OBESIDADE - flumignano international

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“Os transtornos alimentares e especialmente a
obesidade na saúde pública mundial ”
Dr. Izidoro de Hiroki Flumignan
Médico endocrinologista e sanitarista
Equipe CETOM
– Centro de Tratramento para a Obesidade Mórbida Diretor do Instituto Flumignano de Medicina
Rio de Janeiro – RJ
- 2007 -
TRANSTORNOS ALIMENTARES
São transtornos mentais graves, crônicos, que
acometem principalmente os adolescentes e
adultos jovens do sexo feminino levando a danos
psicológicos, sociais e clínicos, podendo, nos
casos extremos, acarretar a morte.
As características comportamentais gerais são a
preocupação excessiva com o peso e a aparência
do corpo acarretando comportamentos alimentares
prejudiciais
a saúde e dificuldades no
relacionamento social.
CLASSIFICAÇÃO DOS TRANSTORNOS ALIMENTARES PELO CID 10
-ANOREXIA NERVOSA – importante conflito na imagem
corporal, com medo excessivo de engordar. Acometem as
pessoas magras e negam a fome.
-BULIMIA NERVOSA – Prevalência de 1,1 à 4,2% - Em
geral os pacientes apresentam peso normal ou sobrepeso,
não negam a fome.
-TRANSTORNO
DE
COMPULSÃO
ALIMENTAR
PERIÓDICA – O paciente come sem fome até sentir-se
repleto e com culpa. Pode ter relação com a obesidade, as
dietas para emagrecer não funcionam. Apresentam autocrítica negativa com sintomas depressivos e ansiosos.
- TRANSTORNO ALIMENTAR NÃO ESPECIFICADO.
•
BULIMIA : Aflige principalmente as mulheres de nível sócio-econômico
médio ou superior. Embora há um registro considerável de bulimia na
imprensa popular a maioria da atenção tem sido dada aos aspectos
relativamente benignos do problema. Estudos epidemiológicos cuidadosos
tem mostrado uma prevalência menor que 2% da verdadeira bulimia
nervosa entre meninas no segundo grau escolar – grupo que se acredita ter
o maior risco (1). Outras referências bibliográficas citam a prevalência entre
1,1 à 4,2% na faixa dos 18 anos de idade.- Guideline 2000.
•
ANOREXIA NERVOSA : A incidência de novos casos atinge uma faixa de
0,6 a 1,6 por 100.000 habitantes, com prevalência entre moças em idade
escolar, sendo na época da puberdade até uma em 100. A idade comum de
início é entre 14 e 17 anos, mas pode ocorrer mais cedo entre 10 a 13 anos
ou mais tarde até aos 40 anos de idade). A doença é pelo menos 10 vezes
mais freqüente nas maças do que nos rapazes e aflige principalmente as
mulheres de nível sócio econômico médio ou superior(2).
•
ORTHOREXIA : Fixação compulsiva em comer corretamente com perigo a
saúde e as relações sociais (3) .
(1) Manual Merck de Medicina – 16ª Edição
(2) Tratado de Medicina Interna – Cecil-Loeb – 14ª Edição
(3) Dr. Steven Bratman – www.orthorexia.com
ANOREXIA NERVOSA
(Distúrbio da imagem corporal)
DIAGNÓSTICO DA ANOREXIA NERVOSA
• O paciente recusa-se a manter o peso corporal mínimo
para a idade e altura, ou IMC < 17,5. Tem pavor de
engordar mesmo estando abaixo do peso mínimo.
Apresenta conflito emocional na interpretação da forma
do corpo – distorção da imagem corporal.
Freqüentemente a doença inicia-se na adolescência e
apresenta comorbidades comuns como sintomas
depressivos, ansiosos, fobia social e transtornos de
personalidade. Quando a doença encontra-se
descompensada apresenta alevado risco de
complicações como a desnutrição e o suicídio.
Subtipos :
1) Restritivo - não há episódios de compulsão ou purgação.
2) Compulsiva – períodos de compulsão e purgação.
