livro de resumos - Instituto Evandro Chagas

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LIVRO DE RESUMOS
Programa Institucional de
Bolsas de Iniciação Científica
2007
“A Bioinformática como ferramenta
para pesquisa”.
Presidente da República
Luiz Inácio Lula da Silva
Ministro da Saúde
José Gomes Temporão
Secretária Executiva do Ministério da Saúde
Márcia Bassit Lameiro da Costa Mazzoli
Secretario de Vigilância em Saúde
Gerson Oliveira Penna
Instituto Evandro Chagas
Serviços
Elisabeth Conceição de Oliveira Santos
Diretora
Wyller Alencar de Mello
Vice-Diretor
Administração
Epidemiologia
Recursos Humanos
Seções científicas
Arbovirologia e Febres Hemorrágicas
Bacteriologia e Micologia
Biotérios
Hepatopatias
Meio Ambiente
Parasitologia
Patologia
Virologia
Apoio técnico à pesquisa
Biblioteca
João Carlos Lopes da Silva
Gilberta Bensabath
Margarete Maria de Figueiredo Garcia
Pedro F. da Costa Vasconcelos
Maria Luiza Lopes
Adevaldo da Silva Elleres
Manoel do Carmo Pereira Soares
Iracina Maura de Jesus
Sebastião Aldo da Silva Valente
Manoel Gomes da Silva Filho
Alexandre da Costa Linhares
Vânia Barbosa da C. Araújo
Centro Nacional de Primatas - CENP
Carlos Faro
Diretor
XII Seminário Interno do Programa
de Bolsas de Iniciação Científica
do Instituto Evandro Chagas
3 – 4 de julho de 2007
PROGRAMA DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – PIBIC/IEC
Coordenadora
Ana Cecília Ribeiro Cruz
Vice-Coordenador
Ediclei Lima do Carmo
CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTNO CIENTÍFICO
E TECNOLÓGICO – CNPq
Presidente
Marco Antônio Zago
Coordenador Geral do PIBIC/CNPq
Silvana Almeida Filgueira de Medeiros
COMITÊ INSTITUCIONAL DE AVALIAÇÃO DO PIBIC
Alexandre da Costa Linhares
Ana Cecília Ribeiro Cruz
Francisco Lúzio de Paula Ramos
Heloisa Marceliano Nunes
Iracina Maura de Jesus
Joana D’Arc Pereira Mascarenhas
Manoel do Carmo Pereira Soares
Marco Antônio Vasconcelos Santos
Marinete Marins Póvoa
Wyller Alencar de Mello
Seção de Virologia
Seção de Arbovirologia e Febres
Hemorrágicas
Seção de Bacteriologia e Micologia
Seção de Hepatologia
Seção de Meio Ambiente
Seção de Virologia
Seção de Hepatologia
Seção de Parasitologia
Seção de Parasitologia
Seção de Virologia
COMITÊ EXTERNO DE AVALIAÇÃO DO PIBIC 2007
José Paulo Gagliardi Leite
Artur Luiz da Costa da Silva
Pesquisador 1A/CNPq/FIOCRUZ
Representando o CNPq
Pesquisador 2/CNPq/UFPA
AGÊNCIAS FINANCIADORAS
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq
Ministério da Saúde/Secretaria de Vigilância em Saúde – MS/SVS
XII Seminário Interno do Programa
de Bolsas de Iniciação Científica
do Instituto Evandro Chagas
3 – 4 de julho de 2007
LIVRO DE RESUMOS
Ananindeua
Novembro, 2007
© 2007, XII Seminário Interno do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação
Científica do Instituto Evandro Chagas
COMISSÃO ORGANIZADORA
Ana Cecília Ribeiro Cruz
Ediclei Lima do Carmo
João Carlos Lopes da Silva
Carolina Rodrigues da Costa
Nívia Helena M. Santos
Adlai Sousa
Maria da Graça S. da Silva
Vânia Barbosa da Cunha Araújo
Isabella Maria Almeida Mateus
Maria da Graça Santos da Silva
Coordenadora do PIBIC
Vice-Coordenador do PIBIC
Administrador do IEC
Informática
Secretaria do PIBIC
Assessoria de Comunicação
Assessoria de Comunicação
Projeto gráfico:
Normalização e editoração
Diagramação
Revisão final
Capa
Nota: Os conceitos e a parte de redação emitida dos trabalhos são de exclusiva
responsabilidade de seus autores.
Ficha Catalográfica
Seminário Interno do Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas (12: 2007
jul. 3 a 4: Ananindeua, Pa)
Livro de resumos... Ananindeua: Instituto Evandro Chagas,
2007.
82p.
1. CONGRESSOS. 2. DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS.
3. BIOLOGIA COMPUTACIONAL. I. Título.
CDU: 616.9:061.3
Apresentação
O programa de Iniciação Científica, como parte da proposta
do CNPq de incentivar o interesse do aluno para a pesquisa e para a
Saúde Pública trás para o Instituto Evandro Chagas (IEC) a
responsabilidade de ensinar os procedimentos básicos, sem os quais o
aprendizado fica sem alicerces, e manter esse aluno informado sobre os
avanços mais recentes e disponíveis gerados pela tecnologia.
Completando esse objetivo temos a partir deste ano, aqui
no IEC, o PIBIC Júnior, iniciativa do Governo do Estado do Pará, através
da Secretaria de Indústria Comércio e Mineração. São jovens que iniciam
mais cedo a olhar para o futuro pela ótica da pesquisa a serviço da
Saúde Pública.
No momento está em pauta a Bioinformática como tema
de um seminário, discutindo essa tecnologia que nasceu da reunião de
diferentes áreas do conhecimento tais como: a matemática, a engenharia
de softwares, a ciência da computação, a estatística e a biologia molecular.
Ela permitiu que os conceitos fossem materializados em tecnologia a
serviço da necessidade de associações cada vez mais numerosas e
complexas.
A partir da grande descoberta, na década de 50, de que o
DNA era a molécula repositório da informação genética, e sua estrutura
química foi desvendada no célebre trabalho de Watson e Crick, e todo o
avanço que foi possível a partir desse ponto com o posterior conhecimento
do código genético e do mecanismo de transmissão de informações dentro
do polímero, nasceu a Biologia Molecular, exigindo novos e mais rápidos
métodos de análise.
Em resposta aos desafios do recente conhecimento surgiram
os métodos de seqüenciamento que permitiam a leitura de diferentes
seqüências constituintes de um determinado DNA, ainda que lentamente.
Os seqüenciadores automáticos, na segunda metade dos anos 90
aceleraram o processo gerando uma enorme quantidade de seqüências
armazenadas esperando para serem analisadas, associadas e
interpretadas.
Dessa urgência nasceu a Bioinformática, respondendo no
primeiro momento ao anseio de respostas dos geneticistas, e logo após a
muitas outras demandas. Na área da saúde destacamos a seleção e
classificação de proteínas viáveis e ideais para preparação de novos
medicamentos; reconhecimento de padrões biomédicos que possam dar
apoio ao diagnóstico e a tomada de decisão de gestores e a criação de
sistemas inteligentes para ensino em diferentes instâncias, entre outros.
No momento o IEC está iniciando um Núcleo de
Bioinformática, por iniciativa da Seção de Virologia, através do Dr.
Ronaldo Barros de Freitas. Esperamos que esse Núcleo agregue também
as iniciativas do PIBIC. Toda tecnologia nova vem carregada de mistérios
que lentamente vão adquirindo os contornos da realidade, até se tornarem
apenas o que realmente são: instrumentos novos para conhecer e analisar
melhor a enorme gama do conhecimento humano que a cada dia é
produzido e nos chega, respondendo a inúmeras indagações e deixando
milhares de outras para serem respondidas pela tecnologia do futuro. É
assim que a humanidade caminha, desde a conquista do fogo, até os dias
de hoje.
Que venha a bioinformática e o seu cortejo de inovações.
Elisabeth Conceição de Oliveira Santos
Diretora do Instituto Evandro Chagas
Agradecimentos
Os organizadores do Seminário Interno do PIBIC/IEC 2007 formulam
os seus agradecimentos
Ao CNPq;
À Direção do IEC, Serviço de Administração, Assessoria de
Comunicação, Setor de Informática;
Aos integrantes do Comitê Institucional e Comitê Externo e
principalmente aos nossos bolsistas e seus respectivos orientadores;
Por toda compreensão, empenho e apoio, aspectos fundamentais para
realização e para o sucesso de nosso seminário.
Sumário
Programação ......................................................................
13
Arbovirologia e Febres Hemorrágicas
1 –
Estudo experimental sobre a patogenicidade e padrão
da resposta imune humoral e celular para o Vírus
Caraparu em Hamsters dourados jovens (Mesocricetus
auratus) ............................................................................
23
Caracterização molecular de Hantavírus em amostras
biológicas de roedores silvestres capturados no Estado do
Mato Grosso ......................................................................
25
3 –
Análise genética de amostras dos vírus dengue 1 isoladas
no Instituto Evandro Chagas .............................................
27
4 –
Caracterização antigênica, físico-química e biológica do
vírus Be Ar 701402, isolado a partir de mosquitos da
espécie Psorophora (Jan) ferox, capturados em Altamira,
Pará ...................................................................................
29
Caracterização genética de cepas do vírus dengue 3
associadas a casos de encefalomielite aguda humana
ocorridos no Estado de Rondônia, 2005 ............................
31
Estudo da cinética da infecção pelo vírus Piry em
camundongos albinos adultos e o impacto do processo
infeccioso sobre o sistema nervoso central .......................
33
2 –
5 –
6 –
Bacteriologia e Micologia
7 –
Investigação molecular dos fatores de virulência em
Escherichia coli enteropatogênicas isoladas de pacientes
infectados pelo HIV-1 .......................................................
35
Pesquisa de anticorpos contra Histoplasma capsulatum
var. capsulatum em pacientes encaminhados a Seção de
Bacteriologia e Micologia do Instituto Evandro Chagas ...
37
9 –
Diversidade genética de cepas de Mycobacterium
tuberculosis isoladas no Pará...........................................
39
10–
Produção de Exoantígeno do fungo termo-dimórfico
Paracoccidioides brasiliensis para utilização em testes
sorológicos e produção de soro hiperimune ......................
41
8 –
Epidemiologia e Geoprocessamento
11 – Avaliação do modelo de vigilância epidemiológica por
síndromes na Região Amazônica ......................................
43
12 – Desenvolvimento de modelos de inter-relacionamento de
bases de dados não convencionais aplicados a vigilância
em saúde e epidemiologia ..................................................
45
Hepatologia e Microscopia Eletrônica
13 – Caracterização ultraestrutural, sorológica e molecular do
vírus da Hepatite B em soros com presença do DNA viral:
aspectos quantitativos e de mutação viral .........................
47
14 – Caracterização de uma nova linhagem celular para o
Mixoma Odontogênico ......................................................
49
15 – Cinética da infecção pelos vírus Itacaiunas e Curionópolis
em cérebro de camundongos albinos recém-nascidos, após
instilação nasal: uma abordagem imunohistoquímica ........
51
Parasitologia
16 – Diagnóstico da Criptosporidiose e identificação molecular
de C. parvum em pacientes com o vírus da imunodeficiência
humana (HIV) ...................................................................
53
17 – Estudo experimental da viabilidade do Trypanosoma cruzi
no açaí e infecção em camundongos ................................
55
18 – Avaliação de grupos de risco com malária no município de
Belém: atenção às gestantes .............................................
57
19 – Ciclo evolutivo experimental e perfil epidemiológico do
Rhodnius milesi (Valente et al. 2001), uma nova espécie
de triatomíneo descrita no Estado do Pará .......................
59
20 – Técnica de nested-PCR para detecção de DNA de
Plasmodium Sp. extraído de lâminas de gota espessa (GE)
coradas pelo Giemsa provenientes de áreas endêmicas do
Estado do Pará ..................................................................
61
21 – Malária por Plasmodium vivax: possível influência do peso
na resposta ao tratamento .................................................
63
22 – Detecção da Leishmania (Leishmania) chagasi por PCR
em flebotomíneos naturalmente infectados da localidade de
Cafezal, área endêmica da leishmaniose visceral, no
município de Barcarena (Pa) ............................................
65
Primatologia
23 – Estudo da maturação oocitária In Vitro em primatas
neotropicais da espécie Cebus apella ..............................
67
XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro
Chagas: 3 - 4 de julho de 2007
Livro de resumos
Virologia
24 – Estudo da prevalência de adenovírus entérico em espécimes
fecais de crianças diarréicas em Belém, Pará ..................
69
25 – Epidemiologia molecular dos vírus Influenza e
Metapneumovírus ..............................................................
71
26 – Estudo da etiologia viral em casos de infecção respiratória
aguda (IRA) na Amazônia ................................................
73
27 – Detecção e caracterização molecular de norovírus em fezes
de crianças com diarréia aguda, atendidas em um hospital,
de Belém-Pará ..................................................................
75
28 – Caracterização molecular de vírus respiratório sincicial,
isolados em Belém no período de 1999 a 2004 .................
77
29 – Pesquisa de rotavírus em crianças menores de cinco anos
de idade com diarréia aguda no município de Parauapebas,
Pará ...................................................................................
79
30 – Caracterização genotípica de amostras de rotavírus
provenientes de crianças com diarréia aguda em Belém,
Pará ...................................................................................
