alterações psíquicas influenciadas pelo estado gravídico

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ALTERAÇÕES PSÍQUICAS INFLUENCIADAS PELO
ESTADO GRAVÍDICO/PUERPERAL
Andréia Siqueira Tenório1
Elke dos Santos Brito2
Thaís Ferreira da Silva3
Patrícia Malta Pinto4
RESUMO
Pesquisa de caráter bibliográfico, descritiva e qualitativa que tem como objetivo
analisar as alterações psíquicas influenciadas pelo período gravídico/puerperal e
descrever os fenômenos tristeza materna, depressão pós-parto e psicose puerperal;
facilitar o entendimento sobre os diagnósticos diferenciais e a identificação dos quadros
e fatores associados às alterações psíquicas relacionadas a este período, cuja assistência
sistematizada de enfermagem deve oferecer à mulher um cuidado de forma integral na
preservação e promoção de sua integridade psíquica durante a gestação e puerpério. A
pesquisa realizou uma revisão em 60 artigos científicos do acervo da biblioteca da
Universidade Vale do Rio Doce – UNIVALE, no período de 1985 a 2010 e, da
biblioteca eletrônica Scientific Electronic Library Online – SciELO e no site do
Ministério da Saúde. Os dados evidenciaram que as alterações psíquicas podem ser
desencadeadas por diversos fatores associados inclusive o próprio período gravídico/
puerperal devido às mudanças e estressores comuns dessa fase. Assim, revelou que a
ocorrência dessas alterações pode estar associada a uma estrutura pré-existente na
mulher de ordem neurótica ou psicótica que frente a fatores precipitantes desenvolverá
tais fenômenos. Portanto, a atuação do enfermeiro no pré- natal e puerpério deve
promover completa atenção à mulher inclusive nos aspectos psicossociais.
Palavras-chave: Depressão pós-parto. Psicose puerperal. Enfermagem. Puerpério.
1 INTRODUÇÃO
críticos
da
vida
da
mulher,
por
caracterizar-se como um período de
Conforme Araújo et al. (2009), a
gravidez constitui um dos momentos
1
transição
no
desenvolvimento
da
personalidade marcado por mudanças
Acadêmica do curso de enfermagem pela Universidade do Vale do Rio Doce
[email protected];
2
Acadêmica do curso de enfermagem pela Universidade do Vale do Rio Doce
[email protected];
3
Acadêmica do curso de enfermagem pela Universidade do Vale do Rio Doce
[email protected]
4
Professora orientadora do curso de enfermagem pela Universidade do Vale do Rio Doce
[email protected]
complexas
do
metabolismo,
da
identidade, mudanças envolvidas nos
atenção para manter ou recuperar o bem
estar e prevenir dificuldades futuras.
aspectos de papel social, necessidade de
novas
adaptações,
interpessoal
e
reajustamento
intrapsíquico.
Tais
Falcone et al. (2005) ainda
apontam que as taxas de prevalência das
síndromes
psiquiátricas
puerperais
alterações compõem os momentos de
corroboram a importância de se conhecer
crises
e
responsáveis
por
importantes
de
geralmente
observadas
trimestre
de
mudanças
comportamento
gestação
no
primeiro
tais
transtornos na assistência à Saúde da
Mulher, já que cerca de 20 a 40% das
mulheres relatam alguma perturbação
resultantes das tentativas de adaptação às
emocional no período pós-parto e 85%
perturbações transitórias deste período.
das
et
al.
que
precocemente
são
Araújo
e
diagnosticar
(2009)
ainda
mulheres
apresentam
algum
distúrbio de humor nesse período.
afirmam que, as mudanças que se
Os
transtornos
psiquiátricos
iniciam no puerpério têm a finalidade de
foram classificados de maneiras diversas
restabelecer o organismo da mulher à
na
situação pré-gravídica e ocorrem não
Internacional das Doenças (CID-10),
somente nos aspectos endócrino e no
eles não são considerados distúrbios
sistema
o
mentais específicos do puerpério, mas
grande
sim associados a ele, ou seja, o parto
adaptação psicológica frente à nova
atua como um fator desencadeante
realidade, o que evidencia que a mulher
devido à fragilidade psicológica na qual
nesse momento deve ser vista como um
a mulher se expõe (SILVA; BOTTI,
ser
2005).
genital,
organismo,
mas
além
integral,
em
de
não
todo
uma
excluindo
seu
componente psíquico.
literatura.