DIAGNÓSTICO DA BULIMIA
• Há episódios recorrentes de compulsão alimentar com
ingestão de grande quantidade de alimentos em curto espaço
de tempo seguido de sentimento de descontrole e culpa e há
ações compensatórias, que pode ser de purgação – vômitos,
uso de laxativos, diuréticos, enemas ou sem purgação como
jejuns prolongados, exercícios exagerados etc. na freqüência
média de 2x/semana por pelo menos 3 meses. A auto-crítica
do paciente é centrada na própria forma física, que em geral
o peso é normal ou sobrepeso. Queixam-se de fome
apresentam comorbidades comuns como abuso de álcool,
drogas, transtorno bipolar do humor etc.
2 subtipos:
1) Com purgação – uso de vômitos, diuréticos, laxantes, enemas etc.
2) Sem purgação – jejuns, exercícios excessivos.
DIAGNÓSTICO DO TRANSTORNO DA
COMPULSÃO ALIMENTAR PERIÓDICA
• Ocorre episódios recorrentes de compulsão alimentar
acrescidos de comer sem fome, rápido, em exagero,
muitas vezes sozinho, escondido, com importante
sentimento de angústia, depressão e culpa, sem
mecanismos compensatórios de purgação, na
freqüência de no mínimo 2 vezes por semana por mais
de 6 meses. Ocorre mais em mulheres do que em
homens, inicia freqüentemente após a adolescência. Os
doentes possuem auto-crítica depreciativa, com
sintomas depressivos ou ansiosos e este transtorno
alimentar pode ser responsável por 25% dos casos de
obesidade, que justificam sucessivos fracassos nas
dietas para emagrecimento.
OBESIDADE
“ Transtorno Alimentar
Compulsivo “
MANUEL URIBE
40 anos - 550 Kg
2005
Mexicano,
com
níveis
hormonais,
colesterol, pressão e glicemia dentro da
normalidade. Foi abandonado pela
esposa e se refugiou na casa da mãe. Até
1992 pesava 130 quilos, mas depois
reconhece que comeu mais do que o
normal. "Depois, parei de comer
carboidratos e carnes, e comecei a comer
mais verduras, tentando emagrecer, mas
continuei engordando", acrescentou.
SAÚDE PÚBLICA
É a ciência que atua no conjunto de
influências que atuam na saúde das
populações humanas. Suas prioridades
baseam-se no nível de ameaça e dano que
podem
causar
à
sociedade.
A
epidemiologia é o principal instrumento de
medição da Saúde Pública.
Epidemiologia é a ciência que estuda as epidemias.
O excesso de peso é uma epidemia global com mais de 1
bilhão de sobrepesos nos adultos e pelo menos 300
milhões destes com obesidade – que é o principal
contribuinte para o fardo global de doenças crônicas e
invalidez. Freqüentemente coexiste em países em
desenvolvimento com a subnutrição, sendo que a
obesidade é uma condição social complexa com
dimensões psicológicas, afetando todas idades e grupos
socioeconômicos.
Fonte : OMS – 2005
OBESIDADE NO BRASIL
BRASIL : A população acima
do peso ideal é de 28,8%
do total, sendo que os
obesos respondem por
9,8%. As mulheres são mais
obesas que os homens.
Enquanto 12,2% das
mulheres apresentam IMC
acima de 30, apenas 7% dos
homens têm índices tão
altos.
•
Fonte: IBGE – Pesquisa sobre
Padrões de Vida (PPV) – 2002-2003
19%
9,80%
72,20%
SEM EXCESSO DE PESO
EXCESSO PESO
OBESOS
OBESIDADE NOS ESTADOS UNIDOS
•
EUA : A prevalência da obesidade é
24%
27%
para homens e
de
para mulheres; Entretanto, há
grandes diferenças em idade, situação
econômica e raça. Assim, há Um
aumento de duas vezes na prevalência
de obesidade entre mulheres de
padrão socioeconômico baixo
comparado àquelas com uma situação
socioeconômica superior. Embora não
haja diferenças importantes na
prevalência entre brancos e negros, a
obesidade é muito mais comum entre
mulheres negras do que brancas,
alcançando cerca de 60% entre
mulheres negras de meia idade.