81
12
Livro de resumos
XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica
do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007
Programação
Dia 3 de julho de 2007
8 h às 9 h
Local: Auditório 3 – IEC/Ananindeua
• Solenidade de abertura
Ana Cecília Ribeiro Cruz
Coordenação do PIBIC/IEC
José Paulo Gagliardi Leite
Comitê Externo de Avaliação
Palestras
Importância do programa para a Instituição
Dra. Elisabeth C. de Oliveira Santos
Diretora do Instituto Evandro Chagas – IEC
A Bioinformática como ferramenta para pesquisa
Dr. Artur Luiz da Costa Silva
Universidade Federal do Pará – UFPA
9 h às 11 h
• Seção I. Arbovirologia e Febres Hemorrágicas
– Moderadora
Adriana Ribeiro Carneiro
Ex-bolsista do PIBIC/IEC
13
XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro
Chagas: 3 - 4 de julho de 2007
Livro de resumos
– Bolsistas
Anderson Diego Costa Agrassar
Orientadora: Lívia Caricio Martins
Projeto: Estudo experimental sobre a patogenicidade e
padrão da resposta imune humoral e celular para o
Vírus Caraparu em Hamsters dourados jovens
(Mesocricetus auratus)
PROJ/ARB-1
Darlene de Brito Simith
Orientadora: Elizabeth Salbé Travassos da Rosa
Projeto: Caracterização molecular de Hantavírus em amostras
biológicas de roedores silvestres capturados no
Estado do Mato Grosso
PROJ/ARB-2
Luana Leonardo Alves
Orientadora: Ana Cecília Ribeiro Cruz
Projeto: Análise genética de amostras dos vírus dengue 1
isoladas no Instituto Evandro Chagas
PROJ/ARB-3
Samuel Carvalho Vidal
Orientadora: Conceição de Maria Almeida Vieira
Projeto: Caracterização antigênica, físico-química e biológica
do vírus Be Ar 701402, isolado a partir de mosquitos
da espécie Psorophora (Jan) ferox, capturados em
Altamira, Pará
PROJ/ARB-4
14
Livro de resumos
XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica
do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007
Samir Mansour Moraes Casseb
Orientador: Marcio Roberto Teixeira Nunes
Projeto: Caracterização genética de cepas do vírus dengue 3
associadas a casos de encefalomielite aguda humana
ocorridos no Estado de Rondônia, 2005
PROJ/ARB-5
Zaire Alves dos Santos
Orientador: Pedro Fernando da Costa Vasconcelos
Projeto: Estudo da cinética da infecção pelo vírus Piry em
camundongos albinos adultos e o impacto do
processo infeccioso sobre o sistema nervoso central
PROJ/ARB-6
• Seção II. Bacteriologia e Micologia
– Moderadora
Adriana Ribeiro Carneiro
Ex-bolsista do PIBIC/IEC
– Bolsistas
Jackeline de Sousa Carrera
Orientadora: Cintya de Oliveira Souza
Projeto: Investigação molecular dos fatores de virulência em
Escherichia coli enteropatogênicas isoladas de
pacientes infectados pelo HIV-1
PROJ/BAC-7
15
XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro
Chagas: 3 - 4 de julho de 2007
Livro de resumos
Lívia Barreto Nepomuceno
Orientadora: Maurimélia Mesquita da Costa
Projeto: Pesquisa de anticorpos contra Histoplasma
capsulatum var. capsulatum em pacientes
encaminhados a Seção de Bacteriologia e Micologia
do Instituto Evandro Chagas
PROJ/BAC-8
11 h às 11 h 15 min - Intervalo
11 h 20 min às 14 h
• Seção II. Bacteriologia e Micologia
– Moderadora
Adriana Ribeiro Carneiro
Ex-bolsista do PIBIC/IEC
– Bolsistas
Priscila Gabriela de Souza Braga
Orientadora: Karla Valéria Batista Lima
Projeto: Diversidade genética de cepas de Mycobacterium
tuberculosis isoladas no Pará
PROJ/BAC-9
Rosiane Ferreira Pimentel
Orientadora: Silvia Helena Marques da Silva
Projeto: Produção de Exoantígeno do fungo termo-dimórfico
Paracoccidioides brasiliensis para utilização em
testes sorológicos e produção de soro hiperimune
PROJ/BAC-10
16
Livro de resumos
XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica
do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007
• Seção III. Epidemiologia e Geoprocessamento
– Moderadora
Adriana Ribeiro Carneiro
Ex-bolsista do PIBIC/IEC
– Bolsistas
Felipe D’Almeida Costa
Orientadora: Gilberta Bensabath
Projeto: Avaliação do modelo de vigilância epidemiológica
por síndromes na Região Amazônica
PROJ/EPI/GEO-11
Douglas Gasparetto
Orientador: Nelson Veiga Gonçalves
Projeto: Desenvolvimento de modelos de interrelacionamento de bases de dados não convencionais
aplicados a vigilância em saúde e epidemiologia
PROJ/EPI/GEO-12
• Seção IV. Hepatologia e Microscopia Eletrônica
– Moderadora
Adriana Ribeiro Carneiro
Ex-bolsista do PIBIC/IEC
– Bolsistas
Andreza Pinheiro Malheiros
Orientador: Manoel do Carmo Pereira Soares
Projeto: Caracterização ultraestrutural, sorológica e
molecular do vírus da Hepatite B em soros com
presença do DNA viral: aspectos quantitativos e de
mutação viral
PROJ/HEP/ME-13
17
XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro
Chagas: 3 - 4 de julho de 2007
Livro de resumos
Lucas Rodrigues Pinheiro
Orientador: José Antonio Picanço Diniz Junior
Projeto: Caracterização de uma nova linhagem celular para
o Mixoma Odontogênico
PROJ/HEP/ME-14
Márcio Augusto Galvão Braga
Orientador: José Antônio Picanço Diniz Junior
Projeto: Cinética da infecção pelos vírus Itacaiunas e
Curionópolis em cérebro de camundongos albinos
recém-nascidos, após instilação nasal: uma
abordagem imunohistoquímica
PROJ/HEP/ME-15
Dia 4 de julho de 2007
8 h às 11 h
• Seção V. Parasitologia
– Moderadora
Adriana Ribeiro Carneiro
Ex-bolsista do PIBIC/IEC
– Bolsistas
Alysson Roberto Corrêa Leitão
Orientadora: Mônica Cristina de M. Silva
Projeto: Diagnóstico da Criptosporidiose e identificação
molecular de C. parvum em pacientes com o vírus da
imunodeficiência humana (HIV)
PROJ/PAR-16
18
Livro de resumos
XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica
do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007
Andréa Lívia Lins Neves
Orientador: Sebastião Aldo da Silva Valente
Projeto: Estudo experimental da viabilidade do Trypanosoma
cruzi no açaí e infecção em camundongos
PROJ/PAR-17
Fernanda Vilaça Moura
Orientadora: Ana Yecê das Neves Pinto
Projeto: Avaliação de grupos de risco com malária no
município de Belém: atenção às gestantes
PROJ/PAR-18
Leidiane Oliveira dos Santos Silva
Orientadora: Vera da Costa Valente
Projeto: Ciclo evolutivo experimental e perfil epidemiológico
do Rhodnius milesi (Valente et al. 2001), uma nova
espécie de triatomíneo descrita no Estado do Pará
PROJ/PAR-19
Nathália Nogueira Chamma
Orientadora: Giselle Maria Rachid Viana
Projeto: Técnica de nested-PCR para detecção de DNA de
Plasmodium Sp. extraído de lâminas de gota espessa
(GE) coradas pelo Giemsa provenientes de áreas
endêmicas do Estado do Pará
PROJ/PAR-20
19
XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro
Chagas: 3 - 4 de julho de 2007
Livro de resumos
Marcus Paulo Rocha Libonati
Orientadora: Ana Maria R. da S. Ventura
Projeto: Malária por Plasmodium vivax: possível influência
do peso na resposta ao tratamento
PROJ/PAR-21
Thiago Vasconcelos dos Santos
Orientadora: Edna Aoba Yassui Ishikawa
Projeto: Detecção da Leishmania (Leishmania) chagasi por
PCR em flebotomíneos naturalmente infectados da
localidade de Cafezal, área endêmica da
leishmaniose visceral, no município de Barcarena
(Pa)
PROJ/PAR-22
• Seção VI. Primatologia
– Moderadora
Adriana Ribeiro Carneiro
Ex-bolsista do PIBIC/IEC
– Bolsistas
Karol Guimarães Oliveira
Orientador: Paulo Henrique Gomes de Castro
Projeto: Estudo da maturação oocitária In Vitro em primatas
neotropicais da espécie Cebus apella
PROJ/PRI-23
20
Livro de resumos
XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica
do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007
10 h às 10 h 15 min – Intervalo
10 h 16 min
• Seção VII. Virologia
– Moderadora
Adriana Ribeiro Carneiro
Ex-bolsista do PIBIC/IEC
– Bolsistas
Alessilva do Socorro Lima de Oliveira
Orientador: Alexandre da Costa Linhares
Projeto: Estudo da prevalência de adenovírus entérico em
espécimes fecais de crianças diarréicas em Belém,
Pará
PROJ/VIR-24
Giuliana De Gregoris
Orientadora: Rita Catarina Medeiros Sousa
Projeto: Epidemiologia molecular dos vírus Influenza e
Metapneumovírus
PROJ/VIR-25
Helem Ferreira Ribeiro
Orientador: Wyller Alencar de Mello
Projeto: Estudo da etiologia viral em casos de infecção
respiratória aguda (IRA) na Amazônia
PROJ/VIR-26
21
XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro
Chagas: 3 - 4 de julho de 2007
Livro de resumos
Inaê Santiago do Nascimento
Orientadora: Yvone Gabbay Mendes
Projeto: Detecção e caracterização molecular de norovírus
em fezes de crianças com diarréia aguda, atendidas
em um hospital, de Belém-Pará
PROJ/VIR-27
Luana Soares Barbagelata
Orientadora: Rita Catarina Medeiros de Souza
Projeto: Caracterização molecular de vírus respiratório
sincicial, isolados em Belém no período de 1999 a
2004
PROJ/VIR-28
Régis Piloni Maestri
Orientadora: Joana D’Arc Pereira Mascarenhas
Projeto: Pesquisa de rotavírus em crianças menores de cinco
anos de idade com diarréia aguda no município de
Parauapebas, Pará
PROJ/VIR-29
Sylvia de Fátima dos Santos Guerra
Orientadora: Joana D’Arc Pereira Mascarenhas
Projeto: Caracterização genotípica de amostras de rotavírus
provenientes de crianças com diarréia aguda em
Belém, Pará
PROJ/VIR-30
14 h – Encerramento
22
Livro de resumos
XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica
do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007
PROJ/ARB-1
ESTUDO EXPERIMENTAL SOBRE A PATOGENICIDADE E
PADRÃO DA RESPOSTA IMUNE HUMORAL E CELULAR
PARA O VÍRUS CARAPARU EM HAMSTERS DOURADOS
JOVENS (MESOCRICETUS AURATUS)
Bolsista: Anderson Diego Costa Agrassar
Orientadora: Lívia Caricio Martins
Introdução: O Vírus Caraparu (VCAR) é um arbovírus pertencente à família
Bunyaviridae, gênero Orthobunyavirus (Büchen-Osmond, 2003). Este pode
ser associado a doenças limitadas e que são caracterizadas por febre com
duração de 4 a 5 dias, cefaléia, calafrios, náuseas, fraqueza, fotofobia e dor retro
bulbar. Objetivo: Investigar a patogenicidade e o padrão de resposta imune
humoral e celular do Vírus Caraparu, mediante ensaio experimental utilizando
como modelo hamsters dourados jovens (Mesocricetus auratus). Materiais e
Métodos: Para este estudo experimental selecionamos a amostra BeH 5546 do
VCAR, isolada em 1956 de um paciente febril, a partir da qual foi realizada a
infecção experimental com inoculação via IP da suspensão viral em hamsters
dourados jovens e titulação da amostra viral, posteriormente, os animais foram
sacrificados e foi feita a coleta de sangue e dos fragmentos de vísceras (cérebro,
fígado, coração, baço, rim e pulmão) que ocorreu a cada 24 H p.i do 1º ao 10º dia
e no 12º e 15º dia p.i., sendo coletados 2 animais infectados e um controle não
infectado. Os soros dos animais infectados foram separados para detecção de
anticorpos por soro neutralização e as vísceras utilizadas na imunohistoquímica
e detecção de da presença de marcadores de resposta imune humoral e celular.
Resultados: A detecção de anticorpos neutralizantes foi realizada através da
técnica de soro-neutralização, contudo apenas o soro homólogo da amostra
estudada apresentou ILN ³ 1,8, os demais soros dos hamsters infectados com
a amostra BeH 5546 não apresentaram anticorpos neutralizantes. A
imunomarcação para o antígeno viral revelou positividade evidente a partir do
2º dia p.i. principalmente em fígado, pulmão e rim. Esse padrão de reatividade
aumentou discretamente até o 5º dias p.i., mantendo-se até o 7º dia p.i. No
fígado, os espaços-porta foram mais fortemente marcados quando comparados
aos ácinos hepáticos. No pulmão o padrão de imunomarcação revelou
positividade em células de parede alveolar e nos rins esse padrão foi
23
XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro
Chagas: 3 - 4 de julho de 2007
Livro de resumos
predominante nas células tubulares renais. Os testes imunohistoquímicos para
o perfil de citocinas revelou um padrão TH1 com imunoespressão para TGN-á
e interferon-ã, acompanhado por fraca imunomarcação para IL-10. Conclusão:
Na imunohistoquímica os resultados encontrados mostraram que a infecção
causada pela amostra BeH 5546 do VCAR foi viscerotropica, com maiores
alterações em torno do 5º ao 7º dia p.i.; A imunomarcação de células da resposta
imune demonstrou um padrão TH1 que é característico de infecções agudas
que em geral evoluem para a cura ou intensificação das lesões dos órgãos alvo,
fato que explica porque os soros dos hamsters infectados não apresentaram de
anticorpos neutralizantes para o Vírus Caraparu; O presente estudo demonstrou
que o hamster apesar de ser susceptível a infecção pelo Vírus Caraparu não se
mostrou um bom modelo experimental, pois não conseguimos detectar
anticorpos anti-Vírus Caraparu nos soros dos hamsters infectados com a
amostra viral.
Palavras-chave: Caraparu; Infecção experimental; Patogenicidade.
24
Livro de resumos
XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica
do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007
PROJ/ARB-2
CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE HANTAVÍRUS EM
AMOSTRAS BIOLÓGICAS DE ROEDORES SILVESTRES
CAPTURADOS NO ESTADO DO MATO GROSSO
Bolsista: Darlene de Brito Simith
Orientadora: Elizabeth Salbé Travassos da Rosa
Introdução: A Síndrome Cardiopulmonar por Hantavírus (SCPH) é uma doença
causada pelos hantavírus (gênero Hantavirus, família Bunyaviridae), mantidos
em natureza por infecção crônica de roedores da família Cricetidae subfamília
Sigmodontinae e transmitidos ao homem por aerossóis de excretas de roedores
infectados. O Mato Grosso corresponde ao quarto estado brasileiro com o
maior número de casos de SCPH e o primeiro de maior ocorrência na região
Amazônica, no entanto o hantavírus responsável pela infecção, ainda é
desconhecido. Objetivos: Detecção do genoma de hantavírus em fragmentos
de órgãos de roedores silvestres sorologicamente positivos e caracterização
genética por meio de técnicas de biologia molecular. Materiais e Métodos:
Fragmentos de pulmões, coração, rim, baço e fígado de oito roedores silvestres
Calomys sp. IgG positivos (ELISA), dos 126 roedores capturados nos municípios
de Tangará da Serra e Campo Novo dos Parecis/MT, em um estudo ecoepidemiológico após a ocorrência de casos em 2001, realizado por equipe do
Instituto Evandro Chagas e Secretaria de Saúde do Mato Grosso. Essas vísceras
foram submetidas à detecção do RNA viral pela técnica RT-Nested-PCR para os
segmentos S e M de hantavírus, seqüenciamento nucleotídico e análise
filogenética pelo método de Neighbor Joining. Resultados: O SRNA de
hantavírus foi detectado em sete dos oito roedores analisados e o MRNA em
três. A análise filogenética comparativa entre as seqüências obtidas dos vírus
nos roedores RO 19089 (pulmão), RO 18980 (coração) procedentes de Tangará
da Serra e RO 19065 (pulmão) procedente de Campo Novo dos Parecis, e outros
Hantavírus do Velho e Novo Mundo mostrou similaridade genética entre si
(98,4% nt; 100% aa) e com o vírus Laguna Negra (média de 90% nt, 100% aa).
A análise do segmento M/G2 foi inviabilizada, uma vez que a utilização dos
iniciadores degenerados não permitiu a obtenção de seqüências satisfatórias.
