HOTEL PALÁCIO DA ROSA, 2004 O Palácio da Rosa, situado a meio da encosta poente da colina do Castelo, na cidade de Lisboa, cujo edificado apresenta uma estrutura complexa e intrincada de várias épocas de construção. A primeira intenção é a de recuperar o seu carácter palaciano, reabilitando a sua preexistência mais nobre que remonta ao séc.XVIII, não só pela qualidade intrínseca que encontramos nos seus espaços nomeadamente, salões, escadaria monumental e outros, mas também pela qualidade de relação do edifício com os seus jardins e a própria cidade. Evitando o mimetismo do edifício notável do séc. XVIII, pretende-se apresentar uma proposta concentrada no diálogo entre duas estruturas: por um lado, a estrutura notável do séc. XVIII, demarcada pelo T em planta, e por outro, uma nova estrutura construída de raiz que responde directamente às questões programáticas e funcionais exigidas por um Hotel de Charme contemporâneo. O diálogo entre as duas estruturas baseia-se numa terceira, fundadora da intervenção: o grande pátio de entrada. Num gesto estruturante, este espaço “não-construído” assume uma presença notável e reguladora, como contraponto e equilíbrio do projecto. A abordagem ao projecto de arquitectura desenvolve-se, essencialmente, a partir dos “vazios” existentes, dos espaços “não-construídos”: o pátio de entrada, a ruína (B) e, num plano elevado, um outro jardim, junto à Costa do Castelo. Estes são os espaços estruturantes da nova intervenção (…). ATELIERBUGIO JOÃO FAVILA MENEZES