LIVRO DE RESUMOS Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica 2007 “A Bioinformática como ferramenta para pesquisa”. Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva Ministro da Saúde José Gomes Temporão Secretária Executiva do Ministério da Saúde Márcia Bassit Lameiro da Costa Mazzoli Secretario de Vigilância em Saúde Gerson Oliveira Penna Instituto Evandro Chagas Serviços Elisabeth Conceição de Oliveira Santos Diretora Wyller Alencar de Mello Vice-Diretor Administração Epidemiologia Recursos Humanos Seções científicas Arbovirologia e Febres Hemorrágicas Bacteriologia e Micologia Biotérios Hepatopatias Meio Ambiente Parasitologia Patologia Virologia Apoio técnico à pesquisa Biblioteca João Carlos Lopes da Silva Gilberta Bensabath Margarete Maria de Figueiredo Garcia Pedro F. da Costa Vasconcelos Maria Luiza Lopes Adevaldo da Silva Elleres Manoel do Carmo Pereira Soares Iracina Maura de Jesus Sebastião Aldo da Silva Valente Manoel Gomes da Silva Filho Alexandre da Costa Linhares Vânia Barbosa da C. Araújo Centro Nacional de Primatas - CENP Carlos Faro Diretor XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas 3 4 de julho de 2007 PROGRAMA DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PIBIC/IEC Coordenadora Ana Cecília Ribeiro Cruz Vice-Coordenador Ediclei Lima do Carmo CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTNO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO CNPq Presidente Marco Antônio Zago Coordenador Geral do PIBIC/CNPq Silvana Almeida Filgueira de Medeiros COMITÊ INSTITUCIONAL DE AVALIAÇÃO DO PIBIC Alexandre da Costa Linhares Ana Cecília Ribeiro Cruz Francisco Lúzio de Paula Ramos Heloisa Marceliano Nunes Iracina Maura de Jesus Joana DArc Pereira Mascarenhas Manoel do Carmo Pereira Soares Marco Antônio Vasconcelos Santos Marinete Marins Póvoa Wyller Alencar de Mello Seção de Virologia Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas Seção de Bacteriologia e Micologia Seção de Hepatologia Seção de Meio Ambiente Seção de Virologia Seção de Hepatologia Seção de Parasitologia Seção de Parasitologia Seção de Virologia COMITÊ EXTERNO DE AVALIAÇÃO DO PIBIC 2007 José Paulo Gagliardi Leite Artur Luiz da Costa da Silva Pesquisador 1A/CNPq/FIOCRUZ Representando o CNPq Pesquisador 2/CNPq/UFPA AGÊNCIAS FINANCIADORAS Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPq Ministério da Saúde/Secretaria de Vigilância em Saúde MS/SVS XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas 3 4 de julho de 2007 LIVRO DE RESUMOS Ananindeua Novembro, 2007 © 2007, XII Seminário Interno do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas COMISSÃO ORGANIZADORA Ana Cecília Ribeiro Cruz Ediclei Lima do Carmo João Carlos Lopes da Silva Carolina Rodrigues da Costa Nívia Helena M. Santos Adlai Sousa Maria da Graça S. da Silva Vânia Barbosa da Cunha Araújo Isabella Maria Almeida Mateus Maria da Graça Santos da Silva Coordenadora do PIBIC Vice-Coordenador do PIBIC Administrador do IEC Informática Secretaria do PIBIC Assessoria de Comunicação Assessoria de Comunicação Projeto gráfico: Normalização e editoração Diagramação Revisão final Capa Nota: Os conceitos e a parte de redação emitida dos trabalhos são de exclusiva responsabilidade de seus autores. Ficha Catalográfica Seminário Interno do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas (12: 2007 jul. 3 a 4: Ananindeua, Pa) Livro de resumos... Ananindeua: Instituto Evandro Chagas, 2007. 82p. 1. CONGRESSOS. 2. DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS. 3. BIOLOGIA COMPUTACIONAL. I. Título. CDU: 616.9:061.3 Apresentação O programa de Iniciação Científica, como parte da proposta do CNPq de incentivar o interesse do aluno para a pesquisa e para a Saúde Pública trás para o Instituto Evandro Chagas (IEC) a responsabilidade de ensinar os procedimentos básicos, sem os quais o aprendizado fica sem alicerces, e manter esse aluno informado sobre os avanços mais recentes e disponíveis gerados pela tecnologia. Completando esse objetivo temos a partir deste ano, aqui no IEC, o PIBIC Júnior, iniciativa do Governo do Estado do Pará, através da Secretaria de Indústria Comércio e Mineração. São jovens que iniciam mais cedo a olhar para o futuro pela ótica da pesquisa a serviço da Saúde Pública. No momento está em pauta a Bioinformática como tema de um seminário, discutindo essa tecnologia que nasceu da reunião de diferentes áreas do conhecimento tais como: a matemática, a engenharia de softwares, a ciência da computação, a estatística e a biologia molecular. Ela permitiu que os conceitos fossem materializados em tecnologia a serviço da necessidade de associações cada vez mais numerosas e complexas. A partir da grande descoberta, na década de 50, de que o DNA era a molécula repositório da informação genética, e sua estrutura química foi desvendada no célebre trabalho de Watson e Crick, e todo o avanço que foi possível a partir desse ponto com o posterior conhecimento do código genético e do mecanismo de transmissão de informações dentro do polímero, nasceu a Biologia Molecular, exigindo novos e mais rápidos métodos de análise. Em resposta aos desafios do recente conhecimento surgiram os métodos de seqüenciamento que permitiam a leitura de diferentes seqüências constituintes de um determinado DNA, ainda que lentamente. Os seqüenciadores automáticos, na segunda metade dos anos 90 aceleraram o processo gerando uma enorme quantidade de seqüências armazenadas esperando para serem analisadas, associadas e interpretadas. Dessa urgência nasceu a Bioinformática, respondendo no primeiro momento ao anseio de respostas dos geneticistas, e logo após a muitas outras demandas. Na área da saúde destacamos a seleção e classificação de proteínas viáveis e ideais para preparação de novos medicamentos; reconhecimento de padrões biomédicos que possam dar apoio ao diagnóstico e a tomada de decisão de gestores e a criação de sistemas inteligentes para ensino em diferentes instâncias, entre outros. No momento o IEC está iniciando um Núcleo de Bioinformática, por iniciativa da Seção de Virologia, através do Dr. Ronaldo Barros de Freitas. Esperamos que esse Núcleo agregue também as iniciativas do PIBIC. Toda tecnologia nova vem carregada de mistérios que lentamente vão adquirindo os contornos da realidade, até se tornarem apenas o que realmente são: instrumentos novos para conhecer e analisar melhor a enorme gama do conhecimento humano que a cada dia é produzido e nos chega, respondendo a inúmeras indagações e deixando milhares de outras para serem respondidas pela tecnologia do futuro. É assim que a humanidade caminha, desde a conquista do fogo, até os dias de hoje. Que venha a bioinformática e o seu cortejo de inovações. Elisabeth Conceição de Oliveira Santos Diretora do Instituto Evandro Chagas Agradecimentos Os organizadores do Seminário Interno do PIBIC/IEC 2007 formulam os seus agradecimentos Ao CNPq; À Direção do IEC, Serviço de Administração, Assessoria de Comunicação, Setor de Informática; Aos integrantes do Comitê Institucional e Comitê Externo e principalmente aos nossos bolsistas e seus respectivos orientadores; Por toda compreensão, empenho e apoio, aspectos fundamentais para realização e para o sucesso de nosso seminário. Sumário Programação ...................................................................... 13 Arbovirologia e Febres Hemorrágicas 1 Estudo experimental sobre a patogenicidade e padrão da resposta imune humoral e celular para o Vírus Caraparu em Hamsters dourados jovens (Mesocricetus auratus) ............................................................................ 23 Caracterização molecular de Hantavírus em amostras biológicas de roedores silvestres capturados no Estado do Mato Grosso ...................................................................... 25 3 Análise genética de amostras dos vírus dengue 1 isoladas no Instituto Evandro Chagas ............................................. 27 4 Caracterização antigênica, físico-química e biológica do vírus Be Ar 701402, isolado a partir de mosquitos da espécie Psorophora (Jan) ferox, capturados em Altamira, Pará ................................................................................... 29 Caracterização genética de cepas do vírus dengue 3 associadas a casos de encefalomielite aguda humana ocorridos no Estado de Rondônia, 2005 ............................ 31 Estudo da cinética da infecção pelo vírus Piry em camundongos albinos adultos e o impacto do processo infeccioso sobre o sistema nervoso central ....................... 33 2 5 6 Bacteriologia e Micologia 7 Investigação molecular dos fatores de virulência em Escherichia coli enteropatogênicas isoladas de pacientes infectados pelo HIV-1 ....................................................... 35 Pesquisa de anticorpos contra Histoplasma capsulatum var. capsulatum em pacientes encaminhados a Seção de Bacteriologia e Micologia do Instituto Evandro Chagas ... 37 9 Diversidade genética de cepas de Mycobacterium tuberculosis isoladas no Pará........................................... 39 10 Produção de Exoantígeno do fungo termo-dimórfico Paracoccidioides brasiliensis para utilização em testes sorológicos e produção de soro hiperimune ...................... 41 8 Epidemiologia e Geoprocessamento 11 Avaliação do modelo de vigilância epidemiológica por síndromes na Região Amazônica ...................................... 43 12 Desenvolvimento de modelos de inter-relacionamento de bases de dados não convencionais aplicados a vigilância em saúde e epidemiologia .................................................. 45 Hepatologia e Microscopia Eletrônica 13 Caracterização ultraestrutural, sorológica e molecular do vírus da Hepatite B em soros com presença do DNA viral: aspectos quantitativos e de mutação viral ......................... 47 14 Caracterização de uma nova linhagem celular para o Mixoma Odontogênico ...................................................... 49 15 Cinética da infecção pelos vírus Itacaiunas e Curionópolis em cérebro de camundongos albinos recém-nascidos, após instilação nasal: uma abordagem imunohistoquímica ........ 51 Parasitologia 16 Diagnóstico da Criptosporidiose e identificação molecular de C. parvum em pacientes com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) ................................................................... 53 17 Estudo experimental da viabilidade do Trypanosoma cruzi no açaí e infecção em camundongos ................................ 55 18 Avaliação de grupos de risco com malária no município de Belém: atenção às gestantes ............................................. 57 19 Ciclo evolutivo experimental e perfil epidemiológico do Rhodnius milesi (Valente et al. 2001), uma nova espécie de triatomíneo descrita no Estado do Pará ....................... 59 20 Técnica de nested-PCR para detecção de DNA de Plasmodium Sp. extraído de lâminas de gota espessa (GE) coradas pelo Giemsa provenientes de áreas endêmicas do Estado do Pará .................................................................. 61 21 Malária por Plasmodium vivax: possível influência do peso na resposta ao tratamento ................................................. 63 22 Detecção da Leishmania (Leishmania) chagasi por PCR em flebotomíneos naturalmente infectados da localidade de Cafezal, área endêmica da leishmaniose visceral, no município de Barcarena (Pa) ............................................ 65 Primatologia 23 Estudo da maturação oocitária In Vitro em primatas neotropicais da espécie Cebus apella .............................. 67 XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 Livro de resumos Virologia 24 Estudo da prevalência de adenovírus entérico em espécimes fecais de crianças diarréicas em Belém, Pará .................. 69 25 Epidemiologia molecular dos vírus Influenza e Metapneumovírus .............................................................. 71 26 Estudo da etiologia viral em casos de infecção respiratória aguda (IRA) na Amazônia ................................................ 73 27 Detecção e caracterização molecular de norovírus em fezes de crianças com diarréia aguda, atendidas em um hospital, de Belém-Pará .................................................................. 75 28 Caracterização molecular de vírus respiratório sincicial, isolados em Belém no período de 1999 a 2004 ................. 77 29 Pesquisa de rotavírus em crianças menores de cinco anos de idade com diarréia aguda no município de Parauapebas, Pará ................................................................................... 79 30 Caracterização genotípica de amostras de rotavírus provenientes de crianças com diarréia aguda em Belém, Pará ................................................................................... 