3. Linux Dependendo do contexto utilizado, o

Propaganda
3. Linux
Dependendo do contexto utilizado, o termo Linux pode ser entendido como
sistema operacional, mas o que muitos desconhecem, é que o Linux não é apenas
um software e sim um kernel que em somatória com várias ferramentas forma um
sistema operacional. O Linux é um software livre, ou seja, ele é Open source (possui
código aberto) e disponibilizado para o uso, cópia, distribuição, complementação e
estudo.
O Linux é um sistema operacional que vem ganhando muitos usuários hoje
em dia, no entanto sua fatia no mercado ainda é muito baixa se comparada com a
de outros grandes softwares, isso se deve ao fato de que como ele não é um
produto comercial, o sistema operacional não recebe muitos investimentos
financeiros.
Desenvolvido em conjunto por vários programadores de todo o mundo, por
intermédio da internet, desenvolvedores se reúnem e criam partes do código do
Linux, que são integradas uma a uma e por fim disponibilizadas para todos.
Há vários fatores que chamam a atenção para o Linux, entre estes estão:
segurança, desempenho e gratuidade.
Figura 5 – Atual logo do Sistema Operacional Linux “PinguimTux”
Fonte: http://www.infowester.com/historia_linux.php
Acessado em 19/04/2013
3.1. Projeto GNU
Antes de ver o conteúdo histórico do sistema operacional Linux é necessário
que seja feita uma breve explicação e passagem sobre o histórico do GNU, que
somado ao kernel Linux formam o sistema operacional e as várias distribuições
Linux.
O GNU é um sistema operacional Unix-like que é um software livre, que foi
nomeado assim, porque além de GNU fazer referência ao mamífero também é uma
abreviação de "GNU is Not Unix (GNU Não é Unix)", ou seja, o nome surgiu para
trazer referência que o sistema é livre enquanto Unix não é.
A história começa no ano de 1984 quando Richard Stallman inicia o GNU
com um único objetivo, conseguir desenvolver um software livre. O sistema
operacional
eracional GNU deveria ser compatível com o sistema operacional Unix e não
deveria utilizar o código fonte do mesmo.
Foi a partir de 1984 Stallman em conjunto com diversos programadores, que
resolveram ajudar no desenvolvimento do GNU, iniciaram suas contribuições,
contribuições,
desenvolvendo as peças principais de um sistema operacional (compilador de
linguagem C, editores de texto, etc;).
O software estava quase pronto em 1991, mas faltava a peça principal para o
funcionamento do GNU, o núcleo do sistema operacional. Sem
Sem um kernel o GNU
nunca poderia funcionar então um grupo liderado por Stallman iniciou trabalhos pra
desenvolver um núcleo chamado Hurd, assim ocorreu encontro entre o kernel Linux
e o GNU.
Figura 6 - Logotipo da GNU
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Heckert_GNU_white.svg
Acessado em 24/04/2013
3.2. A História do Linux
No ano de1991 existiam poucas escolhas de sistemas operacionais que
estavam totalmente disponíveis aos usuários, os softwares mais utilizados era o
DOS,, até por falta de escolha e também porque os Macs apresentavam preços
surpreendentes, o que fazia inaces
inacessível
sível a muitos usuários, também existia o sistema
Unix que possuía um preço mais absurdo que um Mac e na sua maioria eram
usados por grandes empresas.
A reviravolta da história surge graças ao código do
d Unix, que era
disponibilizado tanto para o estudo em universidades como para as pessoas que
interessassem por ele, mas um tempo após, ocorreu à indisponibilidade e o mesmo
virou privado. Vendo tudo isso um professor holandês chamado Andrew S.
Tanenbaum começou a criar um software baseado no Unix, que mais tarde recebeu
o nome de Minix, este sistema operacional simples foi criado com fins de ensino de
sistemas operacionais voltado aos universitários e montado para funcionar com
processadores Intel 8086,, o Minix não oferecia muito aos
aos usuários, mas seu código
estava disposto à todos por Tanenbaum.
O universitário Linus Torvalds vendo os mínimos e poucos recursos do
sistema operacional Minix, começou a pensar como seria bom ter um sistema
operacional que fosse totalmente gratuito as pessoas e ainda pudesse efetuar
tarefas como emulação de terminal, a transferência e armazenamento de arquivos.
Foi na data de 25 de agosto de 1991, que o universitário anunciou por meio
de um e-mail na Usenet (Unix User Network) que tinha criado e estava
desenvolvendo um novo sistema operacional.
O conteúdo do e-mail descrevia que Linus estava criando um sistema
operacional desde abril do mesmo ano, porém seu intuito era de que o mesmo não
se tornasse um sistema operacional profissional e com sucesso como outro sistema
operacional que estava agregando várias pessoas (o GNU), a criação do software
era mais um hobby para o universitário. Ainda no e-mail ele pedia que fossem dadas
sugestões e críticas para que ele o melhorasse, porém dizia que talvez não fosse
finalizar o software.
No mesmo ano estudantes do mundo todo que compartilhavam os ideais de
que os programas deveriam ser livres para o uso e melhoria por todos assim como
Linus, foram inspirados por Richard Stallman e seu projeto GNU. O projeto que em
poucas palavras, visava fornecer software livre com qualidade, no mesmo período o
projeto GNU havia criado uma ferramentas úteis para programadores e estudantes,
porém seu sistema operacional propriamente dito ainda precisava de um kernel.
