O PAPEL DA FAMÍLIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL FAMILY ROLE IN EARLY CHILDHOOD EDUCATION NILZA IVETE CABREIRA FANAIA RESUMO: O presente artigo aborda o complexo processo que envolve o papel da família na educação infantil, este trabalho visa o papel da família no processo de desenvolvimento de aprendizagem da criança, bem como a necessidade de apoio da família para se alcançar um bom resultado na aprendizagem da educação infantil é de extrema importância, segundo o estudo desenvolvido. A criança desenvolve na escola a sua aprendizagem bem como finaliza a formação de seu caráter. Palavras-Chaves: Educação, Família, Aprendizagem. ABSTRACT: Thaisarticuleadresseslhecomplexoprocessoenvolvemlhe role ofamílias in Earl childhood education, this work aims at the role of the family in the child's learning development process, as well as family support nessidade to achieve a good result in learning early childhood education is of utmost importance, the study developed. The child develops their learning in school and completes the formation of his character, once introduced in their family environment. Key- Words:Education, Family, Learning. 1 - Introdução Historicamente, a família constitui uma instituição de extrema importância na formação e na educação das crianças, juntamente com a escola, onde é desenvolvida a educação e formação sistematizada das mesmas. Porém, é no ambiente familiar que a criança tem seu primeiro contato com a sociedade. Daí a importância da união dessas duas instituições sociais na formação educacional das crianças, embora a maioria dos sistemas educacionais defendam a posição de que a educação inicial é de responsabilidade da família, pelo fato de considerar esse ambiente familiar como ideal para o desenvolvimento e educação das crianças. Essa linha de pensamento defendida por grande parte dos sistemas educacionais não leva em consideração o fato de haver problemas estruturais nas famílias e que crianças que convivem nesse tipo de ambiente, geralmente não têm o devido acompanhamento no desenvolvimento educacional, tanto no ambiente escolar, no qual na maioria dos casos os pais não se fazem presentes no monitoramento dos filhos, quanto no ambiente familiar, no qual não há um controle da disciplina transmitida para a criança, e, ainda, nem sempre a educação familiar é realizada pelos seus próprios pais. Sendo assim, os pais precisam conhecer e discutir os objetivos da proposta pedagógica e os meios organizados para atingi-los, além de trocar opiniões sobre como o cotidiano escolar se liga a esse plano. Posteriormente, a prática de reunir os pais periodicamente, para informá-los e discutir algumas mudanças a serem feitas no cotidiano das crianças, pode garantir que suas famílias apóiem os filhos de forma tranqüila (OLIVEIRA, 2002, p. 181). Dependendo da disponibilidade dos pais, o acompanhamento da educação da criança é efetuado por pessoas que na maioria das vezes sequer são parentes das mesmas, proporcionando dessa forma uma provável deficiência na qualidade da educação. Sendo assim, Paro (2000, p.16) apud Caetano ressalta que o distanciamento entre escola e família não deveria ser tão grande, pois para ele, a escola não assimilou quase nada de todo o progresso da psicologia da educação e da didática, utilizando métodos de ensino muito próximos e idênticos aos do senso comum predominantes nas relações familiares. Para Caetano, aquele autor se remete ao fato de que a atual escola dos filhos, é bastante parecida com a escola que os pais frequentaram, e por isso, estes últimos não deveriam sentir-se tão distanciados do sistema educacional, e também o professor, embora admita a necessidade da participação dos pais na escola, não sabe bem como encaminhá-la. Assim, de acordo com Paro (2000, p. 68) apud Caetano parece haver, por um lado, uma incapacidade de compreensão por parte dos pais, daquilo que é transmitido na escola; por outro lado, uma falta de habilidade dos professores para promoverem essa comunicação. A relação envolvendo a escola e a família precisa estar em perfeita harmonia para que ocorra um processo de educação eficiente, uma vez que a escola é uma instituição que possui o objetivo de complementar o ambiente familiar. Sendo assim, a escola não deve funcionar sem a família e vice-versa, pois uma depende diretamente da outra visando ao desenvolvimento social e educacional das crianças. Segundo Paro (2000, p.15) apud Caetano, além de problemas como professores mal formados e outros, a escola tem falhado também e principalmente porque que não tem dado a devida importância ao que acontece fora e antes dela, com seus educandos. 