Na
Décima
Revisão
Alt e Benetti (2008) relatam que
De acordo com Falcone et al.
dentre as eventuais alterações psíquicas
(2005); Silva e Botti (2005), o período
no
gravídico/puerperal torna-se uma fase de
melancolia da maternidade (baby blues
maior
transtornos
ou tristeza materna), a depressão e a
psíquicos na mulher cuja intensidade das
psicose puerperal que variam entre si em
alterações
diversos aspectos clínicos.
fatores
incidência
psíquicas
como
de
dependerão
conjugais,
de
familiares,
puerpério,
Sidon
que,
podemos
e
citar
Canizares
apesar
da
a
(2002)
sociais, culturais e de personalidade que
afirmam
grande
apontam para a necessidade especial de
incidência das síndromes depressivas
puerperais e das graves consequências
biblioteca da Universidade Vale do Rio
ocasionadas por elas, ainda não existe
Doce – UNIVALE e dos sistemas
ênfase dos serviços de saúde para a
informatizados
prevenção,
Electronic Library Online - SciELO e no
identificação
precoce
e
tratamento dessas patologias.
de
busca
Scientific
site do Ministério da Saúde. Como
Diante da relevância do assunto,
descritores
utilizou-se:
puerpério,
deparou-se com a escassez de dados
gestação, parto, depressão pós-parto,
epidemiológicos
às
tristeza
período
neurose
alterações
relacionados
psíquicas
gravídico/puerperal,
do
contudo,
ao
vislumbrar parentes e pessoas próximas
materna,
e
psicose
psicose,
puerperal,
psicopatologia,
assistência de enfermagem e intervenção
de enfermagem.
que nesse período desenvolveram tais
alterações psíquicas, o estudo firmou-se
3
GESTAÇÃO,
no intuito de pesquisar as alterações
PUERPÉRIO
PARTO
E
psíquicas influenciadas pelo período
gravídico/puerperal
descrever
Lomba e Lomba (2006); Ziegel;
especificamente os fenômenos tristeza
Cranley (1985) caracterizam a gestação
materna, depressão pós-parto e psicose
em
puerperal
os
sensivelmente a vida não só da mulher,
diagnósticos e a assistência adequada
mas do casal. Tendo sido uma gravidez
nesse período.
planejada e desejada, ela será recebida
e,
e
assim,
entender
um
período
que
mudará
com muita alegria, sendo indesejada,
2 METODOLOGIA
será
vista
como
mal-estar,
medo,
angústia e preocupação e, em muitos
Trata-se de um estudo de revisão
bibliográfica
de
cunho
da gestação é de 38 a 40 semanas e esta
em
livros,
contagem se dá a partir da última
artigos, monografias e periódicos, para
menstruação. Nesse período, ocorrem
levantamento e análise do que já se
mudanças físicas como aumento da
produziu sobre o assunto escolhido como
sensibilidade e tamanho das mamas,
tema de investigação, disponíveis no
distensão do abdome em função do
Brasil, no período de 1985 a 2010. A
crescimento fetal, escurecimento das
identificação das fontes bibliográficas
regiões vulvar, aréolas, axilas e virilhas,
foi realizada através de acervos da
aparecimento de estrias, em alguns casos
descritivo,
qualitativa
casos, o arrependimento. O tempo total
com
buscas
cloasma gravídico, ganho de peso,
após a dequitação e evolui até a volta do
edema em membros inferiores, cansaço,
organismo materno as condições pré-
físico e câimbras musculares. Podem
gravídicas. Porém, quanto ao término,
também ocorrer mudanças fisiológicas
não
como
de
opiniões, pois a extensão desse período
imunológicas,
pode variar de 4 a 6 semanas, ou até um
aumento
hormônios,
alteração
da
alterações
na
produção
frequência
urinária,
constipação, alteração da frequência
se
observa
uniformidade
de
ano e englobando o período de lactação
(ABRÃO et al., 2002).
respiratória (em função da compressão
Conforme
Ziegel
e
Cranley
do feto sobre o diafragma), enjoos, entre
(1985); Abrão, Barros e Marin (2002) o
outras .
puerpério classifica-se em três etapas
Conforme
Lomba
e
Lomba
sendo elas: puerpério imediato, que vai
(2006), cada mulher irá enfrentar as
do momento posterior ao parto até o 10º
transformações de seu corpo de forma
dia pós-parto, o puerpério mediato ou
diferente: umas irão se orgulhar e outras
tardio, que vai do 11º dia pós-parto ao
tendem a sentirem-se feias com tantas
42º dia pós-parto e o puerpério remoto,
modificações. A preocupação com o
que inicia-se a partir do 43º dia pós-parto
parto e o bebê é cada vez maior e,
em diante. O puerpério poderá ser
quanto mais se aproxima o período do
normal quando transcorre com uma
parto, mais comuns são os sentimentos
evolução satisfatória ou será patológico,
de medo e ansiedade.
