MÉDICO GINECOLOGISTA/OBSTETRA 8 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS – QUESTÕES DE 31 A 40 31. Considerando paciente de 25 anos, com ciclos menstruais regulares e galactorreia, dos exames abaixo deve ser solicitado: a) TSH. b) Estradiol. c) Progesterona. d) USG das mamas. 32. Sobre o tratamento do condiloma acuminado com podofilina a 25%, é CORRETO afirmar que: a) deve ser evitado nas lesões vaginais pelo risco de absorção e neurotoxicidade. b) é considerado, juntamente com o interferon, como terapia antiviral específica. c) pode ser utilizado, sem restrições, durante o ciclo gravídico-puerperal. d) é mais eficaz no condiloma plano do que no condiloma acuminado. 33. A puberdade fisiológica feminina é influenciada por fatores: I. II. III. IV. sexuais. nutricionais. anatômicos. psicológicos. Está CORRETO o que se afirma apenas em: a) I, II e III. b) I e III. c) II e IV. d) IV. 34. Em relação às complicações intra e pós-operatórias na histerectomia, é CORRETO afirmar que: a) os ureteres são mais vulneráveis à lesão na histerectomia vaginal do que na abdominal e a complicação hemorrágica é mais frequente na técnica abdominal, comparada à técnica vaginal. b) a complicação intraoperatória de ureter é mais frequente na ligadura dos vasos hipogástricos, e a complicação intraoperatória vesical é maximizada na técnica subtotal. c) a via abdominal é a de escolha, em detrimento da vaginal, nos casos de nuligestação, tumor ovariano benigno associado, neoplasia intraepitelial cervical e aderências pélvicas firmes que impeçam a adequada mobilidade uterina. d) deve-se pensar em fístula ureterovaginal se, após 10 dias de uma histerectomia total abdominal, a paciente apresenta-se com corrimento vaginal aquoso, e 20 minutos após a introdução de azul de metileno transuretral nota-se umidade incolor em gaze colocada no terço proximal de vagina. MÉDICO GINECOLOGISTA/OBSTETRA 9 35. Nas alternativas abaixo, assinale aquela em que o tratamento cirúrgico foi INADEQUADO: a) Paciente de 74 anos, com lesão ulcerada no terço médio do grande lábio esquerdo, com 1,5 cm no maior diâmetro e linfonodos clinicamente negativos. O laudo histopatológico foi de carcinoma escamoso com penetração de 3 mm em profundidade. Conduta cirúrgica: excisão local regional da lesão, com margem macroscópica de no mínimo 1 a 1,5 cm + linfadenectomia inguinofemoral esquerda. b) Paciente de 35 anos, submetida à conização do colo uterino. Identificou-se carcinoma epidermoide com invasão estromal de 2 mm em profundidade e 6 mm em extensão horizontal, margens cirúrgicas livres e ausência de invasão de espaços vasculares e linfáticos. Sem outras comorbidades. Conduta cirúrgica: nenhuma. A paciente foi considerada tratada pela conização. c) Paciente de 18 anos, nuligesta, submetida à laparotomia para a retirada de tumor anexial com cápsula íntegra. O exame histopatológico de congelação revelou teratoma imaturo. Conduta operatória: anexectomia bilateral, coleta de lavado peritoneal, omentectomia infracólica e amostragem linfonodal. d) Paciente de 55 anos, com relato de sangramento genital na pós-menopausa. Submetida à histeroscopia diagnóstica que evidenciou espessamento endometrial em parede corporal posterior. Realizado biópsia orientada e o laudo histopatológico foi de hiperplasia complexa atípica de endométrio. Conduta operatória: histerectomia total. 36. Sobre a assistência ao ciclo grávido-puerperal, é CORRETO afirmar: a) As puérperas que não amamentam têm a primeira ovulação no tempo médio de 40 a 45 dias. b) A atenção hospitalar em alojamento conjunto, a revisão rotineira de placenta, membranas e da cavidade uterina são práticas úteis na assistência ao parto e devem ser estimuladas. c) Os medicamentos propiltiouracil, azitromicina, amiodarona e warfarin podem ser utilizados durante a gestação. d) A melhor conduta para uma puérpera, em terceiro dia de pós-parto, com aumento da temperatura axilar e mamas doloridas e túrgidas, é realizar compressas quentes e ordenha manual. 37. Na doença hipertensiva específica da gravidez, é CORRETO afirmar: a) Ocorre disfunção endotelial e diminuição de resposta aos agentes vasoconstrictores. b) Existe hiporreatividade do sistema renina-angiotensina-aldosterona. c) Há diminuição de prostaciclina e aumento de tromboxano. d) A invasão do trofoblasto é exacerbada, reduzindo a perfusão periférica. 38. Puérpera, primeiro dia após parto fórcipe, trabalho de parto prolongado e rotura prematura de membranas, apresenta recém-nascido a termo com tumefação na cabeça, de coloração violácea, muito volumosa, que se acentua durante o choro e a tosse. Trata-se de: a) céfalo-hematoma, que desaparece em 36 horas, cuja origem pode ser espontânea ou decorrente de traumatismos ocorridos no parto, pelo uso do fórcipe. b) bossa serossanguínea, que desaparece espontaneamente em até 36 h, e cuja reabsorção pode determinar graus variáveis de ictetrícia neonatal. c) céfalo-hematoma, que desaparece espontaneamente, de forma lenta, de um a dois meses, podendo coexistir fraturas ósseas, sendo contraindicada a punção. d) bossa serossanguínea, que desaparece espontaneamnete em até 36 h do nascimento, restabelecendo-se a simetria da cabeça ao final da primeira semana. MÉDICO GINECOLOGISTA/OBSTETRA 10 39. Primigesta na 30ª semana de gestação procura a maternidade com queixa de perda de líquido pela vagina o há uma semana e desconforto uterino há 12 horas. Temperatura axilar materna de 38,1 C, pulso = 105 3 bpm, frequência cardíaca fetal = 165 bcf. Leucograma evidenciou 17.200 leucócitos/mm , teste de papel de nitrazina positivo e ultrassonografia mostrou ILA = 3,2 cm. Além de antibioticoterapia, deve-se: a) realizar cesariana. b) iniciar indução do parto. c) administrar uterolítico e corticosteroide. d) adotar conduta expectante. 40. Sobre a prematuridade fetal, considere as afirmativas abaixo: I. Dos partos prematuros, 25% são eletivos, sendo a principal causa a doença hipertensiva específica da gestação; 75% dos partos pré-termos têm origem espontânea, sendo a etiologia desconhecida em 50% dos casos. II. A fibronectina fetal é uma glicoproteína produzida pelo trofoblasto, não sendo normalmente encontrada na secreção vaginal entre 22 e 36 semanas de gestação, constituindo-se um marcador preditivo do parto prematuro. III. O tabagismo, o estresse e a anemia maternos, o antecedente de parto prematuro prévio, as infecções do trato genital, o baixo nível socioeconômico, o polidrâmnio e a restrição de crescimento fetal constituem fatores de risco para o parto prematuro. IV. Por ocasião da ultrassonografia obstétrica morfológica, deve ser realizada a medida do colo uterino, entre 22 e 24 semanas, com sonda transvaginal, nas pacientes de risco para parto prematuro. Caso essa medida seja menor do que 20 mm, a paciente deve ser submetida à circlagem cervical. Estão CORRETAS as afirmativas: a) I, II e III, apenas. b) I e III, apenas. c) II e IV, apenas. d) I, II, III e IV.