2 - A Importância da Família na Aprendizagem Infantil A faixa etária na qual a educação infantil atende é marcada pelo desenvolvimento intelectual, social e emocional da criança. Tais desenvolvimentos englobam todo um contexto na quais pais, familiares e até mesmo as instituições de educação infantil contribuem para os mesmo. Mas infelizmente, muitos pais acreditam que por estarem uma grande parte do tempo com a criança, cabem também as instituições de educação infantil o papel de não somente educar a criança, mas sim de cuidá-las de modo assistencial e compensatório, desempenhando o papel da família em relação à criança. Uma das consequências da presença do caráter compensatório nas instituições de educação infantil é de que o mesmo acaba por esconder que as causas do fracasso escolar estão na própria infraestrutura socioeconômica da sociedade. (KRAMER, p.102, 2001). De forma implícita, também, a educação compensatória causa a antecipação da marginalização e a discriminação das crianças das classes sociais dominadas por enfatizar a importância em suprir deficiências e diferenças. Apesar de aparentar ser um local de assistência a criança, a educação infantil possui outro caráter que infelizmente aparece de forma implícita para diversas pessoas. A função das instituições infantis vai além da assistência e do cuidado com a criança pequena, elas contribuem para o desenvolvimento infantil, desenvolvimento da cultura de origem de cada criança; e também ao mesmo tempo situa-se no âmbito de uma política sócio-educativa de apoio a família; sendo que a socialização deve possuir um espaço fundamental nos objetivos da instituição, garantindo a inserção da criança na cultura adulta. A instituição de educação infantil cumpre um papel socializador, propiciando o desenvolvimento da identidade das crianças, por meio de aprendizagens diversificadas, realizadas em situações de interação. As condições de aprendizagem não se dão somente dentro das salas de aulas, mas ocorrem nas brincadeiras, afinal, durante o brincar a criança desenvolve-se fisicamente e intelectualmente. Portanto, as instituições de educação infantil propiciam não só situações de cuidados, mas também brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada que contribuem para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. A educação auxilia o desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas da criança. (Parâmetros Curriculares para Educação Infantil, 1998). Concordo que ao estar frequentando a instituição de educação infantil a criança necessita de uma série de cuidados, tais como: higiene, saúde e alimentação, e também reconheço a impossibilidade de se separar o cuidado e a educação, porém suprir deficiências de saúde e de nutrição não deve se tornar uma responsabilidade e prioridade da instituição infantil, pois cabe aos pais da criança oferecer condições de assistência e sobrevivência a criança. Se o caráter assistencial for enfatizado durante o período escolar na infância não haverá necessidade de se ter professores nas instituições, mas sim enfermeiros e médicos. Ou seja, a educação infantil não possui somente um caráter de assistencialismo e compensação, na verdade deve ser vista como um momento de aprendizagem sendo que ela pode cumprir sua função pedagógica ampliando o repertorio vivencial e de conhecimento das crianças, rumo à autonomia e a cooperação. 3 -CONCEITO E EVOLUÇÃO SOCIAL DA FAMÍLIA A família tem sofrido profundas transformações em sua estrutura, diversificando seu papel diante da evolução social. Durante muito tempo, nem foi objeto de estudos, no entanto é na instituição familiar que vivenciamos a primeira forma de amor com que se tem contato na vida. No antigo modelo tradicional, a família era extensa e patriarcal; os casamentos baseavam-se em interesses econômicos, e a mulher, era destinada a castidade, a fidelidade e a subserviência. Tratava-se de uma estrutura patriarcal e patrimonialista onde tudo, ou quase tudo, era permitido aos pais na criação de seus filhos e todas as relações tinham como principal objetivo a manutenção do patrimônio. Por isso, de acordo com Pereira (1995), era comum aos pais escolherem os maridos ou esposas para seus filhos e filhas e, as crianças somente podiam fazer o que lhes fosse permitido. A educação era baseada, na maioria das vezes, no autoritarismo, na violência e na opressão. Os filhos não tinham vontade própria e deviam obedecer aos pais e aos mais velhos. No modelo tradicional de família cabia ao homem o sustento da mulher e dos filhos; além da manutenção e ampliação do patrimônio. Davies (1994), explicita que, nesse modelo tradicional a escola tinha o papel de ensinar e a família o papel de criar e educar sem interferência de outros entes. De acordo com o mesmo autor: “A escola também era opressora e para repassar os conhecimentos dos quais somente os professores, denominados mestres, eram detentores era permitido e recomendado „abusar‟ do autoritarismo e do uso de castigos físicos e psicológicos.” Gokhale (1980), ao fazer uma breve retrospectiva histórica demonstrou que “a política autoritária predominante até os anos 60, não apenas do Brasil, mas em muitas partes do mundo, fez com que os jovens e, principalmente, as mulheres, se revoltassem contra todo poder instituído, inclusive o patriarcal.” A partir disso, as mulheres começaram a assumir um papel de maior destaque tanto na família quanto na sociedade, seja trabalhando em empregos formais ou ajudando nas despesas domésticas. Com