quando
Sabe-se que o parto é um
retirado
do
útero
materno
e
mulher
apresentar
complicações clínicas .
procedimento pelo qual o bebê é expulso
ou
a
Silva e Botti (2005) ressaltam
que, em primíparas sentimentos de
geralmente pode ocorrer de forma
ansiedade,
natural conhecida como parto normal, ou
outros, somatizam-se e produzem o
de
quadro de instabilidade ainda maior do
forma
cirúrgica,
denominada
cesariana (LOMBA; LOMBA, 2006;
que
ZIEGEL; CRANLEY, 1985).
desenvolvimento
Já
o
puerpério
é
o
medo,
natural
ao
esperança,
puerpério
desse
entre
e
o
processo
também
transitório está interligado diretamente
conhecido como pós-parto, sobreparto,
às reações apresentadas diante dos fatos,
dieta ou resguardo. Seu conceito é
ou seja, a compreensão e a passagem não
descrito por diversos autores que são
só da mulher, mas da família como um
unânimes ao dizer que seu início se dá
todo pelo puerpério, será o limiar entre a
separação corporal definitiva. Este é o
saúde e a doença.
significado mais angustiante do parto,
que se não for bem elaborado, pode
4
ASPECTOS
PSÍQUICOS
NECESSIDADES
E
trazer uma depressão muito intensa à
PSICOSSOCIAIS
puérpera devido a dualidade entre a
PERÍODO
situação da perda da gravidez e do
DO
GRAVÍDICO/PUERPERAL
adquirido - o bebê.
Silva et al. (2003); Alt e Benneti,
após
Silva et al. (2003) afirmam que
(2008) reforçam que em termos de
o
entendimento
parto,
ocorrem
reações
psicodinâmico,
o
conscientes e inconscientes na puérpera,
nascimento da criança representa o
dentro de seu ambiente familiar e social
rompimento da relação simbiótica entre
imediato, ativando profundas ansiedades.
o bebê e a mãe e esse processo de
A secção do cordão umbilical separa
separação, pode desencadear na mãe
para sempre o corpo da criança do corpo
vivências
materno,
reativadas por conflitos e lutos mal
deixando
uma
cicatriz,
denominada umbigo, que marca essa
depressivas
e
psicóticas
elaborados na infância.
separação. Assim, no inconsciente, o
A
maternidade
pode
ser
parto é vivido como uma grande perda
compreendida como um resgate da
para a mãe, muito mais valorizada do
identidade materna que quando dá a luz
que o nascimento de um filho. Ao longo
a uma criança do sexo feminino revive
dos meses de gestação, a criança é
sua história em relação à própria mãe de
sentida pela mãe como algo apenas seu,
forma
fazendo parte de si e, com o parto, torna-
sentimentos ambivalentes, resultantes da
se um ser diferenciado dela, com vida
dificuldade da elaboração da própria
própria e que deve ser compartilhado
identidade feminina (ALT; BENNETI,
com as demais pessoas a sua volta.
2008).
mais
intensa
ocorrendo
Sendo assim, a mulher emerge da
situação de parto num estado de total
confusão,
como
se
lhe
tivessem
Alt e Benneti (2008) afirmam que
as
dificuldades
que
até
então
se
arrancado algo muito valioso ou como se
encontravam reprimidas e intrapsíquica
ela tivesse perdido partes importantes de
tornam-se
si mesma. Tanto quanto na morte, no
interpessoal, pois o filho passa a
nascimento
representar uma efígie viva de objetos
também
ocorre
uma
manifestas
e
de
caráter
internos antes recalcados, por isso as
neuroquímicas, hormonais ou, ainda,
pulsões e fantasias podem ser atuadas.
aqueles associados a agravos menstruais,
Frente a tais eventos, a mulher que
de
desenvolve um quadro de depressão ou
biológica, resultados esses, obtidos por
psicose
meio de modelos multifatoriais de
puerperal,
pode
mencionar
personalidade,
de
desejos de suicídio ou de infanticídio.
causalidade.