81 12 Livro de resumos XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 Programação Dia 3 de julho de 2007 8 h às 9 h Local: Auditório 3 IEC/Ananindeua Solenidade de abertura Ana Cecília Ribeiro Cruz Coordenação do PIBIC/IEC José Paulo Gagliardi Leite Comitê Externo de Avaliação Palestras Importância do programa para a Instituição Dra. Elisabeth C. de Oliveira Santos Diretora do Instituto Evandro Chagas IEC A Bioinformática como ferramenta para pesquisa Dr. Artur Luiz da Costa Silva Universidade Federal do Pará UFPA 9 h às 11 h Seção I. Arbovirologia e Febres Hemorrágicas Moderadora Adriana Ribeiro Carneiro Ex-bolsista do PIBIC/IEC 13 XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 Livro de resumos Bolsistas Anderson Diego Costa Agrassar Orientadora: Lívia Caricio Martins Projeto: Estudo experimental sobre a patogenicidade e padrão da resposta imune humoral e celular para o Vírus Caraparu em Hamsters dourados jovens (Mesocricetus auratus) PROJ/ARB-1 Darlene de Brito Simith Orientadora: Elizabeth Salbé Travassos da Rosa Projeto: Caracterização molecular de Hantavírus em amostras biológicas de roedores silvestres capturados no Estado do Mato Grosso PROJ/ARB-2 Luana Leonardo Alves Orientadora: Ana Cecília Ribeiro Cruz Projeto: Análise genética de amostras dos vírus dengue 1 isoladas no Instituto Evandro Chagas PROJ/ARB-3 Samuel Carvalho Vidal Orientadora: Conceição de Maria Almeida Vieira Projeto: Caracterização antigênica, físico-química e biológica do vírus Be Ar 701402, isolado a partir de mosquitos da espécie Psorophora (Jan) ferox, capturados em Altamira, Pará PROJ/ARB-4 14 Livro de resumos XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 Samir Mansour Moraes Casseb Orientador: Marcio Roberto Teixeira Nunes Projeto: Caracterização genética de cepas do vírus dengue 3 associadas a casos de encefalomielite aguda humana ocorridos no Estado de Rondônia, 2005 PROJ/ARB-5 Zaire Alves dos Santos Orientador: Pedro Fernando da Costa Vasconcelos Projeto: Estudo da cinética da infecção pelo vírus Piry em camundongos albinos adultos e o impacto do processo infeccioso sobre o sistema nervoso central PROJ/ARB-6 Seção II. Bacteriologia e Micologia Moderadora Adriana Ribeiro Carneiro Ex-bolsista do PIBIC/IEC Bolsistas Jackeline de Sousa Carrera Orientadora: Cintya de Oliveira Souza Projeto: Investigação molecular dos fatores de virulência em Escherichia coli enteropatogênicas isoladas de pacientes infectados pelo HIV-1 PROJ/BAC-7 15 XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 Livro de resumos Lívia Barreto Nepomuceno Orientadora: Maurimélia Mesquita da Costa Projeto: Pesquisa de anticorpos contra Histoplasma capsulatum var. capsulatum em pacientes encaminhados a Seção de Bacteriologia e Micologia do Instituto Evandro Chagas PROJ/BAC-8 11 h às 11 h 15 min - Intervalo 11 h 20 min às 14 h Seção II. Bacteriologia e Micologia Moderadora Adriana Ribeiro Carneiro Ex-bolsista do PIBIC/IEC Bolsistas Priscila Gabriela de Souza Braga Orientadora: Karla Valéria Batista Lima Projeto: Diversidade genética de cepas de Mycobacterium tuberculosis isoladas no Pará PROJ/BAC-9 Rosiane Ferreira Pimentel Orientadora: Silvia Helena Marques da Silva Projeto: Produção de Exoantígeno do fungo termo-dimórfico Paracoccidioides brasiliensis para utilização em testes sorológicos e produção de soro hiperimune PROJ/BAC-10 16 Livro de resumos XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 Seção III. Epidemiologia e Geoprocessamento Moderadora Adriana Ribeiro Carneiro Ex-bolsista do PIBIC/IEC Bolsistas Felipe DAlmeida Costa Orientadora: Gilberta Bensabath Projeto: Avaliação do modelo de vigilância epidemiológica por síndromes na Região Amazônica PROJ/EPI/GEO-11 Douglas Gasparetto Orientador: Nelson Veiga Gonçalves Projeto: Desenvolvimento de modelos de interrelacionamento de bases de dados não convencionais aplicados a vigilância em saúde e epidemiologia PROJ/EPI/GEO-12 Seção IV. Hepatologia e Microscopia Eletrônica Moderadora Adriana Ribeiro Carneiro Ex-bolsista do PIBIC/IEC Bolsistas Andreza Pinheiro Malheiros Orientador: Manoel do Carmo Pereira Soares Projeto: Caracterização ultraestrutural, sorológica e molecular do vírus da Hepatite B em soros com presença do DNA viral: aspectos quantitativos e de mutação viral PROJ/HEP/ME-13 17 XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 Livro de resumos Lucas Rodrigues Pinheiro Orientador: José Antonio Picanço Diniz Junior Projeto: Caracterização de uma nova linhagem celular para o Mixoma Odontogênico PROJ/HEP/ME-14 Márcio Augusto Galvão Braga Orientador: José Antônio Picanço Diniz Junior Projeto: Cinética da infecção pelos vírus Itacaiunas e Curionópolis em cérebro de camundongos albinos recém-nascidos, após instilação nasal: uma abordagem imunohistoquímica PROJ/HEP/ME-15 Dia 4 de julho de 2007 8 h às 11 h Seção V. Parasitologia Moderadora Adriana Ribeiro Carneiro Ex-bolsista do PIBIC/IEC Bolsistas Alysson Roberto Corrêa Leitão Orientadora: Mônica Cristina de M. Silva Projeto: Diagnóstico da Criptosporidiose e identificação molecular de C. parvum em pacientes com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) PROJ/PAR-16 18 Livro de resumos XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 Andréa Lívia Lins Neves Orientador: Sebastião Aldo da Silva Valente Projeto: Estudo experimental da viabilidade do Trypanosoma cruzi no açaí e infecção em camundongos PROJ/PAR-17 Fernanda Vilaça Moura Orientadora: Ana Yecê das Neves Pinto Projeto: Avaliação de grupos de risco com malária no município de Belém: atenção às gestantes PROJ/PAR-18 Leidiane Oliveira dos Santos Silva Orientadora: Vera da Costa Valente Projeto: Ciclo evolutivo experimental e perfil epidemiológico do Rhodnius milesi (Valente et al. 2001), uma nova espécie de triatomíneo descrita no Estado do Pará PROJ/PAR-19 Nathália Nogueira Chamma Orientadora: Giselle Maria Rachid Viana Projeto: Técnica de nested-PCR para detecção de DNA de Plasmodium Sp. extraído de lâminas de gota espessa (GE) coradas pelo Giemsa provenientes de áreas endêmicas do Estado do Pará PROJ/PAR-20 19 XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 Livro de resumos Marcus Paulo Rocha Libonati Orientadora: Ana Maria R. da S. Ventura Projeto: Malária por Plasmodium vivax: possível influência do peso na resposta ao tratamento PROJ/PAR-21 Thiago Vasconcelos dos Santos Orientadora: Edna Aoba Yassui Ishikawa Projeto: Detecção da Leishmania (Leishmania) chagasi por PCR em flebotomíneos naturalmente infectados da localidade de Cafezal, área endêmica da leishmaniose visceral, no município de Barcarena (Pa) PROJ/PAR-22 Seção VI. Primatologia Moderadora Adriana Ribeiro Carneiro Ex-bolsista do PIBIC/IEC Bolsistas Karol Guimarães Oliveira Orientador: Paulo Henrique Gomes de Castro Projeto: Estudo da maturação oocitária In Vitro em primatas neotropicais da espécie Cebus apella PROJ/PRI-23 20 Livro de resumos XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 10 h às 10 h 15 min Intervalo 10 h 16 min Seção VII. Virologia Moderadora Adriana Ribeiro Carneiro Ex-bolsista do PIBIC/IEC Bolsistas Alessilva do Socorro Lima de Oliveira Orientador: Alexandre da Costa Linhares Projeto: Estudo da prevalência de adenovírus entérico em espécimes fecais de crianças diarréicas em Belém, Pará PROJ/VIR-24 Giuliana De Gregoris Orientadora: Rita Catarina Medeiros Sousa Projeto: Epidemiologia molecular dos vírus Influenza e Metapneumovírus PROJ/VIR-25 Helem Ferreira Ribeiro Orientador: Wyller Alencar de Mello Projeto: Estudo da etiologia viral em casos de infecção respiratória aguda (IRA) na Amazônia PROJ/VIR-26 21 XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 Livro de resumos Inaê Santiago do Nascimento Orientadora: Yvone Gabbay Mendes Projeto: Detecção e caracterização molecular de norovírus em fezes de crianças com diarréia aguda, atendidas em um hospital, de Belém-Pará PROJ/VIR-27 Luana Soares Barbagelata Orientadora: Rita Catarina Medeiros de Souza Projeto: Caracterização molecular de vírus respiratório sincicial, isolados em Belém no período de 1999 a 2004 PROJ/VIR-28 Régis Piloni Maestri Orientadora: Joana DArc Pereira Mascarenhas Projeto: Pesquisa de rotavírus em crianças menores de cinco anos de idade com diarréia aguda no município de Parauapebas, Pará PROJ/VIR-29 Sylvia de Fátima dos Santos Guerra Orientadora: Joana DArc Pereira Mascarenhas Projeto: Caracterização genotípica de amostras de rotavírus provenientes de crianças com diarréia aguda em Belém, Pará PROJ/VIR-30 14 h Encerramento 22 Livro de resumos XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 PROJ/ARB-1 ESTUDO EXPERIMENTAL SOBRE A PATOGENICIDADE E PADRÃO DA RESPOSTA IMUNE HUMORAL E CELULAR PARA O VÍRUS CARAPARU EM HAMSTERS DOURADOS JOVENS (MESOCRICETUS AURATUS) Bolsista: Anderson Diego Costa Agrassar Orientadora: Lívia Caricio Martins Introdução: O Vírus Caraparu (VCAR) é um arbovírus pertencente à família Bunyaviridae, gênero Orthobunyavirus (Büchen-Osmond, 2003). Este pode ser associado a doenças limitadas e que são caracterizadas por febre com duração de 4 a 5 dias, cefaléia, calafrios, náuseas, fraqueza, fotofobia e dor retro bulbar. Objetivo: Investigar a patogenicidade e o padrão de resposta imune humoral e celular do Vírus Caraparu, mediante ensaio experimental utilizando como modelo hamsters dourados jovens (Mesocricetus auratus). Materiais e Métodos: Para este estudo experimental selecionamos a amostra BeH 5546 do VCAR, isolada em 1956 de um paciente febril, a partir da qual foi realizada a infecção experimental com inoculação via IP da suspensão viral em hamsters dourados jovens e titulação da amostra viral, posteriormente, os animais foram sacrificados e foi feita a coleta de sangue e dos fragmentos de vísceras (cérebro, fígado, coração, baço, rim e pulmão) que ocorreu a cada 24 H p.i do 1º ao 10º dia e no 12º e 15º dia p.i., sendo coletados 2 animais infectados e um controle não infectado. Os soros dos animais infectados foram separados para detecção de anticorpos por soro neutralização e as vísceras utilizadas na imunohistoquímica e detecção de da presença de marcadores de resposta imune humoral e celular. Resultados: A detecção de anticorpos neutralizantes foi realizada através da técnica de soro-neutralização, contudo apenas o soro homólogo da amostra estudada apresentou ILN ³ 1,8, os demais soros dos hamsters infectados com a amostra BeH 5546 não apresentaram anticorpos neutralizantes. A imunomarcação para o antígeno viral revelou positividade evidente a partir do 2º dia p.i. principalmente em fígado, pulmão e rim. Esse padrão de reatividade aumentou discretamente até o 5º dias p.i., mantendo-se até o 7º dia p.i. No fígado, os espaços-porta foram mais fortemente marcados quando comparados aos ácinos hepáticos. No pulmão o padrão de imunomarcação revelou positividade em células de parede alveolar e nos rins esse padrão foi 23 XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 Livro de resumos predominante nas células tubulares renais. Os testes imunohistoquímicos para o perfil de citocinas revelou um padrão TH1 com imunoespressão para TGN-á e interferon-ã, acompanhado por fraca imunomarcação para IL-10. Conclusão: Na imunohistoquímica os resultados encontrados mostraram que a infecção causada pela amostra BeH 5546 do VCAR foi viscerotropica, com maiores alterações em torno do 5º ao 7º dia p.i.; A imunomarcação de células da resposta imune demonstrou um padrão TH1 que é característico de infecções agudas que em geral evoluem para a cura ou intensificação das lesões dos órgãos alvo, fato que explica porque os soros dos hamsters infectados não apresentaram de anticorpos neutralizantes para o Vírus Caraparu; O presente estudo demonstrou que o hamster apesar de ser susceptível a infecção pelo Vírus Caraparu não se mostrou um bom modelo experimental, pois não conseguimos detectar anticorpos anti-Vírus Caraparu nos soros dos hamsters infectados com a amostra viral. Palavras-chave: Caraparu; Infecção experimental; Patogenicidade. 24 Livro de resumos XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 PROJ/ARB-2 CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE HANTAVÍRUS EM AMOSTRAS BIOLÓGICAS DE ROEDORES SILVESTRES CAPTURADOS NO ESTADO DO MATO GROSSO Bolsista: Darlene de Brito Simith Orientadora: Elizabeth Salbé Travassos da Rosa Introdução: A Síndrome Cardiopulmonar por Hantavírus (SCPH) é uma doença causada pelos hantavírus (gênero Hantavirus, família Bunyaviridae), mantidos em natureza por infecção crônica de roedores da família Cricetidae subfamília Sigmodontinae e transmitidos ao homem por aerossóis de excretas de roedores infectados. O Mato Grosso corresponde ao quarto estado brasileiro com o maior número de casos de SCPH e o primeiro de maior ocorrência na região Amazônica, no entanto o hantavírus responsável pela infecção, ainda é desconhecido. Objetivos: Detecção do genoma de hantavírus em fragmentos de órgãos de roedores silvestres sorologicamente positivos e caracterização genética por meio de técnicas de biologia molecular. Materiais e Métodos: Fragmentos de pulmões, coração, rim, baço e fígado de oito roedores silvestres Calomys sp. IgG positivos (ELISA), dos 126 roedores capturados nos municípios de Tangará da Serra e Campo Novo dos Parecis/MT, em um estudo ecoepidemiológico após a ocorrência de casos em 2001, realizado por equipe do Instituto Evandro Chagas e Secretaria de Saúde do Mato Grosso. Essas vísceras foram submetidas à detecção do RNA viral pela técnica RT-Nested-PCR para os segmentos S e M de hantavírus, seqüenciamento nucleotídico e análise filogenética pelo método de Neighbor Joining. Resultados: O SRNA de hantavírus foi detectado em sete dos oito roedores analisados e o MRNA em três. A análise filogenética comparativa entre as seqüências obtidas dos vírus nos roedores RO 19089 (pulmão), RO 18980 (coração) procedentes de Tangará da Serra e RO 19065 (pulmão) procedente de Campo Novo dos Parecis, e outros Hantavírus do Velho e Novo Mundo mostrou similaridade genética entre si (98,4% nt; 100% aa) e com o vírus Laguna Negra (média de 90% nt, 100% aa). A análise do segmento M/G2 foi inviabilizada, uma vez que a utilização dos iniciadores degenerados não permitiu a obtenção de seqüências satisfatórias. Conclusões: Dados eco-epidemiológicos e genéticos sugerem a circulação do mesmo vírus em ambos os municípios. A similaridade genética, o fato destes 25 XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 Livro de resumos apresentarem roedores do gênero Calomys como reservatório, a proximidade geográfica com o Paraguai e Bolívia (locais de circulação do vírus Laguna Negra-LN) e o tipo de vegetação pré-amazônica dos municípios mato-grossenses em estudo e nos países relacionados indicam a possibilidade dos vírus analisados serem uma cepa do LN. Seqüências parciais do gene N de amostras de soros humanos IgM positivas provenientes dos municípios em estudo mostram que o vírus encontrado nos roedores é o mesmo dos humanos. Palavras-chave: Mato Grosso; Caracterização genética; Roedores silvestres; Hantavírus. 