isso, aos poucos, esse modelo tradicional se rompeu e foram surgindo novos modelos de família, como bem ressalta Kaloustian (1988). Segundo Almeida (1987): “Com a revolução feminina a mulher passando a trabalhar fora contribuindo para o sustento do lar e assumindo posições de maior relevância no mercado de trabalho, o homem passou a dividir a responsabilidade pela criação dos filhos e, isso, fez também com que o número de filhos de uma família se tornasse menor, devido, inclusive, às dificuldades advindas pela ausência da mãe, antes presença constante no lar. ” Gokhale (1980), relembra que a adoção de métodos contraceptivos também teve papel de destaque na diminuição do número de filhos de um casal, pois, trabalhando, colaborando com o sustento da família, podendo satisfazer suas necessidades e desejos de consumo, podendo evitar ou adiar a maternidade, a mulher passou a pensar em seu crescimento profissional dedicando muitas horas de seu dia à sua carreira. Assim, as famílias tornaram-se menores e a atenção dispensada pela mãe aos filhos também. A escola passou a desenvolver um papel de cooperação na educação dessas crianças, uma vez que os pais estavam cada vez mais ocupados no trabalho e na divisão de tarefas. Considerando que a família vem-se transformando através dos tempos, acompanhando as mudanças religiosas, econômicas e socioculturais do contexto em que se encontram inseridas, reconhece-se que os papéis dos entes familiares também sofreram alterações. Para Minuchin (1990), essa mudança atinge primeiramente os adultos da família, cujos papéis variam muito. 4 - A FAMÍLIA E A APRENDIZAGEM INFANTIL “A educação infantil começa antes da ida da criança para a escola. A família é o primeiro suporte para essa educação, é ela que lhe satisfaz as necessidades básicas para sua sobrevivência, além de ser a responsável pelo desenvolvimento das qualidades instrumentais (percepção, motricidade, linguagem). Algumas dessas aprendizagens sociais são a linguagem, a capacidade de relacionamento entre os objetos, os acontecimentos ou as ações, etc.” (Kaloustian. 1998) A família, como dito anteriormente, é o primeiro e o principal espaço de formação da criança. É em casa que se inicia o processo de aprendizagem. A criança aprende a alimentar-se, a tomar cuidados com a higiene pessoal, a evitar perigos, etc. Sua formação social éintensa desde cedo, pois os pais começam a estipular horários, locais de passeio e até mesmo a estimular a convivência com determinados grupos sociais. Ao mesmo tempo, também desde cedo, a família começa a auxiliar na formação da personalidade da criança ensinando-lhe o que pode ou não ser feito, corrigindo erros, incentivando acertos, dando-lhe conselhos, etc. Para Gokhale (1980), independente de ser a família formada por pais e filhos, por um dos pais e seus filhos, entre outros, é nela que a criança vivencia experiências que contribuirão para a construção de seus valores éticos e morais. Quando a criança atinge a idade escolar, a família procura a escola que melhor atenda às suas necessidades e a criança é matriculada na Educação Infantil. Nessa fase, pode-se ter a impressão que a responsabilidade familiar é dividida com a escola. Entretanto, isso não acontece, pois,a criança pode sentir-se insegura diante de um mundo novo e desconhecido, exigindo da família maior atenção e dedicação nesse momento marcante e determinante de toda a sua vida escolar. Segundo Cordié (1996), a convivência com pessoas que não lhe são próximas, a troca de experiências com outras crianças, entre outras coisas que não faziam parte de sua rotina podem tornar a chegada na escola um momento muito difícil e decisivo para a criança. Importante ressaltar que esse momento é crucial para a definição da futura vida escolar da criança, pois, de acordo com Cury (2003), é nessa fase que a criança aprende a gostar ou não da escola. Uma situação que lhe cause um trauma pode torná-la uma criança com frequentes problemas na escola. Com o apoio da família preparando e orientando para essa nova fase, essa ruptura com seu mundo particular e seguro da exclusividade de atenção que a criança vivencia em seu lar pode ser mais tranquila, estimulando o prazer pelas atividades escolares. Já na escola, depois dessa fase de adaptação, a família continua a ter papel relevante na educação infantil, pois ela pode influenciar no processo de aprendizagem. Essa participação se torna mais efetiva à medida que os pais participam de reuniões, conhecem o projeto político-pedagógico da escola e se inteiram das necessidades escolares de seus filhos. De acordo com Marques (1993): “A família é uma fonte de ajuda ativa para a criança se for "saudável", se for um grupo bem organizado e estável, onde o sistema de autoridade seja claro e aceitável, onde a comunicação seja aberta, e onde os membros exerçam controle e apoio. É na família que se gera o prazer, a alegria que a criança sente à sua volta, indispensável ao seu desenvolvimento”. O apoio dos pais é de suma importância tanto na participação efetiva na escola quanto auxiliando nas atividades levadas