Soifer apud Alt e Benneti (2008)
brasileiros
apontam
esclarece que o desejo de matar o
depressão
e
próprio filho ou até mesmo o próprio ato
depressão como fatores de risco para o
de matar (infanticídio) é resultado de
suicídio em mulheres em idade fértil.
uma parte do ego (ego=eu no mundo)
Sendo
predisposição
assim,
o
história
estudos
quadro
de
familiar
de
Soifer apud Alt e Benneti (2008)
materno, que se encontra arruinado por
ressalta
um objeto interno muito ameaçador (o
manifestação psicopatológica possível,
bebê). A morte da criança frente a este
já que a mãe aparentemente mostra
evento significará para a mãe em crise, a
alegria e satisfação com o filho, mas
eliminação da dor, do terror e do objeto
deixa-o aos cuidados de outras pessoas
que a aterroriza.
num estado permanente de tensão,
Frente
à
complicação
dos
que
a
mania
é
outra
irritabilidade e hiperatividade.
transtornos psíquicos influenciados pelo
Sabe-se que todo ciclo gravídico/
puerpério a mulher acometida por grave
puerperal é considerado período de risco
alteração psíquica, pode cometer ato
para o psiquismo devido à intensidade da
infracional, como o citado no artigo 123
experiência vivida pela mulher e o
do código penal brasileiro que diz:
suporte emocional e familiar advindo de
“Matar
estado
parentes e amigos nesse período de
puerperal antes ou depois acarreta pena
transição na vida da mulher, constitui um
de 2 a 6 anos de detenção” (ANGHER,
fator protetor para o desenvolvimento de
2009).
sofrimento
sob
influência
do
Tuono et al. (2007) explicam que
psíquico
no
período
puerperal (SILVA; PICCININI, 2009).
as diversas fases do ciclo reprodutivo
Araújo et al. (2009) afirmam que
passaram a ser vistas como fatores
a atitude do pai da criança tem influência
“geradores de estresse” ou de maior
direta na maneira como a mulher irá
vulnerabilidade para o surgimento de
vivenciar a variedade de transformações
alguns transtornos mentais tendo como
ocorridas em sua vida durante e após a
fatores
gestação, evidenciando assim, que a
atuantes
as
alterações
ausência de apoio por parte do genitor da
pensamento em interromper a gravidez,
criança
falta de apoio do genitor da criança
torna-se
predisponente
a
mais
um
ocorrência
fator
de
sofrimento psíquico no puerpério.
alterações
tireoideanas,
a
própria
gestação, o parto e o puerpério, história
Pode-se dizer que neste período
psiquiátrica,
história
prévia
de
é de suma importância permitir que a
depressão, ansiedade, depressão pré-
mãe expresse livremente seus temores e
natal, eventos estressantes da vida
ansiedades para que esta possa enfrentar
(desemprego, falta de apoio familiar),
as diversas situações comuns desse
história
período de forma mais adaptativa realista
alterações
e
psicológicos,
confiante.
Cabe
ao
profissional
de
violência
doméstica,
emocionais,
fatores
relação
conjugal
enfermeiro treinado possibilitar essa
problemática, fatores obstétricos como
assistência e toda a orientação necessária
primiparidade, hiperêmese gravídica e
à mulher neste período, pois se trata de
complicações
um trabalho preventivo extremamente
presença de componente genético ou
eficaz se tiver início paralelamente ao
familiar (MORAES et al.,
pré-natal (SILVA et al., 2003).
COSTA; PACHECO; FIGUEIREDO,
variadas
no
parto,
2006;
2007; MOTA; MANFRO; LUCION,
5 FATORES DESENCADEANTES
2005; RUCHII et al., 2007; SILVA;
DAS
BOTTI, 2005; ZINGA, 2005).
ALTERAÇÕES
PSÍQUICAS
PUERPERAIS
6 PROCESSO DE ADOECIMENTO
Dentre os fatores desencadeantes
dos quadros de alterações psíquicas no
PSÍQUICO
QUE
ENVOLVE
O
PUERPÉRIO
puerpério temos a gestação, o parto e o
período puerperal que associados a
diversos
fatores,
funcionam
como
elementos desencadeantes de diversas
Os
transtornos
psíquicos
puerperais de acordo com Kaplan e
Sadock (1999, p. 99):
alterações mentais maternas (RUCHII et
al., 2007).
Como fatores predisponentes e
agravantes, em alguns casos estão a
baixa renda, a gravidez não planejada,
sentimento de rejeição à maternidade,
São doenças mentais com início no
primeiro ano após o parto e que se
manifestam por desequilíbrios de humor
psicóticos e não psicóticos. A etiologia
das síndromes psíquicas pós-parto
envolve fatores orgânicos ou hormonais,
psicossociais e predisposição feminina,
desse modo, a associação destes
elementos possibilita o desenvolvimento
do processo patológico.
olfativa, táctil, ou um conjunto destas)
É importante fazer essa distinção
de um objeto real e, delírio como um
entre neurose e psicose visto que
falso juízo da realidade e com uma
diversos
forma
autores
afirmam
que
os
que habitam espaço externo na ausência
psicopatológica
própria,
são
sintomas psíquicos presentes na fase de
caracterizados por fazer parte de crenças
gestação e puerpério são indicativos de
não argumentáveis, incorrigíveis e não
uma estrutura ou patologia pré-existente.
compartilhadas por indivíduos de uma
Essa afirmação é confirmada por Dantas
mesma cultura e com alta significação
(2002, p.99) quando explica
pessoal (RAMOS, 2009).