•
Fonte : Manual Merck de Medicina – 16ª Edição
OBESOS;
26%
NÃO
OBESOS;
74%
TONGA
SAMOA
JORDANIA
NAURU
QUENIA
POLIN.FRANC.
ARAB SAUD.
BARBADOS
LIBANO
GRÉCIA
PANAMÁ
PARAGUAI
ALBANIA
USA
EGITO
JAMAICA
Fonte: IASO – International Association for the study of obesity.
- International Obesity Taskforce – www.iotf.org -
IRAN
KUAIT
TURKIA
MEXICO
A obesidade é a
principal doença
não transmissível
e o fator de risco mais
importante para outras
doenças relevantes.
FATOS
- Globalmente existe mais de 1 bilhão de adultos com sobrepeso e
destes, 300 milhões são obesos.
- Obesidade e sobrepeso são os maiores fatores de risco para as
doenças crônicas incluindo o diabetes tipo 2, doenças
cardiovasculares, hipertensão arterial e AVC e alguns tipos de
cânceres.
- Doenças cardiovasculares causam 16.7 milhões or 29.2% do total
de mortes globais. (OMS 2003).
- Atualmente a OMS estima que o número de diabéticos no mundo
seja de 171 milhões e que deverá dobrar até 2030.
Fonte : OMS – 2005 – Relatório da Estratégia Global para Dieta, Atividade Física e Saúde.
DIAGNÓSTICO DA OBESIDADE
•OBESIDADE é definida como excesso de tecido adiposo a
ponto de acarretar danos ao sistema orgânico. Em média,
isto ocorre quando a gordura corpórea está acima de 25%
para os homens e 30% para as mulheres.
DIAGNÓSTICO : Através da medição da gordura corpórea.
MÉTODOS : Peso x Altura; prega cutânea; imersão,
condutividade,
impedância,
tomografia,
ultrasom,
ressonância magnética e outros.
I.M.C.
– Índice da Massa Corpórea • É a relação entre o peso e altura.
• IMC = peso dividido pelo quadrado da altura.
• Exemplo : 75 Kg e 1,75m = 75 / 3,06 = 24,50
• A OMS estabelece :
• magro = menor que 18
• normal = 18 a 25
• sobrepeso = 25 a 30
• obeso = 30 a 40
• obesidade grau 3 (mórbida) = acima de 40
RÉGUA PARA CÁLCULO DO INDICE DE MASSA CORPÓREA - I.M.C.
magro = menor que 18
normal = 18 a 25
sobrepeso = 25 a 30
obeso = 30 a 40
obesidade grau 3 (mórbida) = acima de 40
DIAGNÓSTICO RÁPIDO
SOMENTE COM AS
INFORMAÇÕES DO
PESO E ALTURA
INDEPENDENTEMENTE DA
IDADE, SEXO OU RAÇA.
OBESIDADE MÓRBIDA
“Transtorno social e biológico”
incidência crescente em todo o mundo
OBESIDADE x MORTALIDADE
O IMPACTO DO EXCESSO DE PESO NA SAÚDE DO MUNDO
O excesso de peso tem efeito metabólico adverso na pressão
sanguínea, na lipemia, na resistência de insulina, nas doenças
pulmonares, nas doenças músculo-articulares, em diversos tipos de
cânceres, nas doenças do sono e em diversas doenças
psicológicas. A probabilidade de desenvolvimento do diabetes tipo 2
e hipertensão sobe abruptamente com o aumento da gordura
corporal, que no século 20 era limitado a adultos mais velhos e
agora afeta afeta também as crianças e jovens obesos.
Aproximadamente 85% das pessoas com diabetes são do tipo 2 e
destes, 90% são obesos.
Pelas análises da OMS, publicada no relatório de 2002,
58% dos casos de diabetes, 21% das doenças isquêmicas
do coração e 8 à 42% de alguns cânceres podem ser
globalmente atribuíveis a um IMC acima de 21 kg/m2.
