas através da leitura e estudo aprofundado em literaturas pertinentes acerca da patologia em questão. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Lactente DMS, 1 mês e 20 dias, morador da cidade de Novo Oriente, Ceará, nasceu de parto cesariana, prematuro e necessitou de internação durante quinze dias por icterícia e infecção neonatal, em que fez tratamento com fototerapia e antibioticoterapia para tratar possível infecção por hepatite. Após cerca de um mês em que a criança estava em casa, apresentou quadro de tosse seca, coriza, evoluindo com cianose. No dia 16 de novembro de 2014 foi ao hospital de origem, sendo encaminhado a Hospital Referência na Zona Norte do Ceará, chegando a estado geral grave, comprometido, sendo avaliado e detectado um quadro de taquicardia supra ventricular, necessitando de duas doses de amiodarona para reverter a arritmia. Foi intubado, instalado ventilação mecânica. Em seguida, fez Parada Cardiorrespiratória, sendo reanimado por massagem cardíaca e uso de drogas vasoativas. Foi transferido no mesmo dia para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica no referido hospital. Ficou em berço aquecido, monitorizado, com dissecção em femoral esquerda para infusão de amiodarona contínua, além de sedoanalgesia (dormonid e fentanil), hidratação venosa com eletrólitos e antibióticos, pois havia associado à cardiopatia uma pneumonia importante. No dia seguinte, realizou um ECO Cardiograma cujo resultado 58 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ foi normal. Dia 21/11 apresentou Taquicardia Supra Ventricular, com FC (frequência cardíaca) 298 bpm, realizou ECG (eletrocardiograma), sendo realizado cardioversão química com duas doses de amiodarona, sem sucesso e necessitou ser cardiovertido eletricamente com choque de 1J. Passou três dias estável, mas na madrugada do dia 24/11 apresentou FC 292 bpm, em que evidenciou ao ECG a presença de Taquicardia com QRS alargado e Flutter atrial. Puncionado acesso periférico em jugular esquerda para infusão de adenosina, pois sua meia-vida é curta e necessita ser infundida rapidamente seguida de bollus de água destilada em seguida. Apenas uma dose reverteu o quadro em oito minutos, confirmado em ECG. Permaneceu intubado até dia 26/11, quando foi extubado e ficou em máscara de venturi 50%, mantendo boa saturação de oxigênio. No mesmo dia foi retirado o acesso central, puncionado PICC (cateter central de inserção periférica) em jugular externa direita, sendo suspenso amiodarona que era contínua, sendo prescrita via oral uma vez ao dia. Quanto à dieta, apenas ficou zero na sua admissão, sendo alimentado por SNE (sonda nasoenteral) a partir do dia 17/11, sempre com boa aceitação. Ficou com SVD (sonda vesical de demora) da admissão até o dia 26/11, em que foi suspensa a sedação contínua. No dia 25/11 foi solicitado transferência para Hospital Referência em Cardiologia em Fortaleza para continuidade do tratamento e provavelmente colocação de marcapasso. CONCLUSÃO: Esse lactente possui uma situação crítica, pois suas arritmias são grave e mesmo quando está estável hemodinamicamente pode apresentar arritmias súbitas, necessitando ser cardiovertido química ou eletricamente, caso contrário, poderá ser fatal. Daí a necessidade de sua transferência para intervenções especializadas com implantação de marcapasso, em alguns casos a cauterização do local do impulso, a prescrição de medicamentos antiarrítmicos, além de cuidados como a suspensão de substâncias que causem descompasso, como cafeína, chá mate, guaraná em pó, sendo a mãe sempre orientada a manter esses cuidados no domicílio. Recebeu alta da UTI dia 29/11/2014 para internação pediátrica. REFERÊNCIAS: RAMOS, Carolina Anunciação. Assistência de Enfermagem à criança hospitalizada por cardiopatia congênita. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo. São Paulo, 2010. 35. MIOCARDIOPATIA CHAGÁSICA CONDUÇÃO: UM RELATO DE CASO COM DISTÚRBIO SEVERO DE Layanny Teles Linhares Bezerra; Tayanny Teles Linhares Bezerra; Bruna da Conceição Lima; Ronaldo César Aguiar Lima; Layana Liss Rodrigues Ferreira; Irineu Moreno de Melo Sobrinho INTRODUÇÃO: Doença de Chagas (DC) é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, transmitida pelos barbeiros. Seu curso crônico tem na Cardiopatia Chagásica a principal causa de morte. Normalmente, essa cardiopatia se manifesta por alterações eletrocardiográficas, insuficiência cardíaca de variados graus, arritmias, acidentes tromboembólicos e morte súbita. (PAOLA, 2011). A DC é uma parasitose que possui curso clínico bifásico podendo manifestar a fase aguda de várias formas. Em seu curso crônico, a DC tem na Cardiopatia Chagásica a principal causa de morte. Normalmente, essa cardiopatia se manifesta por alterações eletrocardiográficas, insuficiência cardíaca de variados graus, arritmias, acidentes tromboembólicos e até morte súbita. Assim, a Parada Cardiorrespiratória (PCR) pode ser a primeira manifestação de DC, o que torna fundamental o conhecimento de todas as formas de apresentação dessa enfermidade. OBJETIVO: Discutir um caso sobre os principais distúrbios decorrentes da miocardiopatia chagásica. METODOLOGIA Trata-se de pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso, que foi desenvolvido o durante os meses de outubro e novembro de 59 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ 2014, no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) na cidade de Mossoró- RN. A nossa unidade de estudo foi o Paciente F. A. P.F, que é portador de miocardiopatia chagásica. Por envolver seres humanos, a pesquisa foi realizada de acordo com a resolução N°196/1996 do conselho nacional de saúde, que estabelece as diretrizes e normas em defensa do sujeito para garantir que os principais éticos da autonomia, beneficência, justiça, equidade e não maleficência fosse respeitada. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Homem, 52 anos, casado, pedreiro, natural de Apodi/RN e procedente da cidade de Mossoró/RN, trazido ao Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) após uma possível PCR revertida por familiares. Ao atendimento inicial, o paciente apenas queixa-se de ferimento na cabeça e um episódio de síncope ocorrido há 6 horas. Porém, testemunhas relatam que o mesmo ficou arroxeado e em parada cardíaca. À anamnese, paciente relata que teve episódio de síncope do tipo “ligadesliga” enquanto trabalhava. Não refere pródromos. Relata como antecedentes patológicos, um tratamento para Febre Reumática (FR), Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2), Dislipidemias e Asma. Afirma também ser tabagista de longa data (carga tabágica elevada) e não praticar atividades físicas (apenas exerce suas atividades laborais de pedreiro diariamente). Ao exame: Estado Geral Bom, 1,63m, peso de 55Kg, eupneico em ar ambiente, corado, hidratado e afebril ao toque. A Ectoscopia verifica-se ferida corto-contusa em região parietal direita, sem edemas. Ausculta Pulmonar com Murmúrios Vesiculares presentes, sem Ruídos Adventícios. Ausculta Cardiovascular com pulsos amplos e simétricos. Pressão Arterial 130/80mmHg. Carótidas sem sopros. Frequência Cardíaca (FC) de 60bpm, Ritmo cardíaco regular em 2 tempos, Bulhas normofonéticas, sem sopros, sem estalidos de abertura. Eletrocardiograma, realizado logo à admissão, mostra desvio de eixo cardíaco à esquerda, com sobrecarga ventricular esquerda, bloqueio de ramo esquerdo e distúrbios de repolarização. Internado para acompanhamento clínico e solicitado HOLTER de 24 horas. Laudo do HOLTER mostra FC: 33-49-126. Com 417 Extrassístoles ventriculares isoladas, 5 Bigeminismo, 3 pares, 49 Extrassístoles supraventriculares, 3 pares, 1 Taquicardia (4 batimentos). 2 pausas maiores do que 2 segundos. No terceiro dia, realizado Ecocardiograma Transtorácico que mostrou ventrículo esquerdo: 62/46, com fração de ejeção de 49%. Massa cardíaca de 166 G/M². Mostrou também, uma dilatação moderada das câmaras esquerdas. Na musculatura cardíaca, uma hipocinesia difusa leve, mas com função diastólica Normal ou com alterações leves. Prosseguindo a investigação diagnóstica, solicitou-se exames complementares, que evidenciou um Hemograma sem alterações. Sorologia para Chagas positiva (ELISA E Imunofluorescência Indireta) Glicemia em Jejum de 82mg/dl Colesterol Total de 172mg/dl. Triglicerídeos de 105mg/dl. HDL de 55mg/dl. LDL de 96mg/dl. Creatinina de 0,9. Na+ de 133. K+: 3,9. Pelos dois métodos de testagem resultarem em testes reagentes, confirmou-se Doença de Chagas em sua fase crônica, com severo acometimento miocárdico. A primeira manifestações da miocardite chagásica nesse caso foi uma parada cardiorrespiratória, um evento potencialmente grave com sérias repercussões se não realizado as medidas necessárias a tempo. (Conclusões) A Cardiopatia Chagásica é uma doença potencialmente fatal exigindo diagnóstico rápido e intervenções imediatas. Sendo assim, é de suma importância que o enfermeiro tenha conhecimento de suas manifestações, pois o reconhecimento precoce desses sinais e sintomas é fator crucial ao prognóstico da Cardiopatia Chagásica. REFERÊNCIAS: CECIL. Tratado de Medicina Interna – Lee Golman, Dennis Ausiello, 23º edição. Elsevier. SBC. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Diretrizes de Cardiologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Disponível em www.cardiol.br. PAOLA, AAV; GUIMARÃES, JF; BARBOSA, MM. Cardiologia – Livro texto da Sociedade Brasileira de Cardiologia, editora Manole, 2011. 60 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ 36. MIOCARDIOPATIA CHAGÁSICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA. Maria de Fátima Pinho Vasconcelos; Antônia Bruna Ferreira Braga; Layana Liss Rodrigues Ferreira; José Flason Marques da Silva; Marcelo Cristiano Campos Nobre; RONALDO CÉSAR AGUIAR LIMA INTRODUÇÃO: A Doença de Chagas é uma zoonose de natureza endêmica e de evolução crônica, causada por um protozoário flagelado intracelular, sendo habitualmente transmitida ao homem por insetos triatomíneos. O protozoário causador é o parasita Trypanossoma cruzi que é comumente transmitido aos seres humanos e outros mamíferos por um inseto vetor da família Reduviidae, subfamília triatominae, conhecido popularmente como barbeiro. Após a infecção, os pacientes desenvolvem a fase aguda da doença, quando eles podem vir a falecer de miocardite, de meningoencefalite ou de complicações, como broncopneumonia. OBJETIVO: Assim, o objetivo do presente trabalho foi discorrer sobre a Miocardiopatia Chagásica, fazendo uma reflexão sobre os principais aspectos relacionado a Miocardite Chagásica. METODOLOGIA: O presente estudo é uma revisão bibliográfica desenvolvida a partir da análise de artigos científicos obtidos nas bases de dados PUBMED e Scientific Eletronic Library Online (SciELO), além de livros-texto da área. Para construção desse trabalho optou-se por artigos de periódicos da saúde pública, já que essa vertente representa uma bibliografia valorizada e de mais fácil acesso. A pesquisa dos artigos se deu entre os meses de agosto e outubro de 2014. Selecionou-se artigos que direcionavam suas temáticas às alterações anatômicas decorrentes da doença de Chagas. Visando valorizar todo o contexto científico envolvido na Doença de Chagas, procurou-se abordar o tema sob a luz da investigação das ciências básicas da saúde. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Verifica-se na Doença de Chagas que há envolvimento cardíaco em aproximadamente 80 a 90% dos casos agudos, com o quadro clínico caracterizado por miocardite aguda com taquicardia sinusal, alterações de repolarização e baixa voltagem no eletrocardiograma, dilatação das cavidades ventriculares, disfunção sistólica, derrame pericárdico e sinais de insuficiência cardíaca (IC). A dissincronia intraventricular é um forte preditor de eventos clínicos graves e verificou-se prevalência de 85% em indivíduos com cardiomiopatia chagásica. A Miocardiopatia Chagásica Crônica é a forma mais grave da doença e se desenvolve em 10 a 20% dos infectados, caracteriza-se por dilatação biventricular, adelgaçamento das paredes, lesão vorticilar ou aneurisma apical, áreas de endocardite mural e trombos cavitários. As complicações tromboembólicas são bastante associadas à IC chagásica, levando alguns autores a definir a doença como “cardiopatia emboligênica”. Vale ressaltar que a mortalidade devido à cardiomiopatia chagásica está intimamente ligada ao grau de envolvimento miocárdico e que os pacientes com IC que são internados apresentando má perfusão, congestão e constituem o grupo que evolui com pior prognóstico na IC descompensada. Esse conjunto de alterações encontradas na cardiopatia chagásica pode ser explicado por ocorrências como a intensa multiplicação parasitária no miocárdio, que provoca miocardite intensa e difusa, gerando necrose de fibras miocárdicas, edema, vasculite e infiltrado 61 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ inflamatório. A fibrose reparativa e a perda de massa miocárdica podem provocar dilatação cardíaca. Ademais, há dano ao sistema de condução e plexos nervosos intramurais e extra cardíacos, o que pode ser relacionado com a fibrose focal, coalescente, no miocárdio e no sistema especializado de condução do estímulo elétrico. CONCLUSÃO: A Doença de Chagas ainda é muito prevalente no Brasil com algumas regiões concentrando a maioria dos casos. No estado do Ceará, a Doença de Chagas é um problema de Saúde, pois muitas vezes é negligenciado e ao diagnóstico e encontram manifestações severas e fatais como a Miocardiopatia, principal causa de óbito pela Doença de Chagas. Assim, conhecer a epidemiologia da Doença e suas principais formas de complicações, pode fornecer dados para uma melhor estratégia preventiva. REFERÊNCIAS:ALMEIDA, D.R. Insuficiência Cardíaca na Doença de Chagas. Revista da Sociedade de Cardiologia do Rio Grande do Sul, 2004: 13(3). ARGOLO, A.M. Doença de chagas e seus principais vetores no Brasil. Imperial Novo Milênio: Fundação Oswaldo Cruz: Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro, 2008. OLIVEIRA, A.P.; GOMES, L.F. CASARIN, S.T.; SIQUEIRA, H.C.H. O viver do portador chagásico crônico: possibilidades de ações do enfermeiro para uma vida saudável. Rev. Gaúcha Enferm. 2010; 31 (3): 491-498. 