26 Livro de resumos XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 PROJ/ARB-3 ANÁLISE GENÉTICA DE AMOSTRAS DOS VÍRUS DENGUE 1 ISOLADAS NO INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Bolsista: Luana Leonardo Alves Orientadora: Ana Cecília Ribeiro Cruz Introdução: A febre do dengue é uma das mais importantes arboviroses amplamente distribuída por todas as áreas tropicais do mundo. Os vírus são transmitidos principalmente pelo Aedes aegypti. A dispersão do vetor e o aumento do fluxo migratório entre países possibilitaram a ocorrência de grandes epidemias e manifestações clínicas severas, como febre hemorrágica do dengue (FHD) e Síndrome do choque (SC). No Brasil, o vírus dengue reemergiu em 1986 e até hoje continua sendo um grave problema de saúde pública. Objetivos: Estudo molecular dos vírus VDEN1 no Brasil e análise de variabilidade genética. Metodologia: Foram utilizadas 8 cepas virais brasileiras, pertencentes aos estados do: Amazonas, Amapá, Ceará, Mato Grosso, Pará, Piauí, Rio Grande do Norte e Roraima. Os espécimes utilizados foram de suspensão celular infectada, a qual foi recuperada em cultura de células de Aedes albopictus, clone C6/36, para a verificação do efeito citopático (ECP) e obtenção do estoque viral para o estudo molecular. O teste de imunoflurescência indireta (IFI) foi realizado para a confirmação da presença viral. O cDNA foi obtido por transcrição reversa (RT) e reação em cadeia da polimerase (PCR), utilizando-se primers específicos para região gênica do envelope viral (1559-2600), com tamanho previsto de 1.041 pares de bases. Os produtos do RT-PCR foram purificados, seqüenciados e analisados. Resultados e conclusão: As cepas selecionadas no estudo mostraram um elevado grau de similaridade nucleotídica (97,5%) com as cepas que circulam nas Américas. As diferenças de aminoácidos ocorridas entre as cepas brasileiras do estudo quando comparadas com a cepa francesa FGA/89, mostrou a presença de um importante ponto de mutação que pode estar relacionado ao grau de virulência desse vírus, como no aminoácido E-405 (Tre®Pro) e E-338 (Ser®Leu). Observou-se também uma alta freqüência de mutações silenciosas durante a circulação do VDEN1 no Brasil, o que pode explicar a variação de virulência de uma área geográfica para outra. A análise 27 XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 Livro de resumos filogenética mostrou que as cepas brasileiras estão agrupadas dentro do genótipo V, que albergam a maiorias das cepas de VDEN1 que circulam no continente Americano. Palavras-chave: Vírus dengue 1; Flavivirus; Flaviviridae. Suporte Financeiro: SVS/IEC, CNPq. 28 Livro de resumos XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 PROJ/ARB-4 CARACTERIZAÇÃO ANTIGÊNICA, FÍSICO-QUÍMICA E BIOLÓGICA DO VÍRUS BE AR 701402, ISOLADO A PARTIR DE MOSQUITOS DA ESPÉCIE PSOROPHORA (JAN) FEROX, CAPTURADOS EM ALTAMIRA, PARÁ Bolsista: Samuel Carvalho Vidal Orientadora: Conceição de Maria Almeida Vieira Introdução: Arbovírus são vírus transmitidos por artrópodes. Eles formam o maior grupo de vírus que se conhece, apresentando vasta distribuição geográfica envolvendo todos os continentes, tendo predominância nas regiões tropicais, uma vez que essas regiões apresentam condições ecológicas mais adequadas. Os arbovírus estão incluídos em geral nas famílias: Rhabdoviridae, Flaviviridae, Bunyaviridae, Reoviridae e Togaviridae, no entanto, nem todos os vírus pertencentes a essas famílias são arbovírus. Objetivo: Caracterizar antigênica, físico-química e biologicamente o vírus BE AR 701402. Material e Métodos: O vírus BE AR 701402 foi isolado na SAARB do Instituto Evandro Chagas a partir de mosquitos da espécie Psorophora (Jan) ferox, capturados no dia 07/02/2006 em Altamira, Pará. Para verificar a sensibilidade das culturas de células Vero e de Aedes albopictus, clone C6/36 frente ao vírus BE AR 701402, estas células foram inoculadas, sendo realizados testes de Imunofluorescência Indireta (IFI) para confirmação da infecção viral. Foram realizados testes para verificação da sensibilidade ao desoxicolato de sódio (DCA) e testes de Fixação do Complemento (FC), além da realização da titulação viral. Resultados: O título obtido para o vírus BE AR 701402 em camundongos albinos suíços (Mus musculus) recém-nascidos foi de 10-5,5 DL50/ 0,02 mL. O vírus BE AR 701402 foi capaz de alterar as células Vero e C6/36. Os testes de IFI mostraram resultados positivos para ambas as culturas celulares. O vírus BE AR 701402 reagiu com soros dos vírus Taiassuí (AR 671) e Tucunduba (AR 278), que são vírus do grupo Bunyamwera (gênero Orthobunyavirus, família Bunyaviridae). O título do vírus com DCA foi menor do que sem DCA. Conclusões: O vírus BE AR 701402 é sensível ao DCA, logo apresenta envelope lipídico; é capaz de replicar-se em células Vero e C6/36. O resultado positivo do teste de IFI realizado com células Vero e C6/36 indica que as alterações 29 XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 Livro de resumos observadas nessas células foram devidas ao vírus BE AR 701402. O vírus BE AR 701402 é relacionado ao grupo Bunyamwera (gênero Orthobunyavirus, família Bunyaviridae). Palavras-chave: Caracterização; BE AR 701402; Bunyamwera. 30 Livro de resumos XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 PROJ/ARB-5 CARACTERIZAÇÃO GENÉTICA DE CEPAS DO VÍRUS DENGUE 3 ASSOCIADAS A CASOS DE ENCEFALOMIELITE AGUDA HUMANA OCORRIDOS NO ESTADO DE RONDÔNIA, 2005 Bolsista: Samir Mansour Moraes Casseb Orientador: Marcio Roberto Teixeira Nunes Introdução: O vírus dengue (VDEN) é considerado um dos mais importantes arbovírus que infectam humanos. Este vírus pertence à família Flaviviridae, gênero Flavivirus e apresentam quatro sorotipos distintos (VDEN-1, 2, 3 e 4). A epidemia de dengue ocorrida em Rondônia no ano de 2005, revelou a associação do sorotipo 3 (VDEN-3) a um quadro neurológico caracterizado por encefalomielite aguda. Objetivo: Caracterizar geneticamente duas cepas do VDEN3 isoladas de pacientes com casos de dengue clinica e laboratorialmente confirmados e associados a quadros de encefalomielite aguda ocorridos durante uma epidemia de dengue no estado de Rondônia em 2005. Materiais e Métodos: As amostras foram propagadas em células C6/36 e o RNA foi extraído através do fluido das células. Foi empregado a técnica de RT-PCR utilizando iniciadores específicos para os genes C, PrM, M e E foi utilizada para amplificação, obtenção da seqüência nucleotídica da região estrutural do genoma do VDEN-3, análise filogenética, determinação de mutações e modelagem da estrutura secundária do RNA viral. Resultados: O seqüenciamento nucleotídico revelou alto percentual de identidade entre as cepas de Roraima sendo as cepas Rond 3115 e Rond 2930, isoladas de pacientes com quadro de encefalomielite aguda, mais geneticamente relacionada entre si do que com as demais cepas do estudo. Filogeneticamente as cepas de Rondônia foram identificadas como variantes do genótipo III constituindo uma linhagem genética distinta cuja origem evolutiva está relacionada às cepas que circularam em Belém no ano de 2005. Um grande número de mutações foi detectado ao longo do genoma das cepas isoladas em Rondônia, sendo que a mutação não sinônima I 660 R ocorrida no gene E, mais especificamente ao nível do tripeptídeo IGD das cepas Rond 3115 e Rond 2930 podem estar associadas a mudanças no comportamento biológico destas cepas. Conclusão: I) A análise genética revelou que as cepas isoladas no Estado de Rondônia, são pertencentes ao genótipo III do VDEN-3; 31 XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 Livro de resumos encefalomielite aguda, Estado de Rondônia; II) A origem das cepas isoladas em Rondônia provavelmente está relacionada às cepas que circularam na cidade de Belém no ano de 2005; III) Diversas mutações sinônimas e não sinônimas foram observadas principalmente ao nível do gene E das cepas associadas ao quadro clínico de encefalite aguda; IV) A mutação I660R modificou o caráter bioquímico do aminoácido (hidrofóbico para básico), bem como a estrutura secundária do RNA das cepas virais Rond 2930 e Rond 3115 e pode estar relacionada ao diferente comportamento biológico das mesmas no que tange os quadros de encefalomielite aguda apresentados pelos respectivos pacientes; V) Estudos complementares em genética reversa e patologia experimental são necessários para avaliar se tal mutação pode ser considerada como um marcador de neurovirulência para o VDEN-3. Palavras-chave: Vírus Dengue 3; Encefalomielite aguda. 32 Livro de resumos XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 PROJ/ARB-6 ESTUDO DA CINÉTICA DA INFECÇÃO PELO VÍRUS PIRY EM CAMUNDONGOS ALBINOS ADULTOS E O IMPACTO DO PROCESSO INFECCIOSO SOBRE O SISTEMA NERVOSO CENTRAL Bolsista: Zaire Alves dos Santos Orientador: Pedro Fernando da Costa Vasconcelos Introdução: Dada a alta incidência de arboviroses no Brasil, especialmente na região amazônica, devido ao manejo inadequado do ecossistema (Vasconcelos et al., 2001), o estudo desse tipo de infecção é uma importante questão de saúde pública. Pretende-se estudar um modelo experimental de infecção pelo vírus Piry, um Rhabovirus pertencente ao grupo antigênico da estomatite vesicular, altamente prevalente na Amazônia, causador de doença febril em humanos (Pinheiro et al., 1986). Objetivo: Estudar a cinética de infecção viral dirigida pelo Vesiculovirus Piry em camundongos albinos adultos, com ênfase no impacto da mesma no sistema nervoso central. Materiais e Métodos: Foram infectados 100 camundongos adultos Mus musculus de doze semanas com o vírus Piry, via IN, em diluições crescentes de 10-1 a 10-10 e calculada a dose letal mediana (LD50) pelo método de Reed & Muench (1937). Determinada a diluição ideal, 49 camundongos com 12 semanas de idade foram infectados e sacrificados por perfusão intracardíaca de solução salina 0,9% e paraformoldeído 4% em 1, 2, 4, 6, 8, 12 e 15 dias pós inoculação (dpi). Outros 20 animais foram submetidos a testes comportamentais de remoção-estoque de comida e memória de objeto no período de 4 semanas antes da infecção e quatro semanas dpi, e aguardam sacrifício em 30 e 60dpi. Animais controle receberam suspensão de cérebro não infectado. Os cérebros foram seccionados a 100µm em vibrátomo e reagidos por imunohistoquímica com anticorpo anti-Piry, por dois modos: (I) Utilizando o kit VECTOR® M.O.M., seguindo o protocolo fornecido pelo fabricante e revelador DAB ou (II) Utilizando o kit, seguindo protocolo adaptado e revelador GND (Glucose, Nickel, DAB). As lâminas foram analisadas por microscopia óptica em campo claro e os testes comportamentais pelo Bioestat 3.0, ANOVA um critério, Bonferroni p>0.05. Resultados: A diluição de 10-7, provoca infecção aguda fatal entre 3 e 15dpi em até 40% dos casos, precedida de sinais clínicos como hiporexia, astenia, paresia de membros inferiores, rigidez de coluna e 33 XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 Livro de resumos nuca e decúbito lateral obrigatório. O teste de remoção-estoque não mostrou diferenças entre o grupo controle e Piry, nem entre antes e após a infecção viral. O teste de memória de objeto ainda não foi analisado. A reação imunohistoquímica com protocolo do kit VECTOR® M.O.M. mostrou comprometimento gradual de meninge e plexo coróide 1dpi; base do bulbo olfatório e pequenos focos de marcação em córtex frontal 2dpi; áreas contíguas aos ventrículos cerebrais, córtex, hipocampo e núcleos laterais 4dpi; e nenhuma marcação a partir de 6dpi. Utilizando o protocolo adaptado, foi evidenciado padrão similar ao já descrito para 4dpi em 6dpi, marcação de igual extensão e menor intensidade em 8 e 12dpi e em menor extensão em 15dpi. Conclusão: Uma imunohistoquímica sensível é imperiosa para investigar a infecção viral no SNC. Palavras-chave: Vírus Piry; Rhabdoviridae; Camundongo; SNC. 34 Livro de resumos XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 PROJ/ARB-7 INVESTIGAÇÃO MOLECULAR DOS FATORES DE VIRULÊNCIA EM Escherichia coli ENTEROPATOGÊNICAS ISOLADAS DE PACIENTES INFECTADOS PELO HIV-1 Bolsista: Jackeline de Sousa Carrera Orientadora: Cintya de Oliveira Souza Introdução: Escherichia coli são enterobactérias que habitam o intestino humano e animal. Categorias patogênicas desta espécie, freqüentemente associada à diarréia infantil, acometem também pacientes HIV-positivo. De acordo com os genes de virulência, as E. coli patogênicas são classificadas em: Enteropatogênica clássica (EPEC), Enterotoxigênica (ETEC), Produtora de toxina de Shiga (STEC) e Enteroinvasora (EIEC). O uso da PCR para a identificação dos genes de virulência apresenta elevada sensibilidade e especificidade possibilitando a identificação dessas categorias. Objetivo: Identificar categorias patogênicas de E.coli em pacientes HIV-positivo com e sem diarréia e conhecer o perfil de resistência aos antimicrobianos. Materiais e Métodos: Foram avaliadas E.coli isoladas de 178 pacientes HIV-positivo (120 com diarréia e 58 sem diarréia). A obtenção do DNA bacteriano foi realizada por fervura e congelamento. Foram utilizados iniciadores para a pesquisa dos genes de ETEC (lt-1 e st-a), EPEC (bfp, eae e Região EAF), EIEC (ipaH) e STEC (stx-1, stx-2 e eae). O teste do Qui-quadrado com correção de Yates foi utilizado para a determinação da significância estatística (p< 0,05). O perfil de resistência aos antimicrobianos foi determinado pelo método de difusão de disco. Resultados: Dos 178 pacientes, 30 (16,8%) estavam infectados por categorias patogênicas (p = 0,024). A categoria mais freqüente foi EPEC, presente em 43,3% dos pacientes, sendo duas infecções mistas (EPEC + ETEC e EPEC + EIEC), seguida por EIEC (40%), ETEC (23,3%) e STEC (3,3%). Dos 13 pacientes com EPEC, 92,3% apresentavam amostras de EPEC atípicas, dos quais, 50% tinham diarréia crônica, 16% (2/12) diarréia aguda e 33% (4/12) eram assintomáticos. As maiores resistência de E.coli foram ao sulfametoxazol-trimetoprima (65,4%), a tetraciclina (61,7%) e a ampicilina (48,5%). Foram identificados 19 modelos de resistência, 12 deles com 3 ou mais drogas. Conclusão: As E.coli patogênicas foram associadas à diarréia em pacientes HIV-positivo, sendo comum a infecção por múltiplos patógenos. Vale ressaltar as amostras de EPEC que apresentaram 35 XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 Livro de resumos somente o gene eae (intimina), caracterizando a chamada EPEC atípica, considerada como possível patógeno emergente. A multi-resistência aos antimicrobianos sinaliza uma crescente resistência antimicrobiana. Portanto, os resultados do presente estudo colaboram para que a investigação das E.coli patogênicas e seus perfis de resistência sejam cada vez mais prioritária na pesquisa de agentes causadores de diarréia, principalmente, nos casos de pacientes HIV-positivo que apresentam diarréia persistente. Palavras-chave: Echerichia coli; Fatores de virulência; Enteropatia por HIV; Soropositividade para HIV; HIV-1. 