OBESIDADE INFANTO-JUVENIL
Obesidade infantil está epidêmica assim como nos adultos. No
mundo estima-se que 17.6 milhões de crianças abaixo de 5
anos estão com sobrepeso no mundo. No Brasil, nas últimas
décadas, está ocorrendo uma redução da prevalência da
desnutrição infantil - de 19,8% para 7,6% e e um aumento na
prevalência de sobrepeso e obesidade de 4,1% para 13,9% em
crianças e adolescentes de 6 a 18 anos.
Nos EUA a
prevalência da obesidade em jovens de 12 a 17 anos aumentou
dramaticamente de 5% para 13% em meninos e de 5% para 9%
em meninas entre 1966-70 e 1988-91. O problema é global e
está
aumentando
sua
estensão
nos
países
em
desenvolvimento. Na Tailândia a prevalência da obesidade
entre 5 a 12 anos de idade foi de 12.2% para 15,6% em
somente 2 anos.
Veja : http://www.flumignano.com/medicos/Educa_saude_flash/OBESIDADE_INFANTO_JUVENIL.htm
OBESIDADE INFANTO-JUVENIL – RIO DE JANEIRO - 2006
O IMPACTO DO EXCESSO DE PESO NA SAÚDE NO BRASIL
Doenças cardiovasculares coronarianas, dislipidemias,
hipertensão, obesidade e diabetes mellitus formam um
conjunto de morbidades geralmente associadas entre si,
constituindo-se em graves problemas de Saúde Pública. No
Brasil, tais morbidades são responsáveis por grande número
de mortes prematuras entre adultos. Em 1985, um terço das
mortes ocorridas foram provocadas por causas cuja origem
se encontra nessas doenças. No que diz respeito à
população vitimada, cerca de 30% pertencia ao grupo etário
entre 20 a 49 anos de idade. No Município de São Paulo, a
proporção de mortes por essas causas, foi de 37%.
Fonte: Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo - 2005
EVOLUÇÃO ASCENDENTE DO EXCESSO DE PESO NO BRASIL
Fonte: IBGE – 1998
EVOLUÇÃO DESCENDENTE DA DESNUTRIÇÃO E
ASCENDENTE DA OBESIDADE INFANTIL
Fonte: IBGE – 1998
IBGE
De 1975 para 2003, a proporção de brasileiros adultos com
20 anos ou mais, com peso acima do recomendável, subiu
de 24% para 41% - 38,6 milhões de pessoas. O número de
pessoas com déficit de peso, ou "magras demais", caiu pela
metade (de 8,7% para 4%). De acordo com a mesma
pesquisa, houve crescimento no consumo de gordura e
manutenção da alta ingestão de açúcar.
Fonte : POF - Pesquisa de Orçamento Familiar - IBGE 2002-2003 –
- Ambiente pesa mais que genética em crescimento Um estudo de sete anos, realizado em populações de todos os continentes,
mostra que crianças de países pobres que foram amamentadas, vacinadas,
receberam atendimento adequado de saúde e cujas mães não fumavam tiveram
padrões de crescimento comparáveis às de países ricos, como a Noruega
Portanto, crianças nascidas em qualquer parte do mundo, se tiverem um início
de vida ideal, podem se atingir os mesmos parâmetros de altura e peso.
“O estudo mostrou que nutrição, práticas alimentares, ambiente e serviços de
saúde são fatores mais importantes no crescimento de crianças com até cinco
anos do que genética ou etnia“
Catherine le Gales-Camus
Diretora-assistente da OMS para doenças não-contagiosas.
Genebra, 27 de abril de 2006
POLÍTICA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
Ministério da Saúde
APRESENTAÇÃO
(parte selecionada)
A Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), aprovada no
ano de 1999, atesta o compromisso do Ministério da Saúde com os
males relacionados à escassez alimentar e à pobreza, sobretudo a
desnutrição infantil e materna, bem assim com o complexo
quadro dos excessos já configurado no Brasil pelas altas taxas de
prevalência de sobrepeso e obesidade na população... A firme
decisão do Presidente da República em aprofundar a ação do
Governo Federal na erradicação da fome requer de todos nós a
reunião das nossas melhores iniciativas setoriais.