Conclusões: Dados eco-epidemiológicos e genéticos sugerem a circulação do
mesmo vírus em ambos os municípios. A similaridade genética, o fato destes
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Livro de resumos
apresentarem roedores do gênero Calomys como reservatório, a proximidade
geográfica com o Paraguai e Bolívia (locais de circulação do vírus Laguna
Negra-LN) e o tipo de vegetação pré-amazônica dos municípios mato-grossenses
em estudo e nos países relacionados indicam a possibilidade dos vírus
analisados serem uma cepa do LN. Seqüências parciais do gene N de amostras
de soros humanos IgM positivas provenientes dos municípios em estudo
mostram que o vírus encontrado nos roedores é o mesmo dos humanos.
Palavras-chave: Mato Grosso; Caracterização genética; Roedores silvestres;
Hantavírus.
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PROJ/ARB-3
ANÁLISE GENÉTICA DE AMOSTRAS DOS VÍRUS
DENGUE 1 ISOLADAS NO INSTITUTO EVANDRO
CHAGAS
Bolsista: Luana Leonardo Alves
Orientadora: Ana Cecília Ribeiro Cruz
Introdução: A febre do dengue é uma das mais importantes arboviroses
amplamente distribuída por todas as áreas tropicais do mundo. Os vírus são
transmitidos principalmente pelo Aedes aegypti. A dispersão do vetor e o
aumento do fluxo migratório entre países possibilitaram a ocorrência de grandes
epidemias e manifestações clínicas severas, como febre hemorrágica do dengue
(FHD) e Síndrome do choque (SC). No Brasil, o vírus dengue reemergiu em 1986
e até hoje continua sendo um grave problema de saúde pública. Objetivos:
Estudo molecular dos vírus VDEN1 no Brasil e análise de variabilidade genética.
Metodologia: Foram utilizadas 8 cepas virais brasileiras, pertencentes aos estados
do: Amazonas, Amapá, Ceará, Mato Grosso, Pará, Piauí, Rio Grande do Norte e
Roraima. Os espécimes utilizados foram de suspensão celular infectada, a qual
foi recuperada em cultura de células de Aedes albopictus, clone C6/36, para a
verificação do efeito citopático (ECP) e obtenção do estoque viral para o estudo
molecular. O teste de imunoflurescência indireta (IFI) foi realizado para a
confirmação da presença viral. O cDNA foi obtido por transcrição reversa (RT)
e reação em cadeia da polimerase (PCR), utilizando-se primers específicos para
região gênica do envelope viral (1559-2600), com tamanho previsto de 1.041
pares de bases. Os produtos do RT-PCR foram purificados, seqüenciados e
analisados. Resultados e conclusão: As cepas selecionadas no estudo
mostraram um elevado grau de similaridade nucleotídica (97,5%) com as cepas
que circulam nas Américas. As diferenças de aminoácidos ocorridas entre as
cepas brasileiras do estudo quando comparadas com a cepa francesa FGA/89,
mostrou a presença de um importante ponto de mutação que pode estar
relacionado ao grau de virulência desse vírus, como no aminoácido E-405
(Tre®Pro) e E-338 (Ser®Leu). Observou-se também uma alta freqüência de
mutações silenciosas durante a circulação do VDEN1 no Brasil, o que pode
explicar a variação de virulência de uma área geográfica para outra. A análise
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filogenética mostrou que as cepas brasileiras estão agrupadas dentro do
genótipo V, que albergam a maiorias das cepas de VDEN1 que circulam no
continente Americano.
Palavras-chave: Vírus dengue 1; Flavivirus; Flaviviridae.
Suporte Financeiro: SVS/IEC, CNPq.
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PROJ/ARB-4
CARACTERIZAÇÃO ANTIGÊNICA, FÍSICO-QUÍMICA E
BIOLÓGICA DO VÍRUS BE AR 701402, ISOLADO A
PARTIR DE MOSQUITOS DA ESPÉCIE PSOROPHORA
(JAN) FEROX, CAPTURADOS EM ALTAMIRA, PARÁ
Bolsista: Samuel Carvalho Vidal
Orientadora: Conceição de Maria Almeida Vieira
Introdução: Arbovírus são vírus transmitidos por artrópodes. Eles formam o
maior grupo de vírus que se conhece, apresentando vasta distribuição
geográfica envolvendo todos os continentes, tendo predominância nas regiões
tropicais, uma vez que essas regiões apresentam condições ecológicas mais
adequadas. Os arbovírus estão incluídos em geral nas famílias: Rhabdoviridae,
Flaviviridae, Bunyaviridae, Reoviridae e Togaviridae, no entanto, nem todos
os vírus pertencentes a essas famílias são arbovírus. Objetivo: Caracterizar
antigênica, físico-química e biologicamente o vírus BE AR 701402. Material e
Métodos: O vírus BE AR 701402 foi isolado na SAARB do Instituto Evandro
Chagas a partir de mosquitos da espécie Psorophora (Jan) ferox, capturados
no dia 07/02/2006 em Altamira, Pará. Para verificar a sensibilidade das culturas
de células Vero e de Aedes albopictus, clone C6/36 frente ao vírus BE AR
701402, estas células foram inoculadas, sendo realizados testes de
Imunofluorescência Indireta (IFI) para confirmação da infecção viral. Foram
realizados testes para verificação da sensibilidade ao desoxicolato de sódio
(DCA) e testes de Fixação do Complemento (FC), além da realização da titulação
viral. Resultados: O título obtido para o vírus BE AR 701402 em camundongos
albinos suíços (Mus musculus) recém-nascidos foi de 10-5,5 DL50/ 0,02 mL. O
vírus BE AR 701402 foi capaz de alterar as células Vero e C6/36. Os testes de IFI
mostraram resultados positivos para ambas as culturas celulares. O vírus BE
AR 701402 reagiu com soros dos vírus Taiassuí (AR 671) e Tucunduba (AR
278), que são vírus do grupo Bunyamwera (gênero Orthobunyavirus, família
Bunyaviridae). O título do vírus com DCA foi menor do que sem DCA.
Conclusões: O vírus BE AR 701402 é sensível ao DCA, logo apresenta envelope
lipídico; é capaz de replicar-se em células Vero e C6/36. O resultado positivo do
teste de IFI realizado com células Vero e C6/36 indica que as alterações
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observadas nessas células foram devidas ao vírus BE AR 701402. O vírus BE
AR 701402 é relacionado ao grupo Bunyamwera (gênero Orthobunyavirus,
família Bunyaviridae).
Palavras-chave: Caracterização; BE AR 701402; Bunyamwera.
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PROJ/ARB-5
CARACTERIZAÇÃO GENÉTICA DE CEPAS DO VÍRUS
DENGUE 3 ASSOCIADAS A CASOS DE
ENCEFALOMIELITE AGUDA HUMANA OCORRIDOS NO
ESTADO DE RONDÔNIA, 2005
Bolsista: Samir Mansour Moraes Casseb
Orientador: Marcio Roberto Teixeira Nunes
Introdução: O vírus dengue (VDEN) é considerado um dos mais importantes
arbovírus que infectam humanos. Este vírus pertence à família Flaviviridae,
gênero Flavivirus e apresentam quatro sorotipos distintos (VDEN-1, 2, 3 e 4). A
epidemia de dengue ocorrida em Rondônia no ano de 2005, revelou a associação
do sorotipo 3 (VDEN-3) a um quadro neurológico caracterizado por
encefalomielite aguda. Objetivo: Caracterizar geneticamente duas cepas do
VDEN3 isoladas de pacientes com casos de dengue clinica e laboratorialmente
confirmados e associados a quadros de encefalomielite aguda ocorridos durante
uma epidemia de dengue no estado de Rondônia em 2005. Materiais e Métodos:
As amostras foram propagadas em células C6/36 e o RNA foi extraído através
do fluido das células. Foi empregado a técnica de RT-PCR utilizando iniciadores
específicos para os genes C, PrM, M e E foi utilizada para amplificação, obtenção
da seqüência nucleotídica da região estrutural do genoma do VDEN-3, análise
filogenética, determinação de mutações e modelagem da estrutura secundária
do RNA viral. Resultados: O seqüenciamento nucleotídico revelou alto
percentual de identidade entre as cepas de Roraima sendo as cepas Rond 3115
e Rond 2930, isoladas de pacientes com quadro de encefalomielite aguda, mais
geneticamente relacionada entre si do que com as demais cepas do estudo.
Filogeneticamente as cepas de Rondônia foram identificadas como variantes
do genótipo III constituindo uma linhagem genética distinta cuja origem
evolutiva está relacionada às cepas que circularam em Belém no ano de 2005.
Um grande número de mutações foi detectado ao longo do genoma das cepas
isoladas em Rondônia, sendo que a mutação não sinônima I 660 R ocorrida no
gene E, mais especificamente ao nível do tripeptídeo IGD das cepas Rond 3115
e Rond 2930 podem estar associadas a mudanças no comportamento biológico
destas cepas. Conclusão: I) A análise genética revelou que as cepas isoladas
no Estado de Rondônia, são pertencentes ao genótipo III do VDEN-3;
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encefalomielite aguda, Estado de Rondônia; II) A origem das cepas isoladas em
Rondônia provavelmente está relacionada às cepas que circularam na cidade
de Belém no ano de 2005; III) Diversas mutações sinônimas e não sinônimas
foram observadas principalmente ao nível do gene E das cepas associadas ao
quadro clínico de encefalite aguda; IV) A mutação I660R modificou o caráter
bioquímico do aminoácido (hidrofóbico para básico), bem como a estrutura
secundária do RNA das cepas virais Rond 2930 e Rond 3115 e pode estar
relacionada ao diferente comportamento biológico das mesmas no que tange
os quadros de encefalomielite aguda apresentados pelos respectivos pacientes;
V) Estudos complementares em genética reversa e patologia experimental são
necessários para avaliar se tal mutação pode ser considerada como um marcador
de neurovirulência para o VDEN-3.
Palavras-chave: Vírus Dengue 3; Encefalomielite aguda.
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PROJ/ARB-6
ESTUDO DA CINÉTICA DA INFECÇÃO PELO VÍRUS PIRY
EM CAMUNDONGOS ALBINOS ADULTOS E O IMPACTO
DO PROCESSO INFECCIOSO SOBRE O SISTEMA
NERVOSO CENTRAL
Bolsista: Zaire Alves dos Santos
Orientador: Pedro Fernando da Costa Vasconcelos
Introdução: Dada a alta incidência de arboviroses no Brasil, especialmente na
região amazônica, devido ao manejo inadequado do ecossistema (Vasconcelos
et al., 2001), o estudo desse tipo de infecção é uma importante questão de
saúde pública. Pretende-se estudar um modelo experimental de infecção pelo
vírus Piry, um Rhabovirus pertencente ao grupo antigênico da estomatite
vesicular, altamente prevalente na Amazônia, causador de doença febril em
humanos (Pinheiro et al., 1986). Objetivo: Estudar a cinética de infecção viral
dirigida pelo Vesiculovirus Piry em camundongos albinos adultos, com ênfase
no impacto da mesma no sistema nervoso central. Materiais e Métodos: Foram
infectados 100 camundongos adultos Mus musculus de doze semanas com o
vírus Piry, via IN, em diluições crescentes de 10-1 a 10-10 e calculada a dose letal
mediana (LD50) pelo método de Reed & Muench (1937). Determinada a diluição
ideal, 49 camundongos com 12 semanas de idade foram infectados e sacrificados
por perfusão intracardíaca de solução salina 0,9% e paraformoldeído 4% em 1,
2, 4, 6, 8, 12 e 15 dias pós inoculação (dpi). Outros 20 animais foram submetidos
a testes comportamentais de remoção-estoque de comida e memória de objeto
no período de 4 semanas antes da infecção e quatro semanas dpi, e aguardam
sacrifício em 30 e 60dpi. Animais controle receberam suspensão de cérebro não
infectado. Os cérebros foram seccionados a 100µm em vibrátomo e reagidos
por imunohistoquímica com anticorpo anti-Piry, por dois modos: (I) Utilizando
o kit VECTOR® M.O.M.™, seguindo o protocolo fornecido pelo fabricante e
revelador DAB ou (II) Utilizando o kit, seguindo protocolo adaptado e revelador
GND (Glucose, Nickel, DAB). As lâminas foram analisadas por microscopia
óptica em campo claro e os testes comportamentais pelo Bioestat 3.0, ANOVA
um critério, Bonferroni p>0.05. Resultados: A diluição de 10-7, provoca infecção
aguda fatal entre 3 e 15dpi em até 40% dos casos, precedida de sinais clínicos
como hiporexia, astenia, paresia de membros inferiores, rigidez de coluna e
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Livro de resumos
nuca e decúbito lateral obrigatório. O teste de remoção-estoque não mostrou
diferenças entre o grupo controle e Piry, nem entre antes e após a infecção viral.
O teste de memória de objeto ainda não foi analisado. A reação
imunohistoquímica com protocolo do kit VECTOR® M.O.M.™ mostrou
comprometimento gradual de meninge e plexo coróide 1dpi; base do bulbo
olfatório e pequenos focos de marcação em córtex frontal 2dpi; áreas contíguas
aos ventrículos cerebrais, córtex, hipocampo e núcleos laterais 4dpi; e nenhuma
marcação a partir de 6dpi. Utilizando o protocolo adaptado, foi evidenciado
padrão similar ao já descrito para 4dpi em 6dpi, marcação de igual extensão e
menor intensidade em 8 e 12dpi e em menor extensão em 15dpi. Conclusão: Uma
imunohistoquímica sensível é imperiosa para investigar a infecção viral no
SNC.
Palavras-chave: Vírus Piry; Rhabdoviridae; Camundongo; SNC.