Já
na
neurose
não
há
que uma reação “psicopatológica” é
resultado de um distúrbio de
comportamento estruturado em uma
personalidade predisposta a reações
mais ou menos fixas do tipo neurótico
ou
psicótico.
Assim,
quando
determinada estimulação está presente,
a pessoa repetidamente responde de
forma inadequada ou exageradamente.
rompimento com a realidade. Conforme
Oliveira (2008) afirma que a
psiquiátricos.
Ziegel e Cranley (1985) as complicações
psicóticas da gravidez e puerpério são
relativamente raras. Elas ocorrem mais
frequentemente
história
em
prévia
Em
mulheres
de
com
distúrbios
contrapartida,
a
psicose é uma disposição patológica de
neurose é um evento relativamente
alto grau cujo ego se afasta da realidade.
frequente pós-parto e alguns estudos
Os efeitos desse afastamento podem ser
indicam que um total de 25% das
percebidos a partir do surgimento de
mulheres tiveram “sintomas nervosos”
alucinações e delírios. O referido autor
durante o ano seguinte ao parto. Sem
elucida que a diferença fundamental que
dúvida muitos desses sintomas são
se opera entre a neurose e psicose é que
considerados
na psicose o sujeito rompe com a
comportamentoscpróprios das mulheres
realidade e este afastamento se opera
e seus familiares e não perturbam
através de manifestações de delírio e
apreciavelmente seus padrões de vida.
simplesmente
como
Silva e Botti (2005) relatam que
alucinações.
Ao entender alucinações como
as síndromes psiquiátricas pós-parto
manifestações psicopatológicas da esfera
constituem uma área pouco conhecida e
da
consequentemente
sensopercepção,
definidas
como
pouco
pesquisada,
de
devido ao não reconhecimento dos
qualquer modalidade (visual, auditiva,
transtornos cuja razão encontra-se ligada
percepções
nítidas
e
objetivas
à dificuldade de distinção entre eles.
sentimentos de falta de capacidade e
Assim, os transtornos frequentes no
confiança para cuidar do bebê.
período
gravídico/puerperal
são:
Arrais
(2005),
como
também
cita
dificuldades
de
Maternity Blues, Depressão Pós-parto e
sintomas
Psicose Puerperal.
concentração, alterações de memória e
raciocínio,
ansiedade,
fadiga
e
6.1 MATERNITY BLUES (TRISTEZA
preocupações excessivas com a lactação
MATERNA,
e a saúde do bebê, contudo isso não
BABY
BLUES
OU
MELANCOLIA PÓS-PARTO)
chega a impedir a realização de tarefas
pela mãe por durar de alguns dias a
De acordo com Ruchii et al.
(2007),
a
tristeza
materna
é
poucas semanas.
um
Correia (2006) esclarece que a
transtorno que tem início nas duas
tristeza materna por ser um quadro de
primeiras semanas após o parto com
intensidade leve, não requer o uso de
incidência de 50 a 80% dos casos, sendo
medicação, pois cede espontaneamente.
um transtorno autolimitado podendo ser
Portanto, o “tratamento” do pós-parto
considerado fator de risco para o
blues compreende basicamente em apoio
surgimento de depressão pós-parto no
familiar e compreensão, sobretudo do
primeiro ano pós-parto.
cônjuge.
Silva e Piccinini (2009) definem
o quadro também conhecido como baby
6.2 DEPRESSÃO PÓS-PARTO (DPP)
blues ou melancolia do pós-parto como
uma espécie de depressão leve, de
Ruchii et al. (2007) definem a
caráter transitório geralmente vivido
depressão pós-parto como um transtorno
após o nascimento do bebê.
do
humor
que
carrega
várias
Algumas mulheres, conforme Alt
controvérsias entre os autores quanto ao
e Benetti (2008); Arrais (2005) podem
seu período de início, mas inicia-se,
apresentar esse quadro em torno do
normalmente,
terceiro dia após o parto, sendo esse
semanas após o parto e pode ser de
caracterizado por sinais e sintomas de
intensidade leve, transitória, neurótica,
labilidade. È bastante conhecido pelas
até de desordem psicótica. A depressão
mães
em
maior ocorre por período mínimo de
A
quinze dias, com a presença do humor
tristeza e o choro são acompanhados por
depressivo ou anedonia (diminuição ou
e
fragilidade
consiste
e
basicamente
hiperemotividade.