JORNAL “O ESTADO DE SÃO PAULO” - 20 de dezembro de 2004 Lula afirma que problema do Brasil continua sendo a fome
Brasília - Uma semana depois da divulgação de uma pesquisa em que o IBGE diz que o
problema do Brasil não é mais a desnutrição, mas sim a obesidade, o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva reagiu, em discurso, durante celebração de Natal no Planalto, afirmando que "a
fome não é coisa medida em pesquisa". Para o presidente, "nem todo mundo que passa fome
reconhece que passa fome".
Lula explicou: "Pode colocar o Ibope, o Datafolha, o Vox Populi, pode colocar todos os
institutos de pesquisa para saber se as pessoas estão com fome e possivelmente o resultado
seja negativo. Não é todo ser humano que reconhece que passa fome. As pessoas têm
vergonha. As pessoas não sentem orgulho de dizer: ´Eu passo fome. Eu não comi as calorias
e proteínas necessárias´".
Em seu discurso, o presidente defendeu o programa Fome Zero e a determinação do governo
em dar dinheiro ao invés de cestas básicas. Na sua opinião, no Brasil não há falta de alimento,
mas de dinheiro para comprá-lo. Ele avisou que os programas sociais do governo vão
continuar com o formato que têm hoje até que se saiba quem está certo. O presidente avisou
que "vai continuar com a mesma força, com o mesmo vigor, tentando cumprir a meta de
atender as 11,4 milhões de famílias que, segundo o próprio IBGE, não têm condições de
comer as calorias necessárias".
Lula finalizou ao afirmar que não tem interesse em ficar dando Bolsa Família a vida inteira,
mas apelou a Deus para que "um dia" ninguém precise mais do Bolsa-Família, do cartão do
fome zero, que todas as pessoas estejam trabalhando e comendo à custa do seu trabalho.
TRANSIÇÃO NUTRICIONAL
À medida que se consegue erradicar a miséria entre as camadas mais
pobres da população, a obesidade desponta como um problema mais
freqüente e mais grave que a desnutrição. É o fenômeno da transição
nutricional, que sobrecarrega o sistema de saúde com uma demanda
crescente de atendimento a doenças crônicas relacionadas com a
obesidade, como o diabetes tipo 2, a doença coronariana, a hipertensão
arterial e diversos tipos de câncer.
POR QUE ISTO ESTÁ ACONTECENDO ?
A epidemia ascendente da obesidade reflete as mudanças profundas
comportamentais dentro sociedade nas últimas décadas determinando
suscetibilidades de ganho de peso devido ao acúmulo calórico
determinado pelo balanço entre a alimentação e a atividade física em
decorrência ao crescimento econômico, modernização, urbanização e a
globalização dos mercados de alimentos. Estas são algumas das forças,
entre outras, as causadoras desta epidemia.
Fonte: Site da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2006).
http://educacao.cardiol.br
PREVISÃO DO CRESCIMENTO DO DIABETES PARA 2025.
Fonte: Revista Diabetes Care - 1988 EUA .
FATORES AMBIENTAIS E DOENÇAS NÃO TRANSMISSÍVEIS
Condições crônicas, incluindo as doenças cardiovasculares, diabetes,
obesidade, cânceres e doenças das vias respiratórias, respondem
anualmente por 46% do fardo global das doenças. Cinqüenta por cento
dos fatores globais de risco foram identificados como sedentarismo e
consumo insuficiente de frutas e legumes.
Até 2.7 milhões de vida poderiam ser potencialmente poupadas
globalmente a cada ano com consumo suficiente de frutas e legumes.
