Boletim Informativo

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Boletim Informativo 6-2007
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CO
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GIIA
Conforme muitos pedidos de médicos veterinários e também por solicitação de muitos
proprietários, podemos contar agora com um convênio com Instituições de renome para a realização de
exames toxicológicos. Encaminhamos abaixo uma relação de exames que a partir de agora poderão ser
disponibilizados a todos nossos colegas médicos veterinários.
ANÁLISES
INSETICIDAS
Organofosforado
Organoclorado
Carbamato
QUALITATIVO
X
X
X
X
X
Organofosforado
Organoclorado
Carbamatos
Piretróides
RODENTICIDAS
Dicumarínico
Flouracetato
Estricnina
X
X
X
HERBICIDAS
Diquat
Paraquat
X
X
MICOTOXINAS
(aflatoxina, B1,B2,
G1,G2 e
zearalenona,
ocratoxina)
QUANTITATIVO
Por cada uma e por
amostra
METAIS
Alumínio
Antimônio
Arsênio
Bário
Cádmio
Cálcio
Chumbo
Cobre
Crômio
Ferro
Magnésio
Manganês
Mercúrio
Níquel
Potássio
Selênio
Sódio
Tálio
Zinco
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Estaremos encaminhando a todos a tabela de preços dos exames assinalados com X que são os
realizados pelo convênio.
PET IMAGEM – Diagnósticos Veterinários
www.petimagem.com
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M
ATTÉÉRRIIA
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Disponibilizamos a seguir uma matéria a respeito das anormalidades da micção, como podemos
reconhecer os sinais clínicos e traçar um plano diagnóstico para identificar as diferentes causas.
M V responsável pelo serviço de Diagnóstico por Imagem PET IMAGEM – Diagnósticos Veterinários
Vivien Midori Morikawa
Especialista em Radiodiagnóstico Veterinário
ANORMALIDADES DA MICÇÃO
(DISÚRIA, POLAQUIÚRIA E ESTRANGÚRIA)
Distúrbios da micção são ocorrências bastante freqüentes na clínica de cães e gatos. Muitas
vezes tais distúrbios são diagnosticados já em uma fase adiantada, pois a maioria dos animais fica a maior
parte do tempo sozinha em casa ou urina no jardim, o que prejudica a identificação do problema pelo
proprietário.
IDENTIFICANDO E RECONHECENDO O PROBLEMA
Os principais sinais clínicos encontrados nos animais com doença do trato urinário inferior ou trato
genital são disúria, polaquiúria e estrangúria. O termo disúria é definido como sendo dor ou dificuldade de
urinar. Polaquiúria é o aumento da freqüência da micção e estrangúria é a dificuldade de urinar
acompanhada de dor devido aos espasmos musculares da bexiga e da uretra.
PATOGÊNESE
A bexiga é inervada pelos nervos pélvicos e hipogástricos. Os nervos pélvicos são originados das
terminações nervosas dos segmentos sacrais S1, S2 e S3 e compostos por fibras parassimpáticas eferentes
e aferentes. As fibras eferentes inervam o músculo detrusor da bexiga, promovendo a função motora
para que ocorra o seu esvaziamento. As fibras aferentes mediam as sensações de esvaziamento,
propriocepção e dor, promovendo o reconhecimento da distensão vesical. O nervo hipogástrico é
responsável pela inervação simpática da bexiga, exercendo uma pequena influência no processo da
micção.
Os
receptores
sensoriais
estão
localizados
na
parede
vesical
(camada
mucosa)
e
predominantemente na junção ureterovesical e colo da bexiga. Logo, um processo inflamatório
envolvendo a camada mucosa pode causar dor, vontade de urinar mesmo com a bexiga vazia ou
pouco repleta, espasmos da parede vesical e sensação de ardor.
A uretra é inervada pelo nervo pudendo, o qual se origina dos cordões nervosos da região do
sacro. Este nervo contém fibras motoras que controlam o esfíncter uretral externo. Logo, uma estimulação
do mesmo resulta em contração do esfíncter e retenção de urina na bexiga. Durante a micção normal,
os impulsos nervosos para o esfíncter estão inibidos, permitindo a dilatação do mesmo para que ocorra a
passagem da urina. Receptores sensoriais da uretra respondem permitindo a distensão uretral e
circulação da urina.