37. O CUIDADO DE ENFERMAGEM À CRIANÇA COM CARDIOPATIA CONGÊNITA: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO. Maria Nadia Craveiro de Oliveira; Éwila Luiza Farias Araújo; Angeline Paiva do Nascimento; Gláucia de Brito Monteiro; IELLEN DANTAS CAMPOS VERDES RODRIGUES INTRODUÇÃO: As cardiopatias congênitas ocorrem em nove de cada 1.000 nascidos vivos. Em torno de 25% dos casos são cardiopatias graves que necessitam de intervenção no primeiro ano de vida. Recém-nascidos (RN) portadores de cardiopatias congênitas representam um grupo de alto risco pela elevada mortalidade e morbidade. Devido à gravidade de grande parte das cardiopatias no período neonatal, essa condição necessita ser diagnosticada e tratada imediatamente, evitando-se a deterioração hemodinâmica do bebê e lesões de outros órgãos, principalmente do sistema nervoso central (BRASIL). O cuidado de enfermagem transforma-se cotidianamente, há tempos saiu do campo empírico para ingressar com maestria na cientificidade, fato que se reflete na melhoria da qualidade assistencial dessa profissão, os mesmos utilizam-se da palavra como recurso terapêutico, analisando e interpretando a fala do cliente e programando a melhor ação para sanar seus agravos (COELHO, 2006). Pelo exposto vê-se que é indispensável um cuidado de enfermagem que atente para o físico e o emocional do paciente, principalmente aqueles acometidos por enfermidades crônicas. Desse modo, o estado fragilizado do paciente cardiopata aproxima-o do enfermeiro, e este assume um papel importante e expressivo no processo de cuidar. Assim, prima-se pela compreensão por parte do enfermeiro quanto às reais necessidades do cardiopata, que vão além dos aspectos fisiológicos, mas que requerem um cuidado direcionado ao emocional, exigindo do profissional um raciocínio clínico e crítico (BALBUÍNO; MANTOVANI; LACERDA, 2009). Nesse sentido, para fundamentar novas 62 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ pesquisas acerca do cuidado da enfermagem ao paciente/criança com cardiopatia congênita, realizou-se uma revisão bibliográfica. OBJETIVO: Descrever o atual cuidado de enfermagem à criança com cardiopatia congênita, visando contribuir para uma melhoria da assistência de enfermagem a essa clientela. METODOLOGIA: O estudo é uma revisão bibliográfica descritiva, a qual foi embasada na literatura pertinente ao tema proposto. A revisão ocorreu no período de Agosto e Setembro, buscando-se publicações indexadas nas seguintes bases de dados: Scientrfic Electronic Library Online (SCIELO), Base de Dados de Enfermagem (BDENF) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). O percurso metodológico realizou-se por etapas, houve a escolha do objeto de estudo, seguido dos descritores a serem utilizados na busca dos artigos; posteriormente buscaram-se os artigos nas bases de dados, aos quais se aplicaram os critérios de inclusão definidos para a pesquisa; Por fim, fez-se a categorização dos dados e análise dos resultados. Para realização das buscas utilizou-se as seguintes expressões: cardiopatia, enfermagem e cuidado de enfermagem, sendo feita a seguinte associação para obtenção dos artigos: "cardiopatia congênita and enfermagem" e “cardiopatia congênita and cuidado de enfermagem”. Os achados obtidos foram agrupados em quadros, os quais contemplaram dados como perfil profissional do autor principal do estudo, local de realização do estudo, ano da publicação e abordagem sobre o cuidado de enfermagem à criança com cardiopatia congênita. Em seguida realizou-se a análise dos resultados com base na literatura publicada sobre a temática. Foram respeitados os direitos autorais dos autores dos artigos analisados, respeitando os princípios éticos nesse estudo. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Os achados da pesquisa mostram que as publicações de enfermagem sobre o cuidado à criança com DCC ainda manifestam-se de forma tímida, em um período de dez anos foram publicados 5 artigos que contemplassem o objeto de estudo dessa pesquisa, em períodos espaçados de tempo, sendo duas publicações dos dois últimos anos. Todas as publicações foram realizadas por enfermeiras, sendo a maioria dos estudos de natureza qualitativa. As crianças com cardiopatias congênitas geralmente são pacientes crônicos, que mesmo após realizar uma cirurgia corretiva irão necessitar de um acompanhamento clínico continuo no decorrer da vida. Segundo Balbuíno, Mantovani e Lacerda (2009), o cuidado ao paciente cardiopata crônico pode ser dividido em duas dimensões, a técnica e a expressiva, visto que deve basearse em ações, emoções e sensibilidade, a fim de promover a melhor maneira para o paciente enfrentar o processo de adoecimento. Nesse sentido, para intervir de modo eficaz e promover a recuperação da criança cardiopata, o enfermeiro vale-se do processo de cuidar como ferramenta para realizar suas ações de cuidado, por meio de uma relação interativa entre enfermeiro e paciente. Dentro do processo de enfermagem, os diagnósticos de enfermagem ganham destaque na realização do cuidado à criança com cardiopatia congênita, visto que possibilitam ao enfermeiro traçar as necessidades da criança e da família e buscar intervenções eficazes que resultem em sua melhora clínica. É uma etapa complexa, que requer avaliação minuciosa do paciente e dos fatores que influenciam seu estado de saúde. Uma avaliação de enfermagem precisa permite identificar as reais necessidades da criança cardiopata, o que lhe propiciará tomar condutas voltadas diretamente para obtenção de resultados como a melhora da função cardíaca, remoção de líquidos e sódio acumulados, diminuição das necessidades cardíacas, melhora da oxigenação tecidual e diminuição do consumo de oxigênio. No mais, estabelecer uma linguagem comum que permita identificar problemas e intervir sobre eles melhora a comunicação entre os enfermeiros (SILVA; LOPES; ARAÚJO, 2007). CONCLUSÃO: Conclui-se que o cuidado do enfermeiro frente a crianças cardiopatas é de fundamental importância tanto para a criança como para os seus familiares, orientando-os no tratamento dos filhos, do cuidado principalmente com a 63 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ alimentação e sem duvidas na parte emocional dessas pessoas que tanto anseiam por atenção e cuidado. REFERÊNCIAS: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. ATENÇÃO À SAÚDE DO RECÉMNASCIDO. Brasília, DF, 2011; BALDUINO, A. F. A.; MANTOVANI, M. F.; LACERDA, M. R.. O PROCESSO DE CUIDAR DE ENFERMAGEM AO PORTADOR DE DOENÇA CRÔNICA CARDÍACA. Esc. Anna Nery. v.13, n. 2, p.342-51, 2009; MÉLLO, D. C, RODRIGUES, B. M. R. D. O ACOMPANHANTE DE CRIANÇA SUBMETIDA À CIRURGIA CARDÍACA: CONTRIBUIÇÃO PARA A ENFERMAGEM. Esc. Anna Nery. v.12, n. 2, 2008; SILVA, V. M.; MARCOS LOPES, M. V. O.; ARAUJO, T. L. RAZÃO DE CHANCE PARA DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM EM CRIANÇAS COM CARDIOPATIA CONGÊNITA. Investigación y Educación en Enfermería. v. 25, n.1, 2007. 38. O ENFERMEIRO COMO CONTROLADOR DOS FATORES DE RISCO DAS CARDIOPATIAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE: UMA REVISÃO LITERÁRIA. Carlos Henrique do Nascimento Morais; Carlos Victor Fontenele Pinheiro; Elisângela Sandra De Araújo Aragão; Sheila Costa Araújo; Tereza Anielle Albuquerque Ximenes; NÁTILA AZEVEDO AGUIAR RIBEIRO INTRODUÇÃO: Na Atenção Primária (AP) uma das principais funções do enfermeiro é buscar a promoção da saúde para a população de sua área. Essa promoção da saúde é uma ferramenta de intervenção sobre as condições de vida da população que extrapola a prestação de serviços clínico-assistenciais e preconiza ações intersetoriais que envolvem a educação em saúde, o saneamento básico, a habitação, a renda, o trabalho, a alimentação, o respeito ao meio ambiente, o acesso a bens e serviços essenciais, o lazer, dentre outros determinantes socioambientais que incidem na produção da saúde e da doença. Além disso, o enfermeiro deve realizar o aconselhamento de sua população, para que eles possam ser ativos nos seus processos de saúde. O Aconselhamento é realizado com base no respeito à autonomia, valorizando do potencial do indivíduo, possibilitando a mudança de condutas e consequentemente melhoria de sua qualidade de vida. Na maioria das vezes esse aconselhamento é realizado para diminuir os fatores de risco que podem levar a algumas patologias, como por exemplo, as cardiopatias. OBJETIVO: Entender como o enfermeiro pode contribuir para evitar distúrbios cardíacos na atenção primária e mostrar a importância dessa ação. METODOLOGIA: A realização do estudo utilizou-se de revisão literária por meios dos descritores “atenção primária a saúde”, “prevenção de doenças” e “doença das coronárias” nas bases de dados da Biblioteca Virtual da Saúde – BVS no mês de novembro de 2014. Através desses descritores foram encontrados quatrocentos e oitenta e sete trabalhos, no entanto após a filtragem pelo idioma português e pelo assunto principal, doenças cardiovasculares, apenas nove permaneceram, destes, foram analisados os que tinham até dez anos de publicação e os demais excluídos. RESULTADOS: Observou-se a necessidade de conhecer de forma profunda os usuários para então traçar ferramentas de estratégias intervencional. Sete estudos mostraram que, por mais que a incidência de doenças cardiovasculares seja cada vez mais frequente muitas ações preventivas são realizadas na atenção primária para tentar reverter esse quadro. Um exemplo disso são os grupos de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) organizados e mantidos pelos estabelecimentos de saúde da família. Nesses grupos os principais fatores de risco (Alimentação irregular, 64 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ tabagismo, alcoolismo, sedentarismo e outros) são continuamente abordados para que a população aumente a capacidade do autocuidado e assim, serem “independentes” dos profissionais. CONCLUSÃO: O papel do enfermeiro na atenção primária é fundamental, porque, além dos atendimentos que envolvem procedimentos, eles também buscam espaços de tempo para promover saúde e disseminar informações relevantes para a população, a fim de aumentar a qualidade do autocuidado em domicílio. Logo, a equipe de enfermagem no geral é a chave da atenção primária, e infelizmente não disponibiliza de uma estrutura adequada que possa ajuda-los a desenvolver suas ações de maneira a satisfazer os anseios da população. REFERÊNCIAS: GUIMARÃES, N. G.;et al.Adesão a um programa de aconselhamento nutricional para adultos com excesso de peso e comorbidades. Rev Nutr., n. 23(3), p. 323-333,2010. PEREIRA, M. O.; et al. Efetividade da intervenção breve para o uso abusivo de álcool na atenção primária: revisão sistemática. Ver Bras Enferm. Brasília, n.66(3), p.420-428, 2013. MASCARENHAS, N. B.;MELO, C. M. M. de; FAGUNDES, E. N. C. Produção do conhecimento sobre promoção da saúde prática da enfermeira na Atenção Primária. Rev Bras Enferm, Brasília, n. 65(6), p. 991-999, 2012. 39. O SABER/FAZER DO ENFERMEIRO E A EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA PREVENÇÃO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES. Débora Maria Bezerra Martins; Erilandy de Sousa Ávila; Lívia Maria Albano Camelo; Francisco Issac Paiva de Sousa; Francisca Drenalina de Sousa Araújo; ANDREA CARVALHO ARAUJO MOREIRA INTRODUÇÃO: Para realizar as atividades do cuidado, o enfermeiro necessita de conhecimento cientifico e técnico para atuar na abordagem prática. O método empregado pelo enfermeiro é a organização, a sistemática racional de ações para alcançar os objetivos da assistência cuja ferramenta utilizada e a Sistematização da Assistência de Enfermagem. Nesse contexto é essencial que o enfermeiro tenha um conhecimento teórico abrangente, bem como saber aplicar conceitos às doenças cardiovasculares é de suma importância o enfermeiro dispor na assistência de enfermagem das ações de educação em saúde para alertar a população na assistência prática ao paciente. No que se refere aos fatores de risco que levam a essas doenças. OBJETIVO: Identificar o conhecimento e habilidades do profissional de enfermagem diante de doenças cardiovasculares, assim como proporcionar as práticas de educação em saúde, visando à prevenção de doenças cardiovasculares, especialmente a Hipertensão Arterial. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica sobre a importância do enfermeiro frente ao desenvolvimento de ações de educação em saúde e prevenção de doenças cardiovasculares. Os descritores utilizados foram “doenças cardiovasculares”, “educação em saúde” e “cuidado de enfermagem”. Nessa pesquisa realizaram-se os seguintes critérios de inclusão: periódicos publicados em língua portuguesa, na base de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), publicados entre 2009 e 2014. Foram encontrados 10 artigos que se enquadravam no critério de inclusão. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Segundo Calegari et al, a hipertensão arterial sistêmica (HAS) é a mais frequente das doenças cardiovasculares. É também o principal fator de risco para complicações como acidente vascular cerebral e infarto agudo do miocárdio, além da doença renal crônica terminal. Dessa forma a educação em saúde visando informar a população sobre a possibilidade de evitar os fatores de risco que podem levar a doenças cardiovasculares deve fazer parte da estratégia dos profissionais de saúde. O enfermeiro deve 65 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ ser capacitado para saber/fazer de forma eficaz a assistência em enfermagem, bem como orientar o paciente corretamente, visando garantir a educação em saúde. As práticas educativas priorizam o dialogo com a população a fim de resolver problemas de saúde. Dessa forma os profissionais de saúde e a população podem compartilhar saberes buscando em conjunto a qualidade de vida das pessoas. Assim a promoção da educação em saúde deve ser uma característica do profissional enfermeiro, pois possuem contato mais próximo com o paciente e também ocupam cargos de gerencia, principalmente na atenção primária em saúde. CONCLUSÃO: A realização dessa pesquisa teve como intuito mostrar a importância do profissional de saúde, principalmente o profissional de enfermagem na promoção da educação em saúde. Mediante os resultados é inerente que os enfermeiros sejam capacitados e orientados a promoverem educação em saúde, no intuito de prevenir fatores de risco que podem desencadear doenças graves, como as cardiovasculares. Diante disso é necessária que a equipe de enfermagem busque novas fontes de informação para atualizar seus conhecimentos teóricos e práticos, proporcionando um cuidado com maior eficácia. REFERÊNCIAS: Abreu, R. N. D. C, et al. Educação em saúde para prevenção das doenças cardiovasculares: experiência com usuários de substâncias psicoativas. Revista espaço para a saúde, V. 15, 2014. Alves, V. S. Oliveira, S. R. G; Wendhausen, A. L. P. (Re) Significando A Educação Em Saúde: Dificuldades E Possibilidades Da Estratégia Saúde Da Família. Trab. Educ. Saúde, Rio de Janeiro, v. 12 n. 1, 2014. Calegari, D. P, et al. Diagnósticos de enfermagem em pacientes hipertensos acompanhados em ambulatório multiprofissional. Revista de Enfermagem, 2012. Ceccim, R. B. Educação permanente em saúde: descentralização e disseminação de capacidade pedagógica na saúde: descentralização e disseminação de capacidade pedagógica na saúde. Ciências e Saúde Coletiva, 2005. Muniz, L. C, et al. Fatores de risco comportamentais acumulados para doenças cardiovasculares no sul do brasil. Rev. Saúde Pública 2012;46(3):534-42. Pott, F. S., et al. Medidas De Conforto De Comunicação Nas Ações De Cuidado De Enfermagem Ao Paciente Crítico. Rev Bras Enferm, Brasília 2013 mar-abr; 66(2): 174-9. Oliveira, R. S, et al. Fatores De Risco Associados Às Doenças Cardiovasculares Na População Carcerária. Revista Eletrônica Gestão & Saúde Vol.05, Nº. 01, Ano 2014 p.263-75. Santos, J. L. G, et al. Práticas De Enfermeiros Na Gerência Do Cuidado Em Enfer,Agem E Saúde: Revisão Integrativa. Rev. Bras. Enferm., Brasília 2013 mar-abr; 66(2): 257-63.Silveira, L. C, et al. Cuidado clínico em enfermagem: desenvolvimento de um conceito na perspectiva de reconstrução da prática profissional. Esc. Anna Nery (impr.)2013 jul - set ; 17 (3):548 – 554. 