(OMS)
Atividade diariamente física regular apropriada é um dos principais
componentes para a prevenção de doenças crônicas, juntamente com
uma dieta saudável e não fumar. Para as pessoas é meio poderoso de
prevenir doenças crônicas e para as nações pode prover um modo custoefetivo de melhorar saúde pública da população. (OMS)
OBESIDADE É O PRINCIPAL FATOR DE RISCO
PARA AS DOENÇAS NÃO-TRANSMISSÍVEIS
As melhores intervenções custo-benefício para conter a
epidemia das doenças não-transmissíveis são através da
redução dos fatores de riscos para estas doenças.
Através do prevenção e tratamento do sobrepeso e da
obesidade é possível reduzir a incidência e a prevalência do
diabetes, da hipertensão, da dislipidemia, das doenças
cardiovasculares, do acidente vascular cerebral, das doenças
músculo-esqueléticas e inclusive alguns tipos de câncer.
Para isto é necessário a implementação de ações para a
promoção da dieta saudável e de exercícios físicos.
ASSEMBLÉIAS DAS NAÇÕES UNIDAS
PARA AS DIRETRIZES GLOBAIS
ESTRATÉGIA GLOBAL PARA DIETA,
ATIVIDADES FÍSICAS E SAÚDE
Organização Mundial da Saúde
Relatório de 2005
A Estratégia Global da OMS tem quatro objetivos principais:
(1) reduzir os fatores de riscos através do (2) aumento da
consciência global pelo entendimento das influências de dieta
e atividade física na saúde e do impacto positivo das
intervenções preventivas, através do (3) encorajamento,
desenvolvimento, fortalecimento e implementação global,
regional, nacional e políticas da comunidade para as
melhorias das dietas e aumento das atividades físicas de
forma sustentável e (4) monitorar os dados científicos e
principais influências das dietas e atividades físicas com
apoio para pesquisa em áreas pertinentes e fortalecimento
dos recursos humanos necessários para estes fins.
ESTRATÉGIA GLOBAL PARA DIETA,
ATIVIDADES FÍSICAS E SAÚDE
Organização Mundial da Saúde
Relatório de 2005
A estratégia identifica dois fatores de risco
principais para as doenças não transmissíveis :
dieta e atividade física.
ESTRATÉGIA GLOBAL PARA DIETA,
ATIVIDADES FÍSICAS E SAÚDE
Organização Mundial da Saúde
Relatório de 2005
Doenças não-transmissíveis e seus fatores de risco
estavam
inicialmente
limitados
a
grupos
economicamente prósperos nos países de meiarenda. Porém, atualmente as evidências mostram
que as doenças não-transmissíveis tem afetado
crescentemente também as comunidades pobres
que acabam por agravar a desigualdade
econômica.
ESTRATÉGIA GLOBAL PARA DIETA,
ATIVIDADES FÍSICAS E SAÚDE
Organização Mundial da Saúde
Relatório de 2005
Para todos os países onde há dados disponíveis, a grande
parte dos determinantes subjacentes das doenças não
transmissíveis são os mesmos, e incluem o consumo
elevado de comidas hipercalóricas de baixa nutrição que
possuem elevado teores de gordura, açúcar e sal; níveis
reduzidos de atividade física em casa, na escola, no
trabalho, na recreação e no transporte e uso de tabaco.
De preocupação particular são que as dietas insalubres e
o sedentarismo estão crescentes e cada vez mais
marcantes nas crianças e adolescentes
ESTRATÉGIA GLOBAL PARA DIETA,
ATIVIDADES FÍSICAS E SAÚDE
Organização Mundial da Saúde
Relatório de 2005
O envelhecimento da população tem um forte
impacto na morbidez e mortalidade na saúde
pública
das
nações.
Muitos
países
em
desenvolvimento já estão com um fardo aumentado
das doenças não-transmissíveis e ao mesmo tempo
um fardo insistente de doenças infecto-infecciosas.
Manter a saúde e a capacidade funcional da
população anciã é um fator crucial para reduzir a
demanda e os custo dos serviços de saúde.