36 Livro de resumos XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 PROJ/BAC-8 PESQUISA DE ANTICORPOS CONTRA Histoplasma capsulatum var. capsulatum EM PACIENTES ENCAMINHADOS A SEÇÃO DE BACTERIOLOGIA E MICOLOGIA DO INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Bolsista: Livia Barreto Nepomuceno Orientadora: Maurimélia Mesquita da Costa Introdução: A histoplasmose é uma doença fúngica causada pelo Histoplasma capsulatum var. capsulatum, fungo dimórfico, comumente encontrado no solo e em dejetos de animais. A doença é adquirida por meio da inalação de propágulos da fase filamentosa que se convertem em leveduras no pulmão. Três formas básicas de histoplasmose são referidas: histoplasmose pulmonar aguda, histoplasmose pulmonar crônica e histoplasmose disseminada. Possui distribuição universal, com áreas de endemicidade diversas. Objetivos: Descrever a freqüência de anticorpos contra Histoplasma capsulatum em pacientes que apresentam sintomatologia respiratória ou febril com diagnóstico a esclarecer encaminhados ao Laboratório de Micologia do Instituto Evandro Chagas (IEC) pela rede de saúde pública ou privada. Materiais e Métodos: Aos pacientes selecionados foi aplicado questionário padrão, para levantamento demográfico e clínico-epidemiológico. A amostra clinica utilizada para o teste imunodifusão dupla (ID) foi o soro do paciente. Foram utilizados exoantígenos de H. capsulatum e soro-hiperimune (controle positivo) preparados e padronizados no Laboratório de Micologia do IEC. Resultados: Foram avaliados 91 pacientes com idade entre 2 a 88 anos e média de 36 anos, sendo 38,5% (35/ 91) do sexo feminino e 61,5% (56/91) do sexo masculino. A população foi procedente do Hospital Universitário João Barros Barreto, Hospital de Clínicas Gaspar e do próprio Instituto Evandro Chagas, correspondendo a 71,4% (65/ 91), 4,4% (4/91), e 24,2% (22/91), respectivamente. Os pacientes foram classificados de acordo com o tipo de síndrome apresentada, sendo portadores de síndrome febril 47% (43/91), de síndrome respiratória 23% (21/91), e de ambas, 30% (27/91). A prevalência de anticorpos totais anti-H. capsulatum foi de 4,4% (4/91). Destes, 50% (2/4) eram pacientes HIV+, 25% (1/4) apresentaram infecção pelo Micobacterium tuberculosis e síndrome febril e 25% (1/4), sintoma respiratório tendo referido contato com morcegos. A comparação entre os casos 37 XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 Livro de resumos positivos para histoplasmose e presença de infecção pelo vírus HIV revelou resultado estatisticamente significante (p =0.0492). Conclusão: O presente trabalho demonstra até o momento uma prevalência de anticorpos para Histoplasma capsulatum de 4,4% na população estudada e a associação entre os casos positivos e a presença de infecção pelo vírus HIV, entretanto é recomendável ampliar a amostragem para confirmar tais dados. Palavras-chave: Histoplasmose; Imunodifusão dupla. 38 Livro de resumos XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 PROJ/BAC-9 DIVERSIDADE GENÉTICA DE CEPAS DE Mycobacterium tuberculosis ISOLADAS NO PARÁ Bolsista: Priscila Gabriela de Souza Braga Orientadora: Karla Valéria Batista Introdução: A tuberculose encontra-se disseminada pelo mundo, sendo mais freqüente em países subdesenvolvidos e, nos desenvolvidos, afeta predominantemente os estratos sociais desfavorecidos. A tipagem do M. tuberculosis associada a dados epidemiológicos permite determinar a distribuição temporal, espacial e segundo atributos pessoais, identificar o padrão geral de ocorrência e os grupos sob risco. Estudos recentes indicam que a resolução obtida com 12 loci, contendo unidades repetidas espaçadas micobacterianas - MIRU é tão boa quanto à técnica considerada padrão-ouro, RFLP-IS6110, ou melhor, quando se tratam de isolados com baixo número de cópias da seqüência de inserção IS6110. Objetivo: Determinar a diversidade genética de cepas de Mycobacterium tuberculosis isoladas no LACEN e Instituto Evandro Chagas no Pará. Materiais e Métodos: Os dados epidemiológicos foram coletados por meio de pesquisa na ficha do SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) e formulário de entrevista. Os ensaios de genotipagem foram realizados a partir de DNA micobacteriano extraído de cultura pelos métodos do fenol-clorofórmio e fervura congelamento com modificações. A partir do DNA extraído foram realizadas 12 reações de PCR para cada amostra e seus resultados foram observados após eletroforese em gel de agarose 2% em TBE e visualizados com auxílio de transiluminador de raios ultravioleta. Resultados: dos 63 espécimes clínicos encaminhados ao Instituto Evandro Chagas, 45 culturas foram genotipadas, sendo observados 10 (22,22%) cepas distribuídas em 4 grupos (2 4 cepas) e 35 (77,78%) perfis únicos, sendo o sexo masculino o de maior freqüência (60%), tendo como faixa etária de maior freqüência 15-29 anos (44,44%). As ocupações exercidas pelos indivíduos não exigiam qualificação especifica nem nível de escolaridade elevado. A comparação dos resultados obtidos com o banco de dados da Seção de Bacteriologia e Micologia do IEC/PA, evidência a formação de 2 novos grupos e a inserção 13 isolados em grupos já existentes. Conclusão: A totalidade 39 XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 Livro de resumos de agrupamentos observados (22,22%) sugere taxa de transmissão maior que a média nacional (5%), no entanto, uma amostragem maior e mais representativa é necessária. Em apenas um grupo foi evidenciadas relação epidemiológica entre os indivíduos 256 e 315, onde ambos os pacientes trabalhavam no mesmo local (Madeireira), com caldeira de secagem de madeira. Palavras-chave: MIRU; Diversidade; M. tuberculosis. 40 Livro de resumos XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 PROJ/BAC-10 PRODUÇÃO DE EXOANTÍGENO DO FUNGO TERMODIMÓRFICO Paracoccidioides brasiliensis PARA UTILIZAÇÃO EM TESTES SOROLÓGICOS E PRODUÇÃO DE SORO HIPERIMUNE Bolsista: Rosiane Ferreira Pimentel Orientadora: Silvia Helena Marques da Silva Introdução: A paracoccidioidomicose (PCM), uma doença causada pelo fungo dimórfico Paracoccidioides brasiliensis, é uma das mais importantes micoses sistêmicas na América do Sul e Central. A doença primariamente envolve os pulmões e então se dissemina para outros órgãos e sistemas. Objetivos: Produzir exoantígenos de P. brasiliensis a partir de diferentes isolados fúngicos de P. brasiliensis e conseqüentemente, produzir soro hiperimune. Material e Métodos: Seis isolados de P. brasiliensis, Pb B339, Pb113, Pb34, Pb 30, Pb, 15 e Pb101, foram selecionadas para este estudo. Filtrado de extrato antigênico bruto foram obtidos depois de 10 dias de incubação em meio caldo YPD. Após 10 dias estes foram concentrados, dialisados e dosados. Os exoantígenos foram analisados pelo ensaio de imunodifusão (ID) e SDS-PAGE. Os exoantígenos considerados adequados serviram para produzir soro hiperimune. Resultado: Foram produzidos 53 lotes de exoantígenos. As concentrações protéicas dos vários lotes de exoantígenos produzidos variaram de 3 até 315µg/ml. Ao ensaio de ID, os exoantígenos apresentaram 1 até 3 linhas de precipitação. Diferentes perfis de proteínas foram obtidos na análise em gel de poliacrilamida com dodecil sulfato de sódio. O pool de exoantígeno de P. brasiliensis teve uma estrutura antigênica complexa de moléculas de proteínas/glicoproteínas alcançando de 15 a 220 kDa. Analisando os principais polipeptídios excretados durante os 10 dias de cultivo, foi observado que existiu uma variação consistente nas massas moleculares e quantidade de proteínas secretadas. O soro hiperimune produzido e analisado pelo ensaio de ID demonstrou uma linha de precipitação com o pool de exoantígeno. A principal linha de precipitação tinha uma alta intensidade, mostrando uma total identidade com o pool de exoantígenos. Conclusão: O 41 XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 Livro de resumos pool de exoantígeno e soro hiperimune produzidos podem ser usados no diagnóstico da paracoccidioidomicose. Palavras chaves: Exoantígeno; Soro hiperimune; P. brasiliensis. Apoio: CNPq / IEC / PIBIC. 42 Livro de resumos XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 PROJ/EPI/GEO-11 AVALIAÇÃO DO MODELO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA POR SÍNDROMES NA REGIÃO AMAZÔNICA Bolsista: Felipe DAlmeida Costa Orientadora: Gilberta Bensabath Introdução: O modelo de vigilância epidemiológica por síndromes, também conhecido como abordagem sindrômica, é citado pela OMS com as seguintes vantagens: evitar a demora laboratorial, relatar o que é observado ao exame clínico, preencher as deficiências da vigilância e promover ações de saúde mais precoces e eficazes. Na realidade amazônica a abordagem sindrômica surge como uma nova alternativa no intuito de contornar as dificuldades logísticas da região, por ser mais rápida e eficaz que o sistema tradicional na detecção, contenção e prevenção das mais variadas etiologias. Objetivo: O objetivo do presente projeto é verificar a eficácia da abordagem sindrômica na avaliação das doenças infecciosas da Amazônia. Metodologia: Foram incluídos no projeto pacientes com história de febre e que apresentam hemoscopia negativa para Plasmodium sp. Em cada primeira consulta foi realizada a anamnese e o exame físico completo, bem como a coleta de dados epidemiológicos, com a utilização de um protocolo de pesquisa e foram coletadas de todos os pacientes amostras de sangue (total e soro), fezes e urina. Essas amostras foram separadas em alíquotas e posteriormente encaminhadas às respectivas seções do Instituto Evandro Chagas onde foram analisadas. Todos os dados obtidos a partir da abordagem e dos resultados dos exames foram anotados em protocolo de pesquisa e transferidos ao programa Epi-Info 2002 para posterior análise. Resultados e discussão: A síndrome febril isolada foi a classificação sindrômica mais atribuída aos pacientes, seguida pela síndrome febril diarréica. Do total de 135 pacientes, foi possível definir o diagnóstico etiológico através da abordagem sindrômica em 69 casos (51,1%), sendo identificadas 11 diferentes etiologias, dentre as quais a mais freqüente foi a Dengue (36%), seguida pela Febre Tifóide (19%) e a toxoplasmose (12%). Um percentual expressivo destes pacientes (42,03%) já apresentava sintomatologia há mais de 15 dias. A maior parte dos diagnósticos etiológicos foi determinada em até 15 dias, 86,96% de diagnósticos 43 XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 Livro de resumos de certeza em até duas semanas após o único atendimento clínico inicial. Dentre as síndromes febris isoladas diagnosticadas (49 casos), a Dengue (46,9%), a Febre Tifóide (18,4%) e a Toxoplasmose (16,3%) foram os diagnósticos mais encontrados. A principal etiologia dentre as síndromes febris diarréicas diagnosticadas (12 pacientes) foi a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (33,3%), seguida pela Febre Tifóide (25%). Quanto à síndrome febril ictérica, foi diagnosticado a Hepatite A em 37,5% dos casos, Leptospirose (25%) e a Leishmaniose Visceral (12,5%). Conclusão: A metodologia aplicada neste projeto foi capaz de diagnosticar uma grande variedade de etiologias infecciosas, independente se a evolução era recente ou prolongada, mediante a realização de um único atendimento clínico. Palavras-chave: Sindrômica; Abordagem; Doenças infecciosas. 44 Livro de resumos XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 PROJ/EPI/GEO-12 DESENVOLVIMENTO DE MODELOS DE INTERRELACIONAMENTO DE BASES DE DADOS NÃO CONVENCIONAIS APLICADOS A VIGILÂNCIA EM SAÚDE E EPIDEMIOLOGIA Bolsista: Douglas Gasparetto Orientador: Nelson Veiga Gonçalves Introdução: Levando em consideração a evolução da epidemiologia, que foi favorecida pela incorporação de geotecnologias emergentes de Banco de Dados Geográficos, Computação Gráfica, Geoestatística e Geoprocessamento, neste trabalho são mostrados os resultados de modelos de inter-relacionamento de bases de dados não convencionais aplicados a um estudo ecoepidemiológico da prevalência da Malária, no município de Bragança Pará. Objetivos: Realizar estudos exploratórios sobre a utilização de tecnologias de Banco de Dados Geográficos, Computação Gráfica, Geoestatística e Geoprocessamento e sua aplicação em estudos Epidemiológicos; desenvolver modelos de interrelacionamento de bancos de dados convencionais e não convencionais para subsidiar os estudos de malária, no município de Bragança-PA; desenvolver um acervo de banco de dados de imagens de satélites, bases cartográficas e ambientais dos criadouros, vetores, pacientes, dentre outras; calcular áreas de risco de transmissão; avaliar a evolução espaço-temporal da doença no município. Materiais e Métodos: Fontes Primárias (relatórios, formulários de campo, periódicos e livros), secundárias (repositórios eletrônicos de informações) e terciárias (redes de informação), levantamento das bases cartográficas, dados coletados no trabalho de campo, GPS Garmin 12, software de banco de dados Tabwin, análises geoestatística Sistema R e geoprocessamento TerraView 3.1, ArcView 3.2, TrackMaker 11.8, CorelDraw 10, Autocad Mapping 3.0, imagens dos satélites LandSat TM 7 e CBERS 2, bem como do sensor R99-SAR, computadores, impressoras e plotter. Metodologia: Levantamento do material bibliográfico; dos bancos de dados do SISLOC, SISMAL e SIVEP-Malária, bases de dados cartográficas, de imagens de satélites, epidemiológicas, ambientais; realização do trabalho de campo; realização do trabalho laboratorial; elaboração das análises; relatórios e divulgação dos 45 XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 Livro de resumos resultados. Resultados: Foram georreferenciadas oito áreas com proliferação de criadouros naturais e artificiais; foram gerados mapas da distribuição de vetores positivados com Plasmodium; foram georreferenciados os pacientes laboratorialmente confirmados; foi calculado áreas de risco de transmissão; foi feita uma avaliação espaço - temporal no município, no período de 2000 a 2005. Conclusão: Ao se inter-relacionar as bases de dados georreferenciadas e expressá-las visualmente através dos mapas digitais, pode-se observar que no período de 2000 a 2005 a prevalência da Malária no município, ocorreu de forma focal nas três comunidades estudadas até 2002. Sendo que a partir de então e até 2005 houve um aumento no número de casos no sentido da costa para o interior caracterizando desta forma uma prevalência não homogênea da doença. Com relação aos recursos tecnológicos utilizados, o modelo desenvolvido foi considerado satisfatório, bem como a utilização das geotecnologias livres emergentes utilizadas. Palavras-chave: Geoprocessamento; Ecoepidemiologia; Base de dados; Vigilância em saúde; Computação gráfica; Geoestatística; Software livre. 