40. OS EFEITOS CARDÍACOS PROVOCADOS PELO USO DE HERCEPTIN® NOS PACIENTES ONCOLÓGICOS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SOBRAL. Maria Suzane Mota de Sousa; Andreza Silva Vasconcelos; Cyntia Maria de Freitas; Maria Cleyde Brito Furtado; Francisca Rejane Martins de Sousa; Verônica Egline Farias; MIRVANA MARIA LINHARES INTRODUÇÃO: Herceptin® é o nome comercial dado à medicação Trastuzumab, um anticorpo humanizado, produzido por células geneticamente modificadas para uma função específica. Este quimioterápico é comum ao tratamento do Câncer de Mama metastático que apresenta tumor com superexpressão do Human Epidermal Growth Factor Receptor Type 2 (HER2). O HER2 é uma proteína abundante e de funções vitais para células tumorais de alguns tipos de tumores. A ligação da medicação a esta proteína provoca uma série de 66 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ distúrbios no funcionamento das células tumorais, causando sua morte. O sucesso dos tratamentos à base de Herceptin® é atingido depois de superados os riscos cardíacos, aos quais o paciente é exposto durante o uso deste medicamento. OBJETIVO: Através dessa pesquisa, buscamos identificar as complicações, a nível cardíaco, acarretadas pela utilização do medicamento Herceptin®. METODOLOGIA: Este relato de experiência foi realizado dentro do Programa de Integração de Ensino-Serviço (PIES) da Santa Casa de Misericórdia de Sobral (SCMS), no setor de Quimioterapia do referido hospital, no período de 28 de fevereiro a 31 de outubro de 2014. O estudo teve participação de um médico oncologista e coordenador do setor, de uma enfermeira assistencial, de um farmacêutico e de 13 pacientes com idades entre 24 e 75 anos, em tratamento na instituição. Através de uma entrevista com cada um dos profissionais, bem como com os pacientes selecionados, construímos uma valiosa documentação a respeito da ação esperada do fármaco, dos procedimentos de enfermagem adotados frente a uma reação adversa, além de identificar os efeitos psicofísicos do mesmo sobre os pacientes. As entrevistas consistiam de perguntas, em tom de conversa informal, feitas separadamente com cada profissional e paciente. RESULTADOS: O universo oncológico foi minimamente desvendado no período em que nos dedicamos a aprender sobre seus aspectos físicos, fisiopatológicos e emocionais. Segundo o setor de faturamento da instituição, 18 pacientes são tratadas atualmente com Herceptin® na SCMS, divididos em mono e politerapia, neoadjuvante e adjuvante. Em sua maioria, as pacientes referem efeitos leves, geralmente, durante a infusão da medicação, como dispneia, hipotensão, taquicardia e tosse, em poucos casos. Outras não referem efeito algum. No entanto, complicações tardias podem ocorrer devido ao uso prolongado do produto, como edema pulmonar, galope S3 ou redução na fração de ejeção. Nenhuma paciente em tratamento foi diagnosticada com tais patologias. Para acompanhamento desses tipos de complicações, periodicamente, é solicitado um exame chamado ecocardiograma, que fornece imagens estáticas e em movimento dos músculos e das valvas cardíacas, bem como o mapeamento em cores do fluxo sanguíneo, servindo para avaliação e intervenção médica diante de qualquer comprometimento do órgão. Diante de uma possível reação, a equipe de enfermagem deve está a postos para intervir. De imediato, a infusão do medicamento é paralisada, em seguida, verificamos os sinais vitais e comunicamos ao médico responsável, realizamos os cuidados indicados que, geralmente, objetiva a reversão dos sinais e sintomas, além de observar atentamente este paciente, até o fim da infusão e alguns minutos mais, caso possa dar continuidade a administração. CONCLUSÃO: Fazer parte da equipe de enfermagem que desenvolve trabalhos tão importantes quanto à assistência quimioterápica foi uma experiência ímpar. É fundamental considerar todas as queixas do paciente, independente de que esta tenha, ou não, relação aparente com a administração do fármaco. A prestação de cuidados se compromete apenas pela estrutura física do local, pelo quantitativo de profissionais, visto que a demanda excede a capacidade, pois além dos pacientes com HER-2 positivo, há pacientes que também realizam tratamento de outras patologias e todos necessitam de atenção contínua. Um novo dimensionamento do quadro de funcionários traria maiores benefícios aos pacientes assistidos pela quimioterapia da SCMS, pois o cuidado seria mais bem prestado, a assistência se tornaria integral e a demora de atendimento seria menor. No entanto, apesar do pouco espaço a assistência é integralizada e eficaz. O setor atua de forma harmônica, escutamos as queixas do paciente e suas histórias de vida, dividimos sorrisos e gargalhadas, respeitamos sempre suas vontades, comemoramos as vitórias, admiramos suas expectativas e lamentamos as perdas. Tentamos deixar o paciente confortável, para que ele se sinta acolhido e para que o tratamento se torne um pouco menos doloroso. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: HERCEPTIN. Responsável Técnico Laboratório Roche. Portugal: Laboratório Roche. Disponível em: 67 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ <http://www.medicinanet.com.br/bula/2695/herceptin.htm>. Acesso em 31 de outubro de 2014. SOCIEDADE BRASILEIRA DE MASTOLOGIA. Herceptin. São Paulo, 2011. Disponível em: <http://www.sbmastologia.com.br/cancer-de-mama/terapias-alvo-cancer-demama/herceptin-26.htm>. Acesso em 31 de outubro de 2014. ROCHE FARMACÊTICA QUÍMICA LTDA. Cancro da Mama HER2+: O que é o HER2? Portugal, 2014. Disponível em: <http://www.roche.pt/sites-tematicos/her2/index.cfm/her2_e_o_cancro/o-quee-o-her2>. Acesso em 31 de outubro de 2014. 41. OS PRINCIPAIS FATORES DE RISCO QUE PODEM PROVOCAR O INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO: UMA REVISÃO DE LITERATURA. Janderson de Sousa Lima; Tayanny Teles Linhares bezerra; Marcus Brenno Ferreira da Silva; Andrea de Oliveira Magalhães; JANDER MAGALHÃES TORRES INTRODUÇÃO: De acordo com o Ministério da Saúde, morreram mais de 890 mil pessoas no ano de 2006, cerca de 290 mil devido a doenças do aparelho circulatório, sendo que mais de 85 mil mortes foram em decorrência de doenças isquêmicas do coração (BRASIL, 2006). Assim, as síndromes coronarianas, como infarto agudo do miocárdio IAM, são responsáveis por um grande número de hospitalizações no Brasil e no mundo. Boutin-Foster (2005) afirma que a identificação e eliminação de fatores de risco que contribuem para a doença arterial coronariana tem sido uma grande preocupação para a saúde pública, gerando interesse de pesquisa. Esse temática é de extrema relevância para os profissionais da saúde, sendo necessário um aprofundamento de estudos sobre esse tipo de patologia e seus fatores de risco, a fim de melhorar a promoção, bem como a recuperação da saúde do indivíduo acometido, deixando-os cientes das causas e fatores de risco. Ao considerar este cenário, e diante da importância desse tema na área da saúde, o presente estudo tem como objetivo verificar as publicações sobre o tema e poder contribuir com esclarecimentos para profissionais e cidadãos interessados em conhecer as nuances que envolvem estes riscos à saúde humana. OBJETIVO: Analisar publicações nos últimos cinco anos a respeito dos principais fatores de risco que levam a um possível Infarto Agudo do Miocárdio. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica do tipo revisão bibliográfica, com abordagem qualitativa, e ênfase nas publicações que relatam os motivos do IAM (Infarto Agudo do Miocárdio). Foi utilizado a Scielo (Scientific Eletronic Library Online) como banco de dados. Os descritores pesquisados foram: Infarto Agudo do Miocárdio, causas e fatores. Foram utilizados cinco trabalhos nacionais publicados nos últimos cinco anos, dentre esses, foram examinados teses, artigos científicos, e outros, disponíveis e publicados na internet. RESULTADOS: A verificação evidenciou que a principal causa do IAM é a aterosclerose, que se define pelo processo na qual as placas de gordura se desenvolvem, ao longo dos anos, no interior das artérias coronárias criando dificuldade a passagem do sangue. Contudo, na maioria dos casos, o infarto ocorre quando há o rompimento de uma dessas placas levando a formação de trombo e interrupção do fluxo sanguíneo. Segundo Morton (2007), por meio de estudos epidemiológicos, foram identificados vários fatores de risco que levam ao acometimento do Infarto Agudo do Miocárdio. Eles foram classificados em dois grupos: os fatores de risco importantes e os fatores de risco contribuintes. Evidenciamos assim, que os fatores de risco importantes são: Idade, Sexo, Hereditariedade, Tabagismo, colesterol e glicerídeos, hipertensão arterial, sedentarismo, obesidade e sobrepeso, diabetes Mellitus, estresse, hormônios sexuais, níveis de homeostalina e álcool. CONCLUSÃO: A doença isquêmica do coração, incluindo o Infarto agudo do miocárdio, representa uma das maiores causas de 68 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ mortalidade em todo o mundo. Portanto, é um compromisso dos profissionais da saúde informar aos usuários os fatores de riscos, deixando-os cientes das serias consequências dos mesmos. Entretanto, observou-se pelas publicações consultadas que há ampla linha de pesquisa a respeito desse tema, porém, ainda torna-se necessário a continuação de publicações acerca desse assunto, pois ainda há muito que conhecer e intervir a fim de minimizar a taxa de mortalidade por infarto agudo no miocárdio. REFERÊNCIAS: Boutin-Foster, C. (2005a). Getting to the heart of social support: A QUALITATIVE ANALYSIS OF THE TYPES OF INSTRUMENTAL SUPPORT THAT ARE MOST HELPFUL IN MOTIVATING CARDIAC RISK FACTOR MODIFICATION.Heart &Lung, 34(1), 22-29. Brasil. MINISTÉRIO DA SAÚDE. INDICADORES E DADOS BÁSICOS – BRASIL 2006. Recuperado em 11 março 2008, de http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2006/.atriz.htm. MORTON, P. G. CUIDADOS CRÍTICOS DE ENFERMAGEM: UMA ABORDAGEM HOLÍSTICA.8 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. 42. PARADA CARDIORESPIRATÓRIA E RESSUCITAÇÃO CARDIOPULMONAR BASEADA EM EVIDÊNCIAS. Layana Liss Rodrigues Ferreira; Antônia Bruna Ferreira Braga; Maria de Fátima Pinho Vasconcelos; José Flason Marques da Silva; Marcelo Cristiano Campos Nobre; RONALDO CÉSAR AGUIAR LIMA INTRODUÇÃO: A Parada Cardiorrespiratória (PCR) é definida como sendo a cessação súbita da circulação sistêmica e atividade respiratória em indivíduo com expectativa de restauração da função cardiopulmonar e cerebral, não portador de moléstia crônica intratável ou em fase terminal. Apesar de avanços nos últimos anos relacionados à prevenção e a tratamento da PRC, muitas são as vidas perdidas anualmente no Brasil relacionado à PCR e a eventos cardiovasculares em geral. Assim, o conhecimento de como agir em diante de uma PCR é fundamental para a tomada de decisões. E a adoção de condutas corretas é preditora do sucesso, ou seja, é o divisor entre salvar uma vida ou deixá-la m=ir a óbito. (Objetivos) Assim, o presente artigo teve objetivo apontar os níveis de evidências relacionados às condutas diante de uma PCR. METODOLOGIA: Trata-se de uma análise do Guideline AHA (Associação Americana de Cardiologia - 2010) e das principais publicações referentes a PCR, bem como as novas Diretrizes de PCR da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). RESULTADOS E DISCUSSÕES: O Suporte Básico de Vida envolve o reconhecimento de uma PCR e a realização precoce das manobras de ressuscitação cardiopulmonar com foco na realização de compressões torácicas de boa qualidade, assim como na rápida desfibrilação. As condutas a serem tomadas são muitas e definem prognóstico do paciente. Tais condutas podem ser classificadas em Classe de recomendação (CR) bem com indicadas por Nível de evidência (NE). Assim, a realização de compressões torácicas efetivas em todas PCR é CRI, NEB. Já a realização de compressões na frequência mínima de 100 compressões/minuto, com compressões na profundidade mínima de 5cm, retorno completo do tórax após cada compressão, minimizando interrupções das compressões e revezando as manobras a cada 2 minutos é CRIIa, NEB. A aplicação de ventilações com fornecimento da quantidade de ar suficiente para promover a elevação do tórax, ainda permanece com CR IIa, mas NEC. Ações como hiperventilação durante as manobras de Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP), enquadram-se com CRIII e BE B. Abertura da Via Aérea com a inclinação da cabeça/elevação do queixo ou elevação do ângulo da mandíbula, é CRIIb e NEC. Pausar as 69 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ compressões para aplicar ventilações em pacientes com via aérea avançada instalada, pode ser feita, com é CRIII e NEB. A Desfibrilação é o tratamento de escolha para Fibrilação Ventricular/Taquicardia Ventricular sem pulso, com CRI e NEA. As quatro posições das pás (anterolateral, anteroposterior, direita-anterior infra escapular, esquerda-anterior infra escapular) são equivalentes quanto à eficácia do choque, CRIIa e NEB. Para crianças de 1 a 8 anos recomenda-se utilizar atenuador de carga se disponível, CRIIa e NEC. Para crianças menores de 1 ano, um desfibrilador manual é preferível; se não estiver disponível, um DEA com atenuador de carga pode ser usado; se nenhuma dessas opções estiverem disponíveis, poderá utilizar o DEA com pás para adultos, CRIIb, NEC. Recomenda-se programas de acesso público à desfibrilação em locais onde existe grande chance de ocorrer parada cardíaca (aeroportos, academias, clubes) com CRI e NEB. O Suporte Básico á Vida necessita também ser complementado pelo Suporte Avançando à Vida. O Suporte Avançado de Vida em Cardiologia também possui papel essencial com CRI e NEA, mantendo, durante todo o atendimento, a qualidade das compressões torácicas, adequado manejo da via aérea, tratamento específico dos diferentes ritmos de parada, desfibrilação, avaliação e tratamento das possíveis causas. Mais recentemente dá-se ênfase a cuidados pós-ressuscitação, visando reduzir a mortalidade por meio do reconhecimento precoce e tratamento da síndrome pós-parada cardíaca. CONCLUSÃO: As manobras indispensáveis a manutenção da vida na PCR são conhecidas e tem suas classes de recomendação e níveis de evidências bem definidos. Essas ações são de fundamental importância e podem fazer diferença no desfecho dos casos como sobrevida sem sequelas neurológicas. O início precoce do Suporte Básico à Vida exige além de uma boa vontade, um conhecimento das principais condutas na RCP. REFERÊNCIAS: GONZALEZ, M.M.; TIMERMAN, S.; OLIVEIRA, R.G.; POLASTRI, T.F.; DALLAN, L.A.P.; ARAÚJO, S.; LAGE, S.G.; SCHMIDT, A.; BERNOCHE, C.S.M.; CANESIN, M.F.; MANCUSO, F.J.M.; FAVARATO, M.H. I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia: Resumo Executivo. Sociedade Brasileira de Cardiologia, Rio de Janeiro, RJ – Brasil. NOLAN, J.P.; SOAR, J.; ZIDEMAN, D.A.; BIARENT, D.; BOSSAERT, L.L.; DEAKIN, CERC. Guidelines Writing Group. European Resuscitation Council Guidelines for Resuscitation 2010 Section 1. Executive summary. Resuscitation 2010;81(10):1219-76. SBC. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Diretrizes de Cardiologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Disponível em www.cardiol.br. 43. PERCEPÇÃO DE PESSOAS COM CORONARIOPATIAS EM UNIDADE CORONARIANA SOBRE SUA DOENÇA. Talita Ramos Bantim; Raimunda de Lima Parente; Ana Célia Carneiro Araújo; Antônia Maria Ferreira de Sousa; Keila Maria de Azevedo Ponte; Lúcia De Fátima Da Silva INTRODUÇÃO: O adoecimento cardiovascular é a maior causa de morte no Brasil e no mundo(BHAKTA; MOOKADAM; WILANSKY, 2011). As especificidades e reações do ser humano com coronariopatias nos remetem a buscar ou construir novos modos de cuidar, reconhecendo que é um campo de saber que se amplia para além das informações mais objetivas, abarcando o mundo da sensibilidade e da intersubjetividade, como perspectivas de novos estudos e pesquisas neste campo de saber. A enfermagem como uma prática social reconhece o contexto e as condições do viver humano e inclui o domínio das informações sobre a incidência e características, ou seja, as variáveis sociodemográficas dos pacientes 70 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ submetidos à revascularização miocárdica(BAGGIOet al., 2011). Com base no exposto é importante que o enfermeiro conheça o saber das pessoas sob seus cuidados acerca do processo de adoecimento. OBJETIVO: Percepção de pessoas com coronariopatias em unidade coronariana sobre sua doença. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, exploratório com abordagem qualitativa, realizado com 21 pessoas com coronariopatias admitidas na Unidade Coronariana do Hospital do Coração de Sobral-Ceará com diagnóstico médico de Infarto Agudo do Miocárdio ou Síndrome Coronariana Aguda. A coleta das informações ocorreu em junho e julho de 2014 por meio de uma entrevista com um instrumento de coleta de dados com informações pessoais e do adoecimento. A análise ocorreu de forma descritiva. Esta pesquisa é aprovada pelo comitê de ética em pesquisa nº 501.830 da Universidade Estadual do Ceará. RESULTADO: A idade dos participantes variou de 40 a 84 anos com predomínio de pessoas idosas, 80% eram do sexo masculino, 47,61% estudou de 5 a 10 anos, 71,42% tinham companheiro fixo, 80,95% eram de religião católica, 71, 42% possuíam mais de três filhos, 76,19% moravam em cidades circunvizinhas a Sobral, 47,61% eram aposentados e 19,01% agricultores. Em um estudo com os participantes nas mesmas condições verificou-se o sexo masculino como prevalentes (68,55%) em relação aos do sexo feminino (31,5%), predomínio da cor branca, baixa escolaridade, faixa etária entre os 51 e 70 anos e condição de aposentadoria (BAGGIOet al., 2011).Foi perguntado a cada participante qual era o conhecimento deles sobre a sua doença. Por ser uma doença que muitas vezes se manifesta de modo inesperado e repentino, as pessoas não possuem conhecimento mais detalhado sobre a doença, e dizem não saber nada ou muito pouco: “Sei muito pouco desta doença” (P18); “Não sei de nada” (P20); “Doença que ataca o coração” (P9).Outros relacionaram a coronariopatias como deficiência de sangue e oclusão das coronárias e abordam a hereditariedade, uso do cigarro, colesterol, estresse, diabetes mellitus e hipertensão arterial como fatores de risco relacionado a doença: “Falta de sangue no coração” (P2); “Sei pouco [...] é uma veia entupida, [...] minha avó morreu do coração” (P3); “O cigarro faz mal [..] e as veias do coração estão entupidas por gordura” (P4); “Quando me estresso, sinto aquela dor” (P14); “Eu tenho diabetes e pressão alta e hoje tive dor no peito[...]”(P19).Por ser a maior causa de morte entre as pessoas, este conhecimento é difundido na mídia e foi apontado pelos pesquisados-cuidados ao apresentarem o saber sobre a doença: “Problema do coração que causa morte” (P8); “Só sei que posso até morrer” (P12).Um pesquisado-cuidado que já havia sido submetido a angioplastia coronariana percutânea com implante de stent intracoronariano, informou recidiva de precordialgia: “Fiz o cateterismo e desentupiu a veia hoje faz trinta dias, ai voltei a ter dor no peito e voltei para cá” (P21). Observou-se que os pacientes possuem conhecimento limitado sobre sua doença. CONCLUSÃO: Com base no exposto, é importante que durante os cuidados de enfermagem as pessoas com coronariopatias em unidade coronariana sejam esclarecidas acerca do processo de adoecimento, com vistas à melhor compreensão do paciente sobre sua condição de saúde. REFERÊNCIAS: BHAKTA, M. D.; MOOKADAM,F.; WILANSKY, S. Cardiovascular disease in woman.Future cardiology, v. 7, n. 5, p. 613-627, set. 2011.BAGGIO, Maria Aparecida et al . Incidência e caraterísticas sociodemográficas de pacientes internados com coronariopatia. Rev. Enf. Ref., Coimbra , v. serIII, n. 5, dez. 2011Disponívelem<http://www.scielo.gpeari.mctes.pt/scielo.php?script=sci_arttext& pid=S0874-02832011000300008&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 18 nov. 2014. http://dx.doi.org/10.12707/RIII1037. 71 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ 44. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ATENDIMENTOS DE AVC AGUDO EM UM HOSPITAL DE ENSINO EM SOBRAL-CE Jocielma dos Santos de Mesquita; Auxiliadora Elayne Parente Linhares; Carlos Henrique Mendes Barbosa; Maria Liana Rodrigues Cavalcante; Cleidiane Aves da Conceição; ÁTILLA MARIA ALBUQUERQUE MACHADO INTRODUÇÃO: O AVC é uma patologia neurológica frequente em adultos, sendo uma das maiores causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo. No Brasil, apesar do declínio nas taxas de mortalidade, ainda é a principal causa de morte. A incidência de AVC dobra a cada década após os 55 anos, ocupando posição de destaque entre a população idosa. A prevalência mundial na população geral é estimada em 0,5% a 0,7%. Além de elevada mortalidade, a maioria dos sobreviventes apresentam sequelas, com limitação da atividade física e intelectual e elevado custo social. Esses dados nos remetem a uma reflexão a respeito do grande impacto que esta enfermidade representa sobre a população. Projeções sugerem que, sem intervenção, o número de mortes por AVC aumentará para 6,3 milhões em 2015 e 7,8 milhões em 2030 (PEREIRA, 2009). No Brasil, o AVC é a causa de morte mais frequente, e de acordo com pesquisas realizadas pelo Ministério da Saúde, em 2005, ocorreram 90.006 mortes relacionadas a ele, que corresponde a 10% de todos os óbitos. Como também, o AVC é a principal causa de incapacidades, com mais de 50% dos sobreviventes permanecendo com graves sequelas físicas e mentais gerando gigantesco impacto econômico e social (BRASIL, 2008). OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico dos pacientes com AVC agudo assistidos no hospital, identificando os fatores de risco para o AVC e as complicações causadas por este. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa descritiva, uma vez que é a mais adequada para o alcance dos objetivos da pesquisa, pois, tende a descrever as características do problema. Foi realizada na Santa Casa de Misericórdia de Sobral (SCMS) a população da pesquisa correspondeu a 159 sujeitos que foram admitidos no serviço de Urgência e Emergência da SCMS acometidos de AVC, no período de 01 de julho a 31 de dezembro de 2013. Os critérios e inclusão da pesquisa foram ter sofrido um AVC, ter se internado na Santa Casa no período da pesquisa. Os prontuários arquivados foram utilizados para a coleta dos dados inerentes a clínica e as avaliações diagnósticas ao qual o paciente foi submetido, além de confirmar que o mesmo possui um AVC. RESULTADOS: Quanto às características etárias dos acometidos constatamos que a maioria estar na faixa etária de 71 anos a mais de idade que corresponde a 47,8%. Levando em consideração que a idade é um dos fatores de risco para o AVC, esta informação está condizente com a literatura; pois quanto maior a idade, maiores as chances de complicações aos sistemas corporais e, por conseguinte, de óbito. Houve uma predominância de diagnósticos de AVC isquêmico com 68,0%, o mesmo se desenvolve pela formação de êmbolos que obstruem as artérias cerebrais geralmente em virtude de ateromas, arteriosclerose, problemas cardíacos e outras etiologias. A pesquisa mostrou que a HAS possui vários sintomas e quando acompanhadas de risco de co-morbidade somam-se também a estes outros específicos próprios das lesões que estão próximas de se desenvolverem. Dentre os riscos potencialmente importantes que estes sujeitos podem desenvolver está o AVC; a maioria dos prontuários avaliados na presente pesquisa possui registros de HAS, estando, dessa forma, de acordo com a literatura consultada para o aprofundamento dos conhecimentos sobre o assunto. Com o cruzamento dos dados referentes a HAS e DM a pesquisa aponta que uma parcela bastante significativa, que corresponde a 41,5% possui concomitantemente estas duas patologias, o que aumenta de sobremaneira o risco para doenças, tanto cerebrovasculares quanto cardiovasculares, com base nestes 72 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ resultados podem ser direcionadas ações de saúde pública objetivando diminuir a prevalência dessas duas doenças que põem em risco diversos sistemas corporais. . CONCLUSÃO: Neste ínterim, além da prestação do cuidado ao portador de AVC agudo, necessita-se que haja o controle da HAS e do DM, para que estas patologias não continuem provocando lesões enquanto não seja estabilizado o quadro do paciente no momento dos cuidados emergenciais e orientá-lo, assim como a família, da importância de manter o tratamento contínuo, sendo fundamental a atuação dos profissionais de saúde para prevenção e consequentemente redução de danos REFERÊNCIAS: BRASIL, Ministério da saúde. Departamento de atenção especializada. Projeto nacional de atendimento à doença vascular aguda. Brasília: Ministério da saúde, 2008. p.44. PEREIRA, A. B. C. N. et al . Prevalência de acidente vascular cerebral em idosos no Município de Vassouras, Rio de Janeiro, Brasil, através do rastreamento de dados do Programa Saúde da Família. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 25, n. 9, set. 2009. 45. PRÁTICAS EDUCATIVAS PARA UM GRUPO DE IDOSOS HIPERTENSÃO E DIABETES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA. SOBRE Maria Izabel Silva de Carvalho; Eva Wilma Martins Timbó; DANIELE D’ÁVILA SIQUEIRA INTRODUÇÃO: Conceição, Guimarães e Oliveira (2013) consideram que, no Brasil, a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e o Diabetes Mellitus (DM) são doenças crônicas não transmissíveis responsáveis pelas mudanças do perfil epidemiológico da mortalidade nos últimos anos. OBJETIVOS: Relatar a vivência de Acadêmicos de Enfermagem em uma ação educativa sobre a hipertensão arterial e diabetes com os idosos. MÉTODOS: Trata-se de um relato de experiência de cinco Acadêmicos de Enfermagem em uma intervenção de educação em saúde sobre hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus em um grupo de idosos na Estratégia de Saúde da Família (ESF) de um distrito de Sobral – Ceará, no período de maio de 2011, durante as aulas práticas da disciplina de Saúde Coletiva II. A ação foi iniciada com uma dinâmica interativa. Após este entretenimento, continuou-se a intervenção com a devida apresentação do tema e uma conversa informal para pesquisar o que os idosos sabiam a respeito. A partir das perguntas feitas pelo público alvo as dúvidas foram sendo sanadas e mais perguntas surgiam. Ao final, os acadêmicos ofertaram caixinhas artesanais, com a finalidade de auxiliar os idosos a diferenciarem os horários dos medicamentos que devem ser administrados pela manhã e pela noite. Por fim, o público agradeceu aos palestrantes e diante dos aplausos dos idosos, notou-se que os resultados foram bastante positivos. Os resultados da intervenção foram apresentados conforme a compreensão das vivências dos acadêmicos em forma de relato. RESULTADOS: Através de uma dinâmica introdutória que visava o valor à vida, percebeu-se o entrosamento dos componentes do grupo entre si. Para apresentar o tema, procurou-se saber o que os idosos entendiam sobre HAS e sobre DM, alguns indagaram que essas patologias eram exclusivas das pessoas de terceira idade. No entanto, ao longo da palestra alguns disseram que tinham qualquer uma dessas patologias ou até mesmo as duas concomitantes, mas que também conheciam pessoas jovens que já eram diagnosticadas com as mesmas. Diante dos questionamentos, foi esclarecido que a HAS e a DM tem causas multifatoriais e que não são doenças determinadas exclusivamente pela idade. Foram ofertadas orientações sobre as mudanças dos hábitos diários para melhorar a qualidade de vida como, manter uma alimentação saudável, fazer atividades físicas, não fumar e não ingerir 73 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ bebidas alcoólicas. Ao término da palestra foram aferidas as pressões e verificadas as glicemias dos idosos presentes. Neste momento, ao verificar a pressão de um dos idosos, notou-se a elevação considerável da mesma. Ao perceber este fato, indagou-se ao idoso se o mesmo era hipertenso e se estava fazendo uso correto do medicamento, este respondeu que havia sido diagnosticado com HAS e que havia consumido apenas uma caixa do medicamento prescrito, e não continuou o tratamento por acreditar estar curado da patologia em questão. Diante do caso, percebeu-se que as orientações pertinentes a HAS não foram ofertadas a este cidadão, ao mesmo tempo em que demonstra que o papel do enfermeiro não está sendo realizado de forma integral, pois questões de extrema importância deixaram de ser prestadas ao cliente. Ao final foram ofertadas caixinhas artesanais que ajudam os idosos a identificarem os medicamentos que devem ser tomados durante o dia e à noite. Nesta caixinha havia compartimentos identificados com uma figura do sol, para os remédios que devem ser tomados pela manhã e no outro compartimento havia o desenho de uma lua para indicar os remédios que devem ser tomados à noite. CONCLUSÃO: A atuação dos profissionais de enfermagem em ações educativas deve, prioritariamente, interagir com o individuo fomentando a troca de experiências e, assim, contribuir para o aprendizado de ambos. Para os acadêmicos de enfermagem esta ação significou mais uma oportunidade de promover saúde visando melhorar a qualidade de vida da população. Para os idosos, esta intervenção é mais uma ferramenta para empoderá-los e educá-los sobre saúde. REFERÊNCIAS: CONCEIÇÃO, C. C.; GUIMARÃES, S.D.; OLIVEIRA, G.R.S.A. Atuação da Enfermagem Frente aos Fatores de Risco da Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus: Uma Revisão Integrativa da Literatura In Interfaces Científicas:Saúde e Ambiente.v.2 , n.1. Aracaju/SE. p.(9-24), 2013. Disponível em: <https://periodicos.set.edu.br/index.php/saude0/article/ view/835> Acesso em: 19 nov 2014. 