para casa, onde os mesmos devem mostrar-se sempre interessados no bom desenvolvimento da criança. Marques (1993), define a participação presencial da família na escola, e viceversa, como vínculos suplementares, ou seja, pessoas que convivem em ambiente diferentes, mas são impelidas a se relacionar devido a um indivíduo que transita entre os dois contextos, no caso a criança. O convívio familiar influencia sobremaneira o desenvolvimento escolar da criança, em especial na educação infantil, pois nessa fase a criança não apresenta, ainda, maturidade para dissociar o contexto escolar do contexto familiar. Abordando os aspectos pedagógicos da família, Nogueira (1998) explica que a participação dos pais na vida escolar dos filhos pode influenciar de modo efetivo o desenvolvimento escolar dos filhos. Sabendo que a educação não começa na escola, que esse início se dá no seio da família, onde a criança passa por várias fases de desenvolvimento afetivo e cognitivo, precisando sentir-se suprida em suas necessidades básicas, é importante para o desenvolvimento da criança, que ela encontre um ambiente estável, onde o amor e a atenção sejam base para uma estruturação emocional e intelectual dentro de parâmetros que possibilitem progresso na ação educacional. A educação e a formação da criança estão diretamente vinculadas à participação dos pais nesse processo, uma vez que para interpretar o mundo, toda criança precisa do apoio deles. A relação família-criança é um dos elementos que determinam um bom rendimento escolar, pois é na família que as crianças encontram os exemplos a serem seguidos e, principalmente, é na família que a criança recebe educação para a vida: com limites, atenção, bons ou maus exemplos, etc. 5 - O PAPEL DA ESCOLA ”A Educação Infantil é um dos períodos mais significativos da vida da criança, pois lhe apresenta um mundo diferente do que ela está acostumada e lhe proporciona novas experiências, ao mesmo tempo em que marca o começo de sua independência em relação à família”. (Marques. 1993) Nesse período a criança passa a receber influências de outras crianças e de comportamentos diferentes dos vivenciados em família. Tudo o que ela aprendeu no convívio familiar passará a ser utilizado na convivência com outras pessoas. Ela começará a trocar experiências, ter que dividir, ganhar e perder em situações que antes só lhes eram favoráveis. A rotina escolar é diferente da rotina familiar e essas mudanças são muito significativas para a criança. Por isso, a parceria entre a família e a escola é tão importante. Relembrando que os papéis da família e da escola, antes prioritariamente repressores, modificaram-se ao longo das últimas décadas e que uma das principais diferenças, segundo Costa (2000), “refere-se à transmissão do conhecimento, pois antigamente, essa transmissão dava-se apenas na escola, a agência por excelência destinada à transmissão dos conhecimentos acumulados pela sociedade”, enquanto que à família cabia ensinar valores e padrões de comportamento. Nesse ínterim, cabia à escola ensinar e à família educar na verdadeira acepção dos termos. Ainda segundo o autor: “Atualmente, a família tem passado para a escola a responsabilidade de instruir e educar seus filhos e espera que os professores transmitam valores morais, princípios éticos e padrões de comportamento, desde boas maneiras até hábitos de higiene pessoal. Justificam alegando que trabalham cada vez mais, não dispondo de tempo para cuidar dos filhos. Além disso, acreditam que educar em sentido amplo é função da escola.” Contraditoriamente a essa expectativa em relação à função da escola, Di Santo (2005)1, as famílias, sobretudo as desprivilegiadas, não valorizam a escola e o estudo, que antigamente eram visto como um meio de ascensão social. Segundo Alves Pequeno (2004)2 “a escola, por sua vez, afirma que o êxito do processo educacional depende, e muito, da atuação e participação da família, que deve estar atenta a todos os aspectos do desenvolvimento do educando.” Relações entre a escola e a família, além de supostos ideais comuns, baseiam-se na divisão do trabalho da educação das crianças e envolvem expectativas recíprocas. Na verdade, conforme afirma a psicopedagoga Neide Noffs3: “(...) os papéis que pais e professores desempenham na primeira infância, na educação e no desenvolvimento da criança, estão muito próximos e devem mesmo ser complementares. Pode-se dizer que a família é o primeiro ensinar, pois são os pais que transmitem os valores com os quais desejam formar o filho para a vida. À escola cabe ampliar as ações que se iniciaram na família” Para que a relação família-escola seja produtiva, não basta que a família se disponha a fornecer o apoio necessário ao desenvolvimento escolar de seu filho, “a escola deve contemplar em seu projeto político-pedagógico a participação da família através de reuniões, projetos comunitários, voluntariado, etc.” (Davies. 