nas
primeiras
quatro
perda
do
interesse
anteriormente
nas
atividades
exclusivos
dessa
fase
podendo
agradáveis)
associada,
manifestar em qualquer fase da vida.
se
pelo menos, por quatro dos sintomas:
Silva et al. (2006) descrevem que
alteração significativa de peso ou do
a depressão pós-parto é considerada um
apetite, insônia ou sono excessivo,
problema de saúde pública por afetar
fadiga, agitação ou lentidão psicomotora,
tanto a
sentimentos de desvalia ou culpa, perda
desenvolvimento do filho.
de concentração e idéias de morte ou
saúde da mãe quanto o
Estudos atuais revelam que a
suicídio. Quando à perda de prazer e
depressão
interesse estão presentes, são exigidos
negligenciada devido a presença de
apenas três desses sintomas adicionais
poucos estudos científicos que enfocam
para o diagnóstico.
a identificação das alterações psíquicas
A DPP, segundo Silva e Botti
(2005); Falcone et al. (2005), é um
pré-natal
pode
ser
durante a gestação (FALCONE et al.,
2005).
transtorno mental de alta prevalência que
Silva et al. (2006); Faisal-Cury e
acomete em média 10 a 20% das
Menezes (2006) descrevem que fatores
mulheres podendo este número variar
como baixo nível de escolaridade, baixo
conforme critérios de avaliação em
poder
muitos países, e que provoca alterações
psicossociais como preferência pelo sexo
emocionais,
da criança, apoio do pai, desejo de
cognitivas,
comportamentais e físicas.
socioeconômico,
fatores
interromper a gravidez e ansiedade,
Alt e Benneti (2008) relatam que
a DPP ocorre após a tristeza materna e
podem ser fatores desencadeantes da
DPP.
inicia-se de maneira insidiosa e por volta
Iaconelli (2005) afirma que
da 2ª semana após o parto podendo
fatores predisponentes à depressão pós-
perdurar por semanas ou até anos.
parto
ocorrem
em
mulheres
com
Rocha (1999) caracteriza esta
sintomas depressivos durante ou após a
síndrome puerperal como uma depressão
gestação, mulheres que sofrem de tensão
diferente
pré-menstrual,
do
quadro
de
depressão
que
passaram
por
fisiológico, sendo mais comum em
problemas de infertilidade, primigestas
puérperas jovens ou de personalidade
vítimas de carência social, que passaram
imatura. Sintomas neuróticos tais como
por algum tipo de dificuldade na
irritabilidade e ansiedade estão presentes
gestação, mulheres que sofreram perdas
na depressão puerperal, não sendo
de pessoas importantes, (parentes ou até
mesmo aborto) primigestas, mulheres
alterações normais ou fisiológicas e as
que vivem em desarmonia conjugal, que
alterações patológicas no puerpério,
são mães solteiras e que se casaram em
pode ser difícil de avaliar, mas apesar da
função da gravidez, mulheres submetidas
dificuldade
a
alterações a determinação da gravidade
cesariana
e
que
tiveram
filhos
apresentando algum tipo de anomalia.
na
distinção
de
tais
da depressão são imprescindíveis para a
Vale ressaltar que antecedentes
elaboração de diretrizes de tratamento.
familiares de depressão, antecedentes
pessoais ou até mesmo um episódio de
depressão puerperal
6.3 PSICOSE PUERPERAL
(exemplo: uma
multípara) são fatores de análise para o
Silva e Botti (2005), afirmam
risco da depressão pós-parto; outros
que a psicose puerperal trata-se de uma
aspectos
pré-
alteração de humor de ordem psicótica,
mórbida, qualidade da saúde materna,
de início abrupto nas duas ou três
complicações gravídicas, antecedentes
primeiras semanas após o parto que
obstétricos, são episódios que devem ser
acomete cerca de 0,1 a 0,2% das
investigados no controle e prevenção do
puérperas, podendo apresentar sintomas
transtorno depressivo puerperal (SILVA;
como agitação motora, insônia, angústia,
BOTTI, 2005).
confusão mental evoluindo para formas
como
personalidade
Também podem ocorrer segundo,
Silva et al. (2006); RUCHII et al. (2007),
maníacas, melancólicas ou até mesmo
catatônicas.
a diminuição da libido, pensamentos
Conforme Iaconelli (2005), a
obsessivos, envolvendo violência contra
psicose
a criança, existindo assim, possibilidade
característicos a perda do senso de
de negligência nos cuidados infantis,
realidade,
inclusive diminuição da amamentação
algumas vezes, as fantasias são ocultas
incitando sentimentos negativos, culpa e
pela paciente que pode se encontrar em
desinteresse pela criança e resultado
um quadro de delírio paranóide. A
insatisfatório da interação mãe-filho
angústia vivida nesse momento é da
podendo
ordem do insuportável podendo surgir
causar
desenvolvimento
do
impacto
recém
no
nascido
imediatamente ou a longo prazo.