ESTRATÉGIA GLOBAL PARA DIETA,
ATIVIDADES FÍSICAS E SAÚDE
Organização Mundial da Saúde
Relatório de 2005
Doenças não-transmissíveis impõem um fardo econômico
significante na saúde pública e ocasionam grandes custos
para a sociedade. A saúde é uma chave determinante no
desenvolvimento e um precursor do crescimento
econômico.
A OMS relaciona a macroeconomia e a saúde pública e tem
demonstrado os efeitos desastrosos das doenças no
desenvolvimento dos países.
PROPAGANDA ANTI-ETICA PARA CRIANÇAS
- EUA e UE preparam política contra a obesidade Representantes da indústria de alimentos e bebidas disseram que querem
ajudar no esforço.
BRUXELAS - Na primeira conferência UE-EUA sobre obesidade realizado
neste mês, representantes da indústria de alimentos e bebidas disseram que
querem ajudar no esforço. "Consumidores de diferentes partes do mundo são
diferentes. Mas o problema é o mesmo, e esperamos que nossa solução
possa ser conjunta", disse o comissário de saúde da UE, Markos Kyprianou. O
vice-secretário de Saúde dos EUA, Alex Azar, disse que o objetivo não é
encontrar soluções imediatas, mas criar uma coalizão entre os lados para
facilitar a tomada de decisões sobre saúde e forma física pelos consumidores.
"No fim, é o consumidor quem escolhe", disse Azar, explicando que,
mesmo com uma indústria de alimentos regulada pelo governo, é quem vai
comer que precisa escolher a refeição mais saudável.
Fonte: JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO de 12 de maio de 2006
Acordo nos EUA barra refrigerantes em escolas
NOVA YORK - Os maiores distribuidores de bebidas dos Estados Unidos
concordaram em suspender praticamente todas as vendas de
refrigerantes em escolas públicas. De acordo com o anúncio feito pela
Fundação William J. Clinton, as companhias também concordaram em
vender apenas água, sucos sem adição de açúcares e leites com baixos
índices de gordura em pré-escolas e escolas de ensino fundamental do
país, A Aliança por uma Geração mais Saudável - que reúne a
Fundação de Clinton e a Associação Americana do Coração - ajudou
a firmar o acordo, depois que docentes e legisladores se alarmaram com
os últimos estudos sobre a obesidade infantil. Os refrigerantes têm sido
um alvo particular dos que lutam contra este problema, por causa dos
altos índices calóricos e grande popularidade entre as crianças. O acordo
deve atingir cerca de 35 milhões de estudantes de escolas públicas.
Fonte : Jornal “O Estado de São Paulo” de 03 de maio de 2006.
McDonald´s fechará 25 restaurantes no Reino Unido
A rede estima que a decisão custará cerca de 33,6 milhões de euros
LONDRES - A rede de fast-food McDonald´s fechará 25 de
seus restaurantes no Reino Unido. A informação está em
um relatório da companhia apresentado à Comissão de
Valores dos Estados Unidos. Segundo a empresa, a
decisão foi tomada após uma queda de vendas registrada
na região ano passado. Há especulações que ligam a
decisão de fechar as lojas a uma onda de preocupação
de um grande número de pessoas, sobretudo crianças,
com o problema de obesidade.
Fonte : Jornal “O Estado de São Paulo” em 01 de março de 2006.
Dr. Gro Harlem Brundtland, Diretor-geral da OMS - 2006
Nós precisamos, agora, olhar décadas à frente e ter
um compromisso com a nossa saúde e e também
das futuras gerações em todo o mundo. Doença
cardiovascular, diabetes, cânceres e obesidade não
são problemas exclusivos dos países mais ricos e a
maioria dos casos destas doenças estão
acontecendo no mundo em desenvolvimento. Nossa
experiência mostra que até mesmo intervenções
modestas em larga escala como dieta e atividade
física podem produzir mudanças significantes no
fardo das doenças crônicas no mundo em tempo
surpreendentemente curto.
OBRIGADO
Este slideshow está disponível no link :
http://www.flumignano.com/medicos/biblioteca.htm
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