1994), pois, especialmente de 0 aos 6 anos, quando a criança vai para a escola, a tarefa de educar está intimamente ligada aos cuidados que a criança exige, mas não se resume a isso. O tempo todo, com suas atitudes, pais e professores estão educando as crianças, pois, segundo Cury (2003), estas observam suas posturas diante de situações cotidianas e acabam por „imitar‟ determinados comportamentos de ambos, assimilando-os como exemplos. Além disso, a escola deve contemplar a participação da família em conselhos administrativos possibilitando aos pais interferir diretamente no funcionamento da escola, apresentando sugestões e tomando decisões quanto ao planejamento de atividades e a realização de políticas escolares. Os pais podem e devem ser chamados pela escola a interferirem nas questões de comportamento e ética e, até mesmo, na disposição das disciplinas. Além disso, a escola pode oferecer palestras, cursos e outros momentos que possibilitem a interação entre as famílias para a troca de experiências. A família pode contribuir muito com a organização escolar oferecendo, inclusive, serviços voluntários nas escolas que enfrentam dificuldades. Conforme Gokhale (1980): “Tudo isso depende da estruturação do projeto político-pedagógico da escola, que deve reconhecer a importância da participação familiar e utilizar todos os recursos disponíveis para proporcionar oportunidades de contato com os pais, passando-lhes informações e solicitando-lhes sugestões e decisões”. Segundo Almeida (1987), “o trabalho dos pais integrado à escola torna-se essencial para que ambos falem a mesma linguagem, auxiliando na aprendizagem do educando”. Para Costa (2000)4, “é importante que os pais participem constantemente das atividades proporcionadas pela escola, incentivando seus filhos para o mesmo, pois esta união de esforços enriquecerá todo o processo de ensino-aprendizagem”. Para Di Santo (2005), é papel da escola instruir os pais acerca do comportamento adequado na orientação das atividades escolares e mesmo nas atividades cotidianas que auxiliem no desenvolvimento da aprendizagem. Dúvidas e esclarecimentos também cabem à escola que, por ter uma equipe especializada, deveria ter condições de promover debates, ensinar, orientar, trocar informações sobre os mais diversos assuntos de interesse da comunidade escolar5. À escola cabe planejar os objetivos, transformando a realidade num processo contínuo e dinâmico, com uma proposta pedagógica coerente com a sua clientela, reconhecendo que a aprendizagem é constituída na interação do conhecimento, na realidade e vivência no âmbito familiar. 6 - A FAMÍLIA E O DESEMPENHO ESCOLAR O ambiente familiar, bem como suas relações com o aprendizado escolar revelase um campo pouco explorado, porém muito importante para o desenvolvimento e aprendizagem das crianças. Como vimos a legislação estabelece que a família deva desempenhar papel educacional e não incumbir apenas à escola a função de educar, art. 205 – Constituição Federal. Nesse sentido, pode-se afirmar que a família é fundamental na formação de qualquer indivíduo, culturalmente, socialmente, como cidadão e como ser humano, visto que, todo mundo faz parte da mais velha das instituições que é a família. Porém, ao tratarmos da família relacionando-a com a escola, faz-se necessário um estudo sobre o panorama familiar atual, não esquecendo que a família através dos tempos vem passando por um profundo processo de transformação. A família é o primeiro e principal contexto de socialização dos seres humanos, é um entorno constante na vida das pessoas; mesmo que ao longo do ciclo vital se cruze com outros contextos como a escola e o trabalho. (EVANGELISTA; GOMES, 2003, p.203) E como nos diz PRADO (1981) a família não é um simples fenômeno natural, mas pelo contrário, é uma instituição social que varia no tempo e apresenta formas e finalidades diferentes dependendo do grupo social em que esteja. As mudanças pelas quais a sociedade tem passado atualmente em decorrência de aceleradas informações, os grandes avanços tecnológicos e tantos outros fatores já mencionados no decorrer deste estudo, tem repercutido na estrutura da família e consequentemente da escola. Portanto, faz-se necessário também voltar nossa atenção para a escola que, apesar das mudanças, continua exercendo a função de transmitir conhecimentos científicos. Entretanto, a escola tem encontrado dificuldades em assimilar as mudanças sociais e familiares e incorporar as novas tarefas que a ela têm sido delegadas, embora isso não seja um processo recente. No entanto, a escola precisa ser pensada como um caminho entre a família e a sociedade, pois tanto a família quanto a sociedade voltam seus olhares exigentes sobre ela. A escola é para a sociedade uma extensão da família, porque é através dela que a sociedade consegue influência para desenvolver e formar cidadãos críticos e conscientes. Na verdade, encontrar formas de interagir com as famílias e comunidade de modo a favorecer um trabalho conveniente e propício a todos se constitui num grande desafio para a escola. Diante dessas premissas, percebe-se que o papel da escola supera a condição de mera transmissora de conhecimentos. Lembrando SYMANSKY (2001), o papel da escola na contribuição do