46 Livro de resumos XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 PROJ/HEP/ME-13 CARACTERIZAÇÃO ULTRAESTRUTURAL, SOROLÓGICA E MOLECULAR DO VÍRUS DA HEPATITE B EM SOROS COM PRESENÇA DO DNA VIRAL: ASPECTOS QUANTITATIVOS E DE MUTAÇÃO VIRAL Bolsista: Andreza Pinheiro Malheiros Orientador: Manoel do Carmo Pereira Soares Introdução: O vírus da hepatite B (HBV) permanece como agente importante de doenças aguda, crônica e neoplásica na Amazônia brasileira. Dentre as características mais marcantes do HBV, destacam-se a sua heterogeneidade antigênica, molecular e estrutural com eventuais repercussões nesses processos. Objetivo: Quantificar os padrões sorológico, molecular e ultraestrutural do vírus da hepatite B, em amostras de soro positivas para o HBV-DNA e procedentes da Amazônia brasileira. Material e Métodos: Foram utilizadas 58 amostras de soro coletadas no período entre maio de 1980 e julho de 1996, procedentes da Amazônia brasileira (ocidental e oriental) e acondicionadas (a -20°C) junto à soroteca da Seção de Hepatologia do Instituto Evandro Chagas. O critério de seleção abrangia amostras cuja sorologia mostrava a presença de infecção pelo vírus da hepatite B e ausência de infecção por outros vírus hepatotrópicos primários, em diferentes situações relativas a marcadores de replicação (HBeAg ou anti-HBe +). As amostras foram submetidas testes de quantificação do HBV-DNA (COBAS AMPLICOR HBV MONITOR Test, Roche), seqüenciamento e análise de mutações do gene S do HBV, além de microscopia eletrônica de transmissão para detecção e quantificação de partículas completas do HBV em 10% dos campos. Resultados: Das 58 amostras, 50 (86,2%) foram examinadas para avaliação da carga viral do HBV e em 32 destas foi possível a análise ultraestrutural. Dentre as amostras HBeAg positivas 84% apresentaram carga viral superior a 200.000 cópias/mL e dentre aquelas anti-HBe positivas, 30,4% apresentaram carga viral superior a 200.000 cópias/ mL. As amostras relacionadas ao genótipo A e à Amazônia oriental foram as que apresentaram maior número de mutações no gene S do HBV. Foram encontradas 3 mutações já descritas na literatura. O número médio de partículas virais do HBV entre as amostras HBeAg examinadas (N=15) foi de 8,1 enquanto nas 47 XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 Livro de resumos amostras HBeAg negativas (N=16) foi de 1,3. Dentre as amostras examinadas nas quais não foi possível detectar partículas virais, 1 (10%) era HBeAg positivas e 9 (90%) eram HBeAg negativas (anti-HBe positivas). O tamanho médio das partículas entre as amostras HBeAg positivas foi de 41,8 nm enquanto entre as amostras HBeAg negativas foi de 42,6 nm. Conclusão: Os resultados sugerem uma forte relação entre as presenças dos marcadores de replicação viral sorológico (HBeAg), molecular (HBV-DNA) e ultraestrutural (partículas virais); há registro de várias mutações no gene S do HBV em período anterior à vacinação contra o vírus da Hepatite B, na Amazônia; Os genótipos A, D e F, conforme a presente amostragem, são os mais prevalentes na Amazônia. Com uma tendência de localização dos genótipos D e F na Amazônia ocidental. Palavras-chave: Vírus da hepatite B; HBV-DNA; Caracterização ultraestrutural. 48 Livro de resumos XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 PROJ/HEP/ME-14 CARACTERIZAÇÃO DE UMA NOVA LINHAGEM CELULAR PARA O MIXOMA ODONTOGÊNICO Bolsista: Lucas Rodrigues Pinheiro Orientador: José Antonio Picanço Diniz Junior Devido a problemas com as células de Mixoma Odontogênico o modelo de célula foi trocado pelo Adenoma Pleomórfico (AP). O adenoma pleomórfico (AP) é a mais freqüente dentre as neoplasias das glândulas salivares. Essa neoplasia é caracterizada por apresentar uma complexa diversidade histológica caracterizada por células epiteliais, mioepiteliais e elementos mioepiteliais modificados. O desenvolvimento de linhagens de células tumorais é um procedimento que tem sido utilizado o intuito de tentar compreender o comportamento biológico das mais variadas neoplasias in vitro e tentar responder aos questionamentos relacionados aos mecanismos que regulam a remodelação e a invasividade local dessa neoplasia. O objetivo deste trabalho é caracterizar uma linhagem celular a partir da análise morfológica e expressão de proteínas marcadoras tumorais características de um Adenoma Pleomórfico. As metodologias utilizadas foram o cultivo celular, proliferação e viabilidade celular, Imunofluorescência, Microscopia Eletrônica de Varredura, Microscopia Eletrônica de Transmissão. Foram realizados cinco repiques para que fosse possível a realização dos experimentos. A curva de crescimento foi realizada a partir de três concentrações (10.000, 30.000, 100.000cel/mL). A fase lag se estendeu até o terceiro dia, nas três concentrações. A fase log alcançou o sétimo dia para a concentração de 10.000 e o sexto dia para as concentrações de 30.000 e 100.000 células, onde teve início a fase de declínio. Os ensaios de imunofluorescência indireta anti-vimentina, anti-µ-actina de músculo liso e antifibronectina demonstraram a síntese dessas proteínas pelas células derivadas de Adenoma Pleomórfico. A morfologia do AP apresentou células alongadas, espalhadas e de núcleo central, ultraestruturalmente observou-se a presença 49 XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 Livro de resumos de grande quantidade de projeções de membrana. As células derivadas do AP se proliferaram satisfatoriamente in vitro, sendo assim possível a realização de experimentos necessários para sua caracterização. Palavras Chave: Adenoma Pleomórfico; Imunofluorescência; Microscopia; Tumores glandulares. 50 Livro de resumos XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 PROJ/HEP/ME-15 CINÉTICA DA INFECÇÃO PELOS VÍRUS ITACAIUNAS E CURIONÓPOLIS EM CÉREBRO DE CAMUNDONGOS ALBINOS RECÉM-NASCIDOS, APÓS INSTILAÇÃO NASAL: UMA ABORDAGEM IMUNOHISTOQUÍMICA Bolsista: Márcio Augusto Galvão Braga Orientador: José Antônio Picanço Diniz Junior Introdução: Atualmente pouco se conhece sobre a interação entre vírus Itacaiunas e Curionópolis com células neuronais e gliais, possivelmente afetadas durante o curso temporal da encefalite. Objetivos: Identificar as áreas cerebrais afetadas pelos vírus citados a partir da detecção de antígenos virais e localização do processo de apoptose neuronal ao longo de todo o processo infeccioso, induzido por instilação nasal. Material e Métodos: Os Camundongos albinos suíços recém-nascidos, aos 2 dias de vida, foram distribuídos em dois grupos: 1) grupo controle; 2) grupo cujos animais foram instilados via nasal com suspensão de cérebro de camundongo infectado com ambos os vírus. Ao longo da infecção, os animais foram perfundidos do primeiro ao sexto dia para o vírus Curionópolis, e no 1º, 2º, 3º, 4º, 6º, 8º, 10º, 12º e 15º para o Itacaiunas. Em seguida realizou-se a obtenção de cortes axiais com espessura de 150 µm. A imunohistoquímica foi feita por imunoperoxidase usando um Kit comercial Vector M.O.M. A detecção de apoptose foi realizada pela técnica do TUNEL. Resultados: CURIONÓPOLIS: no 1º dia p.i. a marcação viral foi detectada em células da meninge e em poucos neurônios localizados no córtex; no 2º dia: bulbo olfatório, córtex ventral pré-frontal e meninges; no 4º dia: marcação distribuída pelo parênquima cerebral, meninges, bulbo olfatório, córtex cerebral, hipocampo, colículo inferior, tálamo, ponte, dendritos primários; no 6º dia: antígenos virais em todo o parênquima cerebral, meninges, córtex cerebral, CA1, giro denteado, colículo inferior, ponte, tálamo e no cerebelo. ITACAIUNAS: no 3º dia: poucos neurônios marcados na região frontal, temporal, parietal e bulbo olfatório; no 4º dia: semelhante ao dia anterior, porém com um maior número de neurônios e dendritos marcados, além de segmentos axonais de neurônios piramidais; no 6º dia: similar ao quarto, com marcação neuronal difusa, mais intensa; no 8º dia: marcação intensa e difusa com vários neurônios marcados 51 XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 Livro de resumos nas regiões corticais, hipocampais e pontinas. No 15º dia: massiva marcação de secções cerebrais de animais doentes e nenhuma marcação para os animais sadios. TÉCNICA DO TUNEL: Núcleos neuronais com marcação intensa pelo TUNEL foram mostrados no 6º dia p.i, pelo vírus Curionópolis e entre o 8º e o 12º dia p.i. pelo Itacaiunas. Nesses estágios, a marcação nuclear foi encontrada em diversas regiões, incluindo córtex cerebral, gânglios da base, diencéfalo, mesencéfalo cerebelo e tronco cerebral. Palavras-chave: Vírus Itacaiunas; Vírus Curionópolis; Imunohistoquímica; TUNEL; Apoptose. 52 Livro de resumos XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 PROJ/PAR-16 DIAGNÓSTICO DA CRIPTOSPORIDIOSE E IDENTIFICAÇÃO MOLECULAR DE C. parvum EM PACIENTES COM O VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (HIV) Bolsista: Alysson Roberto Corrêa Leitão Orientadora: Mônica Cristina de M. Silva Introdução: A criptosporidiose é uma das principais causas de diarréia em pacientes HIV. O diagnóstico da protozoose é feito pelo encontro de oocistos nas fezes utilizando coloração específica. A sensibilidade e a especificidade da microscopia são variáveis e dependem do método utilizado e do número de parasitos nas fezes. As técnicas moleculares têm mostrado alta sensibilidade e especificidade quando comparadas ao método padrão-ouro (Ziehl-Neelsen), sendo importantes na identificação das espécies. Objetivo: Realizar diagnóstico da criptosporidiose em pacientes portadores do HIV por meio de métodos parasitológico e molecular, bem como investigar casos da doença causados por C. parvum. Material e Métodos: Foram utilizadas amostras fecais de pacientes atendidos na CASA-DIA e URE-DIPE. A pesquisa de oocistos foi realizada pelo método de esfregaço seguido de coloração pelo Giemsa. A extração do DNA foi feita por kit comercial (QIAmp DNA Stool Mini Hanbook) e pelo acetato de amônio/isopropanol. As amostras foram submetidas a Nested-PCR utilizando os iniciadores de Xiao et al. (1999a) e Laxer et al. (1991). Para controle foram utilizadas fezes de 10 pacientes HIV com diagnóstico parasitológico e imunoenzimático positivos para criptosporidiose. Resultados: Inicialmente, a extração do DNA foi realizada pelo kit comercial em 42 amostras, das quais 12 amplificaram, porém com presença de bandas inespecíficas, além do fragmento de 450 pb, algumas amostras tiveram níveis insuficientes de DNA para análise molecular. Novo protocolo de extração pelo acetato de amônio/isopropanol foi testado utilizando etapa prévia de recuperação de oocistos, que forneceu maior concentração de DNA. As amostras foram submetidas a Nested-PCR, porém sem produto de amplificação. Os DNA foram testados sob novas concentrações de mix com adição de betaína (10%) e submetidos a diferentes gradientes de temperatura (45ºC-65ºC). A visualização foi feita em gel de poliacrilamida/nitrato 53 XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 Livro de resumos de prata, não sendo observados amplicons. Conclusão: Neste estudo, a técnica de Nested-PCR utilizando os iniciadores de Xiao et al. (1999) e Laxer et al. (1991), não produziu resultados satisfatórios no diagnóstico da criptosporidiose. Tais dificuldades têm sido relatadas por outros grupos de pesquisa no Brasil. Devido às dificuldades na amplificação do DNA do parasita, torna-se necessária a busca de outros iniciadores para a região em estudo ou outras seqüênciasalvo. Palavras-chave: Cryptosporidium; Diagnóstico; PCR. 54 Livro de resumos XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 PROJ/PAR-17 ESTUDO EXPERIMENTAL DA VIABILIDADE DO Trypanosoma cruzi NO AÇAÍ E INFECÇÃO EM CAMUNDONGOS Bolsista: Andréa Lívia Lins Neves Orientador: Sebastião Aldo da Silva Valente Introdução: A via oral (VO) com envolvimento do açaí é a forma de transmissão mais usual da doença de Chagas aguda (DCA) na Amazônia Brasileira. A viabilidade do T. cruzi neste alimento consumido na região é objeto deste trabalho. a) Objetivo geral: Realizar experimentos com metodologia que simule o mais próximo possível as condições de preparo do açaí contaminado com fezes de triatomíneos e reprodução da infecção em camundongos albinos pela VO. b) Objetivos específicos: 1) Testar o açaí como alimento apto à contaminação com fezes de triatomíneos e verificar a viabilidade do T. cruzi antes e após a pasteurização do açaí; 2) Reproduzir a infecção experimental pela VO em camundongos; 3) Investigação epidemiológica de um surto de DCA ocorrido na região e tipagem das cepas isoladas; 4) Investigar a ação da pasteurização sobre o parasito no açaí. Materiais e Métodos: 1) Contaminação experimental do açaí com T. cruzi e infecção em camundongos. Observar o tempo de viabilidade do T. cruzi, a ação do resfriamento, congelamento, ação do do hipoclorito e da pasteurização sobre o parasito no açaí; 2) Investigação epidemiológica do surto descrito; 3) Isolamento, crio preservação, extração de DNA e caracterização dos isolados de Trypanosoma sp. Resultados: 1) T. cruzi sobrevive no açaí até 12 hs/5°C. Morre ao congelamento, -20°C/2 hs polpa completamente rígida. O hipoclorito não interferiu na mobilidade do parasita; 2) A pasteurização mata o T. cruzi nos 3 ciclos testados; 3) Animais inoculados e meios de cultura semeados com açaí pasteurizado apresentaram-se negativos para T. cruzi; 4) T. cruzi continuou viável nas amostras não pasteurizadas crescendo em camundongos e meios de cultura; 5) Confirmados 5 casos de DCA. 6) Tipagem das amostras revelou o perfil Z1-TCI pelo gene de mini-exon, sem variabilidade genotípica. Amostras do Mazagão e Ananindeua parecem apresentar variabilidade dentro do perfil de Z1-TCI. Conclusões: O açaí é um alimento apto para transmitir a DCA desde que contenha formas viáveis de T. cruzi. Camundongos infectados experimentalmente com o açaí contaminado 55 XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 Livro de resumos com formas infectantes de T. cruzi desenvolvem quadro agudo típico de doença de DCA com parasitemia bem evidente. O surto ocorrido em Belém revelou perfil Z1-TCI próprio do ciclo enzoótico do T. cruzi e possibilita a ocorrência deste tipo de surto de DCA associado à transmissão oral. Palavras-chave: Doença de Chagas; Transmissão oral; Trypanosoma cruzi. 