Desafios na Entrevista Familiar

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Desafios na Entrevista
Familiar
Neide da Silva Knihs
Recusa 2004-2015 (setembro)
80
70
60
50
40
30
69,8
61
61,6
66
59,8
55,6
45,5
37
40
37
36
39
20
10
0
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Recusa
Desafios na Entrevista Familiar
Profissionais
Instituição
Sistema
Desafios na Entrevista Familiar
Profissionais
Éticos e legais;
Deficiência da equipe;
Atenção à família;
Perfil profissional
DILEMAS ÉTICOS
O significado da morte encefálica/confronto coração parado
O significado da doação de órgãos benefício/malefício
Cuidar do doador em detrimento/cuidar de alguém morto;
Críticas ao processo de doação transparência/comércio/número
insuficiente de doador
Acta Paul Enferm. 2014; 27(3):215-20.
O Mundo da Saúde, São Paulo - 2012;36(1):27-33
Desafios na Entrevista Familiar
Profissionais
Deficiência da equipe
(75%) dos profissionais consideraram o iniciou da
preservação dos órgãos antes de concluir o diagnóstico de
Morte Encefálica
Timely Referral of Potential Organ Donors .
Critical Care Nurse. 2011; editorial
38% dos enfermeiros não sabem quais os critérios para
iniciar o diagnóstico de Morte Encefálica.
O sofrimento do profissional na condução
da entrevista
Sofre por não conseguir evitar a dor e o sofrimento da família;
Angústia, medo e temor para comunicar a morte;
A dificuldade em lidar com os sentimentos diante da perda do
paciente;
A insegurança para conduzir tema da doação de órgãos
Manoel Antônio dos Santos; Marília Hormanez. Ciência
& Saúde Coletiva, 18(9):2757-2768, 2013
Dificuldades apresentadas nos cursos com relação a
comunicação de situações críticas
Medo da reação da família;
Em comunicar a morte de pessoas jovens em situações
agudas;
A dificuldade de todos os profissionais falarem a mesma
linguagem;
Dificuldade da família aceitar e compreender a Morte
Encefálica
66% das famílias estão insatisfeita com a
maneira como foi conduzida a fala sobre morte
e doação de órgãos. 38% das famílias
apresentam desconfiança sobre o diagnóstico
A profissional diante da morte
Há um grande sofrimento da equipe de saúde
diante da morte
Estudo desenvolvido com 760 estudantes de
enfermagem na Espanha, aponta angústia e
medo da morte, além da baixa autoestima quando
deparam-se com a morte de um paciente
Desafios na Entrevista Familiar
Profissionais
Instituição
Atenção à família
A Relação de ajuda
Pressupostos:
Uma concepção do homem alicerçada nos princípios da corrente
humanista;
Uma abordagem fenomenológica que privilegia a experiência
subjetiva da pessoa;
Uma forma de encontro entre pessoas.
Relações interpessoais
(ROGERS, 1986; MENDES, 2006)
Respeito
Empatia.
Autenticidade.
A Relação de ajuda
Pilares:
EMPATIA: capacidade de se imergir no
mundo subjetivo do outro e de participar da
sua experiência
(ROGERS, 1986; MENDES, 2006)
EMPATIA
Compaixão:
Dicionário: Sentimento de simpatia para com o
sofrimento alheio, associado a vontade ou ao desejo de
auxiliar essa pessoa
Bíblia: uma forma de amor, que é despertado dentro
de nós quando somos confrontados com quem sofre
ou está vulnerável. (cf. Êx 02:06, Lucas 10:33)
FONTE:http://bibliotecabiblica.blogspot.com/20
11/09/compaixao-significado-na-biblia.html
A compreensão das fases do luto
Choque
Negação
Barganha
Depressão
Aceitação
Kubler-Ross, 1969
Manifestação de dor diante da morte
“Ai eu sinto uma dor, eu nunca levei uma facada, mas é
como se tivesse levando, é uma dor terrível, nunca
experimentei nada assim.”
“ A impressão que tinha era que o chão estava se
abrindo e eu estava caindo num buraco sem fim, a
sensação é que a gente flutua”
Ferreira PD, Mendes TN, 2013
Fatores que geram insatisfação na
entrevista familiar
A relação da equipe multiprofissional com a família
o tempo entre a comunicação da morte e o pedido
O local inapropriado para a realização da entrevista familiar
A fragilidade da comunicação da família com os resultados dos
exames
Falta de confiança da família com a equipe médica
Nível da assistência prestada ao potencial doador
Fatores que auxiliam a família na
tomada de decisão para doação
Houve a compreensão da família sobre os fatos ( 89% versus 76%
Alguém ao lado, conforme a necessidade da família (88% versus
71%)
Escuta ativa (84% versus 62%)
A equipe desenvolveu a relação de ajuda (62% versus 33%)
Desvinculou a comunicação da morte do tema doação (90% versus
42%)
Tempo suficiente para tomar a decisão ( 73% versus 49%)
O momento certo para falar sobre doação
Como conduzir esse tema
Desafios na Entrevista Familiar
Profissionais
Perfil profissional
A continuidade da assistência
Não recebemos apoio nem amparo nenhum, de nenhum serviço
ou profissional. Se a gente tivesse um acompanhamento por
parte do hospital onde a gente doou, pois a gente vai passando
por este momento difícil, quando a gente precisasse de uma
consulta até a gente melhorar da dor de perder um filho
UM DOS GRANDES DESAFIOS DA equipe é o
respeito a dor da família
FONTE:https://www.youtube.com/watch?v=6CqgcSjI-Eo
REFEÊNCIA
ROGERS, Carl (1989) Sobre o Poder Pessoal, 3ª. Edição, S. Paulo, Martins Fontes Editora.
MENDES ,JMG.A relação de ajuda: um instrumento no processo de cuidados de enfermagem. ANO XII - N." 36, Janeiro / Junho 2006
KOVÁCS, Maria Julia. Sofrimento da equipe de saúde no contexto hospitalar:cuidando do cuidador profissional. O Mundo da Saúde, São
Paulo: 2010;34(4):420-429
Brasil, Lei n. 10.211- Altera dispositivo sobre a lei 9434, de 04 de fevereiro de 1997, que dispõe sobre a remoção de órgãos e tecidos e
partes do corpo para fins de transplantes e tratamento. Diário Oficial da União, 23-03-2001.
BOUSSO, RC. O processo de decisão familiar na doação de órgãos do filho: uma teoria substantiva. Texto Contexto Enferm, Florianópolis,
v. 17, p. 45-54, jan-mar. 2008.
CARRASQUILLA, Jon. Montoya Sobre el Cómo Ayudarnos y Ayudar a Otros a Enfrentar la Muerte de un Ser Querido. Biblioteca Básica
de Tanatología. 1998. Disponível em: <http://montedeoya.homestead.com/duelos.html>. Acesso em: 20 out. 2012.
GUIDO et al . Estressores na assistência de enfermagem ao potencial doador de órgãos. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto,
v.17, n.6, nov/dez. 2009.
MARINEIRO, PG; GUERVOS, CS. Familia y Donación de Órganos. 4nd ed. Alicante: Mesa LS, 2007.
MORAES, Edvaldo Leal de. A recusa familiar no processo de doação de órgãos e tecidos para transplante. São Paulo, 2007. 142f.
Dissertação (Mestrado) Escola de enfermagem, Universidade de São Paulo.
SIMPKIN AL; Robertson LC; Barber VS; Young JD. Modifiable factors influencing relatives decision to offer organ donation:
systematic review. BMJ.2009; 338:b991.
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