Ruchii et al.
(2007); Correia
(2006) afirmam que, o limite entre as
rituais
tem
como
alucinações
obsessivos
e
sintomas
delírios
e,
pensamento
desconexo.
Segundo
Correia
(2006)
é
comum nesse quadro, a mãe rejeitar seu
filho
por
sentir-se
aterrorizada
e
ameaçada por ele, como se a criança
minimizar os efeitos negativos da doença
quando houver.
fosse um inimigo.
A mulher em surto psicótico
conforme
Iaconelli
(2005)
pode
apresentar até negação da existência da
criança, uma vez que esta passa a ser
elemento
vazio
psiquismo
da
preenchido
mãe,
separado
pelo
da
realidade. Históricos psiquiátricos e com
surtos anteriores são fortes fatores de
risco nestes casos.
Neste
item,
O enfermeiro não deve resolver os
problemas do sujeito, mas trabalhar com
ele buscando soluções mais adequadas
para sua condição usando toda sua
habilidade e conhecimento científico
SCATENA; VILELA, 2004, p. 99).
Scatena e Vilela (2004) ainda
reforçam que a função do enfermeiro
deve focar na promoção da saúde
mental, na prevenção da enfermidade e
na ajuda ao doente a enfrentar as
observou-se
a
precariedade de trabalhos com enfoque
na psicose puerperal, visto que diversos
autores apenas citam o evento, já que
apesar da gravidade é considerado caso
raro entre as puérperas pela baixa
prevalência.
pressões repercutidas pela enfermidade
mental, com o intuito de assistir o
paciente, a família e a comunidade
encontrando o verdadeiro sentido da
enfermidade.
Ações
como
visitas
domiciliares, terapia interpessoal, terapia
cognitivocomportamental, têm sido não
só veiculadas como pertinentes ao
7
ASSISTÊNCIA
ENFERMAGEM
NAS
DE
ALTERA-
ÇÕES PSÍQUICAS NO PERÍODO
GRAVÍDICO/PUERPERAL
enfermeiro,
contudo,
devido
aos
resultados positivos observados quanto à
diminuição dos sintomas e muitas vezes
na prevenção da instalação de alteração
psíquica (KOGIMA; REIS, 2009).
De acordo com Minas Gerais,
(2003), a assistência à gestante ou
puérpera implica antes de tudo, no
cuidado de forma humanizada que
utilizará como instrumento a assistência
pré-natal, proporcionando a mulher mais
segurança, esclarecimento de dúvidas,
fortalecimento do vínculo afetivo com o
filho e equipe de saúde, além de
A assistência a mulher nesse
período consiste basicamente em apoio
por parte não só dos familiares, mas
também dos profissionais de saúde que
devem unir forças para transformar esse
momento em uma fase em que a paciente
se sentirá mais firme e confiante para
expressar seus sentimentos, sentindo-se
acolhida e ajudada. Só assim, poderá
divergência quanto ao início e fim da
proporcionar uma melhor superação das
sintomatologia, mas diversos autores
dificuldades ocorridas por tais alterações
concordam que o que se distingue
psíquicas já que seus maiores aliados são
tristeza materna e depressão pós-parto, é
o
do
a gravidade do quadro de depressão e
sofrimento psíquico da mulher, quer pela
sua manifestação incapacitante, afetando
família ou equipe de saúde (SILVA et
a funcionalidade da mãe e pondo em
al., 2003).
perigo o seu bem-estar e o do bebê.
descaso
e
a
subestimação
Pode-se
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
dizer
que
sintomas
que
perduram por até duas semanas e não
afetam
a
funcionalidade
da
mãe,
O período gravídico/puerperal é
caracterizam a tristeza materna; já os
uma fase em que a vida da mulher passa
sintomas que perduram por mais de duas
por diversas transformações tanto a nível
semanas e afetam a funcionalidade da
fisiológico como psicológico. Sabendo
mãe pondo em risco a sua vida e o bem
disso, observou-se através deste estudo,
estar da criança, chamamos de depressão
que a mulher nesse período torna-se
pós-parto.