56 Livro de resumos XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 PROJ/PAR-18 AVALIAÇÃO DE GRUPOS DE RISCO COM MALÁRIA NO MUNICÍPIO DE BELÉM: ATENÇÃO ÀS GESTANTES Bolsista: Fernanda Vilaça Moura Orientadora: Ana Yecê das Neves Pinto Introdução: Em grávidas com malária a imunodepressão associada ao período gestacional e decorrente da multiplicação do plasmódio na placenta concorre para a exacerbação das manifestações e das complicações clínicas, bem como dos efeitos sobre o concepto. Objetivo: Avaliar a morbidade da infecção malárica, respostas ao tratamento e efeitos sobre o concepto em um grupo de gestantes com malária. Reforçar a necessidade de acompanhamento clínico rigoroso e profilático. Materiais e Métodos: Estudo Retrospectivo: Análise de prontuários de gestantes com malária atendidas no Ambulatório de Ensaios Clínicos em Malária do IEC/SVS no período entre 1993 e 2006. Estudo de seguimento: estudo de seguimento de gestantes portadoras de malária e descrição prospectiva durante e após tratamento. Sendo seguida durante toda gestação e até 6 meses após o parto. Resultados: Estudo retrospectivo: Entre 317 gestantes portadoras de malária e destas, 29,8% eram menores de 19 anos. Entre 56 gestantes avaliadas a média dos níveis de hemoglobina observada foi estatisticamente semelhante nos três trimestres gestacionais, sendo que 89,3% destes índices compatíveis com anemia. De 52 partos ser avaliados, 19,23% foram pré-termo. Desfechos graves corresponderam a 13.46% de abortamento e 9.61% de natimortos. A freqüência de recém-nascidos pré-termo foi maior em filhos de mulheres com anemia e que se infectaram no 3º trimestre. Dentre os 32 recém-nascidos avaliados, a freqüência de baixo peso ao nascer foi maior em filhos de mulheres infectadas no primeiro trimestre gestacional e 17,9% eram PIG e filhos de mãe que se infectaram no 1º trimestre. Ocorreu um óbito materno por malária grave. Recaídas ocorreram em 26% das pacientes, que apresentaram de 1 a 6 episódios de malária durante toda a gestação. Estudo de seguimento: Foram acompanhadas 16 gestantes. O Plasmodium vivax foi responsável por cinco infecções, o P. falciparum, por nove e a infecção mista (P. falciparum e P. vivax) em dois casos. Oito pacientes puderam ser avaliadas hematologicamente, os níveis de hemoglobina variaram entre 4.5 e 12.3g/dl, com média de 8.8g/dl. Dentre as pacientes desta série, uma foi a óbito e houve um caso de malária grave devido 57 XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 Livro de resumos à anemia em uma paciente com malária falciparum. Aborto e parto prematuro não foram observados dentre os casos, havendo, entretanto, um caso de óbito neonatal. Foi evidenciado, ainda, um episódio de malária neonatal. Observouse que recém-nascidos que tiveram conseqüências ao nascer eram filhos de mães que se infectaram no último trimestre de gravidez. Conclusões preliminares: A descontinuidade das avaliações não permitiu conclusões acerca das respostas ao tratamento. As avaliações descritivas referentes ao grupo seguido retrospectivamente e prospectivamente permitem concluir genericamente sobre a necessidade de inclusão de gestantes com malária em pré-natal de risco nos grandes centros urbanos da Amazônia. Palavras-chave: Malária; Grávidas; Cuidado pré-natal. 58 Livro de resumos XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 PROJ/PAR-19 CICLO EVOLUTIVO EXPERIMENTAL E PERFIL EPIDEMIOLÓGICODO Rhodnius milesi (Valente et al. 2001), UMA NOVA ESPÉCIE DE TRIATOMÍNEO DESCRITA NO ESTADO DO PARÁ Bolsista: Leidiane Oliveira dos Santos Silva Orientadora: Vera da Costa Valente Introdução: Na Amazônia ocorrem somente espécies de triatomíneos silvestres e algumas envolvidas na transmissão de DCA. R. milesi última espécie descrita e infectada com T. cruzi em palmeiras e eventualmente no domicilio humano. Abordaremos sua eco-epidemiologia, genótipo dos isolados de triatomíneos e mamíferos do ciclo silvestre, e através de filogenia molecular identificar a espécie dentro do complexo Prolixus. Objetivo: Estudar o ciclo evolutivo experimental e o perfil epidemiológico do R. milesi e avaliar sua importância na fauna triatomínica em Bragança, PA. Material e Métodos: 1) Isolamento: Seguiram os critérios de MILES et al. (1993). 2) Extração de DNA: (kit AMERSHAM). Caracterização: PCR-multiplex (FERNANDES et al. 2001). 3) Filogenia de triatomíneos: utilizados 2 espécimes de R. milesi colônia do IEC, para análise da seqüência do gene 16S rRNA mitrocondrial. Na amplificação o DNA foi extraído das patas traseiras (Aljanabi e Martinez,1997). Os fragmentos amplificados recortados do gel, purificados, clonados em plasmídeos e selecionados por minipreparações e PCR de DNA plasmidial. Seqüências de 300pb obtidas foram alinhadas com as disponíveis no GenBank e a matriz de similaridade gerada pelo software Poit Replacer v2.0. Resultados: 1) Genotipagem: as 11 amostras de triatomíneos e 4 de animais apresentaram perfil Z1-TCI de T. cruzi pelo gene de mini-exon. 2) Filogenia de triatomíneos: as seqüências de R. milesi, alinhadas com outras seqüências de Rhodnius disponíveis no GenBank, mostrou na matriz de divergência, que as 2 espécimes de R. milesi são geneticamente idênticas e muito próxima de R. neglectus. Distanciam-se bastante de R. robustus, R. pictipes e R. brethesi. Conclusão: O perfil de Z1-TCI encontrado entre triatomíneos e reservatórios é comum no ciclo enzoótico da região. Dificuldades na padronização de PCR e obtenção de primers nos estudos filogenéticos permitiram apresentar resultados parciais de especiação. Revelando diferentes distanciamentos entre R. milesi e outras 59 XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 Livro de resumos espécies regionais mesmo aquelas com quem divide ecótopo (R. pictipes) e se aproxima de outra que vive há pelo menos 400 km na pré Amazônia maranhense. Palavras-chave: Rhodnius milesi; Doença de Chagas; Caracterização de T. cruzi; Filogenia de triatomíneos. 60 Livro de resumos XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 PROJ/PAR-20 TÉCNICA DE NESTED-PCR PARA DETECÇÃO DE DNA DE Plasmodium sp. EXTRAÍDO DE LÂMINAS DE GOTA ESPESSA (GE) CORADAS PELO GIEMSA PROVENIENTES DE ÁREAS ENDÊMICAS DO ESTADO DO PARÁ Bolsista: Nathália Nogueira Chamma Orientadora: Giselle Maria Rachid Viana Introdução: A Gota Espessa (GE) é o método de escolha para o diagnóstico laboratorial da malária em áreas endêmicas, porém há fatores limitantes, como: experiência do microscopista, coloração adequada das lâminas, tempo gasto para examiná-las. Para superar algumas destas limitações, métodos baseados na Reação em Cadeia Mediada pela Polimerase (PCR) têm sido desenvolvidos para a detecção de parasitos de malária e em estudos epidemiológicos por detectar infecções mistas, baixas parasitemias e portadores assintomáticos. O sucesso da PCR depende, sobretudo, da alta qualidade do DNA. Métodos de obtenção de DNA de Plasmodium sp. de lâminas têm sido desenvolvidos, tendo como vantagens a utilização das amostras tanto para o diagnóstico microscópico como estudos moleculares e epidemiológicos e diminuição dos custos com os materiais envolvidos na preparação das amostras de sangue em papel de filtro. Objetivos: Validar o protocolo de extração de DNA de Plasmodium sp. de lâminas de GE coradas pelo Giemsa provenientes de áreas endêmicas do estado do Pará e comparar os resultados obtidos pelo Nested-PCR com os da microscopia convencional de GE realizada no Laboratório de Pesquisas em Malária do IEC. Material e Métodos: Lâminas de GE coradas pelo Giemsa foram obtidas de residentes das localidades de Novo Repartimento, Parauapebas, Tucuruí, Ananindeua e Belém (PA), além de controles positivos para as três espécies de plasmódios e água destilada estéril e DNA humano como negativos. Estas lâminas foram submetidas à extração de DNA de acordo com Alger et al., 1996 e posteriormente ao Nested-PCR de acordo com Kimura et al. (1997). A visualização das amostras foi feita em gel de agarose a 2% e coloração em brometo de etídio, produzindo amplicon de 110 pb nas positivas. Resultados: Das 75 lâminas positivas (parasitemia de 0,01 a 2,00%) e 43 lâminas negativas de Gota Espessa (GE) coradas testadas pelo Nested-PCR, 53,39% (63/118) foram positivas para ao menos uma espécie do gênero Plasmodium e 46,61% (55/118) 61 XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 Livro de resumos foram negativas. A GE detectou 63,56% (75/118) amostras positivas e 36,44% (43/118) negativas. Os parâmetros estatísticos obtidos pela Nested-PCR em relação à microscopia convencional foram: sensibilidade = 81,33%, especificidade = 95,35%, valor preditivo do teste positivo = 96,83%, valor preditivo do teste negativo = 74,55%, falso-positivo = 4,65%, falso-negativo = 18,67% e acurácia = 86,44% ou 0,86. O Nested-PCR detectou ainda 11,01% (13/ 118) infecções mistas, sendo 9,32% (11/118) com o perfil de P. falciparum + P. vivax e 1,69% (2/118) devido P. vivax + P. malariae, que não foram detectadas pela GE (p < 0,05). Conclusão: O Nested-PCR foi mais sensível que a GE na detecção de infecções mistas e o protocolo descrito por Alger et al. (1996) pode ser utilizado para obtenção de DNA de lâminas de GE coradas e realização de Nested-PCR como método alternativo e complementar de diagnóstico laboratorial de malária humana. Palavras-chave: Malária; Lâmina de Gota Espessa (GE); DNA; Nested-PCR. Fontes Financiadoras: RAVREDA / SVS / OPAS, IEC / SVS / MS. 62 Livro de resumos XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 PROJ/PAR-21 MALÁRIA POR Plasmodium vivax: POSSÍVEL INFLUÊNCIA DO PESO NA RESPOSTA AO TRATAMENTO Bolsista: Marcus Paulo Rocha Libonati Orientadora: Ana Maria R. da S. Ventura Introdução: A malária é endêmica no Brasil, sendo 99,7% de sua incidência na Região Amazônica, com maior participação do P. vivax na casuística da doença. A terapêutica preconizada pelo Ministério da Saúde tem obtido êxito na cura clínica e cura radical da doença, porém estudos realizados têm verificado que ainda é grande o número de recaídas devido às formas hipnozoítas do plasmódio, com uma associação significativa entre o peso e o número de pacientes com recaídas. Objetivos: Geral: Avaliar a influência do peso na resposta ao tratamento. Específicos: 1) Avaliar a associação entre resposta ao tratamento e o Índice de Massa Corporal; 2) Avaliar a associação entre resposta ao tratamento e o peso dos pacientes; 3) Verificar se o Índice de Massa Corporal interfere no tempo de recaída. Materiais e Métodos: Os pacientes, na faixa etária de 15 a 60 anos, que aceitaram participar da pesquisa foram randomizados em três grupos conforme o IMC (P/A2), grupo A (sobrepeso e obeso, com dose de 2 primaquinas por dia durante 14 dias), grupo B (sobrepeso e obeso, com dose de 2 primaquinas por dia durante 7 dias) e grupo controle (IMC normal, com dose de 2 primaquinas por dia durante 7 dias). Os pacientes foram também enquadrados em dois outros grupos: com peso igual ou menor que 70 kg e com peso maior que 70 kg. O peso foi aferido com balança antropométrica, o perímetro abdominal foi medido com fita métrica, paquímetro (avaliação da percentagem de gordura corporal), coleta de sangue no D0, D2, D7 e D14 para verificar os níveis plasmáticos de cloroquina e primaquina avaliados através da Cromatografia Líquida de Alta Resolução. Resultados: Houve um percentual de recaída de 20% (8/40) na amostra estudada, sendo três pertencentes ao grupo controle, um ao grupo A e quatro ao grupo B. Ao se comparar o percentual de recaída entre o grupo A e o grupo B, verificamos que o do grupo B foi quatro vezes maior que do grupo A, onde a diferença foi quase significativa (teste binomial duas proporções, p= 0,065), parecendo indicar que nos indivíduos com sobrepeso e obesidade, a primaquina por 14 dias é mais eficaz na prevenção das recaídas. Observamos uma correlação negativa entre o peso, IMC e perímetro abdominal com o tempo de recaída da malária, ou 63 XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 Livro de resumos