sujeito, quer em seu desenvolvimento pessoal ou emocional é primordial. Sendo assim, faz-se necessário que a escola repense sua prática pedagógica para melhor atender a singularidade de seus alunos, o que a obriga a uma parceria com a família, de forma a atingir seus objetivos educativos. É importante que a escola busque estreitar suas relações com a família em nome do bem-estar do aluno. Ficou claro durante a implementação do projeto que, para maior fluência desses objetivos, a escola necessita da participação efetiva da família. Por outro lado, a família também se sente mais segura quando é orientada mais de perto pelos profissionais da escola. As responsabilidades da escola hoje vão além de simples transmissora de conhecimento científico. Sua função é muito mais ampla e profunda. Tem como tarefa árdua, educar a criança para que ela tenha uma vida plena e realizada, além de formar o profissional, contribuindo assim para melhoria da sociedade em questão. Como Afirma TORRES: [...] uma das funções sociais da escola é preparar o cidadão para o exercício da cidadania vivendo como profissional e cidadão. (TORRES, 2008. p. 29). O que quer dizer que a escola tem como função social democratizar conhecimentos e formar cidadãos participativos e atuantes. Vida familiar e vida escolar perpassam por caminhos concomitantes. É quase impossível separar aluno/filho, por isto, quanto maior o fortalecimento dessa relação família/escola, tanto melhor será o desempenho escolar desses filhos/alunos. Nesse sentido, é importante que família e escola saibam aproveitar os benefícios desse estreitamento de relações, pois isto irá resultar em princípios facilitadores da aprendizagem e formação social da criança. [...] tanto a família quanto a escola desejam a mesma coisa: preparar as crianças para o mundo; no entanto, a família tem suas particularidades que a diferenciam da escola, e suas necessidades que a aproximam dessa mesma instituição. A escola tem sua metodologia e filosofia para educar uma criança, no entanto ela necessita da família para concretizar o seu projeto educativo. (PAROLIM, 2003, p. 99) Em vista disso, é que destacamos a necessidade de uma parceria entre Família e Escola, visto que, apesar de cada uma apresentar valores e objetivos próprios no que se refere à educação de uma criança, necessita uma da outra e, quanto maior for à diferença maior será a necessidade de relacionar-se. Essas diferenças e necessidades ficaram evidentes durante as entrevistas e reuniões realizadas com as famílias para a realização deste trabalho. Porém, é importante ressaltar que nem a escola e nem a família precisam modificar a forma de se organizarem, basta que estejam abertos à troca de experiências mediante uma parceria significativa. A escola não funciona isoladamente, faz-se necessário que cada um dentro da sua função, trabalhe buscando atingir uma construção coletiva, contribuindo assim, para a melhoria do desempenho escolar das crianças. 7 – INTERAÇAO ENTRE O ALUNO E A FAMÍLIA A partir das interações entre a família e a criança desenvolve-se o conhecimento. Afamília é o primeiro ambiente de convivência do ser humano, os adultos são referência para a criança em desenvolvimento, e é assim que são aprendidos valores éticos e participações de experiências repletas de significados afetivos, representações, juízos e expectativas. As instituições de Educação Infantil são complementares à educação recebida pela família, pois a educação inicial da criança deve ser realizada pelos familiares. Estamos vivendo em um período que os pais terceirizam a educação de seus filhos,pensam que ao contratar uma empregada doméstica, babá, ou uma instituição de ensino,delegam a educação das crianças a esses, sentindo-se isentos de suas obrigações.Esse estudo é triplamente interessante, primeiramente porque trata de informações quepreocupam educadores; social, pois se pode discutir e convencer professores, pais e a sociedade em geral sobre a importância do tema abordado; científico, por ser um material que poderá nortear os interessados na parceria entre a família e a escola. Como objetivo geral o trabalho busca demonstrar a importância da parceria escola efamília, e suas contribuições para o desenvolvimento da criança. Como objetivos específicos o estudo se propõe: a) fazer uma reflexão teórica a partir dos autores Montessori e Froebel; b) destacar o papel da família na sociedade contemporânea; c) mostrar as Diretrizes e Parâmetros de Qualidade para a educação infantil com a finalidade de esclarecer que a Educação Infantil é um direito da criança e das famílias, sendo que o poder público tem o dever de garantir o atendimento em creches e pré-escolas, quando a família decide compartilhar com o Estado o dever de educar seus filhos. E mostrar alguns pontos relevantes, em leis voltadas para a Educação Infantil. A escola propicia a socialização da criança, mas é a família um dos maiores responsáveis pela educação e desenvolvimento dos filhos. A educação infantil é a primeira etapa da educação básica e tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. A