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CAUSAS
Qualquer doença que envolva o trato urinário inferior (bexiga e uretra) ou trato genital (próstata e
vagina) que resultam em irritação ou inflamação da mucosa vão ter como sinal clínico a disúria. As
causas geralmente estão associadas à hematúria e piúria, ou ambas, devido à inflamação da mucosa ou
infecção. Geralmente, a grande maioria dos casos de disúria são decorrentes de obstrução uretral
(cálculos, neoplasias, síndrome urológica felina).
Causas de Disúria
Infecção
•
Cistite bacteriana
•
Uretrite
•
Prostatite bacteriana
•
Abscesso prostático
•
Vaginite
Cálculos
•
Vesical
•
Uretral
Neoplasia
•
•
•
•
Vesical: Carcinoma de células transicionais
Rabdomioma ou sarcoma
Próstata: Carcinoma
Adenocarcinoma
Carcinoma de células escamosas
Uretra: Carcinoma de células transicionais
Tumor Venéreo Transmissível (TVT)
Trato genital (vagina, pênis): TVT
Fibromas
Sarcomas
Trauma:
•
Rutura vesical ou uretral
•
Estenose uretral
Inflamação
•
Hiperplasia prostática benigna
•
Síndrome Urológica Felina
Alterações Neurológicas
•
Alguns tipos de incontinência
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PLANO DIAGNÓSTICO
Um plano diagnóstico é iniciado com base na avaliação da história clínica do animal
evidenciando-se todos os pontos relativos ao processo da micção (freqüência, duração, cor e volume da
urina). Tais dados são somados ao exame físico, o qual envolve a palpação da bexiga e da próstata, e
aos exames auxiliares (radiografia, ultra-sonografia, urinálise, cultura de urina, citologia, biopsia).
A bexiga repleta com conteúdo urinário pode ser um forte indicativo de obstrução uretral. A
sondagem ou cistocentese pode ser realizada e o conteúdo remetido para análise e cultura. Em machos,
tanto a ultra-sonografia abdominal quanto a palpação retal são úteis na verificação de obstrução uretral
decorrente de hiperplasia prostática. Caso o estado geral do animal não seja bom e este se apresente
letárgico, anorético ou com episódios de êmese,a uremia pode estar presente, sendo então interessante
solicitar exames hematológicos e bioquímicos com fins de verificação. Mesmo com a bexiga vazia,a
avaliação ultra-sonográfica possibilita a verificação da presença de cálculos, pólipos, neoplasias e
espessamentos de parede(processos inflamatórios por exemplo), além de constatar a presença de líquido
livre abdominal nos casos de ruptura vesical decorrente de trauma.
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Palpação da Bexiga
Vazia
Palpação
da próstata
Cheia
Gatos
com SUF
Palpação da Próstata
Gato Macho com SUF
Anormal
(aumentada,
sensível)
Obstrução Uretral
Fêmea
ou
Normal
Anormal
Possíveis Causas:
1-) Cistite
2-) Uretrite
3-) Neoplasia Vesical
4-) Cálculo Vesical
5-) Vaginite
6-) Ruptura de bexiga
ou uretra
Plano Diagnóstico:
1-) Urinálise e Citologia
2-) Urocultura
(Cistocentese)
3-) Radiografia
4-) Exame Vaginal
5-) Biopsia
6-) Abdominocentese
7-) Ultra-sonografia
Urinálise
Piúria
Presente
Possíveis Causas:
1-) Infecção bacteriana
2-) Abscesso Prostático
Plano Diagnóstico:
1-) Cultura do Ejaculado
2-) Radiografia
3-) Ultra-sonografia
Ausente
Fêmea ou
Normal
Possíveis
Causas:
1-) Cálculos
2-) Neoplasia
Vesical ou
Uretral
3-) Estenose
Uretral
Possíveis Causas:
1-) Hiperplasia Benigna
2-) Neoplasia Prostática
3-) Cisto Prostático
Plano Diagnóstico:
1-) Citologia do
Ejaculado
2-) Radiografia
3-) Ultra-sonografia
4-) Biopsia
Plano Diagnóstico:
1-) Dosagem de Uréia,
Creatinina, Potássio Sérico e
CO2 Total
2-) Radiografia
3-) Ultra-sonografia
4-) Biopsia
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RESUMO DAS PRINCIPAIS DOENÇAS QUE CAUSAM DISÚRIA
DOENÇA
1. Cistite
Bacteriana
2. SUF
3. QUALQUER
PROCESSO
OBSTRUTIVO
OUTROS SINAIS CLÍNICOS
Espessamento de parede
vesical
Pode ocasionar obstrução
uretral em machos
Severa estrangúria,
dificuldade no
esvaziamento vesical
HEMATOLOGIA
Normalmente associado à
pielonefrite
Início: normal
Tardia: aumento de céls.
