51º Congresso Brasileiro de Genética Resumos do 51º Congresso Brasileiro de Genética • 7 a 10 de setembro de 2005 Hotel Monte Real • Águas de Lindóia • São Paulo • Brasil www.sbg.org.br - ISBN 85-89109-05-4 [email protected] Palavras-chave: Mutação, HIV-1 subtipo C, Alinhamento Múltiplo Lira, RCP; Filho, BFS; Souza, GRB; Nova, MCV; Belo, MLM Centro Universitário de Ciências Biológicas e da Saúde, Centro de Estudos Superiores de Maceió-CESMAC/FEJAL, Alagoas. Mutações pontuais de seqüências nucleotídicas brasileiras da protease do HIV-1 subtipo C depositadas no GenBank Desde o inicio deste novo milênio o subtipo C do HIV-1 tem sido o de maior incidência no globo, sendo responsável por 56% das infecções mundiais em relação aos outros subtipos. No Brasil, o subtipo C foi detectado pela primeira vez nas cidades de Porto Alegre e São Paulo e tem provocado grande preocupação médica e social. De forma geral, o HIV possui grande variação genética, pois apresenta alta taxa de mutação em sua seqüência de RNA, principalmente na região que codifica a protease, uma vez que a transcriptase reversa não é muito precisa durante a replicação. A seqüência da protease viral está localizada no gene POL e possui em média 297 nucleotídeos. As mutações pontuais podem ocorrer por substituição, deleção ou inserções de bases nucleotídicas. As substituições podem ser divididas em transições e transversões, de acordo com os tipos de bases alteradas. A presente pesquisa objetivou verificar os tipos de mutações encontradas entre seqüências de cDNA brasileiras que codificam a protease do HIV-1 subtipo C. No período compreendido entre janeiro e maio de 2005, foram selecionadas 10 seqüências de cDNA brasileiras da protease do HIV-1 subtipo C, identificadas no Genbank pelos números de acesso AF527292, AF527264, AF527286, AF527340, AF527277, AF527272, AF527266, AF527284, AF527305 e AF527294, os quais podem ser acessados no LASP – Laboratório Avançado de Saúde Pública (http://www.lasp.cpqgm.fiocruz.br/laboratório.html). O alinhamento múltiplo das seqüências foi realizado no programa CLUSTAL W, utilizando como seqüência padrão a região que codifica a protease no genoma do HXB2, referência para pesquisas em HIV, obtida no site do laboratório de Los Alamos (HIV databases – http://hiv-web.lanl.gov/content/index). As mutações foram qualificadas e quantificadas, possibilitando a construção de uma tabela indicando a posição da substituição, o nucleotídeo usado como padrão, os números de acesso de todas as seqüências alinhadas e o tipo da alteração. Considerando a análise simultânea das seqüências foram observadas 69 substituições, dentre as quais 49 (71%) do tipo transição e 20 (29%) do tipo transversão. As trocas mais freqüentes do primeiro grupo ocorreram entre os nucleotídeos A→G (15), G→A (13), C→T (10) e T→C (11). No segundo grupo ocorreram mudanças de A→C (3), C→A (6), A→T (2), T→A (5), G→C (1), C→G (3), não sendo observadas trocas de G→T e de T→G. Quando analisadas isoladamente as seqüências apresentaram em média de 32 alterações em relação à seqüência padrão. Como se esperava, houve maior probabilidade de mutações pontuais por substituição entre bases de um mesmo grupo, purinas ou pirimidinas, que a principio pode não gerar alterações grosseiras. O estudo dessas variações em nível de nucleotídeo facilita a compreensão quanto às alterações de aminoácidos, contribuindo, assim, para o estudo da resistência viral aos tratamentos com inibidores da protease. Apoio Financeiro: FEJAL. 1060