escola responde a necessidade de mães e pais trabalhadores e tem como objetivo principal assegurar o direito da criança à educação. Quando a família valoriza a aprendizagem estimula no filho o mesmo. O interesse dos pais no que seus filhos produziram, aprenderam, faz com que eles sintamse valorizados em relação ao que fizeram. Ao longo dos anos pôde-se observar a diferença nas crianças que tinham uma relaçãoentre a família e a escola, dentre eles pode-se relatar o caso de uma menina. A família dessa menina desempenha um papel fundamental na educação, mesmo trabalhando fora, os pais acompanham de perto o desenvolvimento da filha, participam dos eventos e reuniões bimestrais e sempre que necessário utilizam-se da agenda escolar para comunicar fatos relacionados à criança. Durante o momento da rodinha, a criança participa das atividades de expressão oral com desenvoltura, manifestando suas idéias de forma organizada e articulando as palavras com clareza, Durante todo ano letivo ela teve facilidade de socialização e de assimilar os conteúdos, e isso ocorreu devido à parceria da professora com a família. Porque só a escola não teria tanto sucesso, sendo que as crianças que não são estimuladas pelos pais, aqueles que deixam a educação dos filhos somente na responsabilidade da escola, não tiveram o mesmo êxito. É interessante que quando algo não vai bem na esfera familiar, os sintomas aparecemna escola, tais como: as dificuldades de aprendizagem, dificuldades em disciplina e naparticipação em grupo. Quando os sintomas logo se destacam educadores devem procurar conversar com os pais pessoalmente, através da agenda, fazer reuniões para juntos chegarem a uma solução. Quando os pais se esquivarem, e quando a situação do aluno não estiver boa, os pais, na maioria dos casos, procuram a diretora da escola e acusam os professores de não ter educado a criança. Em grande parte dos casos analisados, os filhos não têm limites, não conseguem interagir com os colegas e apresentam comportamento agressivo, sendo a culpa atribuída aos professores. Quando não existe a parceria escola e família, a situação fica complicada, pois para o aluno obedecer as regras na escola, sendo que em casa os pais não exercem a sua autoridade. Quando algo não está bem em casa, quando a estrutura familiar não possibilita harmonia, ou quando os pais não se interessam pelo que seu filho faz, o reflexoaparecerá na escola. Para Winnicott (2005) é função principalmente da mãe cuidar e educar o filho, alémde proporcionar um ambiente estimulante para o desenvolvimento saudável da criança. Cada pai deve ser um especialista em seu filho, e devem fazer o possível para manter a família unida, tornando o lar para a criança um porto seguro, com o objetivo de acontecer um desenvolvimento infantil saudável e equilibrado. Segundo Montessori (1983) a mãe por meio do contato deverá transmitir à criança calor humano, afagos e carinhos, além de defender a importância do ambiente familiar. À família e à escola cabem o cuidado de atender pelo ambiente e relacionamento adequados às transformações que a criança realiza em seu crescimento, para permitirlhe chegar a idade adulta em plena e harmoniosa normalidade integral. De acordo com Froebel (2001) é fundamental a vida em família, e infelizmente muitospais desprezam os primeiros estágios do desenvolvimento, forçando os filhos a pularemetapas, sendo que neste primeiro momento a criança precisa de amor, atenção, cuidado eincentivo. Froebel nas cartas às mães orientava-as a brincar com seus filhos, estimular arepresentação simbólica utilizando músicas, danças, movimentos e o corpo. 8 - FAMÍLIA E ESCOLA PARCERIA NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA A sociedade moderna é constituída por vários tipos de família. Família nuclear formada por pai, mãe e filhos e a família contemporânea, casais divorciados, mães como chefe de casa, uniões homossexuais, pais adolescentes e todo tipo de união que ocorre hoje. Segundo Sarat (2001), antigamente as mulheres cuidavam do lar e das crianças, mascom as transformações na sociedade a mulher passou a ser operária. Então, desde que amulher passou a integrar o mercado de trabalho, houve a necessidade de modificar oatendimento para as crianças, surgindo assim locais destinados para oferecer assistência ascrianças, somente com o sentido de cuidado, segurança, bem-estar, higiene, proteção e alimentação. Não havia ainda uma preocupação com a educação para os pequeninos. Na opinião de Sarat (2001), posteriormente foram criadas instituições denominadas creches ou pré-escolas que ofereciam não só o cuidado, mas educação enriquecendo e completando as experiências das crianças. A escola é uma instituição que complementa a família e juntas tornam-se lugares agradáveis para a convivência das crianças. Há um grande número de instituições privadas de educação infantil em todo o Brasil,muitas sem a documentação necessária para o funcionamento, mas isto é em decorrência da mulher estar atuante no mercado de trabalho e precisar de um local para deixar os filhos. É