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PROJ/ARB-7
INVESTIGAÇÃO MOLECULAR DOS FATORES DE
VIRULÊNCIA EM Escherichia coli ENTEROPATOGÊNICAS
ISOLADAS DE PACIENTES INFECTADOS PELO HIV-1
Bolsista: Jackeline de Sousa Carrera
Orientadora: Cintya de Oliveira Souza
Introdução: Escherichia coli são enterobactérias que habitam o intestino
humano e animal. Categorias patogênicas desta espécie, freqüentemente
associada à diarréia infantil, acometem também pacientes HIV-positivo. De
acordo com os genes de virulência, as E. coli patogênicas são classificadas em:
Enteropatogênica clássica (EPEC), Enterotoxigênica (ETEC), Produtora de toxina
de Shiga (STEC) e Enteroinvasora (EIEC). O uso da PCR para a identificação
dos genes de virulência apresenta elevada sensibilidade e especificidade
possibilitando a identificação dessas categorias. Objetivo: Identificar categorias
patogênicas de E.coli em pacientes HIV-positivo com e sem diarréia e conhecer
o perfil de resistência aos antimicrobianos. Materiais e Métodos: Foram
avaliadas E.coli isoladas de 178 pacientes HIV-positivo (120 com diarréia e 58
sem diarréia). A obtenção do DNA bacteriano foi realizada por fervura e
congelamento. Foram utilizados iniciadores para a pesquisa dos genes de ETEC
(lt-1 e st-a), EPEC (bfp, eae e Região EAF), EIEC (ipaH) e STEC (stx-1, stx-2 e
eae). O teste do Qui-quadrado com correção de Yates foi utilizado para a
determinação da significância estatística (p< 0,05). O perfil de resistência aos
antimicrobianos foi determinado pelo método de difusão de disco. Resultados:
Dos 178 pacientes, 30 (16,8%) estavam infectados por categorias patogênicas
(p = 0,024). A categoria mais freqüente foi EPEC, presente em 43,3% dos
pacientes, sendo duas infecções mistas (EPEC + ETEC e EPEC + EIEC), seguida
por EIEC (40%), ETEC (23,3%) e STEC (3,3%). Dos 13 pacientes com EPEC,
92,3% apresentavam amostras de EPEC atípicas, dos quais, 50% tinham diarréia
crônica, 16% (2/12) diarréia aguda e 33% (4/12) eram assintomáticos. As maiores
resistência de E.coli foram ao sulfametoxazol-trimetoprima (65,4%), a tetraciclina
(61,7%) e a ampicilina (48,5%). Foram identificados 19 modelos de resistência,
12 deles com 3 ou mais drogas. Conclusão: As E.coli patogênicas foram
associadas à diarréia em pacientes HIV-positivo, sendo comum a infecção por
múltiplos patógenos. Vale ressaltar as amostras de EPEC que apresentaram
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Livro de resumos
somente o gene eae (intimina), caracterizando a chamada EPEC atípica,
considerada como possível patógeno emergente. A multi-resistência aos
antimicrobianos sinaliza uma crescente resistência antimicrobiana. Portanto,
os resultados do presente estudo colaboram para que a investigação das E.coli
patogênicas e seus perfis de resistência sejam cada vez mais prioritária na
pesquisa de agentes causadores de diarréia, principalmente, nos casos de
pacientes HIV-positivo que apresentam diarréia persistente.
Palavras-chave: Echerichia coli; Fatores de virulência; Enteropatia por HIV;
Soropositividade para HIV; HIV-1.
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PROJ/BAC-8
PESQUISA DE ANTICORPOS CONTRA Histoplasma
capsulatum var. capsulatum EM PACIENTES
ENCAMINHADOS A SEÇÃO DE BACTERIOLOGIA E
MICOLOGIA DO INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Bolsista: Livia Barreto Nepomuceno
Orientadora: Maurimélia Mesquita da Costa
Introdução: A histoplasmose é uma doença fúngica causada pelo Histoplasma
capsulatum var. capsulatum, fungo dimórfico, comumente encontrado no solo
e em dejetos de animais. A doença é adquirida por meio da inalação de propágulos
da fase filamentosa que se convertem em leveduras no pulmão. Três formas
básicas de histoplasmose são referidas: histoplasmose pulmonar aguda,
histoplasmose pulmonar crônica e histoplasmose disseminada. Possui
distribuição universal, com áreas de endemicidade diversas. Objetivos:
Descrever a freqüência de anticorpos contra Histoplasma capsulatum em
pacientes que apresentam sintomatologia respiratória ou febril com diagnóstico
a esclarecer encaminhados ao Laboratório de Micologia do Instituto Evandro
Chagas (IEC) pela rede de saúde pública ou privada. Materiais e Métodos: Aos
pacientes selecionados foi aplicado questionário padrão, para levantamento
demográfico e clínico-epidemiológico. A amostra clinica utilizada para o teste
imunodifusão dupla (ID) foi o soro do paciente. Foram utilizados exoantígenos
de H. capsulatum e soro-hiperimune (controle positivo) preparados e
padronizados no Laboratório de Micologia do IEC. Resultados: Foram avaliados
91 pacientes com idade entre 2 a 88 anos e média de 36 anos, sendo 38,5% (35/
91) do sexo feminino e 61,5% (56/91) do sexo masculino. A população foi
procedente do Hospital Universitário João Barros Barreto, Hospital de Clínicas
Gaspar e do próprio Instituto Evandro Chagas, correspondendo a 71,4% (65/
91), 4,4% (4/91), e 24,2% (22/91), respectivamente. Os pacientes foram
classificados de acordo com o tipo de síndrome apresentada, sendo portadores
de síndrome febril 47% (43/91), de síndrome respiratória 23% (21/91), e de ambas,
30% (27/91). A prevalência de anticorpos totais anti-H. capsulatum foi de 4,4%
(4/91). Destes, 50% (2/4) eram pacientes HIV+, 25% (1/4) apresentaram infecção
pelo Micobacterium tuberculosis e síndrome febril e 25% (1/4), sintoma
respiratório tendo referido contato com morcegos. A comparação entre os casos
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Livro de resumos
positivos para histoplasmose e presença de infecção pelo vírus HIV revelou
resultado estatisticamente significante (p =0.0492). Conclusão: O presente
trabalho demonstra até o momento uma prevalência de anticorpos para
Histoplasma capsulatum de 4,4% na população estudada e a associação entre
os casos positivos e a presença de infecção pelo vírus HIV, entretanto é
recomendável ampliar a amostragem para confirmar tais dados.
Palavras-chave: Histoplasmose; Imunodifusão dupla.
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PROJ/BAC-9
DIVERSIDADE GENÉTICA DE CEPAS DE Mycobacterium
tuberculosis ISOLADAS NO PARÁ
Bolsista: Priscila Gabriela de Souza Braga
Orientadora: Karla Valéria Batista
Introdução: A tuberculose encontra-se disseminada pelo mundo, sendo mais
freqüente em países subdesenvolvidos e, nos desenvolvidos, afeta
predominantemente os estratos sociais desfavorecidos. A tipagem do M.
tuberculosis associada a dados epidemiológicos permite determinar a
distribuição temporal, espacial e segundo atributos pessoais, identificar o padrão
geral de ocorrência e os grupos sob risco. Estudos recentes indicam que a
resolução obtida com 12 loci, contendo unidades repetidas espaçadas
micobacterianas - MIRU é tão boa quanto à técnica considerada padrão-ouro,
RFLP-IS6110, ou melhor, quando se tratam de isolados com baixo número de
cópias da seqüência de inserção IS6110. Objetivo: Determinar a diversidade
genética de cepas de Mycobacterium tuberculosis isoladas no LACEN e
Instituto Evandro Chagas no Pará. Materiais e Métodos: Os dados
epidemiológicos foram coletados por meio de pesquisa na ficha do SINAN
(Sistema de Informação de Agravos de Notificação) e formulário de entrevista.
Os ensaios de genotipagem foram realizados a partir de DNA micobacteriano
extraído de cultura pelos métodos do fenol-clorofórmio e fervura congelamento
com modificações. A partir do DNA extraído foram realizadas 12 reações de PCR
para cada amostra e seus resultados foram observados após eletroforese em
gel de agarose 2% em TBE e visualizados com auxílio de transiluminador de
raios ultravioleta. Resultados: dos 63 espécimes clínicos encaminhados ao
Instituto Evandro Chagas, 45 culturas foram genotipadas, sendo observados
10 (22,22%) cepas distribuídas em 4 grupos (2 – 4 cepas) e 35 (77,78%) perfis
únicos, sendo o sexo masculino o de maior freqüência (60%), tendo como faixa
etária de maior freqüência 15-29 anos (44,44%). As ocupações exercidas pelos
indivíduos não exigiam qualificação especifica nem nível de escolaridade
elevado. A comparação dos resultados obtidos com o banco de dados da Seção
de Bacteriologia e Micologia do IEC/PA, evidência a formação de 2 novos
grupos e a inserção 13 isolados em grupos já existentes. Conclusão: A totalidade
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de agrupamentos observados (22,22%) sugere taxa de transmissão maior que a
média nacional (5%), no entanto, uma amostragem maior e mais representativa
é necessária. Em apenas um grupo foi evidenciadas relação epidemiológica
entre os indivíduos 256 e 315, onde ambos os pacientes trabalhavam no mesmo
local (Madeireira), com caldeira de secagem de madeira.
Palavras-chave: MIRU; Diversidade; M. tuberculosis.
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PROJ/BAC-10
PRODUÇÃO DE EXOANTÍGENO DO FUNGO TERMODIMÓRFICO Paracoccidioides brasiliensis PARA
UTILIZAÇÃO EM TESTES SOROLÓGICOS E PRODUÇÃO
DE SORO HIPERIMUNE
Bolsista: Rosiane Ferreira Pimentel
Orientadora: Silvia Helena Marques da Silva
Introdução: A paracoccidioidomicose (PCM), uma doença causada pelo fungo
dimórfico Paracoccidioides brasiliensis, é uma das mais importantes micoses
sistêmicas na América do Sul e Central. A doença primariamente envolve os
pulmões e então se dissemina para outros órgãos e sistemas. Objetivos: Produzir
exoantígenos de P. brasiliensis a partir de diferentes isolados fúngicos de P.
brasiliensis e conseqüentemente, produzir soro hiperimune. Material e Métodos:
Seis isolados de P. brasiliensis, Pb B339, Pb113, Pb34, Pb 30, Pb, 15 e Pb101,
foram selecionadas para este estudo. Filtrado de extrato antigênico bruto foram
obtidos depois de 10 dias de incubação em meio caldo YPD. Após 10 dias estes
foram concentrados, dialisados e dosados. Os exoantígenos foram analisados
pelo ensaio de imunodifusão (ID) e SDS-PAGE. Os exoantígenos considerados
adequados serviram para produzir soro hiperimune. Resultado: Foram
produzidos 53 lotes de exoantígenos. As concentrações protéicas dos vários
lotes de exoantígenos produzidos variaram de 3 até 315µg/ml. Ao ensaio de ID,
os exoantígenos apresentaram 1 até 3 linhas de precipitação. Diferentes perfis
de proteínas foram obtidos na análise em gel de poliacrilamida com dodecil
sulfato de sódio. O pool de exoantígeno de P. brasiliensis teve uma estrutura
antigênica complexa de moléculas de proteínas/glicoproteínas alcançando de
15 a 220 kDa. Analisando os principais polipeptídios excretados durante os 10
dias de cultivo, foi observado que existiu uma variação consistente nas massas
moleculares e quantidade de proteínas secretadas. O soro hiperimune produzido
e analisado pelo ensaio de ID demonstrou uma linha de precipitação com o pool
de exoantígeno. A principal linha de precipitação tinha uma alta intensidade,
mostrando uma total identidade com o pool de exoantígenos. Conclusão: O
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Livro de resumos
pool de exoantígeno e soro hiperimune produzidos podem ser usados no
diagnóstico da paracoccidioidomicose.
Palavras chaves: Exoantígeno; Soro hiperimune; P. brasiliensis.
Apoio: CNPq / IEC / PIBIC.
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PROJ/EPI/GEO-11
AVALIAÇÃO DO MODELO DE VIGILÂNCIA
EPIDEMIOLÓGICA POR SÍNDROMES NA REGIÃO
AMAZÔNICA
Bolsista: Felipe D’Almeida Costa
Orientadora: Gilberta Bensabath
Introdução: O modelo de vigilância epidemiológica por síndromes, também
conhecido como abordagem sindrômica, é citado pela OMS com as seguintes
vantagens: evitar a demora laboratorial, relatar o que é observado ao exame
clínico, preencher as deficiências da vigilância e promover ações de saúde mais
precoces e eficazes. Na realidade amazônica a abordagem sindrômica surge
como uma nova alternativa no intuito de contornar as dificuldades logísticas
da região, por ser mais rápida e eficaz que o sistema tradicional na detecção,
contenção e prevenção das mais variadas etiologias. Objetivo: O objetivo do
presente projeto é verificar a eficácia da abordagem sindrômica na avaliação
das doenças infecciosas da Amazônia. Metodologia: Foram incluídos no projeto
pacientes com história de febre e que apresentam hemoscopia negativa para
Plasmodium sp. Em cada primeira consulta foi realizada a anamnese e o exame
físico completo, bem como a coleta de dados epidemiológicos, com a utilização
de um protocolo de pesquisa e foram coletadas de todos os pacientes amostras
de sangue (total e soro), fezes e urina. Essas amostras foram separadas em
alíquotas e posteriormente encaminhadas às respectivas seções do Instituto
Evandro Chagas onde foram analisadas. Todos os dados obtidos a partir da
abordagem e dos resultados dos exames foram anotados em protocolo de
pesquisa e transferidos ao programa Epi-Info 2002 para posterior análise.
Resultados e discussão: A síndrome febril isolada foi a classificação sindrômica
mais atribuída aos pacientes, seguida pela síndrome febril diarréica. Do total de
135 pacientes, foi possível definir o diagnóstico etiológico através da abordagem
sindrômica em 69 casos (51,1%), sendo identificadas 11 diferentes etiologias,
dentre as quais a mais freqüente foi a Dengue (36%), seguida pela Febre Tifóide
(19%) e a toxoplasmose (12%). Um percentual expressivo destes pacientes
(42,03%) já apresentava sintomatologia há mais de 15 dias. A maior parte dos
diagnósticos etiológicos foi determinada em até 15 dias, 86,96% de diagnósticos
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Livro de resumos
de certeza em até duas semanas após o único atendimento clínico inicial. Dentre
as síndromes febris isoladas diagnosticadas (49 casos), a Dengue (46,9%), a
Febre Tifóide (18,4%) e a Toxoplasmose (16,3%) foram os diagnósticos mais
encontrados. A principal etiologia dentre as síndromes febris diarréicas
diagnosticadas (12 pacientes) foi a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
(33,3%), seguida pela Febre Tifóide (25%). Quanto à síndrome febril ictérica, foi
diagnosticado a Hepatite A em 37,5% dos casos, Leptospirose (25%) e a
Leishmaniose Visceral (12,5%). Conclusão: A metodologia aplicada neste projeto
foi capaz de diagnosticar uma grande variedade de etiologias infecciosas,
independente se a evolução era recente ou prolongada, mediante a realização
de um único atendimento clínico.
Palavras-chave: Sindrômica; Abordagem; Doenças infecciosas.
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PROJ/EPI/GEO-12
DESENVOLVIMENTO DE MODELOS DE INTERRELACIONAMENTO DE BASES DE DADOS NÃO
CONVENCIONAIS APLICADOS A VIGILÂNCIA EM
SAÚDE E EPIDEMIOLOGIA
Bolsista: Douglas Gasparetto
Orientador: Nelson Veiga Gonçalves
Introdução: Levando em consideração a evolução da epidemiologia, que foi
favorecida pela incorporação de geotecnologias emergentes de Banco de Dados
Geográficos, Computação Gráfica, Geoestatística e Geoprocessamento, neste
trabalho são mostrados os resultados de modelos de inter-relacionamento de
bases de dados não convencionais aplicados a um estudo ecoepidemiológico
da prevalência da Malária, no município de Bragança – Pará. Objetivos: Realizar
estudos exploratórios sobre a utilização de tecnologias de Banco de Dados
Geográficos, Computação Gráfica, Geoestatística e Geoprocessamento e sua
aplicação em estudos Epidemiológicos; desenvolver modelos de interrelacionamento de bancos de dados convencionais e não convencionais para
subsidiar os estudos de malária, no município de Bragança-PA; desenvolver
um acervo de banco de dados de imagens de satélites, bases cartográficas e
ambientais dos criadouros, vetores, pacientes, dentre outras; calcular áreas de
risco de transmissão; avaliar a evolução espaço-temporal da doença no
município. Materiais e Métodos: Fontes Primárias (relatórios, formulários de
campo, periódicos e livros), secundárias (repositórios eletrônicos de
informações) e terciárias (redes de informação), levantamento das bases
cartográficas, dados coletados no trabalho de campo, GPS Garmin 12, software
de banco de dados Tabwin, análises geoestatística Sistema R e
geoprocessamento TerraView 3.1, ArcView 3.2, TrackMaker 11.8, CorelDraw 10,
Autocad Mapping 3.0, imagens dos satélites LandSat TM 7 e CBERS 2, bem
como do sensor R99-SAR, computadores, impressoras e plotter. Metodologia:
Levantamento do material bibliográfico; dos bancos de dados do SISLOC,
SISMAL e SIVEP-Malária, bases de dados cartográficas, de imagens de satélites,
epidemiológicas, ambientais; realização do trabalho de campo; realização do
trabalho laboratorial; elaboração das análises; relatórios e divulgação dos
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Livro de resumos
resultados. Resultados: Foram georreferenciadas oito áreas com proliferação
de criadouros naturais e artificiais; foram gerados mapas da distribuição de
vetores positivados com Plasmodium; foram georreferenciados os pacientes
laboratorialmente confirmados; foi calculado áreas de risco de transmissão; foi
feita uma avaliação espaço - temporal no município, no período de 2000 a 2005.