seja, os indivíduos com peso acima do normal tendem a recair mais rapidamente. Existe uma correlação negativa do IMC interferir na concentração plasmática das drogas, porém não significativa, provavelmente devido tamanho da amostra. Além disso, isolamos somente os pacientes que tiveram recaída e comparamos o peso com a concentração de primaquina no sangue desses pacientes. Quando correlacionamos o peso com o nível sérico da primaquina no terceiro dia de tratamento (D2) verificamos que houve uma correlação negativa (r= -0,92) e significativa (p= 0,0027, correlação de Spearman), mas quando correlacionamos o peso com os níveis séricos da primaquina no oitavo (D7) e décimo-quinto dia de tratamento (D14) houve a correlação negativa, mas não significativa (p> 0,05). Conclusões: Nesse estudo verificamos que existe uma forte tendência do peso influenciar na resposta ao tratamento, assim como há uma tendência do peso, perímetro abdominal e IMC influenciarem no tempo de recaída da malária, sendo este menor para indivíduos com sobrepeso e obesidade. O IMC e o perímetro abdominal não influenciam na concentração sanguínea da cloroquina e primaquina, devido ao tamanho da amostra. Palavras-chave: Malária vivax; Peso; Recaída; IMC. 64 Livro de resumos XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 PROJ/PAR-22 DETECÇÃO DA Leishmania (Leishmania) chagasi POR PCR EM FLEBOTOMÍNEOS NATURALMENTE INFECTADOS DA LOCALIDADE DE CAFEZAL, ÁREA ENDÊMICA DA LEISHMANIOSE VISCERAL, NO MUNICÍPIO DE BARCARENA (PA) Bolsista: Thiago Vasconcelos dos Santos Orientadora: Edna Aoba Yassui Ishikawa Introdução: Encontrar flebotomíneos naturalmente infectados não é suficiente para incriminar como vetores de Leishmania, pois muitas vezes estes insetos podem carregar parasitos humanos e animais que não podem ser distinguidos morfologicamente, assim como realizar o isolamento do parasito em meio de cultura para posterior identificação é prática difícil devido às contaminações. Desta forma, métodos moleculares, como a técnica de PCR, têm sido utilizados em diferentes estudos para identificar flebotomíneos naturalmente infectados. Objetivo: Detectar por PCR a Leishmania chagasi em flebotomíneos naturalmente infectados da localidade de Cafezal, área endêmica da leishmaniose visceral, no município de Barcarena (PA). Materiais e Métodos: Os flebotomíneos Lutzomyia longipalpis foram capturados em ambientes intradomiciliar e peridomiciliar no período de fevereiro a dezembro de 2006, utilizando armadilha de luz tipo CDC, realizada pela equipe de entomologia do Laboratório de Leishmanioses do Instituto Evandro Chagas/SVS, sendo armazenados a -70° C até a extração de DNA. O DNA foi extraído de cada flebotomíneo individualmente utilizando SDS e KOAc e precipitado com etanol 96%. A reação de PCR foi realizada em um volume total de 25µl contendo: 0,2 mM dNTPs; 1,5 mM MgCl2; 10x PCR Buffer; 25 pmol de cada primer D1 e D2; 2,5 U/µl de Taq DNA polimerase; DNA da amostra; água destilada estéril. Os produtos de PCR foram fracionados em eletroforese horizontal em uma matriz de gel de agarose a 1% em TBE. O DNA foi corado com brometo de etídio 0,5µg/ mL e visualizado em transluminador UV para a análise das bandas obtidas. Foi utilizado como controle positivo o DNA extraído de flebotomíneo infectado experimentalmente com uma cepa de L. (L.) chagasi (M15677); e água para o controle negativo. Resultados: Dos 291 flebotomíneos analisados, 78 foram capturados no mês de fevereiro, 17 em abril, 64 em outubro e 132 em dezembro. 65 XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 Livro de resumos Foi encontrado um total de 6 amostras positivas pelo PCR, todas de ambiente peridomiciliar, sendo que 2 amostras foram do mês de fevereiro e 4 de dezembro, totalizando uma taxa de infecção de 2.06%. Conclusão: Estes dados demonstram que os marcadores utilizados, D1 e D2 de kDNA são bastantes sensíveis, sendo úteis para a observação do fluxo de infecção em Lutzomyia longipalpis por Leishmania chagasi, durante a sazonalidade destes flebotomíneos, cujo conhecimento é importante em estudos epidemiológicos da leishmaniose visceral em área endêmica. Palavras-chave: L. (L.) chagasi; Lutzomyia longipalpis; PCR. Suporte financeiro: PIBIC/IEC; FUNTEC-SECTAM. 66 Livro de resumos XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 PROJ/PRI-23 ESTUDO DA MATURAÇÃO OOCITÁRIA IN VITRO EM PRIMATAS NEOTROPICAIS DA ESPÉCIE Cebus apella Bolsista: Karol Guimarães Oliveira Orientador: Paulo Henrique Gomes de Castro Introdução: A espécie Cebus apella constitui um excelente modelo experimental para compreender aspectos da fisiologia da reprodução devido às suas similaridades com a espécie humana, inclusive pela ocorrência de ciclo menstrual (NAGLE et al., 1980). Diversos estudos apontam o processo acelerado de extinção em que se encontram esses animais, com isso verifica-se a importância do desenvolvimento de biotécnicas de reprodução como uma tentativa de garantir a conservação dessa espécie (DOMINGUES, 2000). Objetivo: Estudar a fisiologia da reprodução em primatas neotropicais da espécie Cebus apella como modelo para extrapolação para primatas neotropicais importantes para a pesquisa biomédica e/ou ameaçados de extinção. Materiais e Métodos: O grupo experimental foi composto por seis fêmeas adultas de C. apella mantidas no Centro Nacional de Primatas. O acompanhamento do ciclo menstrual das fêmeas foi feito através de colpocitologias, a fim de detectar o início do ciclo (1º dia da menstruação). Ao 9º dia do ciclo foram realizadas punções de todos os folículos ovarianos através de laparotomia. No Laboratório de FIV da UFPA os oócitos obtidos foram lavados em meio TCM 199 acrescido de tampão HEPES. Em seguida foram submetidos a cultivo in vitro por 24 e 36 horas, a 38.5 °C, em atmosfera de 5% de CO2 em gotas de 100 µL de meio de MIV composto por TCM 199, 0.5 µg/mL de EGF, 0.22 de piruvato, 50 µM de b-mercaptoetanol, 10% de SFB, 7 UI de PMSG, 14 UI de hCG. Para avaliação da maturação nuclear os oócitos foram fixados em etanol/ácido acético (3:1), corados com orceína acética (2%) e observados ao microscópico. Resultados: Na primeira etapa do trabalho obtivemos 17 folículos, 4.25 oócitos por fêmea. Após 24 horas de MIV verificamos 7% dos oócitos em prófase I, 55% em anáfase I, 15% em telófase I e 23% apoptóticos. Na segunda etapa foram coletados 9 oócitos de uma única fêmea, média superior à encontrada em trabalhos realizados anteriormente, inclusive onde houve estimulação hormonal. O alto número de folículos observado deve-se ao fato das punções terem ocorrido no 9º dia do ciclo, o dia ideal conforme verificado por Domingues (2005). Esses oócitos foram 67 XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 Livro de resumos submetidos a 36 horas de MIV. Observamos que 22% dos oócitos alcançaram a Meiose II, 33% sofreram rompimento da membrana plasmática e nos 44% restantes não foi possível determinar o estágio da maturação nuclear. Conclusão: A partir dos dados expostos é possível concluir que a MIV com duração de 36 horas pode possibilitar melhores resultados. Mais estudos são necessários para avaliar o efeito do PMSG e hCG durante 36 horas de cultivo. Palavras-chave: Cebus apella; Maturação in vitro; Oócito; Folículos ovarianos. 68 Livro de resumos XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 PROJ/VIR-24 ESTUDO DA PREVALÊNCIA DE ADENOVÍRUS ENTÉRICO EM ESPÉCIMES FECAIS DE CRIANÇAS DIARRÉICAS EM BELÉM, PARÁ Bolsista: Alessilva do Socorro Lima de Oliveira Orientador: Alexandre da Costa Linhares Introdução: A diarréia infecciosa aguda é uma doença comum entre crianças pequenas e idosos, apresentando altas taxas de morbidade relatadas mundialmente, sendo um dos principais problemas de saúde pública. No Brasil é uma das doenças mais comuns em crianças, sendo responsável por 15% das mortes entre as mesmas. Os adenovírus entéricos (AdEs) têm sido relatados como o segundo enteropatógeno viral mais comumente detectado entre crianças. Pertencem à família Adenoviridae, gênero Mastadenovirus, subgênero F, compreendendo os sorotipos 40 e 41. Os HAdvs são vírus de DNA, de 60-90 nm de diâmetro com projeções de 28 a 33 nm. Caracteriza-se por não possuir envelope e apresentar forma icosaédrica. O core do vírus é formado por DNA linear espiralado de dupla fita, que tem capacidade para codificar entre 30-40 genes As gastroenterites causadas por AdEs apresentam uma evolução prolongada, com duração de 5 a 12 dias, compreendendo os seguintes sintomas: diarréia aquosa, vômitos, hipertermia moderada e desidratação leve. Objetivo: Determinar a freqüência de adenovírus em 760 amostras fecais provenientes de crianças diarréicas em Belém, Pará. Materiais e Métodos: O grupo estudado envolveu 760 crianças que, no período de março a setembro de 2003, participaram de um estudo compreendendo vigilância intensiva em 26 hospitais e 23 unidades de saúde de Belém, Pará. Esses pacientes se encontravam hospitalizados pelo quadro gastrointestinal ou sob terapia de reidratação, por conseguinte, exibindo manifestações clínicas em geral graves. Resultados: Testaram-se por ELISA 760 amostras, e em 6% (44/760) detectou-se a presença de adenovírus. A freqüência de adenovírus entérico, por sua vez, foi de 3% (22/760). Pela técnica de PCR testaram-se 44 amostras: 54,4% (24/44) foram positivas para o grupo F (relativo aos adenovírus entéricos); Revelaram-se positivas 13,6% (6/44) para o grupo B; 11,3% (5/44) mostraram-se reativas frente ao grupo C; 4% (2/44) denotaram dupla reatividade (grupos C e F); 4,5% (2/44) de positividade em relação ao grupo D; e 16% (7/44) revelaram-se negativas para todos os grupos. 69 XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 Livro de resumos Conclusão: Esses resultados comprovam a participação desses vírus como agentes etiológicos das gastrenterites infantis e confirmam a sua circulação na cidade de Belém, Pará. Estes são dados fundamentais para ratificar a importância desses vírus como causadores de gastroenterite, os quais vêm acometendo crianças a nível mundial. Palavras-chave: Adenovírus; Gastroenterites. 70 Livro de resumos XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 PROJ/VIR-25 EPIDEMIOLOGIA MOLECULAR DOS VÍRUS INFLUENZA E METAPNEUMOVÍRUS Bolsista: Giuliana De Gregoris Orientadora: Rita Catarina Medeiros Sousa Introdução: As infecções respiratórias agudas (IRA) continuam sendo um dos principais agravos de saúde no mundo. No Brasil ela atua como uma das principais causas de mortalidade em crianças menores de cinco anos de idade. Dentre os principais vírus causadores de IRA, destaca-se o Influenza por sua plasticidade genética e capacidade de causar pandemias, sendo fundamental sua vigilância. O Metapneumovírus humano, recentemente descrito, também se relaciona à IRA, não havendo ainda nenhum relato sobre este vírus na região Amazônica. Objetivos: Identificar o envolvimento dos vírus Influenza e hMPV com os casos de IRA na região Amazônica descrevendo sua sazonalidade. Caracterizar geneticamente proteínas de superfície e internas desses vírus, comparando com cepas isoladas no resto do Brasil e do mundo. Implantar novas técnicas para diagnóstico viral (PCR em tempo real). Materiais e Métodos: Foram analisadas 393 amostras (aspirado nasofaríngeo/swab combinado) provenientes dos Estados do Amapá, Amazonas e Pará, no período de janeiro de 2006 a maio de 2007. Para o diagnóstico de vírus Influenza foram utilizados testes de Imunofluorescência indireta, isolamento viral em células MDCK e RTPCR. Para o diagnóstico de hMPV, aguarda-se a chegada de reagentes. Resultados: No período estudado foram obtidas 67 amostras positivas. Em 2006, obtiveram-se em Belém 12 amostras positivas para Influenza A e duas para o tipo B. Um surto de Influenza A foi observado no mês de junho. As cepas detectadas em Belém correspondiam geneticamente à A/Wisconsin/67/2005H3N2-Like e A/Califórnia/7/2004-H3N2-Like. Em Macapá, a amostra positiva relacionou-se à cepa A/New Caledônia/20/99-H1N1-Like. Em 2007, 30 amostras foram positivas para Influenza A em Belém e 7 para o tipo B, com pico em abril e janeiro, respectivamente. Em Parauapebas, 5 apresentaram positividade para o tipo A e 6 para B, havendo um surto de A em maio e outro de B em fevereiro. Três amostras foram positivas para o tipo A em Manaus, com positividade culminante em abril. Em Belém, as estirpes de Influenza A H3 relacionaram-se geneticamente à cepa A/Wisconsin/67/2005, enquanto que o subtipo H1 obteve 71 XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 Livro de resumos similaridade à A/New Caledonia/20/1999. O tipo B se mostrou geneticamente aparentado à cepa B/Malaysia/2506/2004. Conclusão: Os resultados obtidos reafirmam necessidade de vigilância das IRA na Amazônia, pois se observou um padrão peculiar de sazonalidade do Influenza, com períodos epidêmicos variáveis entre os anos. A circulação de cepas virais divergiu do previsto para o biênio 2006-2007, onde se obteve em 2006 co-circulação das cepas A/Califórnia/ 7/2004-H3N2-Like e A/Wisconsin/67/2005-H3N2-Like, sendo somente esta última preconizada como cepa vacinal. Palavras-chave: Influenza; Metapneumovírus. 