brancas
URINÁLISE
Hematúria, piúria,
bacteriúria, proteinúria,
ph alcalino
Hematúria, proteinúria,
cristalúria
Hematúria, piúria,
bacteriúria, proteinúria,
cristalúria
Normal
BIOQUÍMICA
Normal
TESTES DIAGNÓSTICOS
- Cistocentese com urocultura
- Cistografia (espessam. de parede)
Normal
- Cultura de urina negativa
Início: normal
Tardia: ↑ de uréia,
creatinina, potássio e CO2
(acidose)
Normal (exceto em casos
obstrutivos)
- Resistência à sondagem
- Uretrocistografia
4. NEOPLASIA
DE BEXIGA
Idem 1 e 3
Hematúria resistente à
terapia
Idem 1
Idem1
5. PROSTATITE
BACTERIANA
Sinais agudos como febre,
tenesmo e dor à palpação
Aumento de céls. brancas
Idem1
Normal
6. ABSCESSO
PROSTÁTICO
Sinais crônicos, aumento
assimétrico da próstata,
tenesmo, dor
Sinais agudos, aumento
simétrico da próstata,
tenesmo, sem dor
Sinais crônicos, ↑ assimétrico
de próstata, tenesmo,
massa prostática flutuante
Idem 8
Palpação de massa firme
Aumento de céls. brancas
Idem1
Normal
Normal
Hematúria ou normal
Normal
Citologia(exsudato
hemorrágico)
Normal
Hematúria, piúria
Normal
Normal
Hematúria
Normal
Histórico de trauma ou
obstrução prolongada, dor
abdominal, sinais de uremia
Aumento céls. Brancas
Normal ou hematúria
Desconforto vaginal e
histórico de cio recente
Formação no pênis ou
vagina, secreção
hemorrágica persistente
Distensão vesical, graus
variáveis de incontinência,
dificuldade de
esvaziamento vesical
Normal
Hematúria e piúria
Início: normal
Tardia: ↑ de uréia,
creatinina, potássio e ↓ de
CO2 (acidose)
Normal
Normal
Hematúria
Normal
Normal
Hematúria
Normal
- Citologia (exsudato hemorrágico)
- Ultra-sonografia
- Biopsia
- Citologia (exsudato hemorrágico)
- Céls. Tumorais podem ser encontradas
- Raio-x (↑ de próstata e linfonodos)
- Ultra-sonografia e Biopsia
Abdominocentese
- Citologia (exsudato asséptico ou
hemorrágico)
- Raio-x (peritonite)
- Vaginoscopia (processo inflamatório)
- Citologia (exsudato)e Cultura positiva
- Vaginoscopia
- Citologia
- Biopsia
- Raio-x
- Exame neurológico
7. HIPERPLASIA
PROSTÁTICA
BENIGNA
8. CISTO
PROSTÁTICO
9. NEOPLASIA
PROSTÁTICA
10. RUPTURA
TRAUMÁTICA
DE
BEXIGA/URETRA
11. VAGINITE
12. TUMOR VEN
TRASMISSÍVEL
(TVT)
13. CAUSA
NEUROLÓGICA
- Citologia do sedimento urinário
- Cistografia
- Urograma anormal (carcinoma de
céls.transicionais)
- Citologia (exsudato séptico)
- Cultura positiva
- Exame para brucelose
- Ultra-sonografia
Idem 5
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Esperamos que aproveitem bem mais este informativo que também estará disponível em nosso site.
Bom trabalho a todos nós !
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