Conclusão: Ao se inter-relacionar as bases de dados georreferenciadas e
expressá-las visualmente através dos mapas digitais, pode-se observar que no
período de 2000 a 2005 a prevalência da Malária no município, ocorreu de forma
focal nas três comunidades estudadas até 2002. Sendo que a partir de então e
até 2005 houve um aumento no número de casos no sentido da costa para o
interior caracterizando desta forma uma prevalência não homogênea da doença.
Com relação aos recursos tecnológicos utilizados, o modelo desenvolvido foi
considerado satisfatório, bem como a utilização das geotecnologias livres
emergentes utilizadas.
Palavras-chave: Geoprocessamento; Ecoepidemiologia; Base de dados;
Vigilância em saúde; Computação gráfica; Geoestatística; Software livre.
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PROJ/HEP/ME-13
CARACTERIZAÇÃO ULTRAESTRUTURAL,
SOROLÓGICA E MOLECULAR DO VÍRUS DA HEPATITE
B EM SOROS COM PRESENÇA DO DNA VIRAL:
ASPECTOS QUANTITATIVOS E DE MUTAÇÃO VIRAL
Bolsista: Andreza Pinheiro Malheiros
Orientador: Manoel do Carmo Pereira Soares
Introdução: O vírus da hepatite B (HBV) permanece como agente importante de
doenças aguda, crônica e neoplásica na Amazônia brasileira. Dentre as
características mais marcantes do HBV, destacam-se a sua heterogeneidade
antigênica, molecular e estrutural com eventuais repercussões nesses
processos. Objetivo: Quantificar os padrões sorológico, molecular e
ultraestrutural do vírus da hepatite B, em amostras de soro positivas para o
HBV-DNA e procedentes da Amazônia brasileira. Material e Métodos: Foram
utilizadas 58 amostras de soro coletadas no período entre maio de 1980 e julho
de 1996, procedentes da Amazônia brasileira (ocidental e oriental) e
acondicionadas (a -20°C) junto à soroteca da Seção de Hepatologia do Instituto
Evandro Chagas. O critério de seleção abrangia amostras cuja sorologia mostrava
a presença de infecção pelo vírus da hepatite B e ausência de infecção por
outros vírus hepatotrópicos primários, em diferentes situações relativas a
marcadores de replicação (HBeAg ou anti-HBe +). As amostras foram submetidas
testes de quantificação do HBV-DNA (COBAS AMPLICOR HBV MONITOR
Test, Roche), seqüenciamento e análise de mutações do gene S do HBV, além
de microscopia eletrônica de transmissão para detecção e quantificação de
partículas completas do HBV em 10% dos campos. Resultados: Das 58 amostras,
50 (86,2%) foram examinadas para avaliação da carga viral do HBV e em 32
destas foi possível a análise ultraestrutural. Dentre as amostras HBeAg positivas
84% apresentaram carga viral superior a 200.000 cópias/mL e dentre aquelas
anti-HBe positivas, 30,4% apresentaram carga viral superior a 200.000 cópias/
mL. As amostras relacionadas ao genótipo A e à Amazônia oriental foram as que
apresentaram maior número de mutações no gene S do HBV. Foram encontradas
3 mutações já descritas na literatura. O número médio de partículas virais do
HBV entre as amostras HBeAg examinadas (N=15) foi de 8,1 enquanto nas
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amostras HBeAg negativas (N=16) foi de 1,3. Dentre as amostras examinadas
nas quais não foi possível detectar partículas virais, 1 (10%) era HBeAg positivas
e 9 (90%) eram HBeAg negativas (anti-HBe positivas). O tamanho médio das
partículas entre as amostras HBeAg positivas foi de 41,8 nm enquanto entre as
amostras HBeAg negativas foi de 42,6 nm. Conclusão: Os resultados sugerem
uma forte relação entre as presenças dos marcadores de replicação viral
sorológico (HBeAg), molecular (HBV-DNA) e ultraestrutural (partículas virais);
há registro de várias mutações no gene S do HBV em período anterior à vacinação
contra o vírus da Hepatite B, na Amazônia; Os genótipos A, D e F, conforme a
presente amostragem, são os mais prevalentes na Amazônia. Com uma tendência
de localização dos genótipos D e F na Amazônia ocidental.
Palavras-chave: Vírus da hepatite B; HBV-DNA; Caracterização ultraestrutural.
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PROJ/HEP/ME-14
CARACTERIZAÇÃO DE UMA NOVA LINHAGEM
CELULAR PARA O MIXOMA ODONTOGÊNICO
Bolsista: Lucas Rodrigues Pinheiro
Orientador: José Antonio Picanço Diniz Junior
Devido a problemas com as células de Mixoma Odontogênico o modelo de
célula foi trocado pelo Adenoma Pleomórfico (AP). O adenoma pleomórfico
(AP) é a mais freqüente dentre as neoplasias das glândulas salivares. Essa
neoplasia é caracterizada por apresentar uma complexa diversidade histológica
caracterizada por células epiteliais, mioepiteliais e elementos mioepiteliais
modificados. O desenvolvimento de linhagens de células tumorais é um
procedimento que tem sido utilizado o intuito de tentar compreender o
comportamento biológico das mais variadas neoplasias in vitro e tentar
responder aos questionamentos relacionados aos mecanismos que regulam a
remodelação e a invasividade local dessa neoplasia. O objetivo deste trabalho
é caracterizar uma linhagem celular a partir da análise morfológica e expressão
de proteínas marcadoras tumorais características de um Adenoma Pleomórfico.
As metodologias utilizadas foram o cultivo celular, proliferação e viabilidade
celular, Imunofluorescência, Microscopia Eletrônica de Varredura, Microscopia
Eletrônica de Transmissão. Foram realizados cinco repiques para que fosse
possível a realização dos experimentos. A curva de crescimento foi realizada a
partir de três concentrações (10.000, 30.000, 100.000cel/mL). A fase lag se
estendeu até o terceiro dia, nas três concentrações. A fase log alcançou o
sétimo dia para a concentração de 10.000 e o sexto dia para as concentrações de
30.000 e 100.000 células, onde teve início a fase de declínio. Os ensaios de
imunofluorescência indireta anti-vimentina, anti-µ-actina de músculo liso e antifibronectina demonstraram a síntese dessas proteínas pelas células derivadas
de Adenoma Pleomórfico. A morfologia do AP apresentou células alongadas,
espalhadas e de núcleo central, ultraestruturalmente observou-se a presença
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Livro de resumos
de grande quantidade de projeções de membrana. As células derivadas do AP
se proliferaram satisfatoriamente in vitro, sendo assim possível a realização de
experimentos necessários para sua caracterização.
Palavras Chave: Adenoma Pleomórfico; Imunofluorescência; Microscopia;
Tumores glandulares.
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PROJ/HEP/ME-15
CINÉTICA DA INFECÇÃO PELOS VÍRUS ITACAIUNAS E
CURIONÓPOLIS EM CÉREBRO DE CAMUNDONGOS
ALBINOS RECÉM-NASCIDOS, APÓS INSTILAÇÃO
NASAL: UMA ABORDAGEM IMUNOHISTOQUÍMICA
Bolsista: Márcio Augusto Galvão Braga
Orientador: José Antônio Picanço Diniz Junior
Introdução: Atualmente pouco se conhece sobre a interação entre vírus
Itacaiunas e Curionópolis com células neuronais e gliais, possivelmente afetadas
durante o curso temporal da encefalite. Objetivos: Identificar as áreas cerebrais
afetadas pelos vírus citados a partir da detecção de antígenos virais e localização
do processo de apoptose neuronal ao longo de todo o processo infeccioso,
induzido por instilação nasal. Material e Métodos: Os Camundongos albinos
suíços recém-nascidos, aos 2 dias de vida, foram distribuídos em dois grupos:
1) grupo controle; 2) grupo cujos animais foram instilados via nasal com
suspensão de cérebro de camundongo infectado com ambos os vírus. Ao longo
da infecção, os animais foram perfundidos do primeiro ao sexto dia para o vírus
Curionópolis, e no 1º, 2º, 3º, 4º, 6º, 8º, 10º, 12º e 15º para o Itacaiunas. Em seguida
realizou-se a obtenção de cortes axiais com espessura de 150 µm. A
imunohistoquímica foi feita por imunoperoxidase usando um Kit comercial Vector
M.O.M. A detecção de apoptose foi realizada pela técnica do TUNEL.
Resultados: CURIONÓPOLIS: no 1º dia p.i. a marcação viral foi detectada em
células da meninge e em poucos neurônios localizados no córtex; no 2º dia:
bulbo olfatório, córtex ventral pré-frontal e meninges; no 4º dia: marcação
distribuída pelo parênquima cerebral, meninges, bulbo olfatório, córtex cerebral,
hipocampo, colículo inferior, tálamo, ponte, dendritos primários; no 6º dia:
antígenos virais em todo o parênquima cerebral, meninges, córtex cerebral,
CA1, giro denteado, colículo inferior, ponte, tálamo e no cerebelo. ITACAIUNAS:
no 3º dia: poucos neurônios marcados na região frontal, temporal, parietal e
bulbo olfatório; no 4º dia: semelhante ao dia anterior, porém com um maior
número de neurônios e dendritos marcados, além de segmentos axonais de
neurônios piramidais; no 6º dia: similar ao quarto, com marcação neuronal difusa,
mais intensa; no 8º dia: marcação intensa e difusa com vários neurônios marcados
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Livro de resumos
nas regiões corticais, hipocampais e pontinas. No 15º dia: massiva marcação de
secções cerebrais de animais doentes e nenhuma marcação para os animais
sadios. TÉCNICA DO TUNEL: Núcleos neuronais com marcação intensa pelo
TUNEL foram mostrados no 6º dia p.i, pelo vírus Curionópolis e entre o 8º e o
12º dia p.i. pelo Itacaiunas. Nesses estágios, a marcação nuclear foi encontrada
em diversas regiões, incluindo córtex cerebral, gânglios da base, diencéfalo,
mesencéfalo cerebelo e tronco cerebral.
Palavras-chave: Vírus Itacaiunas; Vírus Curionópolis; Imunohistoquímica;
TUNEL; Apoptose.
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Livro de resumos
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PROJ/PAR-16
DIAGNÓSTICO DA CRIPTOSPORIDIOSE E
IDENTIFICAÇÃO MOLECULAR DE C. parvum EM
PACIENTES COM O VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA
HUMANA (HIV)
Bolsista: Alysson Roberto Corrêa Leitão
Orientadora: Mônica Cristina de M. Silva
Introdução: A criptosporidiose é uma das principais causas de diarréia em
pacientes HIV. O diagnóstico da protozoose é feito pelo encontro de oocistos
nas fezes utilizando coloração específica. A sensibilidade e a especificidade da
microscopia são variáveis e dependem do método utilizado e do número de
parasitos nas fezes. As técnicas moleculares têm mostrado alta sensibilidade e
especificidade quando comparadas ao método padrão-ouro (Ziehl-Neelsen),
sendo importantes na identificação das espécies. Objetivo: Realizar diagnóstico
da criptosporidiose em pacientes portadores do HIV por meio de métodos
parasitológico e molecular, bem como investigar casos da doença causados
por C. parvum. Material e Métodos: Foram utilizadas amostras fecais de
pacientes atendidos na CASA-DIA e URE-DIPE. A pesquisa de oocistos foi
realizada pelo método de esfregaço seguido de coloração pelo Giemsa. A extração
do DNA foi feita por kit comercial (QIAmp DNA Stool Mini Hanbook) e pelo
acetato de amônio/isopropanol. As amostras foram submetidas a Nested-PCR
utilizando os iniciadores de Xiao et al. (1999a) e Laxer et al. (1991). Para controle
foram utilizadas fezes de 10 pacientes HIV com diagnóstico parasitológico e
imunoenzimático positivos para criptosporidiose. Resultados: Inicialmente, a
extração do DNA foi realizada pelo kit comercial em 42 amostras, das quais 12
amplificaram, porém com presença de bandas inespecíficas, além do fragmento
de 450 pb, algumas amostras tiveram níveis insuficientes de DNA para análise
molecular. Novo protocolo de extração pelo acetato de amônio/isopropanol foi
testado utilizando etapa prévia de recuperação de oocistos, que forneceu maior
concentração de DNA. As amostras foram submetidas a Nested-PCR, porém
sem produto de amplificação. Os DNA foram testados sob novas concentrações
de mix com adição de betaína (10%) e submetidos a diferentes gradientes de
temperatura (45ºC-65ºC). A visualização foi feita em gel de poliacrilamida/nitrato
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Livro de resumos
de prata, não sendo observados amplicons. Conclusão: Neste estudo, a técnica
de Nested-PCR utilizando os iniciadores de Xiao et al. (1999) e Laxer et al.
(1991), não produziu resultados satisfatórios no diagnóstico da criptosporidiose.
Tais dificuldades têm sido relatadas por outros grupos de pesquisa no Brasil.
Devido às dificuldades na amplificação do DNA do parasita, torna-se necessária
a busca de outros iniciadores para a região em estudo ou outras seqüênciasalvo.
Palavras-chave: Cryptosporidium; Diagnóstico; PCR.