72 Livro de resumos XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 PROJ/VIR-26 ESTUDO DA ETIOLOGIA VIRAL EM CASOS DE INFECÇÃO RESPIRATÓRIA AGUDA (IRA) NA AMAZÔNIA Bolsista: Helem Ferreira Ribeiro Orientador: Wyller Alencar de Mello Introdução: As IRA são causadas em sua maioria por vírus, causando alto índice de morbimortalidade no mundo, especialmente nos extremos de idade, em imunodeprimidos e portadores de doenças crônicas. No Brasil, as IRA só perdem para as gastroenterites como causa de óbito em menores de 5 anos. As IRA apresentam padrões sazonais erráticos com associação a fatores climáticos e ambientais. No Brasil estes padrões variam de acordo com a região. Na região amazônica, surtos de IRA são mais freqüentes na estação chuvosa. Os vírus mais comumente envolvidos em casos de IRA são os Adenovírus, os vírus Parainfluenza, o Vírus Respiratório Sincicial (VRS) e os vírus Influenza A e B. Objetivo(s): Obter informações específicas sobre a sazonalidade dos vírus Influenza, VRS, Parainfluenza, Adenovírus. Investigar o comportamento epidemiológico desses vírus. Monitorar cepas epidêmicas do vírus Influenza visando contribuir na produção da vacina contra gripe. Materiais e Métodos: Foram investigados 341 indivíduos de todos os sexos e idades, das cidades de Belém e ParauapebasPA, MacapáAP e ManausAM, com sintomas de IRA até 5 dias de evolução. Os espécimes clínicos eram aspirados nasofaríngeos e swab oral/nasal. O diagnóstico envolveu as técnicas de isolamento viral em cultivo de células MDCK e HEp-2, teste de hemaglutinação para MDCK e visualização de efeito citopático para HEp-2, ovos embrionados de galinhas e detecção indireta de antígeno por imunofluorescência. Resultados: Das amostras investigadas entre maio/2006 a maio/2007, 109 (32%) tiveram etiologia viral confirmada. Os agentes identificados foram: VRS (16,1%), Influenza A (10,2%), Parainfluenza (7%), Influenza B (2,3%) e Adenovírus (1,5%). Houveram 12 co-infecções. A faixa etária mais atingida foi de 0-4 anos (66,5%). Ocorreram quatro surtos no período: o primeiro ocorreu em Belém, causado pelo Influenza A em junho/2006. Entre setembro-novembro/2006 ocorreu o surto de Parainfluenza 3 em Belém e Manaus. Em março/2007 ocorreu novo surto, causado pelo VRS, concomitantemente em Belém e Manaus, que se sobrepôs ao novo 73 XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 Livro de resumos surto de Influenza A iniciado no mês de abril/2007. Conclusão: A prevalência de IRA está de acordo com o encontrado na literatura. Merece atenção a alta taxa de VRS encontrada, responsável por 50,5% dos casos de IRA confirmados, assim como o elevado índice de detecção de Parainfluenza. O número de coinfecções também merece destaque, que ocorreram provavelmente pela sobreposição de surtos. Os surtos de Influenza A ocorridos nos meses de Junho/2006 e Maio/2007, meses de menor pluviosidade, indicam uma tendência a mudança do padrão sazonal destes vírus na Amazônia. Palavras-chave: IRA; VRS; Influenza; Parainfluenza; Vírus respiratórios. 74 Livro de resumos XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 PROJ/VIR-27 DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE NOROVÍRUS EM FEZES DE CRIANÇAS COM DIARRÉIA AGUDA, ATENDIDAS EM UM HOSPITAL, DE BELÉM-PARÁ Bolsista: Inaê Santiago do Nascimento Orientadora: Yvone Gabbay Mendes Introdução: Os Norovírus (NoVs) têm sido associados a quadros de gastroenterite viral tanto em âmbito hospitalar como ambulatorial, acometendo principalmente crianças menores de cinco anos. Pertencem, juntamente com os Sapovírus (SaVs), ao grupo dos Calicivírus Humanos (HuCVs), e a família Caliciviridae, sendo ambos constituídos de cinco genogrupos (GG). Objetivo: Detecção e caracterização molecular de norovírus em amostras diarréicas provenientes de crianças atendidas em um hospital e posto de saúde, de Belém, Pará. Materiais e Métodos: Foram testadas amostras fecais de crianças diarréicas e não-diarréicas, menores de três anos, atendidas no Hospital Infantil Santa Terezinha, no período de setembro/1998 a maio/2000, que apresentaram resultados negativos para outros vírus entéricos. Os HuCVs foram detectados pela RT-PCR usando os iniciadores 289/290. As amostras positivas foram purificadas, quantificadas e seqüenciadas por eletroforese em seqüenciador automático. As seqüências obtidas foram alinhadas e analisadas pelo programa Bio Edit (v. 7.0.5.3), e comparadas com as já registradas no GeneBank. A árvore filogenética foi construída no programa MEGA 3.1. Resultados: Os HuCVs foram detectados em 8,9% (24/271) das amostras. Destas, 20 já foram seqüenciadas, sendo todas classificadas como NoVs, genogrupo GGII/4, semelhantes a variante Sydney348/97O. Quanto à distribuição mensal observouse picos nos meses de janeiro/1999 e maio/2000 (20%). A faixa etária com maior percentual de positividade foi a de >6-12 meses (13,5%) de idade. Os principais sintomas apresentados pelas 23 crianças diarréicas positivas para NoVs foram: vômitos (78,3%) e febre (60,9%). Fezes líquidas, com uma média de três evacuações diárias, foram observadas em 60,9% dos casos. Conclusão: A positividade obtida (8,9%) foi semelhante à descrita no Centro Oeste do Brasil (8,6%) e menor ao do Rio de Janeiro (20%). Neste estudo só foi detectado os NoVs. Este dado difere ao encontrado anteriormente em outro hospital de Belém, 75 XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 Livro de resumos onde além dos NoVs se detectou também os SaVs. Esses resultados reforçam a importância de se investigar, cada vez mais, esses agentes nos quadros de gastroenterite aguda, sobretudo quando consideramos a escassez de informações epidemiológicas existentes tanto na região Amazônica, como no Brasil. A recente introdução de uma vacina para rotavírus em diversos países, incluindo o Brasil, poderá influenciar nesses achados. Palavras-chave: Calicivírus; Norovírus; Gastroenterite. 76 Livro de resumos XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 PROJ/VIR-28 CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE VÍRUS RESPIRATÓRIO SINCICIAL, ISOLADOS EM BELÉM NO PERÍODO DE 1999 A 2004 Bolsista: Luana Soares Barbagelata Orientadora: Rita Catarina Medeiros Sousa Introdução: O Vírus Respiratório Sincicial (VRS) é um dos responsáveis pelas infecções respiratórias agudas (IRA), sendo importante causa de morbimortalidade em crianças menores de dois anos. Ele apresenta um perfil sazonal diversificado, sendo mais freqüente, em países tropicais, nos meses chuvosos. Objetivo: Caracterizar o envolvimento do VRS nos casos de IRA em um segmento populacional na cidade de Belém, determinando a incidência de infecções pelo VRS do tipo A e B na população citada. Incorporar técnicas de biologia molecular na identificação do VRS no laboratório de vírus respiratórios do IEC. Contribuir para um melhor conhecimento da sazonalidade das infecções por VRS na cidade de Belém. Materiais e Métodos: Foram analisados espécimes clínicos (aspirado nasofaringe ou swab combinado) de pacientes que apresentaram sinais e/ou sintomas de IRA, estocados no laboratório entre 1999 e 2004. Para isso, foram utilizados testes de imunofluorescência indireta (IFI) para caracterização antigênica dos vírus isolados e RT-PCR para os genes codificadores das proteínas G e F, que foram em seguida seqüenciados. Resultados: Foram identificadas 150 amostras positivas para VRS. Desse total, 46 foram reinoculadas em células HEp-2 e caracterizadas antigenicamente pela IFI. Ambos subgrupos circularam com predominância de um subgrupo a cada ano. Cinqüenta e seis amostras foram analisadas por RT-PCR utilizando oligonucleotídeos específicos para os genes G e F. Dentro do período estudado, genótipos distintos da proteína G do subgrupo A (GA2 e GA5) e do subgrupo B (SAB1 e SAB3) foram detectados, indicando o primeiro relato da circulação do genótipo SAB1 na América do Sul. Em 2004, um cluster diferenciado dos demais genótipos circulantes foi encontrado, sendo este denominado BRB1. A análise do gene F revelou que a comparação das amostras do subgrupo A com a cepa protótipo A2 teve similaridade variando de 81,2%-97,4%. No subgrupo B o índice de similaridade, comparado com a cepa protótipo B1, variou de 88,7%-98,9% ao nível de seqüência nucleotídica. Conclusão: Entre 1999 e 2004, a identificação 77 XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 Livro de resumos do VRS foi mais freqüente nos anos de 2003 e 2004. O VRS circula predominantemente nos seis primeiros meses do ano na cidade de Belém. A análise filogenética do gene G evidenciou a circulação de genótipos distintos para ambos subgrupos. A análise do gene codificador da proteína F permitiu a identificação de mutações na seqüência nucleotídica resultando em trocas na cadeia aminoacídica da mesma. Palavras-chave: IRA; VRS; Epidemiologia molecular. 78 Livro de resumos XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 PROJ/VIR-29 PESQUISA DE ROTAVÍRUS EM CRIANÇAS MENORES DE CINCO ANOS DE IDADE COM DIARRÉIA AGUDA NO MUNICÍPIO DE PARAUAPEBAS, PARÁ Bolsista: Régis Piloni Maestri Orientadora: Joana DArc Pereira Mascarenhas Introdução: Os rotavírus (RV) são responsáveis por cerca de 600 mil óbitos entre crianças menores de cinco anos de idade. Pertencem à família Reoviridae, ao gênero Rotavírus. O genoma viral é constituído por 11 segmentos de RNA de dupla fita (dsRNA), o qual codifica seis proteínas estruturais (VP1- VP4, VP6 e VP7) e seis não-estruturais (NSP1-NSP6), sendo as proteínas VP4 e VP7, responsáveis pelos genotipos P e G respectivamente. Objetivo: Caracterização genotípica de amostras de RV circulantes na área de influência do Projeto Salobo, Paraupebas, Pa. Materiais e Métodos: As amostras fecais foram coletadas de crianças menores de cincos anos de idade com diarréia aguda no município de Parauapebas. Todas as amostras foram submetidas ao teste de imonocromatografia e eletroforese em gel de poliacrilamida (EGPA) e as positivas à reação em cadeia da polimerase precedida de transcrição reversa (RT-PCR), seguidas de Nested-PCR, para a determinação dos genotipos G e P de RV. Para o seqüenciamento de nucleotídeos usou-se o kit Big Dye Terminator (Applied Biosystems), seguido de eletroforese em seqüenciador automático ABI PRISM 3100 (Applied Biosystems). Resultados: Das 171 amostras testadas, 16 (9,35%) foram positivas para RV por imunocromatografia e 15 (8,77%) por EGPA. Quanto à caracterização genotípica 14 (87,50%) amostras foram G2P[4], seguido de G1P[8] e G9P[8] com 6,25% dos casos. Foram seqüenciadas para o gene VP7 (7/ 16 43,75%) amostras com o genotipo G2 agrupando na linhagem II e o G9 na linhagem III. A análise realizada para VP4 (5/16 31,25%) mostrou que as amostras P[8] 2/5 (40%) agruparam na linhagem II e o genotipo P[4] na linhagem III. Conclusão: Foi observada uma elevada concordância (93,75%) entre o teste de imunocromatografia e o EGPA o que reforça a importância de se usar um teste rápido no campo e mesmo em hospital que apresente elevada sensibilidade e especificidade. O genotipo G2 enquadrou-se na linhagem II, com amostras agrupando na sub-linhagem IIa e a amostra PASAL1920C integrando a sublinhagem IIc. O genotipo P[4] agrupou na linhagem III, demonstrando ser 79 XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 Livro de resumos bastante conservado, não se observando significativa divergência entre as amostras analisadas. Desta maneira, é de extrema importância o monitoramento freqüente de RV, podendo assim, avaliar a eficácia da vacina contra tal agente, ora fazendo parte do calendário de vacinação no Brasil. Palavras-chave: Rotavírus; Diarréia; Crianças; Parauapebas. 80 Livro de resumos XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 PROJ/VIR-30 CARACTERIZAÇÃO GENOTÍPICA DE AMOSTRAS DE ROTAVÍRUS PROVENIENTES DE CRIANÇAS COM DIARRÉIA AGUDA EM BELÉM, PARÁ Bolsista: Sylvia de Fátima dos Santos Guerra Orientadora: Joana DArc Pereira Mascarenhas Introdução: Os rotavírus (RVs) constituem um grave problema de saúde pública, sendo responsáveis por cerca de 600.000 óbitos entre crianças menores de cinco anos de idade. Possuem simetria icosaédrica e são desprovidos de envelope, tendo seu genoma dividido em 11 segmentos de RNA de dupla fita (dsRNA). O capsídeo externo é composto pelas proteínas VP4 e VP7 que definem os genotipos P e G respectivamente, estando envolvidas na imunidade protetora. Atualmente existem 16 genotipos G e 27 P, dentre os quais se descrevem dez tipos G e onze tipos P infectando seres humanos, em diferentes combinações binárias. Devido à relevância do RVs, vários estudos têm sido desenvolvidos visando à monitoração genotípica das amostras circulantes, sendo detectados combinações binárias usuais, não usuais e um elevado número de amostras não genotipadas, fato que pode se atribuído a variações no genoma viral, podendo acarretar a emergência de genotipos não presentes na comunidade, tornando-se, portanto, importante a genotipagem de tais amostras. Objetivo: Caracterização genotípica de amostras de RVs não genotipadas, obtidas de crianças em Belém, PA. Materiais e Métodos: Os espécimes fecais analisados foram amostras não genotipadas provenientes do projeto Hospital Sentinela, conduzido de 1998 a 2000, em Belém, Pará. O dsRNA dos espécimes fecais foram extraídos a partir da suspensão fecal, sendo, posteriormente, realizada a RT-PCR para os genes da VP7 e VP4. Em seguida, foram submetidos ao nestedPCR com iniciadores específicos para cada gene, visando à caracterização genotípica das amostras. Resultados: Foram testadas 47 amostras para os genes VP7 e VP4. Os genotipos G detectados foram G2, G9 e G4, e predominantemente o G1 em 17 amostras (42%). Quanto ao gene VP4, foram encontrados os genotipos P[8] e, predominantemente o P[4], em 18 amostras (51%), seguido de infecções mistas P[4]+P[8] (46%). Observou-se elevado número de infecções mistas para os genotipos G e/ou P correspondendo a 20 amostras (59%) e combinações binárias não detectadas freqüentemente, como G1P[4] e G4P[4], caracterizadas 81 XII Seminário Interno do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas: 3 - 4 de julho de 2007 Livro de resumos em 9 amostras (25%). Conclusão: Foram detectados nos espécimes analisados genotipos usuais, contudo, observou-se elevado número de amostras combinações binárias não usuais, assim como, elevada freqüência de infecções mistas. A caracterização de amostras não genotipadas é relevante para a monitoração dos genotipos circulantes na comunidade, assim como a identificação de novos genotipos, subsídios importantes para a implementação de estratégias de vacina contra o RVs. Palavras-chave: Rotavírus; Não genotipadas; Diarréia. 82 Conselho Nacional de desenvolvimento Científico e Tecnológico Instituto Evandro Chagas Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da saúde