importante lembrar que a escola não substitui a relevância do convívio familiar na formação da criança. E imprescindível que a família exerça o seu papel de cuidar e educar a criança, alémde possibilitar um diálogo e uma relação entre a escola e a família, mesmo com toda dificuldade da sociedade contemporânea, todos não devem medir esforços para encontrar tempo e conviver com os filhos, não é a quantidade de horas, mas a qualidade dedicada ao filho, ouvindo-o, contando histórias, cantando e brincando, infelizmente famílias estão com lacunas porque não aproveitam esses preciosos momentos. Nesse sentido, verifica-se que a família e a escola dependem uma da outra, necessitando de uma parceria entre elas. A necessidade de se construir uma relação entre escola e família, deve ser para planejar, estabelecer compromissos para que a criança tenha uma educação de qualidade em casa e na escola. 9 - CONSIDERAÇÕES FINAIS Assim como toda a sociedade, família e escola sofreram, ao longo dos anos, profundas mudanças em sua estrutura. Essas mudanças fizeram alterar ao longo dos anos os papéis da escola e da família na educação infantil. A escola deixou de ser apenas responsável pela alfabetização e o repasse de conhecimentos para se tornar educadora, desempenhando ao lado dos pais a função de fornecer à criança uma boa formação global. Os pais estão cada vez mais comprometidos com assuntos externos à educação dos filhos, o que faz com que parte dessa tarefa seja delegada à escola. Os meios de comunicação, a capacidade de consumo e as diversas interferências na educação infantil também são notórias no decorrer do desenvolvimento escolar. Por isso, conclui-se que uma relação produtiva entre a escola e a família inclui ganhos para a família (coesão, empoderamento.) para a escola (eficácia), para os estudantes (o sucesso de todos) e para a sociedade (a construção democrática a partir da base e do cotidiano). As escolas devem se adaptar a essa nova função de educadora solicitando e possibilitando uma participação ampla da família no contexto escolar, uma vez que a função primordial de educar é da família e que a escola deve ser coadjuvante nesse processo. Sendo a Educação Infantil um marco na vida escolar da criança, é preciso que o profissional dessa modalidade esteja preparado para lidar com as famílias, consciente de que nem todas terão a mesma reação diante da solicitação de sua participação ativa na vida escolar de seu filho. Através do estudo realizado, pode-se perceber que alguns pais sentem realmente a necessidade dessa interação com a escola e, por isso, se tornam mais fáceis de lidar. Outros, entretanto, precisam ser conscientizados de sua importância para o desenvolvimento da aprendizagem de seu filho. Por isto a função da escola não é fácil e exige habilidade para lidar com estas situações. É preciso buscar formas de atrair os pais à escola fazendo-os sentirem-se imprescindíveis na formação de seu filho, não somente na formação do caráter e do comportamento, mas na formação plena e global deste como indivíduo. Observa-se que a criança necessita de atenção, cuidado, amor, afeto e incentivo. Quando a família proporciona um ambiente saudável e cuida das necessidades da criança, ocorre um progresso em suas pessoais potencialidades e, futuramente, serão adultos com êxito. Fica na responsabilidade da família e instituições de educação infantil assumir e desempenhar a sua função, sempre uma completando a outra, não permitindo lacunas, assim teremos uma educação infantil que visa a qualidade e não a quantidade, lembrando que a criança é um ser ativo, competente e produtor de cultura, mas que depende dessa integração para se desenvolver. É relevante a parceria entre escola e família quando as mesmas têm um objetivo comum, assim as crianças alcançarão o sucesso. A Educação Infantil marca a chegada da criança na escola, sendo fator determinante de seu futuro como aluno. Por isso, pais e escola devem estimular a criança em suas primeiras aprendizagens escolares para que o ambiente escolar seja prazeroso para a criança. 10 –REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Gesell, A. Criança dos 0 aos 5 anos. São Paulo, Martins Fontes, 1992. De La Taille, Y. Limites: Três Dimensões Educacionais. São Paulo, Ática,1998. Lima, Vanessa. A Precocidade do Processo de Alfabetização: Considerações Acerca da Prontidão da Criança. In: Revista Psicologia Ciência e Profissão, 2001. Ariés, P. História Social da Criança e da Família. Rio de Janeiro, Guanabara, 1981. Cerisara, Ana Beatriz. "A Educação Infantil e as Implicações Pedagógicas do Modelo Histórico Cultural", in Caderno Cedes. Campinas: UNICAMP, 2000. Cunha, Marcus Vinícius. A Desqualificação da Família Para Educar; in Cadernos de Pesquisa da Fundação Carlos Chagas, 102, 1997. Cunha, Marcus Vinícius. 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Professora graduada em Pedagogia pela Faculdade de Educação de Tangará da Serra, Especialista e Interdisciplinaridade na Educação Básica. Lotada na Escola Municipal de Educação Básica “13 de Maio”. Em Nova Olímpia – MT.