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PROJ/PAR-17
ESTUDO EXPERIMENTAL DA VIABILIDADE DO
Trypanosoma cruzi NO AÇAÍ E INFECÇÃO EM
CAMUNDONGOS
Bolsista: Andréa Lívia Lins Neves
Orientador: Sebastião Aldo da Silva Valente
Introdução: A via oral (VO) com envolvimento do açaí é a forma de transmissão
mais usual da doença de Chagas aguda (DCA) na Amazônia Brasileira. A
viabilidade do T. cruzi neste alimento consumido na região é objeto deste
trabalho. a) Objetivo geral: Realizar experimentos com metodologia que simule
o mais próximo possível as condições de preparo do açaí contaminado com
fezes de triatomíneos e reprodução da infecção em camundongos albinos pela
VO. b) Objetivos específicos: 1) Testar o açaí como alimento apto à contaminação
com fezes de triatomíneos e verificar a viabilidade do T. cruzi antes e após a
pasteurização do açaí; 2) Reproduzir a infecção experimental pela VO em
camundongos; 3) Investigação epidemiológica de um surto de DCA ocorrido
na região e tipagem das cepas isoladas; 4) Investigar a ação da pasteurização
sobre o parasito no açaí. Materiais e Métodos: 1) Contaminação experimental
do açaí com T. cruzi e infecção em camundongos. Observar o tempo de
viabilidade do T. cruzi, a ação do resfriamento, congelamento, ação do do
hipoclorito e da pasteurização sobre o parasito no açaí; 2) Investigação
epidemiológica do surto descrito; 3) Isolamento, crio preservação, extração de
DNA e caracterização dos isolados de Trypanosoma sp. Resultados: 1) T. cruzi
sobrevive no açaí até 12 hs/5°C. Morre ao congelamento, -20°C/2 hs polpa
completamente rígida. O hipoclorito não interferiu na mobilidade do parasita; 2)
A pasteurização mata o T. cruzi nos 3 ciclos testados; 3) Animais inoculados e
meios de cultura semeados com açaí pasteurizado apresentaram-se negativos
para T. cruzi; 4) T. cruzi continuou viável nas amostras não pasteurizadas
crescendo em camundongos e meios de cultura; 5) Confirmados 5 casos de
DCA. 6) Tipagem das amostras revelou o perfil Z1-TCI pelo gene de mini-exon,
sem variabilidade genotípica. Amostras do Mazagão e Ananindeua parecem
apresentar variabilidade dentro do perfil de Z1-TCI. Conclusões: O açaí é um
alimento apto para transmitir a DCA desde que contenha formas viáveis de T.
cruzi. Camundongos infectados experimentalmente com o açaí contaminado
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Livro de resumos
com formas infectantes de T. cruzi desenvolvem quadro agudo típico de doença
de DCA com parasitemia bem evidente. O surto ocorrido em Belém revelou
perfil Z1-TCI próprio do ciclo enzoótico do T. cruzi e possibilita a ocorrência
deste tipo de surto de DCA associado à transmissão oral.
Palavras-chave: Doença de Chagas; Transmissão oral; Trypanosoma cruzi.
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PROJ/PAR-18
AVALIAÇÃO DE GRUPOS DE RISCO COM MALÁRIA NO
MUNICÍPIO DE BELÉM: ATENÇÃO ÀS GESTANTES
Bolsista: Fernanda Vilaça Moura
Orientadora: Ana Yecê das Neves Pinto
Introdução: Em grávidas com malária a imunodepressão associada ao período
gestacional e decorrente da multiplicação do plasmódio na placenta concorre
para a exacerbação das manifestações e das complicações clínicas, bem como
dos efeitos sobre o concepto. Objetivo: Avaliar a morbidade da infecção malárica,
respostas ao tratamento e efeitos sobre o concepto em um grupo de gestantes
com malária. Reforçar a necessidade de acompanhamento clínico rigoroso e
profilático. Materiais e Métodos: Estudo Retrospectivo: Análise de prontuários
de gestantes com malária atendidas no Ambulatório de Ensaios Clínicos em
Malária do IEC/SVS no período entre 1993 e 2006. Estudo de seguimento: estudo
de seguimento de gestantes portadoras de malária e descrição prospectiva
durante e após tratamento. Sendo seguida durante toda gestação e até 6 meses
após o parto. Resultados: Estudo retrospectivo: Entre 317 gestantes portadoras
de malária e destas, 29,8% eram menores de 19 anos. Entre 56 gestantes avaliadas
a média dos níveis de hemoglobina observada foi estatisticamente semelhante
nos três trimestres gestacionais, sendo que 89,3% destes índices compatíveis
com anemia. De 52 partos ser avaliados, 19,23% foram pré-termo. Desfechos
graves corresponderam a 13.46% de abortamento e 9.61% de natimortos. A
freqüência de recém-nascidos pré-termo foi maior em filhos de mulheres com
anemia e que se infectaram no 3º trimestre. Dentre os 32 recém-nascidos
avaliados, a freqüência de baixo peso ao nascer foi maior em filhos de mulheres
infectadas no primeiro trimestre gestacional e 17,9% eram PIG e filhos de mãe
que se infectaram no 1º trimestre. Ocorreu um óbito materno por malária grave.
Recaídas ocorreram em 26% das pacientes, que apresentaram de 1 a 6 episódios
de malária durante toda a gestação. Estudo de seguimento: Foram acompanhadas
16 gestantes. O Plasmodium vivax foi responsável por cinco infecções, o P.
falciparum, por nove e a infecção mista (P. falciparum e P. vivax) em dois
casos. Oito pacientes puderam ser avaliadas hematologicamente, os níveis de
hemoglobina variaram entre 4.5 e 12.3g/dl, com média de 8.8g/dl. Dentre as
pacientes desta série, uma foi a óbito e houve um caso de malária grave devido
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Livro de resumos
à anemia em uma paciente com malária falciparum. Aborto e parto prematuro
não foram observados dentre os casos, havendo, entretanto, um caso de óbito
neonatal. Foi evidenciado, ainda, um episódio de malária neonatal. Observouse que recém-nascidos que tiveram conseqüências ao nascer eram filhos de
mães que se infectaram no último trimestre de gravidez. Conclusões
preliminares: A descontinuidade das avaliações não permitiu conclusões acerca
das respostas ao tratamento. As avaliações descritivas referentes ao grupo
seguido retrospectivamente e prospectivamente permitem concluir
genericamente sobre a necessidade de inclusão de gestantes com malária em
pré-natal de risco nos grandes centros urbanos da Amazônia.
Palavras-chave: Malária; Grávidas; Cuidado pré-natal.
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Livro de resumos
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PROJ/PAR-19
CICLO EVOLUTIVO EXPERIMENTAL E PERFIL
EPIDEMIOLÓGICODO Rhodnius milesi (Valente et al. 2001),
UMA NOVA ESPÉCIE DE TRIATOMÍNEO DESCRITA NO
ESTADO DO PARÁ
Bolsista: Leidiane Oliveira dos Santos Silva
Orientadora: Vera da Costa Valente
Introdução: Na Amazônia ocorrem somente espécies de triatomíneos silvestres
e algumas envolvidas na transmissão de DCA. R. milesi última espécie descrita
e infectada com T. cruzi em palmeiras e eventualmente no domicilio humano.
Abordaremos sua eco-epidemiologia, genótipo dos isolados de triatomíneos e
mamíferos do ciclo silvestre, e através de filogenia molecular identificar a espécie
dentro do complexo Prolixus. Objetivo: Estudar o ciclo evolutivo experimental e
o perfil epidemiológico do R. milesi e avaliar sua importância na fauna
triatomínica em Bragança, PA. Material e Métodos: 1) Isolamento: Seguiram os
critérios de MILES et al. (1993). 2) Extração de DNA: (kit AMERSHAM).
Caracterização: PCR-multiplex (FERNANDES et al. 2001). 3) Filogenia de
triatomíneos: utilizados 2 espécimes de R. milesi colônia do IEC, para análise
da seqüência do gene 16S rRNA mitrocondrial. Na amplificação o DNA foi
extraído das patas traseiras (Aljanabi e Martinez,1997). Os fragmentos
amplificados recortados do gel, purificados, clonados em plasmídeos e
selecionados por minipreparações e PCR de DNA plasmidial. Seqüências de
300pb obtidas foram alinhadas com as disponíveis no GenBank e a matriz de
similaridade gerada pelo software Poit Replacer v2.0. Resultados: 1)
Genotipagem: as 11 amostras de triatomíneos e 4 de animais apresentaram
perfil Z1-TCI de T. cruzi pelo gene de mini-exon. 2) Filogenia de triatomíneos:
as seqüências de R. milesi, alinhadas com outras seqüências de Rhodnius
disponíveis no GenBank, mostrou na matriz de divergência, que as 2 espécimes
de R. milesi são geneticamente idênticas e muito próxima de R. neglectus.
Distanciam-se bastante de R. robustus, R. pictipes e R. brethesi. Conclusão: O
perfil de Z1-TCI encontrado entre triatomíneos e reservatórios é comum no
ciclo enzoótico da região. Dificuldades na padronização de PCR e obtenção de
primers nos estudos filogenéticos permitiram apresentar resultados parciais de
especiação. Revelando diferentes distanciamentos entre R. milesi e outras
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Livro de resumos
espécies regionais mesmo aquelas com quem divide ecótopo (R. pictipes) e se
aproxima de outra que vive há pelo menos 400 km na pré Amazônia maranhense.
Palavras-chave: Rhodnius milesi; Doença de Chagas; Caracterização de T. cruzi;
Filogenia de triatomíneos.
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PROJ/PAR-20
TÉCNICA DE NESTED-PCR PARA DETECÇÃO DE DNA
DE Plasmodium sp. EXTRAÍDO DE LÂMINAS DE GOTA
ESPESSA (GE) CORADAS PELO GIEMSA PROVENIENTES
DE ÁREAS ENDÊMICAS DO ESTADO DO PARÁ
Bolsista: Nathália Nogueira Chamma
Orientadora: Giselle Maria Rachid Viana
Introdução: A Gota Espessa (GE) é o método de escolha para o diagnóstico
laboratorial da malária em áreas endêmicas, porém há fatores limitantes, como:
experiência do microscopista, coloração adequada das lâminas, tempo gasto
para examiná-las. Para superar algumas destas limitações, métodos baseados
na Reação em Cadeia Mediada pela Polimerase (PCR) têm sido desenvolvidos
para a detecção de parasitos de malária e em estudos epidemiológicos por
detectar infecções mistas, baixas parasitemias e portadores assintomáticos. O
sucesso da PCR depende, sobretudo, da alta qualidade do DNA. Métodos de
obtenção de DNA de Plasmodium sp. de lâminas têm sido desenvolvidos,
tendo como vantagens a utilização das amostras tanto para o diagnóstico
microscópico como estudos moleculares e epidemiológicos e diminuição dos
custos com os materiais envolvidos na preparação das amostras de sangue em
papel de filtro. Objetivos: Validar o protocolo de extração de DNA de Plasmodium
sp. de lâminas de GE coradas pelo Giemsa provenientes de áreas endêmicas do
estado do Pará e comparar os resultados obtidos pelo Nested-PCR com os da
microscopia convencional de GE realizada no Laboratório de Pesquisas em
Malária do IEC. Material e Métodos: Lâminas de GE coradas pelo Giemsa foram
obtidas de residentes das localidades de Novo Repartimento, Parauapebas,
Tucuruí, Ananindeua e Belém (PA), além de controles positivos para as três
espécies de plasmódios e água destilada estéril e DNA humano como negativos.
Estas lâminas foram submetidas à extração de DNA de acordo com Alger et al.,
1996 e posteriormente ao Nested-PCR de acordo com Kimura et al. (1997). A
visualização das amostras foi feita em gel de agarose a 2% e coloração em
brometo de etídio, produzindo amplicon de 110 pb nas positivas. Resultados:
Das 75 lâminas positivas (parasitemia de 0,01 a 2,00%) e 43 lâminas negativas
de Gota Espessa (GE) coradas testadas pelo Nested-PCR, 53,39% (63/118) foram
positivas para ao menos uma espécie do gênero Plasmodium e 46,61% (55/118)
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Livro de resumos
foram negativas. A GE detectou 63,56% (75/118) amostras positivas e 36,44%
(43/118) negativas. Os parâmetros estatísticos obtidos pela Nested-PCR em
relação à microscopia convencional foram: sensibilidade = 81,33%,
especificidade = 95,35%, valor preditivo do teste positivo = 96,83%, valor
preditivo do teste negativo = 74,55%, falso-positivo = 4,65%, falso-negativo =
18,67% e acurácia = 86,44% ou 0,86. O Nested-PCR detectou ainda 11,01% (13/
118) infecções mistas, sendo 9,32% (11/118) com o perfil de P. falciparum + P.
vivax e 1,69% (2/118) devido P. vivax + P. malariae, que não foram detectadas
pela GE (p < 0,05). Conclusão: O Nested-PCR foi mais sensível que a GE na
detecção de infecções mistas e o protocolo descrito por Alger et al. (1996) pode
ser utilizado para obtenção de DNA de lâminas de GE coradas e realização de
Nested-PCR como método alternativo e complementar de diagnóstico
laboratorial de malária humana.
Palavras-chave: Malária; Lâmina de Gota Espessa (GE); DNA; Nested-PCR.
Fontes Financiadoras: RAVREDA / SVS / OPAS, IEC / SVS / MS.
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PROJ/PAR-21
MALÁRIA POR Plasmodium vivax: POSSÍVEL INFLUÊNCIA
DO PESO NA RESPOSTA AO TRATAMENTO
Bolsista: Marcus Paulo Rocha Libonati
Orientadora: Ana Maria R. da S. Ventura
Introdução: A malária é endêmica no Brasil, sendo 99,7% de sua incidência na
Região Amazônica, com maior participação do P. vivax na casuística da doença.
A terapêutica preconizada pelo Ministério da Saúde tem obtido êxito na cura
clínica e cura radical da doença, porém estudos realizados têm verificado que
ainda é grande o número de recaídas devido às formas hipnozoítas do plasmódio,
com uma associação significativa entre o peso e o número de pacientes com
recaídas. Objetivos: Geral: Avaliar a influência do peso na resposta ao tratamento.
Específicos: 1) Avaliar a associação entre resposta ao tratamento e o Índice de
Massa Corporal; 2) Avaliar a associação entre resposta ao tratamento e o peso
dos pacientes; 3) Verificar se o Índice de Massa Corporal interfere no tempo de
recaída. Materiais e Métodos: Os pacientes, na faixa etária de 15 a 60 anos, que
aceitaram participar da pesquisa foram randomizados em três grupos conforme
o IMC (P/A2), grupo A (sobrepeso e obeso, com dose de 2 primaquinas por dia
durante 14 dias), grupo B (sobrepeso e obeso, com dose de 2 primaquinas por
dia durante 7 dias) e grupo controle (IMC normal, com dose de 2 primaquinas
por dia durante 7 dias). Os pacientes foram também enquadrados em dois outros
grupos: com peso igual ou menor que 70 kg e com peso maior que 70 kg. O peso
foi aferido com balança antropométrica, o perímetro abdominal foi medido com
fita métrica, paquímetro (avaliação da percentagem de gordura corporal), coleta
de sangue no D0, D2, D7 e D14 para verificar os níveis plasmáticos de cloroquina
e primaquina avaliados através da Cromatografia Líquida de Alta Resolução.
Resultados: Houve um percentual de recaída de 20% (8/40) na amostra estudada,
sendo três pertencentes ao grupo controle, um ao grupo A e quatro ao grupo B.
Ao se comparar o percentual de recaída entre o grupo A e o grupo B, verificamos
que o do grupo B foi quatro vezes maior que do grupo A, onde a diferença foi
quase significativa (teste binomial duas proporções, p= 0,065), parecendo indicar
que nos indivíduos com sobrepeso e obesidade, a primaquina por 14 dias é
mais eficaz na prevenção das recaídas. Observamos uma correlação negativa
entre o peso, IMC e perímetro abdominal com o tempo de recaída da malária, ou
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Livro de resumos
seja, os indivíduos com peso acima do normal tendem a recair mais rapidamente.