46. PREVALÊNCIA DOS SINAIS E SINTOMAS EM PACIENTES ACOMETIDOS POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO. José Flason Marques da Silva; Francisco Elinaldo Santiago Bastos; Francisco Ricardo Miranda Pinto; Antônia Bruna Ferreira Braga; Layana Liss Rodrigues Ferreira; GLAUCIRENE SIEBRA MOURA FERREIRA INTRODUÇÃO: A função primordial do sistema cardiovascular é o transporte de materiais para todas as partes do corpo, visto que um fornecimento de oxigênio constante é particularmente importante, pois, muitas células privadas de oxigênio sofrem danos irreparáveis (SILVERTHORN, 2010). A oclusão dos vasos coronarianos é geralmente causada por acumulo de lipídeos, embolo ou trombo (OLIVEIRA; LEITÃO; RAMOS, 2009) a área do músculo cardíaco com fluxo nulo ou tão pequeno que não pode sustentar a função muscular cardíaca é dita como área infartada diminuindo a força total de bombeamento do coração (GUYTON; HALL, 2011). Dois terços das mortes súbitas por doenças coronarianas ocorrem fora do hospital, e a maioria dentro de duas horas após o inicio dos sintomas, cuja causa mais frequente é a fibrilação ventricular, várias dessas fatalidades poderiam ser evitadas se o individuo recebesse atendimento rápido e apropriado (MUSSI, et al, 2007). O estudo surge a partir da curiosidade dos autores em conhecer os sinais e sintomas de uma das patologias de mais alta mortalidade a nível mundial, uma vez que a identificação precoce do Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) pode evitar muitas sequelas para o paciente. OBJETIVOS: O presente estudo objetivou averiguar a prevalência dos sinais e sintomas do 74 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ IAM nas publicações on line. METODOLOGIA: Estudo de caráter quantitativo do tipo pesquisa bibliográfica realizada na base de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) com os descritores cadastrados nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCs) “Sinais e Sintomas” e “Infarto” utilizando o operador Booleano “AND” para facilitar a combinação dos termos. Inicialmente foram encontrados 11.171 estudos, foram considerados critérios de inclusão: Artigos disponíveis na íntegra (3.026), em idioma português (256), trazendo como assunto principal infarto do miocárdio em adultos (13). Os artigos foram analisados em duas etapas: Leitura seletiva e leitura analítica para identificação das informações relevantes seguido pela tabulação dos dados encontrados pelo Software Microsoft Excel. RESULTADOS: Os sintomas apresentados por pacientes diagnosticados por IAM evidenciados nos artigos estudados foram: Dor torácica presente em 69,23% dos artigos; dispneia 53,8%; precordialgia ou dor no peito em 46,1%; angina 23%; dor epigástrica 15,3%; náuseas ou vômitos 15,3% e tosse, sudorese súbita, sincope, cefaleia, palpitações, dor retro esternal, edema de membros inferiores 7,6%. A dor torácica geralmente é mal definida pelo paciente. Angina é caracterizada por desconforto na região da mandíbula, membros superiores e costas. Quanto aos sinais que evidenciam o IAM os autores colocam somente as alterações eletrocardiográficas como o supra desnivelamento do segmento ST e elevações das enzimas cardíacas. CONCLUSÃO: A identificação precoce de sinais e sintomas é de extrema importância para se evitar lesões irreversíveis em pacientes acometidos por IAM, como a enfermagem mantém um contato próximo ao paciente é primordial o conhecimento de todos os membros da equipe de enfermagem para a escolha da conduta adequada em casos de suspeita de IAM em todos os níveis de atenção da rede de serviços de Saúde. REFERÊNCIAS: SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia Humana – Uma abordagem integrada. 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2010. GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 12.ed. Editora Saunders. São Paulo - SP: Editorial Elsevier; 2011. AIRES, Margarida de Mello. Fisiologia. 3.ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. OLIVEIRA, F.J.G., LEITÃO, I. M. T., A., RAMOS,I. C., Caracterização dos pacientes com Dor Torácica atendidos na Emergência de um Hospital Privado de Fortaleza -Ce. In: 61° Congresso de Enfermagem Transformação Social e Sustentabilidade Ambiental, 2009, FortalezaCe. Anais Eletrônicos, disponível em: www.abeneventos.com.br/anais_61cben. Acesso em 30 Nov. 2014. MUSSI, Fernanda Carneiro et al . Entraves no acesso à atenção médica: vivências de pessoas com infarto agudo do miocárdio. Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo , v. 53, n. 3, June 2007 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010442302007000300021&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 01 Dez. 2014. 47. PRODUÇÃO DE CUIDADOS COM A HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA: UMA PERSPECTIVA DISCENTE DENTRO DA ESF. Hiasmin Batista Rodrigues; MILENA DE MELO ABREU INTRODUÇÃO: A Hipertensão Arterial Sistêmica é uma enfermidade que faz parte das doenças crônicas não infecciosas (DCNI) com crescente aumento, acometendo aproximadamente, 30% da população mundial, com previsão de aumento de 60% da doença até 2025 e associa-se, com frequência, a alterações funcionais e/ ou estruturais dos órgãosalvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos), disfunções metabólicas e risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais configurando-se um dos principais problemas de saúde pública. 75 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ Nesse sentido, a HA requer ações de prevenção e de diagnóstico precoce, mediante atuação de uma equipe multiprofissional, na qual o enfermeiro ao cuidar do usuário com HA pode contribuir tanto para prevenir essa doença, como para retardar suas complicações, principalmente porque a prestação de cuidados se inicia dentro da Estratégia Saúde da Família. OBJETIVO: Desta forma o objetivo deste estudo é explanar a perspectiva que os discentes possuem a cerca da relação usuário-hipertensão-ESF, visando contribuir com a abordagem deste assunto dentro da Estratégia saúde da Família. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência de caráter descritivo com abordagem qualitativa. Realizado a partir de experiências de estagio em Centros de Saúde da Família da cidade de Sobral-CE, no período de abril a junho de 2014, realizado de acordo com a resolução 466/12. RESULTADOS: Na atenção primaria à saúde pode-se perceber que os usuários sabem que a hipertensão arterial sistêmica oferece riscos à saúde, no entanto, não possuem dimensão dos danos que esta causa à saúde do individuo, e quando se deparam com o diagnóstico de hipertensão, a maioria não adere ao tratamento, demonstrando a precariedade no autocuidado, o que é fortalecido pela ausência de sintomas, cujo caráter silencioso da doença, mascara sua gravidade e faz com que os pacientes se acomodem à condição de cronicidade. Sendo que, o acompanhamento dos hipertensos dentro da ESF é realizada pelo enfermeiro e pela equipe de saúde que pressupõe uma boa adesão ao serviço e com, consequente, controle adequado dos níveis pressóricos. Contudo, uma a aceitação consiste em uma atitude positiva em relação à própria saúde e exige participação ativa dos usuários, sendo sujeitos do processo saúdedoença. Para isso é necessário o comparecimento às consultas e a mensuração regular da pressão arterial a fim de avaliar o controle da hipertensão e adquirir conhecimentos sobre os riscos à saúde. Na ESF, entende-se que um dos seus maiores focos é controlar a expansão da HAS através de hábitos mais saudáveis, onde persistentemente existem campanhas de conscientização para maior enfoque da população sobre o assunto e aquisição de conhecimentos sobre a prevenção, pois O processo educativo é uma ação política e social, cujos métodos e técnicas devem favorecer a desalienação, a transformação e a emancipação dos sujeitos envolvidos. Assim compreende-se a importância do profissional enfermeiro, onde este em constante contato com a comunidade divulga a prevenção da HAS, onde seu papel tem fundamental influência para a detecção de novos casos, controle de danos e diminuição de suas complicações. CONCLUSÃO: O enfermeiro dentro da ESF por estar em permanente contato com o individuo é o principal intermediador da relação hipertensão-prevençãotratamento, onde muitas vezes ele identifica os grupos mais vulneráveis à falta de adesão e, assim sendo expostos as consequências dos elevados níveis pressóricos, contribuindo assim, para o processo de tomada de decisões, tornando-se um educador junto a população. REFERÊNCIAS: RABETTI, Aparecida de Cássia and FREITAS, Sérgio Fernando Torres de. AVALIAÇÃO DAS AÇÕES EM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA NA ATENÇÃO BÁSICA. Rev. Saúde Pública [online]. 2011, vol.45, n.2, pp. 258268. Epub Feb 18, 2011. ISSN 0034-8910;SILVA, Christiana Souto et al. CONTROLE PRESSÓRICO E ADESÃO/VÍNCULO EM HIPERTENSOS USUÁRIOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE. Rev. esc. enferm. USP [online]. 2013, vol.47, n.3, pp. 584-590. ISSN 0080-6234;ZAVATINI, Márcia Adriana; OBRELI-NETO, Paulo Roque and CUMAN, Roberto Kenji Nakamura. ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA NO TRATAMENTO DE DOENÇAS CRÔNICO-DEGENERATIVAS: AVANÇOS E DESAFIOS. Rev. Gaúcha Enferm. (Online) [online]. 2010, vol.31, n.4, pp. 647-654. ISSN 1983-1447. 76 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ 48. PROJETO CUIDADORES DO CORAÇÃO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NA FEIRA DAS PROFISSÕES DO INTA. Maria de Fátima Rodrigues Brito; Francisco de Assis Fernandes Paiva; KEILA MARIA DE AZEVEDO PONTE MARQUES INTRODUÇÃO: É notável, que a cada ano o número de pessoas que sofrem vítimas de doenças cardiovasculares vem aumentando. Segundo Ribeiro et al (2012) no Brasil, assim como em outros países da América Latina, observou-se, nas últimas décadas, uma importante mudança no perfil da mortalidade da população, caracterizado pelo aumento dos óbitos causados por doenças crônicas não transmissíveis (DCNT).O grupo de pesquisa e extensão “Cuidadores do Coração” do Curso de Enfermagem das Faculdades INTA visa orientar as pessoas que não tem o hábito de cuidar da saúde e que não tem conhecimento das possíveis causas dos problemas cardiovasculares. OBJETIVO: Apresentar uma proposta de atividades de extensão para prevenção de doenças cardiovasculares numa feira das profissões. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência de uma atividade de extensão realizada pelo Grupo de Pesquisa e extensão Cuidadores do Coração do Curso de Graduação em Enfermagem das Faculdades INTA na Feira das Profissões das Faculdades INTA no dia 25 de setembro de 2014, a decoração foi realizada por todos componentes da equipe do projeto desde criação da ideia e finalização da intervenção contendo uma recepção de quatro pessoas que receberam os ouvintes passando por um tapete vermelho e as recepcionistas cada uma tinha uma função de informa o quer era projeto dar informações dicas de como se deve cuidar da saúde havendo uma trocar de revezamento de turno por parte dos integrantes do projeto Cuidadores do coração de equipe para outra equipe devido ter funcionado o dia todo e noite no final todos quer visitaram receberam lembrancinhas em forma de coração com dicas de cuidados a saúde explicando como ocorreria o infarto derrame demência insuficiência renal entupimento arterial o quer fazer para evitar esses órgão mais afetados. RESULTADOS: As ações na Feira se deram através de informações gerais a respeito dessas doenças, que afetam idosos, adultos e crianças. Foram feitas as exposições, utilizando-se de peças anatômicas do Sistema Cardiovascular e Circulatório e de panfletos contendo dicas de uma alimentação balanceada como forma de prevenir essas doenças. Diante da ação educativa realizada pelos acadêmicos de enfermagem, identificou-se que foi bastante proveitosa, pois os alunos das instituições de ensino regular interagiram com os extensionista e esclareceram-se de que são necessários alguns cuidados na prevenção desse adoecimento. CONCLUSÕES: Concluiu-se que as atividades desenvolvidas pelo Projeto Cuidadores do Coração foi de grande importância tanto para os acadêmicos integrantes do projeto extensionista, quanto para os visitantes presentes na referida feira. A partir das apresentações realizadas os visitantes puderam sair com informações importantes sobre essas doenças, que afetam milhões de brasileiros. Torna-se importante a realização de atividades de extensão a comunidade com vistas a esclarecer sobre o adoecimento cardiovascular. REFERÊNCIAS: 1. RIBEIRO, A. G; COTTA, R. M. M; RIBEIRO, S. M. R. A promoção da saúde e a prevenção integrada dos fatores de risco para doenças cardiovasculares. Cinc. Saúde Coletiva; 17 (1) : 7-17, jan. 2012. 49. PROMOÇÃO DE SAÚDE E PREVENÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR EM PACIENTES DIABÉTICOS. 77 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ Maria Gabriela Miranda Fontenele; Marcus Brenno Ferreira da Silva; KEILA MARIA DE AZEVEDO PONTE INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares (DCV) incluem-se doenças cardíacas, e todas e outras doenças do coração e circulatórias, sendo uma das possíveis complicações de longo prazo de diabetes. As estatísticas mostram que a maior causa de mortalidade e morbidade, principalmente em pacientes diabéticos, é a doenças cardiovascular. A doenças coronariana é causa de 70% a 80% de mortes, tanto em homens quanto em mulheres, e a insuficiência cardíaca congestiva, mais comum de internação hospitalar, de morbidade e mortalidade na população (BRASIL, 2006). Além de maior risco para doença cardiovascular, indivíduos com diabetes e doença cardiovascular tem pior prognóstico, apresentando menor sobrevida em curto prazo, maior risco de recorrência da doença e pior resposta aos tratamentos propostos (SHAAN, 2007). O Ministério da Saúde vem adotando várias estratégias e ações para reduzir o ônus das doenças cardiovasculares na população brasileira como medidas anti-tabagicas, as políticas de alimentação e nutrição e de promoção da saúde com ênfase na escola, e ainda, as ações de atenção à hipertensão e aos diabetes com garantia de medicamentos básicos na rede e, aliado a isso, a capacitação de profissionais (BRASIL, 2006). OBJETIVO: Destacar a importância da promoção de saúde e prevenção do risco cardiovascular em paciente diabéticos nas pesquisas bibliográficas. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, descritiva, exploratório, de caráter qualitativo. A pesquisa foi realizada no banco de dados LILACS, como fonte de coleta foram utilizados 09 (nove) artigos publicados associados a promoção de saúde e prevenção do risco cardiovascular em paciente diabéticos.. A coleta de informações ocorreu no mês de Novembro de 2014. Foi utilizado um instrumento de coleta de dados contendo as seguintes informações: pesquisador, base de dados, revista/periódico, descritores, ano, estado/país da pesquisa, título do artigo, autores principais, instituição pertencente (principal), objetivos principais, referencial teórico utilizado, local da coleta, período de coleta de dados, população e amostra, instrumento de coleta de dados, técnica de coleta de dados. Utilizamos como critério de inclusão texto completo, português, LILACS, artigo, últimos oito anos (2006-2013), reduzindo assim, para 13 artigos, e como critério de exclusão os artigos repetidos e os que não respondiam aos objetivos da pesquisa, restando 09 (nove) artigos para estudo. Foi realizada a análise de cada um, buscando a revista, ano, local da realização da pesquisa (metodologia) e respondendo a pergunta problema: qual a importância da promoção de saúde e prevenção do risco cardiovascular em pacientes diabéticos. RESULTADOS: Quanto ao ano de publicação, o ano de 2006 foi o ano que mais publicou sobre a promoção de saúde e prevenção do risco cardiovascular em pacientes diabéticos com 66% dos artigos. No que concerne as revistas, a revista que mais publicou foi o Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia com 44% das publicações. Entretanto, tiveram também 05 (cinco) revistas que abordaram o assunto. Estas informações abordam que este assunto é de interesse multidisciplinar, ou seja, várias profissões se interessam em pesquisar. Cabe aos profissionais de saúde que tratam esses pacientes rastrear os fatores de risco para doenças cardiovasculares e suas manifestações clínicas iniciais, objetivando prevenção e tratamento precoce, a fim de minimizar os danos causados por sua associação. Em geral, o paciente com diabetes parece se beneficiar de estratégias de prevenção agressivas, que estipulam parâmetros mais rígidos de controle dos fatores de risco a serem atingidos, destaca Schaan (2007). CONCLUSÃO: Conclui-se pois, que a detecção precoce de DCV pode viabilizar medidas preventivas ou terapêuticas, potencialmente capazes de reduzir morbimortalidade. É importante ressaltar que, mesmo se o indivíduo com DM 78 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ apresentar testes de rastreamento para DCV negativos, este continua sendo considerado de risco comparável ao daqueles não-diabéticos com DCV estabelecida, devendo receber conduta agressiva no controle dos outros fatores de risco (SIQUEIRA, 2007). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 1. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Datasus.Banco de Dados dos Sistemas de informação sobre Mortalidade (SIM) e Nascidos Vivos (Sinasc): 1998 a 2004 (recurso eletrônico). Brasília; 2006 2. SCHAAN, Beatriz D. and REIS, André F.. Doença cardiovascular e diabetes. Arq Bras Endocrinol Metab [online]. 2007, vol.51, n.2, pp. 151-152. ISSN 0004-2730. 3. SIQUEIRA, Antonela F.A.; ALMEIDA-PITITTO, Bianca de and FERREIRA, Sandra R.G.. Doença cardiovascular no diabetes mellitus: análise dos fatores de risco clássicos e nãoclássicos. Arq Bras Endocrinol Metab [online]. 2007, vol.51, n.2, pp. 257-267. ISSN 00042730. 50.PROMOVENDO A SAÚDE DE IDOSOS HIPERTENSOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA. Angeline Paiva do Nascimento; Maria Nadia Craveiro de Oliveira; Valeska Rodrigues de Sousa; IELLEN DANTAS CAMPOS VERDES RODRIGUES INTRODUÇÃO: As doenças do aparelho circulatório acarretam taxas de mortalidade proporcional de 32,3%, e constituem as principais causas de óbito no Brasil. Este grupo é liderado pela doença cerebrovascular (DCV), que é responsável por um terço das mortes. Em 1996, o índice de mortalidade por DCV foi 56,1 por 100000 habitantes1. A DCV representa 8,2% das internações e 19,0% dos custos hospitalares do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social - INAMPS2. Nos Estados Unidos da América, cerca de 50,0% das internações relativas a casos neurológicos decorrem de DCV. As DCV incidem com maior frequência na idade avançada, período de vida em que se observam as maiores taxas de óbito e sequelas. O doente idoso, comparado ao doente jovem, possui algumas características próprias em relação à etiologia e prevenção destas doenças. Há nítida predominância da aterosclerose como causa de DCV, ao contrário dos jovens, entre os quais prevalecem condições hereditárias, malformações e uso de drogas ilícitas. Há vários estudos sobre as causas e os fatores de risco de AVC em jovens; paradoxalmente, há menos estudos em relação aos idosos(Sueli Luciano Piresetal., 2004). Ainda, o dia 26 de abril é o Dia Nacional de Combate à Hipertensão, data esta regulamentada pela Lei Federal no. 10.439/2002 e a SBH promove diversas ações como caminhadas, projetos educativos para a população, e outras ações em todo o País para a conscientização sobre a doença. Promover a detecção, controle e prevenção da hipertensão e outros fatores de risco cardiovascular na população brasileira (BRASIL). Para Smeke (2002), o redirecionamento das práticas dos profissionais de saúde tem sido um desafio na implementação das estratégias de promoção da saúde. A formação desses profissionais propicia relações fundadas no modelo de cuidado biológico, centrado na doença e no tratamento que os limitam junto à pessoa, às famílias, aos grupos e comunidade. OBJETIVOS Descrever as ações de educação em saúde para idosos hipertensos realizadas por acadêmicos de enfermagem. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência de ações de promoção à saúde, desenvolvido por acadêmicos de enfermagem do quarto período das Faculdades INTA. A atividade foi realizada no mês de novembro do ano de 2014, no CSF Cohab III em Sobral-Ce. A reunião com o grupo de Idosos acontece semanalmente as quintas-feiras no horário de 8:00 da manhã com a presença de 10 idosos que faz o uso de antihipertensivos, o tema escolhido foi de acordo com a necessidades de conhecer os problemas 79 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ que acarretado pela falta de conhecimento dos hipertensos com o controle da PA, promovendo ao paciente o autocuidado e potencializando a melhor qualidade de vida dos mesmos. Adotamos uso técnico de material de explicação presente na unidade, panfletos, dinâmicas e palestras educativas e amostras de imagens e vídeos de doenças que estão vinculadas HAS, e finalizamos com um lanche e a entrega de lembranças contendo explicação sobre o cuidado aos hipertensos. Percebemos a ativação sujeito na hora de tirar dúvidas e que essa experiência servirá tanto para vida acadêmica como na prestação de serviço para o paciente/cliente. RESULTADOS: Segundo a SBC, a hipertensão, usualmente chamada de pressão alta, é ter a pressão arterial, sistematicamente, igual ou maior que 14 por 9. A pressão se eleva por vários motivos, mas principalmente porque os vasos nos quais o sangue circula se contraem. O coração e os vasos podem ser comparados a uma torneira aberta ligada a vários esguichos. Se fecharmos a ponta dos esguichos a pressão lá dentro aumenta. O mesmo ocorre quando o coração bombeia o sangue. Se os vasos são estreitados a pressão sobe. A pressão alta ataca os vasos, coração, rins e cérebro. Os vasos são recobertos internamente por uma camada muito fina e delicada, que é machucada quando o sangue está circulando com pressão elevada. Com isso, os vasos se tornam endurecidos e estreitados podendo, com o passar dos anos, entupir ou romper. Quando o entupimento de um vaso acontece no coração, causa a angina que pode ocasionar um infarto. No cérebro, o entupimento ou rompimento de um vaso, leva ao "derrame cerebral" ou AVC. Nos rins podem ocorrer alterações na filtração até a paralisação dos órgãos. A Arma mais eficaz para combater a hipertensão é a informação, diante disso relevamos a importância da promoção da saúde na atenção básica promovida pela a enfermagem, trazendo benefícios aos usuários com auto cuidado que diminui os riscos de conseqüências relacionadas ao aumento da pressão arterial. O aprendizado coletivo e a troca de informação entre idoso e os acadêmicos de enfermagem irá contribuir para diminuição de doenças que estão diretamente vinculadas a pressão arterial (PA). CONCLUSÃO: Concluiuse a importância das atividades desenvolvidas com o grupo, pois colaboram para uma melhor qualidade de vida aonde não usamos apenas uso técnico da profissão e sim o contato com as necessidades do individuo como pessoa e cliente, mantendo uma conduta humanizada e esclarecida. REFERÊNCIAS: SBC. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. Disponível em: http://www.sbh.org.br/geral/oque-e-hipertensao.asp. Acessado em: 18 de Novembro de 2014. Gorzoni,L.M; Gagliardi,J.R; Pires,L.S. ESTUDO DAS FREQÜÊNCIAS DOS PRINCIPAIS FATORES DE RISCO PARA ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO EM IDOSOS. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004282X2004000500020.Acessad o em: 18 de Novembro de 2014. SILVA, M. A. M. de. ABORDAGEM GRUPAL PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE DE FAMÍLIAS COM RECÉM-NASCIDOS HOSPITALIZADOS. 2009.18p. Tese (doutorado em enfermagem na promoção da saúde) – Universidade Federal do Ceará, Ceará. 80 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ 51. QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES CARDÍACOS. Elisângela de Jesus Macêdo Araújo; Lívia Mara de Araújo; Alana Mara Lima Feijão; Anderson Liniker Saraiva Barros; Kariny Gomes Marques; ANTONIA ELIANA DE ARAÚJO ARAGÃO INTRODUÇÃO: compreende-se qualidade de vida como um contexto de cultura, de valores, do modo como se vive, os costumes, suas expectativas, seu padrão de vida e suas preocupações. Porém, é importante orientar sobre os fatores de risco e os benefícios de associar a medicação aos hábitos de vida saudáveis. O conhecimento sobre os riscos e benefícios proporciona qualidade de vida aos pacientes cardíacos. Geralmente os fatores que levam as pessoas a ter problemas cardiovasculares, são: tabagismo, hipertensão arterial, dislipidemia, triglicerídeos elevados, obesidade, sedentarismo, ocasionado pela falta de atividade física e alimentação inadequada. Isso demonstra a necessidade de o paciente conhecer os riscos geradores de doença cardiovascular. Cabe a enfermagem elaborar estratégias preventivas ao adoecimento cardíacos, assim como minimizar os risco e complicações. OBJETIVO: Averiguar a importância da qualidade de vida relacionado a procedimentos cirúrgico em pacientes cardíacos. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica realizada no mês de novembro no portal de busca da Biblioteca Regional de Medicina (BIREME), utilizando como descritores Qualidade de vida, insuficiência cardíaca e Enfermagem. Como critérios de inclusão, adotou-se: está disponível na íntegra, textos completos em português, dos últimos dois anos, totalizando 33 artigos. Após aplicar os critérios de exclusão: repetição dos artigos e não ter relação com o que se buscou pesquisar. Ficaram três artigos. As informações foram analisadas descritivamente. RESULTADOS: Foram encontrados os seguintes artigos: Qualidade de vida de pacientes no pós-operatório de cirurgia cardíaca. Dor no pós-operatório de revascularização do miocárdio e sua inter-relação com a qualidade de vida. Avaliação da qualidade de vida após síndrome coronariana aguda: revisão sistemática. Diante da pesquisa emergiram as seguintes categorias: a importância da assistência de enfermagem no período pós-operatório. Nesse sentido Fonseca et al (2013) afirma que no período pós-operatório dos usuários/clientes encontram-se fragilizados devido o estado físico e psicoemocional e por isso torna-se indispensável a assistência humanizada e individualizada. Dessa maneira é indispensável a assistência, pois minimiza a ansiedade garantindo boa recuperação no pós-operatório. De acordo com Silva (2011) conclui que ainda existe a necessidade de melhor avaliação da qualidade de vida dos pacientes que sofrem um evento coronariano agudo. Dessa maneira é importante estratégias para melhor assistir paciente com cardiopatia aguda proporcionando melhor qualidade de vida a esses pacientes. CONCLUSÃO: Portanto Conclui-se que é importante o acompanhamento desses pacientes orientando-os sobre os riscos do procedimento cirúrgico e sobre os benéficios,diminuindo a ansiedade proporcionando qualidade de vida aos pacientes cardíacos de maneira humanizada e individualizada. REFERÊNCIA: 1FONSECA et al: Dor no pósoperatório de revascularização do miocárdio e sua inter-relação com a qualidade de vida. R. pesq.: cuid. fundam. online 2013. 2CUSTODIO, Fernanda Marcela; GASPARINO, Renata Cristina: Qualidade de vida de pacientes no pós-operatório de cirurgia cardíaca. Ver. min enferm. 2013. 3SILVA et al: Avaliação da qualidade de vida após síndrome coronariana aguda: revisão sistemática. Arq. Bras. Cardiol. vol.97 no.6 São Paulo 2011. 81 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ 52. RELATO DE EXPERIÊNCIA COM DESENVOLVENDO A EDUCAÇÃO EM SAÚDE. IDOSOS HIPERTENSOS: Elinete de Sousa Ferreira; Sâmia Vasconcelos Marques Leite; Rosa Ester Fontenele Chaves Ribeiro; Luciano Fontenele Chaves; Maria Josimar Bezerra; ANGELA TEREZA CARVALHO LOPES INTRODUÇÃO: As doenças do aparelho circulatório são responsáveis por mais de 800 mil internações processadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) com um custo aproximado de um bilhão e trezentos milhões de reais e é considerada como principal causa agrupada de mortes em nosso país segundo dados do BRASIL (2006). Sendo a Hipertensão Arterial Sistêmica a mais frequente das doenças cardiovasculares é também o principal fator de risco para as complicações mais comuns como acidente vascular cerebral e infarto agudo do miocárdio, além da doença renal crônica terminal. No Brasil são cerca de 17 milhões de portadores de hipertensão arterial, 35% da população de 40 anos e mais. Esse número é crescente e seu aparecimento está cada vez mais precoce (BRASIL, 2006). A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de Pressão Arterial (PA). Associa-se frequentemente a alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e a alterações metabólicas, com consequente aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não-fatais. A linha demarcatória que define HAS considera valores de PA sistólica ≥ 140 mmHg e∕ou de PA diastólica ≥ 90 mmHg em medidas de consultório (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2010). Diante deste quadro alarmante, percebeu-se a necessidade de trabalhar estratégias de educação em saúde com um grupo de idosos hipertensos durante o estagio de saúde coletiva I do curso de enfermagem das Faculdades INTA no Centro de Saúde da Família de Aracatiaçu distrito de Sobral-CE, a fim de trabalhar a prevenção das complicações que a HAS pode trazer e orienta-los a conviver harmonicamente com a patologia. OBJETIVO: Relatar experiência de educação em saúde com idosos hipertensos. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência de uma atividade de educação em saúde realizada com idosos hipertensos na faixa etária de 50 a 70 anos no centro cultural de Aracatiaçu distrito de Sobral/CE. Adotamos palestra como metodologia. Foram utilizados recursos audiovisuais como vídeos, animações e panfletos informativos abordando o tema hipertensão. Houve ainda um momento de interação, onde foram respondidas perguntas e esclarecidas dúvidas sobre o tema. Para a realização da atividade foi solicitado o apoio do CRAS de Aracatiaçu, que ficou responsável pela divulgação da atividade para os idosos. RESULTADOS E DISCUSSÕES: A atividade foi realizada em um dia, com a presença de 30 pessoas. Houve uma preparação por parte dos alunos, em relação à educação em saúde com ênfase na hipertensão. A atividade iniciou por volta das quinze hora, abordamos a educação em saúde com orientação à população a respeito da hipertensão e seus fatores de risco. Houve a demonstração de alimentos que apresentam um quantitativo excessivo de sódio, propiciando assim o aumento dos níveis pressóricos como também abordamos a importância da alimentação saudável. Vale ressaltar, que houve um grande interesse da população a respeito do assunto, porém percebemos por parte da grande maioria a falta de informação quanto ao tema. A população além de orientações verbais recebeu um folder educativo fornecido pelo centro de saúde da família, contendo todas as orientações sobre hipertensão. Foi aferida a pressão arterial de todos os indivíduos que participaram da atividade, onde os que apresentaram níveis pressóricos acima dos valores de 82 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ referência receberam orientações a procurar atendimento na Unidade Básica de Saúde mais próximo da residência com o objetivo de iniciar o tratamento ou dar continuidade ao mesmo; bem como receberam orientações dos possíveis fatores que poderia estar influenciando nesta alteração, como: ausência de atividade física, tabagismo, etilismo, alimentação inadequada e outros, pois de acordo com BRUNNER E SUDDARTH( 2011), a redução do consumo de álcool e de sódio e a atividade física regular constituem adaptações efetivas do estilo de vida para reduzir a pressão arterial. Vale ressaltar também que dietas ricas em frutas, vegetais e laticínios desnatados podem evitar o desenvolvimento de HAS e diminuir a pressão arterial elevada. CONCLUSÃO: Essa atividade trouxe aos acadêmicos de enfermagem mais amor pela profissão e conhecimento das atitudes a serem tomadas que repercutem em melhora para a saúde da população. O objetivo foi alcançado, Houve uma boa receptividade da comunidade à atividade. REFERÊNCIAS: SMELTZER; S.C; BARE, B.G. Brunner & Suddarth: Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 12ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. Ministério da Saúde; cadernos de atenção básica nº15: hipertensão arterial sistêmica. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 58 p. Sociedade Brasileira de Cardiologia / Sociedade Brasileira de Hipertensão / Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2010; 95(1 supl.1): 1-51. 53. REPERCUSSÕES CARDIORESPIRATÓRIAS OBESIDADE: UMA REVISÃO DE LITERATURA. DECORRENTES DA Layanny Teles Linhares Bezerra. Tayanny Teles Linhares Bezerra; Bruna da Conceição Lima; Layana Liss Rodrigues Ferreira; Irineu Moreno de Melo Sobrinho; RONALDO CÉSAR AGUIAR LIMA INTRODUÇÃO: A Obesidade é definida pelo acúmulo de Tecido Adiposo no corpo, resultante de uma quebra do balanço energético, podendo também ser causada por doenças genéticas e/ou endócrino-metabólicas. A Obesidade está relacionada a diversas desordens fisiológicas, em vários sistemas como o sistema endócrino-metabólico (Obesidade Mórbida, Diabetes Mellitus tipo 2) e sistema cardiovascular (Acidente Vascular Encefálico - AVE, Infarto Agudo do Miocárdio - IAM). No sistema cardiovascular, essas desordens são muitas vezes fatais ou podem deixar severas sequelas. OBJETIVOS: Assim, o presente trabalho teve por objetivo fazer uma reflexão sobre as principais repercussões fisiológicas no sistema cardiorrespiratório, decorrentes do excesso de tecido adiposo. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão literária realizada nas bases de dados on-line (Scielo, PUBMEB, LILLACS), além de outros referenciais considerados bases para a problemática. RESULTADOS E DISCUSSÕES: No Sistema Cardiorrespiratório, o excesso de tecido adiposo promove alterações cardiorrespiratórias não somente por efeitos compressivos da expansão do volume de gordura, mas também através de modificações hemodinâmicas e renais decorrentes da atividade das adipocinas. As desordens na dinâmica cardiocirculatória estão diretamente relacionadas às adipocinas, a hiperinsulinemia, a ativação do Sistema Nervoso Simpático e do Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona. Enquanto as desordens respiratórias estão associadas a alterações na mecânica ventilatória decorrentes da diminuição da complacência torácica, bem como da maior sensibilidade do epitélio pulmonar. As alterações hemodinâmicas observadas na obesidade caracterizam-se por aumento do volume intravascular e consequentemente do débito cardíaco, mas sem alteração da resistência vascular periférica. Tais alterações, associadas com hipertensão, que é frequente no obeso, levam ao desenvolvimento da forma excêntrica/concêntrica de hipertrofia ventricular 83 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ esquerda, predispondo a maior risco de arritmia cardíaca e de insuficiência cardíaca congestiva. A resistência à insulina, um dos principais fatores responsáveis pela hipertensão em obesos, é acompanhada por hiperinsulinemia, que por sua vez, pode desencadear mecanismos que aumentam a retenção renal de sódio, ativam o sistema nervoso simpático e aumentam a reatividade vascular. O aumento da retenção de sódio promove elevação da retenção hídrica e do volume vascular, que associado à exacerbação do tônus vascular pelo sistema nervoso autônomo eleva os níveis pressóricos e ativam de forma contínua o sistema renina-angiotensina-aldosterona completando a cadeia de eventos cardiovasculares. Diferentemente do SNC, no sistema cardiorrespiratório, a leptina tem ações controversas, pois por um lado aumenta a atividade simpática e causa alterações na excreção renal de sódio, favorecendo a elevação da pressão arterial. Mas por outro, também aumenta a sensibilidade à insulina e estimula a formação de óxido nítrico (relaxamento vascular), que são ações que tenderiam a redução da pressão arterial. No entanto, há relatos de uma associação entre níveis de leptina e calcificação arterial coronariana, sugerindo que a leptina pode fornecer uma maior percepção de risco a pró-aterosclerose associado com a adiposidade, fato que tem importância relevante no sistema cardiorrespiratório. Já a resistina também aumenta a expressão de moléculas de adesão intercelular-1 e antivascular-1, em células endoteliais vasculares, sem bastante implicada na gênese aterogênica, e também pelo aumento da atividade do fator NF-kB, sinalizador para indução de adesão destas moléculas. Toda essa cadeia de eventos relaciona-se ao acúmulo de gordura no interior dos vasos e ao aumento da atividade nervosa simpática para o coração e vasos sanguíneos, hipersensibilidade quimiorreflexa e diminuição no controle barorreflexo arterial. A disfunção cardiovascular ocorre pelas vias vagal e simpática, pois a obesidade provoca alterações na resposta vasodilatadora muscular. Esta complexidade de alterações contribui para a disfunção vascular que aumenta os riscos cardiovasculares (Acidente Vascular Encefálico, Infarto Agudo do Miocárdio etc.). Além disso, ocorre uma relação positiva entre a concentração de resistina e o índice de calcificação de artéria coronariana, concluindo que a resistina pode representar um novo elo entre sinais metabólicos, inflamação e aterosclerose. Nos pulmões, os efeitos do excesso de gordura ainda são pouco conhecidos, no entanto a obesidade prejudica a livre movimentação do diafragma, aumenta a sobrecarga de trabalho, dificultando a ventilação pulmonar principalmente ao decúbito dorsal, levando ao quadro de Apneia Obstrutiva do Sono, Síndrome da Hipoventilação e Doença pulmonar restritiva. Estudos mais recentes apontam também maior produção de mediadores inflamatórios pela via dos leucotrienos, justificando a maior incidência de Asma em obesos. CONCLUSÕES: A obesidade representa um problema de saúde mundial que esta em franca expansão. A população de obesos e sobrepesos aumenta a cada ano, tornando fundamental o conhecimento sobre essa doença que agride tantos indivíduos. A partir do conhecimento das ações deletérias da obesidade, poder-se-á traçar novas e melhores estratégias para controlar este problema de saúde mundial que é a obesidade. REFERÊNCIAS: CECIL. Tratado de Medicina Interna – Lee Golman, Dennis Ausiello, 23º edição. Elsevier. SBC. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Diretrizes de Cardiologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Disponível em www.cardiol.br. PAOLA, AAV; GUIMARÃES, JF; BARBOSA, MM. Cardiologia – Livro texto da Sociedade Brasileira de Cardiologia, editora Manole, 2011. NARKIEWICZ, K.; KATO, M.; PESEK, C.A.; SOMERS, V.K. Human obesity is characterized by a selective potentiation of central chemoreflex sensitivity. Hypertension, v. 33, p. 1153-8, 1999. 84 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ 54. RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR E A IMPORTÂNCIA PARA O PROFISSIONAL ENFERMEIRO: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. Erilandy de Sousa Ávila; Lívia Maria Albano Camelo; Débora Maria Bezerra Martins; Francisco Issac Paiva de Sousa; Francisca Drenalina de Sousa Araújo; LUCIANA MARIA MONTENEGRO SANTIAGO INTRODUÇÃO: A parada cardiorrespiratória (PCR) caracteriza-se como a cessação súbita da atividade ventricular e cardíaca e da circulação ocorrendo também à cessação da atividade respiratória. O conhecimento e a habilidade dos trabalhadores da saúde para atuar nessa situação, possuem um desfecho favorável nos serviços de saúde, influenciando também nos índices de morbimortalidade no Brasil. O enfermeiro deve ser capacitado para atuar em situações de emergência, garantindo a segurança do paciente nos níveis de atenção a saúde. OBJETIVO: Identificar a importância e participação do profissional de enfermagem diante de uma Parada Cardiorrespiratória, assim como elucidar o conhecimento, atitudes, habilidades e sentimentos tomados na ressuscitação cardiopulmonar pelo enfermeiro. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica sobre a importância da Enfermagem na Ressuscitação Cardiopulmonar. Foram usados como descritores os termos “ressuscitação cardiopulmonar” e “cuidado de enfermagem”. Nesta pesquisa realizaram-se os seguintes critérios de inclusão: periódicos publicados em língua portuguesa e inglesa, na base de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), publicados no período de 2009 a 2014. Foram encontrados 15 artigos relacionados ao tema, destes foram selecionados 10 artigos que se enquadravam no critério de inclusão. RESULTADOS E DISCUSSÕES: A equipe de enfermagem é formada por profissionais que ficam grande parte do tempo próxima ao paciente, sendo de suma importância que saibam agir em situações de emergência. Nesse contexto o profissional de enfermagem deve ser qualificado para agir nessas situações. Segundo Oliveira, A. D. S. et al., a maioria dos enfermeiros não sabe descrever as manifestações clínicas que caracterizam a parada cardiorrespiratória e que também não sabem conduzir corretamente a ressuscitação Cardiopulmonar. Para a recuperação de um paciente em PCR é primordial o seu rápido reconhecimento e consequente intervenção da equipe de modo organizado. O treinamento adequado da equipe de enfermagem, em especial daquela que atua em UTI e Emergência, é vital para o pronto atendimento em uma parada cardiorrespiratória. Santos, L. M. M. et al, observou o predomínio de sentimentos negativos relacionados à vivência do atendimento de PCR. Dessa forma a qualificação do profissional de Enfermagem é de fundamental importância em situações de emergências, no intuito de superar os déficits observados na pesquisa. CONCLUSÃO: A realização dessa pesquisa permite considerar que a equipe de enfermagem possui dificuldades para identificar os sinais clínicos que caracterizam uma parada cardiorrespiratória. Os profissionais também apresentaram receio para agir perante situações de emergência. Diante desses resultados para que os procedimentos sejam realizados corretamente é inerente o treinamento em ressuscitação cardiopulmonar. Tendo em vista que essa é uma modalidade de extrema importância para profissionais de saúde, principalmente para profissional enfermeiro. REFERÊNCIAS: Bellan, M. C; Araujo, I. I. M; Araujo, S. CAPACITAÇÃO TEÓRICA DO ENFERMEIRO PARA O ATENDIMENTO DA PARADA CARDIORRESPIRATÒRIA. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília 2010. Ferreira. Cardoso LS, Braga MG, Cezar-Vaz MR, et al. RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR: O TRABALHO DA ENFERMAGEM EM SERVIÇOS DE RESGATE. Rev enferm UFPE on line., Recife, 7(1):221-6, jan.,2013.Fernandes, A. P, et al. QUALIDADE DAS ANOTAÇÕES DE ENGERMAGEM RELACIONADAS À 85 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ RESSUSCITAÇÂO CARDIOPULMONAR COMPARADAS AO MODELO UTSTEIN. Acta Paul Enfermagem, 2010. C. A. G, Balbino, F.S. PRESENÇA DA FAMÍLIA DURANTE REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR E PROCEDIMENTOS INVASIVOS EM CRIANÇA. Revista Pediatra, 2014. Gonçalves, G.R, et al. PROPOSTA EDUCCIONAL VIRTUAL SOBRE ATENDIMENTO DA RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR NO RECÉM- NASCIDO. Revista Escola de Enfermagem, 2010. Madeira, D. B; Guedes, H. M. PARADA CARDIORESPIRATÓRIA E RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR NO ATENDIMENTO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA: UMA REVISÃO BIBLIOGRAFICA. Revista Enfermagem IntegradaIpatinga: Unileste - MG, V.3, N.2, 2010. Miotto, H. C, et al. EFFECTS OF THE USE OF THEORETICAL VERSUS TREORETICAL – PRACTICAL TRAINING ON CARDIOPILMONARY RESUSCITATION. Arq. Bras. Cardiol., 2010; 95(3): 328-331. Oliveira, A. D. S, et al. ESTRATEGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: ATENDIMENTO DO ENFERMEIRO À VITÍMA EM PARADA CARDIRRESPIRATÓRIA. R. Interd. v.6, n.4, p.68-74, 2013. Santos, L. M. M; Simões, I. A. R. SENTIMENTOS DOS ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM FRENTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA. Revista Eletrônica Gestão & Saúde, Vol.05, Nº 04. 55. REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO COM ENXERTOS DA ARTÉRIA RADIAL: CONSIDERAÇÕES ANÁTOMOCLÍNICAS E CIRÚRGICA. Antônia Bruna Ferreira Braga; Maria de Fátima Pinho Vasconcelos; Layana Liss Rodrigues Ferreira; Ronaldo César Aguiar Lima; José Flason Marques da Silva; MARCELO CRISTIANO CAMPOS NOBRE INTRODUÇÃO: O emprego de enxertos arteriais na revascularização do miocárdio vem sendo ampliado. A vantagem teórica das artérias vem do fato de se adaptarem melhor do que as veias às condições hemodinâmicas de aumento de fluxo e pressão sanguínea. Estas alterações causam hiperplasia intimal venosa precoce levando a posterior aterosclerose e oclusão dos enxertos. Já são estabelecidas as vantagens da Artéria Torácica Interna (ATI) sobre os enxertos com veia safena, proporcionando melhor longevidade e qualidade de vida. Entretanto, existem situações em que apenas as duas ATl não são suficientes e a Artéria Radial (AR) tem sido utilizada. OBJETIVO: Assim, o objetivo deste trabalho foi fazer uma análise crítica, dos principais artigos, relacionadas a enxertos com a AR, na revascularização cardíaca. METODOLOGIA: Foi realizada busca nas bases de dados eletrônicas da MEDLINE via PubMed , da LILACS via Biblioteca Virtual de Saúde e Scielo. A estratégia de busca utilizada foi formulada a partir dos descritores e palavras relevantes ao tema, agrupados de forma a filtrar todos os artigos. Foi abordado em 309 artigos, dos quais foram selecionados 13 para produção da revisão bibliográfica. RESULTADOS E DISCUSSÕES: A revascularização miocárdica com enxertos artérias tem a sua eficiência demonstrada no decorrer dos últimos anos; com grande superioridade em relação aos enxertos com a veia safena que apresentam menor perviabilidade e maiores índices de uma segunda revascularização, devido a sua rápida oclusão por aterosclerose. Com bons resultados tardios sendo observados com o emprego desses enxertos. A AR vem se sobressaindo em relação Artéria Gastro-epiplóica e Artéria Epigástrica Inferior, uma vez que ela é a única que pode ser dissecada concomitantemente a esternotomia. Em obesos, pneumopatas ou Diabéticos é preferível o uso da AR ao invés do uso de ambas as ATI. Mas a revascularização miocárdica completa com enxertos arteriais esbarra em arestas, uma vez que aumentam o tempo de 86 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ cirurgia, o risco de infecção e predispõe a maior hemorragia. Por isso, cuidados básicos durante o preparo da AR devem ser rigorosamente respeitados. Antes de sua retirada deve-se pesquisar a presença dos pulsos radial e ulnar, assim como avaliar a integridade dos arcos palmares. Existe unanimidade entre os autores de que uma técnica de dissecção correta com pouco manuseio, evitando traumatizar os enxertos, é de suma importância na prevenção do espasmo, maior dificuldade encontrada. O conhecimento anatômico do antebraço é necessário para a retirada da AR. O estudo através do eco-Doppler e/ou manobra de Allen deve mostrar o fluxo adequado das artérias radial e ulnar, assim como a existência dos arcos palmares superficial e profundo. A incisão da pele e subcutâneo é única, iniciando-se poucos centímetros acima do punho, até atingir as proximidades da prega do cotovelo. Nesse local deve-se incisar e afastar lateralmente o músculo braquioradial, evitando lesar estruturas nobres, como a artéria braquial, a artéria ulnar e o nervo mediano. No terço médio do antebraço, deve-se ter cuidado em preservar o ramo superficial do nervo radial, responsável pela sensibilidade cutânea de porções do antebraço, polegar e dorso da mão. O ramo superficial do nervo radial está intimamente relacionado à artéria, e sua dissecção grosseira, ou o afastamento lateral excessivo do músculo braquioradial, pode lesá-lo, causando parestesia no polegar. Na porção distal do antebraço, a AR é bastante superficial, entretanto, seus ramos perfurantes são mais curtos, finos e delicados. A AR deve ser retirada em conjunto com suas satélites, preferencialmente, do membro não dominante. Nas reoperações, deve-se optar pela artéria não submetida à Cateterização prévio. Com comprimento superando os 18cm, permite alcançar todos os ramos das coronárias. Com diâmetro, acima de 3mm, possibilita a realização de várias anastomoses sequenciais sem que haja constricção de luz. Com a AR, a taxa de re-operação de vascularização do miocárdio variou de 1,7 a 2,5 maiores nos casos que haviam recebido unicamente enxertos venosos do que pacientes que haviam recebido a ATI ou AR entre sete e dez anos. Quanto a taxa de mortalidade decorrente da cirurgia, os enxertos arteriais apresentaram porcentagem variando de 3% a 5,5%, enquanto que a vascularização venosa variou de 1,7% a 2,8%. Desta forma a AR vem sendo reconhecida como uma boa alternativa na revascularização miocárdica. CONCLUSÃO: Parece razoável sugerir que, além de utilizarmos a ATIE ou ambas no processo de revascularização do miocárdio, possamos pensar em acrescentar outro enxerto arterial ao tratamento, com vistas à atingir benefício extra em revascularização cirúrgica do miocárdio. A artéria radial parece uma ótima opção como segundo enxerto arterial apresentando patência em 5 anos superior à da veia safena e não muito inferior à ATIE, além de ter demonstrado morbidade inferior à da gastroepiplóica e artéria epigástrica superficial. Quanto ao controle do vasoespasmo, devido ao advento de novas drogas, parece lógico a manutenção das consagradas medidas de manejo transoperatório e pós-operatório, o que diminuem cada vez mais a morbidade e mortalidade. Para avaliação pré-operatória do sistema radial-ulnar, parece definitivo que o Teste de Allen possa ser utilizado como método único. REFERÊNCIAS:ACAR, C.; JEBARA, V.A.; PORTOGHESE, M. Revival of the radial artery for coronary artery bypass grafting. Ann Thorac Surg 1992; 54 : 652-60. BARNER, H.B.; STANDEVEN, J.W.; REESE, J. Twelve-year experience with internal mammary artery for coronary artery bypass. J Thorac Cardiovasc Surg 1985; 90:668-75. DALLAN, L.A.; OLIVEIRA, S.A.; CORSO, R.C. Revascularização do miocárdio com a artéria radial. Rev Bras Cir Cardiovasc 1995; 10:77-83.81. ZEFF, R.H.; KONGATAHWORN, C.; LANNONE, L.A. Internal mammary artery versus saphenous vein graft to the left anterior descending coronary artery: prospective randomized study with 10 year follow-up. AnnThorac Surg 1988; 45: 451-4. 87 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ 56. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM CLIENTE COM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E SEQUELAS DE ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO. Rayssa Amanda Florindo Lopes; Nátila Azevedo Aguiar Ribeiro; Ivina Sheila Rebouças de Melo; Kuettlem Thamires Andrade Oliveira INTRODUÇÃO: A elaboração da Sistematização da Assistência de Enfermagem - SAE é um dos meios que o enfermeiro dispõe para aplicar seus conhecimentos técnicos científicos e humanos na assistência ao paciente e caracterizar sua prática profissional, colaborando na definição do seu papel. O ponto central da SAE é guiar as ações de enfermagem afim de que possa atender as necessidades individuais do cliente-família comunidade (ZMEIRE, C. e MARIA, A. 2009). Através dela é possível identificar as repostas do cliente-família comunidade e atender as necessidades afetadas e prevenir futuros agravos. A Hipertensão Arterial é uma doença crônica, não transmissível, de natureza multifatorial assintomática, na grande maioria dos casos, que compromete fundamentalmente o equilíbrio dos mecanismos vasodilatadores e vasoconstritores, levando a um aumento da tensão sanguínea nos vasos, capaz de comprometer a irrigação tecidual e provocar danos aos órgãos por eles irrigados. (Ministério da Saúde, 2001) O Acidente Vascular Encefálico - AVE apresenta-se como enfermidade de alto potencial incapacitante, presente, sobremodo, nos grupos etários de 60 anos a mais. Para esses indivíduos, por sua vez, somam-se as alterações fisiológicas inerentes à idade, como diminuição da força muscular e dos reflexos tendinosos profundos, além de dificuldade no equilíbrio corporal e mudanças na marcha. OBJETIVO: Realizar Sistematização da Assistência De Enfermagem – SAE a um cliente com Hipertensão Arterial Sistêmica – HAS, com sequelas de Acidente Vascular Encefálico – AVE. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência acerca de prática assistencial desenvolvida por acadêmicas, durante as Vivencias Práticas do Curso de Graduação em Enfermagem do Instituto Superior de Teologia Aplicada INTA. Desenvolvida no mês de Novembro de 2014, no Distrito São Jose do Torto localizada a 38,5 km - aproximadamente 40 min- de Sobral-CE. A SAE ocorreu no período matutino, através de visitas domiciliares para levantamento de dados através de anamnese, traçar diagnósticos de enfermagem e assim realizar as implementações e avaliações de enfermagem. O mesmo aceitou a realização do estudo, foi respeitada a dignidade humana e aspecto ético na pesquisa científica envolvendo seres humanos conforme a lei Resolução 466/12 (LADEIRA, P. J. NOVOA. 2014) RESULTADOS: Os principais temas implementados foram relacionados a SAE, através dos levantamentos de dados, e a detecção dos diagnósticos de enfermagem a fim de melhorar o estado geral do cliente de forma holística. Ansiedade relacionado a dificuldade de socialização, evidenciado pelo choro fácil. Inserção Social; Facilitar a inserção social junto aos familiares; Melhora no quadro de ansiedade e inclusão social; Teve resultado positivo frente as intervenções de enfermagem, devendo ser realizado continuamente. Déficit no autocuidado relacionado a alimentação evidenciado pela perdas dos movimentos dos membros superiores. Capacitar os cuidadores para a realização do cuidado com a dieta proposta; Realizar os cuidados referente a dieta adequada, horários e quantidade. Melhora no equilíbrio alimentar e ingestão de dieta adequada; Detectar a melhora no quadro alimentar com a ajuda nos exames laboratoriais. Risco para Úlcera por pressão relacionado a restrição no leito; Capacitar os cuidadores acerca da importância da prevenção das úlceras por pressão. Realizar mudança de decúbito a cada duas horas ou sempre que necessário. Evitar o aparecimento das úlceras. Não foi detectado qualquer indicio de lesão cutânea. 88 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ CONCLUSÃO: O Estudo proporcionou a realização da SAE e contatamos a eficácia da utilização desse método para o cuidado integral do cliente acamado com HAS, e com sequelas de AVE. O mesmo possibilitou um aprofundamento nas temáticas já citadas e despertou novas pesquisas no habito da SAE. REFERÊNCIAS: LADEIRA, P. J. NOVOA, Patricia Correia Rodrigues. O que muda na Ética em Pesquisa no Brasil: resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Einstein (São Paulo), São Paulo, v. 12, n. 1, Mar. 2014. NANDA-I Nursing Diagnoses: Definitivos and Classification, 20072008.ISBN 978-09-788924-0-1.Copyright © 2007 NANDA International. OLIVEIRA, A. R. S. et.al. Diagnósticos De Enfermagem Da Classe Atividade/Exercício Em Pacientes Com Acidente Vascular Cerebral. Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2012 abr/jun; 20(2):221-8, p.222. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. São Paulo, 2010. ZMEIRE, C.; MARIA, A.. SAE- Sistematização da Assistência de Enfermagem: Guia Prático. Rio Janeiro,2009). 57. TESTE DO CORAÇÃOZINHO COMO RASTREIO DE CARDIOPATIAS CONGÊNITAS: UMA REFLEXÃO TEÓRICA. Layana Liss Rodrigues Ferreira; Antônia Bruna Ferreira Braga; Maria de Fátima Pinho Vasconcelos; José Flason Marques da Silva; Marcelo Cristiano Campos Nobre; RONALDO CÉSAR AGUIAR LIMA INTRODUÇÃO: As Cardiopatias Congênitas representam um importante problema de saúde materno-infantil. Ocorrendo em aproximadamente 1% de todos os recém-nascidos, as cardiopatias congênitas correspondem a falhas na embriogênese, por volta da terceira à oitava semana, e cursam com importantes defeitos no coração e/ou nos grandes vasos. A etiologia ainda permanece obscura, desconhecida em 90% dos casos, mas se sabe que diversos fatores (ambientais, congênitos e genéticos) são atribuídos. Independentemente da causa, a intervenção precisa e imediata, é o principal fator prognóstico na evolução desse ser em formação. E o rastreamento deve ser efetuado logo ao pré-natal. Em última análise, pode-se efetuar o rastreamento através de do Teste do Coraçãozinho, um teste de fácil realização e de baixo custo. OBJETIVOS: Assim sendo, o objetivo do presente trabalho foi apresentar e discutir a importância do Teste do Coraçãozinho para o rastreamento de Cardiopatias Congênitas. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura realizada com base na análise dos poucos estudos publicados sobre a temática. Para embasar o referencial teórico, utilizamo-nos principalmente de publicações do Ministério da Saúde e de publicações da Associação de Assistência a Crianças com Cardiopatias Críticas. Os textos foram analisados e comparados às diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia. RESULTADOS E DISCUSSÕES: O Teste do Coraçãozinho foi criado com o objetivo de melhorar as condições de diagnóstico e tratamento das crianças cardiopatas. Em linhas gerais, consiste na realização de oximetria de pulso nos quatro membros do recém-nascido, antes da alta da maternidade. Caso haja uma baixa saturação periférica de oxigênio ou haja uma diferença significativa entre os membros, o neonato é submetido a um Ecocardiograma Transtorácico com o objetivo de verificar falhas na estrutura cardíaca. O Teste do Coraçãozinho é uma excelente ferramenta de triagem neonatal para rastrear Cardiopatias Congênitas Críticas. O Teste do Coraçãozinho é indolor, não invasivo e com um custo muitíssimo baixo, já que exige apenas a utilização de um aparelho denominado oxímetro, equipamento este que já existe em todas as maternidades e hospitais, pois é essencial para monitorar os pacientes. A oximetria de pulso pode ser realizada por um profissional de enfermagem, e não exige mais do que 5 minutos para a sua realização. Um sensor macio é enrolado à volta da mão direita e posteriormente à volta do pé 89 Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2 __________________________________________________________________________ do bebê, e quantifica o nível de saturação de oxigênio. Se baixos (abaixo de 95% ou com uma diferença maior que 2% entre os membros superiores e inferiores) podem indicar a presença de uma malformação cardíaca e o neonato necessita de maiores cuidados, não recebendo alta da maternidade. Como todo método de rastreio, o Teste do Coraçãozinho, tem suas deficiências e não consegue detectar casos menos graves, que não estão associados com um baixo nível de oxigenação. Mas, nenhuma ferramenta de diagnóstico atual pode detectar 100% das cardiopatias congênitas existentes, e a oximetria de pulso poderá rastrear defeitos cardíacos mais graves. O Teste do Coraçãozinho teve sua importância reconhecida pelo Ministério da Saúde, que o reconheceu como obrigatório na rede SUS, fortalecendo as políticas de saúde materno-infantil. CONCLUSÃO: Reconhecemos que o ideal seria que todas as gestantes tivessem acesso ao Ecocardiograma Fetal, que poderia dar o diagnóstico de possíveis cardiopatias ainda na gestação. No entanto, como o Ecocardigrama Fetal ainda é uma realidade distante do SUS, o Teste do Coraçãozinho mostra-se capaz de agilizar o diagnóstico precoce e proporcionar uma melhor condução dos neonatos. O Teste do Coraçãozinho representa uma importante ferramenta de rastreamento de cardiopatias, é seguro, de baixo custo e salva vidas. REFERÊNCIAS:SBC. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Diretrizes de Cardiologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Disponível em www.cardiol.br. AAACCPC. Associação de Assistência a Crianças Cardiopatas Pequenos Corações. Triagem Neonatal de Cardiopatias Críticas. Disponível em http://www.pequenoscoracoes.com. Acesso em julho de 2014. PAOLA, AAV; GUIMARÃES, JF; BARBOSA, MM. Cardiologia – Livro texto da Sociedade Brasileira de Cardiologia, editora Manole, 2011. 90