Quanto
vulnerável a ocorrência de alterações
psicóticos,
são
psíquicas que podem ser precipitadas por
presença de delírios e alucinações com
diversos fatores associados ao próprio
início nas quatro primeiras semanas pós-
período gravídico/puerperal ou frente a
parto consistindo em um dos quadros
uma estrutura neurótica ou psicótica pré-
mais graves de alterações psíquicas
existente.
devido ao risco de vida materno e
Uma
estrutura
pré-existente
aos
quadros
caracterizados
pela
infantil muito, mais eminente.
(neurótica/psicótica) frente às frustrações
A pesquisa revelou poucas
e a certos fatores precipitantes, podem
discussões e esclarecimentos entre as
ser desencadeantes de um processo
diversas áreas e respectivos profissionais
mórbido, podendo ser alterações de
de
ordem
por
Consequentemente, observou-se que há
tristeza materna e depressão pós-parto ou
pobreza de trabalhos científicos com
de ordem psicóticas conhecida como
enfoque nesse tema e, atualmente, se vê
psicoses puerperais.
fragilidade nas políticas públicas de
neurótica
caracterizada
De acordo com a literatura
pesquisada,
observou-se
certa
saúde
sobre
o
assunto.
saúde ao enfatizar a importância da
preservação da integridade psíquica da
mulher nesse período, sendo este, um
frente ao portador de alteração psíquica,
elemento extremamente impactante para
pode optar por enxergá-lo ou não em
a saúde da mulher.
suas
As
grande
pesquisadoras
dificuldade
enfrentaram
psíquicas
e
emocionais. Diante desses fatos, a
reunir
enfermagem tem papel primordial na
bibliografias que tratassem claramente
implementação de medidas nessa área
deste assunto, acredita-se que a limitação
que
de
crescimento,
pesquisa
sobre
em
manifestações
estas
alterações
é
um
enorme
campo
cujo
profissional
decorre da dificuldade na identificação e
enfermeiro
diagnóstico dos casos. Mesmo diante
conhecimento e entendimento do assunto
desse quadro, percebeu-se que tem
a capacidade de identificar precocemente
aumentado o interesse de pesquisa por
os casos e possíveis fatores associados e,
diversos autores nas últimas décadas
atuar preventivamente por meio da
enfocando, principalmente, os quadros
assistência
de depressão puerperal devido a sua
trabalhando
prevalência e agravos entre as mulheres.
psicossociais
A
literatura
ainda
aponta
familiares
tem
em
por
pré-natal,
meio
orientando
as
da
além
do
e
necessidades
mulher
de
com
seus
promover
pesquisas sobre a inserção do enfermeiro
encaminhamento para acompanhamento
psiquiátrico na equipe de Estratégia de
psicoterapêutico que poderá resultar em
Saúde da Família o que mostra a
uma redução significativa de alterações
possibilidade
da
psíquicas em mulheres nesse período,
assistência primária com enfoque na
além de evitar possíveis consequências
saúde psíquica da mulher.
como
O
de
reorganização
enfermeiro
sendo
um
profissional que ocupa uma posição
singular na rede básica de assistência,
efeitos negativos na vida da
mulher, do filho e demais familiares,
seja na rede pública ou privada.
ABSTRACT
PSYCHIATRIC
DISORDERS
PREGNANCYSTATUS/PUERPERAL
INFLUENCED
BY
Search bibliographic, descriptive and qualitative study aimed to analyze the
psychological changes influenced by the pregnancy-puerperal period and describe the
phenomena baby blues, postpartum depression and puerperal psychosis. In addition,
facilitated the understanding of differential diagnosis and identification of frameworks
and associated factors, whose systematic care should assist the woman so integral in
preserving their mental and prevention of complications during pregnancy to
postpartum. The research conducted a review of 60 scientific articles library resources
of the University Vale do Rio Doce - UNIVALE in the period 1985-2010 and the
electronic library Scientific Electronic Library Online - SciELO and the website of the
Ministry of Health data showed that psychiatric disorders may be triggered by several
factors associated with pregnancy including the postpartum period itself due to changes
and common stressors that stage. Thus, reveal that the occurrence of these changes may
be associated with a pre-existing structure in the female neurotic or psychotic in order to
develop front of precipitating factors such phenomena. Therefore, the role of nurses in
the prenatal and postpartum must promote full attention to women including
psychosocial aspects.
Key-words: Postpartum Depression. Puerperal Psychosis. Nursing. Puerperium.
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