Existe uma correlação negativa do IMC interferir na concentração plasmática
das drogas, porém não significativa, provavelmente devido tamanho da amostra.
Além disso, isolamos somente os pacientes que tiveram recaída e comparamos
o peso com a concentração de primaquina no sangue desses pacientes. Quando
correlacionamos o peso com o nível sérico da primaquina no terceiro dia de
tratamento (D2) verificamos que houve uma correlação negativa (r= -0,92) e
significativa (p= 0,0027, correlação de Spearman), mas quando correlacionamos
o peso com os níveis séricos da primaquina no oitavo (D7) e décimo-quinto dia
de tratamento (D14) houve a correlação negativa, mas não significativa (p>
0,05). Conclusões: Nesse estudo verificamos que existe uma forte tendência
do peso influenciar na resposta ao tratamento, assim como há uma tendência
do peso, perímetro abdominal e IMC influenciarem no tempo de recaída da
malária, sendo este menor para indivíduos com sobrepeso e obesidade. O IMC
e o perímetro abdominal não influenciam na concentração sanguínea da
cloroquina e primaquina, devido ao tamanho da amostra.
Palavras-chave: Malária vivax; Peso; Recaída; IMC.
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PROJ/PAR-22
DETECÇÃO DA Leishmania (Leishmania) chagasi POR PCR
EM FLEBOTOMÍNEOS NATURALMENTE INFECTADOS
DA LOCALIDADE DE CAFEZAL, ÁREA ENDÊMICA DA
LEISHMANIOSE VISCERAL, NO MUNICÍPIO DE
BARCARENA (PA)
Bolsista: Thiago Vasconcelos dos Santos
Orientadora: Edna Aoba Yassui Ishikawa
Introdução: Encontrar flebotomíneos naturalmente infectados não é suficiente
para incriminar como vetores de Leishmania, pois muitas vezes estes insetos
podem carregar parasitos humanos e animais que não podem ser distinguidos
morfologicamente, assim como realizar o isolamento do parasito em meio de
cultura para posterior identificação é prática difícil devido às contaminações.
Desta forma, métodos moleculares, como a técnica de PCR, têm sido utilizados
em diferentes estudos para identificar flebotomíneos naturalmente infectados.
Objetivo: Detectar por PCR a Leishmania chagasi em flebotomíneos
naturalmente infectados da localidade de Cafezal, área endêmica da leishmaniose
visceral, no município de Barcarena (PA). Materiais e Métodos: Os
flebotomíneos Lutzomyia longipalpis foram capturados em ambientes
intradomiciliar e peridomiciliar no período de fevereiro a dezembro de 2006,
utilizando armadilha de luz tipo CDC, realizada pela equipe de entomologia do
Laboratório de Leishmanioses do Instituto Evandro Chagas/SVS, sendo
armazenados a -70° C até a extração de DNA. O DNA foi extraído de cada
flebotomíneo individualmente utilizando SDS e KOAc e precipitado com etanol
96%. A reação de PCR foi realizada em um volume total de 25µl contendo: 0,2
mM dNTPs; 1,5 mM MgCl2; 10x PCR Buffer; 25 pmol de cada primer D1 e D2; 2,5
U/µl de Taq DNA polimerase; DNA da amostra; água destilada estéril. Os
produtos de PCR foram fracionados em eletroforese horizontal em uma matriz
de gel de agarose a 1% em TBE. O DNA foi corado com brometo de etídio 0,5µg/
mL e visualizado em transluminador UV para a análise das bandas obtidas. Foi
utilizado como controle positivo o DNA extraído de flebotomíneo infectado
experimentalmente com uma cepa de L. (L.) chagasi (M15677); e água para o
controle negativo. Resultados: Dos 291 flebotomíneos analisados, 78 foram
capturados no mês de fevereiro, 17 em abril, 64 em outubro e 132 em dezembro.
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Chagas: 3 - 4 de julho de 2007
Livro de resumos
Foi encontrado um total de 6 amostras positivas pelo PCR, todas de ambiente
peridomiciliar, sendo que 2 amostras foram do mês de fevereiro e 4 de dezembro,
totalizando uma taxa de infecção de 2.06%. Conclusão: Estes dados demonstram
que os marcadores utilizados, D1 e D2 de kDNA são bastantes sensíveis, sendo
úteis para a observação do fluxo de infecção em Lutzomyia longipalpis por
Leishmania chagasi, durante a sazonalidade destes flebotomíneos, cujo
conhecimento é importante em estudos epidemiológicos da leishmaniose
visceral em área endêmica.
Palavras-chave: L. (L.) chagasi; Lutzomyia longipalpis; PCR.
Suporte financeiro: PIBIC/IEC; FUNTEC-SECTAM.
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PROJ/PRI-23
ESTUDO DA MATURAÇÃO OOCITÁRIA IN VITRO EM
PRIMATAS NEOTROPICAIS DA ESPÉCIE Cebus apella
Bolsista: Karol Guimarães Oliveira
Orientador: Paulo Henrique Gomes de Castro
Introdução: A espécie Cebus apella constitui um excelente modelo experimental
para compreender aspectos da fisiologia da reprodução devido às suas
similaridades com a espécie humana, inclusive pela ocorrência de ciclo menstrual
(NAGLE et al., 1980). Diversos estudos apontam o processo acelerado de extinção
em que se encontram esses animais, com isso verifica-se a importância do
desenvolvimento de biotécnicas de reprodução como uma tentativa de garantir
a conservação dessa espécie (DOMINGUES, 2000). Objetivo: Estudar a fisiologia
da reprodução em primatas neotropicais da espécie Cebus apella como modelo
para extrapolação para primatas neotropicais importantes para a pesquisa
biomédica e/ou ameaçados de extinção. Materiais e Métodos: O grupo
experimental foi composto por seis fêmeas adultas de C. apella mantidas no
Centro Nacional de Primatas. O acompanhamento do ciclo menstrual das fêmeas
foi feito através de colpocitologias, a fim de detectar o início do ciclo (1º dia da
menstruação). Ao 9º dia do ciclo foram realizadas punções de todos os folículos
ovarianos através de laparotomia. No Laboratório de FIV da UFPA os oócitos
obtidos foram lavados em meio TCM 199 acrescido de tampão HEPES. Em
seguida foram submetidos a cultivo in vitro por 24 e 36 horas, a 38.5 °C, em
atmosfera de 5% de CO2 em gotas de 100 µL de meio de MIV composto por
TCM 199, 0.5 µg/mL de EGF, 0.22 de piruvato, 50 µM de b-mercaptoetanol, 10%
de SFB, 7 UI de PMSG, 14 UI de hCG. Para avaliação da maturação nuclear os
oócitos foram fixados em etanol/ácido acético (3:1), corados com orceína acética
(2%) e observados ao microscópico. Resultados: Na primeira etapa do trabalho
obtivemos 17 folículos, 4.25 oócitos por fêmea. Após 24 horas de MIV
verificamos 7% dos oócitos em prófase I, 55% em anáfase I, 15% em telófase I
e 23% apoptóticos. Na segunda etapa foram coletados 9 oócitos de uma única
fêmea, média superior à encontrada em trabalhos realizados anteriormente,
inclusive onde houve estimulação hormonal. O alto número de folículos
observado deve-se ao fato das punções terem ocorrido no 9º dia do ciclo, o dia
ideal conforme verificado por Domingues (2005). Esses oócitos foram
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Livro de resumos
submetidos a 36 horas de MIV. Observamos que 22% dos oócitos alcançaram a
Meiose II, 33% sofreram rompimento da membrana plasmática e nos 44%
restantes não foi possível determinar o estágio da maturação nuclear. Conclusão:
A partir dos dados expostos é possível concluir que a MIV com duração de 36
horas pode possibilitar melhores resultados. Mais estudos são necessários
para avaliar o efeito do PMSG e hCG durante 36 horas de cultivo.
Palavras-chave: Cebus apella; Maturação in vitro; Oócito; Folículos ovarianos.
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Livro de resumos
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PROJ/VIR-24
ESTUDO DA PREVALÊNCIA DE ADENOVÍRUS
ENTÉRICO EM ESPÉCIMES FECAIS DE CRIANÇAS
DIARRÉICAS EM BELÉM, PARÁ
Bolsista: Alessilva do Socorro Lima de Oliveira
Orientador: Alexandre da Costa Linhares
Introdução: A diarréia infecciosa aguda é uma doença comum entre crianças
pequenas e idosos, apresentando altas taxas de morbidade relatadas
mundialmente, sendo um dos principais problemas de saúde pública. No Brasil
é uma das doenças mais comuns em crianças, sendo responsável por 15% das
mortes entre as mesmas. Os adenovírus entéricos (AdEs) têm sido relatados
como o segundo enteropatógeno viral mais comumente detectado entre crianças.
Pertencem à família Adenoviridae, gênero Mastadenovirus, subgênero F,
compreendendo os sorotipos 40 e 41. Os HAdvs são vírus de DNA, de 60-90
nm de diâmetro com projeções de 28 a 33 nm. Caracteriza-se por não possuir
envelope e apresentar forma icosaédrica. O core do vírus é formado por DNA
linear espiralado de dupla fita, que tem capacidade para codificar entre 30-40
genes As gastroenterites causadas por AdEs apresentam uma evolução
prolongada, com duração de 5 a 12 dias, compreendendo os seguintes sintomas:
diarréia aquosa, vômitos, hipertermia moderada e desidratação leve. Objetivo:
Determinar a freqüência de adenovírus em 760 amostras fecais provenientes de
crianças diarréicas em Belém, Pará. Materiais e Métodos: O grupo estudado
envolveu 760 crianças que, no período de março a setembro de 2003, participaram
de um estudo compreendendo vigilância intensiva em 26 hospitais e 23 unidades
de saúde de Belém, Pará. Esses pacientes se encontravam hospitalizados pelo
quadro gastrointestinal ou sob terapia de reidratação, por conseguinte, exibindo
manifestações clínicas em geral graves. Resultados: Testaram-se por ELISA
760 amostras, e em 6% (44/760) detectou-se a presença de adenovírus. A
freqüência de adenovírus entérico, por sua vez, foi de 3% (22/760). Pela técnica
de PCR testaram-se 44 amostras: 54,4% (24/44) foram positivas para o grupo F
(relativo aos adenovírus entéricos); Revelaram-se positivas 13,6% (6/44) para o
grupo B; 11,3% (5/44) mostraram-se reativas frente ao grupo C; 4% (2/44)
denotaram dupla reatividade (grupos C e F); 4,5% (2/44) de positividade em
relação ao grupo D; e 16% (7/44) revelaram-se negativas para todos os grupos.
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Livro de resumos
Conclusão: Esses resultados comprovam a participação desses vírus como
agentes etiológicos das gastrenterites infantis e confirmam a sua circulação na
cidade de Belém, Pará. Estes são dados fundamentais para ratificar a importância
desses vírus como causadores de gastroenterite, os quais vêm acometendo
crianças a nível mundial.
Palavras-chave: Adenovírus; Gastroenterites.
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Livro de resumos
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PROJ/VIR-25
EPIDEMIOLOGIA MOLECULAR DOS VÍRUS
INFLUENZA E METAPNEUMOVÍRUS
Bolsista: Giuliana De Gregoris
Orientadora: Rita Catarina Medeiros Sousa
Introdução: As infecções respiratórias agudas (IRA) continuam sendo um dos
principais agravos de saúde no mundo. No Brasil ela atua como uma das
principais causas de mortalidade em crianças menores de cinco anos de idade.
Dentre os principais vírus causadores de IRA, destaca-se o Influenza por sua
plasticidade genética e capacidade de causar pandemias, sendo fundamental
sua vigilância. O Metapneumovírus humano, recentemente descrito, também
se relaciona à IRA, não havendo ainda nenhum relato sobre este vírus na
região Amazônica. Objetivos: Identificar o envolvimento dos vírus Influenza e
hMPV com os casos de IRA na região Amazônica descrevendo sua sazonalidade.
Caracterizar geneticamente proteínas de superfície e internas desses vírus,
comparando com cepas isoladas no resto do Brasil e do mundo. Implantar
novas técnicas para diagnóstico viral (PCR em tempo real). Materiais e Métodos:
Foram analisadas 393 amostras (aspirado nasofaríngeo/swab combinado)
provenientes dos Estados do Amapá, Amazonas e Pará, no período de janeiro
de 2006 a maio de 2007. Para o diagnóstico de vírus Influenza foram utilizados
testes de Imunofluorescência indireta, isolamento viral em células MDCK e RTPCR. Para o diagnóstico de hMPV, aguarda-se a chegada de reagentes.
Resultados: No período estudado foram obtidas 67 amostras positivas. Em
2006, obtiveram-se em Belém 12 amostras positivas para Influenza A e duas
para o tipo B. Um surto de Influenza A foi observado no mês de junho. As cepas
detectadas em Belém correspondiam geneticamente à A/Wisconsin/67/2005H3N2-Like e A/Califórnia/7/2004-H3N2-Like. Em Macapá, a amostra positiva
relacionou-se à cepa A/New Caledônia/20/99-H1N1-Like. Em 2007, 30 amostras
foram positivas para Influenza A em Belém e 7 para o tipo B, com pico em abril
e janeiro, respectivamente. Em Parauapebas, 5 apresentaram positividade para
o tipo A e 6 para B, havendo um surto de A em maio e outro de B em fevereiro.
Três amostras foram positivas para o tipo A em Manaus, com positividade
culminante em abril. Em Belém, as estirpes de Influenza A H3 relacionaram-se
geneticamente à cepa A/Wisconsin/67/2005, enquanto que o subtipo H1 obteve
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Livro de resumos
similaridade à A/New Caledonia/20/1999. O tipo B se mostrou geneticamente
aparentado à cepa B/Malaysia/2506/2004. Conclusão: Os resultados obtidos
reafirmam necessidade de vigilância das IRA na Amazônia, pois se observou
um padrão peculiar de sazonalidade do Influenza, com períodos epidêmicos
variáveis entre os anos. A circulação de cepas virais divergiu do previsto para
o biênio 2006-2007, onde se obteve em 2006 co-circulação das cepas A/Califórnia/
7/2004-H3N2-Like e A/Wisconsin/67/2005-H3N2-Like, sendo somente esta
última preconizada como cepa vacinal.
Palavras-chave: Influenza; Metapneumovírus.
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PROJ/VIR-26
ESTUDO DA ETIOLOGIA VIRAL EM CASOS
DE INFECÇÃO RESPIRATÓRIA AGUDA (IRA)
NA AMAZÔNIA
Bolsista: Helem Ferreira Ribeiro
Orientador: Wyller Alencar de Mello
Introdução: As IRA são causadas em sua maioria por vírus, causando alto
índice de morbimortalidade no mundo, especialmente nos extremos de idade,
em imunodeprimidos e portadores de doenças crônicas. No Brasil, as IRA só
perdem para as gastroenterites como causa de óbito em menores de 5 anos. As
IRA apresentam padrões sazonais erráticos com associação a fatores climáticos
e ambientais. No Brasil estes padrões variam de acordo com a região. Na região
amazônica, surtos de IRA são mais freqüentes na estação chuvosa. Os vírus
mais comumente envolvidos em casos de IRA são os Adenovírus, os vírus
Parainfluenza, o Vírus Respiratório Sincicial (VRS) e os vírus Influenza A e B.