Este núcleo, batizado de GNU HURD ainda estava em fase de criação e seu
lançamento previsto para alguns anos.
A primeira versão do sistema criado por Linus receberia o nome de "Freax"
até que um amigo lhe sugeriu o nome Linux, assim a sua primeira versão foi
lançada em setembro de 1991, Linus recebeu muitas críticas de grandes nomes da
computação na época, no entanto mesmo recebendo grandes criticas o universitário
continuou com seu trabalho agregando um grande número de pessoas que
obtiveram interesse pelo seu software.
Utilizando grande parte das ferramentas do GNU (inclusive o próprio
sistema), o Linux iniciou ser crescimento, licenciado pela GPL (GNU Public
License), garantindo que continuasse livre para cópia, estudo e alteração.
Logo empresas começaram a se interessar pelo sistema operacional e com
isso, não demorou a que elas o compilassem versões do programa (com fins
comerciais) e fizessem alterações para deixá-lo mais parecido com o que os
usuários estavam acostumados, entretanto, programadores voluntários mantiveram
distribuições gratuitas.
Já contando com uma interface gráfica cada vez mais sofisticada e uma série
de melhorias ocorrendo, as distribuições do Linux começaram a tornarem-se cada
vez mais populares.
Sem dúvidas, o melhor aspecto deste sistema é que sempre que um novo hardware
é criado, há um programador disposto a adaptar o Linux para oferecer
compatibilidade.
Com o aumento do suporte para o SO, grandes empresas perderam o receio
e passaram a utilizar o Linux em suas máquinas. Da mesma forma, com as
interfaces gráficas, diversos usuários passaram a adotá-lo por tratar-se de um
sistema de qualidade e gratuito.
3.3. Kernel Linux
O núcleo do sistema operacional é chamado de kernel, este é uma base
complexa que serve de estrutura para o sistema, é ele que faz o intermédio entre e
os programas que são executados pelo computador e o hardware, ou seja, são a
junção do kernel com os demais os softwares que fazem com que o computador
seja usado, de acordo com aplicação que é desejada. Resumidamente é o kernel
que forma o sistema operacional em sua grande parte.
O kernel não é algo tão simples, como muitas pessoas que desconhecem
este pensam e nem é como uma ferramenta que pode ser instalado e depois este
pronto para uso, como quaisquer programas. As atualizações são normais em todos
os softwares, elas são feitas para que se corrijam bugs (falhas) e adicionem
melhorias a funcionalidades, assim acontece com o kernel, principalmente para
melhorar a compatibilidade com novos hardwares.
Cada versão do kernel é representada por três números que são separados
por pontos, por exemplo: 2.6.24. O primeiro número (2) indica a versão do kernel. O
segundo número (6) indica a última revisão feita até o momento naquela versão. O
terceiro número (24) indica uma revisão menor, como se fosse uma "revisão da
última revisão" do kernel. Um quarto número pode ser utilizado o que poderia indicar
uma atualização importante naquela versão.
3.4. Distribuições Linux
As Distribuições Linux na realidade são sistemas operacionais Unix-like que
incluem o kernel Linux e outros softwares de aplicação que em cada distribuição se
difere, formando um conjunto que realiza o funcionamento do sistema operacional.
Essas Distribuições ou as chamadas “distros” são mantidas por diversas
organizações comerciais, como por exemplo, a Red Hat, Ubuntu, SUSE e Mandriva,
também como projetos comunitários, como a Debian e Gentoo.
Antes de disponibilizar as distribuições ao público as organizações montam,
testam e corrigem falhas existentes nos conjuntos de software.
Hoje há registro de um grande número de distribuições, embora muito poucas
dela sejam reconhecidas no mundo, é evidente que existem muitas outras
distribuições que são renomadas, entre elas estão: Fedora (ligada à Red Hat),
Debian, Mandriva, Linux Mint, CentOS (com foco em servidores) e Slackware.
Figura 7 – O Pinguim Tux representa o logo do Linux e o logo das distribuições mais
conhecidas ao centro do pinguim
Fonte: http://www.portaltech.blog.br/informatica/melhor-distribuicao-do-linux/
Acessado em 24/04/2013
3.5. Firefox OS e Linux
O sistema operacional mobile Firefox OS é formado por uma arquitetura que
basicamente é dividida em três componentes importantes o Gonk, Gecko e Gaia. A
relação entre o Linux e o Firefox OS se encontra em um desses componentes, mais
certamente no Gonk (sistema operacional de baixo nível) é nele que se encontra o
coração do sistema operacional o kernel Linux.
Links:
http://www.tecmundo.com.br/sistema-operacional/4228-a-historia-do-linux.htm
http://www.infowester.com/historia_linux.php
http://br-linux.org/faq-distribuicao/
http://www.gnu.org/
http://pt.wikipedia.org/wiki/GNU
http://pt.wikipedia.org/wiki/Firefox_OS
Livro:
Luciene Calvacanti Rodrigues e João Paulo Lemos Escola - Informática: Sistemas
operacionais e softwares aplicativos Parte I, Capítulo 3, páginas 58 e 59.
Download