Objetivo(s): Obter informações específicas sobre a sazonalidade dos vírus
Influenza, VRS, Parainfluenza, Adenovírus. Investigar o comportamento
epidemiológico desses vírus. Monitorar cepas epidêmicas do vírus Influenza
visando contribuir na produção da vacina contra gripe. Materiais e Métodos:
Foram investigados 341 indivíduos de todos os sexos e idades, das cidades de
Belém e Parauapebas–PA, Macapá–AP e Manaus–AM, com sintomas de IRA
até 5 dias de evolução. Os espécimes clínicos eram aspirados nasofaríngeos e
swab oral/nasal. O diagnóstico envolveu as técnicas de isolamento viral em
cultivo de células MDCK e HEp-2, teste de hemaglutinação para MDCK e
visualização de efeito citopático para HEp-2, ovos embrionados de galinhas e
detecção indireta de antígeno por imunofluorescência. Resultados: Das
amostras investigadas entre maio/2006 a maio/2007, 109 (32%) tiveram etiologia
viral confirmada. Os agentes identificados foram: VRS (16,1%), Influenza A
(10,2%), Parainfluenza (7%), Influenza B (2,3%) e Adenovírus (1,5%). Houveram
12 co-infecções. A faixa etária mais atingida foi de 0-4 anos (66,5%). Ocorreram
quatro surtos no período: o primeiro ocorreu em Belém, causado pelo Influenza
A em junho/2006. Entre setembro-novembro/2006 ocorreu o surto de
Parainfluenza 3 em Belém e Manaus. Em março/2007 ocorreu novo surto, causado
pelo VRS, concomitantemente em Belém e Manaus, que se sobrepôs ao novo
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Chagas: 3 - 4 de julho de 2007
Livro de resumos
surto de Influenza A iniciado no mês de abril/2007. Conclusão: A prevalência de
IRA está de acordo com o encontrado na literatura. Merece atenção a alta taxa
de VRS encontrada, responsável por 50,5% dos casos de IRA confirmados,
assim como o elevado índice de detecção de Parainfluenza. O número de coinfecções também merece destaque, que ocorreram provavelmente pela
sobreposição de surtos. Os surtos de Influenza A ocorridos nos meses de
Junho/2006 e Maio/2007, meses de menor pluviosidade, indicam uma tendência
a mudança do padrão sazonal destes vírus na Amazônia.
Palavras-chave: IRA; VRS; Influenza; Parainfluenza; Vírus respiratórios.
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Livro de resumos
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PROJ/VIR-27
DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR
DE NOROVÍRUS EM FEZES DE CRIANÇAS
COM DIARRÉIA AGUDA, ATENDIDAS
EM UM HOSPITAL, DE BELÉM-PARÁ
Bolsista: Inaê Santiago do Nascimento
Orientadora: Yvone Gabbay Mendes
Introdução: Os Norovírus (NoVs) têm sido associados a quadros de
gastroenterite viral tanto em âmbito hospitalar como ambulatorial, acometendo
principalmente crianças menores de cinco anos. Pertencem, juntamente com os
Sapovírus (SaVs), ao grupo dos Calicivírus Humanos (HuCVs), e a família
Caliciviridae, sendo ambos constituídos de cinco genogrupos (GG). Objetivo:
Detecção e caracterização molecular de norovírus em amostras diarréicas
provenientes de crianças atendidas em um hospital e posto de saúde, de Belém,
Pará. Materiais e Métodos: Foram testadas amostras fecais de crianças diarréicas
e não-diarréicas, menores de três anos, atendidas no Hospital Infantil Santa
Terezinha, no período de setembro/1998 a maio/2000, que apresentaram
resultados negativos para outros vírus entéricos. Os HuCVs foram detectados
pela RT-PCR usando os iniciadores 289/290. As amostras positivas foram
purificadas, quantificadas e seqüenciadas por eletroforese em seqüenciador
automático. As seqüências obtidas foram alinhadas e analisadas pelo programa
Bio Edit (v. 7.0.5.3), e comparadas com as já registradas no GeneBank. A árvore
filogenética foi construída no programa MEGA 3.1. Resultados: Os HuCVs
foram detectados em 8,9% (24/271) das amostras. Destas, 20 já foram
seqüenciadas, sendo todas classificadas como NoVs, genogrupo GGII/4,
semelhantes a variante Sydney348/97O. Quanto à distribuição mensal observouse picos nos meses de janeiro/1999 e maio/2000 (20%). A faixa etária com maior
percentual de positividade foi a de >6-12 meses (13,5%) de idade. Os principais
sintomas apresentados pelas 23 crianças diarréicas positivas para NoVs foram:
vômitos (78,3%) e febre (60,9%). Fezes líquidas, com uma média de três
evacuações diárias, foram observadas em 60,9% dos casos. Conclusão: A
positividade obtida (8,9%) foi semelhante à descrita no Centro Oeste do Brasil
(8,6%) e menor ao do Rio de Janeiro (20%). Neste estudo só foi detectado os
NoVs. Este dado difere ao encontrado anteriormente em outro hospital de Belém,
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XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro
Chagas: 3 - 4 de julho de 2007
Livro de resumos
onde além dos NoVs se detectou também os SaVs. Esses resultados reforçam a
importância de se investigar, cada vez mais, esses agentes nos quadros de
gastroenterite aguda, sobretudo quando consideramos a escassez de
informações epidemiológicas existentes tanto na região Amazônica, como no
Brasil. A recente introdução de uma vacina para rotavírus em diversos países,
incluindo o Brasil, poderá influenciar nesses achados.
Palavras-chave: Calicivírus; Norovírus; Gastroenterite.
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PROJ/VIR-28
CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE VÍRUS
RESPIRATÓRIO SINCICIAL, ISOLADOS EM BELÉM NO
PERÍODO DE 1999 A 2004
Bolsista: Luana Soares Barbagelata
Orientadora: Rita Catarina Medeiros Sousa
Introdução: O Vírus Respiratório Sincicial (VRS) é um dos responsáveis pelas
infecções respiratórias agudas (IRA), sendo importante causa de morbimortalidade em crianças menores de dois anos. Ele apresenta um perfil sazonal
diversificado, sendo mais freqüente, em países tropicais, nos meses chuvosos.
Objetivo: Caracterizar o envolvimento do VRS nos casos de IRA em um segmento
populacional na cidade de Belém, determinando a incidência de infecções pelo
VRS do tipo A e B na população citada. Incorporar técnicas de biologia molecular
na identificação do VRS no laboratório de vírus respiratórios do IEC. Contribuir
para um melhor conhecimento da sazonalidade das infecções por VRS na cidade
de Belém. Materiais e Métodos: Foram analisados espécimes clínicos (aspirado
nasofaringe ou swab combinado) de pacientes que apresentaram sinais e/ou
sintomas de IRA, estocados no laboratório entre 1999 e 2004. Para isso, foram
utilizados testes de imunofluorescência indireta (IFI) para caracterização
antigênica dos vírus isolados e RT-PCR para os genes codificadores das
proteínas G e F, que foram em seguida seqüenciados. Resultados: Foram
identificadas 150 amostras positivas para VRS. Desse total, 46 foram
reinoculadas em células HEp-2 e caracterizadas antigenicamente pela IFI. Ambos
subgrupos circularam com predominância de um subgrupo a cada ano. Cinqüenta
e seis amostras foram analisadas por RT-PCR utilizando oligonucleotídeos
específicos para os genes G e F. Dentro do período estudado, genótipos distintos
da proteína G do subgrupo A (GA2 e GA5) e do subgrupo B (SAB1 e SAB3)
foram detectados, indicando o primeiro relato da circulação do genótipo SAB1
na América do Sul. Em 2004, um cluster diferenciado dos demais genótipos
circulantes foi encontrado, sendo este denominado BRB1. A análise do gene F
revelou que a comparação das amostras do subgrupo A com a cepa protótipo
A2 teve similaridade variando de 81,2%-97,4%. No subgrupo B o índice de
similaridade, comparado com a cepa protótipo B1, variou de 88,7%-98,9% ao
nível de seqüência nucleotídica. Conclusão: Entre 1999 e 2004, a identificação
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do VRS foi mais freqüente nos anos de 2003 e 2004. O VRS circula
predominantemente nos seis primeiros meses do ano na cidade de Belém. A
análise filogenética do gene G evidenciou a circulação de genótipos distintos
para ambos subgrupos. A análise do gene codificador da proteína F permitiu a
identificação de mutações na seqüência nucleotídica resultando em trocas na
cadeia aminoacídica da mesma.
Palavras-chave: IRA; VRS; Epidemiologia molecular.
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PROJ/VIR-29
PESQUISA DE ROTAVÍRUS EM CRIANÇAS MENORES
DE CINCO ANOS DE IDADE COM DIARRÉIA
AGUDA NO MUNICÍPIO DE PARAUAPEBAS, PARÁ
Bolsista: Régis Piloni Maestri
Orientadora: Joana D’Arc Pereira Mascarenhas
Introdução: Os rotavírus (RV) são responsáveis por cerca de 600 mil óbitos
entre crianças menores de cinco anos de idade. Pertencem à família Reoviridae,
ao gênero Rotavírus. O genoma viral é constituído por 11 segmentos de RNA
de dupla fita (dsRNA), o qual codifica seis proteínas estruturais (VP1- VP4, VP6
e VP7) e seis não-estruturais (NSP1-NSP6), sendo as proteínas VP4 e VP7,
responsáveis pelos genotipos P e G respectivamente. Objetivo: Caracterização
genotípica de amostras de RV circulantes na área de influência do Projeto Salobo,
Paraupebas, Pa. Materiais e Métodos: As amostras fecais foram coletadas de
crianças menores de cincos anos de idade com diarréia aguda no município de
Parauapebas. Todas as amostras foram submetidas ao teste de
imonocromatografia e eletroforese em gel de poliacrilamida (EGPA) e as positivas
à reação em cadeia da polimerase precedida de transcrição reversa (RT-PCR),
seguidas de Nested-PCR, para a determinação dos genotipos G e P de RV. Para
o seqüenciamento de nucleotídeos usou-se o kit Big Dye Terminator (Applied
Biosystems), seguido de eletroforese em seqüenciador automático ABI PRISM
3100 (Applied Biosystems). Resultados: Das 171 amostras testadas, 16 (9,35%)
foram positivas para RV por imunocromatografia e 15 (8,77%) por EGPA. Quanto
à caracterização genotípica 14 (87,50%) amostras foram G2P[4], seguido de
G1P[8] e G9P[8] com 6,25% dos casos. Foram seqüenciadas para o gene VP7 (7/
16 – 43,75%) amostras com o genotipo G2 agrupando na linhagem II e o G9 na
linhagem III. A análise realizada para VP4 (5/16 – 31,25%) mostrou que as amostras
P[8] 2/5 (40%) agruparam na linhagem II e o genotipo P[4] na linhagem III.
Conclusão: Foi observada uma elevada concordância (93,75%) entre o teste de
imunocromatografia e o EGPA o que reforça a importância de se usar um teste
rápido no campo e mesmo em hospital que apresente elevada sensibilidade e
especificidade. O genotipo G2 enquadrou-se na linhagem II, com amostras
agrupando na sub-linhagem IIa e a amostra PASAL1920C integrando a sublinhagem IIc. O genotipo P[4] agrupou na linhagem III, demonstrando ser
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bastante conservado, não se observando significativa divergência entre as
amostras analisadas. Desta maneira, é de extrema importância o monitoramento
freqüente de RV, podendo assim, avaliar a eficácia da vacina contra tal agente,
ora fazendo parte do calendário de vacinação no Brasil.
Palavras-chave: Rotavírus; Diarréia; Crianças; Parauapebas.
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PROJ/VIR-30
CARACTERIZAÇÃO GENOTÍPICA DE AMOSTRAS
DE ROTAVÍRUS PROVENIENTES DE CRIANÇAS
COM DIARRÉIA AGUDA EM BELÉM, PARÁ
Bolsista: Sylvia de Fátima dos Santos Guerra
Orientadora: Joana D’Arc Pereira Mascarenhas
Introdução: Os rotavírus (RVs) constituem um grave problema de saúde pública,
sendo responsáveis por cerca de 600.000 óbitos entre crianças menores de
cinco anos de idade. Possuem simetria icosaédrica e são desprovidos de
envelope, tendo seu genoma dividido em 11 segmentos de RNA de dupla fita
(dsRNA). O capsídeo externo é composto pelas proteínas VP4 e VP7 que definem
os genotipos P e G respectivamente, estando envolvidas na imunidade protetora.
Atualmente existem 16 genotipos G e 27 P, dentre os quais se descrevem dez
tipos G e onze tipos P infectando seres humanos, em diferentes combinações
binárias. Devido à relevância do RVs, vários estudos têm sido desenvolvidos
visando à monitoração genotípica das amostras circulantes, sendo detectados
combinações binárias usuais, não usuais e um elevado número de amostras
não genotipadas, fato que pode se atribuído a variações no genoma viral,
podendo acarretar a emergência de genotipos não presentes na comunidade,
tornando-se, portanto, importante a genotipagem de tais amostras. Objetivo:
Caracterização genotípica de amostras de RVs não genotipadas, obtidas de
crianças em Belém, PA. Materiais e Métodos: Os espécimes fecais analisados
foram amostras não genotipadas provenientes do projeto Hospital Sentinela,
conduzido de 1998 a 2000, em Belém, Pará. O dsRNA dos espécimes fecais
foram extraídos a partir da suspensão fecal, sendo, posteriormente, realizada a
RT-PCR para os genes da VP7 e VP4. Em seguida, foram submetidos ao nestedPCR com iniciadores específicos para cada gene, visando à caracterização
genotípica das amostras. Resultados: Foram testadas 47 amostras para os genes
VP7 e VP4. Os genotipos G detectados foram G2, G9 e G4, e predominantemente
o G1 em 17 amostras (42%). Quanto ao gene VP4, foram encontrados os genotipos
P[8] e, predominantemente o P[4], em 18 amostras (51%), seguido de infecções
mistas P[4]+P[8] (46%). Observou-se elevado número de infecções mistas para
os genotipos G e/ou P correspondendo a 20 amostras (59%) e combinações
binárias não detectadas freqüentemente, como G1P[4] e G4P[4], caracterizadas
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em 9 amostras (25%). Conclusão: Foram detectados nos espécimes analisados
genotipos usuais, contudo, observou-se elevado número de amostras
combinações binárias não usuais, assim como, elevada freqüência de infecções
mistas. A caracterização de amostras não genotipadas é relevante para a
monitoração dos genotipos circulantes na comunidade, assim como a
identificação de novos genotipos, subsídios importantes para a implementação
de estratégias de vacina contra o RVs.
Palavras-chave: Rotavírus; Não genotipadas; Diarréia.
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